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2 Índice 1) Panorama Macroeconômico ) O Poder da Ancoragem ) Performance ) Entendendo as Commodities ) Como se Analisa uma Empresa? ) O Futuro do Trabalho ) Algumas Tendências Tecnológicas para ) Anatomia do Medo Brasileiro quanto as Bolsas de Valores ) Expectativas para ) Apêndices

3 1) Panorama Macroeconômico O ano de 2008 em retrospectiva A partir da metade do ano de 2007, os mercados financeiros mundiais começaram a viver algumas situações bizarras. Coisas que não faziam muito sentido ou nexo, que eram contra o que qualquer livro-texto de economia ou mesmo contra o próprio bom senso prega começaram a acontecer. Historicamente, nas finanças mundiais um ou outro fator esquisito sempre existiu. A diferença é que a partir dessa época foram muitas coisas estranhas, e todas ao mesmo tempo. A comunidade financeira na época se dividiu entre dois grupos, sendo que ambos estavam errados. Para uns tratava-se de um simples ruído, que não tinha qualquer importância. Para outros, incluindo a equipe FCL Capital, talvez fosse um indicador de uma possível recessão vindoura, algum fato novo, mas jamais nós, ou qualquer outra empresa, imaginou que eles pudessem significar a crise que estava para surgir, e como o mundo iria mudar. Alan Greenspan, ainda em 2005 usou a expressão conundrum para classificar um fato que ele mesmo, uma das mentes econômicas mais brilhantes do século XX não conseguia entender. Por mais que o FED americano subisse as taxas de juros a vista, as taxas longas ou se mantinham inalteradas ou pior, continuavam a cair. Em outras palavras, a estrutura que precificava os juros futuros na maior economia do planeta estava começando a se mostrar insensível ao que fazia o próprio Banco Central daquele país! E isso viria a ser apenas o começo. O reitor da Universidade de Harvard, o brilhante economista Larry Summers fez em um seminário uma declaração onde fazia menção aos tempos loucos atuais onde países pobres liderados pela China tinham superávit e exportavam capital para os países ricos, liderados pelos Estados Unidos, onde estes últimos consumiam alem de suas possibilidades sustentáveis e se valiam da poupança dos países pobres para fechar a conta. Ora, claramente isso além de ir contra a lógica parecia querer dizer alguma coisa nova e inusitada. Algo que ninguém ainda sabia exatamente o que viria a ser. Mais ou menos nessa época o mercado financeiro começou a mostrar uma disposição incrível de produzir e consumir novos tipos de ativos e derivativos, que espalham riscos financeiros de uma forma nova no sistema. Destaque maior entre estes para os SIVs, que funcionavam como uma espécie de título de seguro onde o comprador passa a se proteger do risco de calote de um terceiro, que é assumido pelo tomador. Esse cadeia de riscos nova ao mesmo tempo que deu novas possibilidades de diluição de riscos aos participantes mostrou alguns contornos perversos ao espalhar o risco de uma maneira quase que impossível de se conter aos participantes do mercado, sobretudo bancos de investimento e seguradoras, na fase mais aguda da crise. 3

4 E claro o gatilho que acabou sendo o fósforo aceso ao lado do barril de gasolina. Um longo período de calmaria e crescimento mundial que fez os prêmios de risco no mundo caírem. Naturalmente, para manterem os retornos anteriores os investidores foram se alavancando, o que fez com que os prêmios de risco continuassem caindo e encorajando assim uma nova rodada de alavancagem por parte dos investidores até que todo o ciclo se rompeu com a disparada da crise mais severa em 70 anos. Crise financeira: Números em vermelho nos pregões de todo mundo. Agora que a poeira está começando a baixar, existe uma crescente corrente de economistas que afirma que o problema das hipotecas subprime em si foi exagerado. Tantas eram as deficiências da economia americana e mundial que se não fosse esse, algum outro estopim teria desencadeado a crise. Ainda estamos longe de saber se essa afirmação é verdadeira. De toda forma em nossa carta mensal de setembro demos um roteiro detalhado de como a crise se desencadeou, em um texto que escrevemos intitulado Os oito passos da crise financeira que se segue resumidamente a seguir: Passo 1- A desinflação mundial causada pelo ingresso de dois bilhões de chineses e indianos na economia de mercado, aliada a juros mais baios que o normal para fazer a economia mundial se recuperar da crise das empresas ponto com. Passo 2- Bolha de crédito e liquidez que acabou fazendo os preços dos imóveis alcançarem patamares irreais. 4

5 Passo 3- Esse longo período se marasmo incentivou os agentes financeiros a tomarem mais risco. Ao mesmo tempo crescia o uso de instrumentos financeiros complexos e que muitos usavam sem dominar completamente. Passo 4- Subitamente, o nível de crédito desaba, os tomadores de empréstimo começam a dar calotes em massa e o preço dos imóveis começa a despencar. Passo 5- Com o estouro da bolha imobiliária, a queda do preço das residências, e os calotes que se seguiram, os bancos e instituições financeiras que garantiam todo esse sistema começaram a sofrer prejuízos e ficar com pouco capital. Passo 6- Diante do sistema financeiro complexo de nosso mundo atual, nenhum investidor é capaz de saber até onde podem ir os prejuízos. Logo surge pânico generalizado em todo o sistema. Passo 7- Com esse cenário começa a haver contaminação de um mercado para o outro já que todo o sistema é interligado. Passo 8- Surge a ajuda governamental, que começa a fazer a crise ceder e o pânico esfriar. No dia 8 de fevereiro de 2007, Ben Bernanke, o presidente do FED, deu em seu depoimento semestral no senado americano a declaração de que a queda no preço das residências não afetaria a economia americana de maneira significativa. Alguns meses depois duas importantes empresas de hipotecas residências americanas faliram e o apresentador de um controvertido programa de dicas financeiras nos Estados Unidos chamado Jim Cramer deu gritos ao vivo em hoje uma das peças mais assistidas no YouTube 1 de que Bernanke estava sendo um acadêmico e não fazia idéia de quão terríveis estavam as coisas lá fora. Aos poucos bancos importantes tiveram que congelar os ativos e alguns de seus fundos e a situação parecia estar saindo do controle. No dia 21 de janeiro de 2008 os mercados americanos estavam fechados por causa do feriado de Martin Luther King mas os mercados do resto do mundo começaram a desabar. O FED finalmente então começou a cortar os juros mas já parecia ser muito pouco e muito tarde. Em março o banco de investimentos Bear Sterns, o quinto maior dos Estados Unidos anunciou sua concordata em razão de estar extremamente expostos aos produtos tóxicos e de pouca liquidez relacionados a hipotecas subprime. Os investidores passaram então a temer pelas suas grandes instituições hipotecarias americanas, a Fannie Mae e a Freddie Mac

6 No dia 13 de julho o secretário do tesouro John Pauson pediu poderes especiais ao congresso para uma injeção de recursos que livraria elas da insolvência iminente. Como a sociedade americana é extremamente liberal e não gosta da intervenção do Estado na economia, cada vez que alguma instituição americana era salva mais criticas ferozes eram dirigidas a Bernanke e a Pauson: Eu li os jornais hoje e achei que acordei na França ou em algum pais da América Latina. Mas não. O socialismo esta acontecendo aqui mesmo, nos EUA, com dinheiro dos contribuintes sendo usado para salvar instituições falidas, disse o senador republicano Jim Bunning, pouco depois da aprovação do plano de resgate das duas mega-instituições. No dia 21 de agosto, em um seminário especial de vários economistas de primeira importância ao qual Ben Bernanke também participou estava claro que a situação estava piorando e um colapso total no sistema poderia estar próximo. E ele chegou: No dia 15 de setembro, uma segunda-feira o banco Lehman Brothers, um dos maiores bancos do planeta, e que estava sob serias dificuldades não só pelas apostas erradas no mercado de subprime como pela falta de credito e confiança que já havia se alastrado no sistema, foi a falência. O mundo certamente irá lembrar das 48 horas seguintes como um período em que toda a economia mundial exibiu todas as características de um ataque cardíaco: nesse tempo tudo simplesmente parou de funcionar de uma forma que nem os mais antigos e experientes operadores nunca haviam visto. Os mercados acionários de todo o mundo registraram quedas de preços que pareciam não ter fim, os bonds e títulos de renda fixa mostraram aberrações e sinais de comportamento de manada e desespero, exportadores não conseguiram fechar exportações em diferentes cantos do mundo pois simplesmente não haviam ACC's (adiantamentos de contratos de câmbio) disponíveis, empresários viram suas empresas ameaçadas pois o credito havia sumido de uma forma completa. Durante o fim de semana anterior varias soluções haviam sido tentadas para que no domingo a noite, quando abrem os mercados acionários asiáticos alguma solução para o Lehman já tivesse sido alcançada. Mas devido as criticas anteriores e as incertezas do momento não se chegou a uma solução e a maior falência bancaria da historia aconteceu. No dia 17 de setembro os presidentes das maiores firmas americanas foram chamados para uma reunião de emergência e quando o dia já amanhecia ficou acertado que o governo faria de tudo para evitar novas falências e para reavivar os mercados mundiais de credito e ações que viviam um verdadeiro coma. Enquanto isso os empresários e banqueiros se comprometiam que na medida do possível continuariam fazendo negócios e emprestando um ao outro. 6

7 O governo americano então não deixou que nenhum negocio de grande porte falisse, e vários iriam falir. Sem dúvida o maior temor era com a AIG, maior seguradora do planeta e cuja falência geraria conseqüências desastrosas. Quando a AIG mostrou problemas o governo entrou em cena e passou a coordenar o processo. Desde desses momentos que ficarão para sempre na história, temos duas noticias, uma boa e outra ruim. A boa notícia é que com o tempo, e sentindo a retaguarda dos governos mundiais, a fase mais aguda do pânico nos mercados começou a ceder. A taxa libor por exemplo que mede a disposição dos bancos emprestarem uns a aos outros e vários indicadores da saúde do sistema financeiro mundial já mostram claramente sinais de uma tentativa de normalização, apesar de ainda estarmos longe de uma situação normal. A má noticia é que os eventos foram tão fortes e imprevistos que mesmo assim surgiu dessa crise uma recessão que tem tudo para se mostrar a mais forte e duradoura desde a segunda guerra mundial. Isso ocorre porque assim como o mercado financeiro responde a situação da economia mundial, também a economia reage conforme os mercados, em um processo de duas vias que o investidor George Soros chama de reflexividade. Ou seja, um stress tão forte sem duvida deixou sintomas amargos. O lado bom desta recessão é que muitas casas de investimentos, inclusive a FCL Capital acredita que por pior que seja a recessão, ela já está embutida nos preços dos mercados acionários (lembrem-se, os mercados antecipam as noticias boas e ruins) e por isso acreditamos que 2009 será um ano de alta para as bolsas mundiais, inclusive a brasileira. 7

8 2) O Poder da Ancoragem Como sabemos os jornalistas têm como dever profissional achar novos assuntos para suas reportagens. Da mesma forma que nos anos de alta dos índices acionários pipocavam diversas reportagens sobre os novos gênios e campeões da bolsa, nesse duro ano de 2008 foram muitas as reportagens sobre os grandes perdedores com a crise. Muitas nos chamaram a atenção. Algumas nos deixaram escandalizados. Em uma reportagem do mês de novembro um prestigiado jornal de economia do Brasil contou a história real de um investidor. Nessa carta vamos chama-lo de João da Silva. João caiu em lágrimas quando contou sua história para a jornalista do prestigiado jornal de negócios. Vejam só: Em 2004 João usou suas economias, que na época eram de R$ ,00 para aplicar em algumas ações brasileiras e no índice Bovespa. Com a alta da bolsa o investimento deu certo e João chegou a ter R$4 milhões de reais em sua conta. Ele era celebrado pelos seus colegas como um milionário da bolsa e como alguém que deu certo, segundo a reportagem do jornal. Eu me sentia rico, dizia João. E eu era rico. Mulheres se interessavam por mim, as pessoas me perguntavam sobre meus truques, acho que deixei tudo subir a minha cabeça... O final da história como vocês podem imaginar ocorreu com a crise de Os R$ 4 milhões de reais se transformaram em 1milhão de reais e João agora contava em lágrimas para a jornalista como se deixou enganar pelo mito da bolsa e que irá vender tudo assim que recuperar seu dinheiro perdido. Por que essa história nos deixa escandalizado? Se você ainda não notou é porque comete o mesmo erro irracional de João: Compartilha o poder da ancoragem. Ancoragem é a o fato de que números sem nenhuma importância as vezes tem efeito sobre nossa mente e sobre nossas decisões de negócios. João pode estar em lágrimas mas ele é uma historia de sucesso incrível. Se João tivesse usado seus R$ ,00 para aplicar tudo em títulos de renda fixa ele teria hoje aproximadamente R$ ,00, aproximadamente 30% a menos do que ele tem hoje. Se tivesse usado seus quinhentos mil reais para abrir um negócio - um restaurante, uma pousadinha, uma pequena construtora, uma loja, investido em ouro, ações de companhias estrangeiras, petróleo, um SPA, um MBA - absolutamente qualquer negócio que se possa imaginar com essa quantia de dinheiro, eu também poderia apostar que João não teria hoje um milhão de reais na sua conta. 8

9 Vamos admitir a realidade: Não há nenhuma outra coisa onde João poderia ter aplicado R$ ,00 em 2004 e ter R$ 1 Milhão hoje. E o mais importante, fazendo absolutamente mais nada. Olhando os últimos cinco anos, e reparem bem, estamos incluindo os resultados integrais da crise nessa conta, nenhum investimento superou a bolsa. Nothing. Nadie. Nadica de nada. Ou seja, ele aplicou na melhor opção entre todas. E ainda assim ele chorava pois a dor de ter perdido os R$ 3 milhões era muito maior que a felicidade de ter feito o melhor investimento possível e dobrado seu capital... Em ações o fenômeno da ancoragem também é visto o tempo todo. Muitas das ações listadas como as grandes perdedoras da crise são incríveis histórias de sucesso. Gerdau Metalúrgica, um alvo freqüente nessas listas, esteve cotada a R$ 60,00 em maio e está agora a R$ 20,00. O único detalhe é que estava a R$ 1,50 há seis anos atrás, e quem é acionista desde lá ganhou mais de 1000% nesse tempo, a despeito da crise. A BRmalls deu a seus idealizadores, a firma de private equity GP Investimentos e o investidor americano Sam Zell um retorno liquido de 40% em dólares em apenas um ano, mas as pessoas lembram apenas que sua ação já esteve cotada a R$ 25,00 e agora está a R$ 8,40 na data desta carta. Ora esses números não tem nenhuma importância e nenhuma relação com o momento quando o investimento foi feito e o momento atual (as duas únicas datas que deveriam ser observadas para se avaliar o quão bom foi um investimento). Aliás a ancoragem é vista em todo lugar. Pesquisas comprovam que as pessoas gastam mais em um restaurante chamado Café 77 do que em um exatamente igual chamado Café 17 por exemplo. Ou crêem que a África tem cerca de 70 nações quando perguntadas primeiro se são mais ou menos que 85 nações mas afirmam que o mesmo continente possui 40 nações quando perguntadas se são mais ou menos que 20 nações. Porque os brasileiros são vitimas particularmente frágeis da ancoragem? Porque com tantos anos de inflação nos acostumamos demais a achar que a correção dos preços era valorização do ativo e não temos ainda a cultura do risco, já bem estabelecida nos países de língua inglesa, que faz estes povos aceitarem perdas para no longo prazo terem ganhos maiores do que de outra forma. No Brasil, devido a situação precária das finanças do pais que ocorria até recentemente, nos acostumamos a ter retornos altos e sem risco na renda fixa, e ainda não nos sentimos confortáveis com oscilações, que irremediavelmente fazem parte do jogo nos mercados de renda variável. 9

10 Sei que uma palavra final tem que ser dita: Por mais que João tenha tido um retorno maravilhoso, de cerca de 20% ao ano fora os dividendos, vocês poderão dizer que se ele tivesse saído do mercado quando estava com R$ 4 milhões seu retorno teria sido maior. Isso sem dúvida. O problema é que ninguém sabe com exatidão como o mercado irá se comportar no curto prazo. Ninguém. E se acham que dizemos isso por incapacidade própria, ouçam então o mais bem sucedido investidor da história e homem mais rico do planeta: Eu ainda estou para conhecer uma pessoa que realmente consiga prever como o mercado irá se comportar no curto prazo. A única coisa que dá para se fazer é comprar boas empresas e esperar o desempenho operacional delas fazer o trabalho de valorizar seus papeis na bolsa, e não apostar no próprio desempenho dos papeis sem ligar para o desempenho operacional em primeiro lugar. Sejam gananciosos quando todos estiverem com medo e tenham medo quando todos estiverem gananciosos. Deixem os gestores das companhias fazerem o resto. (Warren E. Buffett) Portanto, João deveria enxugar suas lágrimas. Ele fez o melhor investimento possível. E ainda assim, seus amigos que estiveram na renda fixa e ganharam 30% a menos, ou amigos que investiram em negócios privados e viram suas economias chegarem a zero, conseguiram rir dele. Realmente racionalidade passa longe dos seres humanos em alguns momentos. 10

11 3) Performance Retorno Anual em R$ FCLCapital -39,11% Ibovespa -41,22% CDI 12,31% Poderíamos alegar muita coisa sobre nossa performance no ano de 2008.Poderíamos dizer o obvio: foi a pior crise financeira e o pior ano que qualquer um de nós já viveu. Desde a década de 1930 não se via nada assim. Fazíamos reuniões todo dia para entender o que se passava, eu, o Gustavo, o Marcos e também vários contatos de fora da FCL em diversas casas de gestão e realmente algo que todos concordam é que só a crise de 1929 pode ser usada como comparação válida para o que houve. Poderíamos também dizer que ainda assim, sendo um fundo de ações cumprimos nossa missão que é a de se sair melhor que o Ibovespa, como de fato nos saímos (o que em outras palavras significa que nos saímos melhor que a média ao navegar a crise). Poderíamos por fim dizer que a crise era bastante imprevisível. Eu acreditava que a economia americana e mundial estava bem situada e não enfrentava sérias ameaças e nisso alias eu tinha muita companhia: era o que quase todos os economistas, analistas e banqueiros de investimento e empresários do mundo acreditavam. Mas no final estávamos todos errados. E não alegaremos nenhuma dessas coisas para dizer que odiamos e que nos entristeceu profundamente nossa performance no ano de 2008.Não há meias palavras para isso. Me lembro nessa ocasião da entrevista do então técnico de futebol da seleção brasileira Carlos Alberto Parreira, logo após sua derrota na copa do mundo Na verdade nunca me preparei para estar aqui entre vocês(jornalistas) para explicar a derrota porque nunca achei que algo assim fosse acontecer. Também nós não estávamos preparados para exibir números assim para nossos investidores. Lógico que sempre enfatizamos que o negocio de ação sofre oscilações e requer pensamento de longo prazo e isso continuará a ser o caso. Mas números como os de 2008 não devem fazer parte de nosso negocio. Em retrospecto é possível dizer que não havia como cumprir o objetivo do clube em 2008, que é o de ganhar dinheiro em dólares. Isso porque todas as ações da bolsa sem exceção caíram em dólares, ao contrário da crise de 2002 por exemplo onde apesar da queda geral da bolsa muitas se beneficiaram. O normal nos anos de queda é isso: a bolsa pode cair, mas muitas ações individuais sobem mesmo assim. Não foi o que ocorreu em

12 Dizemos que não havia como cumprir o objetivo de obter rentabilidade em dólares porque no final das contas a melhor aplicação do ano( se é que fazer cambio pode ser considerado uma aplicação, o que na minha opinião não pode) foi a própria moeda americana. Logo todos os outros ativos se desvalorizaram diante dele: Ações, outras moedas, commodities, imóveis. Interessa nesse momento para nossos investidores saber que a confiança que temos em nosso modelo de negocio não está nem um pouco abalada: acreditamos que investir em ações de pequenas empresas na bolsa é um modelo diferenciado e de sucesso. Uma espécie de alquimia dos tempos modernos, e acreditamos firmemente em nossa proposta. Estamos mais motivados do que nunca e daremos sempre tudo de nos para recuperar nossa rentabilidade e o valor de nossas quotas. E como já dissemos no passado, fazemos o que pregamos: mais de 90% do meu patrimônio pessoal e uma parte considerável do patrimônio da minha família está investido em nosso clube de investimentos. Entramos em 2009 motivados e atentos e seguimos acreditando que esse é um ótimo momento de entrada nas bolsas mundiais. 12

13 4) Entendendo as Commodities Commodities são produtos básicos, homogêneos, de qualidade quase uniforme e de amplo consumo, que geralmente podem ser consumidos por uma ampla gama de empresas. Podem ser produtos de categorias diferentes: Agropecuários: café, trigo, soja, boi gordo Pesqueiros: peixe, camarão, lula Minerais: ouro, prata, minério de ferro, petróleo, estanho Industriais: tecido de algodão, poliéster Financeiros: moedas internacionais Ambientais: créditos de carbono O Brasil é um grande produtor e exportador de commodities. As principais commodities aqui produzidas e exportadas são: petróleo, café, suco de laranja, minério de ferro, soja alumínio. A variação dos preços dessas mercadorias está diretamente relacionada com a oferta e a demanda internacional. No meio da atual crise financeira observamos uma enorme queda nos preços de todas as diferentes commodities. Tal queda foi precedida por um período de impressionantes cinco anos consecutivos de altas expressivas e abrangendo o setor como um todo. Analisando o comportamento histórico do mercado de commodities podemos encontrar outros momentos comparáveis a este e que podem nos ajudar a responder a questão sobre as perspectivas para este mercado para os próximos anos. Ao final de 1998, há exatos dez anos, muitos mercados emergentes na Ásia, assim como o Japão se encontravam numa recessão (período de crescimento negativo do PIB), ao mesmo tempo em que a Rússia havia desvalorizado sua moeda e declarado que não pagaria sua dívida interna. Além disso, os EUA e o Reino Unido estavam entre países com diminuição do crescimento. De acordo com o jornal Financial Times, o mundo estava em profundo declínio econômico e as pessoas não queriam comprar petróleo. O FMI (Fundo Monetário Internacional), na sua mais recente reportagem, havia discutido intensamente o que deveria ser feito para lidar com a crise. Os comerciantes de petróleo sabiam a resposta: vender. Na segunda quarta-feira de dezembro de 1998 o preço de referencia internacional do barril Brent fechou no seu nível mais baixo da historia US$ 9,64. Esta era ecoa atualmente. As pessoas, hoje, também não querem comprar petróleo. A diferença, no entanto, é a velocidade da queda dos preços. Há apenas cinco meses, o Brent atingia recordes de altas, chegando a US$ 147,50. Nestas últimas semanas, foi comercializado por menos de US$

14 Além disso, o petróleo não foi a única commoditie a sofrer quedas dramáticas de preço, o índice referencial Reuters-Jefferies CRB, que inclui petróleo além de uma ampla gama de commodities como cobre e algodão, está despencando para o seu nível mais baixo em seis anos, após em outubro, sofrer sua maior queda em um único mês desde sua criação em A severidade da crise tem surpreendido tanto as indústrias, como comerciantes e investidores de commodities ao redor do globo. O boom das commodities de 2003 a 2008 foi o mais notável dos últimos cem anos tanto na sua magnitude, quanto na sua duração e no número de commodities atingidas. O repentino declínio traz a tona uma questão fundamental: Será este, apenas uma queda temporária no meio de uma tendência de alta que deverá se reverter no médio prazo, ou será a conclusão de um ciclo de alta e queda, com um período de preços relativamente estáveis pela frente? Mera Correção ou Fim da Alta? Preços das Commodities O senso comum entre a própria indústria e a maioria dos analistas de Wall Street é que o mercado esta passando por uma correção, e os anos de crescimento ainda não acabaram. Como muitos apontam, os principais drivers para o super ciclo de commodities como a forte resistência na demanda nos países emergentes e restrições da oferta causadas por uma falta de investimentos no setor por mais de 20 anos, assim como o crescimento no populismo ao lidar com recursos naturais estão intactos. Esta noção indica que está ocorrendo um reset do crescimento, não o fim, preços irão se reverter e continuarão crescendo. 14

15 Acrescentando, argumenta-se também que a crise de crédito que hoje está depreciando os preços enquanto as economias desaceleram poderá acabar criando fortes altas ao passo que as companhias param de investir em novos poços de petróleo, minas, agricultura, por falta de financiamento e preços baixos. Isto aponta para uma falta de oferta no futuro e potenciais preços mais altos quando a demanda se recuperar. Contudo, uma minoria crescente discorda com esta visão otimista. O Banco Mundial, com sua recente reportagem, no dia 9 de dezembro, vem sendo um dos mais expressivos alarmando que o boom das commodities chegou ao seu fim. Alguns executivos na indústria de recursos naturais concordam. Assim como em períodos de boom anteriores, este estaria se encerrando, ao mesmo tempo em que um período de solido crescimento econômico se encerra e dá espaço a uma recessão nos EUA, Europa, Japão e uma desaceleração aguda em países emergentes como a China. De acordo com o Banco Mundial, o rápido declínio dos preços de commodities desde a metade de 2008 é mais bem compreendido como mais um ciclo em um longo histórico de ciclos de preços de commodities. Fazendo ainda uma comparação com momentos similares como após o choque do petróleo e em após a segunda guerra mundial. Ambas essas bolhas também estouraram. Mesmo que os defensores deste argumento sugiram que os preços devam permanecer bem acima das baixas da década de 90, eles não prevêem um retorno para os níveis altíssimos do meio do ano. Isso por que uma mais lenta expansão da população e um enfraquecimento do crescimento da renda irão diminuir o crescimento econômico global e a demanda por commodities nas próximas duas décadas. Tais argumentos deixam de lado a noção de que a crise de crédito irá desencadear insuficiência de recursos no futuro devido ao arrefecimento dos investimentos. Qualquer aumento na demanda terá que, primeiro, lentamente absorver o atual cenário de dormência na capacidade das indústrias. De acordo com Andrew Burns, economista do Banco Mundial em Washington, certamente, não deveremos ter por um bom tempo outro boom atingindo uma ampla gama de commodities, durando tanto tempo e com tanta intensidade. Enquanto alguns acreditam que a diminuição da oferta em algumas áreas e em commodities como nas reservas maduras de petróleo do Mar Nórdico ou as antigas minas de ouro da África do Sul irão sustentar os preços mesmo que a demanda seja fraca. Porém, pessimistas dizem que a queda brusca da demanda deixará o sistema com bastante capacidade extra. 15

16 Cotações Escorregadias Cotação do barril crude de petróleo (US$ por barril) Ambos os lados possuem fortes argumentos, mas a história mostra que os períodos de boom das commodities duram cerca de uma década bem próximo da duração das últimas altas do petróleo. Independente das divergências, pessimistas e otimistas concordam que os próximos 12 a 24 meses não serão bons para commodities. O FMI prevê crescimento global de apenas 2,2 por cento para o próximo ano, com os países ricos sofrendo sua primeira contração econômica de um ano inteiro de extensão desde a segunda guerra mundial, e uma queda significativa no crescimento nas economias emergentes. Para Thomas Helbling, economista do FMI, especializado em commodities, a perspectiva de curto prazo para commodities é agora, mais pessimista. Os países emergentes possuem alto crescimento relativo, e por isso consomem mais energia e produtos básicos do que os países desenvolvidos, por terem altos investimentos em infra-estrutura e altos níveis de consumo de bens duráveis e não-duráveis. A China, o país que puxou a demanda mundial por matérias primas nos últimos cinco anos, está agora aliviando. De acordo com o Banco Mundial, o crescimento econômico chinês cairá para 7,5 por cento em 2009, sua maior baixa desde Os primeiros sinais de desaceleração foram disfarçados pelos Jogos Olímpicos, quando Pequim ordenou desativação temporária das indústrias pesadas. Com o fim dos jogos tornou-se aparente que a atividade industrial não estava voltando ao seu vigoroso ritmo anterior. Como resultado os preços das commodities foram afetados. 16

17 De acordo com Karmal Naqvi, diretor da área de commodities do Credit Suisse em Londres, os grande investidores de longo prazo mantêm suas posições em commodities. Nós não observamos nenhuma grande mudança no comprometimento com a classe de ativos das commodities a partir dos grandes investidores institucionais diz Naqvi. Mas ele admite que para clientes de varejo e fundos de investimento, o panorama mudou, acrescentando ainda: As atividades reduziram e nós esperamos ver ainda maiores liquidações nos próximos seis meses. Banqueiros, em geral, concordam que apesar de que quedas bruscas nos preços dos últimos meses poderem representar uma oportunidade de compra para investimentos de longo prazo, o ressurgimento da propensão à exposição de ativos com o risco das commodities é improvável, até que a crise financeira global diminua. Esta seria a marca de uma mudança significativa, pois desde , investidores começaram a assumir posições fortes em commodities. Alguns foram atraídos pelos altos retornos, outros operavam para se proteger contra a inflação, mas para todos a diversificação foi fundamental, seguindo o conceito de que os preços de commodities, normalmente, não seguem a mesma direção que títulos e ações. Até a metade de junho, as aplicações em mercados de commodities haviam pulado de US$10 bi em 2000 para US$270 bi. Nem todo o crescimento foi graças aos novos aportes, uma parcela significativa do crescimento é derivada da própria apreciação dos ativos. No entanto, de acordo com o banco de investimentos, Barclays Capital, as aplicações neste mercado caíram para US$211 bi no primeiro semestre do ano. Mas foram as quedas dos preços, mais do que as retiradas que se responsabilizaram pelo montante da queda. Agora, se os investidores voltarão ou não a apostar em commodities dependerá de qual visão prevalecerá: de que a atual queda de preços é apenas uma correção ou que a alta chegou ao fim. Porém, para investidores, executivos e banqueiros, os ciclos de alta e queda das commodities ensinam que extrapolar os eventos de hoje para o futuro pode ser a aposta errada. Há dez anos, neste mês, quando os preços de petróleo caíram para US$9,64 por barril, a compreensão comum era de que os preços estavam em descendência. As previsões atuais podem ser igualmente falhas. 17

18 Períodos de Pico do passado: Avaliando força, duração e abrangência. Características Comuns Período de Alta Crescimento global real (média anual %) - 4,8 4,0 3,5 Primeira Guerra da Guerra do Guerra no Iraque Conflitos e incertezas geopolíticas guerra mundial Coréia Yon Kippur, Guerra do Vietnã Inflação Espalhada Limitada Espalhada Limitada Investimento significante em infraestrutura Centrado em Aumento nos preços % Anos de crescimento até a alta máxima Anos de queda até a baixa máxima Primeira Guerra Mundial Metais & Agricultura Reconstrução Pós-Guerra Metais & Agricultura Nenhum Petróleo & Agricultura China Petróleo, Metais & Agricultura Fonte: Banco Mundial A ascendência nos preços de commodities dos últimos cinco anos tem sido a mais expressiva do ultimo século, tanto na sua magnitude com na duração e abrangência com a elevação de preços de energia, metais e também da agricultura. Altas anteriores incluíram um ou dois destes setores, mas nunca os três. Na reconstrução pós segunda guerra, os preços de metais dispararam, enquanto as más colheitas aumentavam o custo dos produtos agrícolas. Na década de 70, o preço do petróleo estourou e produtos agrícolas seguiram. Mas os metais, após uma breve alta, entraram em colapso graças aos alarmes de baixo crescimento econômico. Nos anos de as altas em metais e produtos agrícolas não foram acompanhadas pelo petróleo. A extensão da alta de também surpreende a muitos. As altas dos anos 50 e 70 foram mais curtas, apesar de que a primeira guerra mundial deu origem a um período de extensão similar. Além de tudo isso, a última alta envolveu não apenas as commodities convencionais, como petróleo, trigo e minério de ferro, mas também os produtos mais exóticos como cobalto e rênio, dois metais utilizados nos motores de aviões, entre outras aplicações. E ainda, o próprio tamanho das altas é impressionante. De acordo com o Banco Mundial A magnitude do aumento de preços de commodities não tem precedente. Apontando que os preços reais ajustados a inflação aumentaram em 109 por cento em dólares americanos desde 2003 e 130 por cento desde a baixa cíclica de

19 5) Como se Analisa uma Empresa? Gostaríamos de dedicar uma parte de nosso relatório anual para ajudar nossos investidores em um assunto onde muitos têm dificuldade: A contabilidade. Sem ela seria impossível afinal saber como anda uma empresa. Muitos podem ter opiniões positivas ou negativas sobre um negócio, mas os números e apenas os números são capazes de realmente confirmar estar expectativas. Vamos então dar um ultra-resumido curso de Contabilidade nível 1.1 para nossos investidores visando que eles consigam entender um pouco mais as razões que nos levam a investir em determinadas companhias ao invés de outras que possam a primeira vista parecer melhores. Pegamos então o balanço real da companhia de Shopping Centers BRmalls, referente aos 6 primeiros meses de 2008 e vamos analisa-lo brevemente abaixo. Balanço patrimonial: O balanço patrimonial é uma espécie de fotografia da situação da companhia da exata data do fechamento do balanço(no caso 30/6/2008)Ele apura os haveres e deveres da companhia, sua situação de caixa, suas dividas, seu estoque, etc. Vejamos abaixo: 19

20 Ativo circulante: São os recursos que a companhia irá transformar em dinheiro em menos de 1 ano. O balanço está em ordem de liquidez(do mais liquido para o menos liquido) Disponibilidades/Títulos e Valores Mobiliários-Essa linha indica O QUANTO A BRmalls tinha em caixa em 30/6/2008.Por caixa entendemos em suas contas bancárias ou aplicada em títulos ou valores mobiliários. No caso a BRMALLS dispunha de cerca de R$780 milhões em caixa, uma bela quantia para futuras aquisições de shoppings e outras expansões. Ativo realizável a longo prazo: São os ativos que a companhia possui e que ela também poderá converter futuramente em dinheiro so que em um prazo maior que 12 meses. No caso da BRMALLS, trata-se de uma linha com pouco relevância. Ativo permanente: É o valor patrimonial dos ativos fixos da empresa, como os shoppings e terrenos que ela possui. Devido a natureza do negocio, obviamente trata-se de uma companhia com grande capital imobilizado. Passivo circulante: Trata-se das obrigações que a BRmalls TERÁ QUE ARCAR NOS PROXIMOS 12 MESES. Empréstimos e financiamentos: A primeira vista a BRMALLS poderia parecer uma companhia altamente endividada, por dever mais de R$ 1,3 bilhões de reais. Mas o balanço patrimonial nos mostra que praticamente todo este endividamento está no exigível a longo prazo, ou seja, tem vencimento bem longe no futuro. Com efeito, a empresa explicita em suas notas explicativas que a grande parte de seu endividamento vence apenas entre 6 e 8 anos no futuro. Ou seja, trata-se de um endividamento bastante tranqüilo de ser gerenciado. Patrimônio liquido: Representa quanto os acionistas já aplicaram contabilmente na empresa em todos os exercícios até hoje. Esta conta é composta pelo capital social aportado pelos sócios e pelos reinvestimentos de lucros passados. Demonstrações de resultado: Ao contrário dos Balanços Patrimoniais, as Demonstrações de Resultado, ou DREs, são um filme, que mostram a historia da companhia do dia 1/1/2008 até o dia 30/6/2008. Eles explicam por exemplo o que aconteceu com a BRMALLS nesse período, se ela lucrou, se não lucrou, etc. Vejamos: 20

21 Receita bruta: é o faturamento da companhia.a linha de receitas com alugueis, que é o carro chefe da companhia quase dobrou nos 6 meses encerrados em 2008 do que no ano anterior (as duas colunas da direita). Isso ocorreu sem duvida devido ao grande numero de shoppings comprados pela companhia com dividas que vencem no longo prazo, como vimos no Balanço patrimonial. As receitas de estacionamento e cessão de direitos também provêm da atividade de exploração de centros comerciais da companhia. Resultado financeiro/depreciação e amortização: São os chamados custos não caixa. Depreciação e amortização é uma despesa que o governo da o direito da companhia lançar em todos os seus investimentos. Em shoppings por exemplo, 4% do valor contábil dos empreendimentos pode anualmente ser deduzido do pagamento de impostos e ser lançado como despesa, o que gera economia tributaria. 21

22 O resultado financeiro no caso é o correção contábil das dividas quando elas são devidas em moeda estrangeira. Por exemplo: se uma companhia deve $ 100 milhoes de dólares e cotação de dólar é de 1 real, e essa cotação passa para 2 reais por dólar, a companhia tem que contabilmente lançar 100 milhões de reais de prejuízo, porque em reais suas divida aumentou nesse valor. É uma despesa contábil porque não resulta em nenhum desembolso de caixa da companhia(visto que as dividas são de longo prazo) É por isso que companhias como a BRMALLS podem ser extremamente rentáveis e operacionalmente lucrativas e ao mesmo tempo registrarem prejuízos contábeis. O prejuízo pura e simplesmente analisado não refleta a real situação econômica da companhia. O balanço deve ser olhado como um todo para se chegar a tal conclusão. Existem ainda dois indicadores fora da DRE bastante acompanhados pelos analistas: EBITDA: Mede qual é a quantidade de dinheiro que a empresa gera por ano, para seus acionistas e para pagar suas dividas, bem como para financiar novos projetos de investimento. É um indicador interessante, porque não se preocupa com os efeitos contábeis. Sua missão é simplesmente medir o quanto dinheiro o negócio da empresa gerou durante o período Divida liquida/ebitda: É um múltiplo bastante usado pelo mercado, que mede o numero de vezes sobre a geração de caixa que é o valor das dividas da companhia. 22

23 6) O Futuro do Trabalho Retirado do Financial Times * Trabalho em Progresso Em tempos de desemprego crescente em muitas nações ocidentais industrializadas e enquanto governos lutam contra o prospecto de uma recessão global, é facil deixarmos de observar a forma como o trabalho tem mudado nas últimas duas décadas. Imagens de trabalhadores entediados em seus escritórios, esvaziando o conteúdo de suas mesas em caixas tendem a lembrar-nos da insegurança do trabalho corporativo hoje em dia, mas eles refletem a ligação duradoura de empresas e trabalhadores do trabalho em tempo integral. De fato, hoje em dia a promessa do trabalho permanente com potencial para avanço na carreira continua a ser um ponto presente no mercado de trabalho, tanto para aqueles começando suas carreiras como aqueles que já trabalham há anos. Mas poucos empregados, mesmo aqueles com desejo de um trabalho continuo, ficaram intocados por mudanças em suas rotinas de trabalho. Então qual a mudança? Uma parte do que podemos chamar de "novo trabalho" foi inspirado pelo avanço nas tecnologias de comunicação - o computador caseiro, a internet, conexão banda-larga wireless, aparelhos tecnológicos portáteis e softwares de conferência on-line. A explosão dessas novas tecnologias e o incrível potencial das formas que elas podem ser usadas é incrível e podem muito bem estar mudando as estruturas que o trabalho tem funcionado por mais de um século. Mas esses avanços sozinhos não explicam as mudanças de atitude em relação ao trabalho. Se o modo como trabalhamos está realmente passando por uma mudança tão significante como a da Revolução Industrial, isso está ocorrendo como resultado de uma série de influências. É difícil apontar exatamente como esse novo trabalho começou a surgir. Bem longe das inovações tecnológicas, ele deve suas origens à uma combinação de mudanças de hábitos sociais, legislação e sistemas de administração. Um desses sistemas é chamado chamado de processo reformulação de negócio, promovido por Michael Hammer e James Champy no seu livro de 1993, Reengineering the Corporation. O livro apareceu em um momento onde companhias testavam conceitos japoneses de manufatura como gemba kaizen - o processo de fazer pequenos, práticos e contínuos ajustes na produção. Uma concentração no processo só poderia ser alcançada após reformas na legislação de relações industriais, muitas vez contra uma poderosa resistência trabalhadora. 23

24 No Reino Unido, a maioria desses conflitos aconteceu nos anos 80, enquanto as políticas de livre mercado de sucessivos governos conservadores transformou a economia do Reino Unido e um prospero setor de serviços se destacou em detrimento do setor industrial. Tais mudanças aconteceram mais lentamente no resto da Europa. Mas enquanto as economias emergentes da Ásia começaram a dar saltos em tecnologia - muitas vezes ignorando esquemas mais simples da comunicação como linhas de telefone terrestres - o Ocidente industrializado foi obrigado à responder. Nos últimos cinco anos, praticamente todos os grandes países europeus estiveram estingando mudanças no mercado que permitiram práticas de trabalho mais flexíveis como trabalho temporário, em horário parcial e trabalho contratual. Porém nem todo esse "novo trabalho" foi bem recebido. Uma série de mudanças levaram uma diminuição no pagamento de horas extras e mais horas de trabalho para muitos que escolheram ficar em suas mesas mais tempos e deixaram de lado horas pré-estabelecidas de almoço. Condições de trabalho mais tradicionais como hora de almoço e lanche, hora extra, e "screen break" para aqueles que trabalham com computadores são muitas vezes esquecidas no espaço de trabalho atual. Se cada vez mais essas coisas são minadas através de legislação, são porém incentivadas pela enfase em uma administração de performance cada vez mais exigente que concentra seu foco no resultado de cada trabalhador ao invés de tempo gasto no escritório. Métricas de recursos humanos contabilizando uma série de estatísticas como dias ausentes encorajaram trabalhadores a encararem seus trabalhos de forma mais empenhada. Apesar de regulamentos de saúde e segurança ainda ditarem as condições de trabalho, algumas das companhias mais avançadas estão melhorando a forma de monitorar a saúde de seus trabalhadores. Isso inclui o encorajamento de modos de vida mais saudáveis entre outras coisas. Quando o Royal Mail começou a controlar a saúde de seus empregados através de melhor comunicação, discussões e treinamento, eles conseguiram cortar o seu número de faltas de 7% para 5% e economizam 227 milhões de libras ao longo de seus 180,000 empregados, de acordo com uma pesquisa pela London School of Economics. Outro ponto de interesse é recrutamento e retenção. Softwares mais sofisticados permitem um controle melhor de planejamento de sucessão o que permite empregadores monitorar suas necessidades de equipe e carreiras individuais. Apesar de tudo isso, as carreiras persistem e previsões sobre "morte" de um emprego ainda são prematuras. Vagas para candidatos formados entre as maiores companhias continuam superlotados. Para todas as vantagens das formas alternativas de trabalho, remuneração incerta tem se tornado uma preocupação para quem procura um trabalho 24

25 "livre" ou freelancer. Então o que o futuro nos reserva? À longo prazo, o emprego continuará a ser moldado por uma combinação de inovação tecnológica, demografia, melhoras na saúde, e, em alguns casos, necessidade econômica, lentamente levando à aposentadorias mais tarde e mudanças no médio prazo da carreira para outros. O que é claro é que as carreiras são perdendo sua rigidez e em muitos casos seu apelo para aqueles que mergulham a fundo em apenas uma coisa. De acordo com Colin Tenwick, executivo chefe da Stepstone, uma grupo que gerencia talentos, as companhias estarão enfrentando dois temas principais relacionados à trabalho nos próximos anos. "O primeiro é como lidar com os empregados mais velhos. O outro é como eles interagem com uma geração de jovens que olham suas carreiras como um grande pedaço prestes a ser devorado, trabalhando um minuto e viajando para Tailândia ou qualquer outro lugar em seguida. Esses são grandes desafios." * A Casa é Onde o Escritório Está. Será que ofertas flexíveis de trabalho são uma forma de sobreviver à recessão econômica? Pode parecer uma pergunta estranha em um momento em que empresas estão demitindo em massa ou paralisando o recrutamento e demandando mais trabalho de seus empregados. Ainda assim uma sugestão feita no último mês para que o governo do Reino Unido proibisse a extensão de direitos para trabalhos flexíveis buscando ajudar os negócios lidarem com a crise provocou protestos de sindicatos, oponentes políticos, pais que trabalham e grupos igualitários. Os que apóiam estender os direitos do trabalho flexível argumentam que existem vários motivos para considerarem a questão em um momento de crise, incluindo aumento na produtividade, retenção de pessoal chave e economia de custos em potencial. Além disso, vale lembrar que o número de pessoas trabalhando ou que querem trabalhar tem crescido. Helen Mahy, do conselho da National Grid, que produz redes de gás e eletricidade na Inglaterra e nos EUA, adotou as medidas de trabalho flexível que usa em Londres em sua equipa dos EUA. "É infalível. Eu ganho muito mais do meu time como resultado.", ela diz. Oito, dos onze que trabalham em sua equipa no Reino Unido usam acordos de trabalho flexível. Alguns são horário parcial, alguns parcialmente em casa, e alguns trabalham em escritórios mais próximos à suas casa. Sra. Mahy trabalha metade de um dia em casa por semana. "É uma ferramenta fundamental em recrutamento assim como retenção", ela diz. "Eu teria perdido dois membros do time pelo menos se não tivéssemos esse método de trabalho - e não teríamos conseguido recrutar um dos outros membros." 25

26 O time de direito da Natonal Grid que conta com 50 membros no Reino Unido também conseguiu manter dois advogados ao permitir que eles trabalhassem em casa dois dias por semana. "Em ambos os casos os parceiros deles conseguiram trabalho em outras partes do país, então eles tem que se mudar muito, mas querem permanecer com a gente - e nós queremos que eles fiquem.", diz a sra. Mahy. Mesmo assim, no cenário econômico atual muitos empregadores hesitam em concordar com flexibilidade de trabalho, e empregados em setores vulneráveis estão mais hesitantes em pedir temendo pelo seus empregos. Trabalho flexível - especialmente flexibilidade em hora de começar e terminar e trabalhar parcialmente em casa - vem se tornando cada vez mais popular em muitas empresas nos últimos anos devido a tecnologia, que tem perdido que as pessoas continuem se falando mesmo sem estarem presas no mesmo escritório o dia inteiro. Um estudo recente de sete grandes empresas relevou que 65% dos empregados tem contratos de trabalho flexível. Dentre as empresas estão CItigroup e Rolls-Royce, operando em setores altamente competitivos que não são famosos por práticas "suaves" de trabalho. A pesquisa, feita pela Cranfield School of Management e a fundação de caridade Working Families, revelou que mais de 70% dessas pessoas "flexíveis" - e tanto homens quanto mulheres - tiveram acordos informais de trabalho flexível. Uma minoria tinha acordos formais de flexibilidade e esses eram em sua maioria mulheres. A maioria dos trabalhadores flexíveis e seus superiores acreditam que esses acorods tem um impacto positivo, ou nenhum impacto, na performance individual. Mais da metade dos homens britânicos querem horas mais flexíveis de trabalho, de acordo com um estudo publicado ano passado pela Equal Opportunities Comission, agora parte da Equality and Human Rights Comission. Quando a sra. Mahy introduziu o trabalho flexível em 2002 para permitir que sua equipe da National Grind para permitir que alguns de seus membros trabalhassem em casa, os primeiros três a aceitarem foram homens. Alguns dizem que um problema para o trabalho flexível é que os gerentes temem não conseguirem mais gerenciar e manter um olho em seus empregados. Um número cada vez maior de empregadores estão superando isso introduzindo medições de performance baseado em pessoas alcançarem seus objetivos, ao invés de quanto tempo foi gasto trabalhando. Como diz a sra. Mahy: "A chave é confiar que as pessoas irão trabalhar responsavelmente. 26

27 *Trabalhando com o tempo Trabalhar tem sido central para a evolução humana ao longo da história desde as primeiras ferramentas feitas pelos nossos ancestrais, passando pela revolução das sociedades agrárias 10,000 anos atrás, até o começo do sistema de fábricas no final do século 18. A relação com o trabalho tem mudado, desde o contentamento com o trabalho manual na Grécia e Roma antigas até a veneração do trabalho na ética Protestante que teve raiz no norte da Europa. A ética Puritana dos pais fundadores da Nova Inglaterra chegou até a dominação do pensamento econômico e político dos EUA, casado às idéias libertarias do Iluminismo. Os locais de trabalho da Revolução Industrial se transforam numa inspiração para os ideais capitalistas. As observações de Adam Smith sobre divisão de trabalho criou uma sede pela eficiência e organização da mão-de-obra que levou ao emprego em massa e mecanização na busca por riqueza. Toda invenção que aumentou a produtividade - Desde a linha de montagem móvel de Ford até o computador pessoal - gerou maiores níveis de trabalho para suportar a demanda da economia, aquecida pela renda crescente de todos os trabalhadores. A eficiência da produção em massa criou o consumo em massa. Na área de têxteis, são produzidos peças de algodão e linha mais baratos; O aço levou a melhor sistemas de transporte, permitindo pessoas viverem a grandes distâncias de seus locais de trabalho e o planejamento de feriados em locais programados. O século 20 foi a grande era da administração quando a divisão de estruturas que foi feita de forma pioneira por empresas como GM e Dupont foi adotada no mundo tempo. Novos sistemas no final do século 20 introduziram hierarquias menos rígidas e acordos de fornecedor mais fragmentados através da contração ou terceirização do trabalho, mas as grandes companhias continuaram a usar seu modelo de divisão. A divisão "nós e eles" de trabalhadores e administradores não desapareceu inteiramente mas hoje em dia é dificilmente caracterizada por problemas na industria. Nos EUA e no Reino Unido e principalmente na União Européia, fora do setor público o poder coletivo de barganha dos empregados tem diminuindo. A nova relação corporação-empregado é definida por uma abordagem individual, benefícios específicos e acordos de trabalho divergentes que em muitos casos não permitem comparações diretas. Cada vez mais as companhias focam em programas de recrutamento e retenção baseados no talento e na habilidade. 27

28 Os vencedores são aqueles que conseguem demonstram habilidades vendáveis combinadas à personalidade, entusiasmo, ambição para competir com outros empregados mas não uma ambição cega. É um balanceamento tênue, como retratado no popular programa relacionado a negócios "The Apprentice". O recrutamento está se tornando um acordo bi-lateral onde as empresas cultivam teus empregados e suas condições de trabalho para atrair os candidatos mais qualificados, conscientes de seu status e poder de barganha. Para empresas de nova mídia e tecnologia online, a oferta tem que ser maior que recompensas financeiras e promoções. O apelo de companhias como Google e Microsoft está no potencial de pessoas brilhantes demonstrarem todo seu potencial. Projetos são carregados por idéias. O capitalismo convencional está brigando com esses novos modelos de colaboração, tentando impor fórmulas de precificação que limitam o apelo de uma geração que cresceu acostumado à livre troca de informação. Novas industrias - como a dos jogos em flash - estão surgindo com seus próprios protocolos, pay-per-clicking advertising e sistemas de rank, elaborados por desenvolvedores sozinho que as vezes ainda estão na escola trabalhando em seus quartos. A Revolução Industrial baseada em têxteis surgiu de uma necessidade de suprir os artesões que se auto-empregavam. O novo trabalho não conhece fronteiras. 28

29 7) Algumas Tendências Tecnológicas para 2009 * O fenômeno chamado Cloud Computing. Uma nova tendência em computação vem ganhando força entre as empresas de informática. O chamado Cloud Computing promete revolucionar a estrutura da internet no futuro. O termo significa basicamente, a técnica de armazenar dados, como programas ou documentos, em grupos de servidores virtuais (chamados de Cloud), de onde são acessados diretamente, ao invés de permanecerem gravados dentro do disco rígido de um computador pessoal. A novidade é particularmente interessante para aplicações de Web 2.0 ou que precisem de uma interação rápida entre muitos computadores, como jogos online com muitos jogadores simultâneos. Empresas como Google e Amazon já tem grupamentos de Cloud disponíveis. Outras como IBM, trabalham em projetos relacionados, como o Blue Cloud. A própria Microsoft está trabalhando num sistema operacional tendo em mente a operação de Cloud Computing, que em sua fase de desenvolvimento é chamado Windows Cloud. As portas que serão abertas quando essa nova arquitetura da computação finalmente "pegar" poderão mudar para sempre a cara da informática, e com certeza em 2009 muito será dito sobre a computação em Cloud. * Kindle une todos os seus livros em um só. Entre os gadgets que mais ganharam fãs em 2008, o Kindle merece destaque. Lançado no final de 2007, o Kindle é uma espécie de IPod para livros, um portátil com tamanho e formato semelhantes à um livro onde pode-se armazenar e acessar uma enorme quantidade de diferentes livros, revistas ou qualquer publicação em formato digital. Ele é uma aposta da gigante de varejo online Amazon, que acredita cada vez mais na digitalização dos livros e no mercado de publicações em formato digital. Através do Kindle é possível, inclusive, comprar, diretamente através do aparelho, livros, revistas e jornais do site da Amazon, que são debitados automaticamente em sua conta; Isso permite que a qualquer momento, em qualquer lugar, uma pessoa que tenha um Kindle possa ter acesso à sua leitura favorita instantaneamente. Seria exagero dizer que o formato dos livros como conhecemos, usado há seculos, está ameaçando de extinção, mas analisando o mercado de livros em formato digital constatamos que ano após ano ele dá saltos largos, particularmente após o lançamento do Kindle. Talvez a moda demore a pegar, mas muitos são aqueles que já aderiram ao Kindle e substituíram suas velhas estantes cobertas de livros pela praticidade de ter um único dispositivo capaz de armazenar todo esse conteúdo. 29

30 * A digitalização e o fim dos jornais Ainda surfando nessa tendência, uma aposta certa para o futuro é a digitalização de documentos que antes era publicados em papel. Isso significa trabalhar em formato digital, no computador, qualquer coisa que antes era colocada em papel. E se a Amazon já fez uma boa aposta ao acreditar na digitalização de livros, ainda maiores são as vantagens da migração de documentos de escritórios, correios, e principalmente, jornais, para os meios digitais: Isso cria uma economia de espaço físico, dinheiro, e tempo. Para um jornal, os custos com a distribuição física do jornal e os gastos com o papel são anulados quando existe uma migração para formato digital. Os gastos em publicar algo na internet muda muito pouco publicando o conteúdo à 1 pessoa ou a 1 milhão, visto que o custo de ampliação para servidores e outras despesas virtuais tem gastos de escala muito menores que os existentes para que uma grande quantidade de jornais cheguem à população. Em um escritório de advocacia ou basicamente em qualquer empresa onde antes havia uma grande necessidade para arquivos impressos em papel, apostar na digitalização é um tiro certeiro. Circular arquivos pela internet ou rede local é mais rápido, barato e ocupa um espaço físico menor que fazer a mesma coisa utilizando papel. Os tempos de enormes arquivos empoeirados, papelada desnecessária acumulada no canto da sala e tempo gasto procurando documentos antigos é efetivamente terminado uma vez que todo conteúdo é digitalizado. Nos países desenvolvidos, onde os níveis de TI são muito superiores aos encontrados no Brasil, falar em digitalização não é mais novidade. No Brasil, evidentemente a realidade é outra, mas lentamente caminhamos na mesma direção. Tendo isso em mente, podemos afirmar que a digitalização é uma tendência que com certeza ganhará cada vez mais espaço, em 2009 e depois. * Recordes negativos para indústria fonográfica: O fim do CD? É muito possível que no ano de 2009 estaremos assistindo o CD de música como conhecemos dar os seus últimos passos. A indústria fonográfica, que vem acumulando sucessivas perdas nos últimos anos, atualmente apela para seus últimos recursos. A era da informação matou o antigo modelo de negócios que sempre foi sustentado pelas grandes gravadoras. A incrível facilidade promovida pela internet através dos programas Peer-to-Peer (P2P) de transferência de arquivos faz com que em poucos minutos você consiga a música que quer, de graça. Isso, aliado à facilidade da pirataria em uma época com preços de copiadores e mídias graváveis (CD-R ou DVD-R) baixíssimos fez com que os preços oferecidos nas lojas se tornasse cada vez menos atraente visto que a qualidade obtida por um produto pirata (ou um arquivo.mp3) é a mesma de um CD. 30

31 Todas as tentativas da indústria foram em vão; O download de MP3 pagos nunca emplacou da forma que deveria; As formas alternativas pensadas para agregar valor o produto, ou até mesmo a venda por um preço muito menor do que o comum no final dos anos 90, foram em vão. Pode-se dizer que sempre as pessoas continuarão ouvindo música, mas até que uma próxima revolução aconteça mudando as cartas do jogo novamente, elas o farão de graça, enquanto a indústria de CD's lentamente entra em extinção. * O carro elétrico indiano Uma das inovações que tem conquistado espaço e pretende se firmar em 2009, são os carros de uma empresa indiana conhecida como REVA. O que difere o carro da REVA, comercializado com o nome de REVA G-Wiz i é que ele usa eletricidade como combustível, usando baterias especiais que pesam ao todo 280 kg! O carro já é vendido na Índia e está começando a penetrar no mercado de países como Inglaterra e EUA. Em uma época em que se fala tanto sobre a questão ambiental, é incrível pensar que o REVA pode representar o começo de uma nova era, com carros que não poluem e não necessitam de petróleo para funcionar. O carro é um pouco menor que os carros convencionais e alcança até 80 km/h. Em 2009, será testado uma nova bateria com sistema íon-lithium que promete permitir ainda mais velocidade e aceleração, de forma a se comparar com os carros convencionais. Outra preocupação dos engenheiros indianos é na fabricação de um novo chassis frontal super resistente. Um problema verificado na fase inicial do REVA é a segurança oferecida, visto que os testes realizados comprovam que batidas acima de 50 KM/h podem ser fatais para alguem dirigindo o veículo. Mas uma vez que o peso e as dimensões do REVA se enquadram na categoria "quadriciclo pesado" das normas européias, ele pode ser comercializado sem maiores problemas. Devido às suas especificações, o REVA tem como público-alvo pessoas que pretendem usá-lo exclusivamente na cidade, especialmente em situações de trânsito. O custo por um veículo da empresa indiana é de aproximadamente 9500 libras ou seja, cerca de R$35,000 reais. * Pequeno guia para a telepresença Traduzido do Financial Times O que é telepresença? Comunicar-se via telepresença involve usar uma sala de reuniões com uma série de monitores funcionando no meio da mesa. Sente numa cadeira e sua imagem e voz passarão a serem enviados para as pessoas na outra sala de reuniões, assim como os moviementos e sons deles voltam até você. 31

32 Como funciona? A telepresença requer o uso de câmeras sofisticadas, microfones, e detectores de movimento. Apesar de nenhuma dessas técnologias serem novas, a combinação de telas de alta definição e a habilidade de transferir data muito rpapidamente tornaram a telepresença possível. Isso é bom? A resposta simples é "sim". Claro que não é como encontrar cara a cara, mas a experiência é boa o bastante para facilmente substituir a necessidade de uma reunião. Quem usa? Mais e mais companhias estão testando salas de telepresença para cortar despesas com viagens internacionais. O HSBC, por exemplo, criou seis salas de telepresença para reuniões internas. Procter & Gamble tem usado mais de 40 salas desde Quanto custa? Instalar uma unidade de telepresença não é barato. Os equipamentos custam cerca de $300,000, a criação da sala pode custar entre $20,000 até $150,000. Alugar uma das oito salas de telepresença da Tata Communications custa $500 por hora (assim como na Índia, a Tata tem salas em Londres, Nova York e Boston). Soa caro, mas comparado com as despesas de viagem e acomodação para mais de um viajante, é potencialmente uma grande economia. Será que a moda vai pegar? Parece que sim, mas vai demorar um tempo até que existam salas o suficiente para se tornar algo comum. Reduzir a necessidade de viajar é interessante em um momento onde a maioria das companhias tem interesse em reduzir emissão de carbono. 32

33 8) Anatomia do Medo Brasileiro quanto as Bolsas de Valores Brasileiros têm medo de aplicar em ações e são avessos a perdas. Disso todos sabem. Nessa seção tentaremos começar a responder o porque. E com isso aproveitar para traçar alguns insights de como pode ser o comportamento econômico dos brasileiros no futuro, ao lidar com seus investimentos. São causas do medo brasileiro da bolsa de valores: * Hiperinflação - No Brasil, a hiperinflação foi um fenômeno infelizmente presente em nossa realidade. É verdade que ela acabou com o plano real em 1994, mas antes disso foram décadas a fio de preços em disparada. Logo o brasileiro se acostumou a ver os valores sempre subindo, ainda que isso fosse um efeito ilusório da inflação. Além disso, para combater esse terrível mal, durante os últimos 15 anos, os sucessivos governos brasileiros através de seus bancos centrais foram obrigados a praticar um amargo remédio: as taxas de juros mais altas do planeta. Essas taxas, por sua vez, viciaram os aplicadores brasileiros em um produto imbatível: a renda fixa, que era uma aplicação de baixíssimo risco e ao mesmo tempo retorno quase inacreditável de mais de 10% ao ano, chegando a picos de 20% ao ano nos momentos mais críticos da implantação do plano. Toda essa realidade Fez com que o investidor brasileiro passasse a ter pouco intendimento que uma aplicação para entregar bons retornos pode demorar a começar a render., e que seus retornos não são perfeitamente estáveis e lineares. Ocorre que todos concordam que os dias de juros estratosféricos no Brasil estão perto do fim. Gradualmente a taxa já vem caindo bastante, de cerca de 20% ao ano em juros reais logo após a implantação da nova moeda para os cerca de 8% ao ano atuais. Em outras palavras, a taxa vem caindo ao ritmo médio de quase 1 ponto percentual ao ano, e em alguns anos deverá convergir para taxas mundiais de países similares, para algo em torno de 3% ao ano. Nesse momento, a bolsa será fortemente beneficiada pelo ingresso de recursos que hoje estão na renda fixa. * Confisco do Governo Fernando Collor de Mello - Trata-se talvez da maior violação a propriedade privada da historia do Brasil. Um efeito colateral interessante foi o fato de ter semeado na população a idéia de que imóveis eram uma aplicação mais segura que aplicações financeiras, já que os imóveis não sofreram confisco. Ocorre que isso tudo foi um mero acaso. Como já dissemos, foi um abuso terrível. Sinceramente não consigo diferenciar a confisco da poupança com um confisco de imóveis. Apenas por acaso Collor optou por primeiro, já que visava diminuir a quantidade de dinheiro em circulação. Mas seria apenas um abuso do mesmo tamanho, e não maior. Aos poucos, conforme a memória do confisco vai se perdendo, os brasileiros devem mudar sua racionalidade. 33

34 * Mentalidade de curto prazo e nervosismo com oscilações - Esse é devido principalmente a nossa herança portuguesa, avessa ao risco, e também ao fato de que até há pouco tempo atrás era impossível se planejar qualquer coisa a longo prazo no Brasil. Agora finalmente temos alguma previsibilidade, com governos mais estáveis e razoáveis que no passado, e menos mudanças na política econômica. Além disso, estamos começando a desenvolver uma mentalidade mais afeita ao risco e a visões de longo prazo, que aliás são dois componentes presentes no pensamento de todas as pessoas de sucesso. Outra herança portuguesa foi a cultura do patrimonialismo, que dá mais valor ao que é visível a olho nu, enquanto da pouco valor ao crédito, e a coisas intangíveis, favorecendo objetos de arte, imóveis e outros bens materiais. Se compilarmos evidencias historias veremos que sempre existirão componentes culturais, mas que fatores imateriais como credito, ações e direitos passam a ter maior participação na economia em lugares que se desenvolvem e no Brasil não deve ser diferente. * Cultura histórica de pouca governança corporativa - Talvez o item onde o Brasil mais evoluiu. Até há pouco tempo os acionistas minoritários brasileiros eram realmente tratados como saco de pancada. Só houve o florescimento recente que houve no Brasil devido a revolução do novo mercado e demais segmentos diferenciados de governança, que surgiram com uma nova geração de empresários que passou a entender que suas ações só seriam bem cotadas se houvesse bom tratamento aos minoritários. Os investidores não são burros e investem onde há mais previsibilidade e menos risco. Devido ao fator histórico acima, combinado com traços culturais brasileiros, ocorria uma mentalidade patriarcal, onde se não se fosse controlador não se era nada. Ora, o único motivo para 51% do capital de uma empresa valer qualquer centavo a mais do que 51 vezes o que 1% vale (a diferença entre uma posição majoritária e uma minoritária) é a crença que sendo controlador pode-se agregar mais a empresa que o controlador atual. Respeitamos esse raciocínio, mas na FCL adotamos o raciocínio inverso. Só compramos participações de empresas onde o controlador agregue mais a gestão do que nos mesmos agregaríamos, e logo deveria haver um prêmio inverso de controle, ou seja, teríamos que pagar menos por cada ação ao comprar 51% de uma empresa do que pagamos por cada ação quando compramos 1%. 34

35 9) Expectativas para 2009 Ao longo do ano passado, a volatilidade alcançou patamares quase impossíveis de se imaginar. Apenas para ficar em dois exemplos, o dólar e o euro praticamente mantiveram sua relação ao longo de Há um mês atrás essa afirmação seria imaginável, pois o dólar estava performando muito melhor que o euro esse ano. Há seis meses atrás essa afirmação também teria sido inimaginável: O euro estava performando infinitamente melhor que o dólar em 2008 até então E quem poderia arriscar que as ações de bancos americanos, e epicentro da crise mundial iriam se sair melhor que os preços do petróleo? Até junho o barril de petróleo estava superando as ações dos bancos em 168%. Então surgiu o grande fato econômico de 2008: a percepção pelos investidores de que a crise não se restringiria aos bancos, mas se alastraria para toda a economia mundial. No final de 2008, o fato é que durante o ano as ações dos bancos americanos caíram em média 49%, o barril de petróleo recuou 60%. Sem duvida a economia mundial tem uma grande fragilidade, que muito mais do que o problema das hipotecas residências americanas, é uma grande fragilidade: existe um lado que produz bens (China e a Ásia em geral) e um lado que consome esses bens, acima aliás de seu real poder de consumo (Estados Unidos da América). Percentual de poupança sobre a renda nos EUA: Logo, precisamos caminhar para um modelo mais distribuído de consumo no mundo e essa transição é bastante delicada. Se isso acontecesse em apenas um ou poucos anos, por exemplo, a economia mundial entraria em depressão. 35

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