O ENOTURISMO EM EXPERIÊNCIAS DE INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS: ESTRATÉGIA PARA O DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL?

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1 O ENOTURISMO EM EXPERIÊNCIAS DE INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS: ESTRATÉGIA PARA O DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL? Área Temática: Desenvolvimento rural e agricultura familiar Valdinho Pellin 1 Adriana Carvalho Pinto Vieira 2 RESUMO As Indicações Geográficas (IGs) constituem-se em um elemento de identificação de produtos ou serviços com seus territórios. Podem ser entendidas como uma estratégia de agregação de valor a produtos ou serviços oferecendo contribuições importantes para o desenvolvimento territorial, sustentável ou não. No Brasil, embora as Indicações Geográficas estejam presentes em vários setores, é na vitivinicultura que se observam contribuições mais significativas para o desenvolvimento territorial, inclusive estimulando atividades complementares importantes como o enoturimo. Este artigo procura discutir a relação entre enoturismo e desenvolvimento territorial em regiões com produtos reconhecidos com Indicação Geográfica partir da experiência incipiente que está ocorrendo nos Vales da Uva Goethe, em Santa Catarina.Metodologicamente o artigo ampara-se em uma pesquisa qualitativa e descritiva e quanto aos meios de investigação classifica-se como bibliográfica e de estudo de caso, uma vez que foram realizadas investigações em fontes secundárias. Verificou-se que os Vales da Uva Goethe estão procurando aproveitar o reconhecimento da Indicação Geográfica para estruturar um enoturismo integrado como os municípios da região e apoiado na riqueza de sua gastronomia, cultura italiana e principalmente no vinho Goethe. Por se tratar de uma experiência incipiente ainda não é possível mensurar seus resultados. Entretanto, a região apresenta potencial para desenvolver a atividade e transforma-la em uma estratégia de fomento do desenvolvimento territorial. Os desafios são muitos, principalmente em relação ao envolvimento e a uma efetiva articulação dos atores públicos e privados que tem relação direta ou indiretamente com a atividade. Mas a possibilidade de sucesso existe e deve ser estimulada. Palavras Chaves: Desenvolvimento Territorial, Indicação Geográfica, Enoturismo. 1 Graduado em Economia. Mestre e doutorando do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Regional da Universidade Regional de Blumenau (PPGDR/FURB). Bolsista Capes. prof.pellin@tpa.com.br 2 Graduada em Direito, Mestre em Direito pela Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP), Doutorado em Desenvolvimento Econômico pelo Instituto de Economia da UNICAMP, Pós-doutorado pelo Instituto de Geociências, Departamento de Política Científica e Tecnológica da UNICAMP, Professora Doutora do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Socioeconômico (PPGDS) da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), pesquisadora colaboradora do INCT/PPED/UFRJ. dricpvieira@unesc.net 1

2 1. INTRODUÇÃO Ao longo das últimas décadas, vêm se estabelecendo um contexto institucional regras e normas de comércio, exigência dos consumidores, tecnologia utilizada, políticas gerais e setoriais e traços culturais que condicionam a economia e a sociedade que já condiciona e que continuará condicionando, de forma substancial, a dinâmica produtiva e tecnológica de todas as cadeias produtivas do agronegócio (BUAINAIN e VIEIRA, 2010). Novos nichos de mercados têm sido criados, assim como novas estratégias de valorização do produto. Uma destas estratégias é o reconhecimento de produtos tradicionais através da Indicação Geográfica (IG). A noção de IGs foi construída de forma gradativa, quando produtores e consumidores passaram a perceber sabores ou qualidades peculiares em alguns produtos que provinham de determinados locais, e verificaram que isso poderia ser um diferencial competitivo. Essas características não eram encontradas em produtos equivalentes feitos em outro local. Assim, começou-se a denominar os produtos que apresentavam um diferencial com o nome geográfico de sua procedência (FÁVERO et al, 2010). Além disso, outros produtores, verificando estas peculiaridades, passaram a se aproveitar de nomes que foram se tornando conhecidos, para vender produtos falsamente identificados como tais. Isso leva à necessidade de se elaborar mecanismos que pudessem proteger este novo ativo intangível que é agregado a um produto específico (BRUCH, 2011). Conforme apontamentos de Bruch, Vieira e Barbosa (2014) no Brasil, atualmente são reconhecidas no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) 46 indicações geográficas -, destas trinta e oito nacionais (30 Indicações de Procedência [IP] e 8 Denominações de Origens [DO]) e oito DO estrangeiras. No setor vitivinícola são 7 IG s concedidas (6 IP s e 1 DO), concedidas pelo INPI no Brasil até junho de Portanto, percebe-se que os casos mais emblemáticos de utilização de IGs como estratégias de desenvolvimento territorial estão associados principalmente a vitivinicultura 3. Ainda, conforme ponderações de Bruch, Vieira e Barbosa (2014) a vitivinicultura é uma atividade tradicional em diversas regiões brasileiras. Atualmente a atividade ocupa uma área de, aproximadamente, 80 mil hectares, com vinhedos estabelecidos desde o extremo sul até regiões situadas muito próximas a linha do equador. Das regiões temperadas destacam-se: regiões da Fronteira, Serra do Sudeste, Serra Gaúcha, Campos de Cima da Serra e regiões 3 A maioria destas IGs originadas da vitivinicultura localizam-se no sul do Brasil. 2

3 Central e Norte do Estado do Rio Grande do Sul; as regiões do Vale do Rio do Peixe, Planalto Serrano e Planalto Norte e Carbonífera, no Estado de Santa Catarina (região da Serra Catarinense e região de Urussanga); a região Sudeste do Estado de São Paulo e, a região Sul do Estado de Minas Gerais. Santa Catarina tem reconhecimento nacional e internacional pela qualidade dos vinhos que produz. Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina EPAGRI, o impulso dado pelas pesquisas e por investimentos pioneiros no setor vitivinícola, construiu um segmento econômico promissor para o Estado. Mas, apesar dos avanços, o setor ainda tem muitos desafios e a participação dos vinhos finos catarinenses no mercado brasileiro ainda é pequeno. E os Vales da Uva Goethe estão entre estes desafios. Atualmente a região procura estimular o enoturismo,uma vez que a gastronomia, a vitivinicultura e a própria cultura italiana são fortes marcos no desenvolvimento econômico e turístico da região. O recente reconhecimento da IP para os Vales da Uva Goethe veio confirmar o jeito, o fazer, tão próprios, a tipicidade, de todo um povo, que com raízes na descendência italiana, cria sua própria identidade e a firma pelo trabalho, basicamente formatado no modelo da agricultura familiar, buscando o desenvolvimento territorial. Para tanto, o artigo pretende discutir a relação entre enoturismo e desenvolvimento territorial em regiões com produtos reconhecidos com IG a partir da experiência incipiente que está ocorrendo nos Vales da Uva Goethe, em Santa Catarina. Metodologicamente o artigo vale-se de uma pesquisa qualitativa e descritiva, visto que permite ao pesquisador se aproximar da vivencia social do grupo em estudo, entendendo como a construção desta realidade que se processou e como naquele contexto se movimenta (SHAW, 1999). E quanto aos meios de investigação classifica-se como bibliográfica e de estudo de caso, uma vez que foi realizada como meio de investigação as fontes secundárias. A estrutura do artigo privilegia, em um primeiro momento, uma breve abordagem sobre desenvolvimento territorial e a vitivinicultura. Na sequencia aborda a relação entre as IG s e o enoturismo. Em seguida efetua a análise da experiência da Indicação dos Vales da Uva Goethe na região sul de Santa Catarina e, por fim, apresentam-se as considerações finais. 2. DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL E VITIVINICULTURA A noção de território desenvolve-se inicialmente na área de estudo da geografia sem, contudo, estar restrita a esta. Para Correa (1995) e Schneider (2004), um dos primeiros estudiosos a 3

4 apresentar uma definição para o território foi Ratzel, que o descreve como um espaço apropriado por um determinado grupo. Considerando as formas de apropriação e transformação, o território pode ser compreendido a partir de seus usos, como o espaço modificado pela técnica, pelo trabalho, sendo palco e ator nas relações que ali são produzidas (SANTOS E SILVEIRA, 2001). Percebe-se que com o passar do tempo o conceito foi se complexificando, adquirindo dimensionalidades diversas. A emergência do território relaciona-se às mudanças sócio espaciais, vinculadas à globalização, que requer decisões e iniciativas que partam dos territórios, tornando-se ainda referência para atuação político-institucional. O desenvolvimento territorial designa todo processo de mobilização dos atores que leve à elaboração de uma estratégia de adaptação aos limites externos, na base de uma identificação coletiva com uma cultura e um território (PECQUER, 2005). Corroborando Pecquer (2005), Schneider (2004, p.99) compreende o território enquanto um espaço de ação em que transcorrem as relações sociais, econômicas, políticas e institucionais. Esse espaço é construído a partir da ação entre os indivíduos e o ambiente ou contexto objetivo em que estão inseridos. Neste sentido, percebe-o como dinâmico, em constante transformação e mudança. Esse dinamismo é configurado tanto pelos atores internos e suas inter-relações, como pela relação com fatores externos. Resultado de uma construção social e coletiva, o território é considerado o espaço apropriado por um determinado grupo que compartilha valores culturais, e se torna foco do desenvolvimento, não sendo apenas o espaço físico, mas também ator desse processo. Nesta esteira de pensando, estratégias de desenvolvimento são implantadas ou estimuladas com o objetivo de fortalecer o desenvolvimento de regiões, sobretudo rurais. Uma das atividades que tem demonstrado certa vitalidade, especialmente na região sul do Brasil, é a vitivinicultura. De acordo com dados do Instituto Brasileiro do Vinho 4 (IBRAVIN), em 2009 a vitivinicultura 5 ocupava no Brasil uma área de aproximadamente 100 mil hectares, com uma produção anual de 1,2 milhões de toneladas, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco. Trata-se de uma atividade importante para a sustentação de pequenas propriedades no Brasil. Nos últimos anos, tem se tornado importante, também, na geração de empregos em 4 Dados disponíveis em 5 De acordo com o dicionário on line de português, vitivinicultura é o processo ou desenvolvimento que envolve o cultivo e/ou a fabricação de vinho. Pode ser entendido ainda como a atividade que consiste na exploração econômica desse processo. 4

5 grandes empreendimentos que produzem uvas de mesa e uvas para processamento (MELLO, 2013). A vitivinicultura brasileira hoje pertence ao que podemos chamar de novo mundo vitivinícola 6, ao lado de países como Chile, Argentina, EUA, África do Sul, Austrália, entre outros, cuja produção está baseada principalmente em variedades importadas dos tradicionais países produtores de vinho da região mediterrânea. Nas últimas décadas este setor tem apresentado um significativo crescimento, principalmente em decorrência da expansão de áreas cultivadas e da melhoria nas tecnologias de produção de uvas e vinhos em diversas regiões brasileiras (VIEIRA, VATANABE E BRUCH, 2012). Neste contexto destaca-se a Serra Gaúcha como a principal região vitivinícola do Brasil. Nesta região 12 mil pequenas propriedades rurais cultivam aproximadamente 31 mil hectares de vinhedos. A região conta com cerca de 600 produtores de vinho, entre grandes empresas, cooperativas e cantinas familiares (NIEDERLE, 2009). Para Vieira, Watanabe e Bruch (2012), o grande desafio da vitivinicultura no Brasil é estar aberta ao novo, absorvendo novas tendências e ajustando-se aos novos conceitos e padrões de vinhos estabelecidos pelo crescente mercado consumidor, sem perder sua autenticidade, seu caráter de regionalidade, expressão maior da evolução e das experiências acumuladas através da história, que permanecem ajustadas à geografia, aos valores e à cultura da região produtora. Além disso, parece ser um campo fértil para a incorporação de bens e serviços relacionados à atividade turística. Valduga (2012) lembra que as regiões vinícolas da Califórnia recebem, anualmente, cerca de 4,5 milhões de turistas. São o segundo maior destino turístico da Califórnia, ficando somente atrás da Disneylândia. A cidade de Mendoza, na Argentina, recebeu 1,5 milhões de pessoas em Na França, existem várias regiões vinícolas que oferecem distintas opções ao turista, que vão desde visitas a vinhedos e cantinas até tratamentos de saúde, conhecidos como vinoterapia. Na região da Alsácia, na França, 23 % do vinho é comercializado diretamente aos turistas. Na Borgonha, esse índice é de 12%. E recentemente a China tem experimentado uma verdadeira "febre do vinho", com crescimento acentuado do consumo, e consequentemente, a produção de vinhos e o enoturismo. No entanto, o mundo do vinho chinês ainda é pouco conhecido principalmente nas áreas das humanidades e ciências sociais. Além da China, outros países tem perspectivas de 6 O aumento no consumo dos chamados vinhos do novo mundo já preocupa os produtores de regiões vinícolas tradicionais. De acordo com Novakoski e Freitas (2003) enquanto as exportações de vinhos europeus cresceram em torno de 20% nos últimos 20 anos, países não tradicionais nesse setor como Nova Zelândia, EUA, Chile, Austrália, Argentina e África do Sul, experimentaram um crescimento de mais de 50% no mesmo período. 5

6 crescimento no setor vitivinícola: Tailândia, Vietnã, Birmânia, Indonésia, Índia, entre outros (GIROIR, 2014). É neste cenário, o da vitivinicultura e o do turismo, que surgem as Indicações Geográficas (IGs) e as discussões relacionas as suas possíveis contribuições para o desenvolvimento ou fortalecimento do território, principalmente em espaços rurais fragilizados economicamente. Entende-se que a IGs podem estimular a vitivinicultura e fortalecer a sua relação com outras atividades, como por exemplo o turismo. 3. INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS E ENOTURISMO É justamente a forte ligação com o território que favorece o reconhecimento 7 e o desenvolvimento de IGs 8 na vitivinicultura. Como destacam Flores, Falcade e Medeiros (2010) na vitivinicultura o terroir 9 pode caracterizar e diferenciar cada produto lhe conferindo uma identidade própria. Essa identidade pode ser materializada através das IGs que podem fomentar e fortificar regiões. Nesta mesma discussão Sato (2013) lembra que atualmente no Brasil a IG para vinhos tem sido gradativamente adotada por associações produtoras de vinhos, principalmente na região sul 10, onde a produção de vinhos finos e espumantes é mais significativa. Entende-se portanto, que as IGs representam um instrumento de valorização de tradições, costumes, saberes, práticas e outros bens imateriais associados à identidade territorial. Utilizadas pelos produtores como um instrumento de agregação de valor e acesso a mercados e reputadas pelos consumidores como um mecanismo de garantia de qualidade, as IGs também são consideradas como potenciais instrumentos de desenvolvimento territorial, posto que possibilita a exploração de ativos intangíveis de difícil transposição para outros 7 É importante destacar que uma IG não se cria, se reconhece. 8 No Brasil, as IGs são regidas pela Lei de Propriedade Industrial (Lei n 9.279/96) e pela Resolução 75/00 do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). De acordo com a legislação existem dois tipos de IGs: a Indicação de Procedência (IP) que é considerada quando a área geográfica é conhecida como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço e a Denominação de Origem (DO), que é identificada quando as qualidades ou características do produto decorrem exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluindo fatores naturais e humanos ( Cruz et al s.d ). 9 De acordo com a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) o terroir vitivinícola compreende características específicas de solo, topografia, clima, paisagem e biodiversidade. Além disso, seu conceito refere-se ao espaço onde se desenvolve um saber coletivo de interações entre o meio físico, biológico e práticas vitivinícolas aplicadas (OIV, 2008). 10 A região sul apresenta até o momento o reconhecimento de quatro IGs de vinhos: Vale dos Vinhedos (RS), Vales da Uva Goethe (SC), Vinhos Pinto Bandeira (RS) e Vinhos Altos Montes (RS). Além destas está em andamento mais um projeto de reconhecimento de IG. Trata-se dos Vinhos da Campanha, na região de Santana do Livramento- RS (Sato, 2013). 6

7 territórios, constituindo uma vantagem competitiva em mercados cada vez mais marcados pela diferenciação de produtos (NIEDERLE, 2009; DULLIUS, 2009). Além disso, é preciso considerar as atividades complementares que podem surgir após o reconhecimento de produtos tradicionais. Na grande maioria dos casos, as IGs podem estabelecer relações com outros segmentos que não apresentam ligação direta com o produto reconhecido. Tal consequência pode fortalecer atividades importantes, gerando emprego e renda local. É o que o Pecqueur (2001) denomina de cesta de bens e serviços do território.a hipótese da cesta de bens e serviços pode ser verificada quando, num momento de aquisição de um produto de qualidade territorial, o consumidor descobre as especificidades de outros produtos procedentes da produção local e determina sua utilidade a partir do conjunto de produtos oferecidos (PECQUEUR, 2001). Neste sentido, a relação entre o turismo e os produtos com Indicação Geográfica podem ser muito bem observadas no desenvolvimento do enoturismo. Um exemplo clássico na literatura internacional é o caso do vinho do Porto. Segundo Oliveira (2010) após o reconhecimento do vinho do Porto como Denominação de Origem Protegida a região se tornou conhecida internacionalmente e influenciou positivamente o desenvolvimento do turismo. A criação da Rota do Vinho do Porto, em 1996, constituiu-se em um verdadeiro instrumento de promoção do desenvolvimento rural. A rota permitiu aos turistas hospedaremse em pequenas pousadas no interior, provarem a culinária regional, adquirirem produtos tradicionais, entre outras atividades, proporcionando um contato direto que vai desde o pequeno viticultor até o grande produtor de vinhos da região. O enoturismo corresponde a uma atividade econômica e turística recente e que acaba sendo complexa por englobar duas indústrias importantes: o turismo e a vitivinicultura e necessitar de uma sinergia entre elas. É um setor com grande possibilidade de crescimento e por ser desenvolvido em espaços rurais pode assumir um papel importante no desenvolvimento regional e na criação de empregos em regiões desfavorecidas. Este segmento vem apresentando uma evolução crescente em todo o mundo, integrando-se com atividades relacionadas a gastronomia, ao agroturismo, ecoturismo e expandindo-se consideravelmente nas grandes regiões vitivinícolas mundiais, embora com dinâmicas diferentes (CAMPOS, 2012). Entretanto Gonçalves (2012) alerta que um destino enoturístico deve estar associado a reputação do vinho da região, a organização das adegas e acolhimento do visitante, a 7

8 dinamização e promoção dos elementos endógenos e a criação de um conjunto de serviços que permita complementar a adega e qualificar a região enquanto produto turístico integrado. Dentre as várias formas de relação entre a vitivinicultura e o turismo, a criação das Rotas dos Vinhos 11 em áreas demarcadas para produção de vinhos reconhecidos com Indicações Geográficas ou Denominações de Origem Protegida, tem-se demonstrado eficiente. Em Portugal, por exemplo, o projeto das rotas do vinho 12 nasceu em 1993 com a participação do país no Programa Dyonisios promovido pela União Europeia e que financiava a criação de rotas regiões. As rotas eram dinamizadas pelas comissões vitivinícolas regionais e pelas regiões de turismo. Estas rotas envolvem a participação de vários segmentos: cooperativas, associações, vitivinicultores, museus, entre outros, todos estruturados em redes. Os turistas podem desenvolver um conjunto variado de atividades que podem ir de simples visita as adegas até a participação em trabalhos vitícolas (SIMOES, 2008). As Rotas dos Vinhos constituem-se em uma ferramenta importante para a promoção e valorização de regiões vinícolas e tem ganho importante dimensão principalmente na França, Itália e Espanha. Observa-se que na Europa estas rotas são fortemente dinamizadas por movimentos associativos, tanto regionais como inter-regionais (CAMPOS, 2012). Entretanto no Brasil a realidade é diferente da europeia e também de alguns países da América do Sul. De acordo com Valduga (2014), apenas no Estado do Rio Grande do Sul, o enoturismo está consolidado e mesmo assim pouco explorado, resultado, em parte, da tímida inserção internacional dos vinhos brasileiros. No contexto atual o Brasil é pouco competitivo no enoturismo mundial e as próprias políticas públicas nacionais voltadas ao turismo parecem não dar a devida importância a este segmento. Esta realidade é um pouco diferente em outros países da América do Sul como, por exemplo, o Chile. Zamora e Barril (2007) destacam o governo chileno tem formulado políticas importantes de apoio a indústria vitivinícola investindo na relação do vinho com o turismo para difundir uma boa imagem do país no mercado internacional e promovendo o Chile como um destino enoturístico. Como resultado, os vinhos chilenos começam a ser vistos no mercado externo como vinhos bons e baratos. 11 As Rotas dos Vinhos começaram a se popularizar na Europa a partir da década de 70 e o projeto inter-regional Dyonisios foi fundamental para estimular a criação destas rotas em Portugal, França, Espanha e Itália. Além disso, em 2006 desenvolveu-se o projeto Vintour com o objetivo de criar uma Rota do Vinho europeia (CAMPOS, 2012). 12 Um bom exemplo é a Rota dos Vinhos Verdes, em Portugal. Criada em 1997, estende-se por 49 concelhos do país e foi estruturada com o objetivo de construir um produto de enoturismo, com uma identidade própria, capaz de promover, simultaneamente, os vinhos e a região. Ainda em Portugal, Campos (2012) destaca a criação da Rota do Alvarinho em Criada por iniciativa do Poder Público Local, em razão da notoriedade da casta Alvarinho, uma das mais importantes da Região Demarcada dos Vinhos Verdes e uma das mais premiadas internacionalmente. A rota envolve 58 entidades entre adegas, pousadas, restaurantes, pontos de turismo e operadores de turismo. No entanto, o autor alerta que, embora as rotas dos vinhos em Portugal demonstrem uma certa vitalidade enquanto produto turístico, muitas ainda encontram-se pouco estruturadas e apresentando deficiências na coordenação entre os vários atores envolvidos. 8

9 4. O CASO DOS VALES DA UVA GOETHE A produção da variedade Goethe, denominada de Vales da Uva Goethe, apresenta uma identidade climática propicia para a produção dessa variedade. Esse território, localizado entre o mar e as montanhas, apresenta um diferencial de gradientes térmicos: altas temperaturas no verão e massas de ar frio que vêm do Planalto com temperaturas negativas no inverno. A adaptação da variedade na região às condições locais e características próprias diferenciam seu vinho das outras variedades com grande potencial para o mercado de vinhos de qualidade. A uva Goethe é originária dos Estados Unidos, uma variedade hibrida descendente da uva muscat, com cruzamento de baixo percentual com a Isabella, foi selecionada por volta de 1850 por um fruticultor americano. A variedade chegou aos colonos italianos em 1890, na região carbonífera de Urussanga, onde os solos são ricos em enxofre, elemento decisivo para o desenvolvimento da variedade. Conforme Velloso (2008), a variedade Goethe distribuída entre os imigrantes adaptouse às condições edafo-climáticas da região de Urussanga e logo se apresentava na maioria dos parreirais nas colônias. Nas primeiras décadas desse século, os vinhos brancos de Urussanga faziam sucesso fora de Santa Catarina. Um dos apreciadores desse vinho foi Getúlio Vargas, sendo que em 1945 autorizou a instalação de uma estação de enologia na região. A uva e o vinho Goethe alcançam ótima produção e reconhecimento nacional e internacional, elevando Urussanga à capital do vinho. A Goethe encontrou em Urussanga o seu território. Foi um caso de amor à primeira vista, sendo cultivada desde o início com o duplo propósito de consumo in natura e de produtora de vinho. Durante praticamente quatro décadas, essa variedade projetou Urussanga no cenário vinícola nacional e internacional. Nas décadas de 30 a 60 do século 20, a uva e o vinho Goethe, com o seu amarelo ouro, garantiram fama a Urussanga e a seus produtores de vinho. (MAESTRELLI, p.116). Entretanto, com a chegada da mineração, muitos dos colonos abandonaram a itinicultura e foram trabalhar nas carvoarias, em razão dos salários atraentes nas minas e a promessa de aposentadoria após 15 anos de trabalho. Mas para aqueles que permaneceram no campo e preservaram suas raízes e a sua cultura, a uva foi um símbolo de resistência. A união entre a tradição vitivinícola da região de Urussanga e a uva Goethe permitiu a produção de vinhos típicos com identidade própria. O vinho branco já concedeu à região a denominação da capital do vinho branco. A partir de 2005, a trajetória secular dos vinhos 9

10 Goethe entrou em uma nova fase com a fundação da ProGoethe. A associação tem o propósito de promover a união dos produtores da uva e do vinho Goethe estabelecendo a imagem de um produto nobre e conhecido nacional e internacionalmente. Com o objetivo de dar maior visibilidade a seu produto, a ProGoethe, juntamente com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE e a Universidade de Santa Catarina UFSC, fizeram o requerimento do registro da Indicação de Procedência (IP) dos vinhos dos Vales da Uva Goethe, no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). O projeto estava em construção desde 2006, quando foram realizadas pesquisas e estudos sobre o solo, clima e planta, além do levantamento histórico. Essa região está intimamente ligada à cultura e tradição italiana na produção da uva e vinho Goethe (savoirfaire ou fator humano), apresentando solos e condições climáticas distintas (fatores naturais). Com a entrada do processo junto ao INPI, em agosto de 2010, criou um clima favorável ao enoturismo em Urussanga. Os Vales da Uva Goethe localizam-se entre as encostas da Serra Geral e o litoral sul catarinense nas Bacias do Rio Urussanga e Rio Tubarão delimitada numa região de 458,9 Km2, no Estado de Santa Catarina, Brasil (INPI, 2012), conforme pode ser visto no Mapa 1. Mapa 1 Localização dos Vales da Uva Goethe (vinícolas e plantio uva), Santa Catarina, Brasil Fonte: VIEIRA, GARCIA e BRUCH (2013). Diante desse cenário, o governo de Santa Catarina reconheceu a importância dos Vales da Uva Goethe, na região de Urussanga, como território único em Santa Catarina, 10

11 reforçando o pedido da Indicação de Procedência iniciado junto ao INPI e em 2012 o INPI reconheceu a Indicação de Procedência dos Vales da Uva Goethe 13 (INPI, 2012). Atualmente, as vinícolas da região vêm fabricando produtos à base da uva Goethe, e seis destas são associadas à Associação ProGoethe: Vinícola Mazon; Vinícola Quarezemin; Vinícola Felippe; Vinícola Trevisol; VínicoladelNoni; Vinhos Casa del Nono. Além destas, também cultivam a uva e elaboram vinhos artesanais os associados Rodolfo Della Bruna, Denner Quarezemin, DeivsonBaldin, Raul Savio, Rafael Sorato, Márcio Scremin e Antonio de LorenziCancelier (PROGOETHE, 2014). Além disso, cerca de cem produtores rurais mantém cantinas artesanais que funcionam informalmente nos tradicionais porões das casas dos descendentes de italianos produzindo vinho a partir da variedade Goethe, e dentre estes, alguns são associados a ProGoethe como produtores de uva, como o produtor DeivsonBaldin, que produz vinho colonial a partir da uva Goethe, já de acordo com as normas do Conselho Regulador da IPVUG. Segundo levantamento de Stevan Arcari, da Estação Experimental da Epagri em Urussanga, estima-se informalmente que a produção anual regional supera 1,5 milhão de garrafas de vinhos de todas as variedades. De terroir da região de Urussanga, carro chefe da maioria das cantinas, estima-se que a produção está em torno de 150 mil garrafas, todas com o nome de Goethe nos rótulos. Em 2013, todas as vinícolas conseguiram o selo da Indicação de Procedência dos Vales da Uva Goethe (IPVUG) e 3 mil garrafas foram seladas. Em 2014, houve um aumento considerável de garrafas seladas, passando para 9 mil, distribuídas entre as vinícolas da IPVUG. O Enoturismo nos Vales da Uva Goethe Com o reconhecimento da IG dos Vales da Uva Goethe os produtores e vinícolas da região começam a despertar para o desenvolvimento do enoturismo na região fortalecendo atividades como a hotelaria (hotéis, pousadas), gastronomia (restaurantes, fabricação artesanal de produtos típicos) e a enologia e a história da imigração italiana. Neste sentido, a região prepara-se para elaborar um plano de desenvolvimento da atividade turística no espaço rural de maneira integrada com outros municípios da região, contribuindo para o desenvolvimento territorial destes municípios. Na cidade de Urussanga, já foi realizado um levantamento da potencialidade do enoturismo, pela Universidade do Extremo Sul Catarinense Unesc. 13 A ProGoethe recebeu em 14 de fevereiro de 2012 a concessão do registro IP, tornando-se a primeira Indicação Geográfica de Santa Catarina, com o registro n IG

12 Pereira (2013) desenvolveu uma importante e inédita pesquisa em relação ao enoturismo na região. Para a pesquisadora, os equipamentos e serviços que fazem parte da pesquisa, possuem os elementos que conferem identidade e demonstram o envolvimento da empresa com o lugar em que ela se encontra e com o público que atende. Assim, constata-se que na região há todos os elementos para o desenvolvimento do enoturismo, haja vista que já existe: centros de hospedagem, agencia de viagem (embora não agencia de viagem receptiva), bares e restaurantes com gastronomia típica italiana, as vinícolas, comércio turístico e artesanato, parque aquático um Centro de Equitação e Equoterapia. Há portanto, um ambiente fértil e que pode ser potencializado para o desenvolvimento deste segmento de turismo. No entanto, até por ser uma atividade ainda incipiente na região, existem muitos desafios que precisam ser superados. Um deles é o fato de praticamente não existir parcerias entre empresas da região (com exceção de algumas vinícolas) e agentes de turismo. Pereira (2013) aponta em seu relatório que 88% das empresas entrevistadas não estabelecem parcerias com transportadoras turísticas ou guias de turismo, declarando que desconhecem a existência ou não de Guias de Turismo no município e identificando um gargalo nestes dois pontos da Cadeia Produtiva do Turismo. Aponta ainda a autora que, as parcerias mais fortes e numerosas constatadas na pesquisa estão relacionadas às Vinícolas e à Progoethe, haja vista que 72% dos estabelecimentos que são atrelados ao turismo na cidade possuem relações com as vinícolas e com a ProGoethe. Ainda, segundo Pereira (2013)foi identificado na pesquisa o interesse pelo segmento do Turismo de Terceira Idade que consome o produto dos Vales da Uva Goethe e enviam seus turistas e grupos para a região. Ao identificar as maiores necessidades para o efetivo desenvolvimento do enoturismo na região dos Vales da Uva Goethe, a pesquisa destacou: Tabela 01 Principais dificuldades encontradas pelos stakeholders da cadeia turística na região de Urussanga para o desenvolvimento do enoturismo Necessidades % apontado Falta de informações para o turista e para a própria comunidade 65,21 Ausência de mão-de-obra qualificada e cursos de qualificação 56,52 Não se pode fechar os empreendimentos aos sábados e domingos 52,17 Falta de União 47,82 Falta de conscientização turística 39,13 Necessidade de melhorar os acessos aos pontos turismos (estradas) 34,78 Fonte: Pereira (2013) 12

13 Após a identificação das principais necessidades a pesquisa buscou avaliar a opinião dos entrevistados em relação ao potencial do enoturismo para a região. Paralelamente a isso, os entrevistados foram desafiados a apresentar sugestões para o desenvolvimento da atividade. Dentre as respostas, as mais importantes de acordo com Pereira (2013) foram: (1) a região tem potencial, mas a atividade está apenas no início; (2) as vinícolas precisam se estruturar melhor; (3) Há necessidade de se estruturar pacotes específicos para atrair turistas para a região; (4) É preciso receber melhor o turista; (5) É necessário aumentar o envolvimento da sociedade; (6) É preciso profissionalizar o setor público envolvido com o turismo e (7) É preciso ter paixão pela atividade, gostar das nossas coisas, saber mais sobre a Uva Goethe, a vindima e detalhes da vitivinicultura. Em relação a estas demandas apontadas, algumas providências estão sendo tomadas, como por exemplo, a divulgação da região. Para melhor divulgação dos Vales da Uva Goethe, a ProGoethe elaborou o um material informativo denominado Goethinho conforme a Figura 1, juntamente com o Instituto Totum e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A publicação tem por objetivo divulgar a comunidade a importância da uva Goethe e sua evolução na região, até o reconhecimento da IG dos Vales da Uva Goethe pelo INPI. A divulgação foi realizada junto às escolas da Rede Municipal de Ensino de Urussanga, nas turmas de 4 e 5 séries do ensino fundamental em Ainda, foi elaborada uma publicação informativa (Cartilha), denominada O que é uma IG?, uma parceria entre a Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Empresa de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Estado de Santa Catarina (Epagri) e a ProGoethe, com o objetivo de informar a sociedade o que é uma indicação geográfica, e como exemplo a Indicação de Procedência dos Vales da Uva Goethe. Portanto, as IGs, podem ser pensadas como uma ferramenta de ocupação harmoniosa do espaço cultural produtivo, aliando a valorização de um produto típico e seus aspectos históricos e culturais, à conservação da biodiversidade e o desenvolvimento rural e, consequentemente, o enoturismo. Figura 1: publicação Goethinho - ProGoethe 13

14 Fonte: ProGoethe Além do desenvolvimento econômico por meio da produção da uva e vinho Goethe, na região, - ganharam destaque turístico as festas que são realizadas nos municípios que compõe os Vales da Uva Goethe. Em Urussanga são realizadas, a Vindimia, RitornoAlleOrigini, a Festa do Vinho e o Motovinho. A Festa do Vinho Goethe, no município de Pedras Grandes, e a Festa da Gastronomia e Carnevaledi Venezia, no município de Nova Veneza. Os eventos ocorrem em datas distribuídas durante todo o ano, o que garante a participação da população local e de outras regiões do estado e de estados vizinhos. A gastronomia, a vitivinicultura e a própria cultura italiana são fortes marcos no desenvolvimento econômico e turístico da região, e o reconhecimento da IG, por sua vez afirma o jeito, o fazer, tão próprios, a tipicidade, de todo um povo, que com raízes na descendência italiana, cria sua própria identidade, buscando o desenvolvimento territorial. 5- CONSIDERAÇÕES FINAIS Nos últimos anos as indicações geográficas (IG s) têm sido consideradas possíveis estratégias de desenvolvimento e/ou fortalecimento econômico de uma região, com a valorização dos recursos territoriais e estímulo para o surgimento de novos nichos de mercados. Podem ser pensadas como uma ferramenta de ocupação harmoniosa do espaço cultural produtivo, aliando a valorização de um produto típico e seus aspectos históricos e culturais, à conservação da biodiversidade e o desenvolvimento rural. 14

15 Além disso, têm sido amplamente utilizadas nos mercados agroalimentares para proteger produtos de diferentes tipos. A partir do reconhecimento de um produto com IG são fomentadas diversas iniciativas para que estes produtos criem estratégias de diferenciação no mercado bem como estimuladas outras atividades que podem ter relação direta ou indireta como o produto como, por exemplo, o turismo. Neste contexto, o enoturismo surge como uma atividade que tem demonstrado folego principalmente em IGs no sul do Brasil. O exemplo mais emblemático é o desenvolvido no Vale dos Vinhedos (RS) estimulado e ampliado principalmente após o reconhecimento da IG em Os Vales da Uva Goethe tem aproveitado o reconhecimento da IG para estruturar um enoturismo integrado com os municípios da região turística do sul de Santa Catarina, denominada Encantos do Sul, o qual se destacam pela influência italiana, presente principalmente na arquitetura, culinária e nas festas típicas, e especificamente pelo vinho Goethe, na região de Urussanga. Urussanga é um dos mais autênticos redutos de colonização italiana de Santa Catarina. Conforme apontado pelo governo catarinense, município que foi fundado em 1878, atualmente é o que possui mais edificações incluídas no projeto Roteiros Nacionais de Imigração, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). São casas e igrejas históricas, museus e até propriedades rurais onde a influência italiana está presente nos mínimos detalhes. A cidade apresenta inúmeras cantinas e cinco vitivinícolas abertas à visitação, em meio aos parreirais que cobrem os vales e outras paisagens de grande beleza (TURISMO SC, 2014). Por se tratar de uma experiência incipiente ainda não é possível mensurar seus resultados. Entretanto, a região apresenta potencial para desenvolver a atividade e transformala em uma estratégia de fomento do desenvolvimento territorial. Os desafios são muitos, principalmente em relação ao envolvimento e a uma efetiva articulação dos atores públicos e privados que tem relação direta ou indiretamente com a atividade. Mas a possibilidade de sucesso existe e deve ser estimulada. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRUCH, K.L. ; VIEIRA, A.C.P. ; BARBOSA, P. M. S.. Differentation between collective marks and geographical indication wine brazilian sector. In: Book of 37 World Congress of Vine and Wine. v. 1. p Mendonça: OIV, CARRIÉRE, J.P.; CAZELLA, A. A. Abordagem introdutória ao conceito de desenvolvimento territorial. EISFORIA, Florianópolis, V, 04 p , Dez

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