Retorno ao crescimento sustentado exige a continuidade das mudanças estruturais

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1 Informativo da Confederação Nacional da Indústria CNI Ano 19 - nº 3 - jul./set Retorno ao crescimento sustentado exige a continuidade das mudanças estruturais O desenrolar do terceiro trimestre sedimentou a superação dos problemas desencadeados com a crise de confiança e a alta da inflação que se abateram sobre a economia brasileira no segundo semestre de Exatamente há um ano as cotações da moeda americana e o risco-país alcançaram seus valores máximos. Refletiam, às vésperas das eleições presidenciais, a forte incerteza sobre os rumos da economia. Em 2003, o terceiro trimestre mostrou uma evolução bem distinta. A inflação cedeu expressivamente na esteira da queda do risco-país e da taxa de câmbio o que permitiu o abrandamento da política monetária. O recuo nos compulsórios bancários e a queda de 6,5 pontos percentuais na taxa básica de juros parcialmente recuperaram as condições de crédito vigentes há um ano. Com isto, as expectativas para o último trimestre do ano são relativamente otimistas. A melhoria das condições de crédito inclusive com os estímulos criados pelos novos programas, como o microcrédito irá facilitar o acesso das famílias ao financiamento, possibilitando a reativação do consumo mesmo com o rendimento real em patamar reduzido. A queda da inflação, a despeito das elevadas taxas de desemprego, irá favorecer as decisões de comprometimento da renda futura por parte dos indivíduos. Ainda assim, o desempenho da economia real em 2003 será sofrível. O PIB deverá crescer menos de 0,5%, a menor taxa desde 2000, levando à queda da renda per capita. A indústria, o setor mais penalizado pela alta dos juros, irá mostrar queda. O resultado da atividade só não será pior devido à sustentação das exportações e ao desempenho do setor agropecuário. Os principais componentes domésticos da demanda o consumo das famílias e o investimento das empresas permaneceram deprimidos, travados pela corrosão da renda real e pelas incertezas que tornam opacas as expectativas quanto aos projetos de investimento. A questão maior é como transformar a reativação econômica que deverá florescer no final deste ano, movida pelo crédito, em condições objetivas do início de uma retomada sustentada da economia. Políticas macroeconômicas sólidas e convencionais são condições necessárias à estabilização dos preços e dos indicadores financeiros. Todavia, são insuficientes para gerar o ambiente de confiança adequado ao retorno do investimento em larga escala. Este depende da construção de condições objetivas em relação à evolução da demanda, da confiança no futuro e no pleno funcionamento das regras de mercado, ainda não adequadamente presentes na economia. O provimento destas condições depende de um conjunto de políticas de natureza microeconômica que se encontram em processo de construção. Dizem respeito a questões regulatórias, bem como à definição das políticas para o setor produtivo, inclusive a política industrial, e suas prioridades. Neste aspecto, não se pode desconsiderar os efeitos microeconômicos da mudança no sistema tributário. Estes dizem respeito à alocação dos recursos, à operação cotidiana das empresas e principalmente às decisões de investimento. Realizar uma reforma tributária que não atenda a estes princípios, mas somente às necessidades de extração tributária e sua repartição entre os entes de governo, significa desconhecer uma das principais causas da estagnação recente da economia brasileira. O preço pago pelo aumento contínuo da carga tributária sobre as empresas e famílias é o baixo crescimento. Não perceber isto conduz a equívocos e a uma visão míope do futuro. Felizmente, a conjuntura mundial, que nos foi adversa nos últimos anos, gradualmente torna-se mais favorável: as taxas de juros permanecem reduzidas, os mercados financeiros em ascensão e as pressões de custo controladas. As economias industrializadas devem registrar maior crescimento, inclusive o Japão, o que irá se refletir no comércio internacional. Esta é uma janela de oportunidade que não podemos desperdiçar. Ainda que influenciada pelas condições externas, a queda no risco-país é principalmente determinada pelas condições internas. A queda mais pronunciada das taxas de juros domésticas, cruciais para a retomada do investimento, refletem, em última instância, o risco-país, que, por sua vez, é determinado pela situação de longo prazo das contas públicas. É possível ganhos adicionais neste campo. Para aproveitar ao máximo este potencial, é necessário aprofundar as mudanças estruturais internas. A agenda é conhecida: definir com clareza e sem ambigüidades o marco regulatório; aprovar uma reforma tributária que melhore a eficiência do sistema tributário, aumente a competitividade do produto brasileiro e reduza as dificuldades operacionais às empresas; promover a agenda da melhoria das condições de financiamento interno, com o aumento da oferta de crédito e a redução do custo do capital; e reduzir a rigidez das relações de trabalho de modo a permitir a dinamização do mercado de trabalho e o crescimento da renda. São ações estruturantes que, ao lado de uma política fiscal responsável, irão determinar a transformação do Brasil e a construção de uma economia sólida. Esta é a condição maior para a construção do crescimento sustentado, que irá naturalmente gerar, de forma permanente e sem o aumento da carga, os recursos tributários que o equilíbrio fiscal exige.

2 ATIVIDADE ECONÔMICA E EMPREGO Dados sugerem fim da recessão No início do segundo semestre de 2003, a economia brasileira continuava sem mostrar sinais de recuperação. Não obstante, os últimos resultados referentes ao nível de atividade sugerem o fim da recessão. A produção e as vendas industriais vêm se mantendo relativamente estáveis nos últimos meses e, provavelmente, voltarão a crescer no último trimestre do ano. Desse modo, ainda é possível que o ano não registre uma retração do produto interno bruto (PIB) do Brasil, embora o mesmo não se possa esperar do produto industrial. No segundo trimestre do ano, o PIB acelerou o movimento de queda. Em termos dessazonalizados, verificou-se uma redução de 1,6% contra uma queda de 0,6% no primeiro trimestre do ano em comparação com o trimestre anterior. Tal movimento deve-se, sobretudo, ao fraco desempenho da indústria, cuja queda no segundo trimestre foi de 3,8%. Cabe ressaltar, no entanto, que a produção agropecuária também se reduziu no trimestre (1,2%), a primeira queda desde o segundo trimestre de trim98 1trim99 1trim00 1trim01 1trim02 1trim03 Fonte: IBGE PIB dessazonalizado 1990 = 100 A demanda interna continua bastante reprimida em razão das altas taxas de juros e da redução na renda das famílias. A queda na atividade só não foi maior em razão das exportações, o que explica o bom desempenho do setor agropecuário e o péssimo desempenho da indústria de construção civil. A recuperação do produto dessa indústria, que se verificava em 2002, sofreu um forte revés em No segundo trimestre do ano, o nível de produção da construção civil situou-se 11% abaixo do registrado em igual período de Ainda que em menor intensidade, a indústria de transformação também registrou redução na produção no segundo trimestre, de 2% na comparação com igual trimestre de O poder de locomotiva da demanda externa vem, contudo, se arrefecendo. Em termos dessazonalizados, o componente exportações do PIB vem se mantendo relativamente estável desde o terceiro trimestre de Assim, ainda que o crescimento desse componente tenha sido de 30% com relação ao segundo trimestre de 2002, ao se comparar com o primeiro de 2003, o aumento foi de apenas 2,9%. Por sua vez, o componente consumo das famílias caiu de maneira ainda mais acentuada no segundo trimestre, o mesmo ocorrendo com o investimento. Apenas o gasto do governo mostrou algum sinal de crescimento, embora muito incipiente. As pesquisas conjunturais da CNI e do IBGE dão sinais de interrupção da queda na produção e nas vendas da indústria I II III IV 01-I II III IV 02-I II III IV 03-I II Fonte: IBGE * dessazonalizados Componentes do PIB* Base: 1999 = 100 Consumo das familias Exportação FBCF Tais indicadores, em termos dessazonalizados, mostram-se relativamente estáveis desde abril, embora tenham registrado uma queda algo acentuada em junho. No primeiro semestre de 2003, as vendas da indústria de transformação dessazonalizadas situaramse pouco acima das registradas em igual período do ano passado, mas ficaram 3,9% abaixo das do segundo semestre de A boa notícia é que o movimento de queda que se verificava desde novembro de 2002 aparenta ter cessado em abril deste ano. Desde então, o índice de vendas reais dessazonalizado da CNI vem apresentado pequenas oscilações. No que diz respeito ao índice de produção física do IBGE, os resultados são semelhantes. Tanto para a indústria de transformação quanto para a indústria geral (que inclui a indústria extrativa, mas não inclui a indústria da construção civil) os índices dessazonalizados médios do primeiro semestre de 2003 mantiveram-se no mesmo nível da média de igual período do ano passado. Já com relação ao segundo trimestre de 2002, verifica-se uma queda de 2% e 1,5%, respectivamente. As perspectivas para o último trimestre do ano são melhores, mas não muito favoráveis. Em julho, o Índice de Confiança do Empresário Industrial ICEI, calculado pela CNI, indicava uma certa estabilidade da produção industrial para os próximos meses (indicador de 51,9 pontos, pouco acima da linha divisória dos 50 pontos). É certo que as vendas industriais deverão crescer impulsionadas não só por fatores sazonais, mas também pelas recentes reduções na taxa SELIC e pela menor intensidade da inflação. Também se espera que tais acontecimentos tenham um impacto positivo na confiança dos empresários, porém, os efeitos sobre o nível de atividade só deverão ocorrer de maneira intensa no próximo ano. Não é de se esperar que o crescimento nas vendas e produção do último trimestre seja grande o suficiente para sobrepujar o franco desempenho da indústria durante este ano. Nossa expectativa é que a indústria brasileira encerre o ano de 2003 com um nível de produção abaixo do registrado no ano anterior. No que diz respeito ao PIB, é provável que o ano registre um crescimento com relação a 2002, mas não superior a 0,5%. Emprego na indústria segue em queda O emprego industrial seguiu mostrando um quadro pouco alentador no terceiro trimestre. A melhora da atividade econômica com o relaxamento da política monetária, se confirmada, só se refletirá no nível de emprego com defasagem e de forma gradual, de modo que a reversão da trajetória atual de queda dificilmente será observada ainda em O pólo dinâmico da geração de postos de trabalho continua sendo o segmento informal da economia, atenuando, mas não compensando, o crescimento da oferta de trabalho. 2 INFORME CONJUNTURAL Informativo da Confederação Nacional da Indústria jul./set. 2003

3 % da PEA Taxa de desocupação 14,0 13,0 12,0 11,0 10,0 9,0 8,0 mar/02 jun/02 set/02 dez/02 mar/03 jun/03 inflação nos meses subseqüentes reafirma a superação dos desafios enfrentados no começo do ano, em resposta à forte desvalorização cambial de Até mesmo o período de repique inflacionário representado pelo bimestre julho-agosto, de fortes altas nos preços administrados, não representou ameaça à trajetória de inflação. Na verdade, 2003 mostrou queda significativa da inflação na comparação com o mesmo período de anos anteriores, não só pelo comportamento dos preços administrados, mas também pela contenção dos preços livres. IPCA: resultados trimestrais Var.% média trimestral e em 12 meses Fonte: IBGE O pessoal empregado total na indústria de transformação (CNI) caiu em julho pelo segundo mês consecutivo na série livre de influências sazonais, acumulando queda de 0,3% no bimestre. A comparação com igual mês do ano anterior segue positiva, mas cadente: em julho foi de 1,07% e, no acumulado do ano, de 1,22%. O índice de pessoal ocupado assalariado do IBGE mostra trajetória mais persistente de queda: o recuo do indicador dessazonalizado de julho (-0,24%) foi o sexto consecutivo na indústria de transformação. Na comparação com o ano passado, os dados do IBGE também exibem piora na margem: queda de 1,2% em julho e de 0,29% no acumulado do ano. Em ambas as comparações, a queda é bastante disseminada, atingindo 10 dos 17 setores pesquisados. A taxa de desocupação, medida como a relação entre a população à procura de ocupação e a população economicamente ativa, mantém-se virtualmente estável em cerca de 13% desde maio (dados do IBGE). No entanto, como os fatores sazonais do período tendem a ser favoráveis à redução, a estabilidade, na verdade, sugere uma elevação da taxa de desemprego (a dessazonalização formal da série é limitada pela escassez de dados obtidos segundo a nova metodologia). A comparação com o ano passado também revela taxas de desocupação cerca de 1 ponto percentual mais elevadas. O aumento da taxa de desemprego tem se dado concomitantemente ao aumento do número de pessoas ocupadas, que cresceu, em média, 4,3% no trimestre encerrado em agosto em relação a igual período de O crescimento da demanda, no entanto, está muito aquém do crescimento da oferta de trabalho. O número de pessoas à procura de ocupação cresceu de 13% a 20% desde maio, quando comparado ao número correspondente no ano passado. O aumento da ocupação, por sua vez, é proporcionalmente mais intenso entre os empregados sem carteira e os trabalhadores por conta própria, cuja participação no total de ocupados subiu, em conjunto, 2 pontos percentuais nos últimos 12 meses encerrados em agosto. média do trimestre 2,5% 2,0% 1,5% 1,0% 0,5% 0,0% Fonte: IBGE Média do trimestre 12 meses no último mês do período 1tri02 2tri 3tri 4tri 1tri03 2tri jul-ago acum 12 meses Em agosto, a taxa do IPCA mostrou um leve aumento, de 0,2% em julho para 0,34%. Este resultado foi influenciado por reajustes de alguns preços administrados e pela diminuição no ritmo de queda dos preços agrícolas, com o início da entressafra. Os aumentos da energia elétrica em São Paulo e Belém e da taxa de água e esgoto no Rio de Janeiro e a reversão da queda dos preços da gasolina, com um leve aumento de 0,37%, determinaram o aumento de 0,86% dos preços administrados em agosto. Já os alimentos começaram a refletir o início da entressafra, com uma menor queda de preços. As pressões nos preços das carnes, típicas do 2º semestre do ano, já se fazem notar e se apresentaram como o único aumento de preços em um subgrupo da alimentação do IPCA. 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 Taxa de Câmbio R$ / US$ e 2003 Cotações nominais 18% 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% 1,5 PREÇOS, SALÁRIOS E CÂMBIO Alta recente da inflação não compromete trajetória de queda A trajetória de queda da inflação mensal, iniciada de maneira tímida nos primeiros meses do ano, aprofundou-se no fim do segundo trimestre, com queda no nível geral de preços. A taxa negativa do IPCA observada no mês de junho selou definitivamente sua resistência à queda. A manutenção de baixas taxas de jan02 fev02 mar02 abr02 mai02 jun02 jul02 Fonte: Banco Central ago02 set02 out02 nov02 dez02 jan03 fev03 mar03 abr03 mai03 jun03 jul03 ago03 Os preços no atacado também mostraram reversão na queda de preços observada a partir de maio com a valorização cambial. O IPA-DI registrou aumento de 0,7% em agosto, com pressão mais forte dos preços agrícolas (1,8%), em especial dos bovinos e do café. Os preços industriais também revelaram-se mais altos, depois de 3 meses em queda, com uma alta de 0,29%. A reversão da queda de agosto para setembro foi observada nos setores metalúrgico, mobiliário, papel e papelão, química, tecidos, vestuário e calçados e produtos alimentares. A pressão set03 INFORME CONJUNTURAL Informativo da Confederação Nacional da Indústria jul./set

4 maior, no entanto, reside nos preços agrícolas. Apenas 6 dos 15 itens com maior contribuição para o crescimento do IPA de agosto são do setor industrial. Os índices mais recentes do mês de setembro confirmam a sinalização de aumento da inflação. O IPC-S, por exemplo, fechou o período de 4 semanas findo no dia 22 de setembro com variação de 0,71% ( 0,6 ponto percentual mais alto que o registrado no fim de agosto). Nesta mesma comparação, o grupo alimentos reverteu a queda que vinha sendo observada. O mesmo comportamento dos alimentos foi observado no IPCA-15, com pressão das carnes (aumento de 3,5%). O índice geral, neste caso, dobrou de agosto para setembro. O IGP-M registrou variação de 1,18% no índice de setembro (período de coleta encerrado em 20 de setembro). Esta forte alta foi resultado de um aumento de 1,54% no IPA-M, cujos principais responsáveis foram os bovinos, soja e milho. O núcleo de inflação manteve sua trajetória de queda iniciada em março. O núcleo calculado pela CNI mediante a exclusão dos preços administrados e dos alimentos no domicílio ficou em 0,22%, depois de ter chegado a 2,06% em dezembro do ano passado. No acumulado em 12 meses, o núcleo ficou em 13% em agosto, caindo pela 2ª vez consecutiva. Para os próximos meses, a expectativa é de que alguns aumentos de preços administrados ainda ocorram, como energia elétrica e telefonia (cujos reajustes ainda se encontram em discussão), além das pressões dos preços dos alimentos. Em setembro, a inflação poderá dobrar. Para o ano, no entanto, mantém-se a expectativa de queda da inflação acumulada em 12 meses; em dezembro, esta não deverá se distanciar muito da meta ajustada de 8,5%. A alta da inflação em foi bastante forte, e seus efeitos sobre os salários reais, expressivos. Ao final dos cinco primeiros meses do ano, esta queda chegou a 8,1% no acumulado do ano para a série de salários reais médios da CNI. No período mais recente, com a redução das taxas mensais de inflação e passado um dos períodos de maior concentração das negociações salariais, a queda dos salários retrocedeu. Em julho, último dado disponível, a queda ficou em 7,5%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, as quedas observadas também são decrescentes, ficando em 5,7% na comparação de julho com o mesmo mês de Comportamento semelhante teve a série de folha de pagamentos real por trabalhador na indústria (IBGE). De janeiro a julho, a queda retrocedeu para 5,8%, depois de ter chegado a 7,2% no acumulado do primeiro trimestre. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a retração caiu para 2,3%, depois de ter chegado a 7,4% no mês de março. Custo Unitário da Mão-de-obra na Indústria Deflator: IPA prod. industriais / 1992 = jan/99 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 Elaboração CNI, com base em dados da CNI e do IBGE A queda dos salários reais determinou a forte queda no custo da mão-de-obra para a indústria. Usando como deflator o IPA produtos industriais, a queda dos salários médios foi de 18,8% nos primeiros sete meses do ano, na comparação com igual período de Assim, o custo da mão-de-obra, definido como o salário médio dividido pela produtividade, caiu 17,4%, um pouco amortecido pela queda da produtividade da indústria. Se os salários não representam uma ameaça à evolução da inflação, tanto do lado da demanda quanto pelo lado da oferta (como pressão de custos), tampouco o câmbio atua nesse sentido. Depois de um período de forte e continuada alta no fim do ano passado e início de 2003, a taxa de câmbio passou a mostrar uma trajetória extremamente favorável no que se refere à taxa de inflação, acumulando uma valorização de 18% no fim de abril. A partir de maio, o comportamento do câmbio mostrou-se mais estável, oscilando entre R$ 2,80 e R$ 3,00 por dólar, encerrando um período de três meses de queda. De fato, o coeficiente de variação das cotações do dólar caíram à terça parte dos primeiros quatro meses do ano ao período subsequente, encerrado no fim de setembro. Ainda que se tenha observado uma maior estabilidade da moeda nacional, no mês de agosto o real desvalorizou-se frente ao dólar em 4%. Esta desvalorização, no entanto, foi parcialmente revertida em setembro; assim, no fim deste mês o dólar estava cotado a R$ 2,92. O comportamento do dólar em agosto acarretou um pequeno recuo na valorização em termos reais do ano, de 21% em julho para 17% em agosto, na comparação com dezembro de Considerando-se a taxa de câmbio efetiva, que é uma média das moedas dos 10 principais parceiros comerciais do Brasil, esta valorização ficou em 15%. A diferença baseia-se no comportamento do euro e do peso argentino. O primeiro acumula uma valorização de 11%, devido ao processo de fortalecimento da moeda comum européia frente ao dólar. Pelo mesmo motivo, o real mostra uma valorização menor frente ao peso argentino, de 6%. O mercado de câmbio deverá manter-se estável no segundo semestre. Captações privadas e soberanas no mercado externo favoráveis e a oferta de dólares devido aos saldos positivos e crescentes da balança comercial garantem a oferta de moeda. Por outro lado, a entrada mais forte do Tesouro Nacional no mercado comprando moeda ajuda a sustentar a demanda do mercado de câmbio, indicando que o movimento de queda do dólar não deve prosseguir. A curto prazo, portanto, a taxa de câmbio não deverá mostrar valorizações ou desvalorizações significativas, oscilando pouco em torno da média atual em resposta, sobretudo, a fatores de natureza sazonal (como o aumento da demanda por divisas no final do ano). POLÍTICA MONETÁRIA Relaxamento intenso do 3º trimestre tende a desacelerar O terceiro trimestre foi marcado pelo relaxamento relativamente intenso da política monetária: foram reduzidas tanto a taxa básica de juros quanto as alíquotas de recolhimento compulsório sobre depósitos à vista. No entanto, as condições monetárias atuais ainda são mais apertadas que as vigentes há um ano. A taxa real de juros ex-ante e os depósitos compulsórios permanecem mais altos. Apesar disso, a ata da última reunião do Comitê de Política Mone- 4 INFORME CONJUNTURAL Informativo da Confederação Nacional da Indústria jul./set. 2003

5 Metas do Copom e taxa de juros real esperada Metas do Copom Taxa de juros real esperada 30,0% 25,0% 20,0% 15,0% 10,0% 5,0% 240,0 200,0 160,0 120,0 80,0 40,0 Operações de crédito com recursos livres R$ bilhões Pessoas físicas Pessoas jurídicas 0,0% Jan02 Abr Jul Out Jan03 Abr Jul Fonte: Banco Central / Elaboração CNI tária (Copom) sugere que o abrandamento da política monetária vai adquirir um ritmo mais lento nos próximos meses. De julho a setembro, a taxa básica de juros Selic foi reduzida em 6 pontos percentuais, após o recuo de 0,5 ponto promovido em junho. Embora pudesse ter sido maior, tendo em vista o patamar ainda elevado da taxa real de juros, a queda acumulada de 6,5 pontos percentuais revelou-se mais intensa que o esperado. O patamar atual, de 20% a.a., era, há alguns meses, esperado apenas para o fim do ano. Com isso, a curva de juros, que relaciona prazos e taxas, não apenas se deslocou fortemente para baixo, como sofreu uma inversão, passando de positivamente inclinada no primeiro trimestre, para negativamente inclinada no terceiro. A taxa do swap pré de 360 dias, proxy das taxas de juros de longo prazo, reduziu-se de cerca de 27% para 18% a.a. no período. Descontada a expectativa de inflação futura de acordo com o IPCA, a taxa de juros básica real encontra-se ligeiramente abaixo de 13%. A taxa Selic efetiva, a qual se dão as trocas de reservas bancárias, foi, em média, de 23% no terceiro trimestre, contra 26% no primeiro. A taxa efetiva tem se mantido ligeiramente abaixo da meta para a Selic, refletindo o excesso de liquidez no mercado monetário. Em agosto, esse excesso aumentou com a liberação dos depósitos compulsórios que, ao menos no primeiro momento, não se destinaram a operações de empréstimo. As vendas líquidas de títulos de curto prazo pelo Banco Central para retirar recursos do mercado aumentou em relação aos meses anteriores. O volume das operações de crédito do sistema financeiro sofreu uma pequena expansão nominal de 1,5% no trimestre encerrado em agosto. Nos últimos 12 meses, a expansão foi de 8,8%. Em ambos os casos, o crescimento ficou aquém da inflação acumulada no período, o que representa, de fato, uma retração do volume real de crédito na economia (de 11% nos últimos 12 meses, utilizando o IGP-DI como deflator). Considerando apenas as operações de crédito com recursos livres, observa-se redução do volume destinado às pessoas jurídicas (-1,7% no trimestre fechado em agosto) e crescimento do destinado às pessoas físicas (2,1%). No primeiro caso, a queda foi determinada pelos empréstimos de curto prazo (hot money) e pelos destinados às operações externas (ACC, export notes e outros), que refletiram o efeito da apreciação cambial sobre os saldos. Já o volume de crédito associado às vendas, como desconto de duplicatas e promissórias, teve pequeno crescimento no período. No caso das pessoas físicas, o saldo de todas as operações de crédito cresceu no trimestre até agosto, com exceção do cheque especial e do financiamento imobiliário. Em linha com o abrandamento da política monetária, as condições de prazo e custo dos empréstimos bancários com recursos livres melhoraram no trimestre de junho a agosto. Segundo 0,0 dez/01 mar/02 jun/02 set/02 dez/02 mar/03 jun/03 Fonte: Banco Central dados consolidados pelo Banco Central, a taxa anual de juros caiu de 57,8% em maio para 52,7% em agosto, favorecida, sobretudo, pela queda das taxas de captação. O spread bancário caiu menos: de 33,7 para 31,3 pontos percentuais. O prazo médio das operações de crédito aumentou em 5 dias corridos, para 222 dias, mas se mantém abaixo do prazo médio de um ano atrás (230 dias). As pessoas físicas têm se beneficiado mais que as jurídicas da melhoria das condições de crédito, o que pode se explicar, em parte, por uma queda maior da inadimplência entre as primeiras. O Conselho Monetário Nacional também reduziu a TJLP, vigente no último trimestre. Embora pequena, a queda, de 12% para 11% a.a., foi a primeira do ano. A base monetária caiu 2,8% em agosto em relação a julho, puxada pela queda das reservas bancárias compulsórias. No acumulado dos últimos 12 meses, a base monetária continua a mostrar expansão, mas esta é cadente desde março e já retornou aos níveis prevalecentes no primeiro semestre do ano passado. Dentre os fatores condicionantes da base, a movimentação da Conta Única do Tesouro acumulou um impacto expansionista de R$ 3,5 bilhões no trimestre até agosto. A liberação de depósitos das instituições financeiras também foi expansionista, mas os ajustes das operações do Banco Central com derivativos foram contracionistas em quase igual montante, de modo que o conjunto das operações com o sistema financeiro teve pouco impacto sobre a base. O enxugamento da liquidez foi promovido pelo Banco Central com a colocação líquida de títulos públicos no montante de R$ 10,4 bilhões no trimestre. Os meios de pagamento restritos (M1) também encolheram em agosto em relação a julho, ainda não refletindo os efeitos expansionistas da redução da taxa de juros e da alíquota dos compulsórios. A redução dos compulsórios dos bancos só teve efeito a partir do dia 20 de agosto, o que explica, em parte, a queda de M1; mas o crescimento do multiplicador da base monetária depende também do comportamento dos bancos, que, em agosto, transformaram parte das reservas compulsórias liberadas em reservas voluntárias. No acumulado em 12 meses, o crescimento de M1 foi extraordinariamente baixo (1,4% em termos nominais), o que se explica, sobretudo, pela base de comparação elevada: há um ano, a dificuldade do governo de rolar a dívida pública levou a um aumento da monetização da economia, processo revertido ao longo de Em agosto de 2002, M1 representava 6,2% do PIB contra 5,5% em agosto último, enquanto as quotas dos fundos de renda fixa aumentaram sua participação de 19,5% para 23,2% do PIB. De um modo geral, os ativos financeiros voltaram a ganhar importância na esteira da recuperação da confiança na economia. Os meios de pagamento amplos (M4) aumentaram sua participação de 55,8% para 57,1% do PIB nos últimos 12 meses até agosto. INFORME CONJUNTURAL Informativo da Confederação Nacional da Indústria jul./set

6 A curto prazo, não há razões para que o Copom interrompa a queda da Selic, embora uma desaceleração seja provável. A inflação continua a se comportar bem, gradualmente convergindo para as metas da política monetária. A estabilidade da taxa de câmbio na vizinhança de R$ 3,00 e a queda do prêmio de risco para menos de 700 pontos são outros fatores favoráveis ao relaxamento da política monetária. Na ausência de choques, a meta de inflação de 5,5% em 2004 deve ser cumprida sem dificuldade e permitir a redução da taxa real de juros para apenas um dígito. Ainda assim, o ritmo de queda da taxa de juros tende a se tornar mais gradual. A defasagem com que a inflação responde à política monetária requer tempo para a avaliação do impacto das medidas já adotadas. No cenário mais provável, portanto, a taxa Selic de dezembro deve se situar entre 17% e 18% a.a. POLÍTICA FISCAL Arrecadação cai com o esfriamento da economia O aumento de alíquotas e a introdução de novos tributos não impediu que a arrecadação de impostos sofresse os efeitos negativos da desaceleração da atividade econômica em No trimestre junho-agosto, a arrecadação dos impostos e contribuições administrados pela Receita Federal e das demais receitas caiu 12,0% descontada a inflação do IGP-DI em comparação com o mesmo período de Excluídas as receitas atípicas, a queda se reduz um pouco, para 8,6%, mas é ainda significativa. A tendência de queda da arrecadação real é observada desde o final do ano passado. À exceção das receitas agrupadas no segmento outros, que inclui aquelas obtidas no âmbito do Refis, todos os demais grupos de tributos tiveram queda no período. As contribuições sociais, que respondem atualmente por quase a metade da arrecadação total das receitas federais, caíram 11%; a mesma queda foi registrada pelo imposto de renda, responsável por 34% do total arrecadado no ano. As quedas mais intensas foram observadas na arrecadação conjunta do imposto de importação e IPI vinculado às importações (32%) e do IPI (17%). Apesar da queda da arrecadação real, o resultado primário do Tesouro seguiu fortemente superavitário até agosto, acumulando nos primeiros oito meses do ano saldo positivo de R$ 48,7 bilhões. Incluídos o déficit de R$ 14,0 bilhões da Previdência Social e de R$ 121 milhões do Banco Central, o resultado primário do Governo Central até agosto foi de R$ 34,6 bilhões, 50% maior que o do mesmo período do ano passado. A despeito do aumento das despesas discricionárias do Tesouro (custeio e capital) no segundo Arrecadação das receitas federais e linha de tendência A preços de agosto de IGP-DI jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 Fonte: SRF semestre, estas seguem mais baixas, em termos nominais, que no ano passado (-8,9% em agosto). Incluídos os pagamentos de benefícios e os gastos com pessoal, as despesas totais do Governo Federal em agosto subiram 10,7% quando comparadas a 2002, contra um crescimento de 16,0% das receitas, líquidas das transferências a estados e municípios. No acumulado do ano, as receitas e despesas cresceram, respectivamente, 14,4% e 9,1%. O superávit primário do setor público consolidado, calculado pelo Banco Central a partir da variação da dívida fiscal líquida ( abaixo da linha ), acumula até agosto um total de R$ 49,3 bilhões, 32% maior que o acumulado nos primeiros oito meses de Dentre os entes públicos não financeiros incluídos no resultado, apenas as empresas estatais tiveram redução do superávit no período (13,5%). Como proporção do PIB, esse montante corresponde a 4,91%, segundo os dados preliminares do Banco Central. Essa proporção é 0,50 ponto percentual maior que no mesmo período do ano passado e se encontra acima da meta de 4,25% do PIB fixada para 2003, mas o fluxo acumulado em 12 meses se encontra em declínio desde junho, tendo chegado em agosto a 4,35% do PIB. O declínio do fluxo em 12 meses decorreu sobretudo do resultado das empresas estatais federais; o resultado acumulado pelo governo central, ao contrário, cresceu no período. O superávit primário e o ajuste cambial continuam sendo os principais fatores limitativos do crescimento da dívida líquida pública. Mas enquanto o último vem perdendo importância, diante da interrupção da trajetória de apreciação do real, o superávit primário é fator de importância crescente. A incidência de juros nominais, de 6,63% do PIB no acumulado até agosto, é o principal responsável pela expansão da dívida, que subiu de 56,5% para 57,7% do PIB desde dezembro. O baixo crescimento do PIB nominal também contribuiu para a expansão da relação dívida/pib até agosto. A queda dos juros, a relativa estabilidade da taxa de câmbio e a retomada do crescimento são fatores que ensejam a queda da dívida líquida a curto prazo; não obstante, um resultado em dezembro inferior ao do ano passado é improvável. Dezembro 2002 Agosto 2003 R$ milhões % PIB R$ milhões % PIB Saldo , ,74 Variação acumulada no ano , ,21 Fatores condicionantes , ,66 NFSP , ,44 Primário , ,19 Juros nominais , ,63 Ajuste cambial , ,69 Outros ajustes 753 0, ,76 Reconhecimento de dívidas , ,15 Privatizações ,23 0 0,00 Efeito crescimento do PIB -10,17 0,55 Fonte: BC BC Evolução da dívida líquida - fatores condicionantes O Projeto de Lei do Orçamento da União para 2004 tem como metas resultado primário do orçamento fiscal e da seguridade social de R$ 42,4 bilhões e resultado primário das estatais federais de R$ 12,2 bilhões. Isso significa que, da meta de superávit primário de 4,25% do PIB para o setor público consolidado em 2004, mais de 70% seriam de responsabilidade do Governo Federal. A estratégia da União de chamar para si a maior parte da responsabilidade pelo ajuste fiscal aumenta a probabilidade de sucesso, mas, do total de R$ 342 bilhões orçados como receitas líquidas, R$ 30 bilhões ainda estão condicionados à proposições legais em tramitação no Congresso, aí incluídas as reformas tributária e da previdência. 6 INFORME CONJUNTURAL Informativo da Confederação Nacional da Indústria jul./set. 2003

7 SETOR EXTERNO Acentua-se o ajuste do setor externo Os resultados surpreendentemente favoráveis da balança comercial ao longo do ano vêm acentuando o ajuste do setor externo em Em agosto, pelo quarto mês consecutivo, o saldo em transações correntes foi superavitário, reforçando a expectativa de fechar o ano próximo do equilíbrio. Por outro lado, a oferta de recursos externos, embora inferior à de 2002, continua aumentando, em resposta à crescente recuperação da confiança dos investidores externos na economia brasileira. Com isto, o saldo global do balanço de pagamentos, exclusive as operações de regularização do FMI, atingiu um superávit de US$ 1,3 bilhão, mostrando uma recuperação de US$ 6,1 bilhões frente ao déficit de US$ 4,8 bilhões dos primeiros oito meses de Do lado dos fluxos de financiamento, o destaque positivo é a perspectiva de melhora no ingresso de investimentos diretos estrangeiros (IDE) líquidos, após um primeiro semestre de resultados fracos: os IDE alcançaram apenas US$ 186 milhões em junho e uma média de US$ 583 milhões na primeira metade do ano. Em julho, a entrada líquida de IDE, no valor de US$ milhões, surpreendeu positivamente, voltando a mostrar-se expressiva em agosto, com uma entrada líquida de US$ 980 milhões. Para os últimos cinco meses do ano, o Bacen prevê uma média mensal de US$ 1 bilhão, indicando, também, alguma recuperação na captação de IDE. Registre-se, além disso, que a nova emissão soberana em setembro, no valor de US$ 750 milhões, abre caminho para novas captações privadas, como já vem ocorrendo, com impactos positivos sobre a conta capital e financeira em O superávit em transações correntes em agosto, de US$ 1,2 bilhão, elevou o saldo positivo acumulado no ano a US$ 2,5 bilhões, o que significa uma recuperação de US$ 11,2 bilhões frente ao déficit de US$ 8,7 bilhões registrado em igual período de Embora todos os componentes da conta corrente venham contribuindo positivamente para esta melhora, o desempenho da balança comercial é o principal determinante deste resultado, respondendo por 87% da recuperação do saldo em transações correntes. O déficit com serviços e rendas diminuiu 6% e o superávit em transferências unilaterais aumentou 36% na comparação entre janeiro-agosto de 2002 e de Na conta de serviços, a rubrica viagens internacionais voltou a registrar superávit em agosto, após 3 meses consecutivos de déficit, um resultado favorecido pela queda da taxa de câmbio. Na conta de rendas, por sua vez, tanto o déficit com juros quanto com lucros e dividendos apresentaram reduções moderadas no período. A evolução da balança comercial em 2003 reforça as expectativas de um superávit comercial bastante robusto no ano, com um acentuado aumento em relação a Em setembro, o saldo comercial atingiu US$ 2,7 bilhões, praticamente repetindo o recorde registrado em agosto. Com este resultado, o superávit no ano elevou-se para US$ 17,8 bilhões, mostrando-se superior em US$ 9,9 bilhões ao saldo de US$ 7,9 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior. Embora o fraco desempenho das importações tenha alguma participação no acentuado aumento do saldo comercial, o seu elemento fundamental tem sido o expressivo crescimento das exportações no ano, com uma contribuição de 93,2%. No acumulado do ano, a média diária das importações registra queda de 1,4%, refletindo a fraca absorção doméstica. A baixa demanda por importações em 2003 fica mais evidente quando se observa o aumento de 7,5% nos preços das importações totais na comparação entre as médias de janeiro-agosto de 2002 e de 2003, um resultado fortemente influenciado pelo acréscimo de cerca de 29,3% nos preços de combustíveis. De acordo com dados da Funcex, o quantum importado caiu 10,6% no mesmo período de comparação, refletindo o mesmo movimento em todas as categorias de uso, com destaque para as acentuadas quedas de 34,7% e de 19,5%, respectivamente, para bens de capital e bens de consumo duráveis. Não obstante, o resultado de setembro (aumento de 10% do valor médio diário) dá sinais de retomada das compras externas, o que não chega a surpreender em razão dos fatores sazonais. Ademais, com a provável retomada no nível de atividade e o menor preço dos importados na comparação com igual período do ano passado, as importações deverão mostrar crescimento no último trimestre do ano Exportações e Importações Acumulado em 12 meses (US$ bilhões) Exportações Importações 40 Jan97 Jan98 Jan99 Jan00 Jan01 Jan02 Jan03 Fonte: MDIC No acumulado do ano até setembro, as exportações atingiram US$ 52,1 bilhões, com um acréscimo de 21% em relação ao mesmo período de Todas as classes de produtos exportados cresceram no período, com os básicos e os semimanufaturados registrando as maiores taxas, de, respectivamente, 20,6% e 26,8%. Não obstante, a expansão nas vendas externas dos manufaturados (18,6%) continua respondendo pela maior parcela do aumento das exportações totais em No acumulado até setembro, os produtos manufaturados registraram um aumento absoluto de US$ milhões frente ao mesmo período de 2002, representando 49,2% do aumento das exportações totais. Embora o aumento dos preços externos venha contribuindo positivamente para o desempenho das exportações, especialmente dos produtos semimanufaturados, o crescimento no quantum exportado, de 18% no acumulado do ano até agosto frente ao mesmo período do ano anterior, tem sido o principal determinante do crescimento das exportações em O aumento do excedente exportável, em decorrência da obtenção de uma safra agrícola recorde e do quadro recessivo da economia doméstica, a retomada das vendas externas para a Argentina e a celebração de acordos comerciais são alguns dos fatores que explicam o aumento do quantum exportado, mesmo diante da valorização da taxa de câmbio real no ano. Em suma, os resultados acumulados na conta comercial do País até o mês de setembro sugerem que o superávit em 2003 poderá superar os US$ 20 bilhões, mesmo diante da expectativa de recuperação das importações, com a esperada retomada da atividade econômica em geral. As exportações devem continuar crescendo no último trimestre do ano, sustentadas pelas vendas externas de manufaturados para a Argentina e, também, para outros mercados em que vêm obtendo acréscimos expressivos, como para os Estados Unidos. INFORME CONJUNTURAL Informativo da Confederação Nacional da Indústria jul./set

8 ESTATÍSTICAS Indicador Unidade Fonte Período PIB 4ºtri02 1ºtri03 2ºtri03 total Var% mesmo IBGE 3,44% 2,00% -1,39% agropecuária trimestre do IBGE 3,43% 8,58% 3,25% indústria ano anterior IBGE 6,92% 2,94% -3,64% serviços IBGE 1,68% 0,78% -0,02% Atividade Mai03 Jun03 Jul03 Vendas Industriais Reais Var% mesmo mês CNI -0,18% -2,97% -3,94% Produção Industrial (Ind. Transfomação) do ano anterior IBGE -0,64% -1,44% -3,05% Utilização da Capacidade Instalada % no mês CNI 80,4% 78,9% 79,2% Jan03 Abr03 Jul03 Indice de Confianca do Empresário Faixa de 0 a 100 CNI 58,9 57,2 51,9 1tri03 2tri03 3tri03 Ìndice Nacional de Expectativa do Consumidor Out97 = 100 CNI 98,0 106,3 102,6 Emprego Mai03 Jun03 Jul03 Pessoal Empregado Total Var% mesmo mês CNI 1,47% 1,28% 1,07% Horas Trabalhadas na Produção do ano anterior CNI 1,11% 0,45% 0,28% Jun03 Jul03 Ago03 Taxa de Desemprego Aberto % no mês IBGE 13,00% 12,80% 13,00% Salários Mai03 Jun03 Jul03 Salários Reais Var% mesmo mês CNI -7,22% -5,14% -4,74% Salário Real por trabalhador do ano anterior -8,50% -6,17% -5,75% Acumulado Índices de Preços Ago03 no ano 12 meses IPCA Var % IBGE 0,34% 7,22% 15,07% IGP-DI Var % FGV 0,62% 4,94% 22,01% IPA Var % FGV 0,70% 3,16% 25,86% Produtos Industriais Var % FGV 0,29% 4,88% 25,28% Taxa de Câmbio Set03 % s/ Dez02 % s/ Set02 Cotação R$/US$ comercial R$/US$ Banco Central 2, ,39% -12,55% Ago03 % s/ Dez02 % s/ Ago02 Taxa de Câmbio Efetiva / defl.ipa Prod.industrial 1ºsem.94=100 CNI 104,08-15,28% -15,50% Juros Ago03 Set03 Média ano Selic % a.a. Banco Central 23,50% 21,02% 25,06% Jul03 Ago03 Média ano Aplicação Pessoa Física (prefixada) % a.a. Banco Central 77,90% 74,50% 82,28% Aplicação Pessoa Jurídica (prefixada) % a.a. Banco Central 51,70% 50,10% 52,27% 2tri03 3tri03 4tri03 TJLP % a.a. padronizada Banco Central 12,00% 12,00% 11,00% Necessidade de Financiamento do Setor Público Jun03 Jul03 Ago03 Conceito Nominal % do PIB - 12 meses correntes Banco Central 5,47% 6,03% 6,18% Conceito Primário % do PIB - 12 meses correntes Banco Central -4,43% -4,38% -4,35% Divida Líquida Total % do PIB Banco Central 59,64% 61,86% 62,48% Títulos Federais fora do BC % do PIB Banco Central 41,82% 43,40% 43,55% Acumulado Setor Externo Set03 no ano 12 meses Exportações US$ milhões Secex Importações US$ milhões Secex Saldo Comercial US$ milhões Secex Acumulado Ago03 no ano 12 meses Transações Correntes US$ milhões Banco Central Jun03 Jul03 Ago03 Investimento Estrangeiro Direto Líquido US$ milhões Banco Central EXPEDIENTE: INFORME CONJUNTURAL - Unidade de Política Econômica - Ano 19 n o 3 julho/setembro de Publicação trimestral Equipe técnica: Flávio Castelo Branco (coordenador), Maria do Perpétuo Socorro de Lima, Renato da Fonseca, Simone Saisse Lopes, Suzana Squeff Peixoto Silveira. Editoração: UNICOM / Área de Produção Gráfica. Confederação Nacional da Indústria. Rua Mariz e Barros, 678, Cep Rio de Janeiro - RJ - Tel: (21) / 9513/ Fax: (21) Home Page: sac@cni.org.br Documento elaborado com dados disponíveis até 01 de outubro. 8 INFORME CONJUNTURAL Informativo da Confederação Nacional da Indústria jul./set. 2003

7.000 6.500 6.000 5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 - -500-1.000 fev./2010. ago./2011. fev./2012. nov.

7.000 6.500 6.000 5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 - -500-1.000 fev./2010. ago./2011. fev./2012. nov. 4 SETOR EXTERNO As contas externas tiveram mais um ano de relativa tranquilidade em 2012. O déficit em conta corrente ficou em 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), mostrando pequeno aumento em relação

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