Tomada de posse dos Órgãos Sociais da União Distrital das. Instituições Particulares de Solidariedade Social de Castelo
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- Laís Valgueiro Neiva
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1 Tomada de posse dos Órgãos Sociais da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Castelo Branco (UDIPSSCB) Triénio 2006/ de Janeiro de 2006 Exma. Senhora Governadora Civil de Castelo Branco, Dra. [ ] Exmo. Senhor Director Regional da Segurança Social do Distrito de Castelo Branco, Exmo/a (os/as) Senhor/a (as/es), Senhoras e Senhores, Em meu nome pessoal e de todo o restante elenco que acaba de jurar o compromisso de estar sempre empenhado na defesa da União e dos interesses de todos os seus associados, agradeço a todos a honra da vossa presença neste acto singelo de tomada de posse dos órgãos sociais da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Castelo Branco (UDIPSSCB), para o triénio 2006/2008. Pessoalmente sinto-me honrado em ser reeleito e em continuar o trabalho então iniciado, cumprindo os meus deveres estatutários e dar continuidade ao lema então escolhido: «Mudar para melhorar». Julgo ser o sentimento de todos os empossados presentes nesta singela mas importante cerimónia para a vida futura da nossa associação. Atrevo-me a considerar que tive a confirmação das instituições de solidariedade do distrito, o que muito agradeço. Sabemos quais foram as maiores dificuldades para a União; porém, para cada uma que surgiu era obrigatório ter uma solução. No próximo triénio Tomada de Posse Triénio 2006/2008
2 assim será também e, ao nosso lema «Mudar para melhorar», acrescentaremos «Melhorar para ajudar». Antes de entrar em assuntos que serão do interesse de todos nós, permitam-me uma picardia: na matemática, «papão» para tantos alunos que actualmente frequentam o ensino escolar, existe o método de demonstração por absurdo. Suponhamos, e só por mera hipótese, que um governo decidia mudar a capital de Lisboa para Vila de Rei ou Oleiros. Daqui passávamos a ter os Ministérios todos, os serviços administrativos e tudo o que gira à volta deles, numa nova cidade capital. Era a riqueza para o interior, era o desenvolvimento económico e social, a cultura palpitava na zona do pinhal; tudo se fazia respeitando o ambiente. Era ver chegar belos comboios TGV, Alfa, ou lá o que quiserem chamar-lhes a trazerem homens de negócios ao nosso mundo interior, ao Portugal profundo. Uma bela maravilha. Estavam resolvidos os problemas do interior. Já não se voltava a falar em assimetrias regionais, em atraso do interior. Mas e o desenvolvimento social no seu todo? Será que deixávamos de ter Lares, Creches ou o Ensino pré-escolar com a qualidade que lhe é dada pelas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do nosso Distrito Cosmopolita a abarrotar de pessoas endinheiradas, negociantes, admiráveis, espectaculares, trazendo desenvolvimento e novas construções importantes ao interior do País? Mas a questão não acaba aqui. E os disfuncionais, os marginais, os toxicodependentes que não se adaptam a este tipo de vida, os órfãos, as vítimas de abusos, o que se faria por eles? Até parece que os problemas aumentariam. Não, não se fundaria de raiz a capital no interior do pinhal, no centro do país. Era absurdo; qualquer Governo chegaria à conclusão que o melhor é deixar as coisas como estão. Porque em primeiro lugar estão as pessoas logo como é demonstrado, a capital ficará em Lisboa e o resto é paisagem. Não há necessidade de mudança da capital. Seria um absurdo e os custos que tal empreendimento megalómano acarretaria Esqueçamos e ponhamos bem os pés no chão. Tenhamos fé: existirá sempre quem precise. Vamos ajudá-los. No último triénio, apesar das dificuldades, a União de Castelo Branco fez o que lhe competia e deixou algo feito. Acabou de vez o secretariado distrital. Tomada de Posse Triénio 2006/2008 2
3 Organizou-se minimamente. Teve acções pioneiras para o resto do país. Mas, no último ano, por questões de míngua financeira, fez-se o que se pôde, embora, com acções válidas, em prol das Instituições que quiseram aproveitar. Mas deixemos isso para quando da aprovação das contas do exercício do ano de E para o próximo triénio? A União irá cumprir e reforçar as competências que lhe são conferidas pelos seus próprios estatutos; conforme estes estipulam os seus objectivos serão preservar a entidade das IPSS, preferencialmente junto das pessoas, famílias e grupos socialmente mais carenciados, fomentando o exercício dos seus inalienáveis direitos de cidadania, respeitando a sua liberdade de actuação com respeito pela sua autonomia. Iremos continuar a promover e a assumir a defesa dos seus interesses contribuindo para o reforço da meritória intervenção das Instituições nas comunidades, bem como cooperar com quaisquer entidades públicas ou privadas, de boa fé, de forma transparente e com eficácia. Esta direcção compromete-se a envidar esforços para criar uma estrutura organizativa que possibilite a eficácia e a celeridade da actuação da União, defender as tarefas educativas e formadoras das Instituições na transmissão dos valores de solidariedade que defendem, respeitando a liberdade das famílias, respeitando os seus interesses e anseios no projecto de vida que escolheram; a direcção terá sempre uma filosofia de cooperação com as Instituições, o Estado e com as Organizações Não Governamentais (ONG s), através de contactos e acções de interesse mútuo com os seus representantes legais no Distrito. Intervir na Rede Social pois desde sempre defendemos a cooperação em rede e a efectivação de parcerias entre as próprias IPSS entre si, e entre estas e as autarquias locais, indo ao encontro da constituição de redes de solidariedade, como já vínhamos dizendo, quando se justificarem. A «crise», a conjuntura económica e social no país e na Europa é desfavorável e preocupante. Mas a fé que nos anima, baseada no exemplo das Igrejas Cristãs, com séculos de existência de ajuda à comunidade em geral, levou a que os leigos, com a sua orientação e incentivo, dessem continuidade voluntariamente, com sacrifício e abnegação, sendo sempre o elo de ligação entre as instituições de solidariedade e a comunidade que servem. Tomada de Posse Triénio 2006/2008 3
4 Não temos medo. Não nos consideramos «os pedintes». Mas antes somos os «arautos» da solidariedade a favor da protecção aos mais carenciados, os desprotegidos, os órfãos, os disfuncionais, sejam crianças e jovens vítimas de violência e abusos de toda a ordem, dos idosos e dos marginalizados. A maior violência é não falar, é não denunciar os problemas e não procurar encontrar-lhes soluções adequadas e duradoiras. A Rede Social, as CLAS, as Comissões de Protecção de Crianças e Jovens têm que ser impulsionadas nalguns concelhos do Distrito com acções de formação, com qualidade e sustentabilidade. A qualidade estará sempre presente nas acções a desenvolver, sensibilizando e motivando fortemente as Instituições de Solidariedade para um bom desempenho, próprio do século em que vivemos. Objectividade e transparência devem estar na ordem do dia das Instituições e da União. Só assim, poderemos reivindicar quando for caso disso. Seremos visitados por equipas de fiscalização. Porém, essas inspecções deveriam ter, inicialmente, um carácter amistoso mais motivador e pedagógico. Os melhores serão os escolhidos para fazer o bem. Fazer bem aos necessitados e fazê-lo bem. Com qualidade, mostrando que temos Instituições que prestam serviços que lhes conferem o direito de serem consideradas instituições de excelência. São IPSS do século XXI. Cooperação, trabalho em rede, parcerias, etc. são próprias deste século e conferem o direito reivindicativo às Instituições e à União. A UDIPSSCB será o que as instituições quiserem. Honestas e activas nas reivindicações justas. Só estas conferem o direito reivindicativo que nos assiste. Para terminar o que já vai longo, agradeço aos Colegas dos órgãos sociais que me acompanharam ao longo dos últimos três anos por se mostrarem sempre disponíveis no trabalho realizado e àqueles que, no próximo triénio, iremos trabalhar em conjunto, espero que a disponibilidade, a cooperação e a confiança, prevaleçam nos actos que iremos realizar. Agradeço ao pessoal administrativo que me acompanhou em todas as horas com boa vontade e dedicação no serviço, colaborando em toda a vida da União. Tomada de Posse Triénio 2006/2008 4
5 Agradeço à minha família, por vezes sacrificada em momentos e horas em que a minha presença era requerida e mais devida, particularmente à minha esposa, aqui presente, que paciente tudo suportou solidária para que eu pudesse, despreocupadamente, e de modo interessado levar para a frente e a bom porto, tudo o que me propunha fazer, sem horários, com esquecimento das mazelas que a afectam, já aposentada, sempre preocupada, muitas vezes descurando a própria saúde. Algumas vezes me chamou à razão e eu, teimoso, sempre fui fazendo o que era necessário fazer, mesmo em assuntos de mera gestão com o pensamento na ajuda aos mais necessitados, apoiando as IPSS e, por intermédio destas, os seus utentes, urgentemente necessitados de apoio. Atrevo-me a solicitar a ajuda da Comunidade à União, pois esta, ao apoiar as Instituições de Solidariedade Social, estará a ajudar as Pessoas Necessitadas no distrito. Um muito obrigado a todos, tenho dito. Tomada de Posse Triénio 2006/2008 5
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