Farinha de Rocha no Enriquecimento Alimentar de Galinhas Poedeiras
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- Luana Almeida Diegues
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1 CADERNO DE BOAS PRÁTICAS DE ATER NA AGRICULTURA FAMILIAR E NA REFORMA AGRÁRIA Farinha de Rocha no Enriquecimento Alimentar de Galinhas Poedeiras CATEGORIA: ATER E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (a. sistemas sustentáveis de produção de base agroecológica)
2 Título da Experiência: FARINHA DE ROCHA NO ENRIQUECIMENTO ALIMENTAR DE GALINHAS POEDEIRAS 1. Introdução A adoção de princípios sustentáveis na produção agroecológica de galinhas poedeiras é fundamental para o desenvolvimento de práticas que contribuem para a segurança alimentar e nutricional de pequenos animais monogástricos. A farinha de rocha é um produto ou resíduos originados da moagem de rochas que apresentam em sua composição nutrientes para as plantas e animais, constituindo a sua utilização uma das técnicas mais antigas. A agricultura Deuzira Lima Nascimento desenvolve no seu núcleo familiar, localizado no Povoado Nova Esperança, município de Nossa Senhora da Glória em Sergipe, atividades agropastoris juntamente com seu cônjuge José Lima do Nascimento. Dentre outras atividades, a criação de galinhas caipira para obtenção de ovos, representa uma renda extra e a garantia na composição protéica da dieta alimentar da família. Os proprietários passaram a verificar que as aves estavam adoecendo, com sintomas visíveis de coriza infecciosa, vulgarmente conhecida como gôgo, sendo orientada pela assistência técnica e extensão rural da Empresa de Desenvolvimento Agrícola de Sergipe EMDAGRO que incluísse na alimentação das aves, a farinha de rocha misturada ao milho triturado, durante o período de dois meses, após o uso constataram-se mudanças no quadro de sintomático das galinhas poedeiras, como o controle da doença e a obtenção de ovos com a casca mais consistente e a coloração da gema em tonalidade amarela mais intensa.
3 2. Objetivo da prática Melhorar a qualidade nutricional da alimentação fornecida a galinhas poedeiras, por meio da mineralização do milho triturado com a adição de farinha de rocha. 3. Descrição da experiência O pó de rocha é composto por diferentes tipos de matérias-primas, sendo moídas, disponibilizam nutrientes. O MB-4, é uma farinha de rocha que advém de uma mistura de biotitaxisto e serpentinito na proporção de 1:1, é um produto proveniente, portanto, de rochas silicatadas e possui na composição, o óxido de cálcio (CaO), em elevados percentuais. Os alimentos de origem vegetal, normalmente o milho, constituem a base da alimentação de aves e possuem teores de cálcio em níveis insuficientes para suprir as exigências nutricionais. Desta forma, foi realizada uma suplementação de cálcio na dieta para atender estas exigências dos animais. O cálcio, o fósforo e a vitamina D são elementos intimamente associados no metabolismo animal, muitas vezes combinados entre si, de modo que a carência de um deles na dieta limita o desempenho das aves. No sítio da agricultura familiar, Deuzira Lima Nascimento, foi verificado que as galinhas estavam adoecendo, com sintomas visíveis de coriza infecciosa, vulgarmente conhecida como gôgo, os pintos estavam morrendo e os ovos estavam com a casca fina.
4 Como medida de controle do desequilíbrio nutricional foi orientada a adoção do uso de farinha de rocha (MB-4) na alimentação das aves, o processo consiste no umedecimento das sementes de milho em grãos, misturando-as, em seguida a farinha de rocha, sendo posteriormente, fornecida na alimentação das aves, por um período de dois meses, podendo, ainda, utilizar o milho na forma triturada acrescendo-se 0,5% da farinha de rocha, ou seja, em cada 100 kg de ração, utilizar 500 gramas da farinha. 4. Resultados Os resultados alcançados constataram mudanças no quadro sintomático das galinhas poedeiras, como o desaparecimento da coriza infecciosa; A obtenção de ovos com a casca mais consistente e a coloração da gema em tonalidade amarela mais intensa do que obtida, anteriormente, sem o uso do produto; A mortandade de pintos foi controlada. 5. Potencialidades e limites Potencialidades: a) baixo custo de aquisição; b) uso fácil e efeito rápido; c) produto natural; d) boa disponibilidade do produto, podendo, a depender da região geográfica, ser coletada na própria propriedade; e) uso para efeito em pequena quantidade. Limites: a) áreas de propriedade onde não há afloramento rochoso, ou solo em processo de intemperização o acesso deverá ser externo; b) material em quantidade maior necessita de equipamento específico, a exemplo das
5 britadeiras ou a moagem manual de rochas fragmentadas, que via de regra, são mais fáceis de processar. 6. Replicabilidade A experiência apresenta um forte potencial de replicabilidade para agricultores familiares na complementação nutricional de pequenos animais monogástricos. O produto utilizado apresenta a peculiaridade de produzir os mesmos resultados em função de elevados percentuais de óxido de cálcio, contidos na farinha de rocha (MB- 4), pois o cálcio é um elemento essencial, tendo função básica na formação dos ossos, dentes, constituição da casca de ovos e em vários processos fisiológicos, sendo utilizado, na alimentação animal, diversas fontes de cálcio. A Lei Nº , de 23 de dezembro de 2003, que dispõe sobre a agricultura orgânica, e a Instrução Normativa nº 007 de 17 de maio de 1999 relaciona entre os insumos permitidos as farinhas e pós de rocha. O aproveitamento das rochas como fonte restituidora de nutrientes pode configurar uma tecnologia capaz de auxiliar no uso de produtos de base sustentável. 7. Depoimentos: - Agente de Ater sobre a experiência apresentada.... A utilização da farinha de rocha na alimentação das aves, possibilitou a agricultora Delzira, trazer a sua pequena criação a mineralização da ração de uma forma rápida e prática, e por esse intermédio na agregação de um produto natural e mais rico em minerais, transmitir a sua família um alimento de maior qualidade nutricional... (Renato Correia de Figueiredo, extensionista rural)
6 - Agricultor (a) familiar, representante da experiência apresentada.... Após a mistura com pó de rocha as galinhas ficaram com mais saúde. Estavam gripadas e agora estão bem...(deuzira Lima Nascimento, agricultora assistida pela EMDAGRO/SE) 8. Autores e Colaboradores OBS: é considerada conveniente a apresentação de fotos, e/ou vídeo, e/ou áudio, sobre a experiência apresentada. Produtora da Experiência: Deuzira Lima Nascimento - Agricultora Orientador da Experiência: Renato Correia de Figueiredo Extensionista Rural Sistematizadora da Experiência: Jailza Siqueira Rodrigues Programa de Agroecologia 1A 2A 3A 4A Imagem dos atores envolvidos e da ação desenvolvida: 1A) Agricultora D. Deuzira; 2A) Extensionista Renato; 3A) Galinheiro 4A) ovos mineralizados
7 ANEXO 1: Farinha de Rocha no Enriquecimento Alimentar de Galinhas Poedeiras DADOS DA INSTITUIÇÃO Nome: EMDAGRO Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe Endereço: EMDAGRO Central. Av. Carlos Rodrigues da Cruz, Centro Administrativo Augusto Franco. Bairro Capucho. CEP: Aracaju-SE Executora de Chamada Pública de ATER ( ) Sim Qual... ( x ) Não DADOS DO AGENTE DE ATER Nome: Renato Correia de Figueiredo Endereço: EMDAGRO Central. Av. Carlos Rodrigues da Cruz, Centro Administrativo Augusto Franco. Bairro Capucho. CEP: Aracaju-SE Telefone: (79) renato.figueiredo@emdagro.se.gov.br DADOS QUE IDENTIFIQUEM A PRÁTICA Nome do Agricultor (a): Deuzira Lima Nascimento Comunidade: Povoado Nova Esperança Telefone: (79) uniglori@emdagro.se.gov.br (EMDAGRO local) Georeferencimento: LAT: /LONG: UTM CATEGORIA DA BOA PRÁTICA DE ATER - Eixo I. Ater e Desenvolvimento Sustentável, letra a. Sistemas de produção de base agroecológica.
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