COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
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- Jessica Teixeira Dias
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1 Real mais valorizado Durante a semana do dia 22 a 29 de julho, o mercado ficou à espera da ata do Copom que confirmou a intenção do Banco Central em trazer a inflação para o centro da meta, praticamente descartando um afrouxamento monetário no curto prazo. O IGP-M de julho surpreendeu positivamente, fechando em 0,18% no mês abaixo das expectativas de mercado. Contudo, a inflação esperada para os próximos 12 meses apresentou alta (0,13 p.p.) derrubando a taxa real de juros ex-ante para 7,33% a.a.. No cenário externo, o Fed anunciou a manutenção da política monetária, com destaque para o tom otimista com relação ao desenvolvimento da economia norte americana. Porém, os dados do PIB do 2T16 apontaram crescimento menor que o esperado, o que elevou a aversão ao risco e desvalorização do dólar. O Banco Central japonês divulgou novos estímulos no programa de recuperação econômica, embora menor que o esperado pelo mercado. Vale destacar a forte queda (7,1%) na cotação do petróleo. Expectativas de inflação IPCA Próximos 12 meses 7,5% 7,0% 6,5% 6,0% 5,5% 5,0% Fonte: Focus BC 5,55% Fonte: Focus BC Projeções IPCA % Mediana-agregado 29/07/2016 Há 1 semana Há 4 semanas Jul 0,41 0,40 0,38 Ago 0,30 0,30 0, ,21 7,21 7, ,20 5,29 5,43 Inflação Implícita Em 12 meses 9% 8% 7% 6% 5% Fonte: Anbima 6,18% O IGP-M surpreendeu em julho, fechando em 0,18% no mês, abaixo das expectativas de mercado. As medianas das projeções no boletim Focus para a inflação de julho apresentaram alta de 0,01 p.p. na semana, encerrando em 0,41%. Já para agosto permaneceu em 0,30%. Com isso, a mediana para 2016 estacionou em 7,21% e em 5,20% para 2017, com redução de 0,09 p.p.. Rompendo com a tendência declinante, o IPCA esperado para os próximos 12 meses apresentou alta de 0,13 p.p., totalizando 5,55%. Já a inflação implícita nas negociações de títulos públicos teve retração de 0,09 p.p., fechando em 6,18%. Comportamento Semanal de Mercado Página 01
2 Taxa de juros Swaps DI pré Taxa Real de Juros Ex- ante a.a. 16% 15% 14% 13% 12% 13,29% a.a. 9% 8% 7% 6% 5% 7,33% Estrutura a Termo das Taxas de Juros a.a. 14,5% 14,0% 13,5% 13,0% 12,5% 12,0% hoje Meses 29/07/ /07/ /07/2016 A série do swap DI prefixado de 360 dias fechou a semana com crescimento de 0,01 p.p., totalizando 13,29% a.a., apesar de ter atingido 13,34% na quinta-feira. Como a inflação esperada apresentou alta (0,13 p.p.), a taxa real de juros ex-ante retraiu 0,13 p.p., encerrando em 7,33% a.a.. A ata do Copom reforçou a disposição do Banco Central em atingir o centro da meta no próximo ano, o que levou o mercado a reduzir as apostas em um corte no curto prazo. Esse movimento levou a ligeira queda na inclinação da curva de estrutura a termo da taxa de juros, com declínio de 0,06 p.p. no vértice de três anos. Comportamento Semanal de Mercado Página 02
3 fev/16 Taxa de câmbio e cupom cambial Real/US$ Cupom Cambial Limpo 5,5% 4,5% 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 3,25 3,5% 2,5% 1,5% 2,7% 2,3% 12 meses 24 meses Dollar Index Índice Emergentes , ,57 60 Cesta de Moedas: Euro, Iene japonês, Libra esterlina, Dólar canadense, Coroa sueca e Franco suíço. Cesta de Moedas: Lira turca, Rublo russo, Rand sul-africano, Florim húngaro, Real, Peso mexicano, Peso chileno, Reminbi chinês, Rupia indiana e Dólar de Singapura. Fonte: JP Morgan O dólar perdeu valor frentes às principais moedas do globo. O pronunciamento do Fed em tom mais otimista levou o mercado a elevar as probabilidades de alta na taxa de juros ainda esse ano. Entretanto, a divulgação do PIB do 2T16 abaixo das expectativas aumentou a aversão ao risco no cenário externo, desvalorizando o dólar. Na semana, o real valorizou-se 0,2%, com o dólar encerrando em R$ 3,25. Após o Banco Central japonês anunciar um pacote de estímulos adicionais à economia o iene apresentou alta de 3,8%. O Dollar Index caiu 2,0%, fechando em 95,53 pontos. Já o índice com moedas emergentes ficou em 68,57 pontos aumento de 0,5%. A queda do cupom cambial (1,9 p.p. no ano para o vértice de 12 meses) segue beneficiando as captações externas. Comportamento Semanal de Mercado Página 03
4 Bolsas Índice Bovespa em mil ,308 Bolsas 29/07/2016 Variação Semana Mês 12 meses Bovespa ,5% 9,7% 14,1% Nasdaq ,2% 6,2% 1,0% S&P ,1% 3,4% 3,1% Dow Jones ,7% 2,7% 3,8% Nikkei ,3% 5,7% -18,4% Xangai ,1% 1,6% -21,4% Quadro comparativo Índice Bovespa US$ em mil ,696 Na semana, o índice Bovespa diminuiu o ritmo de crescimento (0,5%), acumulando alta de 9,7% em julho. Já as bolsas americanas encerraram com queda, devolvendo parte dos ganhos das semanas anteriores, exceção a Nasdaq com variação de 1,2%. O cenário de elevada liquidez internacional continua beneficiando o mercado acionário. Comportamento Semanal de Mercado Página 04
5 Risco soberano e commodities Credit Default Swap (CDS) Pontos-base País 29/07/2016 Semana Mês 12 meses Brasil Reino Unido França Espanha África do Sul Chile México Rússia Quadro Comparativo CDS Variação em pontos-base Petróleo Brent última cotação US$ ,46 A semana foi marcada pela maior aversão ao risco, com elevação do prêmio do risco soberano de países emergentes. O CDS brasileiro elevou-se quatro pbs, alcançando 291. Na semana, as maiores altas ficaram com México (12) e Rússia (11), que fecharam a semana em 152 pbs e 239 pbs, respectivamente. Em sentido oposto, apresentaram quedas na semana o CDS da França (um) e da Espanha (quatro). O preço do petróleo tipo Brent fechou a semana com forte queda (7,1%), cotado US$ 42,46. Em julho, o preço da commodity acumulou retração de 14,5%. Comportamento Semanal de Mercado Página 05
6 fev/16 fev/16 Volatilidade Dólar 35% 30% 25% 20% 15% 5% 10,7% Pré-ano 17% 16% 15% 14% 13,29% 13% 12% Ibovespa A volatilidade da taxa de juros prefixada encerrou em 13,29% ante 13,28% na semana anterior, permanecendo próximo a mínima da série. Já para a série do dólar e do Ibovespa 40% apresentaram quedas, 3,4 p.p. e 6,7 p.p., na ordem, fechando em 10,7% e 13,2%, 30% respectivamente. 20% 13,2% A volatilidade é calculada com base no desvio padrão anualizado da média móvel de 21 dias úteis dosretornos diários dosíndices. Comportamento Semanal de Mercado Página 06
7 Assessoria Econômica Av. Paulista, 949 6º andar Bela Vista CEP: São Paulo SP Telefone: (5511) Fax: (5511)
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fev/15 FED sinaliza ritmo mais lento para a alta dos juros Ainda que cercada de incertezas originadas por eventos não econômicos, a semana de 11 a 18 de março sinalizou moderação do processo de normalização
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Condições financeiras comprometem a retomada Expectativas A manutenção da crise cambial na Turquia refletiu-se na alta volatilidade dos ativos financeiros e na aversão ao risco. Assim, o dólar apreciou-se
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Arrecadação fraca e aumento de imposto Os dados do Caged apontaram a criação líquida de apenas 9,8 mil empregos em junho. Observa-se a deterioração no sentimento de confiança do empresário industrial medido
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Dois aumentos ainda em 2016? Expectativas de inflação Os ruídos no mercado refletiram as interpretações de Stanley Fischer Vice-presidente do Federal Reserve acerca do pronunciamento de Janet Yellen em
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Deterioração do risco Expectativas Recrudesceu a aversão ao risco, com a desaceleração da economia mundial, alteração da postura do Fed, indicando a manutenção da taxa básica de juros entre 2,25% e 2,50%
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Encaminhamento favorável Expectativas A decisão do Copom em manter a taxa básica em 6,50% a.a. enfatizou o balanço de riscos para inflação, particularmente a reação dos prêmios à evolução das reformas
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Semana negativa Com a elevação da aversão ao risco, o dólar apresentou uma apreciação de 2,04%. Contribuíram o reconhecimento do Federal Reserve de que a inflação já esteja na meta e as tensões geopolíticas.
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Atividade econômica cresce no 3T17 Com a primeira aprovação da reforma tributária na Câmara dos EUA, houve arrefecimento na aversão ao risco dos ativos dos países emergentes. O dólar desvalorizou-se em
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nov/15 Mais um complicador O destaque da semana foi o ajuste na alocação de ativos que foi realizado após a eleição presidencial nos EUA. Com a decisão e em meio de fortes incertezas, as promessas de aumento
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IBC-Br cresce 0,3% no 2T17 Na semana, configurou-se um cenário global mais favorável ao apetite por risco, com o aumento dos preços das commodities e apreciação das moedas emergentes. Por outro lado, incertezas
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fev/16 abr/16 mai/16 jun/16 Espaço para flexibilização monetária Com uma variação de 0,38% a menor para janeiro desde 1994 o IPCA acumulou uma alta de 5,4% em 12 meses, contra 6,3% no fechamento de 2016.
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