INTERDIÇÃO PARCIAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL TUTELA E CURATELA
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- Luiza Cordeiro Galvão
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1 INTERDIÇÃO PARCIAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL TUTELA E CURATELA É importante compreender sobre a interdição da pessoa com deficiência intelectual? Sim porque a pessoa com deficiência intelectual sempre foi muito afetada pela interdição, mal vista por todos como um empecilho ao gozo dos direitos civis. O instituto da curatela que leva à interdição da pessoa também sempre foi manejado sem muita cura pelos operadores do direito (advogados, defensores, promotores, juízes). É necessário mudar essas concepções e práticas posto que a curatela é uma proteção, uma salvaguarda importante. A Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência impõe que se tomem novos rumos para prevenir os abusos e assegurar o pleno exercício da capacidade legal respeitando os direitos, a vontade e as preferências da pessoa com deficiência intelectual, sem conflito de interesses, por tempo mais curto possível e com previsão de revisão periódica. Visando a proteger o patrimônio e o exercício dos demais direitos civis da pessoa com deficiência intelectual, sugere-se que a interdição seja parcial. 1
2 TUTELA O que é tutela? É um encargo atribuído pelo Juiz a uma pessoa que seja capaz de proteger, zelar, guardar, orientar, responsabilizar-se e administrar os bens de uma criança ou de um adolescente menor de 18 anos, cujos pais são falecidos, ou estejam ausentes, ou tenham sido destituídos do poder familiar. Poder familiar é o conjunto de direitos e obrigações que os pais têm perante os filhos (zelar pelo seu bem estar e por sua educação, alimentar, vestir). Perde-se o poder familiar em função de maus tratos, negligência ou falta de condições para prover o sustento dos filhos. Quem pode ser tutelado? A criança e o adolescente, menor de 18 anos, que não tiverem pais (falecidos ou ausentes), ou quando seus pais forem destituídos do poder familiar pelo juiz. Quem pode requerer a tutela? 2
3 Os avós, os irmãos, os tios, ou qualquer outra pessoa que conheça a criança ou adolescente, observada esta ordem e sempre levando em conta o interesse da criança ou do adolescente. Quem pode ser tutor? O pai e/ou a mãe. Na falta dos pais (se falecidos, ausentes ou destituídos do poder familiar) o tutor é designado pelo Juiz e pode ser qualquer parente ou pessoa próxima, desde que seja pessoa idônea, pois irá assumir o compromisso legal de zelar pelos direitos e garantias do tutelado, promovendo-lhe a educação, saúde, moradia, lazer, convívio familiar, etc. O que se espera do tutor? O tutor é o representante legal da criança ou adolescente tutelado. Espera-se que ele administre o patrimônio (pensão, aluguéis, contratos), as despesas e as dívidas do tutelado e o represente nos atos da vida civil tais como, matricular na escola ou cursos, autorizar viagens, autorizar internamentos hospitalares e cirurgias. O tutor é responsável pela saúde, educação, lazer e pelo bom desenvolvimento das funções emocionais e afetivas do tutelado. Antes de assumir a tutela, o tutor deve comprovar que também possui renda ou bens compatíveis com o patrimônio que irá administrar para o tutelado (o que é feito pelo procedimento de especialização da hipoteca legal). 3
4 CURATELA O que é curatela? É o encargo atribuído pelo juiz a uma pessoa que seja capaz de proteger, zelar, guardar, orientar, responsabilizar-se e administrar os bens de uma pessoa declarada judicialmente incapaz. A incapacidade da pessoa segundo o Código Civil pode ser decorrente de má formação congênita, déficit cognitivo, transtornos mentais, dependência química ou doenças neurológicas. A incapacidade civil da pessoa diz respeito a possibilidade de administrar um ou todos os atos da vida civil, tais como, gerir os negócios, poder casar e ter filhos, votar, trabalhar. É também a possibilidade de compreender as consequências de suas ações e decisões em relação à assinatura de contratos, vender e comprar, movimentar conta bancária, entre outros. Quem pode ser curatelado? 4
5 Pessoa maior de 18 anos de idade que devido ao déficit cognitivo, ou doença mental, ou dependência química, seja impedida, temporária ou permanentemente, de reger e discernir os atos da vida civil. Os ébrios e os pródigos, ou seja aquelas pessoas esbanjadoras ou compulsivas que colocam em risco seus bens e/ou patrimônio, bem como a sobrevivência de seus dependentes e da família. O nascituro (feto) e o recém-nascido, cujo pai tenha falecido antes de seu nascimento, e a mãe que não tiver condições de exercer o poder familiar. A pessoa doente ou a pessoa com deficiência física, que se julgar incapaz de administrar seus bens ou não puder exprimir sua vontade. As pessoas com deficiência que não puderem exprimir sua vontade e as pessoas com deficiência intelectual ou seja, aquelas com funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas de comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização da comunidade, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, lazer. Quando deve ser requerida a curatela? Quando a pessoa não puder manifestar sua vontade ou gerenciar a sua própria vida de forma independente. 5
6 Quem pode requerer a curatela? O pai, a mãe, o tutor, o cônjuge, o parente próximo, o Ministério Público, ou ainda qualquer pessoa interessada, pois a medida tem por objetivo proteger o interesse da pessoa com deficiência. Quem pode ser o curador? O cônjuge ou companheiro do interditado. São curadores legítimos o pai ou a mãe. Na falta destes o parente mais próximo, ou qualquer outra pessoa nomeada que se responsabiliza perante o Juiz pela pessoa do interditado. Os pais podem indicar em testamento o curador de sua preferência. O que se espera do curador? Representar o interditado, zelar pela garantia de seus direitos fundamentais, administrar seus bens, pensão ou aposentadoria, caso a possua. Proteger e velar pelo bem-estar físico, psíquico, social e emocional do interditado. O que é prestação de contas na tutela e na curatela? É o relatório apresentado na forma contábil e encaminhado periodicamente (anual, semestral, trimestral) ao juiz pelo advogado ou defensor público que 6
7 representa o tutor e o tutelado ou curador e o curatelado, contendo a descrição dos ganhos financeiros e despesas administradas pelo tutor em favor do tutelado. A prestação de contas é obrigatória quando houver a substituição do tutor ou quando o tutelado completar a maioridade civil, ocasião em que a tutela será extinta. O que acontece se o tutor e/ou o curador falecerem? O fato deve ser informado imediatamente ao Juiz onde teve curso o processo, solicitando a substituição do falecido por outra pessoa. A comunicação ao juiz e a substituição são necessárias para dar continuidade a administração dos bens, recebimento de pensão ou rendas. A demora na substituição poderá causar prejuízos materiais ao interditado. O tutor e/ou o curador podem ser substituídos? Sim, podem ser substituídos se não cumprirem com as atribuições legais e judicialmente determinadas. Deve ser solicitada a substituição em casos de falecimento, doença e acidente que os impossibilitem de exercerem suas funções. 7
8 Qual é a responsabilidade do tutor e/ou curador quanto aos atos praticados pelo tutelado/curatelado? Caso o tutelado ou curatelado cometa algum ato que cause dano material a terceira pessoa o tutor ou o curador serão responsabilizados financeiramente pelo prejuízo. Se o tutor ou o curador não tiverem patrimônio algum, poderá ser responsabilizado o patrimônio do tutelado ou curatelado, desde que existente. O tutor ou curador poderão reaver do tutelado ou curatelado, juridicialmente, o valor pago em indenização para a terceira pessoa. Se o ato praticado pelo tutelado ou curatelado for uma infração ou um crime, eles próprios responderão perante a Justiça, cabendo ao tutor ou curador providenciar advogado ou defensor público para a defesa. INTERDIÇÃO O que é interdição? É um direito da pessoa com deficiência para lhe garantir proteção. É uma medida judicial que declara a falta de capacidade da pessoa para gerir seus negócios e atos decorrentes da vida civil. A interdição pode ser total ou parcial e será nomeado curador para representar a pessoa interditada. A interdição é um instrumento judicial necessário para a obtenção da curatela. 8
9 Como proceder à interdição? É um processo judicial que se inicia com um pedido dirigido ao Juiz, por meio de petição inicial apresentada por advogado ou defensor público. O pedido deve ser apresentado no juízo do domicílio da pessoa e conter: a prova da legitimidade do autor da ação e a prova da incapacidade do interditando para exercer os atos da administração de seus bens. Se o objetivo da ação for para obter a decretação de interdição total, deve ser indicado o artigo 1.767, inciso I do Código Civil. Se o objetivo da ação for para obter a decretação de interdição parcial, devem ser indicados os incisos III ou IV do artigo do Código Civil. A petição inicial deve conter pedido expresso de que a sentença de decretação da interdição mantenha íntegros os direitos de casar, ter filhos, trabalhar, votar, ter conta bancária, receber direitos previdenciários. O juiz determinará a citação do interditando e o ouvirá para se convencer sobre sua capacidade. Após o prazo de cinco dias para impugnar a petição inicial, serão produzidas provas da deficiência e grau de comprometimento por meio de laudo do perito (que atualmente se sugere seja feito por meio de uma equipe multiprofissional). Poderão ser ouvidas testemunhas. O juiz julgará o pedido e decretará a 9
10 interdição, nomeando o curador e, ao mesmo tempo determinará os limites da interdição. A sentença judicial produz efeitos imediatos, devendo ser registrada em cartório de registro de pessoas naturais. Será expedido mandado, com cópia da sentença, e edital para ciência de terceiros, noticiando a decretação da interdição, dele constando os nomes do interdito e do curador, a causa da interdição e os limites da curatela. O procedimento judicial está previsto nos artigos e seguintes do Código de Processo Civil. Quem pode promover à interdição? Os pais, em conjunto ou não, ou tutores, o cônjuge ou qualquer parente próximo, na falta dos primeiros. O Ministério Público promoverá a interdição em casos de doença mental grave. Quando promover à interdição? A partir do momento em que a pessoa completar 18 anos de idade. 10
11 A interdição pode ser cessada? E quem pode solicitar? Sim, quando cessar a causa que determinou a interdição. Nesse caso, o juiz para decidir sobre o levantamento da interdição, nomeia um perito para emitir laudo, podendo também ouvir testemunhas. A própria pessoa interditada poderá solicitar o levantamento da interdição. O que é interdição parcial? É a interdição proporcional ao desenvolvimento cognitivo do interditando ou ao seu comprometimento intelectual. Nesse caso, o interditando possui habilidades, aptidões e autonomia para praticar atos da vida civil (à exceção de atos de negócio) sem a participação do curador. É o perito, quase sempre um médico, nomeado pelo Juiz que afere o desenvolvimento do interditando. Daí a necessidade de se requerer ao Juiz que nomeie uma equipe multiprofissional constituída de psicólogo, assistente social, fonoaudiólogo para aferir o interditando com deficiência intelectual. Em resumo, qual é a diferença entre tutela, curatela e interdição? A tutela é uma medida de proteção da pessoa menor de 18 anos, órfão de pai e mãe ou quando estes estão destituídos do poder familiar. 11
12 A curatela é uma medida de proteção da pessoa maior de 18 anos de idade, que se enquadre nas hipóteses do artigo do Código Civil. A interdição é o processo judicial por meio do qual se requer a curatela do incapaz. INTERDIÇÃO E TRABALHO A pessoa com deficiência intelectual interditada pode trabalhar? Sim, pois o acesso ao trabalho é um direito garantido a todos pela Constituição da República. A pessoa com deficiência intelectual deverá ter habilidades e qualificação profissional para as funções a serem exercidas. A pessoa com deficiência intelectual interditada pode assinar e rescindir seu contrato de trabalho, assinar recibos e receber salários? Se a interdição da pessoa for total, o curador praticará todos os atos decorrentes do contrato de trabalho: assinar e rescindir o contrato de trabalho, assinar recibos de pagamento e verificar o efetivo recebimento do valor do salário. Se a interdição for parcial, ao curador caberá somente dar quitação das verbas decorrentes da rescisão do contrato. 12
13 INTERDIÇÃO E CONTA CORRENTE EM BANCO A pessoa com deficiência intelectual interditada pode ter conta corrente em banco? Sim, e quem administra a conta bancária é o curador. INTERDIÇÃO E DIREITO DE VOTAR A pessoa com deficiência intelectual interditada pode votar? A Constituição da República e o Código Eleitoral não fazem qualquer restrição à pessoa com deficiência intelectual. A pessoa com deficiência intelectual que esteja interditada parcial ou totalmente pode exercer o direito ao voto, desde que o comprometimento intelectual que possua não a impeça de livremente manifestar a vontade. É aconselhável requerer ao juiz, no momento do processo judicial de interdição, que resguarde o direito de votar. INTERDIÇÃO E BENEFÍCIO DA PRESTAÇÃO CONTINUADA (BPC) O que é o benefício da prestação continuada (BPC)? 13
14 É um benefício assistencial não é pensão previdenciária devido a toda pessoa com deficiência que comprove não possuir meios de prover a sua própria subsistência ou tê-la provida por sua família. O valor do benefício pago é de um salário-mínimo mensal. O que a pessoa com deficiência deve fazer para obter o BPC? Deve dirigir-se a um posto do INSS, preencher o requerimento, comprovar a deficiência e renda mensal familiar inferior a ¼ do salário-mínimo por pessoa. A pessoa com deficiência precisa estar interditada para receber o BPC? Não, a interdição não é requisito para a concessão do benefício da prestação continuada. O que fazer se o INSS indeferir o benefício? Se a avaliação das condições estiver equivocada, a pessoa com deficiência de procurar um advogado e ingressar com ação judicial contra o INSS, no Juizado Especial Federal, visando a receber o benefício a que tem direito. 14
15 A pessoa com deficiência que recebe o BPC pode exercer uma atividade remunerada? Sim, desde que o valor recebido pela pessoa com deficiência, somado aos demais rendimentos da família, não for superior à ¼ do salário mínimo por pessoa. E se for com carteira de trabalho assinada, pode continuar a receber o BPC? Primeiro caso: Não, porque o benefício assistencial não pode ser acumulado com salário decorrente de contrato de trabalho. Daí porque se a pessoa com deficiência assinar um contrato de trabalho, tiver uma atividade empreendedora, autônoma ou em cooperativa será suspenso o BPC. Se a pessoa perder o emprego ou qualquer das atividades remuneradas poderá requerer a continuidade do pagamento do benefício suspenso, sem a necessidade de realizar perícia, dentro do prazo de dois anos. Se a pessoa tiver direito ao seguro desemprego, só poderá retornar ao benefício da prestação continuada decorridos os cinco meses da concessão do seguro. Segundo caso: Sim, se for um jovem aprendiz. A nova lei n /2011 permite ao jovem aprendiz acumular o salário do contrato de aprendizagem e do benefício da prestação continuada (salário + BPC) pelo prazo máximo de dois anos. 15
16 Poderá também ser aprendiz as pessoas com deficiência acima de 24 anos e não será exigida a comprovação da escolaridade do aprendiz com deficiência intelectual, devendo ser consideradas as suas habilidades e competências relacionadas com a profissionalização. A pessoa com deficiência que mora com outra pessoa que já recebe o BPC pode pedir o mesmo benefício para si própria? Sim, pois o benefício já recebido pela outra pessoa (pessoa idosa ou outra pessoa com deficiência) não integra o cálculo da renda familiar máxima. Porém, a pessoa com deficiência não poderá acumular o benefício de prestação continuada com outro benefício previdenciário (pensão, aposentadoria). INTERDIÇÃO E APOSENTADORIA E PENSÃO A pessoa com deficiência intelectual tem direito à aposentadoria? Sim, desde que tenha completado tempo de contribuição à Previdência Social e tenha atingido idade, observado o grau de deficiência: 25 anos de tempo de contribuição, se homem, e 20 anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave; 29 anos de tempo de contribuição, se homem, e 24 anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência moderada; 16
17 33 anos de tempo de contribuição, se homem, e 28 anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve, ou 60 anos de idade, se homem, e 55 anos de idade, se mulher, independentemente do grau de deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período. A Previdência Social deve regulamentar os graus de deficiência em instrumento próprio, baseado na Classificação Internacional de Funcionalidade - CIF. A pessoa com deficiência intelectual tem direito à pensão dos pais? Sim, com a morte dos pais, se a pessoa for menor de 18 anos. Se for maior de 18 anos, a pessoa interditada total ou parcialmente e, cadastrada perante o INSS como dependente dos pais. Quando trabalha com carteira de trabalho assinada, perde o direito a esta pensão? Não, a pessoa com deficiência intelectual e a pessoa com deficiência mental que optarem por trabalhar terá a redução de 30% do valor da pensão enquanto perdurar o vínculo de emprego, o trabalho por conta própria ou o sistema cooperativado. 17
18 A pessoa com deficiência intelectual pode receber mais de uma pensão? Sim, pode receber mais de uma pensão, desde que sejam de níveis distintos da administração pública a exemplo de pensão do Distrito Federal e federal, ou uma pensão municipal e uma federal, etc. INTERDIÇÃO E SERVIÇO MILITAR A pessoa com deficiência intelectual está obrigada a prestar o serviço militar? A pessoa com deficiência está isenta do serviço militar. Porém, deve se apresentar a uma unidade militar das Forças Armadas para ser dispensado. INTERDIÇÃO E DIREITO AO CASAMENTO As pessoas com deficiência intelectual podem se casar? Se ambos os nubentes têm discernimento para os atos da vida civil, dentre eles o do casamento, e conseguem livremente expressar suas vontades, mesmo estando interditadas parcialmente, podem sim se casar. Lembre-se que o curador poderá auxiliar, esclarecendo sobre as obrigações que se contrai com a vida em comum, nunca decidir pela pessoa. Isso porque, o curador só tem a atribuição de zelar pela questão patrimonial da pessoa interdita parcialmente. 18
19 Se ao apresentarem a documentação em cartório de registro civil para o casamento e forem levantadas dúvidas pelo responsável/cartorário sobre a capacidade legal dos requerentes com deficiência, ele deverá receber os documentos e enviá-los para a apreciação do juiz que ouvirá as partes interessadas e determinará (ou não) a realização do casamento. As pessoas com deficiência intelectual interditadas totalmente poderão se casar após a apreciação da documentação e serem ouvidas pelo juiz que concederá (ou não) a autorização para o casamento. O mesmo procedimento deve ser seguido para os casos de reconhecimento de união estável. Bibliografia: FAVERO, Eugenia Augusta Gonzaga. Direitos das Pessoas com Deficiência: Garantia de Igualdade na Diversidade Rio de Janeiro: WVA Ed., GUGEL, Maria Aparecida. Pessoa com Deficiência e o Direito ao Trabalho: Reserva de Cargos em Empresas, Emprego Apoiado. Florianópolis : Editora Obra Jurídica, Deficiência no Brasil: uma abordagem integral dos direitos das pessoas com deficiência. Organização de Maria Aparecida Gugel, Waldir Macieira e Lauro Ribeiro. Florianópolis : Editora Obra Jurídica,
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