DIREITO E RELAÇÕES DE CONSUMO RESPONSABILIDADE CIVIL DO TRANSPORTADOR AÉREO NO CASO DE EXTRAVIO DE BAGAGENS

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1 DIREITO E RELAÇÕES DE CONSUMO RESPONSABILIDADE CIVIL DO TRANSPORTADOR AÉREO NO CASO DE EXTRAVIO DE BAGAGENS Bárbara Luana Santos Gibson Aluna de graduação em Direito na UFRN blsgibson@gmail.com Débora Medeiros Teixeira de Araújo Aluna de graduação em Direito na UFRN d_medeiros_@hotmail.com Julianne da Nóbrega Vilela Aluna de graduação em Direito na UFRN juliannenobrega@hotmail.com UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE Avenida Senador Salgado Filho, Lagoa Nova, Natal - RN, Resumo O presente artigo visa analisar a temática da responsabilidade civil do prestador de serviço de transportes aéreos quando da sua má prestação no que se refere ao extravio ou avaria de bagagem, visto que o transporte dos pertences dos passageiros faz parte de tal prestação, abordando as dúvidas mais frequentes dos consumidores quanto à quais direitos são a eles garantidos no caso de se verem vítimas dessas situações aflitivas e constrangedoras. Apresenta sua importância no fato de a utilização desse meio de transporte pelos brasileiros vir apresentando significativo aumento, juntamente com o crescimento das empresas fornecedoras desse serviço, as quais se utilizam da condição de hipossuficiência técnica dos consumidores para auferir vantagens indevidas, a partir da criação de regras contrárias ao disposto no ordenamento jurídico, no que se refere à obrigação de indenizar. Evidencia também qual diploma legal é preponderante na aplicação dessa matéria, por existir uma variedade de corpos legislativos destinados a regulamentação dos serviços aéreos, a exemplo da Convenção de Varsóvia de 1929, o Código Brasileiro de Aeronáutica e o Código de Defesa do Consumidor. Demonstra, ademais, quais os requisitos que devem estar presentes para a responsabilização civil dos transportadores e a que tipo de indenização estão submetidos da possibilidade do cabimento de dano moral. Palavras-chave: Relação de consumo. Transporte aéreo. Código de Defesa do Consumidor. Responsabilidade civil.

2 1. INTRODUÇÃO O presente estudo tem como objetivo expor como a prestação de serviço aéreo deficiente, acarretando o extravio de malas e bagagens dos passageiros, pode ser extremamente prejudicial para as relações de consumo, além de configurar situações vexatórias, aflitivas e desconfortáveis para as pessoas que contratam esse tipo de serviço. Busca-se, igualmente, analisar quais as implicações para os consumidores e prestadores desses serviços defeituosos, especialmente no que se refere à indenização dos danos sofridos. Para tanto, demonstra-se como a jurisprudência e a doutrina têm tratado esse tema tão recorrente, dado o aumento significativo do uso do transporte aéreo nos últimos anos. Procura-se também esclarecer todos os questionamentos relacionados ao defeito na prestação de transporte aéreo de pessoas: qual legislação é aplicável frente ao conflito de normas, como deve ser calculado o valor da indenização e em que situações estaria configurada a responsabilidade pela compensação financeira pela má prestação do serviço. Deste modo, a exposição tem início com uma breve análise dos requisitos necessários para que o transporte aéreo possa ser configurado como uma relação de consumo. Em um segundo momento, busca-se resolver o problema do parente conflito de normas sobre a mesma matéria, à luz do entendimento jurisprudencial e doutrinário. Por fim, traça-se um panorama da aplicação da responsabilidade objetiva do fornecedor do serviço em reparar os danos causados pela prestação defeituosa do objeto de consumo. 2. CARACTERIZAÇÃO DA RELAÇÃO DE CONSUMO Para que se dê início à discussão sobre o tema em pauta, é necessário se fazer entender se a prestação de serviços aéreos por uma empresa à um particular configura relação de consumo, e, nesse caso, quem, segundo o Código de Defesa do Consumidor (CDC), encaixa-se nos conceitos de fornecedor e de consumidor, além do que se pode entender por serviço.

3 De acordo com o art. 2º do mesmo diploma legal, Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final, enquanto o art. 3º se encarrega de definir que, in verbis: Art. 3 Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 2 Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. Portanto, não há dúvidas que em se tratando de prestação de transporte aéreo comercial, a relação de quem compra uma passagem aérea de uma empresa prestadora de tal serviço está perfeitamente enquadrada nos conceitos acima delineados, classificando-se como uma relação jurídica de consumo, ponto do qual partirá a análise proposta. Quando se fala em transporte aéreo comercial, ou transporte aéreo regular de passageiros, deve-se levar em conta que não apenas está compreendido nesta prestação o estrito transporte de pessoas, mas também o transporte de suas malas e bagagens, uma vez que o deslocamento de pessoas de um ponto para outro geralmente vai obrigar esses passageiros a transportarem os pertences necessários para sua estada, permanência ou atividade a ser realizada no local de destino. Sobre o tema, aduz Flávio Tartuce que: O transporte de pessoas é aquele pelo qual o transportador se obriga a levar uma pessoa e a sua bagagem até o destino, com total segurança, mantendo incólume os seus aspectos físicos e patrimoniais. São partes no contrato o transportador, que é aquele que se obriga a realizar o transporte, e o passageiro, aquele que contrata o transporte, ou seja, aquele que será transportado mediante o pagamento do preço, denominado passagem i. Nesse sentido, é razoável perceber que aqueles pertences que acompanham as pessoas possuem pelo menos uma utilidade mínima, o que leva a entender que seu extravio ou danificação configurem a má prestação do serviço, pois não foi atendida completamente a finalidade pretendida. 3. DAS LEGISLAÇÕES APLICÁVEIS

4 Configurada a relação de consumo, inicia-se a discussão sobre qual diploma legal pode ser aplicado à matéria, tendo em vista existirem três documentos que tratam sobre essa espécie de relação jurídica, a Convenção de Varsóvia de 1929, o Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) de 1986 e o CDC de 1991, os quais estão em aparente conflito no que tange à Responsabilização Civil do transportador. Num primeiro momento, cabe destacar pelo menos duas modalidade de transporte aéreo, o doméstico e o internacional. Segundo o CBA, Lei n de 19 de dezembro de 1986, artigo 215, transporte doméstico é todo aquele em que os pontos de partida, intermediários e de destino são situados em território nacional. Por outro lado, a Convenção de Varsóvia de 1929, alterada pelo Protocolo de Haia de 1955, declara como transporte internacional aquele em que os pontos de partida e de destino, haja ou não interrupção no transporte, ou transbordo, estão situados, seja no território de dois Estados signatário, seja no território de um só Estado Convente, havendo escala prevista no território de qualquer outro Estado, ainda que este não seja um Estado Parte. Tal tratado internacional foi introduzida ao ordenamento pátrio pelo Decreto nº de 1965 ii. Desta forma, é possível concluir que tais diplomas legais não se confrontam, mas se complementam. Enquanto a Convenção de Varsóvia destina-se única e exclusivamente ao transporte aéreo internacional, o CBA cuida do transporte aéreo doméstico. No que tange a Responsabilidade Civil do prestador de serviço de transporte nos casos de extravio de bagagens, a Convenção de Varsóvia impõe, em seu artigo 18, de forma objetiva e tarifada. Ou seja, cabe ao fornecedor responder pelos danos causados ao seu consumidor, independentemente da existência de dolo ou culta, excetuando-se os casos de culpa exclusiva da natureza da carga, ou um defeito ou um vício próprio da mesma; embalagem defeituosa da carga, realizada por uma pessoa que não seja o transportador ou algum de seus prepostos; ato de guerra ou conflito armado; ato de autoridade pública executado em relação com a entrada, a saída ou o trânsito da carga. O artigo 22 desse mesmo diploma legal, porém, estabelece limites ao quantum devido ao passageiro lesado, como forma de preservar a atividade de transporte aéreo. Tal limitação deixa de existir, passando a indenização a ser regida pelo Direito Comum, se houver dolo ou culpa grave da parte do transportador, transmitindo-se o ônus da prova para a vítima.

5 Similarmente, o CBA, de 19 de dezembro de 1986, trata a responsabilidade civil do transportador da mesma forma, quando não comprovada dolo ou culpa grave do mesmo, determinando em seus artigos que: Art A responsabilidade do transportador (artigos 123, 124 e 222, Parágrafo único), por danos ocorridos durante a execução do contrato de transporte (artigos 233, 234, 1, 245), está sujeita aos limites estabelecidos neste Título (artigos 257, 260, 262, 269 e 277). [...] Art Os limites de indenização, previstos neste Capítulo, não se aplicam se for provado que o dano resultou de dolo ou culpa grave do transportador ou de seus prepostos. Ver tópico 1 Para os efeitos deste artigo, ocorre o dolo ou culpa grave quando o transportador ou seus prepostos quiseram o resultado ou assumiram o risco de produzi-lo. [...] Art A responsabilidade do transportador por dano, consequente da destruição, perda ou avaria da bagagem despachada ou conservada em mãos do passageiro, ocorrida durante a execução do contrato de transporte aéreo, limita-se ao valor correspondente a 150 (cento e cinquenta) Obrigações do Tesouro Nacional - OTN, por ocasião do pagamento, em relação a cada passageiro. Descreve, ainda, o art. 264 do CBA, rol taxativo das excludentes do dever de indenizar por parte do transportador aéreo nacional, eximindo-o de Responsabilidade Civil nas hipóteses de natureza ou vício próprio da mercadoria, embalagem defeituosa não efetuada pelo transportador, ato de guerra ou conflito armado e ato de autoridade pública referente à carga, tal qual disposto no artigo 18, ponto 2, da Convenção de Varsóvia. Ademais, foi verificado tanto pela doutrina quanto pela jurisprudência brasileira que os valores taxados nos textos legais acima referidos são irrisórios, não correspondendo a um verdadeiro ressarcimento dos danos sofridos pelo passageiro. Vislumbra-se nesses diplomas jurídicos, portanto, a proteção da atividade transportadora em detrimento da defesa dos direitos consumeristas da população sujeita àquele serviço. Entretanto, tais textos legais, introduzidos ao ordenamento jurídico brasileiro antes da promulgação da Constituição Federal de 1988 (CF/88), foram recepcionados parcialmente por esta Carta Maior. Isso porque, como bem expõe Carlos Roberto Gonçalves iii, em sua obra Responsabilidade Civil : A Constituição Federal de 1988 dispõe competir à União explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, a

6 navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária (art. 21, XII, c). E o art. 37, 6º, estendeu a responsabilidade objetiva, fundada no risco administrativo, às pessoas jurídicas de direito provado prestadoras de serviços públicos (empresas aéreas permissionárias), sem estabelecer qualquer limite para a indenização. Assim, os dispositivos referentes à tarifação e limitação do quantum indenizatório presentes na Convenção de Varsóvia e CBA foram derrogados com a proclamação da CF/88. A promulgação do CDC, em 11 de setembro de 1991, veio então para corroborar com essa ideia de responsabilidade objetiva e sem limite restrito em lei, além de dar efetividade ao mando constitucional de promover a defesa do consumidor (art. 5º, XXXII, CF). E por se tratar de normas de ordem pública e interesse social, o CDC, pondera Gonçalves: retira da legislação civil, bem como de outras áreas do direito, a regulamentação das atividades humanas relacionadas ao consumo, criando uma série de princípios e regras em que se sobressai não mais a igualdade formal, mas a vulnerabilidade do consumidor, que deve ser protegida iv. Esse é o entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ) que vêm aplicando a essas situações de extravio de bagagens os dispositivos do CDC em detrimento aos do CBA e aos da Convenção de Varsóvia sob o argumento de que a Lei do consumidor é de ordem pública, editada atendendo ao comando constitucional (art. 5º, XXXII) e, desta forma, todo contrato de transporte aéreo, nacional ou internacional, firmado no Brasil, quando configurada a relação de consumo, deve ser regido por ele no que concerne à responsabilidade civil do fornecedor e aos demais temas que não tratados nem pela referida Convenção, nem pelo Código do Ar resguardando sempre as normas que forem aos consumidores mais benéficas. Como visto na seguinte jurisprudência: CIVIL. TRANSPORTE AÉREO. CARGA. MERCADORIA. EXTRAVIO.TRANSPORTADOR. INDENIZAÇAO INTEGRAL. CDC. APLICAÇAO. CONVENÇAODE VARSÓVIA. AFASTAMENTO. 1 - A jurisprudência pacífica da Segunda Seção é no sentido de que o transportador aéreo, seja em viagem nacional ou internacional, responde (indenização integral) pelo extravio de bagagens e cargas, ainda que ausente acidente aéreo, mediante aplicação do Código de Defesa do Consumidor, desde que o evento tenha ocorrido na sua vigência, conforme sucede na espécie. Fica, portanto, afastada a incidência da Convenção de Varsóvia e, por via de conseqüência, a indenização tarifada.

7 2 - Recurso especial conhecido e provido para restabelecer a sentença v. Destarte, não há dúvidas que se deve priorizar pela aplicação do CDC nos casos de cobrança de indenização em razão do extravio de bagagens na prestação de serviços aéreos, cabendo o emprego dos outros diplomas legais em comento apenas quando mais benéficos para o consumidor e, portanto, não contrários às normas constitucionais. 4. DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA Constatada a relação jurídica de consumo entre o passageiro, dono dos pertences extraviados durante o transporte aéreo, e a empresa de aviação, e dada a prevalência do CDC como diploma legal regulador da matéria, é indispensável configurar o extravio das bagagens como fato configurador da má prestação do serviço de transporte aéreo de pessoas e demonstrar a responsabilidade das empresas quanto a esses acontecimentos. Num primeiro momento, temos o transporte aéreo como a prestação de um serviço público. Isso porque é uma atividade destinada a toda coletividade para satisfação de necessidades, promovendo a digna sobrevivência dos cidadãos e beneficiando o próprio Estado. Tal serviço pode ser prestado pela própria Administração Pública ou por entes delegados por esta, sujeitos às normas e controles estatais, objetivando o bem comum. Como serviço público, conforme o art. 22 do CDC, este deverá ser prestado de forma adequada, eficiente e segura, seja pelos órgãos públicos em si, seja por suas empresas, concessionárias, permissionárias ou qualquer outra forma de empreendimento. Desta forma, na ausência de qualquer desses pressupostos adequação, eficiência e segurança, levando-se em conta o modo de fornecimento do serviço e o resultado e riscos razoavelmente dele esperados, insta-se configurada a prestação defeituosa do serviço ( 1º, art. 14 do CDC). Assim, analisando a prestação do serviço de transporte aéreo de passageiros, percebe-se que sua normal execução pressupõe que os pertences dos consumidores cheguem ao local de destino de seus respectivos proprietários. Não acontecendo isso, fica configurado o serviço defeituoso, desencadeando a responsabilidade objetiva do fornecedor, independentemente da existência de culpa,

8 como dito anteriormente, pela reparação dos danos causados aos consumidores por essa má prestação da obrigação contratada. Assim prescreve o art. 14: Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 3 O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar: I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. (grifos nosso) Portanto, como se vê, o fornecedor do serviço não pode eximir-se de responder pelos danos causados pela má prestação do serviço a não ser que comprove que na verdade o defeito não existe, ou que a culpa pelo dano foi exclusiva do próprio consumidor ou de terceiro. Para a configuração da responsabilidade objetiva do fornecedor, entende-se da leitura do artigo retro a necessidade de preenchimento de três pressupostos: 1) o fato; 2) o dano; e 3) o nexo de causalidade entre o fato e o dano gerado. Nesse sentido, temos como fato o extravio das bagagens dos consumidores do serviço de transporte aéreo. O dano seria a perda de documentos e bens pessoais, bem como todo o constrangimento gerado pela situação de incerteza e mal estar do passageiro. E o nexo de causalidade entre o fato e o dano se configura quando da análise da prestação concreta do serviço, poderia vir a ocorrer o fato que deu causa ao dano sofrido pelo consumidor. Noutras palavras, se seria possível, no desenrolar da cadeia da prestação do serviço, o fato que provocou o dano ter origem. Em meio a imensidão dos aeroportos e a diversidade de voos, é perfeitamente possível que alguma mala perca sua rota, sendo levada para outro ambiente que não o seu destino. que: Além disso, o Código Civil (CC) estabelece no parágrafo único do art. 927 Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. Indiscutível se torna a responsabilidade objetiva de reparação do dano causado ao consumidor pela empresa de transporte aéreo. 5. DANO MORAL

9 Quando se fala em responsabilização civil do fornecedor no tocante aos danos sofridos pelo consumidor para sua reparação, a problemática gira em torno da possibilidade jurídica da demanda por indenização a títulos de danos morais. Isso porque, apesar do que diz a CF/88 em seu artigo 5º, incisos V e X sobre o cabimento dos danos morais, encontra-se respaldo somente no artigo 6º do CDC em detrimento aos outros textos normativos que regem as relações que envolvem os serviços de transporte aéreo. O fato é que, no Brasil, os tribunais vêm se posicionando favoravelmente aos pedidos por danos morais em virtude, principalmente, da situação de aborrecimento e desconforto a que são levados os contratantes que passam por essa situação, independentemente de culpa ou dolo da prestadora de serviço vi. Sobre essa questão, é importante ressaltar a possibilidade da demanda ainda que mediante a localização e devolução da bagagem extraviada. Extrai-se esse entendimento do referido artigo 14 do CDC, o qual dispõe sobre a responsabilização civil das contratadas por danos patrimoniais e morais quando do defeito no serviço prestado. Considera-se, portanto, que ainda que haja devolução da bagagem, o simples fato de afastar o passageiro de seus pertences por um dia sequer já o colocaria em uma situação de extremo desconforto e aflição. É nesse sentido que parece ainda mais fácil perceber a possibilidade, seja em extravio ou entrega com atraso da mala ou bagagem, da cumulação da indenização por dano patrimonial com a por dano moral. Outro ponto importante de discussão entre os estudiosos, no que tange ao pagamento das indenizações, é a possibilidade ou não de fixação de um limite a ser pago pela fornecedora responsável. Como analisado, os textos legais que regulamentavam as relações contratuais entre as transportadoras aéreas e os consumidores desse serviço, quais sejam o Pacto de Varsóvia e o CBA, estabeleciam patamares de indenização para os casos de perda e avaria das bagagens e atraso na sua entrega. Essa garantia, no entanto, que deve ser precedida da comprovação de dolo ou culpa grave, não corresponde às reais perdas patrimoniais geradas pelo defeito da prestação, tampouco leva em consideração os danos psicológicos decorrentes do constrangimento e aborrecimento. Nesse contexto, o CDC, como microssistema do Ordenamento Jurídico brasileiro mais específico, recente e protetivo, prevê a reparação integral dos danos

10 sofridos pelos passageiros lesados, definindo que a responsabilidade objetiva do fornecedor é fator suficiente para gerar o dever de indenizar. Nesse sentido, o artigo 51 desse documento legal estabelece a nulidade das cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos ou serviços. Caso em que, a qualquer limitação contratual ao dever de indenizar, não justificada, deve ser aplicada tal dispositivo e constatada nula de pleno direito. Vale explicar que as limitações trazidas pelo Sistema de Varsóvia eram reflexo da necessidade social à época de sua formulação, uma vez que se primava pela possibilidade da evolução da aviação. Diferentemente, hoje em dia, segundo pesquisa realizada pela Agência Nacional de Aviação Civil ANAC entre os anos de 2003 e 2012, verificou-se uma alta de 234% no transporte aéreo brasileiro vii. Ainda, em dezembro de 2014, o número de pessoas transportadas no mercado doméstico atingiu 8,9 milhões, o maior para o mês nos últimos 10 anos viii. Faz-se mister, portanto, que o direito acompanhe as demandas da sociedade e se mostre, de fato, condizente com os preceitos constitucionais. O CDC é, pois, norma de ordem pública e de interesse social, tendo suas normas aplicadas de maneira cogente, não podendo ser renunciadas ou afastadas por vontade das partes, aduz em seu artigo 1º. Não obstante, é prática comum das empresas aéreas estabelecerem em seus contratos genéricos um valor máximo de indenização por quilo de bagagem a ser pago em caso de extravio. Como assinalado, tais cláusulas não possuem força normativa para o Direito, ao passo que a reparação dos danos sofridos pelos passageiros deve ser integral, mediante responsabilidade civil objetiva da prestadora do serviço aéreo. Nesse tocante, salienta-se que não é razoável exigir-se dos passageiros a comprovação do conteúdo da bagagem extraviada, uma vez que o ônus da prova é invertido no CDC, determinado de ofício ou a pedido da parte, cabendo, então, à transportadora comprovar que a mala extraviada não continha os objetos listados pelo passageiro. Segundo Flávio Tartuce, é clara a intenção do Ordenamento, pois, tratando-se de contrato de transporte aéreo de pessoas, quando observada a redação do artigo 734 do CC, segundo a qual é lícito ao transportador exigir a declaração do valor da bagagem a fim de fixar o limite da indenização, esse dispositivo não torna obrigatória tal declaração, mas apenas a prevê como forma de facilitar a prova do prejuízo sofrido em eventual demanda. Não sendo feita a referida

11 declaração, pode o consumidor utilizar-se da inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6., VIII, do CDC, o qual consagra o princípio da reparação integral de danos ix. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do panorama traçado pela presente pesquisa, pode-se perceber que, apesar de haver, em uma primeira análise, mais de uma possível legislação aplicável aos transportes aéreos, o Código de Defesa do Consumidor prevalece sobre as demais, uma vez que a limitação indenizatória trazida pela Convenção de Varsóvia e pelo Código Brasileiro de Aeronáutica não foram recepcionadas pela Constituição Federal de Portanto, quando consultado sobre tal assunto, o Código de Defesa do Consumidor apontará a obrigação do prestador de serviço de reparação indenizatória de forma objetiva, ou seja, independentemente da existência de culpa, bastando-se comprovar o fato, o dano, e o nexo causal entre eles. Em outras palavras, sabendo-se que a normal execução do serviço de transporte aéreo pressupõe que os pertences dos consumidores cheguem ao local de destino de seus respectivos proprietários, o não preenchimento desses requisitos leva à configuração do serviço defeituoso, cabendo então a Responsabilização Civil do fornecedor desse serviço. Por fim, cabe ressaltar que essa indenização, que não pode sofrer restrições mediante normas contratuais que limitam o valor a ser ressarcido pela empresa aérea, se refere não só aos danos materiais sofridos com a perda da mala pelo prestador do serviço. Destina-se também aos danos morais decorrentes dessa situação e ainda no caso de ser devolvida, com atraso, a bagagem do consumidor, uma vez que, de qualquer forma, foi comprovado o defeito no serviço. BIBLIOGRAFIA A CADA 100 HABITANTES, 55 PASSAGENS AÉREAS SÃO EMITIDAS. Agência Nacional de Aviação Civil, Disponível em: < Acesso em 22 fev

12 DEMANDA CRESCE 5,81% EM Agência Nacional de Aviação Civil, Disponível em: < Acesso em 22 fev GREGORI, Maria Stella. A Responsabilidade Civil do transporte aéreo nas Relações De Consumo. Disponível em: <file:///c:/users/user/downloads/responsabilidade_civil.pdf>. Acesso em: 30 out GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade Civil. 9.ed. São Paulo: Saraiva, SANTOS, Eduardo Sens dos. Considerações acerca da Responsabilidade Civil decorrente de extravio de bagagem aérea. Disponível em: < Acesso em: 28 out TARTUCE, Flávio. Direito civil: teoria geral dos contratos e contratos em espécie; 9. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro : Forense São Paulo : Método, 2014.v.3. i TARTUCE, Flávio. Direito civil: teoria geral dos contratos e contratos em espécie; 9. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro : Forense São Paulo : Método, 2014.v.3, p ii Promulga o Protocolo de emenda da Convenção para a unificação de certas regras relativas ao transporte aéreo internacional. iii GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade Civil. 9.ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p iv GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade Civil. 9.ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p v Superior Tribunal de Justiça - REsp /RJ, 4ª Turma, Rel. Min. Fernando Gonçalves, DJ vi JUIZADOS ESPECIAIS. CONSUMIDOR. TRANSPORTE AÉREO. EXTRAVIO DE BAGAGEM. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE NÃO CONFIGURADA. DANO MORAL. VALOR PROPORCIONAL E RAZOÁVEL. DANO MATERIAL COMPROVADO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. 1. Pela sistemática do Código de Defesa do Consumidor, em seu art. 14, a responsabilidade civil nos casos como o dos autos é objetiva, a qual independe de demonstração de culpa. Não sendo reconhecida a excludente prevista no 3º, inciso II do citado artigo, surge o dever de indenizar atribuído à empresa aérea. 2. No tocante ao dano moral, desnecessária se faz a prova de prejuízo. O dano moral está ínsito na ilicitude do ato praticado, qual seja, o extravio da bagagem. In casu, restou comprovado nos autos que os recorridos tiveram sua bagagem extraviada, configurando falha na prestação do serviço, causando transtornos que ultrapassam o mero aborrecimento do cotidiano, impondo, portanto, o dever de indenizar. (...) (Grifos acrescidos). (TJ-DF - ACJ: DF , Relator: MARCO ANTONIO DO AMARAL, Data de Julgamento: 28/10/2014, 3ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito Federal, Data de Publicação: Publicado no DJE : 30/10/2014. Pág.: 293). vii A CADA 100 HABITANTES, 55 PASSAGENS AÉREAS SÃO EMITIDAS. Agência Nacional de Aviação Civil, Disponível em: < _ORIGEM>. Acesso em 22 fev viii DEMANDA CRESCE 5,81% EM Agência Nacional de Aviação Civil, Disponível em: < Acesso em 22 fev ix TARTUCE, Flávio. Direito civil, v. 3: teoria geral dos contratos e contratos em espécie; 9. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro : Forense São Paulo : Método, 2014, p 1549.

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