Controle de gramíneas perenes e anuais em pós-emergência. Seletivos às culturas dicotiledôneas como a soja e algodão.
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- Maria de Fátima Fontes Sintra
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2 Com o foco no controle de plantas daninhas e lagartas, as culturas geneticamente modificadas têm ganhado espaço na preferência do produtor rural, pela redução nos custos de produção, comodidade e boas respostas em produtividade. No entanto, quando o assunto é o milho RR, uma preocupação cerca as discussões técnicas com relação ao controle do milho RR voluntário ou tiguera que poderá infestar a lavoura de soja subsequente. Devemos lembrar que o manejo integrado de plantas daninhas na cultura da soja compreende não só o controle de espécies normalmente identificadas como daninhas, mas também o controle de plantas voluntárias de culturas anteriores, conhecidas como tigueras, que eventualmente podem ocorrer durante o ciclo da cultura. Um dos grandes benefícios que as tecnologias Roundup Ready trazem para as culturas é o manejo eficiente das plantas daninhas, reduzindo o risco de perda de potencial produtivo em razão da matocompetição e apresentando seletividade à aplicação em pós-emergência do herbicida glifosato, sem provocar estrago à cultura. Na lavoura de soja convencional (sem a tecnologia Roundup Ready ) o controle do milho tiguera e das plantas daninhas de folhas estreitas sempre foi realizado utilizando herbicida de ação graminicida (inibidores da ACCase). O produtor estava acostumado e era uma operação relativamente simples. Porém, com a rápida adoção da soja Roundup Ready, o produtor passou a utilizar somente o glifosato em pós-emergência da cultura para controle das plantas daninhas e consequentemente do milho tiguera. 2 GT Produção Milho
3 3 GT Produção Milho
4 Controle de gramíneas perenes e anuais em pós-emergência. Seletivos às culturas dicotiledôneas como a soja e algodão. Herbicidas Sistêmicos. Algumas dicas para o correto funcionamento dos graminicidas: Chuvas ocorridas entre 1 a 2 horas após a aplicação não afetam a eficácia; As plantas daninhas devem apresentar alto vigor vegetativo; Evitar períodos de estiagem, horas de muito calor e UR <60%; Baixa atividade no solo ou nula, no entanto, deve-se respeitar: Intervalo entre aplicação dos graminicidas e o plantio de trigo ou milho de 7 dias para os herbicidas dims (clethodim) e 15 dias para os fops (haloxyfop). Antagonismo com latifolicidas: Intervalo de 7 dias entre aplicações dos graminicidas com imazetapyr (ALS) e de 3 dias com os protoxs. Precisam de adjuvantes: Utilizar 0,5% v/v de óleo mineral (Consultar bula); Utilizar o óleo recomendado pelo fabricante. Sintomas: Descoloração e arroxeamento, parada de crescimento, necrosamento na base das folhas e murcha da planta. Velocidade de Controle: Morte em 1 a 3 semanas após a aplicação. 4 GT Produção Milho
5 Morte dos pontos de crescimento Quais herbicidas podemos escolher para fazer o manejo das plantas voluntárias de Milho RR? Ingrediente ativo Nome Comercial Dose (L/ha) Clethodim Select/Poker (240) 0,35 a 0,45 Tepraloxydim Aramo (200) 0,375 a 0,5 Haloxitope-p.metílico Verdict R (120) 0,4 a 0,5 Fluazifope-p-butílico Fusilade EW (250) 0,5 a 0,75 Quizalofope-p-tefuril Panter EC (120) 0,6 a 1,0 5 GT Produção Milho
6 Principais momentos de manejo das plantas tigueras de milho: Opção A Opção B 6 GT Produção Milho
7 7 GT Produção Milho
8 Comunicar, no momento da venda do produto, a necessidade de fazer o manejo das plantas voluntárias; Fazer constantemente o monitoramento da área para indicar o momento apropriado do manejo das plantas voluntárias de milho; Respeitar as normas de coexistência; Fortalecer as recomendações de implementação, condução e colheita da cultura do milho para evitar problemas com plantas voluntárias; Fazer o manejo das plantas voluntárias considerando os programas de manejo, utilizando diferentes herbicidas, aplicados no momento, dose e adjuvantes corretos; Os herbicidas do grupo dos graminicidas são a principal ferramenta de manejo das plantas voluntárias; Realizar o controle das plantas voluntárias até o V3/V4 para obter controles consistentes; Evitar a matocompetição com a cultura subsequente; Fazer o manejo de plantas v oluntárias em função do sistema de produção (Sistema Roudup Ready plus). Mesmo diante de todas as questões em debate, as vantagens de se cultivar o milho toleranteao glifosato são muito maiores do que as restrições (excelente controle de plantas daninhas, flexibilidade com a adubação nitrogenada, possibilidade de aplicação sequencial para controle de escapes ou ervas de difícil controle, menor fitotoxicidade ao milho e maior produtividade). O que vai fazer diferença nesse contexto é o preparo do agricultor, do agrônomo, do técnico, entre outros. Quando mais planejada a sua atividade estiver, melhores serão os resultados. E isso vale não só para o cultivo de milho RR, mas para todas as atividades que o produtor conduz no seu dia a dia. O homem do campo ganha ao usar a tecnologia de forma adequada. Referências Bibliográficas: POWLES, S.B.; PRESTON, C.; BRYAN, I.B.; JUTSUM, A.R. Herbicide resistance: Impact and management. Advances in Agronomy, v.58, p.57-93, GT Produção Milho
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