O PAPEL DA LEGISLAÇÃO MUNICIPAL NA DRENAGEM URBANA CASO: CIDADE DE SÃO PAULO

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1 DANIELE SEVERINO NEVES O PAPEL DA LEGISLAÇÃO MUNICIPAL NA DRENAGEM URBANA CASO: CIDADE DE SÃO PAULO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Anhembi Morumbi no âmbito do Curso de Engenharia Civil com ênfase Ambiental. SÃO PAULO 2004

2 DANIELE SEVERINO NEVES O PAPEL DA LEGISLAÇÃO MUNICIPAL NA DRENAGEM URBANA CASO: CIDADE DE SÃO PAULO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Anhembi Morumbi no âmbito do Curso de Engenharia Civil com ênfase Ambiental. Orientador: Prof. Dr José Rodolfo Scarati Martins SÃO PAULO 2004

3 i Aos meus mestres, que me orientaram a seguir e transpor todas as metas, sem vacilar, com estudo e dedicação. Aos meus pais, que no limiar da vida procurou me transmitir a paz, tranqüilidade e amor nos momentos difíceis, a fim de superar os obstáculos do dia a dia. Ao meu namorado, pelo companheirismo e paciência nos momentos de dedicação ao curso de Engenharia Civil. E aos amigos, que acreditaram e me deram apoio durante estes anos.

4 ii AGRADECIMENTOS Ao meu Professor Orientador Dr. José Rodolfo Scarati Martins, pela paciência e incentivo nos momentos difíceis da conclusão deste trabalho. Gostaria de agradecer a Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica - FCTH, por disponibilizar o acervo de sua biblioteca. Ao Engº Paulo Vaz Filho pelo material emprestado e solucionar algumas dúvidas quanto a temas do meu trabalho. Enfim a todos que me ajudaram direta ou indiretamente na conclusão do meu trabalho que sem a ajuda de todos seria impossível atingir minhas expectativas, meu sincero agradecimento.

5 iii RESUMO Este trabalho apresenta aspectos relacionados ao gerenciamento de Recursos Hídricos, normas e diretrizes do Poder Público Municipal para a drenagem urbana, abordando também alguns conceitos de uso e ocupação do solo. As urbanizações das cidades ocorreram de forma desordenada principalmente nas áreas de mananciais e áreas de proteção ambiental, tendo como conseqüência a impermeabilização o solo, ocasionando enchentes e inundações nas cidades brasileiras, como na cidade de São Paulo nas épocas de chuva. Isto ocorre devido à concepção de sistemas de drenagem urbana que transferem o problema para jusante sem qualquer preocupação com a retenção do volume escoado. Para que este problema seja controlado apresenta-se como alternativas diretrizes para o Poder Público Municipal como: o Impacto Zero, que não permite o escoamento das águas pluviais para a drenagem além do que já escoava antes do empreendimento; o piso drenante que permite a recarga dos lençóis subterrâneos; e dispositivos que impeçam a degradação do sistema de drenagem com os resíduos sólidos. Tais dispositivos sugeridos são diretrizes, normas e/ou leis municipais que tem como objetivo melhorar a qualidade da drenagem urbana seja por meio de estruturas associadas ao sistema de drenagem convencional podendo proporcionar uma redução de vazões e volumes escoados, reduzindo as cheias urbanas, como também a não obstrução de reservatórios de retenção, galerias, bueiros, seja através de taxas cobradas aos munícipes para a manutenção e construção de novas estruturas para a drenagem, a fim de melhorar a qualidade de vida da cidade. Palavras Chaves: drenagem urbana; legislação municipal; impacto zero.

6 iv ABSTRACT This work presents aspects related to the management of Hídricos Resources, norms and lines of direction of the Municipal Public Power for the urban draining, also approaching some concepts of use and occupation of the ground. The urbanizations of the cities had mainly occurred of disordered form in the areas of sources and areas of ambient protection, having as consequence the waterproofing the ground, causing floods and floodings in the Brazilian cities, as in the city of rain São Paulo at the time. This occurs due to conception of systems of urban draining that transfer the problem to ebb tide without any concern with the retention of the drained volume. So that this problem is controlled is presented as alternative lines of direction it To be able Public Municipal theatre as: Impact Zero, that it does not allow the draining of pluvial waters for the draining beyond the one that already flowed off before the enterprise; the drenante floor that allows the recharge of underground sheets; e devices that hinder the degradation it system of draining with the solid residues. Such suggested devices are municipal lines of direction, norms and/or laws that have as objective to improve the quality of the urban draining either by means of structures associates to the system of conventional draining being able to provide to a reduction of outflows and drained volumes, reducing full the urban ones, as also not the blockage of reservoirs of retention, galleries, culverts, either through taxes charged to the townspeople for the maintenance and construction of new structures for the draining, in order to improve the quality of life of the city. Key Words: urban draining; ordinances; impact zero.

7 v LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 Fluxograma dos efeitos da urbanização nos processos hidrológicos...13 Figura 2 Esquema de um sistema de micro-drenagem...16 Figura 3 Enchente do Rio Ribeira no município de Registro...18 Figura 4 Enchente no município de Campinas...18 Figura 5 Foto mostrando a aflição dos moradores vendo a água subir e não poderem fazer absolutamente nada para salvar as suas coisas...19 Figura 6 Vista aérea do Jardim Paraná, loteamento clandestino situado na encosta da serra da Cantareira, zona norte de São Paulo...21 Figura 7 - Sistema superficial de drenagem de águas pluviais assoreado...21 Figura 8 Hidrograma Hipotético...22 Figura 9 A erosão compromete tanto o terreno erodido como a região que recebe os sedimentos gerados. Na foto um córrego totalmente assoreado. Enchentes anunciadas...24 Figura 10 Alternativas Não-estruturais em Drenagem Urbana, Detenção / Retenção dos escoamentos...28 Figura 11 Superfície de infiltração...30 Figura 12 Valeta de infiltração...30 Figura 13 Valeta de infiltração complementada com trincheira de percolação...31 Figura 14 Bacia de percolação em uma residência...32 Figura 15 Bacia de Percolação acoplada a boca-de-leão...33 Figura 16 Pavimento poroso, pavimento celular poroso e pavimento permeável...34 Figura 17 Gestão das interfaces externas à cidade...36 Figura 18 Piso drenante...46 Figura 19 Bacia de retenção, armazenamento temporário...50 Figura 20 Espelho d água permanente...50

8 vi Figura 21 Guia pré-moldada de concreto. Algumas grelhas devem ser implantadas ao longo das guias para recolhimento de resíduos sólidos maiores...52 Figura 22 Remediação da água subterrânea Método de absorção...53

9 vii LISTA DE TABELAS Tabela 1 Resultados da População Residente, por domicílio e por sexo 1940/

10 viii LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABES ABRH ANA ART CETESB DAEE DEP DNOS FCTH IBAMA IBGE IPTU NEC PDDMSP PDMAT PMSP PNRH RBRH SEDESU SEMASA SIMETRO SRH UFG UFIR UFMG UFM UNIMAR Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental Associação Brasileira de Recursos Hídricos Agência Nacional de Águas Anotação de Responsabilidade Técnica Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo Departamento de Esgotos Pluviais Departamento Nacional de Obras e Saneamento Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Imposto Predial e Territorial Urbano Notificação de Exigências Complementares Plano Diretor de Drenagem do Município de São Paulo Plano Diretor de Macro-drenagem da Bacia do Alto Tietê Prefeitura do Município de São Paulo Política Nacional de Recursos Hídricos Revista Brasileira de Recursos Hídricos Secretaria de Desenvolvimento Sustentável Serviço Municipal de Água e Saneamento de Santo André Sistema Nacional de Normatização, Metrologia e Qualidade Industrial Secretaria de Recursos Hídricos Universidade Federal de Goiás Unidade Fiscal de Referência Universidade Federal de Minas Gerais Unidade Fiscal do Município de São Paulo Universidade de Marília

11 ix USP ZPA Universidade de São Paulo Zona de Proteção Ambiental ou Zona de Preservação Ambiental

12 x SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVOS Objetivo Geral Objetivo Específico METODOLOGIA DO TRABALHO JUSTIFICATIVA DRENAGEM URBANA História da Drenagem Urbana Urbanização das Cidades no Brasil Impactos da Urbanização das Cidades Drenagem Urbana Microdrenagem Macrodrenagem Problemas da Drenagem Urbana Soluções para os Problemas da Drenagem Urbana EROSÃO Medidas Estruturais para drenagem urbana Medidas Não-estruturais para drenagem urbana Reservatório de Detenção / Retenção Contenção na fonte... 29

13 xi 6 LEGISLAÇÃO Legislação Municipal Legislação Estadual Legislação Federal MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Novas Diretrizes para o Poder Público Municipal CONTROLE DE DRENAGEM EM LOTEAMENTOS - IMPACTO ZERO DEGRADAÇÃO DA DRENAGEM URBANA COM OS RESÍDUOS SÓLIDOS Iniciativas Institucionais TAXA DE OBRAS/MANUTENÇÃO INCENTIVO DE REUSO DE ÁGUA ANÁLISE OU COMPARAÇÃO/CRÍTICA CONCLUSÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXO A ESTATUTO DA CIDADE (LEI FEDERAL) ANEXO B LEI DAS PISCININHAS - SP ANEXO C LEI DAS PISCININHAS - SP ANEXO D CONTROLE DE OBRAS EM TERRENOS ERODÍVEIS - SP ANEXO E PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO - SP... 88

14 xii ANEXO F CONTROLE DA DRENAGEM URBANA PORTO ALEGRE (RS) 96 ANEXO G TAXA DE DRENAGEM URBANA SANTO ANDRÉ - SP ANEXO H CONTROLE DO ESCOAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS - LINS - SP ANEXO I CRIAÇÃO DOS COMANDOS DE LIMPEZA SANTO ANDRÉ - SP ANEXO J RESERVA DE ÁREA PERMEÁVEL - SP ANEXO K USO DE PAVIMENTOS DRENANTES - SP ANEXO L DESCONTO EM TAXAS E EMOLUMENTOS - SP ANEXO M LEI DO ZONEAMENTO - GOIÂNIA ANEXO N PARCELAMENTO DO SOLO LONDRINA - PR ANEXO O PLANO DIRETOR - PRAIA GRANDE (SP)

15 1 1 INTRODUÇÃO Os centros urbanos vêm sofrendo com o crescimento acelerado e desordenado, mas nota-se que isso esta mudando, o que se percebe hoje é uma ocupação maior nas áreas de periferias das Regiões Metropolitanas, enquanto essas áreas apresentam uma taxa de ocupação maior, seu núcleo registrou uma taxa de ocupação menor. Isso ocorre porque as áreas periféricas são mais acessíveis economicamente para a população. Estas áreas ocupadas irregularmente não seguem o Plano Diretor da Cidade ou as diretrizes municipais que regulamentam o uso e ocupação do solo, muito menos normas técnicas para loteamentos, ocasionando grande impacto na área de recursos hídricos, dificultando a execução de ações não estruturais para o controle ambiental da cidade. O que hoje os centros urbanos vivem são conseqüência de atitudes tomadas no passado, tendo como principal fator à falta de planejamento urbano, ou seja, a ocupação não organizada do solo aumentando a impermeabilização e ocasionando um aumento da vazão de escoamento de água pluvial para os corpos receptores, gerando enchentes nas épocas de chuvas. Não se pode esquecer que quando se fala em gerenciamento de drenagem urbana, este deve estar integrado ao planejamento urbano da cidade, ou seja, com o Plano Diretor Urbano, que envolve o disciplinamento do crescimento urbano, no que se

16 2 refere ao sistema viário, de saneamento, de esgotamento sanitário e de controle de resíduos sólidos. Com a evolução dos estudos dos problemas relacionados aos recursos hídricos, fez-se necessário um melhor gerenciamento destes, conseqüentemente um órgão específico foi criado para gerenciar os recursos hídricos do país, que é a Agência Nacional de Águas. A legislação de recursos hídricos deve ser aplicada pelo Poder Público, para que se possa orientar a urbanização em áreas de mananciais e leitos dos corpos d água, amenizando os problemas com as enchentes que as cidades vem enfrentando. Para obter uma vazão pluvial que o corpo d água recebe próximo do que se tinha antes da urbanização, os órgãos municipais estão buscando soluções para o gerenciamento da drenagem urbana através de novas leis para contenção e retenção da vazão pluvial do lote. As grandes dificuldades que o Poder Público enfrenta na implantação de programas e ações no sentido de atenuar ou mesmo eliminar os impactos da impermeabilização do solo, concentra-se na falta de embasamento técnico de muitas destas ações e na dificuldade de aceitação por parte da população e do próprio Poder Público. Destaca-se a iniciativa do município de São Paulo, para obrigar os construtores a implantar reservatórios de detenção em edificações com área impermeabilizada a partir de 500 m 2 (LEI N.º , DECRETO N.º ). Embora conceitualmente

17 3 correta, não se tem notícia da real implantação desta medida, seja por falta de estrutura do executivo público, seja por falta de compreensão dos munícipes com relação aos impactos benéficos gerados. O Poder Público deve deixar de ser somente um órgão no qual se publica as ações tomadas por ele, para atuar com mais importância em normatização e leis na área de drenagem urbana, para tanto precisa ter um corpo técnico qualificado. Deve também ter ações que beneficiem os munícipes, como redução de IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano para quem tem o reservatório de retenção ou quando a área impermeabilizada do lote é pequena ajudando na redução da vazão pluvial, e na área de educação ambiental, para que a população compreenda a importância da preservação dos recursos hídricos.

18 4 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral O trabalho tem como objetivo analisar os instrumentos que o Poder Público Municipal utiliza como reguladores da drenagem urbana, ou seja, o gerenciamento da drenagem urbana e do uso e ocupação do solo, considerando que é competência do Poder Público Municipal (conforme a Legislação Federal, Lei n.º Estatuto da Cidade). 2.2 Objetivo Específico Analisar os aspectos dos dispositivos legais reguladores que podem ser utilizados para controle na drenagem urbana no âmbito do Poder Público Municipal de cidades do Estado de São Paulo e de outras cidades do Brasil, observando que este aspecto influencia o desenvolvimento sustentável da cidade no setor econômico, na urbanização e na qualidade de vida das pessoas. Os instrumentos reguladores que o Poder Público Municipal tem são a legislação de recursos hídricos e a legislação de uso e ocupação do solo, sendo conseqüência da ocupação não planejada do solo, a impermeabilização da cidade que gera o

19 5 aumento da vazão das águas pluviais quando não se tem a vegetação e o solo para que absorvam esta precipitação ocasionando o aumento do escoamento superficial, conseqüentemente aumentando a probabilidade de ocorrência de maiores enchentes.

20 6 3 METODOLOGIA DO TRABALHO O trabalho foi desenvolvido através de pesquisas em livros técnicos, anais de congressos, artigos técnicos de periódicos, legislação municipal de recursos hídricos e legislação municipal de uso e ocupação de solo, dos quais serão estudados os instrumentos reguladores e a interferência da urbanização, ou seja, do uso e ocupação do solo (em especial a impermeabilização) na drenagem urbana, sendo utilizado pelo Poder Público Municipal e as alternativas não convencionais, como a retenção de lote e de quadra. O estudo de caso foi feito tendo como base um município padrão, como São Paulo, o qual sancionou a Lei das Piscininhas nº , que é um dispositivo para drenagem urbana no lote.

21 7 4 JUSTIFICATIVA O objeto de estudo é de suma importância para os problemas que a sociedade vem enfrentando com o encaminhamento das águas superficiais, visto que se propõe estudar o modelo de gerenciamento do sistema de drenagem adotados nos municípios, o Plano Diretor de Macrodrenagem, o Estatuto da Cidade e a Legislação Municipal. A drenagem urbana esta associada a sustentabilidade de uma cidade, ou seja,... reconhecimento da complexidade das relações entre os ecossistemas naturais, o sistema urbano artificial e a sociedade (POMPÊO, 2000), para que possa reduzir os problemas existentes. Não se pode esquecer que é de responsabilidade do município o gerenciamento da drenagem urbana. Antigamente o escoamento das águas pluviais era pensado no aspecto sanitário, sabe-se que abrange muito mais, pois se deve lembrar que o mau gerenciamento da drenagem urbana ao longo dos anos fez com que o problema fosse transferido para jusante. Hoje ao pensar em drenagem urbana, além do aspecto sanitário, hidrológico e hidráulico, leva-se em conta também o aspecto ambiental e paisagístico. Estudar a implantação de novas leis que tenham relação com a drenagem urbana, como a lei n.º , sancionada pela Prefeitura de São Paulo em 15 de março de 2002, através do Decreto n.º , que torna obrigatória a execução de reservatórios de retenção para as águas coletadas por coberturas e pavimentos nos

22 8 lotes, edificados ou não, que tenham área impermeabilizada superior a 500m 2. O estudo também aborda a cobrança da taxa de drenagem de águas pluviais que já ocorre em alguns municípios.

23 9 5 DRENAGEM URBANA 5.1 História da Drenagem Urbana Na antigüidade várias civilizações utilizaram a drenagem como técnica para irrigar as terras cultivadas por eles, evoluindo depois para uma técnica com objetivo de recuperar terrenos inundados destinando-os à construção. Segundo Netto et al (1998), foram descobertas obras de drenagem da antigüidade, na Grécia, datando de 450 a.c. sendo seu autor Empédocles. A concepção de urbanização no Brasil começou no final do século XIX, com o engenheiro sanitarista Saturnino de Brito, ao projetar a cidade de Belo Horizonte. Em 1910, Saturnino de Brito revolucionou o sistema de drenagem, projetando os primeiros canais de drenagem de terrenos alagados, perto do centro da cidade de Santos. Estes canais foram projetados com o intuito de drenar as águas estagnadas localizadas dentro da cidade, diminuindo o surgimento de epidemias. No século XX, com a adoção do sistema separador absoluto, torna-se obrigatório à separação do esgotamento sanitário do sistema de drenagem, e emprego de tubos de concreto.

24 10 Verificou-se a necessidade de uma legislação para os recursos hídricos, sendo elaborado o Código de Águas, que tratava da disponibilidade hídrica dos cursos d água do país, para o aproveitamento desses para todo o fim necessário a população, seja geração de energia, seja abastecimento de águas. (SETTI, 1996) O Código de Águas (1934) na época revolucionou o método de gerenciamento dos recursos hídricos no país, o qual é utilizado até hoje. 5.2 Urbanização das Cidades no Brasil Segundo Mota (1999), a urbanização das cidades realizou-se considerando os aspectos sociais, culturais e econômicos, e admitindo que o ambiente físico deveria adequar-se às atividades do homem. As características do ambiente estão relacionadas com a urbanização do mesmo, como a topografia, tipo de solo, recursos hídricos, clima, influindo no processo ou sendo modificada por ele (MOTA, 1999). Tal fenômeno foi acontecendo em torno dos corpos d água, para que as cidades tivessem água para o seu abastecimento e para aonde escoar o seu esgoto.

25 11 De acordo com Vaz Filho (2004), a urbanização no Brasil teve início no fim do século XIX, sendo intensificada no século XX, a partir da década de 60, quando ocorreu o processo de industrialização. O crescimento da população nas cidades ocorreu devido à procura por melhores empregos ou pela intensificação da mecanização das lavouras no campo, obrigando a população a migrar para as cidades à procura de uma nova fonte de renda (VAZ FILHO, 2004). Como se vê na tabela 1, o censo de 1940 indica 31% (trinta e um por cento) de população urbana e 69% (sessenta e nove por cento) de população rural, enquanto que em 1996 este percentual foi para 78% (setenta e oito por cento) de população urbana e 22% (vinte e dois por cento) de população rural. Tabela 1 Resultados da População Residente, por domicílio e por sexo 1940/1996. Anos Total Urbana Rural Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres 1940 (1) (1) (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, 1997)

26 Impactos da Urbanização das Cidades Como foi visto anteriormente, o crescimento da população urbana no Brasil, ocorreu com intensidade durante os últimos 50 anos, ocasionando impactos ambientais, sociais e econômicos na urbanização das cidades. Estes impactos estão relacionados com a destinação de resíduos sólidos, abastecimento de água, geração de energia, coleta e tratamento de esgotamento sanitário, uso e ocupação do solo, sendo este último o de maior impacto nos recursos hídricos. Segundo Guerreiro (1986) apud Vaz Filho (2004), com a implantação da urbanização através das construções de edifícios, infra-estruturas públicas, pavimentação, etc, surgem problemas de poluição de ar, solo e água, decorrentes dos resíduos urbanos. A impermeabilização do solo gera problemas nas recargas dos aqüíferos, ocasionando mudança no nível do lençol freático, e acompanhada pelo volume de dejetos e substâncias lançadas nos mananciais, provocando queda de qualidade das águas, gerando a necessidade de controle da poluição. Tem-se também como impactos da urbanização, os assoreamentos nos canais e erosão nos solos devido ao fato de como este é usado e ocupado com o crescimento da cidade.

27 13 Figura 1 Fluxograma dos efeitos da urbanização nos processos hidrológicos (HALL, 1986 apud VAZ FILHO, 2004)

28 Drenagem Urbana Defini-se drenagem urbana como... parte do conjunto de melhoramentos públicos existentes em uma área urbana, os quais sejam: redes de água, de esgotos sanitários, de cabos elétricos e telefônicos além da iluminação pública, pavimentação de ruas, guias e passeios, parques, áreas de recreação e lazer, e outros (DAEE/CETESB, 1980). Para que o sistema de drenagem urbana seja eficiente é necessário que este faça parte do planejamento do Plano Diretor Urbano da Cidade, ou seja, os municípios devem ter o Plano Diretor de Drenagem Urbana. Para os municípios que estão em expansão, este plano é fundamental para que a urbanização seja feita de modo a planejar a ocupação de áreas alagáveis, por exemplo, destinando estas áreas para reservatórios de contenção, portanto prevenindo inundações futuras. Devido à falta de conscientização da população e dos Órgãos Públicos, o sistema de drenagem urbana não comporta o volume de água que se precita em dadas épocas, ocasionando enchentes e inundações. Este problema acontece devido ao assoreamento dos canais, o qual ocorre com o carregamento de partículas de loteamentos, pavimentação, etc, e também devido à falta de manutenção nos canais, os quais recebem todo tipo de lixo.

29 15 A drenagem urbana é composta por dois sistemas, sendo estes o Sistema Inicial de Drenagem ou Microdrenagem e o Sistema de Macrodrenagem (Fundação Centro Tecnológico de Hidráulico, 1998). Segundo DAEE/CETESB (1980), o Sistema de Microdrenagem é constituído por guias, sarjetas, bocas de lobo, rede de galerias de águas pluviais, poços de visita e alguns canais de pequenas dimensões. Em seu cálculo é utilizado o período de retorno de 2 a 10 anos. Quando bem projetado elimina a ocorrência de inundações na área urbana. O Sistema de Macrodrenagem é constituído por canais maiores abertos ou fechados, obras de contenção e obras de proteção à erosão. Sendo em seu cálculo utilizado o período de retorno de 25 a 100 anos (Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica, 1998) Microdrenagem É o sistema que consiste em captar as águas pluviais superficiais (Figura 2), sendo constituído pelos seguintes dispositivos (DAEE/CETESB, 1980): - Guias: é a peça de concreto pré-moldado, destinada a separar a faixa da pavimentação da faixa do passeio, limitando a sarjeta longitudinalmente; - Sarjeta: é o canal triangular longitudinal destinado a coletar e conduzir as águas superficiais da faixa pavimentada da via pública à boca de lobo;

30 16 - Boca de Lobo: é uma estrutura hidráulica destinada a captar as águas superficiais, consistindo de caixa de alvenaria ou pré-moldado de concreto localizado sob o passeio ou sob a sarjeta; - Poço de Visita: é uma caixa de alvenaria ou de concreto pré-moldado que tem como função unir dois ou mais trechos de galerias permitindo o acesso às canalizações para limpeza e inspeção. Figura 2 Esquema de um sistema de micro-drenagem (FADIGA Jr, 2001) Macrodrenagem É o sistema que consistem em fazer o escoamento final das águas pluviais da microdrenagem até o corpo receptor (BARROS, 1995 apud MACIEL, 2003).

31 17 Segundo Tucci (1995) apud Maciel (2003), as obras de macrodrenagem consistem em: - retificação e/ou ampliação das seções de cursos naturais; - construções de canais artificiais ou galerias de grandes dimensões; - estruturais auxiliares para a proteção contra erosões e assoreamento, travessias e estações de bombeamento. 5.4 Problemas da Drenagem Urbana Segundo Vaz Filho (2004), o sistema de drenagem urbana deve ser planejado e projetado seguindo critérios diversos para que não ocorra o escoamento descontrolado das águas pluviais, vindos assim a causar transtorno ao meio urbano, provocando enchentes, inundações e alagamentos (Figura 3 e Figura 4), causando: - insegurança: com risco de perdas de vidas humanas, com deslizamentos, desmoronamentos do solo e enchentes; - prejuízos econômicos: aos particulares (pelos danos aos veículos e a suas moradias) e ao Estado (pela necessidade de investir grandes importâncias na recuperação dos danos causados) Figura 5; - prejuízos à livre circulação dos cidadãos: pelo impedimento de circulação de pessoas e veículos nos locais inundados e com riscos de deslizamentos, ferindo o livre direito de ir e vir;

32 18 - problemas sanitários: proliferação de doenças ocasionadas pelo meio hídrico, ou seja, o contado do ser humano com a água contaminada, merecendo destaque à leptospirose, ocasionado pelo contato do ser humano com a urina de rato. Figura 3 Enchente do Rio Ribeira no município de Registro (SIMÃO Jr, 1999) Figura 4 Enchente no município de Campinas (VAZ FILHO, 2004)

33 19 Figura 5 Foto mostrando a aflição dos moradores vendo a água subir e não poderem fazer absolutamente nada para salvar as suas coisas (WATANABE, 2000b) Os problemas que se encontram na drenagem urbana decorrem em grande parte: - pela impermeabilização do solo, ocasionada pelo aumento das superfícies urbanizadas (Figura 6); - pelo subdimensionamento dos sistemas de drenagem existentes, os quais não acompanharam o desenvolvimento urbano; - pela inexistência de visão ampla sobre o sistema por parte dos gestores; - pela ocupação desordenada de áreas ribeirinhas e de fundos de vale, que estão sujeitas a inundações;

34 20 - pelo assoreamento dos rios, canais e valas, com constantes loteamentos nas cidades que não respeitam a topografia local, e com as chuvas o carregamento de partículas de solo (Figura 7); - pela ausência de normatização, sendo o único sistema que compõe o sistema de saneamento básico que não se encontra normatizado; - pela falta de investimentos do setor público, com a extinção do Departamento Nacional de Obras e Saneamento - DNOS, institucionalmente os governos municipais são os responsáveis por definir as ações no setor, sendo a drenagem deixada em segundo plano; - pelo descaso da população, o sistema de drenagem urbana só é lembrado nos períodos de chuvas como mostrado; - pela falta de gerenciamento da drenagem urbana, os quais fazem parte dos setores de obras das prefeituras, sendo composto por profissionais que não tem conhecimentos técnicos (visão gerencial), o que provoca problemas, tais como, ausência de cadastro das redes implantadas e a adoção de medidas tradicionais, e a adoção de métodos executivos que não se adaptam à realidade; - pela falta de conscientização da população, ou seja, a falta de cultura e educação dos cidadãos que atiram na via pública todo tipo de lixo, aumentado mais os problemas de inundações.

35 21 Figura 6 Vista aérea do Jardim Paraná, loteamento clandestino situado na encosta da serra da Cantareira, zona norte de São Paulo (WATANABE, 2000a) Figura 7 - Sistema superficial de drenagem de águas pluviais assoreado (SANTOS, 2004b)

36 22 Segundo Fadiga Jr (2001), verificar-se na Figura 8, a alteração que o processo de urbanização causou a bacia hidrográfica. Esta figura apresenta dois hidrogramas hipotéticos, um com área ainda em condições naturais e o outro com área urbanizada, nota-se que em áreas urbanizadas a vazão de pico ocorre mais rápido do que nas áreas rurais, isto ocorre, porque as áreas não urbanizadas possuem uma maior superfície de vegetação, maior infiltração no solo e escoamento lento, enquanto que nas áreas urbanizadas as superfícies impermeáveis e as redes de drenagem implantadas aceleram o escoamento, sabe-se que a vegetação funciona como uma esponja ao absorver a precipitação, e após a chuva ainda temos a evapotranspiração que contribui para diminuir o escoamento superficial. Figura 8 Hidrograma Hipotético (FADIGA Jr, 2001) 5.5 Soluções para os Problemas da Drenagem Urbana Para que os problemas mencionados anteriormente sejam solucionados é necessário à implantação de um sistema de drenagem eficiente, tendo como (VAZ FILHO, 2004):

37 23 - básicos: garantir a segurança e o conforto da população ao evitar as enchentes e inundações; - complementares: evitar o alagamento de ruas e avenida conferindo o direito de livre circulação da população; garantir o desenvolvimento econômico, ao evitar que grandes importâncias fossem gastas para reparar os estragos causados pelas enchentes; evitar a erosão do solo que provoca o assoreamento de cursos d água e promoverem a recarga dos aqüíferos, preservando os recursos hídricos e a qualidade ambiental EROSÃO Segundo Santos e Zuccolo (2004a), para reduzir a erosão causada pelos loteamentos devemos seguir: a) Deve-se evitar ao máximo a terraplenagem, adaptando o seu projeto à topografia e não a topografia ao seu projeto; b) Retirar somente a vegetação e o solo superficial somente se necessário e no momento da construção de cada edificação, ou seja, lote a lote; c) Caso seja realmente necessário à retirada da camada de solo superficial (80 cm), esta deve ser estocada para depois utilizá-la no recobrimento das áreas terraplenadas, pois esta camada de solo é a de melhores características agronômicas e construtivas: mais fértil, mais resistente à erosão e melhor para compactar; d) Ocorrendo movimentação de solo, deve-se promover de imediato a pavimentação das ruas e a instalação do sistema de drenagem;

38 24 e) Em taludes de corte resultantes de terraplenagem, devem ser protegidos com pintura de calda de cal com aglutinantes, podendo mais tarde esta proteção ser substituída por alguma opção de caráter paisagístico; f) Os serviços de terraplenagem devem ser programados para os meses menos chuvosos, para que na época de chuvas as superfícies do solo expostas estejam devidamente protegidas, reduzindo a erosão. Figura 9 A erosão compromete tanto o terreno erodido como a região que recebe os sedimentos gerados. Na foto um córrego totalmente assoreado. Enchentes anunciadas (SANTOS, 2004c) As soluções para [...] o sistema de drenagem sustentável incluem as ações estruturais, que consistem dos componentes físicos ou de engenharia como parte integrante da infra-estrutura, e as ações não-estruturais, que incluem todas as formas de atividades que envolvem as práticas de gerenciamento e mudanças de comportamento (PARKINSON, 2003).

39 25 No Plano Diretor Urbano do qual faz parte os planejamentos ambientais, viários, hídricos e outros, devem propor o Plano Diretor de Drenagem Urbana, para que este estabeleça programas que contenham as enchentes e inundações do município. 5.6 Medidas Estruturais para drenagem urbana De acordo com Fadiga Jr (2001), as medidas estruturais são: - barragens; - canalizações, retificações ou melhorias em córregos e rios; - microdrenagem; - desassoreamento dos córregos e rios, com a dragagem do material assoreado; - bombeamento; - túneis. Entende-se então como medidas estruturais, toda obra que pode ser implantada visando a correção e/ou prevenção dos problemas decorrentes de enchentes e inundações (CANHOLI, 1995).

40 Medidas Não-estruturais para drenagem urbana Medidas não-estruturais são aquelas em que se procura reduzir os danos ou conseqüências das inundações não por intervenções constituídas por obras, mas fundamentalmente pela introdução de normas, regulamentos e programas que visem, por exemplo, o disciplinamento do uso e ocupação do solo, a implementação de sistemas de alerta, à conscientização da população quanto à manutenção dos diversos componentes do sistema de drenagem e outros (CANHOLI, 1995, grifo do autor). Tem-se como medidas não-estruturais (FADIGA Jr, 2001): - participação da sociedade; - planejamento da Microdrenagem e Macrodrenagem; - legislação de uso e ocupação do solo; - integração do sistema de drenagem urbana com outras intervenções urbanas; - reservatórios de detenção/retenção no próprio lote; - programas de educação ambiental; - fiscalização de obras e manutenção dos sistemas de drenagem urbana; - sistemas de ações civis para minimizar os impactos das inundações.

41 Reservatório de Detenção / Retenção O reservatório de detenção/retenção é utilizado para o armazenamento do volume escoado para que propicie a redução dos picos de vazão, promovendo o amortecimento dos picos de drenagem desde a entrada no sistema até a sua disposição final (CANHOLI, 1995). E quanto a obras de reservação pode-se classificar em dois grupos principais, de acordo com a sua localização no sistema de drenagem, a saber (Figura 10): - Contenção na fonte: são dispositivos de pequenas dimensões e localizados próximos aos locais onde os escoamentos são produzidos, permitindo desta forma melhor aproveitamento do sistema de condução do fluxo a jusante. Deste tipo de solução podem ser citados como vantagens: I. o fato de normalmente serem compostos por pequenas unidades de conservação, que podem ser padronizadas; II. a simplificação na alocação dos custos, devido a menor sobrecarga para cada área controlada, e a relação direta que pode ser estabelecida entre a área urbanizada e o deflúvio. - Contenção a jusante: são reservatórios que visam controlar os deflúvios provenientes de partes significativas da bacia a jusante.

42 28 Figura 10 Alternativas Não-estruturais em Drenagem Urbana, Detenção / Retenção dos escoamentos (BRAGA, 1994 apud CANHOLI, 1995)

43 29 Contenção na fonte Segundo Vaz Filho (2004), a disposição no local é constituída por estruturas, obras e dispositivos que criam espaço para que a água tenha maior infiltração e percolação no solo. Tendo como objetivo fundamental à redução de picos de vazões veiculadas para o sistema de drenagem, a recarga de aqüíferos e a utilização das águas reservadas (CANHOLI, 1995). E este dispositivo depende da capacidade de absorção do solo, a qual depende de inúmeros fatores, como por exemplo, cobertura vegetal, tipo de solo, condições do lençol freático e a qualidade das águas de drenagem. De acordo com Canholi (1995), tem-se alguns tipos de disposição no local, como: - Superfícies de infiltração: é utilizada para facilitar que as águas drenadas percorram uma superfície coberta por vegetação. Em solo pouco drenante, podese instalar sub-drenos para evitarem-se locais com água parada (Figura 11).

44 30 Figura 11 Superfície de infiltração (CANHOLI, 1995) - Valetas abertas ou valetas de infiltração: refere-se ao uso de valetas revestidas em gramas, adjacentes a ruas, estradas e em áreas de estacionamentos. Podem ser complementadas com trincheiras de percolação (Figura 12 e Figura 13). Figura 12 Valeta de infiltração (CANHOLI, 1995)

45 31 Figura 13 Valeta de infiltração complementada com trincheira de percolação (CANHOLI, 1995) - Bacias de Percolação: é construída através da escavação de uma valeta que posteriormente é preenchida com brita ou cascalho, sendo sua superfície reaterrada. O material granular promove a reservação temporária do escoamento, enquanto a percolação se processa lentamente para o sub-solo (Figura 14 e Figura 15).

46 32 Figura 14 Bacia de percolação em uma residência (CANHOLI, 1995)

47 33 Figura 15 Bacia de Percolação acoplada a boca-de-leão (NAKAMURA, 1988 apud CANHOLI, 1995). - Pavimentos porosos: são constituídos de concreto convencional de cimento/areia, com aditivo incorporador de ar (que mantém a porosidade elevada e permite uma rápida infiltração d água) ou o concreto asfáltico poroso. Geralmente utilizam-se mantas geotêxteis entre a base e o pavimento para evitar a entrada de finos (Figura 16).

48 34 Figura 16 Pavimento poroso, pavimento celular poroso e pavimento permeável (OLIVEIRA, 2002 apud ALMEIDA, 2004)

49 35 6 LEGISLAÇÃO Segundo Parkinson (2003), A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 21, estabelece que compete à União planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e inundações. O Estatuto da Cidade, aprovado em 2001, institui medidas jurídicas para a questão de adoção das medidas não-estruturais na drenagem. Um dos instrumentos é o direito de preempção (artigos 25 a 27) que trata da preferência, por parte do poder público, para compra de imóveis do seu interesse, no momento de sua venda. O objetivo desse instrumento é facilitar a aquisição, por parte do poder público, de áreas de seu interesse, para a realização de projetos específicos. Essas medidas ainda necessitam de um detalhamento maior para sua aplicação. De 1930 até 1990, o Departamento Nacional de Obras e Saneamento - DNOS era quem atuava na macrodrenagem dos municípios. Com a sua extinção, os municipalistas reivindicaram a criação de um órgão, que os auxiliassem a enfrentar os problemas da cidade, foi criado em 2003 o Ministério das Cidades. O saneamento básico esta sendo considerado setor prioritário por este órgão, devido à falta de investimentos nos últimos anos (PARKINSON, 2003). Na Figura 17, vê-se que para o funcionamento do sistema de drenagem urbana necessita-se da gestão integrada dos recursos hídricos, controle da poluição ambiental e da infra-estrutura urbana.

50 36 Figura 17 Gestão das interfaces externas à cidade (PARKINSON, 2003) A Agência Nacional de Águas - ANA foi criada em 2000, através da Lei n.º 9.984, a qual instituiu como sua responsabilidade a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos - PNRH, cuja formulação é responsabilidade da Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente SRH (PARKINSON, 2003). Segundo a Lei n.º apud Parkinson (2003), cabe à ANA: Planejar e promover ações destinadas a prevenir ou minimizar os efeitos de secas e inundações, no âmbito do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, em articulação com o órgão central do Sistema Nacional de Defesa Civil, em apoio aos Estados e Municípios.

51 37 A legislação utilizada como critério para projetar a drenagem urbana se baseia em leis federais, estaduais e municipais, as quais vê-se a seguir. 6.1 Legislação Municipal Segundo a Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (2003), em 1990, os municípios brasileiros promulgaram suas leis orgânicas, conforme disposto na Constituição Federal de No Estado de São Paulo, em razão da iniciativa de associações técnicas interessadas em recursos hídricos, cerca de 300 municípios, aproximadamente 50% dos existentes, incluíram dispositivos sobre recursos hídricos nas respectivas leis orgânicas. E os temas mais freqüentes são: - Proteção e conservação dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos; - Racionalização do uso da água para abastecimento urbano, industrial e irrigação; - Zoneamento de áreas inundáveis e sujeitas a riscos de escorregamentos; - Estabelecimento de restrições e proibições ao uso e edificação nas áreas impróprias ou críticas; - Implantação de sistemas de alerta e de defesa civil para garantir a saúde e segurança pública em eventos hidrológicos indesejáveis; - Previsão de disposição adequada de resíduos sólidos, de forma a evitar o comprometimento dos recursos hídricos tanto em quantidade quanto em qualidade;

52 38 - Disciplina dos movimentos de terra e retirada da cobertura vegetal para prevenir a erosão do solo, assoreamento e a poluição dos corpos d'água; - Controle das águas pluviais, de forma a mitigar e compensar os efeitos da urbanização no escoamento das águas na erosão do solo; - Informação à população sobre os benefícios do uso racional dos recursos hídricos, sua proteção conta à poluição, e a desobstrução dos cursos d'água. A legislação municipal utilizada para a drenagem urbana, se baseia nas seguintes leis e diretrizes (Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica, 2003): - Lei de Uso e Ocupação do Solo, a qual estabelece a ocupação do solo, incluindo as várzea e áreas inundáveis, a porcentagem de permeabilidade que se deve deixar no lote; - Plano Diretor Estratégico do Município, o qual especifica sobre educação ambiental, controle de erosão e assoreamento, controle de retenção e do escoamento da fonte, controle de ocupação de várzeas e áreas inundáveis, elaboração para o Plano Diretor de Drenagem Urbana, aumento da permeabilidade (pavimentos porosos), controle de cargas difusas (poluição), revegetação e impacto zero. E têm-se exemplos de alguns municípios brasileiros que também adotaram outros dispositivos, que são: - A Lei das Piscininhas no município de São Paulo Lei n.º e Decreto n.º , o qual estabelece que em edificações a serem construídas com área igual ou maior que 500 m 2, ficam obrigadas a partir da regulamentação desta lei,

53 39 de construírem um reservatório de contenção de águas pluviais com o objetivo de diminuir a vazão de escoamento das águas pluviais em precipitações intensas; - Taxa de drenagem no município de Santo André - Lei n.º 7.606, sendo a sua arrecadação destinada à manutenção do sistema de drenagem urbana do município; - Critérios para a limpeza e manutenção da drenagem no município de Santo André Decreto n.º 1719, o qual especifica os equipes e critérios de manutenção do sistema de drenagem e de córregos; - Projeto de lei sobre o controle do escoamento das águas pluviais no município de Lins, o qual estabelece o controle de escoamento de águas pluviais na fonte (armazenamento e infiltração), aumento da permeabilidade (pavimentos porosos), controle de erosão e assoreamento, educação ambiental e critérios de urbanização e preservação da drenagem urbana; - Proposta de decreto elaborada em 2002 para regulamentar o controle da drenagem urbana, a qual estabelece o aumento da permeabilidade (pavimento poroso), controle do escoamento na fonte (armazenamento e infiltração) e impacto zero (restringe a vazão a jusante do empreendimento); - E a proposta de regulamentação para os municípios da bacia hidrográfica dos rios Juqueri e Baquirivu (regulamenta o controle da drenagem urbana), ou seja, o Plano Diretor de Macro-drenagem da Bacia do Alto Tietê (PDMAT), a qual estabelece a preservação da várzea (controle de ocupação), e critérios de urbanização e preservação da drenagem urbana.

54 Legislação Estadual De acordo com a Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (2003), têm-se as seguintes leis e decretos estaduais que legislam sobre recursos hídricos: - Lei de proteção dos mananciais Lei Estadual n.º 898 de 1º de novembro de 1975 e a Lei Estadual n.º 3.746/83 (modificação da lei n.º 898), a qual preserva a área de mananciais do Estado de São Paulo, que estabelece o uso do solo das áreas de interesse mencionadas, entretanto não se refere a drenagem urbana; - Lei de proteção e Recuperação das Bacias Hidrográficas Lei Estadual n.º 9.866/97, a qual estabelece as diretrizes e normas de proteção e recuperação das bacias hidrográficas de interesse do Estado de São Paulo, ou seja, regulamenta as ações das Agências de Bacias e estabelece as diretrizes a serem obedecidas por todos os agentes, incluindo-se os poderes públicos municipais; - Enquadramento dos corpos d água - Decreto Estadual n.º , de 22 de novembro de 1977, a qual estabelece a classificação oficial dos corpos d água com relação ao se padrão de qualidade, que é tido como marco-zero dos programas de conservação e preservação; - Lei de Outorga - Decreto Estadual n.º , a qual estabelece a necessidade de ação do poder publico em qualquer interferência relativa a um recurso hídrico, ou seja, instituindo o Regulamento da Outorga de Direitos de Uso dos Recursos Hídricos; - Portaria DAEE 717/96, institui a norma que disciplina o uso dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos do Estado de São Paulo, na forma da Lei Estadual n.º 6.134, de 02/06/88. A partir de sua aplicação, toda intervenção ou modificação

55 41 feita nos corpos hídricos paulistas passou a ser objeto de autorização do DAEE, inclusive aquelas relacionadas a drenagem, criando o mecanismo de ação e regulação estadual com poderes para zelar tanto pelo lado técnico como pelo legal. 6.3 Legislação Federal O FCTH (2003) menciona as seguintes leis e decretos federais sobre recursos hídricos: - O Código de Águas Decreto n.º /34, a qual dispõe sobre a utilização das águas do Brasil, sendo o primeiro código a tratar de água no país; - A Constituição Federal de 1988, a qual dispõe em seu artigo 21, inciso XIX, que a União instituirá o sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos; - O Código Civil, implementado pela Lei n.º , de 10 de Janeiro de 2002, o qual faz referência a drenagem pluvial em diversos artigos; - A Lei Federal n.º 9.433, de 8 de janeiro de 1997, que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos, criando o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos; - O Estatuto da Cidade Lei n.º , de 10 de julho de 2001, o qual impõe que as administrações municipais procedam a adequação dos seus Planos Diretores nas questões relacionadas com a regularização fundiária, loteamentos e uso do solo, ou seja, permite que o município atue no gerenciamento da drenagem urbana como ação para garantia do direito de cidades sustentáveis;

56 42 - Lei do Parcelamento do Solo - sendo alterada parcialmente pela Lei n.º de 29 de janeiro de 1999, e concede ao poder municipal, especificamente o poder de intervir sempre que necessário para atendimento da questão sanitária e de proteção ambiental.

57 43 7 MUNICÍPIO DE SÃO PAULO O município de São Paulo vem sofrendo ao longo dos anos com problemas de inundação e enchentes devido à concepção de seu sistema de drenagem que transfere o problema para jusante. Estes problemas ocasionam um alto custo para o Poder Público Municipal que precisa alojar a população afetada, manutenção emergencial dos sistemas de drenagem urbana como limpeza dos leitos dos corpos hídricos, limpeza do sistema viário afetado, e outros. A manutenção dos leitos dos corpos hídricos, ou seja, limpeza dos resíduos sólidos e outros detritos, devem ser feitos antes da época de chuva, para que caso haja enchentes na cidade, esta não seja mais prejudicada ao disseminar com o lixo nos corpos hídricos, doenças à população carente, piorando muito a qualidade de vida na cidade. Este estudo visa propor novas diretrizes para o Poder Público Municipal da cidade de São Paulo, tanto no âmbito de novas normas para a drenagem urbana, como taxas de isenção a população que cumpra as normas vigentes, ajudando a reter a sua vazão de escoamento de águas pluviais durante a precipitação para os sistemas de drenagem urbana existentes.

58 44 Como também a disposição de resíduos sólidos gerados pela população, deve ser encaminhada corretamente ao seu destino final, obedecendo a diretriz que estabelece que o resíduo sólido gerado deve ser depositado na guia da rua ou na calçada, somente no dia de sua coleta, para que a chuva, os animais e etc, não venham a arrastar estes resíduos para outro local. Considerando que (Anexo F): é competência do Poder Público prevenir o aumento das inundações devido à impermeabilização do solo e canalização dos rios naturais, como garantir uma cidade sustentável para a população; o impacto resultante da urbanização das cidades, como conseqüência a impermeabilização do solo, produz aumento de freqüência de inundações, piora da qualidade da água e aumento do transporte de material sólido, degradando o ambiente urbano; a preservação da capacidade de infiltração das bacias urbanas é prioridade para a conservação ambiental dos rios que compõem a macrodrenagem e dos rios receptores do escoamento das cidades; deve ser responsabilidade de cada empreendedor a manutenção das condições prévias de inundação nos rios da cidade, evitando-se a transferência para o restante da população do ônus da compatibilização da drenagem urbana.

59 Novas Diretrizes para o Poder Público Municipal Propõem-se novas diretrizes para o Poder Público Municipal, no âmbito de melhorar as condições da drenagem urbana nas cidades e a qualidade de vida para a população. Estas diretrizes são: - Controle de Drenagem em loteamentos (Impacto Zero), propõe a adoções de um reservatório de detenção/retenção (dependerá se o empreendimento irá utilizar a água retida para algum fim como, por exemplo, um espelho d água na área de lazer ou mesmo para a limpeza das ruas do loteamento ou rega de jardins e reservas do loteamento), sendo que desta água reservada não deverá ser escoada para o sistema de drenagem do município uma vazão maior que a anterior ao empreendimento. Pode-se considerar também um incentivo fiscal ou urbano ao empreendedor que utilizar em seu loteamento o conceito de Impacto Zero, dando a este o direito de construir além do permitido. - Piso Drenante, propor incentivos ao empreendedor que não impermeabilizar o seu loteamento por uma maior área de construção, ajudando assim na recarga do lençol freático e na redução da vazão de escoamento de águas pluviais para o sistema de drenagem urbana apoio dos sistemas de coleta seletiva e reciclagem como medida compensatória (Figura 18).

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