UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ. Pedro Henrique da Costa Wolff

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ. Pedro Henrique da Costa Wolff"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ Pedro Henrique da Costa Wolff A RESPONSABILIDADE CIVIL DO FIADOR FRENTE AOS CONTRATOS DE LOCAÇÃO CURITIBA 2013

2 A RESPONSABILIDADE CIVIL DO FIADOR FRENTE AOS CONTRATOS DE LOCAÇÃO CURITIBA 2013

3 Pedro Henrique da Costa Wolff A RESPONSABILIDADE CIVIL DO FIADOR FRENTE AOS CONTRATOS DE LOCAÇÃO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito parcial para obtenção do grau de bacharel. Orientador: Prof. Geraldo Doni Junior CURITIBA 2013

4 TERMO DE APROVAÇÃO Pedro Henrique da Costa Wolff A RESPONSABILIDADE CIVIL DO FIADOR FRENTE AOS CONTRATOS DE LOCAÇÃO Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do titulo de Bacharel em Direito em no curso de Direito da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, de maio de Professor Dr. Eduardo de Oliveira Leite Coordenador do Núcleo de Monografias Banca Orientador: Professor Dr. Geraldo Doni Junior Universidade Tuiuti do Paraná Curso de Direito Membro da Banca Universidade Tuiuti do Paraná / Curso de Direito Membro da Banca Universidade Tuiuti do Paraná / Curso de Direito

5 Dedico este trabalho a todos os meus familiares e amigos que sempre me incentivaram a vencer cada etapa da vida, me deram força nas horas difíceis e vibraram com a minha felicidade.

6 AGRADECIMENTO Agradeço aos meus pais por toda dedicação, amor e carinho; à minha esposa Nathália, pela paciência e compreensão nos momentos difíceis; aos meus avôs e avós, que também contribuíram para a minha educação e formação do meu caráter; ao meu irmão por seu amor e amizade; aos amigos que sempre me apoiaram em tudo o que eu fiz; e, finalmente, ao meu professor orientador Dr. Geraldo Doni Junior pelas orientações dadas no desenvolvimento do presente trabalho.

7 RESUMO O presente trabalho versa sobre a Responsabilidade Civil do Fiador Frente aos Contratos de Locação, objetivando esclarecer o atual entendimento dos magistrados, dada a suma importância deste assunto para a comunidade. Foram realizadas diversas pesquisas em doutrinas e jurisprudência, bem como interpretada a legislação vigente, obtendo, desse modo, as informações necessárias para a conclusão do presente. Primeiramente, houve uma breve explanação acerca dos contratos em geral, seus conceitos e princípios fundamentais. Após, foi discorrido sobre o instituto da Responsabilidade Civil, bem como foram realizados apontamentos sobre a Lei do Inquilinato. Por fim, foi tratado mais especificamente do tema deste trabalho, a Responsabilidade Civil do Fiador e a penhorabilidade do bem de família. Palavras-chave: Contrato de Locação; Lei do Inquilinato; Fiador; Responsabilidade Civil; Penhorabilidade do bem de Família.

8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...09 CAPÍTULO 1 - DOS CONTRATOS EM GERAL CONCEITO DE CONTRATO ELEMENTOS CONSTITUTIVOS E REQUISITOS ESSENCIAIS PRINCÍCIOS FUNDAMENTAIS CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS...18 CAPITULO 2 DOS CONTRATOS DE LOCAÇÃO CONCEITO CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS ELEMENTOS DO CONTRATO DE LOCAÇÃO OBRIGAÇÕES E DEVERES DOS CONTRAENTES...32 CAPÍTULO 3 - DOS CONTRATOS DE FIANÇA CONCEITO CARACTERÍSTICAS E NATUREZA JURÍDICA REQUISITOS E MODALIDADES A FIANÇA COMO GARANTIA LOCATÍCIA...43 CAPÍTULO 4 - DA NOVA LEI DO INQUILINATO CONSIDERAÇÕS SOBRE A NOVA LEI DO INQUILINATO...46 CAPÍTULO 5 - DA RESPONSABILIDADE CIVIL CONCEITO E BREVE CONSIDERAÇÕES RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL...52 CAPÍTULO 6 - DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO FIADOR INADIMPLEMENTO DO CONTRATO PENHORABILIDADE DO BEM DE FAMÍLIA RESPONSABILIDADE ATÉ A ENTREGA DAS CHAVES OUTÓRGA UXÓRIA DA EXTINÇAO E EXENORAÇÃO DA FIANÇA...67 CONSIDEREÇÕES FINAIS...70 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...71

9 9 INTRODUÇÃO Com o aumento no número de inadimplementos em diversas espécies de contratos, surgiu a necessidade de melhorar os meios de assegurar o direito do credor em receber o que lhe é devido. O instituto da responsabilidade civil do fiador frente aos contratos de locação surge para auxiliar esta garantia do credor, trazendo segurança jurídica. A locação imobiliária atualmente é regulada pela Lei do Inquilinato, Lei nº 8.245, promulgada em 18 de outubro e 1991, destinada a regular as locações dos imóveis urbanos, que traz, de forma clara e objetiva, todos os requisitos e impedimentos para a elaboração do contrato de locação, visando equilibrar a relação entre locatários e locadores. Este trabalho tem o objetivo de demonstrar que o bem de família pode ser penhorado no caso da fiança nos contratos de locação, pois visa garantir que a obrigação contratada seja fielmente cumprida. Assim, diante do receio em ter seus bens penhorados, inclusive seu único bem família, o fiador se responsabiliza em arcar com eventual dívida do locador. Neste contexto, o presente trabalho foi elaborado de uma forma objetiva, dividido em títulos e subtítulos, para descrever amplamente este instituto do direito civil.

10 10 CAPÍTULO 1 DOS CONTRATOS EM GERAL 1.1 CONCEITO DE CONTRATO O contrato é considerado a mais comum e importante fonte de obrigação. Seu conceito é antigo, pois nasceu quando pessoas começaram a se relacionar, vivendo em sociedade. Deste modo, conceitua-se o contrato como um negócio ou acordo, envolvendo duas ou mais vontades, sempre em conformidade com o ordenamento jurídico, visando à regulamentação do interesse entre as partes contratantes, com o fito de adquirir, modificar ou extinguir relações jurídicas de natureza patrimonial. Conforme os ensinamentos de Carlos Roberto Gonçalves: O contrato é uma espécie de negócio jurídico que depende, para a sua formação, da participação de pelo menos duas partes. É, portanto, negocio jurídico bilateral ou plurilateral. (2008, p.02). Ainda de acordo com Carlos Roberto Gonçalves: o fundamento ético do contrato é a vontade humana, desde que atue na conformidade da ordem jurídica. Seu habitat é a ordem legal. Seu efeito, a criação de direitos e de obrigações. O contrato é, pois, um acordo de vontades, na conformidade da lei, e com a finalidade de adquirir, resguardar, transferir, conservar, modificar ou extinguir direitos. (GONÇALVES, 2008, p.2 apud PEREIRA, Caio Mário da Silva, Instituições do direito civil, v. III, p.7)

11 11 Pode-se dizer que o contrato, de forma geral, relaciona-se com a vontade de duas ou mais vontades, visando o efeito jurídico perseguido, reconhecido pelo ordenamento jurídico. 1.2 ELEMENTOS CONSTITUTIVOS E REQUISITOS ESSENCIAIS Aos negócios jurídicos, para que produza os efeitos queridos pelas partes, deve-se levar em conta o preenchimento de alguns requisitos para a sua validade. Possuindo os requisitos, é valido e produz os efeitos almejados pelas partes. Se não, o negocio torna-se inválido, não produzindo o que se espera, sendo nulo ou anulável. Nesse sentido, possuem os contratos dois principais elementos para sua constituição, chamados de estrutural e funcional. O elemento estrutural consiste na ideia de que, para a sua constituição, necessita a junção de duas ou mais vontades, de forma contraposta. Já o elemento funcional necessita que os interesses contrapostos sejam compatíveis entre si, intentando a modificação, constituição e extinção da relação jurídica. Em seu artigo 104, o Código Civil Brasileiro exprime os requisitos de validade aos negócios jurídicos: Art. 104 A validade do negócio jurídico requer:

12 12 I agente capaz; II objeto lícito, possível, determinado ou determinável; III forma prescrita ou não defesa em lei. Desta forma, para uma melhor análise, os doutrinadores separam os requisitos essenciais em subjetivos, objetivos e formais. Os requisitos subjetivos são representados pela manifestação de duas ou mais vontades, por ser o contrato um negocio jurídico bilateral ou plurilateral; pela a capacidade das partes em praticar atos na vida civil; pela aptidão específica para contratar, nos casos onde se exige uma forma especial para contratar; bem como pelo consentimento, devendo ser espontâneo e livre entre os contratantes. O contrato tem origem no mútuo acordo das partes, em relação à natureza do contrato e à sua existência, bem como ao objeto contratado, devendo estar desamarrado de vícios do consentimento. Os requisitos objetivos dispõem sobre o objeto contratado, tendo grande importância no que diz respeito à validade e eficácia do contrato. Ainda, o objeto deve ser lícito, respeitando os ditames legais, moral, princípios de ordem pública e bons costumes. Deve-se levar em conta ainda a possibilidade física e jurídica do objeto, não podendo contrariar as leis naturais. É necessário também que o objeto contratado tenha uma definição, seja certo ou determinável, devendo constar no

13 13 contrato a especificação quanto ao gênero, espécie quantidade e qualidade. Por fim, embora não expressado em lei, deve ter algum valor econômico. Quanto aos requisitos formais, a regra é o que seja consensual, devendo as partes ser livres para eleger a melhor forma de celebração do contrato. Porém, se a lei determinar de outra forma, deverá seguir o que for regido, havendo a necessidade de formalidades. A declaração simples de vontade tem força em estabelecer entre os contratantes o liame obrigacional entre as partes, com seus consequentes efeitos jurídicos. 1.3 PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS O direito contratual brasileiro é regido por inúmeros princípios orientadores. Dentre eles, Carlos Roberto Gonçalves (2008, p.20), cita o da autonomia da vontade e da função social do contrato, da supremacia da ordem pública, do consensualismo, da relatividade dos efeitos, da obrigatoriedade, da revisão ou onerosidade excessiva e da boa-fé. O princípio a ser inicialmente analisado é o princípio da autonomia da vontade e da função social do contrato, consistindo na livre manifestação de vontade das partes em contratar uma com as outras.

14 14 Assevera Diniz ao assunto: (...) se funda a liberdade contratual dos contratantes, consistindo no poder de estipular livremente, como melhor lhes convier, mediante acordo de vontades, a disciplina de seus interesses, suscitando efeitos tutelados pela ordem jurídica. Esse poder de autor-regulamentação dos interesses das partes contratantes, condensado no princípio da autonomia da vontade, envolvendo liberdade contratual, que é a de determinação do conteúdo da avença e a de criação de contratos atípicos, e liberdade de contratar, alusiva à de celebrar ou não o contrato e a de escolher o outro contratante.. (2009, p ) É soberana a escolhas das partes em contratar, limitando-se ao que rege a lei sobre o assunto, evitando qualquer abuso que a autonomia possa gerar e, por fim, devendo ser respeitada a função social do contrato. contrato: Entende Caio Mário sobre autonomia da vontade e função social do (...) os contratantes tudo podem fazer, porque estão no exercício da autonomia da vontade. O reconhecimento da inserção do contrato no meio social e da sua função como instrumento de enorme influencia na vida das pessoas, possibilita um maior controle da atividade das partes. Em nome do princípio da função social do contrato se pode, v.g., evitar a inserção de clásulas que venham injustificadamente a prejudicar terceiros ou mesmo proibir a contratação tendo por objeto determinado bem, em razão do interesse maior da coletividade.. (2012, p.12-13). As leis de ordem pública e os bons costumes exercem papel importante na limitação da autonomia da vontade, pois evitam desavenças entre as partes, bem como a terceiros. Sobre o tema Nader (2005, p.28) comenta que: O princípio da autonomia da vontade, que é um poder criador, que consiste na faculdade de contratar quando,

15 15 como e com quem quiser, encontra os seus limites nas leis de ordem pública e nos bons costumes.. A função social do contrato não tem conceito positivado em lei, gerando diversas interpretações. Portanto, o que dispõe a doutrina é que o contrato tenha utilidade social, devendo os interesses da coletividade prevalecerem aos interesses dos particulares. O princípio do consensualismo se rege na ideia que, em regra, não há a necessidade de forma solene para a criação do contrato, satisfazendo com o consentimento para a sua validade e perfeição. Gonçalves (2008, p.25) entende que (...) basta, para o aperfeiçoamento do contrato, o acordo de vontades, contrapondo-se ao formalismo e ao simbolismo que vigoravam em tempos primitivos.. Em certos casos, há a exigência de certa formalidade, como nos casos do contrato de aluguel, devendo ser realizado por meio de contrato escrito, de forma a dar maior segurança a partes contratantes. O princípio da obrigatoriedade da convenção fundamenta-se pelo cumprimento integral, fiel, do que foi estipulado entre as partes, sob pena de execução do inadimplemento pela parte que foi lesada.

16 16 O contrato estipulado, de forma livre, cria norma jurídica entre as partes, sendo autorizada a intervenção estatal para que se veja garantido o cumprimento do que foi acordado. Sobre essa questão, Diniz expõe em sua obra: (...) as estipulações feitas no contrato deverão ser fielmente cumpridas (pacta sunt servanda), sob pena de execução patrimonial contra o inadimplente. Isto é assim porque o contrato, uma vez concluído livremente, incorpora-se ao ordenamento jurídico, constituindo uma verdadeira norma de direito, autorizando, portanto, o contratante a pedir a intervenção estatal para assegurar a execução da obrigação porventura não cumprida segundo a vontade que a constituiu. À ideia da autorregulamentação dos interesses dos contratantes, baseada no princípio da autonomia da vontade, sucede a da necessidade social de proteger a confiança de cada um deles na observância da avença estipulada, ou melhor, na subordinação à lex contractus. O contrato é intangível, a menos que ambas as partes o rescindam voluntariamente ou haja a escusa por caso fortuito ou força maior (CC, art. 393, paragrafo único). Fora dessas hipóteses ter-se-á a intangibilidade ou imutabilidade contratual. Esse princípio da fora obrigatória funda-se na regra de que o contrato é lei entre as partes, desde que estipulado validamente, com observância dos requisitos legais. (2009, p. 48). Necessário se faz comentar sobre a teoria da imprevisão, chamada de cláusula rebus sic stantibus, no que tange a obrigatoriedade. Tal teoria é aplicada excepcionalmente e de forma restrita. Por força vinculante dos contratos, podendo ser contida pela autoridade judicial em alguns casos que impossibilitam a antecipação de onerosidade excessiva ao cumprimento da obrigação, com a restauração do equilíbrio entre as partes. Outro princípio importante é o da relatividade dos efeitos do contrato, baseando-se na ideia que o contrato celebrado através da autonomia da vontade das partes, produz efeitos somente as partes contratantes, não afetando terceiros.

17 17 Todavia, há algumas exceções que devem ser verificadas, como nos casos dos herdeiros universais, tendo as obrigações transmitidas por força da herança ou ainda nos casos de convenções coletivas e de estipulação em prol de terceiros, sendo criados direitos e deveres a eles, mesmo estando alheios a relação contratada. Por fim, comento sobre o princípio da boa-fé, que se refere à maneira como as partes irão conduzir o contrato durante e após sua celebração, ou seja, a forma de agirem dentro das regras sociais, como a lealdade, honestidade, probidade e confiança. Dispõe sobre o tema o artigo 422, do Código Civil que Os contratos são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios da probidade e boa-fé.. Aos contratos, o enfoque a ser dado é o da boa-fé objetiva, que se difere da boa-fé subjetiva. A primeira se refere a uma conduta padrão de acordo com aspectos sociais reconhecidos como certos e a segunda acerca do caráter psicológico do contratante, manifestando sua vontade de forma correta. Sobre o tema, assevera Nader: A exigência de boa-fé nos atos negociais não se refere à subjetiva, que se caracteriza pela seriedade das intenções, mas à de caráter objetivo, que independe do plano da consciência. Relevante, em face das novas regras, é que as condições do negocio jurídico, por suas cláusulas, revele equilíbrio e justiça. (2005, p. 36).

18 18 Rodrigues (2004, p. 61) comenta em sua obra que A boa-fé é um conceito ético, moldado nas ideias de proceder com correção, dignidade, pautando sua atitude pelos princípios da honestidade, da boa intenção e no proposito de a ninguém prejudicar CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS Existem diversas maneiras de classificar os contratos, neste estudo vamos utilizar a forma apresentada na obra de Carlos Robertos Gonçalves (2008, p ). Os contratos são classificados das seguintes formas: Onerosos; Quanto aos efeitos: Unilaterais, Bilaterais, Plurilaterais; Gratuitos e Unilaterais são aqueles que geram obrigações somente para uma das partes como, por exemplo, a doação, o depósito, comodato, a fiança, entre outros. Bilaterais são contratos que produzem obrigações para ambos os contratantes, tal como a locação e a compra e venda onde uma parte tem a obrigação de pagar o preço e a outro a de entregar o produto.

19 19 Plurilaterais, como o próprio nome já demonstra, são contratos que contêm mais de duas partes, como no caso dos consórcios, onde há uma coletividade objetivando um fim comum. Com relação à vantagem patrimonial os contratos se classificam em gratuitos ou benéficos e onerosos. Gratuitos são aqueles em que apenas uma das partes se beneficia, pois para a outra parte só restará uma obrigação ou mesmo um prejuízo. (Gonçalves, 2008, p. 71). Os contratos onerosos são os que geram vantagens e muitas vezes também sacrifícios para ambos os contratantes. Ainda se subdividem em comutativos e aleatórios. Comutativos são aqueles de prestações certas e determinadas, não envolvendo risco para as partes, pois estas sabem das vantagens ou desvantagens que vão ter. Aleatórios são aqueles em que pelo menos uma das partes não pode prever a vantagem que irá receber em troca da prestação que foi fornecida, pois o lucro ou a perda dependem de um fato futuro e imprevisível. (Gonçalves, 2008, p ). Quanto à formação: paritários, de adesão, contratos-tipo. Paritários são assim chamados porque as partes estão em situação de igualdade. São considerados os contratos do tipo tradicional, onde ambas as partes discutem livremente as cláusulas e condições. (Gonçalves, 2008, p. 75).

20 20 De adesão são os contratos que não possibilitam a discussão e revisão das cláusulas e condições contratuais. São contratos em que uma das partes elabora o contrato conforme o seu interesse e a outra parte somente adere àquele contrato, sem poder opinar ou modificar qualquer preceito ali inserido. Assim, a parte interessada terá que decidir se aceita ou não as condições do contrato previamente elaborado. Quanto ao contrato-tipo, as cláusulas não são impostas por uma parte à outra, mas apensa pré-redigidas. (Gonçalves, 2008, p. 78). Quanto ao momento de sua execução: execução instantânea, diferida, trato sucessivo ou em prestações. Contratos de execução instantânea ou imediata, segundo Gonçalves (2008, p. 79) são aqueles contratos que se consumam num só ato, sendo cumpridos imediatamente após a sua celebração, como a compra e venda à vista, por exemplo.. Contratos de execução diferida ou retardada são os que também devem ser cumpridos em um só ato, mas futuramente, tal como a entrega de uma chave em uma data pré-estabelecida. Contratos de trato sucessivo ou de execução continuada, de acordo com Gonçalves (2008, p. 79) são aqueles que se cumprem por meio de atos reiterados.

21 21 São exemplos: compra e venda a prazo, prestação permanente de serviços, fornecimento periódico de mercadorias, dentre outros.. Quanto ao agente: personalíssimos, impessoais; individuais e coletivos. Contratos personalíssimos ou intuito personae são aqueles celebrados considerando às qualidades pessoais de um dos contraentes Impessoais são os contratos em que a obrigação pode ser cumprida por uma terceira pessoa, pois o que importa é a realização da obrigação, ou seja, o que importa é o resultado final, não importando quem realizou o serviço. Individuais são os em que as vontades são consideradas individualmente, mesmo que envolva várias pessoas. Coletivos são aqueles contratos geralmente encontrados nos ramos do direito do trabalho e direito empresarial, pois se realizam pelo acordo de vontades entre duas ou mais pessoas jurídicas de direito privado. (Gonçalves, 2008, p. 81). Quanto ao modo de existência: principais, acessórios e derivados. Principais são aqueles que não dependem de outro para existir, são autônomos. Acessórios são os contratos que dependem de um contrato principal para existir, pois derivam dele, por exemplo, a fiança. Os contratos acessório seguem a sorte dos contratos principais, ou seja, se o contrato principal é resolvido o contrato acessório também será.

22 22 De acordo com Gonçalves (2008, p. 82), os contratos derivados são aqueles que têm por objeto direitos estabelecidos em outro contrato, denominado básico ou principal. São semelhantes aos acessórios pelo fato de ambos dependem do principal para existir, mas a diferença está na circunstância de o derivado participar da própria natureza do direito versado no contrato-base.. Quanto à forma: solenes, não solenes; consensuais e reais. Contratos solenes ou formais são os que devem respeitar a forma prescrita em lei, têm como forma a escritura pública. Já os contratos não solenes ou informais são aqueles que não necessitam respeitar a forma prescrita na legislação, são livres, ou seja, podem ser por uma escritura particular ou mesmo verbal. (Gonçalves, 2008, p. 85). Consensuais, conforme Gonçalves (2008, p ): são aqueles que se formam unicamente pelo acordo de vontades (solo consensu), independentemente da entrega da coisa e da observância de determinada forma.. Já os reais, são os que exigem, para se aperfeiçoar, além do consentimento, a entrega (traditio) da coisa que lhe serve de objeto, como os de depósito, comodato, o mútuo, por exemplo, e alguns poucos (penhor, anticrese, arras). Quanto ao objeto: preliminares e definitivos.

23 23 Preliminares são os contratos realizados com o objetivo de efetivação de outro contrato, o contrato definitivo. Ou seja, os contratos preliminares existem somente para garantir a realização futura do contrato definitivo. Definitivos, como o próprio nome diz, é o contrato final que poderá ter vários objetos de acordo com as vontades dos contratantes. Gonçalves (2008, p. 88) Quanto à designação: nominados e inominados, típicos e atípicos, mistos, coligados e união de contratos. Consoante Gonçalves (2008, p ), contratos nominados são aqueles que têm designação própria. Exemplificando, são os contratos de compra e venda, empréstimo, corretagem, seguro, entre outros. Os contratos inominados são aqueles que não possuem uma denominação no ordenamento jurídico. Os contratos típicos são aqueles regulados por lei enquanto os atípicos não possuem determinação legal, pois resultam somente do acordo de vontades das partes. Sobre os contratos mistos, Gonçalves (2008, p. 92) aduz que resulta da combinação de um contrato típico com cláusulas criadas pela vontade dos contratantes.. Já o coligado não se confunde com o misto, pois constitui uma pluralidade, em que vários contratos celebrados pelas partes apresentam-se interligados..

24 24 Com relação à união de contratos, Gonçalves (2008, p. 93) comenta que esta ocorre quando há contratos distintos e autônomos; apenas são realizados ao mesmo tempo ou no mesmo documento. O vínculo é meramente externo.. Desta forma, resta finalizada a classificação dos contratos. CAPÍTULO 2 - DOS CONTRATOS DE LOCAÇÃO 2.1 CONCEITO Para se iniciar o estudo referente aos contratos de locação, é necessário a apresentação do seu conceito, definido por Tartuce como sendo: (...) o contrato pelo qual umas das partes (locador ou senhorio) se pbriga a cedes à outra (locatário ou inquilino), por tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa remuneração, denominada aluguel (art. 565 do CC). (2012, p. 338). Do mesmo modo Caio Mário (2012, p.229) conceitua que locação é o contrato pelo qual uma pessoa se obriga a ceder temporariamente o uso e o gozo de uma coisa não fungível, mediante certa remuneração. Em seu artigo 565, o Código Civil Brasileiro conceitua locação da seguinte forma: Na locação de coisas, umas das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado ou não, o uso de gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição.

25 25 Na doutrina de Diniz, em citação à obra de Beviláqua, conceitua locação como: o contrato pelo qual um das partes, mediante remuneração paga pela outra, se compromete a fornecer-lhe, durante certo lapso de tempo, o uso e gozo de uma coisa infungível, a prestação de um serviço apreciável, economicamente ou a execução de alguma obra determinada. (2012, p.279). Entre todas as espécies de locação que trata o Código Civil, o presente estudo irá dispor apenas de locação de coisa, em especial os bens infungíveis, como os imóveis não residenciais urbanos e imóveis residenciais, sendo regidos pela Lei do Inquilinato CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS DE LOCAÇÃO Quanto a sua classificação, os contratos de locação podem ser divididos em bilateral, oneroso, comutativo, paritário, consensual, não solene, de execução sucessiva, pessoal e, por fim, é um contrato principal. (DINIZ, 2007, p. 280). É bilateral, pois o locador e o locatário contraem obrigações reciprocas, o locador deve entregar o bem para o uso a que se destina o contrato, e o locatário deve realizar o pagamento pelo uso do locado. 1 Lei n 8.245/ Dispõe sobre as locações dos imóveis urbanos e os procedimentos a elas pertinentes.

26 26 O contrato de locação é também considerado oneroso, pois exige obrigações e sacrifícios de ambas as partes. É certo dizer que todo contrato bilateral é oneroso, pois as responsabilidades atribuem-se entre os contraentes. Ainda, podem ser classificados como comutativos, pois as partes já conhecem das suas vantagens e obrigações, sendo equivalentes e conhecidas desde a celebração do contrato. (DINIZ, 2007, p. 280). Também, os contratos de locação podem ser classificados em paritários, pois, perante o princípio da autonomia da vontade, as partes envolvidas no contrato tem o direito a discussão dos termos contratados, eliminando qualquer vício ou obscuridade. Todavia, não é o que acontece na maioria dos contratos de locação realizados pelas administradoras de imóveis, existindo um contrato padrão, sendo o locatário obrigado muitas vezes aceitar as condições propostas, sem a possibilidade de discussão dos termos contratados. O contato de locação, ainda, é considerado consensual, pois a simples manifestação de vontade das partes é suficiente para a celebração do negócio jurídico. É também classificado como não solene, pois não se exige uma forma especial para a sua realização. O contrato pode ser realizado de forma escrita e oral.

27 27 O contrato de locação é classificado também como nominado, pois tem previsão legal no chamado nomen juris, ou melhor, tem previsão legal, sendo regulamentado pelo Código Civil, bem como pela Lei n 8.245/1991. Classifica-se como execução sucessiva ou continuada, pois, para sua existência, depende o cumprimento da obrigação, ou seja, com o locatário se utilizando do imóvel e efetuando ao final desse período uma contraprestação como forma de pagamento ao locador, continuamente até o final do contrato ou por meio de resilição unilateral. Ainda, os contratos de locação são classificados como pessoais, as obrigações e deveres decorrentes do contrato atingem apenas os contraentes, as partes do contrato, locador e locatário, não atingindo direito de terceiros que não fazem parte da relação jurídica. Concluindo, o contrato de locação não depende de outro contrato para existir, pois é o contrato principal. Representa o querer das partes, existindo com o empenho de ambos os contraentes, com o fito de se alcançar os objetivos contratados. 2.3 ELEMENTOS DO CONTRATO DE LOCAÇÃO Possuem os contratos de locação elementos que constituem sua existência, especificando suas particularidades. Com exceção de um ou outro elemento, a

28 28 doutrina especifica como sendo elementos do contrato de locação: coisa, preço, consentimento, prazo e forma. Caio Mário (2012, ), define como elementos do contrato de locação a coisa, preço e consentimento, bem como de uma forma subsidiaria, o prazo e a forma, não considerando os últimos como essenciais. Corroborando com o mesmo entendimento acima, preceitua Gonçalves (2008, p. 286) que o conceito de locação de coisas retro mencionado transparecem os seus três elementos fundamentais: o objeto, o preço e o consentimento. De uma forma igualitária, afirma Nader (2005, p. 309) que, O contrato de locação é integrado por quatro elementos essenciais: consentimento, coisa, preço e prazo.. Em relação a coisa ou objeto, nas palavras de Caio Mário (2012, p. 234): (...) Qualquer coisa não-fungível pode ser objeto de locação: corpórea ou incorpórea, móvel ou imóvel, inteira ou fracionada.. Gonçalves, em sua obra, citando o nobre doutrinador Washington de Barros Monteiro, ensina que: O objeto pode ser coisa móvel ou imóvel. O bem móvel deve ser infungível; se fungível, será contrato de mutuo. Admite-se, no entanto, a locação de coisa móvel fungível quando o seu uso tenha sido cedido, por certo prazo e aluguel, ad pompam er ostentationem, ou seja, para fins de ornamentação, como uma cesta de frutas com adornos raros, por exemplo. (GONÇALVES,

29 , p.286 apud MONTEIRO, Washington de Barros, Curso de direito civil, v.5, p.155). Ainda em relação a coisa, objeto do contrato de locação, deve possuir três características básicas: ser infungível, ser o objeto lícito e não consumível. Com relação à característica infungível, decorre de uma obrigação do locatário em devolver a coisa do mesmo jeito que recebeu, dentro dos limites aceitáveis em relação à deterioração normal, oriunda da utilização do bem, assim como as interferências do tempo. Incontestavelmente, por óbvio, que o objeto deve ser lícito, não podendo contrariar a lei, a moral e os bons costumes, sendo a licitude do objeto um requisito essencial. Já com relação ao preço, por ser um contrato oneroso, é devido ao locatário, enquanto a coisa permanecer à disposição do locador, mesmo que não utilizada. Não havendo essa contraprestação, ter-se-á o chamado comodato. Da mesma maneira, o valor deve ser sério, não podendo ser irrisório, sob pena de ser considerado um contrato disfarçado, um empréstimo gratuito. Sobre o tema, Caio Mário nos ensina que: O segundo elemento essencial à locação é o preço, fator que distingue do comodato. É a remuneração que o locatário paga pelo uso da coisa, ou a contraprestação a que se obriga. Seus caracteres jurídicos são alguns daqueles que os romanos consideravam integrantes deste elemento na compra e venda. Assim é que deve ser sério. Se for irrisório ou fictício, na há locação propriamente dita, porem empréstimo gratuito, dissimulação, ou, conforme o caso, um contrato oneroso misto de liberdade.

30 30 Os pagamentos nos contratos de locação geralmente são realizados em dinheiro, mas nada obsta que as partes componham de forma diferente, podendo ser integrado parte por dinheiro e parte em frutos, benfeitorias ou simples obras realizadas pelo locatário. Washington de Barros Monteiro, citado na obra de Carlos Roberto Goncalves, ressalva que: Embora o pagamento deva ser feito, via de regra, em dinheiro, nada obsta que se convencione outro modo, podendo ser misto, ou seja, parte em dinheiro e parte em frutos ou produtos ou em obras e benfeitorias feitas pelo locatário. Se, todavia, for efetuada exclusivamente com os frutos e produtos do imóvel, deixara de ser locação propriamente dita, convertendo-se em contrato inominado. (GONÇALVES, 2008, p.288 apud MONTEIRO, Washington de Barros, Curso de direito civil, v.5, p.156). Com relação ao consentimento, Goncalves (2008, p. 289) diz que pode ser manifestada de forma expressa ou tácita. Aquele que tem poderes para administrar o bem é capaz de locar, pois não se exige que o locador seja o proprietário do bem, bastando que seja possuidor de boa-fé ou que se tenha poderes para tanto. Uma vez não existente a capacidade de disposição, apenas de transferência do uso da coisa, a simples posse jurídica habilita quem a possui a locar. Caio Mário doutrina da seguinte forma: O consentimento é o elemento anímico da locação, gerador do vinculo jurídico. Como em qualquer contrato, subordina-se à capacidade das partes, e pode ser viciada dos mesmos defeitos que atingem todo negocio jurídico. Não há mister, porém, capacidade de disposição, porque a locação transfere tão-somente o uso da coisa, e, assim, mesmo aqueles que não têm aptidão para alienar podem alugar, como ato de mera administração. A

31 31 simples posse jurídica habilita, como a do usufrutuário, do credor anticrético, do enfiteuta, do locatário. (2012, p. 237) O prazo nos contratos de locação é elemento essencial. Deve-se levar em conta a sua temporariedade, pois não tem caráter perpétuo. Caio Mário (2012, p.238) afirma que pela própria definição, a locação é um contrato temporário, o que é incompatível com a estipulação de sua perpetuidade. No ordenamento jurídico não é encontrado nenhum dispositivo impondo um prazo máximo para a duração dos contratos de locação, podendo ser celebrados por qualquer prazo. Gonçalves (2008, p.290) expõe que o Código Civil de 2002, a exemplo do diploma de 1916, não estabelece limite temporal para os contratos de locação, que podem assim ser celebrados por qualquer prazo. A Lei 8.245/91 exige, contudo, vênia conjugal, para os contratos acordados por prazo superior a 10 anos. que: No que tange a forma nos contratos de locação, Maria Helena Diniz, expõe Realmente, o princípio comum é o da forma livre, pois, como a lei não exige forma especial, o contrato valerá, seja qual for a forma de que ser revestir. Não será, portanto, necessário que a manifestação válida da vontade dos contraentes, formadora do contrato, seja feita por documento escrito. (2007, p.289).

32 32 A maioria doutrinária afirma que a forma não é um elemento essencial aos contratos de locação, podendo ser realizado tanto por escrito quanto verbalmente. Por óbvio que, se realizada pela forma escrita, trará maior segurança às partes, pois se tem como provar o vinculo contratual existente, com o fito ainda de cobrar judicialmente os créditos decorrentes. 2.4 OBRIGAÇÕES E DEVERES DOS CONTRAENTES De forma breve serão vistos as obrigações e deveres criados pelos contraentes, locador e locatário, no instante em que realizam a celebração do contrato de locação. Iniciando pelas obrigações do locador, os doutrinadores abordam três aspectos mais importantes a serem estudados, quais sejam: entrega, manutenção e garantia. Quanto à entrega da coisa alugada, deve entregar o locador juntamente com suas pertenças e em estado a servir ao uso a que se depois se destina. (Art.22, I da Lei n 8.245/ ). 2 Art. 22. O locador é obrigado a: I - entregar ao locatário o imóvel alugado em estado de servir ao uso a que se destina;

33 33 Sobre tal obrigação, entende Goncalves (2008, p.290) que a entrega deve ser feita com os acessórios, inclusive servidões ativas, salvo os expressamente excluídos, em estado de servir ao uso a que se destina, pois se destina a possibilitar o uso e fruição da coisa. Neste sentido, os acessórios também acompanham o objeto principal. Alugando uma casa, pressupõe que se está alugando os quartos, móveis, garagem, e demais cômodos do imóvel, salvo exclusão expressa em contrato. Em se tratando de manutenção, os doutrinadores entendem que, com a entrega da coisa, o locador deverá mantê-la no mesmo estado que entregou por todo tempo em que o contrato existir, salvo disposição contrária expressa. Caio Mário (2012, p. 240) chama de obrigação continuada, consequente ao caráter sucessivo dos efeitos da locação e, obviamente, enquanto esta subsistir, aquele dever tem de ser cumprido,, sob pena de se por fim ao contrato ou ainda o ressarcimento de eventuais danos. Por fim, a última obrigação e não menos importante é a garantia de uso pacífico da coisa, ou seja, do bem locado. Preceitua o artigo 568 do Código Civil: O locador resguardará o locatário dos embaraços e turbações de terceiros, que tenham ou pretendam ter direitos sobre a coisa alugada, e responderá pelos seus vícios, ou defeitos, anteriores à locação.

34 34 O locatário é possuidor direto da coisa e sua posse é plena, garantida até mesmo contra o proprietário. Porém, o inquilino deve ele mesmo afastar as perturbações, quando existentes. Ainda, responde o locador pelos vícios e defeitos ocultos da locação, chamados de vícios redibitórios. (GONÇALVES, 2008, p. 292). Quanto ao locatário, dispõe o artigo 569 do Código Civil: Art O locatário é obrigado: I a servir-se da coisa alugada para os usos convencionados ou presumidos, conforme a natureza dela e as circunstancias, bem como trata-la com o mesmo cuidado com se sua fosse; II a pagar pontualmente o aluguel nos prazos ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o costume do lugar; III a levar ao conhecimento do locador as turbações de terceiros, que se pretendam fundadas em direito; IV a restituir a coisa, finda a locação, no estado em que recebeu, salvas as deteriorações naturais ao uso regular. O locatário deve se utilizar da coisa para o fim a que foi destinado. Não pode, por exemplo, usar um imóvel que foi locado para ser sua residência, destinada à moradia, instalar um comércio ou outra coisa que se diferencie disso. Sua finalidade não pode ser desviada. Ainda, o inquilino deve usar a coisa como se sua fosse. O critério adotado seria o do homem médio, atinentes à conservação dos seus próprios bens com relação ao bem locado. É dever do locatário manter a conservação da coisa, respondendo por atos praticados por seus prepostos, como pessoas de sua família ou ainda no caso de sublocação.

35 35 O inquilino também é obrigado a pagar o aluguel nos prazos acordados pelas partes. Na falta de estipulação de data, deve-se obedecer o que os costumes locais dispõem. Na falta de pagamento dentro do prazo legal do contrato, nasce a constituição da mora, o locador pode requerer cobrança executiva ou ainda a rescisão do contrato. Compete também ao locatário, levar ao conhecimento do locador qualquer fato que dificulte o uso da coisa, como turbações de terceiros. O artigo 568 do Código Civil 3 determina ao locador que resguarde o locatário de embaraços ou turbações. Mas para que isso ocorra com eficácia o locatário deve informar ao locador tão logo o fato ocorra para não prejudicar o uso da coisa locada. Por fim, o locatário deve restituir a coisa alugada, findo o contrato, do mesmo jeito que a pegou. Havendo dano à coisa, o locatário deve reparar ou restituir o valor necessário para a realização do reparo. 3 Art O locador resguardará o locatário dos embaraços e turbações de terceiros, que tenham ou pretendam ter direitos sobre a coisa alugada, e responderá pelos seus vícios, ou defeitos, anteriores à locação.

36 36 CAPÍTULO 3 - DOS CONTRATOS DE FIANÇA 3.1 CONCEITO A fiança busca assegurar o cumprimento de uma obrigação contratada. É chamado de caução fidejussória, sendo um contrato pelo qual o fiador, assume a responsabilidade de garantir a obrigação contraída pelo devedor perante o credor, caso não o faça. Tartuce (2012, p. 399) define fiança como (...) contrato pelo qual alguém, o fiador, garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este não cumpra (arts. 818 a 838 do CC).. seguinte forma: De uma forma não diferente, Rizzardo descreve o contrato de fiança da Em termos comuns, fiança quer expressar garantia, concessão de credito, segurança, responsabilidade. Basicamente, significa a garantia que se dá aos créditos relativamente aos seus titulares, com o objetivo de conceder segurança aos compromissos que alguém assume. (2010, p. 985). É chamada de fidejussória por ser uma garantia pessoal. A pessoa representada pelo fiador é o garante, depositando a sua palavra em nome do devedor. Nas palavras de Diniz (2007, p. 607), A fiança, ou caução fidejussória, vem a ser a promessa, feita por uma ou mais pessoas, de garantir ou satisfazer a obrigação de um devedor, se este não cumprir, assegurando ao credor o seu efetivo cumprimento..

37 37 O Código Civil Brasileiro, em seu artigo 818, define fiança da seguinte forma: Pelo contrato de fiança, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra. 3.2 CARACTERISTICAS E NATUREZA JURÍDICA Após breve conceituação, passamos a discussão sobre as características e natureza jurídica da fiança. Inicialmente se faz necessário dizer que a fiança é um contrato acessório, dependendo do principal para existir. Nas palavras de Gonçalves (2008, p. 527): Trata-se de modalidade contratual de natureza acessória, porque só existe como garantia da obrigação de outrem, sendo muito frequente no mundo dos negócios, particularmente como adjeto à locação (...). Rizzardo (2010, p. 986) ensina que É acessório o contrato, pois só existe como garantia de obrigação de outrem.. Contudo, com a extinção do contrato principal, o acessório também terá o mesmo destino, não sendo a recíproca verdadeira nos casos em que se verificar nulidade na fiança, pois não afeta o contrato principal. Ainda sobre suas características, a fiança é um contrato unilateral, pois gera obrigações apenas para o fiador em relação ao credor.

38 38 Nas palavras de Diniz (2007, p. 609), o contrato de fiança apresenta como características jurídicas a Unilateralidade: pois apenas gera obrigações para o fiador, em relação ao credor, que só terá vantagem, não assumindo nenhum compromisso em relação ao fiador.. Rizzardo (2010, p. 986) expõe em sua obra que alguns doutrinadores atribuem uma natureza bilateral imperfeita, porquanto, desde que paga a obrigação pelo fiador, sub-roga-se este nos direitos do credor primitivo, facultando-se-lhe o ressarcimento do valor que satisfez, mediante ação regressiva contra o afiançado.. Importante dizer também que a fiança é um contrato gratuito, pois gera vantagens apenas para uma das partes, não impedindo a estipulação de remuneração com o fito de compensar o risco assumido. Acerca de tal característica, Gonçalves assevera: A gratuidade é uma das características da fiança, por que o fiador, em regra, auxilia o afiançado de favor, nada recebendo em troca. Mas pode a avença assumir caráter oneroso, quando o afiançado remunera o fiador pela fiança prestada (...). (2008, p.529). É exigida ao contrato de fiança a forma escrita, conforme dispõe o artigo 819 do Código Civil 4. Porém, não há necessidade de ser feito por escritura pública, sendo, então, um contrato não solene. 4 Art A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.

39 39 O contrato se dará de forma pública ou particular, não sendo admitida a forma verbal, mesmo que provado com testemunhas a sua realização, pois tal contrato não é presumido. O mesmo artigo citado expõe que não é admitida interpretação extensiva, pois reflete em importantes consequências praticas. Sobre o tema, Tartuce aduz que: (...) a fiança será interpretada restritivamente, uma vez que se trata de um contrato benéfico, que não traz qualquer vantagem ao fiador, que responde por aquilo que expressamente constou do instrumento do negocio. Surgindo alguma duvida, deve-se interpretar a questão favoravelmente ao fiador, parte vulnerável em regra, presumindo-se a sua boa-fé objetiva, sendo patente essa vulnerabilidade. (2012, p. 401). Por fim, nas palavras de Rizzardo (2010), apresenta-se com o caráter intuitu personae, posto que ajustado o contrato em virtude de confiança existente entre as partes, especialmente, do lado do fiador. 3.3 REQUISITOS E MODALIDADES Para que o contrato de fiança seja válido é necessária a compreensão de certos requisitos, sendo classificados em subjetivos, objetivos e formais. Acerca dos requisitos subjetivos, importante verificar a capacidade genérica do fiador em praticar os atos da vida civil, bem como a capacidade de administração de seus bens e alienação sem que haja impedimento legal.

40 40 No mesmo sentido Caio Mário (2012, p. 431) ensina que basta a capacidade genérica; mas quem não a tem para contratar não pode afiança. Ainda falando em requisitos subjetivos, é restrito, enquanto existir a sociedade conjugal, a mulher dar fiança sem que haja o consentimento do marido, bem como não pode o marido afiançar sem a outorga uxória, salvo se o regime de bens do casamento for de separação absoluta. (PEREIRA, 2012, p. 431) Algumas pessoas em razão do seu ofício não podem afiançar, por força de lei, como é o caso dos tesoureiros, leiloeiros, bem como os tutores, curadores e agentes fiscais. As restrições também alcançam as entidades públicas, o Governador, como exemplo, só poderá prestar fiança com prévia autorização da Assembleia Legislativa; as autarquias também não podem afiançar, salvo as instituições de previdência social quando loca casa para uso dos associados. (GONÇALVES, 2008, p. 532). A restrição também chega aos menores mesmo que emancipados, ainda que autorizados pelo Juiz, pois sua emancipação lhes dá apenas o direito de administração de seus bens, sendo considerado inválido o contrato, não dando direito ao credor de cobrar o empréstimo. Os administradores e gerentes também são vedados de prestar fiança sem que haja poderes específicos, bem como as pessoas jurídicas poderão prestar

41 41 fiança caso esteja expresso à autorização em seu estatuto ou regulamento. (DINIZ, 2007, p. 610). Ainda, os analfabetos só poderão prestar fiança com a apresentação de procuração por instrumento público, outorgado por ele mesmo. (DINIZ, 2007, p. 610). Sendo o contrato de fiança uma relação entre o credor e fiador é dispensado o consentimento do devedor. Nesse sentido, dispõe o artigo 820, do Código Civil: Pode-se estipular a fiança, ainda que sem o consentimento do devedor ou contra a sua vontade.. Porém, o credor não é obrigado a aceitar qualquer pessoa indicada pelo devedor para afiançar sua obrigação. A lei permite ao credor recusar pessoas não idôneas moral e financeiramente, tendo residência fora do domicílio da obrigação ou que não tenha bens suficientes para garantir em caso de inadimplemento da obrigação por parte do devedor. Assim dispõe o Código Civil em seu artigo 825: Art. 825 Quando alguém houver de oferecer fiador, o credor não pode ser obrigado a aceita-lo se não for pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar a fiança, e não possua bens suficientes para cumprir a obrigação.

42 42 Sobre o assunto, menciona Gonçalves: Em princípio, compete ao credor decidir sobre a idoneidade do fiador apresentado. Esta deve existir não só sob o aspecto financeiro, mas também sob o moral, apurada pela honorabilidade do fiador e seu conceito no meio em que vive. Evidentemente, o falido, o insolvente e o incapaz não servem como fiadores. (2008, p.. 532). No tocante aos requisitos objetivos, importante salientar que a fiança pode ser dada a todo tipo de obrigação, pois tendo natureza acessória depende apenas da validade do principal para sua existência. Em sendo o principal nulo, a fiança assim será e, sendo inexigível, incobrável será do fiador, como nos casos de dívida de jogo, não será eficazmente afiançada, salvo em casos em que a anulabilidade resultar de incapacidade do devedor, conforme disposto no artigo 824 do Código Civil 5. Em regra, a fiança se dá a obrigações atuais, mas nada impede que seja concedida a obrigações futuras. Dessa forma preceitua o artigo 821 do Código Civil, As dividas futuras podem ser objeto de fiança; mas o fiador, neste caso, não será demandado senão depois que se fizer certa e liquida a obrigação do principal devedor.. 5 Art As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança, exceto se a nulidade resultar apenas de incapacidade pessoal do devedor.

43 43 Ainda, a fiança não poderá exceder o valor do débito principal. Caio Mário ensina: Predomina a regra da acessoriedade na determinação do valor da fiança, que, desembaraçadamente, pode ser inferior à divida principal, mas não pode ultrapassá-lo, nem ser mais oneroso do que ela (in duriorem causam); a sansão não será, contudo, a nulidade, mas a redução ao nível do débito afiançado (Código Civil, art. 823). (2012, p. 432). Quanto aos requisitos formais, o Código Civil em seu artigo impõe que deve ser realizada de forma expressa, escrita ad solemnitatem, sendo facultado às partes a estipulação do contrato por instrumento público ou particular. Pode ser realizado no instrumento do contrato principal, como normalmente se faz nos contratos de locação. Também não comporta a interpretação extensiva, sendo limitado estritamente o que foi acordado entre fiador e credor. A fiança é classificada também quanto a sua modalidade, sendo dividida em relação ao objeto e forma. No que tange ao objeto, é dividida em civil e comercial, sendo a primeira ocorrendo quando a obrigação garantida não tiver natureza mercantil ou quando o devedor não for empresário, como ocorre nas locações de imóveis. Quanto ao comercial, quando o devedor for empresário, a obrigação tiver causa mercantil ou ainda, quando for assegurado negocio proveniente de atividade mercantil. (DINIZ, 2009, p.613). 6 Art A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva.

44 44 Acerca da modalidade formal, é dividido em convencional ou contratual, que decorre da livre manifestação de vontade do credor ou devedor, não necessitando a aprovação do devedor afiançado; legal, quando proveniente de lei; e judicial, oriundo de exigência do processo ou imposição judicial, na esfera civil ou criminal, ex officio ou ainda quando solicitado pelas partes. (DINIZ, 2009, p. 613). 3.4 A FIANÇA COMO GARANTIA LOCATÍCIA A nova Lei do Inquilinato prevê a possibilidade do locador em determinar ao locatário que seja apresentado uma garantia ao devido cumprimento da obrigação, de acordo com o art. 37 da lei aludida: Art. 37 No contrato de locação, pode o locador exigir do locatário as seguintes modalidades de garantia: I caução; II- fiança; III seguro de fiança locatícia; IV cessão fiduciária de quotas de fundo de investimento. Nessa mesma direção, Santos comenta: A fiança é contrato pelo qual o terceiro (fiador) vem garantir, total ou parcialmente, diante do credor (locador, no caso), o cumprimento de obrigação assumida pelo devedor, que é o afiançado (locatário, no caso). (2001, p. 196). Conforme já comentado, o objetivo principal da garantia é afastar qualquer risco ao locador, nos casos em que haja o descumprimento por parte do locatário das obrigações contratuais a que se comprometeu. Busca-se impedir ou atenuar prejuízo que se venha a ocorrer no futuro através das garantias contratuais relacionadas na Lei do Inquilinato.

EMPRÉSTIMO. 1. Referência legal do assunto. Arts. 579 a 592 do CC. 2. Conceito de empréstimo

EMPRÉSTIMO. 1. Referência legal do assunto. Arts. 579 a 592 do CC. 2. Conceito de empréstimo 1. Referência legal do assunto Arts. 579 a 592 do CC. 2. Conceito de empréstimo EMPRÉSTIMO Negócio jurídico pelo qual uma pessoa entrega uma coisa a outra, de forma gratuita, obrigando-se esta a devolver

Leia mais

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO CONTRATUAL 1. Angélica Santana NPI FAC SÃO ROQUE

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO CONTRATUAL 1. Angélica Santana NPI FAC SÃO ROQUE PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO CONTRATUAL 1 Angélica Santana NPI FAC SÃO ROQUE INTRODUÇÃO Para o Direito existem alguns princípios pelo qual, podemos destacar como base fundamental para estabelecer

Leia mais

EXERCÍCIO 1. EXERCÍCIO 1 Continuação

EXERCÍCIO 1. EXERCÍCIO 1 Continuação Direito Civil Contratos Aula 1 Exercícios Professora Consuelo Huebra EXERCÍCIO 1 Assinale a opção correta com relação aos contratos. a) O contrato preliminar gera uma obrigação de fazer, no entanto não

Leia mais

1 Geli de Moraes Santos M. Araújo

1 Geli de Moraes Santos M. Araújo 1 Contrato de Fiança. 1 Geli de Moraes Santos M. Araújo Sumário: Resumo. 1. Introdução. 2. Natureza jurídica da fiança. 3. Espécies de fiança. 4. Requisitos subjetivos e objetivos. 5. Efeitos da fiança.

Leia mais

Contrato Unilateral - gera obrigações para apenas uma das partes. Contrato Bilateral - gera obrigações para ambas as partes.

Contrato Unilateral - gera obrigações para apenas uma das partes. Contrato Bilateral - gera obrigações para ambas as partes. Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Civil (Contratos) / Aula 13 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: Teoria Geral dos Contratos: 3- Classificação; 4 - Princípios. 3. Classificação: 3.1

Leia mais

CONTRATO DE LOCAÇÃO NÃO RESIDENCIAL

CONTRATO DE LOCAÇÃO NÃO RESIDENCIAL DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS É o ato de vontade que, por se conformar com os mandamentos da lei e a vocação do ordenamento jurídico, confere ao agente os efeitos por ele almejados. ELEMENTOS ESTRUTURAIS I -ESSENCIAIS

Leia mais

CONTRATO DE EMPRÉSTIMO: MÚTUO E COMODATO

CONTRATO DE EMPRÉSTIMO: MÚTUO E COMODATO CONTRATO DE EMPRÉSTIMO: MÚTUO E COMODATO Autor: Graciel Marques Tarão 1. Conceito Contrato de empréstimo é o contrato pelo qual uma das partes entrega um bem à outra, para ser devolvido em espécie ou gênero.

Leia mais

DIREITO CIVIL Espécies de Contratos

DIREITO CIVIL Espécies de Contratos DIREITO CIVIL Espécies de Contratos Espécies de Contratos a serem estudadas: 1) Compra e venda e contrato estimatório; 2) Doação; 3) Depósito; 4) Mandato; 5) Seguro; 6) Fiança; 7) Empréstimo (mútuo e comodato);

Leia mais

Lição 15. Locação Locação de coisas

Lição 15. Locação Locação de coisas Lição 15. Locação No direito romano, a locação se dividia em locação de coisas e locação de serviços (trabalho). O CC/16 apresentava o contrato de prestação de serviços como locação de serviços. O CC/02

Leia mais

a) Liberatória (art. 299 CC) o devedor originário está exonerado do vínculo obrigacional.

a) Liberatória (art. 299 CC) o devedor originário está exonerado do vínculo obrigacional. Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Direito Civil / Aula 12 Professor: Rafael da Mota Mendonça Conteúdo: Obrigações: V - Transmissão das Obrigações: 2. Assunção de Dívida. Contratos: Teoria Geral

Leia mais

Noções de Direito Civil Personalidade, Capacidade, Pessoa Natural e Pessoa Jurídica Profª: Tatiane Bittencourt

Noções de Direito Civil Personalidade, Capacidade, Pessoa Natural e Pessoa Jurídica Profª: Tatiane Bittencourt PESSOA NATURAL 1. Conceito: é o ser humano, considerado como sujeito de direitos e deveres. Tais direitos e deveres podem ser adquiridos após o início da PERSONALIDADE, ou seja, após o nascimento com vida

Leia mais

Lição 5. Formação dos Contratos

Lição 5. Formação dos Contratos Lição 5. Formação dos Contratos Seção II Da Formação dos Contratos Art. 427. A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias

Leia mais

Estabelecimento Empresarial

Estabelecimento Empresarial Estabelecimento Empresarial É a base física da empresa, que consagra um conjunto de bens corpóreos e incorpóreos, constituindo uma universalidade que pode ser objeto de negócios jurídicos. É todo o complexo

Leia mais

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum 11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas As sociedades não-personificadas são sociedades que não tem personalidade jurídica própria, classificada em: sociedade em comum e sociedade

Leia mais

Securitização De Créditos Imobiliários

Securitização De Créditos Imobiliários Securitização De Créditos Imobiliários Operações Imobiliárias A 1. O que é securitização de créditos imobiliários? Securitização é um processo estruturado, coordenado por uma instituição especializada

Leia mais

NEGÓCIO JURÍDICO Conceito MANIFESTAÇÃO DE VONTADE + FINALIDADE NEGOCIAL (aquisição, conservação, modificação e extinção de direitos)

NEGÓCIO JURÍDICO Conceito MANIFESTAÇÃO DE VONTADE + FINALIDADE NEGOCIAL (aquisição, conservação, modificação e extinção de direitos) NEGÓCIO JURÍDICO Conceito MANIFESTAÇÃO DE VONTADE + FINALIDADE NEGOCIAL (aquisição, conservação, modificação e extinção de direitos) INTERPRETAÇÃO Boa-fé e usos do lugar CC113 Os negócios jurídicos devem

Leia mais

AULA 08 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS

AULA 08 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS Profª Helisia Góes Direito Civil III Contratos Turmas 5ºDIV, 5º DIN-1 e 5º DIN-2 DATA: 24/09/09 (5º DIV) e 29/09/09 (5º DIN-1 e 5º DIN-2) CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ AULA 08 TEORIA GERAL DOS CONTRATOS

Leia mais

FACULDADE DE PARÁ DE MINAS Reconhecida pelo Decreto 79.090 de 04/01/1970

FACULDADE DE PARÁ DE MINAS Reconhecida pelo Decreto 79.090 de 04/01/1970 CURSO DE DIREITO 2º SEMESTRE 2013 PERÍODO: 4º DISCIPLINA: Direito Civil III - Teoria Geral dos Contratos e Responsabilidade Civil CARGA HORÁRIA TOTAL: 80 h/a. CRÉDITOS: 04 PROFESSORA: MÁRCIA PEREIRA COSTA

Leia mais

INSTITUIÇÕES DE DIREITO PUBLICO E PRIVADO MÓDULO 11 INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES

INSTITUIÇÕES DE DIREITO PUBLICO E PRIVADO MÓDULO 11 INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES INSTITUIÇÕES DE DIREITO PUBLICO E PRIVADO MÓDULO 11 INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES Índice 1. Inadimplemento das Obrigações...4 1.1. Mora... 4 1.2. Das Perdas e Danos... 4 1.3. Juros moratórios ou juros

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Compra e venda com reserva de domínio Raquel Abdo El Assad * Através da compra e venda com reserva de domínio, não se transfere a plena propriedade da coisa ao comprador, pois ao

Leia mais

DIREITO EMPRESARIAL - TEORIA GERAL DOS CONTRATOS MERCANTIS

DIREITO EMPRESARIAL - TEORIA GERAL DOS CONTRATOS MERCANTIS DIREITO EMPRESARIAL - TEORIA GERAL DOS CONTRATOS MERCANTIS Prof. Mauro Fernando de Arruda Domingues 1. Regimes jurídicos e conceito: O contrato é o instrumento pelo qual as pessoas contraem obrigação umas

Leia mais

Sumário PARTE GERAL 3. PESSOA JURÍDICA

Sumário PARTE GERAL 3. PESSOA JURÍDICA Sumário PARTE GERAL 1. LINDB, DAS PESSOAS, DOS BENS E DO NEGÓCIO JURÍDICO 1. Introdução (DL 4.657/1942 da LINDB) 2. Direito objetivo e subjetivo 3. Fontes do Direito 4. Lacuna da lei (art. 4.º da LINDB)

Leia mais

1. REGISTRO RESTRIÇÕES PARA ATUAR COMO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL. Falido:... Estrangeiro:... Médico:... Advogado:... Membros do legislativo:...

1. REGISTRO RESTRIÇÕES PARA ATUAR COMO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL. Falido:... Estrangeiro:... Médico:... Advogado:... Membros do legislativo:... 1 DIREITO EMPRESARIAL PONTO 1: Registro PONTO 2: Incapacidade Superveniente PONTO 3: Sociedade Empresária 1. REGISTRO Para fazer o registro, a pessoa deve estar livre de qualquer impedimento ou proibição.

Leia mais

Em regra, todos os créditos podem ser cedidos (art. 286 CC) a) Créditos de natureza personalíssima;

Em regra, todos os créditos podem ser cedidos (art. 286 CC) a) Créditos de natureza personalíssima; Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Direito Civil / Aula 11 Professor: Rafael da Mota Mendonça Conteúdo: V- Transmissão das Obrigações: 1. Cessão de Crédito. V - Transmissão das Obrigações: 1. CESSÃO

Leia mais

CONSULTA N. 605/2014 CONSULENTE: UFSC - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA EMENTA: 1. PERGUNTA:

CONSULTA N. 605/2014 CONSULENTE: UFSC - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA EMENTA: 1. PERGUNTA: CONSULTA N. 605/2014 CONSULENTE: UFSC - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA EMENTA: Contrato. Obras e serviços de engenharia. Faturamento em nome de fornecedor/fabricante que não participou da licitação.

Leia mais

Contrato de Empreitada. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Contrato de Empreitada. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Contrato de Empreitada Contrato de Empreitada Empreiteiro é a designação dada a um indivíduo ou empresa que contrata com outro indivíduo ou organização (o dono da obra) a realização de obras de construção,

Leia mais

Abril/2011. Prof a. Mestre Helisia Góes

Abril/2011. Prof a. Mestre Helisia Góes Contrato de Locação de Coisas Abril/2011 Prof a. Mestre Helisia Góes Definição:Éonegóciojurídicopormeiodoqualumadas partes(locador) se obriga a ceder à outra(locatário), por tempo determinado ou não, o

Leia mais

DIREITO CONTRATUAL. Uma proposta de ensino aos acadêmicos de Direito. EDITORA LTr SÃO PAULO. 347.44(81) K39d

DIREITO CONTRATUAL. Uma proposta de ensino aos acadêmicos de Direito. EDITORA LTr SÃO PAULO. 347.44(81) K39d GILBERTO KERBER Professor e advogado. Mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina. Professor do Curso de Graduação e de Pós-Graduação de Direito da Universidade Regional Integrada do

Leia mais

PRÁTICA CIVIL E PROCESSUAL LEGALE

PRÁTICA CIVIL E PROCESSUAL LEGALE BEM IMOVEL Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I -os direitos reais sobre imóveis e as ações

Leia mais

Grandes Dicotomias (b)

Grandes Dicotomias (b) Grandes Dicotomias (b) 27. Direito Objetivo x Subjetivo definições e fundamentos 28. Direito Objetivo x Subjetivo estrutura do direito subjetivo Grandes Dicotomias (b) Direito objetivo e direito subjetivo

Leia mais

Direito Civil IV Aula 08. Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2

Direito Civil IV Aula 08. Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2 Direito Civil IV Aula 08 Foed Saliba Smaka Jr. Curso de Direito ISEPE Guaratuba 2015/2 Revisão Localização do Contrato; Características dos Contratos; Conceito de Contrato; Requisitos de Validade dos Contratos;

Leia mais

SOCIEDADE LIMITADA. Sociedade Limitada. I - responsável integralmente e ilimitadamente pelas dívidas assumidas em seu próprio nome

SOCIEDADE LIMITADA. Sociedade Limitada. I - responsável integralmente e ilimitadamente pelas dívidas assumidas em seu próprio nome Sociedade Limitada I - responsável integralmente e ilimitadamente pelas dívidas assumidas em seu próprio nome II a limitação refere-se aos sócios 2. Responsabilidade dos Sócios I - Decreto 3.708/19 (sociedade

Leia mais

Aluguel O que é preciso saber sobre aluguel Residencial

Aluguel O que é preciso saber sobre aluguel Residencial Aluguel O que é preciso saber sobre aluguel Residencial Ao alugar um imóvel é necessário documentar a negociação por meio de um contrato, de preferência, escrito. O inquilino deve ler atentamente todas

Leia mais

Legislação e tributação comercial

Legislação e tributação comercial 6. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 6.1 Conceito Na terminologia adotada pelo CTN, crédito tributário e obrigação tributária não se confundem. O crédito decorre da obrigação e tem a mesma natureza desta (CTN, 139).

Leia mais

AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC)

AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC) AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC) DO CONCEITO A ADOÇÃO É UM ATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO, CUJA EFICACIA É DEPENDENTE DA AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. NESSE CASO, CRIA UM VÍNCULO FICTÍCIO DE PATERNIDADE-

Leia mais

1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda

1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda 1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda A compra e venda é o mais importante de todos os contratos, tendo em vista que é pela compra e venda que se dá a circulação

Leia mais

Gestão de Contratos. Noções

Gestão de Contratos. Noções Gestão de Contratos Noções Contrato - Conceito Contrato é todo acordo de vontades, celebrado para criar, modificar ou extinguir direitos e obrigações de índole patrimonial entre as partes (Direito Civil).

Leia mais

PROJETO DE PESQUISA. Faculdade de Direito de Campos. Direito Civil. Contratos. Fiança no Contrato de Locação Urbana

PROJETO DE PESQUISA. Faculdade de Direito de Campos. Direito Civil. Contratos. Fiança no Contrato de Locação Urbana PROJETO DE PESQUISA Faculdade de Direito de Campos Direito Civil Contratos Fiança no Contrato de Locação Urbana Ana Luiza P. Machado Bárbara Tavares Caldas Fábia Santos Pereira Campos, 2006 ASSUNTO: Direito

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

Regime de Bens no Casamento. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Regime de Bens no Casamento. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Regime de Bens no Casamento Regime de Bens no Casamento Regime de bens é o conjunto de determinações legais ou convencionais, obrigatórios e alteráveis, que regem as relações patrimoniais entre o casal,

Leia mais

Contratos financeiros

Contratos financeiros Contratos financeiros Dos vários contratos financeiros existentes, dois merecem especial destaque: o leasing e o factoring. LEASING OU LOCAÇÃO FINANCEIRA O leasing, ou a locação financeira, é o contrato

Leia mais

go to http://www.speculumscriptum.com

go to http://www.speculumscriptum.com go to http://www.speculumscriptum.com CONTRATO DE EMPREITADA - Conceito: Empreitada é o contrato em que uma das partes (empreiteiro) se obriga, sem subordinação ou dependência, a realizar certo trabalho

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Atualizado até 13/10/2015 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NOÇÕES INTRODUTÓRIAS Quando se fala em responsabilidade, quer-se dizer que alguém deverá

Leia mais

REGIME DE BENS NO NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

REGIME DE BENS NO NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 1 REGIME DE BENS NO NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO Cleiton Graciano dos Santos 1 RESUMO: Este artigo trata sobre o Regime de Bens no novo Código Civil brasileiro, apresentando os principais aspectos do assunto,

Leia mais

REGISTRO DE CASAMENTO DE MORTO

REGISTRO DE CASAMENTO DE MORTO REGISTRO DE CASAMENTO DE MORTO Elaborado em Anderson Evangelista Pós-graduado em Direito Privado pela UGF/CEPAD Bacharel em Direito pela UNESA Professor e palestrante de Direito de Família Colunista do

Leia mais

RESUMO. Um problema que esse enfrenta nesta modalidade de obrigação é a escolha do objeto.

RESUMO. Um problema que esse enfrenta nesta modalidade de obrigação é a escolha do objeto. RESUMO I - Obrigações Alternativas São aquelas que têm objeto múltiplo, de maneira que o devedor se exonera cumprindo apenas uma delas. Nasce com objeto múltiplo. Ex.: A se obriga a pagar a B objeto X

Leia mais

Conteúdo: Fatos Jurídicos: Negócio Jurídico - Classificação; Interpretação; Preservação. - FATOS JURÍDICOS -

Conteúdo: Fatos Jurídicos: Negócio Jurídico - Classificação; Interpretação; Preservação. - FATOS JURÍDICOS - Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Civil (Parte Geral) / Aula 11 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: Fatos Jurídicos: Negócio Jurídico - Classificação; Interpretação; Preservação. - FATOS

Leia mais

REGULAMENTO DE PREMIAÇÃO

REGULAMENTO DE PREMIAÇÃO A Odebrecht Realizações Imobiliárias e Participações S/A, estabelecida na Avenida A, número 4165, sala 101 Torre 4, no bairro da Praia do Paiva, Cabo de Santo Agostinho-PE, CEP 54.522-005, inscrita no

Leia mais

- Espécies. Há três espécies de novação:

- Espécies. Há três espécies de novação: REMISSÃO DE DÍVIDAS - Conceito de remissão: é o perdão da dívida. Consiste na liberalidade do credor em dispensar o devedor do cumprimento da obrigação, renunciando o seu direito ao crédito. Traz como

Leia mais

DA DOAÇÃO. É o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens e vantagens para o de outra

DA DOAÇÃO. É o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens e vantagens para o de outra DAS VÁRIAS ESPÉCIES DE CONTRATO DA DOAÇÃO É o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens e vantagens para o de outra Unilateral, porque envolve prestação de uma só das

Leia mais

INICIAÇÃO A ADVOCACIA CIVEL

INICIAÇÃO A ADVOCACIA CIVEL CONCEITO DE CONTRATO REQUISITOS DO CONTRATO CONTRATO CIVIS E NAS RELAÇÕES DE CONSUMO PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS a. Autonomia da vontade b. Relatividade das convenções c. Força vinculante d. Boa-fé FORMAÇÃO

Leia mais

PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS

PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS 1. Quanto à fonte: a) Alimentos legais: fixados pela lei, fundamentados no direito de família, decorrentes do casamento, ou união estável ou da relação de parentesco

Leia mais

CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL Nº 118DV/2015

CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL Nº 118DV/2015 CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL Nº 118DV/2015 MUNICÍPIO DE WENCESLAU GUIMARÃES, pessoa jurídica de direito público, através de seu órgão administrativo Prefeitura Municipal, CNPJ nº 13.758.842/0001-59, representado

Leia mais

Resumo Aula-tema 05: Direito de Família e das Sucessões.

Resumo Aula-tema 05: Direito de Família e das Sucessões. Resumo Aula-tema 05: Direito de Família e das Sucessões. Para o autor do nosso livro-texto, o Direito de família consiste num complexo de normas que regulam a celebração do casamento e o reconhecimento

Leia mais

AULA 12. Produtos e Serviços Financeiros VI

AULA 12. Produtos e Serviços Financeiros VI AULA 12 Produtos e Serviços Financeiros VI Operações Acessórias e Serviços As operações acessórias e serviços são operações de caráter complementar, vinculadas ao atendimento de particulares, do governo,

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China 25. CONVENÇÃO SOBRE A LEI APLICÁVEL PARA REGIMES DE BENS MATRIMONIAIS (celebrada em 14 de março de 1978) Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando estabelecer previsões comuns concernente

Leia mais

Questão 1. Sobre a ação de responsabilidade prevista no art. 159 da Lei das Sociedades Anônimas e sobre a Teoria da Aparência:

Questão 1. Sobre a ação de responsabilidade prevista no art. 159 da Lei das Sociedades Anônimas e sobre a Teoria da Aparência: PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO EMPRESARIAL P á g i n a 1 Questão 1. Sobre a ação de responsabilidade prevista no art. 159 da Lei das Sociedades Anônimas e sobre a Teoria da Aparência: I. A ação

Leia mais

Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.

Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Lição 14. Doação Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Na doação deve haver, como em qualquer outro

Leia mais

O que é desconto? O que é factoring? Cessão de crédito Quando um banco precisa transferir créditos e débitos? Quando um banco cede créditos? Empréstimos sindicalizados Securitizações Quando clientes cedem

Leia mais

Contrato de Prestação de Serviços. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Contrato de Prestação de Serviços. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Contrato de Prestação de Serviços Contrato de Prestação de Serviços Visão Geral dos Contratos: Formação dos Contratos;e Inadimplemento Contratual. Formação dos Contratos Validade do Negócio Jurídico: Agente

Leia mais

FAN - Faculdade Nobre. Modalidades de Obrigações II

FAN - Faculdade Nobre. Modalidades de Obrigações II FAN - Faculdade Nobre Modalidades de Obrigações II Obrigações Solidárias 1. Conceito: I. Solidariedade Ativa: (art. 267, CC). II. Solidariedade Passiva: (art. 275, CC). III. Solidariedade Mista: vontade

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

DIREITO ADMINISTRATIVO CONTRATOS ADMINISTRATIVOS DIREITO ADMINISTRATIVO CONTRATOS ADMINISTRATIVOS Atualizado em 22/10/2015 CONTRATOS ADMINISTRATIVOS São contratos celebrados pela Administração Pública sob regime de direito público com particulares ou

Leia mais

RESPONSABILIDADE PESSOAL DOS SÓCIOS ADMINISTRADORES NOS DÉBITOS TRIBUTÁRIOS QUANDO DA DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA SOCIEDADE

RESPONSABILIDADE PESSOAL DOS SÓCIOS ADMINISTRADORES NOS DÉBITOS TRIBUTÁRIOS QUANDO DA DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA SOCIEDADE compilações doutrinais RESPONSABILIDADE PESSOAL DOS SÓCIOS ADMINISTRADORES NOS DÉBITOS TRIBUTÁRIOS QUANDO DA DISSOLUÇÃO IRREGULAR DA SOCIEDADE Carlos Barbosa Ribeiro ADVOGADO (BRASIL) VERBOJURIDICO VERBOJURIDICO

Leia mais

Unidade I CONTABILIDADE EMPRESARIAL. Prof. Amaury Aranha

Unidade I CONTABILIDADE EMPRESARIAL. Prof. Amaury Aranha Unidade I CONTABILIDADE EMPRESARIAL Prof. Amaury Aranha Sumário Unidade I Unidade I Provisão para devedores duvidosos Operações financeiras (duplicatas) Unidade II Empréstimos (pré e pós) Aplicações financeiras

Leia mais

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Controle de Ponto do Trabalhador terceirizado

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Controle de Ponto do Trabalhador terceirizado Controle de Ponto do Trabalhador terceirizado 13/11/2013 Sumário Título do documento 1. Questão... 3 2. Normas apresentadas pelo cliente... 3 3. Análise da Legislação... 3 4. Conclusão... 5 5. Informações

Leia mais

Certificado de Recebíveis Imobiliários - CRI

Certificado de Recebíveis Imobiliários - CRI Certificado de Recebíveis Imobiliários - CRI Diversos veículos podem ser utilizados para securitizar recebíveis imobiliários, entretanto o uso dos Certificados de Recebíveis Imobiliários -CRI- vem caminhando

Leia mais

CONTRATO DE TRANSPORTE (Art. 730 a 756, CC)

CONTRATO DE TRANSPORTE (Art. 730 a 756, CC) CONTRATO DE TRANSPORTE (Art. 730 a 756, CC) 1. CONCEITO O contrato de transporte é o contrato pelo qual alguém se vincula, mediante retribuição, a transferir de um lugar para outro pessoas ou bens. Art.

Leia mais

OAB 1ª Fase Direito Civil Responsabilidade Civil Duarte Júnior

OAB 1ª Fase Direito Civil Responsabilidade Civil Duarte Júnior OAB 1ª Fase Direito Civil Responsabilidade Civil Duarte Júnior 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. RESPONSABILIDADE CIVIL É A OBRIGAÇÃO QUE INCUMBE A ALGUÉM DE

Leia mais

Direito das Obrigações I 2.º ano A 6 de Janeiro de 2015 2 horas (Correção)

Direito das Obrigações I 2.º ano A 6 de Janeiro de 2015 2 horas (Correção) I Bento e Carlos celebraram um contrato-promessa de compra e venda de um imóvel. De acordo com o disposto no art. 410.º, n.º 2, o contrato-promessa deve ser celebrado sob a forma escrita, uma vez que o

Leia mais

FADI - SOROCABA DIREITO CIVIL III CONTRATOS PRIMEIRO SEMESTRE

FADI - SOROCABA DIREITO CIVIL III CONTRATOS PRIMEIRO SEMESTRE FADI - SOROCABA DIREITO CIVIL III CONTRATOS PRIMEIRO SEMESTRE 18/05/12 A-) GESTÃO DE NEGÓCIOS: - Noção: é a intervenção não autorizada de uma pessoa, denominada gestor, na condução dos negócios de outra,

Leia mais

Março/2011. Prof a. Mestre Helisia Góes

Março/2011. Prof a. Mestre Helisia Góes DIREITO CIVIL III - CONTRATOS TEORIA GERAL DOS CONTRATOS Extinção dos Contratos (Desfazimento da Relação Contratual) Março/2011 Prof a. Mestre Helisia Góes TRANSITORIEDADE CONTRATO EXTINÇÃO como toda obrigação,

Leia mais

CONTRATO DE COMODATO DE IMÓVEL

CONTRATO DE COMODATO DE IMÓVEL 1/5 CONTRATO DE COMODATO DE IMÓVEL Pelo presente instrumento particular de contrato, que tem de um lado FUNDAÇÃO FACULDADE DE MEDICINA, pessoa jurídica de direito privado, de fins não lucrativos, reconhecida

Leia mais

DOS FATOS JURÍDICOS. FATO JURÍDICO = é todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito.

DOS FATOS JURÍDICOS. FATO JURÍDICO = é todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito. DOS FATOS JURÍDICOS CICLO VITAL: O direito nasce, desenvolve-se e extingue-se. Essas fases ou os chamados momentos decorrem de fatos, denominados de fatos jurídicos, exatamente por produzirem efeitos jurídicos.

Leia mais

EDUARDO RAFAEL WICHINHEVSKI A APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA UNIVERSALIDADE E DA PRECEDÊNCIA DA FONTE DE CUSTEIO NA SEGURIDADE SOCIAL

EDUARDO RAFAEL WICHINHEVSKI A APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA UNIVERSALIDADE E DA PRECEDÊNCIA DA FONTE DE CUSTEIO NA SEGURIDADE SOCIAL EDUARDO RAFAEL WICHINHEVSKI A APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA UNIVERSALIDADE E DA PRECEDÊNCIA DA FONTE DE CUSTEIO NA SEGURIDADE SOCIAL CURITIBA 2013 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 3 2UNIVERSALIDADE DE COBERTURA

Leia mais

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO I. EMPREGADOR 1. Conceito A definição celetista de empregador é a seguinte: CLT, art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual

Leia mais

Legislação Instrumental. Aula 1. Legislação Aplicada à Logística. Legislação Aplicada à Logística Aula 1. Contextualização. Prof.

Legislação Instrumental. Aula 1. Legislação Aplicada à Logística. Legislação Aplicada à Logística Aula 1. Contextualização. Prof. Legislação Instrumental Aula 1 Prof. Guilherme Amintas Legislação Aplicada à Logística Tópicos desta disciplina por aula Aula 1 noções de Direito Aula 2 Direito Constitucional Aula 3 Direito Empresarial

Leia mais

Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC

Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC 2014) QUESTÃO 54 Analise as seguintes assertivas sobre as causas de exclusão de ilicitude no Direito Civil: I. A legítima defesa de terceiro não atua como

Leia mais

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 19. Professor: Rafael da Mota Mendonça

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 19. Professor: Rafael da Mota Mendonça Turma e Ano: Turma Regular Master A Matéria / Aula: Direito Civil Aula 19 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitora: Fernanda Manso de Carvalho Silva DIREITO DAS COISAS (continuação) (III) Propriedade

Leia mais

CERTIFICADO DE RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS CRI

CERTIFICADO DE RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS CRI CERTIFICADO DE RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS CRI Diversos veículos podem ser utilizados para securitizar recebíveis imobiliários, entretanto o uso dos Certificados de Recebíveis Imobiliários CRI vem caminhando

Leia mais

DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS. Curso de Técnico em Transações Imobiliárias Curso Total

DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS. Curso de Técnico em Transações Imobiliárias Curso Total DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS Curso de Técnico em Transações Imobiliárias Curso Total DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS. FINALIDADE. DOS TÍTULOS REGISTRÁVEIS: ESCRITURA

Leia mais

Convenção de Condomínio. Diovani Santa Bárbara diovanisb@gmail.com

Convenção de Condomínio. Diovani Santa Bárbara diovanisb@gmail.com Convenção de Condomínio Diovani Santa Bárbara diovanisb@gmail.com Conceito A convenção de condomínio é documento escrito que A convenção de condomínio é documento escrito que estabelece as regras de convivência

Leia mais

Terceiro Setor, ONGs e Institutos

Terceiro Setor, ONGs e Institutos Terceiro Setor, ONGs e Institutos Tomáz de Aquino Resende Promotor de Justiça. Coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Tutela de Fundações de Minas Gerais. Usualmente é chamado de

Leia mais

Efeitos da sucessão no Direito Tributário. Os efeitos da sucessão estão regulados no art. 133 do CTN nos seguintes termos:

Efeitos da sucessão no Direito Tributário. Os efeitos da sucessão estão regulados no art. 133 do CTN nos seguintes termos: Efeitos da sucessão no Direito Tributário Kiyoshi Harada Os efeitos da sucessão estão regulados no art. 133 do CTN nos seguintes termos: Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir

Leia mais

Teoria Geral das Obrigações. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Teoria Geral das Obrigações. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Teoria Geral das Obrigações Objetivos A presente aula tem por objetivo apresentar a teoria geral das obrigações iniciando-se com um breve relato sobre o Direito das Obrigações, seguindo-se para os elementos

Leia mais

Assim, a validade de um contrato de trabalho está adstrita ao preenchimento de requisitos estabelecidos pelo art. 104 do CC.

Assim, a validade de um contrato de trabalho está adstrita ao preenchimento de requisitos estabelecidos pelo art. 104 do CC. Contrato de Trabalho Conceito segundo Orlando Gomes Contrato de Emprego (Trabalho) é a convenção pela qual um ou vários empregados, mediante certa remuneração e em caráter não eventual prestam trabalho

Leia mais

PADRÃO DE RESPOSTA PEÇA PROFISSIONAL

PADRÃO DE RESPOSTA PEÇA PROFISSIONAL PEÇA PROFISSIONAL Deve-se propor ação renovatória, com fulcro no art. 51 e ss. da Lei n.º 8.245/1991. Foro competente: Vara Cível de Goianésia GO, conforme dispõe o art. 58, II, da Lei n.º 8.245/1991:

Leia mais

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual Lição 6. Férias Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual 6.1. FÉRIAS INDIVIDUAIS: arts. 129 a 138 da CLT. As férias correspondem

Leia mais

ANEXO 5 TERMO DE CONSTITUIÇÃO DE CONSÓRCIO

ANEXO 5 TERMO DE CONSTITUIÇÃO DE CONSÓRCIO ANEXO 5 TERMO DE CONSTITUIÇÃO DE CONSÓRCIO Termo de Constituição de Consórcio 1 As Partes: A empresa (Nome da Empresa)..., com sede na cidade de..., (Endereço)..., com CNPJ n o..., Inscrição Estadual...,

Leia mais

A extinção da personalidade ocorre com a morte, que pode ser natural, acidental ou presumida.

A extinção da personalidade ocorre com a morte, que pode ser natural, acidental ou presumida. Turma e Ano: Turma Regular Master A Matéria / Aula: Direito Civil Aula 04 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitora: Fernanda Manso de Carvalho Silva Personalidade (continuação) 3. Extinção da personalidade:

Leia mais

PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR

PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR 1 - A autorização para que crianças e adolescentes passem as festas de final de

Leia mais

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas 18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando facilitar o reconhecimento de divórcios e separações de pessoas obtidos

Leia mais

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO Estudamos até o momento os casos em que há vínculo empregatício (relação bilateral, nas figuras de empregado e empregador) e, também, casos em que existe

Leia mais

RESUMO. A responsabilidade da sociedade é sempre ilimitada, mas a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas.

RESUMO. A responsabilidade da sociedade é sempre ilimitada, mas a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas. RESUMO 1)Sociedade Limitada Continuação 1.1) Responsabilidade do sócio dentro da sociedade limitada. A responsabilidade da sociedade é sempre ilimitada, mas a responsabilidade de cada sócio é restrita

Leia mais

A garantia em dinheiro nas locações urbanas

A garantia em dinheiro nas locações urbanas Geraldo Beire Simões, advogado Rua do Carmo n 17, 9 andar - Centro - Rio de Janeiro RJ CEP 20.011-020 Tel/fax (21) 2222-9457 e-mail: geraldobeire@globo.com A garantia em dinheiro nas locações urbanas Geraldo

Leia mais

SABER DIREITO FORMULÁRIO

SABER DIREITO FORMULÁRIO Programa Saber Direito TV Justiça Outubro de 2010 Curso: Teoria Geral dos Contratos Professor: Thiago Godoy SABER DIREITO FORMULÁRIO DO CURSO TEORIA GERAL DOS CONTRATOS PROFESSOR THIAGO GODOY AULA 01 Conceito

Leia mais

Direito das Obrigações (8.ª Aula)

Direito das Obrigações (8.ª Aula) Direito das Obrigações (8.ª Aula) 1) Classificação das Obrigações V: Obrigações Solidárias Ao lado das obrigações divisíveis e indivisíveis, o Código Civil regulamenta também as chamadas obrigações solidárias,

Leia mais

A TRANSFORMAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES EM FUNDAÇÕES Kelly Schmitz * RESUMO

A TRANSFORMAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES EM FUNDAÇÕES Kelly Schmitz * RESUMO A TRANSFORMAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES EM FUNDAÇÕES Kelly Schmitz * RESUMO A pessoa jurídica de direito público está exposta na parte geral do Novo Código Civil, que entrou em vigor em janeiro de 2002. As pessoas

Leia mais