RÁDIO NA ESCOLA: FAZ SENTIDO ISSO?
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- Elias Regueira Cordeiro
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1 RÁDIO NA ESCOLA: FAZ SENTIDO ISSO? Vitor Nunes CAETANO CE PROF. ERNESTO FARIA / SEEDUC RJ MESTRANDO DO PPGEB / CAP- UERJ RESUMO Nestes tempos podemos ainda considerar como inovadoras propostas que enfoquem o uso de mídias na educação? Esta talvez não seja uma resposta fácil de ser dada, isto porque quando nos referimos a tais inovações esperamos que estas tragam em seu bojo elementos diferenciados, que nos permitam fazer coisas que transcendam ações que dificilmente seriam alcançadas com estratégias e metodologias tradicionais, sem necessariamente substituí-las. E sendo capazes de impactar positivamente a aprendizagem de crianças e adolescente não só em conceitos, mas em atitudes, valores, habilidades e competências, esperaríamos que isso legitimassem a sua necessária pertença ao rol de atividades do cotidiano escolar. No entanto, apesar do imenso potencial de contribuição e impactos positivos que essas várias experiências possam ter demonstrado, tais ações ainda não se tornaram algo comum da rotina de atividades de nossas escolas. É dentro desse contexto que relatamos a experiência que vivenciamos durante a implantação do projeto de web radio no CE Prof. Ernesto Faria, enquanto participávamos do curso de educomunicação desenvolvido pelo Programa Nas Ondas do Ambiente, uma iniciativa da Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro (SEA) em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). PALAVRAS-CHAVE: Educomunicação - Mídia - Rádio escolar. 1
2 1. INTRODUÇÃO Nestes tempos podemos ainda considerar como inovadoras propostas que enfoquem o uso de mídias na educação? Esta talvez não seja uma resposta fácil de ser dada, isto porque quando nos referimos a tais inovações esperamos que estas tragam em seu bojo elementos diferenciados, que nos permitam fazer coisas que transcendam ações que dificilmente seriam alcançadas com estratégias e metodologias tradicionais, sem necessariamente substituí-las. E sendo capazes de impactar positivamente a aprendizagem de crianças e adolescente não só em conceitos, mas em atitudes, valores, habilidades e competências, esperaríamos que isso legitimassem a sua necessária pertença ao rol de atividades do cotidiano escolar, como espera as Diretrizes Curriculares Nacionais DCN, estimulando que se faça: produção de mídias nas escolas a partir da promoção de atividades que favoreçam as habilidades de leitura e análise do papel cultural, político e econômico dos meios de comunicação na sociedade (2013, p.200) No entanto, apesar do imenso potencial de contribuição e impactos positivos que essas várias experiências possam ter demonstrado, tais ações ainda não se tornaram algo comum da rotina de atividades de nossas escolas. Em uma monografia apresentada em maio de 2011 como trabalho final do curso de especialização em Mídias na Educação gerenciado pelo NUTES / UFRJ, tive a possibilidade de registrar o processo desenvolvido na oficina de rádio que dinamizei no Polo de Educação pelo Trabalho José Emygdio de Oliveira no período de 2003 a 2012, com alunos do ensino fundamental da rede municipal de educação do Rio de Janeiro, apontando também referenciais teóricos que embasassem e corroborassem as ações realizadas, como aquelas preconizadas pelo projeto EDUCO / NCE - USP (CAETANO, 2011), nos deparamos com diferentes boas ideias, que muito embora tenham carregado consigo o forte apelo de oportunizar aos estudantes de escolas de ensino fundamental e médio, experiências e vivências com a produção de conteúdos em diversas mídias, agregando maior valor a formação destes, se constituíram ao longo do tempo em ações praticamente pontuais, de vida breve e não como parte de um processo contínuo, consistente e permanente, capaz de interagir de fato com as demais atividades que trafegam pelo cotidiano escolar. É neste contexto que apresentamos a experiência de web rádio que relatamos a seguir. Muito embora não sendo novidade, ainda é uma inovação de valor. 2. OBJETIVOS Tendo como referencia o processo de implantação de um projeto de web rádio escolar no CE Prof. Ernesto Faria a partir da participação do curso oferecido pelo Programa Nas Ondas do Ambiente / SEA e UERJ, propomos discutir até que ponto a realização de projetos de rádios escolares é algo pertinente e possível. E se a sua viabilidade enquanto estratégia pedagógica é de fato passível de ser incorporada ao rol de atividades didáticas já realizadas pelas escolas, agregando assim inúmeras contribuições. 2
3 3. METODOLOGIA Descrição das experiências vivenciadas por professores e alunos no curso proposto pelo Programa Nas Ondas do Ambiente à luz de referenciais que embasam o uso de mídias na educação. 4. DISCUSSÃO TEÓRICA De modo geral espera-se que uma proposta de rádio escola deva corroborar a necessidade de que, cada vez mais, estratégias e metodologias aplicadas ao cotidiano escolar incorporem o uso de mídias e tecnologias de informação e comunicação, por serem estas as linguagens preponderantes nestes novos tempos, com o intuito de que os estudantes agreguem a sua formação elementos que os tornem cada vez mais críticos e criativos. No entanto, desconfiamos que as nossas melhores intenções, ainda não sejam suficientes para garantir o efetivo acolhimento da ideia de vermos e ouvirmos projetos de rádios em muitas de nossas escolas. Às vezes, para que tais oportunidades passem do planos das ideias para o plano da realização, entendemos que não basta o desejo pulsante de fazer, pois dentro das escolas podemos é comum nos depararmos com forças que se constituem em impedimentos que tornam difícil levar uma boa ideia adiante, o maior deles está na organização do tempo e do espaço escolar, que por vezes não permite e impossibilita que se faça algo diferente determinado pelo roteiro tradicional de educar: Associado à integração de saberes significativos, há que se evitar a prática, ainda frequente, de um número excessivo de componentes em cada tempo de organização do curso, gerando não só fragmentação como o seu congestionamento.(dcn, 2013, p.181) O sonho antigo de desenvolver um projeto de rádio escola no CE Prof. Ernesto Faria (CEPEF) enfim tomou corpo em Muito embora já tivesse certa experiência na implantação de projetos de rádio escola em uma outra unidade escolar, as condições favoráveis para que isso ocorresse no CEPEF ainda não tinham se estabelecido. Por uma lado havia uma certa resistência da direção da escola sobre como se daria o envolvimento dos alunos com o gerenciamento dessa rádio, o tipo de música que seria executada, os recursos necessários para investir em equipamentos; de outro a resistência de colegas em participar de ações que fugissem ao seu estrito campo de trabalho. No entanto, em julho de 2013 a escola recebeu um convite, por meio da SEEDUC, para a participação das ações do Programa Nas Ondas do Ambiente. E sendo o professor articulador pedagógico recebi a incumbência de responder ao convite: Originado em 2007, o Programa Nas Ondas do Ambiente é uma iniciativa da Superintendência de Educação Ambiental da Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro (SEA) em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e tem como base o conceito de Educomunicação Socioambiental associando processos educativos de conteúdo socioambiental à comunicação popular participativa. O programa é dividido em quatro eixos-componentes, a saber: Rádio Escola, Comunidades Urbanas, Comunidades Mata Atlântica e Web rádio Nas Ondas do Ambiente. 3
4 Em uma primeira fase professores de cerca de 20 escolas estaduais participaram de 4 encontros de formação, dinamizados por professores de educação ambiental, jornalismo, rádio e sonoplastia do programa. Nesses encontros vivenciamos processos de de produção de peças radiofônicas numa perspectiva socioambiental. Após essa 1ª fase recebemos como missão sensibilizar alunos em nossas escolas, preferencialmente aqueles do primeiro ano, para que estes também fizessem parte de uma segunda etapa de formação. O programa forneceu cartazes e cerca de 20 fichas de inscrição para a divulgação dessa proposta. Nessas fichas, além de colocar seus dados pessoais, eles deveriam apresentar argumentos que sustentariam a sua escolha na participação dessa formação. Daqueles que responderam ao convite, após uma avaliação 4 alunos foram contemplados. Em função do comportamento apático já observado pelos alunos em outras situações, percebi que a ação propostapelo programa não seria suficiente para motivar os estudantes a se engajarem nesta ação, utilizei então uma outra estratégia que se configurou da seguinte forma: realizamos uma atividade rádio escuta para as duas turmas do primeiro ano da manhã, com a apresentação de uma peça radiofônica sobre o tema Dengue desenvolvida pela Rádio Recreio1, projeto de rádio escola da qual fui coordenador. Tal ação tinha como intuito sensibilizá-los para a ação nesta mídia e familiarizá-los com alguns processos de produção. Após a audição da peça radiofônica, os alunos de cada turma foram convidados a participar de um desafio, o de reproduzir o spot que tinham ouvido. Divididos em pequenos grupos, foi pedido que escolhessem um líder. A eles foram então distribuídas cópias dos roteiros e determinado um tempo para que as falas fossem repartidas e ensaiadas pelos colegas. Feito isso cada grupo então se apresentou aos demais, com um efeito bastante interessante de satisfação para todos eles. Esses grupos tiveram então a oportunidade de finalizar a participação em uma sessão de gravação com a devolutiva dos resultados obtidos nesses áudios. Tendo em mente essa vivência, apresentou-se então a proposta da formação do programa Nas Ondas do Ambiente, ratificando a necessária responsabilidade e assunção do compromisso, para aqueles que se dispusessem a fazer parte do processo, já que o mesmo se desenrolaria por 11 semanas, entre os dias 21 de setembro e 20 de dezembro de 2013, das 8 às 17 horas, com a obrigatoriedade de 75% de presença. Explicou-se também, que ao final, os alunos teriam direito a uma certificação. Tivemos cerca de 15 inscrições e para escolha dos 4 contemplados, pedi auxílio de dois professores cursistas do programa, que nos ajudaram a chegar aos eleitos, por meio da avaliação das intenções descritas em suas fichas. Sugeri a esses professores que dividíssemos as fichas por turma e sexo, para que contemplássemos alunos das duas turmas, sendo duas vagas para meninos e duas para meninas. Feita a escolha, ainda assim, tivemos um problema com dois alunos que desistiram em participar por motivos pessoais e foram então substituídos. Ao longo do curso a estratégia que adotamos demonstrou ser acertada, se comparada as dificuldades confidenciadas pelos outros professores cursistas em relação a baixa motivação encontrada nos alunos para a participação do curso, o que resultou em poucas adesões em algumas escolas. Quanto aos alunos do CEPEF preocupei-me em controlar a frequência e mantê-los motivados ao trabalho; combinamos como ponto de encontro a nossa escola e de lá saíamos juntos para o curso que aconteceu no CE André Maurois, no bairro da Gávea. 4
5 Dentro da programação do curso, os alunos tiveram aulas de fundamentos em educação ambiental, com ênfase em questões socioambientais ligados a temas como lixo, poluição, consumo e economia, sustentabilidade, manejo da água e do solo, entre outras; em produção de rádio foi oportunizado o aprendizado de produção de roteiros, vinhetas, entrevistas, spots, técnicas de locução e discussões éticas ligadas a produção de conteúdos; em sonoplastia, o aprendizado do manejo de equipamentos de som, de técnicas de gravação e edição de arquivos sonoros. Além disso os professores do programa repassavam tarefas complementares aos alunos, que deveriam ser feitas de forma conjunta ao longo da semana. Tais conhecimentos se constituiriam enfim em um arcabouço que permitiria aos estudantes se organizarem para a produção semanal de um programa de 10 minutos de duração, para ser apresentado a comunidade escolar. Este era o plano. Mas no meio da caminho haviam pedras já conhecidas, na forma da organização do tempo espaço escolar constituído, que criam entraves para que os alunos encontrem brechas que permitiriam a eles se encontrarem durante a semana, mesmo para a realização das atividades complementares sugeridas, isto em meio também as muitas solicitações propostas pelos professores das outras disciplinas. E o que dizer então do plano de fazer um programa semanal de 10 minutos? Como realizá-lo diante de tais dificuldades? Isto sem contar com a situação de greve de professores da rede estadual que tivemos, que criou sábados letivos dos quais os alunos cursistas tiveram que participar, tomando parte da manhã de três sábados, o que nos obrigou a perder parte das atividades desses dias. Trabalhar com inovação em nossas escolas é trabalhar nos desvios, pelas brechas. Mas para isso temos ao nosso favor o uso de estratégias que transcendem ao que é proposto por velhas práticas e isso nos permite avançar, fazer aquilo que estas práticas não permitem, já que não estamos fixados pelas mesmas amarras conteudescas, por isso é que a partir dessas estratégias transcendentes lidamos bem com o caos. Foi dessa forma que o plano de um programa semanal de 10 minutos, proposto pelo Nas Ondas, teoricamente realizável mas de difícil execução em nossa realidade, se transformou então em um plano de elaboração de um programa piloto de 15 minutos, com a possibilidade de vir a se constituir em uma proposta de desenvolvimento de até dois programas por semestre em nossa escola. Trabalhando nas brechas, mas com consistência, ora usando os horários possíveis, como aqueles disponíveis nas faltas de professores, ora negociando com alguns colegas a liberação desses alunos nos colocamos em ação. Mas para isso se fez necessário também apoiá-los tecnicamente para o trabalho, oferecendo aos alunos acolhimento e segurança, para que pudessem desenvolver o trabalho com certa desenvoltura, como ficou demonstrado ao longo do processo. Foi assim que começamos a nos organizar primeiro pela criação do nome da rádio. Utilizamos inicialmente como estratégia postar no grupo do Facebook da nossa escola um pedido de sugestões para a proposição de um nome para a rádio e também dar ciência do que fazíamos no curso. Com algumas sugestões sérias, outras nem tanto, o nome escolhido foi CEPEFM, sugerido por um dos nossos alunos cursistas e a partir daí começamos a desenvolver vinhetas para a nossa rádio: Rádio CEPEFM, a rádio feita para esclarecer você. Uma vez escolhido o nome da rádio precisávamos também criar um programa e dar a ele um nome, definindo o público-alvo e o formato. E foi assim que nasceu o programa SE LIGA NA IDEIA com o intuito de discutir questões socioambientais e assuntos de interesse do público 5
6 adolescente, dirigido a toda a comunidade escolar, mas tendo como principal público os nossos estudantes. Esclarecemos aos alunos que um programa de rádio escolar deveria ser concebido como uma história a ser contada, possuindo início, meio e fim. E nessa construção, a produção de um roteiro se faz necessária para criar, através do texto, a dinâmica de apresentação dos diferentes quadros ou seções, feita pelos locutores. O roteiro do programa assume então o papel de fio condutor da história que se quer contar, fato reforçado nas aulas de rádio propostas pelo programa. Além disso procuramos demonstrar aos alunos, em nossas reuniões na escola, que o maior diferencial deste processo está na criação de um espaço de escuta, onde possamos ser incentivados a apresentar assuntos ou temas que possam nos trazer alguma preocupação ou curiosidade, como situações de fundo que possam alimentar a roteirização de novos programas. Ao final do curso conseguimos roteirizar o primeiro SE LIGA, gravar os áudios e iniciar a edição do programa, que foi finalizada em janeiro de 2014 e publicado em um podcast, dando início as atividades de nossa web radio. Optamos por esse formato pois ele permite criar um registro das atividades de nossa rádio com o acúmulo das produções que forem agregadas ao podcast, além disso os programas postados podem ser acessados a qualquer tempo para escuta em um player disponibilizado pelo portal podomatic ou mesmo realizar o download dos arquivos para ouvi-los em seu computador ou celular, o que cria mobilidade. A rádio CEPFM está no ar e pode ser acessada neste endereço < >. Nestes tempos em que a maioria dos estudantes se apresentam equipados com celulares e fones, que lhes ofertam a possibilidade de ouvir músicas que estejam ao seu gosto, com gostos musicais diversos e muitas vezes não receptivos a escolhas de seus colegas, percebemos que isso vem enfraquecendo estratégias baseadas no modelo de rádio pátio, caracterizada pela distribuição de caixas de som espalhadas pelo ambiente escolar. Se imaginamos que a ação fundamental de uma rádio é se fazer ouvida, esvazia-se o seu sentido quando a mensagem veiculada não encontra a predisposição de seus ouvintes. O uso do podcast é uma forma de contornarmos isso, a rádio ao vivo ou a rádio escuta também, pois estas estratégias permitem que tenhamos a atenção de uma plateia voltada para audição do programa que produzimos. Sabemos que as inovações são absolutamente necessárias para que acompanhemos as mudanças dos novos tempos, principalmente quando desejamos fazer emergir uma nova escola, pois a velha há muito tempo vem dando mostras de desgaste, através das metodologias de trabalho que emprega, baseadas fortemente em ações que se destinam tão somente a fazer dos estudantes consumidores de conteúdos, de incapacidade de dar conta de ensiná-los a interagir com as especificidades do nosso tempo. E dentre estas estão: aprender a trabalhar em equipe, ser capaz demonstrar iniciativa, resolver problemas construindo soluções criativas, ser solidário, avaliar criticamente as informações que recebem por diferentes meios, usar os conhecimentos aprendidos na melhoria da qualidade vida da comunidade da qual faz parte. Apesar disso, tais metodologias ainda resistem, comando as rotinas do tempo espaço escolar a despeito dos fracassos já colecionados: os altos índices de repetência e de evasão, a falta de competência dos alunos em lidar com conceitos de leitura e cálculos mais complexos. Para contrapor velhas práticas, podemos afirmar que o uso de mídias na educação podem 6
7 contribuir de forma diferenciada para aprendizagem de velhos e novos saberes, como afirma as Diretrizes Curriculares Nacionais: Compreende-se que organizar o currículo implica romper com falsas polarizações, oposições e fronteiras consolidadas ao longo do tempo. Isso representa, para os educadores que atuam no Ensino Médio, a possibilidade de avançar na compreensão do sentido da educação que é proporcionada aos estudantes. (DCN, 2013, p.183) 5. RESULTADOS Não há nada de muito novo em se tratando da proposição de rádios em escolas e os sentidos que podem se constituir a partir dessas experiências, bem como de outras mídias na educação já que os seus impactos e possibilidades para a formação dos estudantes já são de certa forma bem conhecidos, no entanto a ideia de fazer rádio ainda persiste e luta para ser legitimada no cotidiano escolar, por isso continua a ser uma inovação necessária. E isto pode ser percebido, mais uma vez na proposta implementada pelo programa Nas Ondas do Ambiente. A atmosfera em que se deu o curso foi sempre bastante amistosa e fraterna. Cooperação foi palavra de grande valor e para todos os alunos envolvidos isto foi um importante elemento motivador na experiência de conviver com colegas de outras escolas, de realidades diferentes, e isto se constituiu para eles algo imensurável. O uso da experiência prévia que já dominava em relação ao trabalho com a mídia rádio em outros projetos que participei somados aos conhecimentos apresentados na formação que nos foi oferecida pelo programas Nas Ondas do Ambiente foram preponderantes para que alcançássemos os resultados materializados na concretização de nossa rádio. Aprender juntos e uns com os outros foi a tônica do curso, pois o que estava em jogo não era a realização solitária de cada escola com sua rádio, mas a possibilidade de compartilhar estratégias frente as dificuldades que surgiram e surgirão. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, CAETANO, Vitor Nunes. Rádio na escola: produzindo mídia, aprendendo conceitos, construindo cidadania. Subsídios para a implantação de projetos de rádios escolares. Rio de Janeiro: Nutes,
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