Recuperação - 2ª Etapa Ensino Médio

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1 1 LITERATURA 3º ANO ENS. MÉDIO PROFESSOR(A): ERENICE CARVALHO NOME: Nº Observe: QUESTÃO 01: A partir dos textos acima, conceitue intertextualidade e cite os tipos mais comuns.

2 2 QUESTÃO 02: Conceitue paráfrase e paródia. QUESTÃO 03: Identifique as figuras de linguagem nas frases abaixo: A) Seguia o céu, ora de dia, ora de noite. B) As calçadas riram de tamanho embaraço da mocinha em cima do salto. C) Quase morreu de tanto rir das gracinhas do professor. D) Os rios correm como serpentes. E) A face de neve corou-se de repente. F) O sol acorda os campos com sua voz dourada. G) A vida é um eterno mar de rosas. H) Ah! se trotassem os cavalos do motor. I) Admiro o marfim de teus dentes. J) Ganho o pão com o suor do meu rosto. K) A Cidade-Luz continua bela e majestosa.

3 3 L) Sempre li Paulo Coelho. M) Os olhos, magnetizados, escutam. N) Sabia de cor milhões de desculpas. O) A vida é sombra que foge. P) Passei as últimas férias na Veneza brasileira. Q) Perdi-me dentro de mim porque eu era labirinto....muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Todos os amigos foram estudar a geologia dos campos santos. (Machado de Assis) Desculpe-me por ter sido longo quando deveria ser breve. As quatro pernas da mesa eram torneadas. QUESTÃO 04: As figuras de linguagem identificadas nas frases acima são, RESPECTIVAMENTE A) ( ) metáfora, eufemismo, antítese, catacrese. B) ( ) personificação, metáfora, paradoxo, catacrese. C) ( ) metonímia, sinestesia, catacrese, prosopopeia. D) ( ) Hipérbole, ironia, paradoxo, animismo. E) ( ) Metáfora, metonímia, paradoxo, catacrese. Leia o texto: Novos provérbios Quem não deve não treme. Quem tudo quer tudo pede. Um dia a caspa cai. NUNES, Max. O pescoço da girafa. São Paulo: Cia. das Letras, 1997, p. 37. QUESTÃO 05: Em relação ao texto lido A) ( ) é uma paródia, já que utiliza provérbios conhecidos para criar novos, a fim de gerar humor. B) ( ) o autor, somente por meio da inclusão de um fonema em uma palavra de cada frase, altera o sentido tradicional dos provérbios provocando uma paráfrase. C) ( ) percebe-se que a intenção do autor é transcrever literalmente as palavras dos provérbios conhecidos, com a intenção de reforçar as ideias presentes neles. D) ( ) pode-se afirmar que o autor reproduziu fielmente os provérbios, mantendo as ideias originais. E) ( ) observa-se que o autor apropria-se de outro texto na construção de um novo, que inverte o sentido do texto original, tendo como intuito criticar a cultura popular.

4 4 QUESTÃO 06: (FEMG) Sobre o romance de 30 (segunda geração modernista) e seus principais autores, é correto dizer, EXCETO: A) ( ) Os autores do período abandonam a idealização romântica e a impessoalidade realista, para apresentar uma visão crítica das relações sociais e o impacto do meio sobre o indivíduo. B) ( ) Os dois mais conhecidos romances de Graciliano Ramos evidenciam dois níveis da miséria humana. Em Vidas Secas, causada pela pobreza extrema, em São Bernardo, fruto da ambição desmedida. Em ambos, a linguagem dá ênfase para o essencial. C) ( ) Nas obras que compõem o ciclo da cana-de-açúcar, José Lins do Rego recria a realidade dos trabalhadores da região canavieira a partir de recordações da infância. Entre as obra que compõem esse ciclo está Menino de engenho. D) ( ) Rachel de Queiroz, autora da obra O Quinze, imprimiu um jeito próprio nas obras regionalistas que criou: mesmo falando da seca e da miséria, não deixou que a linguagem fosse contaminada pelos temas. Manteve-a agradável, recheada de amenidades e poesia. QUESTÃO 07: É lícito sobre os ficcionistas da terceira fase do Modernismo, EXCETO o que consta em: A) ( ) João Cabral de Melo Neto é um escritor guiado pela razão e pela lógica, sem jamais resvalar para o sentimentalismo, o que não impede que o poeta faça poesia de denúncia social como Morte e vida severina. B) ( ) A ficção de Clarice Lispector é inovadora: aprofunda a sondagem psicológica, rompe com a linearidade narrativa, dá vasão ao monólogo interior, sem, entretanto, apresentar complexidade e dificultar o entendimento do leitor. C) ( ) Autor de obras famosas, Sagarana, Primeiras estórias, Grande Sertão: veredas, Guimarães Rosa retoma a linha regionalista, acrescentando algumas novidades: o sertão universalizado e a linguagem recriada de forma radical. D) ( ) João Guimarães Rosa e Clarice Lispector são os principais responsáveis pela transformação da prosa de ficção. O trabalho com a linguagem e a introspecção psicológica ganham uma importância muito grande. QUESTÃO 08: Cite duas características das seguintes tendências contemporâneas da literatura brasileira: A) Poesia tropical: B) Poesia concreta: C) Poesia social: D) Poesia marginal:

5 5 QUESTÃO 09: Reconheça a tendência contemporânea da poesia nos textos abaixo. A) Se sara sarar d saramp sara será sereia p is sara nã seja um anj merece um s l de banj Chacal B) O preço do feijão não cabe no poema. O preço do arroz não cabe no poema. Não cabem no poema o gás a luz o telefone a sonegação do leite da carne do açúcar do pão [...] C) D) Minha terra tem palmeiras onde canta o tico-tico Enquanto isso o sabiá vive comendo o meu fubá Ficou moderno o Brasil ficou moderno o milagre a água já não vira vinha vira direto vinagre (...) Cacaso QUESTÃO 10: Quais são os autores mais expressivos da terceira fase moderna?

6 6 QUESTÃO 11: Faça uma explanação sobre o estilo de Guimarães Rosa. QUESTÃO 12: (Enem-MEC) O trecho a seguir é parte do poema Mocidade e morte, do poeta Castro Alves: Oh! eu quero viver, beber perfumes Na flor silvestre, que embalsama os ares; Ver minh alma adejar pelo infinito, Qual branca vela n amplidão dos mares No seio da mulher há tanto aroma... Nos seus beijos de fogo há tanta vida... Árabe errante, vou dormir à tarde À sombra fresca da palmeira erguida. Mas uma voz responde-me sombria: Terás o sono sob a lájea fria. Esse poema, como o próprio título sugere, aborda o inconformismo do poeta com a antevisão da morte prematura, ainda na juventude. A imagem da morte aparece na palavra: A) ( ) embalsamada. B) ( ) infinito. QUESTÃO 13: (Enem-MEC) C) ( ) amplidão. D) ( ) dormir. E) ( ) sono. E considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas. Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade. Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! Minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico. O poeta Carlos Drummond de Andrade escreveu assim sobre a obra de Rubem Braga: (BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana.) O que ele nos conta é seu dia, o seu expediente de homem, apanhando no essencial, narrativa direta e econômica. (...) É o poeta do real, do palpável, que se vai diluindo em cisma. Dá o sentimento da realidade e o remédio para ela. Em seu texto, Rubem Braga afirma que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. Afirmação semelhante pode ser encontrada no texto de Carlos Drummond de Andrade, quando, ao analisar a obra de Braga, diz que ela é: A) ( ) uma narrativa direta e econômica. B) ( ) real, palpável. C) ( ) sentimento de realidade. D) ( ) seu expediente de homem. E) ( ) seu remédio.

7 7 QUESTÃO 14: (Enem-MEC) Érico Veríssimo relata, em suas memórias, um episódio da adolescência que teve influência significativa em sua carreira de escritor. Lembro-me de que certa noite eu teria uns quatorze anos, quando muito encarregaram-me de segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros curativos num pobre diabo que soldados da Polícia Municipal haviam cameado (...) Apesar do horror e da náusea, continuei firme onde estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode aguentar tudo isso sem gemer, por que não hei de poder ficar segurando esta lâmpada para ajudar o doutor a costurar esses talhos e salvar essa vida? (...) Desde que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me animado até hoje a ideia de que o menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos nosso posto. (VERÍSSIMO, Érico. Solo de clarineta.) Nesse texto, por meio da metáfora da lâmpada que ilumina a escuridão, Érico Veríssimo define como uma das funções do escritor e, por extensão, da literatura: A) ( ) criar a fantasia. B) ( ) permitir o sonho. QUESTÃO 15: (UFS-SE) C) ( ) denunciar o real. D) ( ) criar o belo Um movimento um movi mento compondo além da nuvem um campo de combate E) ( ) fugir da náusea O poema anterior representa a poesia concretista SOBRETUDO: A) ( ) liga a palavra e o contexto extralinguístico, estabelecendo uma ponte e a vida social. B) ( ) propõe uma arte mais comunicativa, voltada para problemas reais. C) ( ) se relaciona com as artes plásticas e com a música. D) ( ) joga com as palavras, criando estruturas que se ligam visualmente.