ANEXO I 1. REGIME DE NOTIFICAÇÃO/AUTORIZAÇÃO DE SERVIÇOS AÉREOS INTERNACIONAIS NÃO REGULARES
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- Matheus Caldas Canto
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1 ANEXO I O Instituto Nacional de Aviação Civil, adiante designado abreviadamente por INAC, representado pelo Presidente do Conselho de Administração, Dr. Luís António Fonseca de Almeida, e pelo Vogal do Conselho de Administração, Eng. Luís Ottolini Coimbra; e a Confederação do Turismo Português, adiante designada abreviadamente por CTP, organismo de cúpula do Associativismo empresarial do Turismo nacional, representado pelo Presidente da Direcção, Dr. Atilio Forte, e pelo Vice-Presidente, Dr. José Moita; reunidos nos termos do artigo primeiro do Protocolo, de 25 de Novembro de 2000, atendendo às dificuldades sentidas pelos agentes económicos ligados ao Turismo sobre a metodologia de apreciação dos pedidos de voos não regulares ( charters ), maxime no que respeita aos mercados de acesso condicionado, esclarecem que: 1. REGIME DE NOTIFICAÇÃO/AUTORIZAÇÃO DE SERVIÇOS AÉREOS INTERNACIONAIS NÃO REGULARES 1.1. REGIME DE NOTIFICAÇÃO Os serviços aéreos internacionais não regulares, a realizar entre os aeroportos nacionais e aeroportos situados em países do Espaço Económico Europeu EEE (EEE = UE + Islândia e Noruega), operados por transportadoras do EEE, estão sujeitos a notificação prévia, de acordo com as disposições do Regulamento (CEE) n.º 2408/92 do Conselho, de 23 de Julho. Os serviços aéreos a realizar, entre aeroportos nacionais e aeroportos situados na Confederação Suiça, por transportadoras comunitárias e suíças não se encontram sujeitos a autorização, em virtude do disposto no Acordo relativo aos Transportes
2 Aéreos entre a Comunidade Europeia e a Suiça, assinado em 21 de Junho de 1999, e em vigor desde 01 de Junho de REGIME DE AUTORIZAÇÃO O Decreto-Lei n.º 274/77, de 4 de Julho, e a Portaria n.º 129/79, de 22 de Março, constituem a legislação fundamental sobre serviços aéreos internacionais não regulares a serem operados entre Portugal e os países não abrangidos pelo disposto no ponto nº 1.1. Neste âmbito, a apreciação dos pedidos de voos não regulares apresentados por transportadoras aéreas será efectuada nos termos do n.º 2 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 274/77, caso a caso, segundo os seus méritos, sendo as autorizações das séries de voos charter concedidas com base na apreciação favorável dos pedidos tendo em conta os critérios gerais de aprovação que figuram no artigo 9.º do supramencionado diploma a idoneidade técnica e financeira do transportador, a sua justificação face às necessidades do mercado e a compatibilidade das condições oferecidas para a sua realização com o desenvolvimento são e ordenado da indústria do transporte aéreo. 2. SERVIÇOS AÉREOS INTERNACIONAIS NÃO REGULARES, A REALIZAR ENTRE OS AEROPORTOS NACIONAIS E AEROPORTOS SITUADOS NO BRASIL 2.1. PRINCÍPIO DA RECIPROCIDADE Recentemente, as autoridades aeronáuticas portuguesa e brasileira estabeleceram o princípio da reciprocidade no que diz respeito à concessão de direitos de tráfego de 4ªs liberdades, aplicável aos voos charter, a partir da estação IATA Inverno 2004/2005. A aplicação do princípio da reciprocidade está condicionada, pela autoridade aeronáutica portuguesa, à não existência de restrições, por parte da autoridade aeronáutica brasileira, ao normal desenvolvimento das operações exploradas em serviços aéreos regulares. 2
3 As transportadoras aéreas nacionais foram devidamente informadas pelo INAC do referido princípio da reciprocidade METODOLOGIA DE APRECIAÇÃO PARA OS VOOS NÃO REGULARES PARA O BRASIL Tendo em consideração o exposto no que respeita ao Brasil, as outorgantes convergem numa nova metodologia de apreciação de pedidos de voos charter, adaptando-se à evolução do mercado e aos índices da procura, a rever anualmente. Para aplicação de uma metodologia actualizada, o território brasileiro é dividido em dois segmentos de mercado constituídos pelas duas grandes regiões seguintes: Cone Centro-Sul Apreciação nos termos da lei, de pedidos de voos charter (e.g. eventos especiais), atenta à existência de serviços aéreos regulares, com a possibilidade de aprovação casuística, tendo em conta o interesse público Norte e Nordeste Brasileiro Apreciação, nos termos da lei, de todos os pedidos de voos charter de/para Norte e de/para o Nordeste Brasileiro, em rotas não operadas em serviços aéreos regulares, sem condicionamentos de acesso em termos de capacidade e frequência; Apreciação, nos termos da lei, de todos os pedidos de voos charter de/para Norte e de/para o Nordeste Brasileiro, em rotas operadas em serviços aéreos regulares (ex. Fortaleza, Natal, Recife, Salvador), sem condicionamentos de acesso em termos de capacidade e frequência nos seguintes períodos históricos de maior procura: 3
4 Natal e Ano Novo (1 de Dezembro a 31 de Janeiro); Carnaval e Páscoa (2 semanas antes e 2 semanas depois); Verão (última semana de Junho até ao final da primeira quinzena de Outubro) Fora destes períodos, apreciação, nos termos da lei, de todos os pedidos de voos charter de/para Norte e de/para o Nordeste Brasileiro, em rotas operadas em serviços aéreos regulares (ex. Fortaleza, Natal, Recife, Salvador), tendo como referência o nível de oferta de transporte aéreo não regular aprovado no período de Inverno IATA 2004/2005 e o princípio de não discriminação entre transportadoras aéreas não regulares. No entanto, este procedimento será reanalisado logo que seja concluída a revisão do D.L. nº 66/92, de 23 Abril PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS Os pedidos de autorização deverão ser submetidos em simultâneo às autoridades aeronáuticas portuguesa e brasileira, de acordo com as respectivas legislações. Voos não regulares que oferecem apenas transporte aéreo ( seat only ) não serão autorizados, por não se encontrarem contemplados na lei. Relativamente aos prazos de apresentação de pedidos de voos não regulares tal como estabelecido no n.º 1 do artigo 6.º do supramencionado Decreto-Lei, as notificações e os pedidos de autorização de voos não regulares, bem como qualquer alteração nas respectivas condições de operação, deverão ser transmitidos... com a maior antecedência possível e nunca com antecedência inferior a trinta dias em relação à data de início da série. Na apreciação dos pedidos, o INAC, considerará, apenas, aqueles que se encontrarem completos nos termos da legislação em vigor. 4
5 As alterações substanciais ao pedido inicial, relativamente aos voos charter a serem operados fora dos períodos sem condicionamentos de acesso, têm por efeito a decisão de indeferimento do mesmo, iniciando-se uma nova contagem de prazos com o pedido de alteração apresentado. As alterações substanciais são, nomeadamente, as seguintes: alteração de rota; alteração do período de operação; mudança de fretador(es) e/ou alteração do(s) contrato(s) de fretamento. Deste modo, os pedidos a submeter à autorização do INAC devem apresentar-se instruídos da seguinte forma: comunicação escrita endereçada aos Serviços, devidamente assinada, identificando o pedido número de voo, rota, horário, período, fretador(es) e aeronaves (tipo de equipamento, versão e respectiva matrícula); contrato de fretamento assinado pelas duas Partes, com a indicação do preço global de fretamento e dos preços mínimos e máximos de venda ao público. Assim que possível, o mais tardar após a emissão da respectiva autorização, a transportadora deve apresentar ao INAC cópia das brochuras publicitárias contendo os programas das viagens em causa. Lisboa, 16 de Maio de 2005 O Presidente do Conselho de Administração do INAC Dr. Luis António Fonseca de Almeida O Presidente da Direcção da CTP Dr. Atilio Forte 5
6 O Presidente do Conselho de Administração do INAC Dr. Luis António Fonseca de Almeida O Presidente da Direcção da CTP Dr. Atilio Forte O Vogal do Conselho de Administração do INAC Dr. Luis Ottolini Coimbra O Vice-Presidente da Direcção da CTP Dr. José Moita 6
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