Patrimônio Público: Tratativas Contábeis
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- Gabriella Mendonça Vilalobos
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1 Patrimônio Público: Tratativas Contábeis Ativos de Infraestrutura A experiência do Estado de Santa Catarina Jorge Luiz Alves, Me. Gerência de Estudos e Normatização Contábil Diretoria de Contabilidade Geral Secretaria de Estado da Fazenda Estado de Santa Catarina
2 Isolux cria holding para gerir ativos de infraestrutura (A IsoluxCorsándetém 1,6 mil km de rodovias na Índia, Brasil, México e Espanha) Companhia anunciou a criação da Isolux Infrastructure, plataforma global que irá realizar a gestão e a operação dos ativos de infraestrutura do grupo. (
3 Necessidade de manter em operação os ativos de infraestrutura Após décadas de investimento de capital na Infraestrutura dos Estados Unidos, os responsáveis pela administração desses itens experimentam grandes desafios: orçamentos apertados (em nível municipal ou estadual); programação financeira da manutenção diferida; pressões políticas para o corte de gastos públicos.
4 Interesse de investidores Em comunicado a investidores profissionais e institucionais, o UBS Investment Bank relatou: Investidores que buscam renda (como fundos de pensão), acharão ativos de infraestrutura atrativos proporcionam fluxo contínuo e previsível de caixa, parcialmente protegido de inflação.
5 O que se busca com as iniciativas da DCOG em SC: inventariar ativos de infraestrutura; avaliar as condições desses ativos; estimar o gasto financeiro necessário à sua manutenção; e, atribuir valor a esses itens. Esse é o pano de fundo sobre o qual desenvolvemos nossas atividades
6 Itens de infraestrutura: Costumam consumir elevado volume de recursos para serem colocados em operação. 1) São ativos? Ativos são recursos controlados pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem para a entidade benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços.(cfc, 2008a)
7 Itens de infraestrutura: 2) São imobilizados? Ativo imobilizado é o item tangível que: (a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e,(b)seesperautilizarpormaisdeumperíodo (CFC,2013). Bens de uso comum do povo: podem ser entendidos como os de domínio público, construídos ou não por pessoas jurídicas de direito público(stn/mf, 2012).
8 Dispõe o CFC (2008d): 30.Os bens de uso comum que absorveram ou absorvem recursos públicos, ou aqueles eventualmente recebidos em doação, devem ser incluídos no ativo não circulante da entidade responsável pela sua administraçãoou controle, estejam, ou não, afetos a sua atividade operacional. 31.A mensuração dos bens de uso comum será efetuada, sempre que possível, ao valor de aquisição ou ao valor de produção e construção.
9 Ativo Imobilizado Identificação Identificação Reconhecimento Mensuração Evidenciação Mensuração Inicial Mensuração subsequente Depreciação Baixa Custo Modelo Custo Valor Justo Modelo Reavaliação
10 Costuma-se identificar os ativos de infraestrutura a partir de algumas(ou todas) das seguintes características(stn/mf, 2012): Algumas publicações, especialmente em (a) sãopartedeumsistemaoudeumarede; âmbito internacional, têm considerado outros (b) são itens especializados como ativos de por infraestrutura: natureza e hospitais, não possuem usos alternativos; prisões, quarteis... (b) são imóveis; e, (c) podem estar sujeitos a restrições na alienação. Alguns exemplos de ativos dessa natureza são: redes rodoviárias (incluindo pontes, viadutos, passarelas, entre outros), sistemas de esgoto, sistemas de abastecimento de água e energia e rede de comunicações.
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12 Identificação: A identificação pode estar associada a um código numérico; Umapropostadecodificaçãoédadapor: Categoria-Subcategoria / Classe do Ativo / Descrição do Ativo número sequencial para o tipo de ativo Por exemplo: Categoria ID Subcategoria ID Ativos de Infraestrutura AI Redes rodoviárias ROD Sistemas de Abastecimento de Água SAA Sistemas de Tratamento de Esgoto STE Assim, poderíamos ter o código AI-ROD/PAV/SC401-T2, para descrever o ativo de infraestrutura da subcategoria redes rodoviárias, da classe pavimentadas, cuja descrição é SC401, sendo o T2 correspondente ao sequencial do trecho.
13 Ativo Imobilizado Identificação Reconhecimento Mensuração Evidenciação Mensuração Inicial Mensuração subsequente Depreciação Baixa Custo Modelo Custo Modelo...ocorre quando Valor Justo for provável Reavaliação que algum benefício econômico futuro associado ao item flua para a entidade e se o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com confiabilidade (informação completa, neutra e livre de erro).
14 Em uma adaptação dos normativos, uma entidade do setor público emprega seus ativos de infraestrutura: 1) na produção de bens (p.ex., adubo, no caso de um sistema de esgotamento sanitário); ou, 2) na prestação de serviços (p.ex., transporte, no caso de uma rodovia). Tais bens e serviços são capazes de satisfazer as necessidades das pessoas.
15 Ativo Imobilizado Identificação Reconhecimento Mensuração Evidenciação Mensuração Inicial Mensuração subsequente Depreciação Baixa Custo Modelo Custo Valor Justo Modelo Reavaliação... constatação de valor monetário para itens do ativo e do passivo decorrente da aplicação de procedimentos técnicos suportados em análises qualitativas e quantitativas(cfc, 2008d)
16 Ativo Imobilizado Identificação Reconhecimento Mensuração Evidenciação Mensuração Inicial Mensuração subsequente Depreciação Baixa Custo Modelo Custo Valor Justo Modelo Reavaliação
17 Tratamento dos custos subsequentes: (1) Não reconhecíveis custos da manutenção periódica(custos de mão-de-obra, produtos consumíveis) - deverão ser reconhecidos no resultado. (2) Passíveis de reconhecimento Quando o custo representar melhoriaou adição significativa. (3) Tratamento da depreciação Separadamente a parte complementar do bem; Estabelecer nova vida útil do ativo e revisar depreciação.
18 Tratamento dos custos subsequentes: Colocação em uso Renovação necessária Desempenho do ativo Operação e Manutenção Desempenho mínimo Vida útil estimada Fonte: Adaptado de Guidelines for Infrastructure Asset Management in Local Government
19 Tratamento dos custos subsequentes: Colocação em uso Renovação necessária Desempenho do ativo Operação e Manutenção Reabilitação Operação e Manutenção Desempenho mínimo Vida útil estimada Vida útil adicional Fonte: Adaptado de Guidelines for Infrastructure Asset Management in Local Government
20 Tratamento da depreciação: A depreciação corresponde à redução do valor dos bens tangíveis pelo Ativo Vida útil estimada desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou (em anos) obsolescência(cfc, 2008c) Rodovia arterial e de distribuição 25 OBS: Pontes Há autores que consideram desnecessário depreciar ativos 120de infraestrutura, Rede de canos tendo de em distribuição vista que eles de requerem água manutenção permanente 120 para estar em condições de operação. Fonte: Adaptado de Guidelines for Infrastructure Asset Management in Local Government Essa foi a opção da Secretaria do Tesouro Nacional, de acordo com o item 3.3 da Macrofunção SIAFI
21 Aspectos temporais da depreciação: Apuração e Registro Mensal Revisão da Vida Útil e Valor Residual Ao final de cada exercício Início da depreciação quando o ativo estiver em condições de uso Fim da depreciação Retirada permanente de operação quando o valor líquido contábil do ativo for igual ao seu valor valor residual
22 Evidenciação: Entidades do setor púbico ligadas a ativos de infraestrutura sofrem pressões por accountability; Múltiplos atores (comunidade, parlamento, ministérios, agências reguladoras, credores) requerem informações; Não está claro como essas entidades respondem à demanda por informações sobre ativos de infraestrutura. Lee e Fisher (2004)
23 Baixa: Alguns eventos que podem ensejar a baixa de um ativo de infraestrutura incluem: alienação; doação a terceiros; consumação completa dos benefícios futuros pelo uso (fim davidaútil);e, destinação para fim diverso daquele originalmente previsto, como a transformação do ativo de infraestrutura em um bem do patrimônio cultural.
24 Experiência do Poder Executivo de Santa Catarina Trabalho incipiente, inaugurado pela criação de comissão específica(representantes de SEF e DEINFRA); Proposta de Minuta de Instrução Normativa Conjunta SEF/DEINFRA, já apresentada aos órgãos diretivos das centrais dos sistemas administrativos envolvidos; Pressupostos: 1) Consolidação da nomenclatura aplicável;
25 Experiência do Poder Executivo de Santa Catarina Pressupostos: 2) Definiçãodedatadecorte Ativos sujeitos a procedimentos de mensuração inicial Somente após devidamente avaliados, serão depreciados DATA DE CORTE Reconhece-se no patrimônio, depreciando-o desde a sua colocação em uso
26 Experiência do Poder Executivo de Santa Catarina Pressupostos: 3) Fixação de vidas úteis para ativos de infraestrutura; 4) Estabelecimento de modelo de laudo de avaliação; 5) Gastos adicionais que integram o custo do ativo de infraestrutura (projetos, execução, fiscalização, desapropriações, realocação de famílias, licenças ambientais, recuperação de áreas, medidas de compensação, entre outros);
27 Experiência do Poder Executivo de Santa Catarina IN não editada, como reconhecer ativos de infraestrutura? Os normativos vigentes já autorizam o reconhecimento; Maior dificuldade: controle desses ativos (atualmente, planilhas eletrônicas); Comissão propos a adoção de alternativa ao controle em planilhas eletrônicas.
28 Experiência do Poder Executivo de Santa Catarina Resultado desse reconhecimento(balanço/2013): Contas de registro Valor (R$) Rodovias e estradas , Pontes , Barragens ,98 Obras em andamento: Contas de registro Valor (R$) Obras em Andamento , Estudos e Projetos ,05
29 Experiência do Poder Executivo de Santa Catarina Eoqueestáporvir? (alguns números aproximados) - Custo médio de rodovia em Santa Catarina: R$ ,00/km construído - Custo médio para construção de 100 metros de ponte: R$ ,00
30 Experiência do Poder Executivo de Santa Catarina Eoqueestáporvir? (alguns números aproximados) - Infraestrutura atual: km de rodovias pavimentadas km de rodovias não pavimentadas 700 pontes
31 Experiência do Poder Executivo de Santa Catarina Eoqueestáporvir? (alguns números aproximados) - Em uma visão simplificada: Item Custo por unidade de Quantidade Valor estimado medida construída (R$) atual (R$) Rodovias ,00/km km ,00 Pontes ,00/ pontes metros (24.500m) ,00 - Itens que mais se degradam: Pavimento e drenagem
32 Experiência do Poder Executivo de Santa Catarina Eoqueestáporvir? (alguns números aproximados) - Foco inicial do DEINFRA: Mensuração inicial das pontes (incluindo as duas pontes da Capital); Túneis; Terrenos das rodovias(faixas de domínio).
33 Experiência do Poder Executivo de Santa Catarina Oqueseesperacomisso? - Contribuir para a mudança no enfoque reativo da gestão de ativos de infraestrutura; - Ampliar a qualidade dos ativos de infraestrutura do Estado; - Oferecer informações relevantes para decisões que envolvam a gestão de ativos de infraestrutura.
34 Algumas referências BRASIL. Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de contabilidade aplicada ao setor público-parte II: procedimentos contábeis patrimoniais. 5. ed. Brasília: STN/MF, CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC n , de 11 de dezembro de 2013: altera a NBC TG 27, que dispõe sobre ativo imobilizado. Brasília: CFC, Disponível em: < Acesso em: 23 mar CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC nº 1.129, de 21 de novembro de Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 25 nov. 2008a. Disponível em: < Acesso em: 23 mar CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC n , de 25 de novembro de 2008: Aprova a NBC T 16.9 Depreciação, Amortização e Exaustão. Brasília: CFC, 2008c. Disponível em: < Acesso em: 23 mar
35 Algumas referências CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Resolução CFC n , de 21 de novembro de Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 25 nov. 2008d. Disponível em: < Acesso em: 23 mar LEE, J.; FISCHER, G. Infrastructure assets disclosure in Australian public sector anual reports. Accounting Forum. V. 28, p , REPUBLIC OF SOUTH AFRICA. Guidelines for infrastructure asset management in local government
36 Contato Gerência de Estudos e Normatização Contábil genoc@sefaz.sc.gov.br (48) / Diretoria de Contabilidade Geral Secretaria de Estado da Fazenda Estado de Santa Catarina
Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil.
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