PRÁTICA DE INTERVENÇÃO EM PSICOLOGIA ESCOLAR COM GRUPOS DE ADOLESCENTES. **Luiz Bosco Sardinha Machado Júnior, Faculdade da Alta Paulista FAP.
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1 PRÁTICA DE INTERVENÇÃO EM PSICOLOGIA ESCOLAR COM GRUPOS DE ADOLESCENTES *Elisângela Cristina Salles, Faculdade da Alta Paulista - FAP. **Luiz Bosco Sardinha Machado Júnior, Faculdade da Alta Paulista FAP. RESUMO EXPANDIDO O psicopedagogo tem como objeto de estudo a aprendizagem humana, considerando a influência da família, da escola e da sociedade e os aspectos físicos, emocionais, psicológicos e sociais do individuo. Deve auxiliar o professor e demais profissionais; orientar os pais; colaborar para um bom entrosamento entre todos e principalmente ajudar o aluno que esteja sofrendo, independente da causa. Segundo a Constituição Federal de 1988, Artigo 205 a educação é um direito de todos e dever do estado e da família, promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando desenvolvimento da pessoa e preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Consta ainda que pelo Artigo 206 o ensino deve ser ministrado com base nos princípios de igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. Democratizar o contexto escolar requer não apenas a oferta de vagas, mas também oferta de condições eficazes e acolhedoras para que elas lá permaneçam pelos oito anos mínimos, obrigatórios e consecutivos. (Aquino, Pág. 94)
2 Para Fernandez (1990), o indivíduo com queixa de aprendizagem provavelmente não recebeu atenção quando a problemática foi apresentada. Perde-se o interesse pela escola, pois não se vê sentido em aprender. Com a falta de interesse os alunos não querem ir à escola, sendo muitas vezes obrigados pelos pais, e os que vão comumente apresentam indisciplina. Não compete apenas à escola a função de educar, mas também à família. É importante lembrar que não é o tempo que se passa com os filhos que importa, e sim a maneira como se estabelece a relação com eles, se eles sabem que podem contar com os pais, se têm tempo para os filhos e como se estabelecem os limites. Quanto maior as divergências entre as expectativas que os pais têm para seus filhos e o que eles estão se tornando, maior possibilidade de um relacionamento disfuncional, e os sistemas extrafamiliares são os primeiros a serem responsabilizados. Depois da família, é na escola que as crianças permanecem mais tempo. Dessa forma, as relações entre esses dois sistemas é de fundamental importância para evitar dificuldades e crises. Para iniciar o estágio foi realizada observação das salas de aula e da instituição, a fim de observar a relação Professor-aluno e a relação aluno-aluno, como também a relação dos demais funcionários com os alunos e entre eles mesmos, dentro do ambiente escolar.
3 Formamos três grupos em três salas do ensino fundamental e médio. Inicialmente os alunos definiram quais seriam as regras estabelecidas para um melhor funcionamento do grupo. Fizemos vários momentos de escuta sobre diversos temas, como: o que eles pensam da escola, o porquê eles vão à escola, o que são relacionamentos, e como eles sentem e vivenciam os mesmos. Depois das férias revisamos o contrato, abrindo espaço para mudanças nas regras, supressão e inclusão de outras. Começamos com uma atividade de apresentação dos colegas segundo a visão do outro e uma atividade com bola em que cada pessoa deve arremessar a bola para outra após falar o nome desta. Para Moreno (apud Macuch, 2009), quando um indivíduo ingressa em um grupo, ele ainda continua com suas opiniões, sentimentos e posições as quais podem ser semelhantes, iguais ou totalmente diferentes dos demais membros do grupo. Se essas diferenças são aceitas, a comunicação flui e as pessoas ouvem umas às outras, e a cooperação e as interações aumentam. Se as mesmas não são aceitas, a comunicação passa a fluir com distorções, as pessoas se evitam, não dizem o que gostariam e não escutam umas às outras. Jogamos pega-varetas, bingo das contas, banco imobiliário, jogo da velha, forca com profissões; os alunos confeccionaram e jogaram damas e dominós, jogamos vários jogos que envolviam leitura como sem-falar e mix-de-estórias. Através dos jogos temos como objetivo desenvolver atitudes favoráveis à aprendizagem, para isso o profissional ao se utilizar dos jogos deve apontar as
4 semelhanças entre os contextos dos jogos e da escola, pois para jogar bem, o aluno necessita se organizar e planejar, respeitar às regras, ter atenção, coordenar várias informações simultaneamente, trabalhar com hipóteses entre outros. Através dos jogos também é possível conhecer melhor a forma do aluno raciocinar e levantar hipóteses, fazendo um levantamento dos tipos de erros mais frequentemente produzidos por eles; através dos jogos também podemos identificar onde eles apresentam maiores dificuldades, no caso dos alunos participantes de nossas atividades, as dificuldades encontradas foram em matemática, escrita, e problemas em aceitar regras ou limites. O trabalho se encontra em andamento e o que podemos apontar como produção de nossas atividades por hora é o interesse que os alunos demonstram pela sua participação, a capacidade de resolução de conflitos dentro dos próprios grupos e a boa colaboração com professores e gestores da escola. Palavras chaves: Psicologia escolar; Aprendizagem; Relações Interpessoais. Referências Bibliográficas: AQUINO, Júlio Groppa. Alunos-problema versus alunos diferentes: avesso e direito da escola democrática. Pro-posições, v. 12, n. 2-3 (35-36), jul.-nov.2001 MACEDO, Lino de; PETTY, Ana Lúcia S.; PASSOS, Norimar C.; Pega-varetas: fatores que interferem na aprendizagem. Os Jogos e o Lúdico na Aprendizagem Escolar
5 MACEDO, Rosa Maria. A família diante das dificuldades escolares dos filhos. Petrópolis. Vozes, MACUCH, Regiane da Silva. Dinâmicas Relacionais de Jovens em uma Escola Secundária Profissional- Estudos de Casos VERCELLI, Ligia de Carvalho Abões. O trabalho do psicopedagogo institucional. Revista espaço acadêmico- N 139. Dezembro de 2012.
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