IX Legislatura Número: 23 III Sessão Legislativa (2009/2010) Quarta-feira, 27 de Janeiro de 2010 REUNIÃO PLENÁRIA DE 27 DE JANEIRO

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1 Região Autónoma da Madeira Diário Assembleia Legislativa IX Legislatura Número: 23 III Sessão Legislativa (2009/2010) Quarta-feira, 27 de Janeiro de 2010 REUNIÃO PLENÁRIA DE 27 DE JANEIRO Presidente: Exmo. Sr. José Miguel Jardim de Olival Mendonça Secretários: Exmos. Srs. Sidónio Baptista Fernandes Ana Mafalda Figueira da Costa Sumário Sr. Presidente declarou aberta a Sessão às 9 horas e 22 minutos. PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA:- Deu-se continuação aos pedidos de esclarecimento à intervenção do Sr. Deputado Agostinho Gouveia (PSD) proferida na reunião anterior, tendo usado da palavra os Srs. Deputados Nivalda Gonçalves (PSD), Roberto Almada (BE), Carlos Pereira (PS), Rafaela Fernandes (PSD), Savino Correia (PSD) e Ivo Nunes (PSD). - Para tratamento de assuntos de interesse político relevante para a Região interveio o Sr. Deputado Rui Coelho (PSD). Respondeu, depois, a pedidos de esclarecimento dos Srs. Deputados Jaime Leandro (PS) e Medeiros Gaspar (PSD). - Ainda neste período foi presente um voto de protesto, apresentado pelo Bloco de Esquerda, a propósito dos Temporais do final de Dezembro de Após as intervenções dos Srs. Deputados Roberto Almada (BE), Jaime Leandro (PS), José Manuel Coelho (PND), Jaime Silva (MPT), Tranquada Gomes (PSD), Leonel Nunes (PCP) e Lino Abreu (CDS/PP), este voto, submetido à votação, foi rejeitado com os votos contra do PSD e os votos a favor do PS, do PCP, do CDS/PP, do BE, do MPT e do PND. PERÍODO DA ORDEM DO DIA:- Iniciaram-se os trabalhos com a apreciação e votação, na generalidade, do projecto de decreto legislativo regional, da autoria do Bloco de Esquerda, intitulado "Integração da medicina dentária no Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira". Usaram da palavra na discussão os Srs. Deputados Roberto Almada (BE), na apresentação do documento, José Manuel Coelho (PND), Bernardo Martins (PS), Leonel Nunes (PCP), Jaime Silva (MPT), Rafaela Fernandes (PSD) e Martinho Câmara (CDS/PP), tendo o diploma, submetido à votação, sido rejeitado. - Procedeu-se depois à apreciação e votação, na generalidade, do projecto de decreto legislativo regional, da autoria do Bloco de Esquerda, intitulado Regime de atribuição de bolsa social de apoio regional a estudantes do ensino superior público. Participaram nesta discussão, os Srs. Deputados Roberto Almada (BE), André Escórcio (PS), Isabel Cardoso (PCP), José Manuel Coelho (PND), Nivalda Gonçalves (PSD), Lino Abreu (CDS/PP) e Jaime Silva (MPT). Submetido à votação, este diploma foi igualmente rejeitado. - Por fim, a Câmara deliberou a baixa à comissão, após discussão na generalidade, e na qual intervieram os Srs. Deputados Roberto Almada (BE), José Manuel Coelho (PND), Leonel Nunes (PCP), Carlos Pereira (PS), Jaime Silva (MPT), Martinho Câmara (CDS/PP) e Gregório Pestana (PSD), do projecto de decreto legislativo regional que Promove o consumo de produtos regionais nas unidades de restauração públicas da Região Autónoma da Madeira, apresentado pelo Bloco de Esquerda. O Sr. Presidente encerrou os trabalhos às 12 horas e 50 minutos.

2 Pág. 2 O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito bom dia, Sras. e Srs. Deputados. Estavam presente os seguintes Srs. Deputados: PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA (PSD) Agostinho Ramos Gouveia Ana Mafalda Figueira da Costa Bruno Miguel Velosa de Freitas Pimenta Macedo Élvio Manuel Vasconcelos Encarnação Gabriel Paulo Drumond Esmeraldo Gustavo Alonso de Gouveia Caires Ivo Sousa Nunes Jaime Ernesto Nunes Vieira Ramos Jaime Filipe Gil Ramos Jaime Pereira de Lima Lucas Jorge Moreira de Sousa José Gualberto Mendonça Fernandes José Jardim Mendonça Prada José Lino Tranquada Gomes José Luís Medeiros Gaspar José Miguel Jardim Olival Mendonça José Paulo Baptista Fontes José Savino dos Santos Correia Manuel Gregório Pestana Maria do Carmo Homem da Costa de Almeida Maria Rafaela Rodrigues Fernandes Miguel José Luís de Sousa Nivalda Silva Gonçalves Orlando Evaristo da Silva Pereira Pedro Emanuel Abreu Coelho Rubina Alexandra Pereira de Gouveia Rui Miguel Moura Coelho Sara Aline Medeiros André Sidónio Baptista Fernandes Sónia Maria de Faria Pereira Vasco Luís Lemos Vieira Vicente Estêvão Pestana PARTIDO SOCIALISTA (PS) Carlos João Pereira Jacinto Serrão de Freitas Jaime Manuel Simão Leandro João André Camacho Escórcio Lino Bernardo Calaça Martins Maria Luísa de Sousa Menezes Gonçalves Mendonça PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS (PCP) Isabel Rute Duarte Rito da Silva Cardoso Leonel Martinho Gomes Nunes CENTRO DEMOCRÁTICO SOCIAL/PP (CDS) Lino Ricardo Silva Abreu Martinho Gouveia Câmara BLOCO DE ESQUERDA (BE) Roberto Carlos Teixeira Almada MOVIMENTO PARTIDO DA TERRA (MPT) Jaime Casimiro Nunes da Silva PARTIDO DA NOVA DEMOCRACIA (PND) José Manuel da Mata Vieira Coelho Já dispomos de quórum, declaro aberta a Sessão. Eram 9 horas e 22 minutos. Da Sessão Plenária de ontem transitaram onze pedidos de esclarecimento ao Sr. Deputado Agostinho Gouveia. Portanto, vou começar por dar a palavra, caso queira obviamente, à Sra. Deputada Nivalda Gonçalves.

3 A SRA. NIVALDA GONÇALVES (PSD):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Agostinho Gouveia, na sua intervenção de ontem falou da revisão da Lei das finanças das Regiões Autónomas e nada mais pertinente do que este assunto que inclusive hoje vai à comissão na Assembleia da República para ver se finalmente existe uma votação da mesma. E essa votação espera-se que seja uma votação em coerência de todos os partidos nesta Casa e também de todos os partidos na Assembleia da República. E gostava de lhe perguntar: se o Partido Socialista nesta Casa votou a favor desta lei, o que é que devemos esperar de um Partido Socialista na Assembleia da República que até à data não disse nada e que até à data apenas propõe o adiamento da votação da mesma? E como é que interpreta as palavras do Sr. Presidente do Governo Regional dos Açores quando critica a lei e a revisão da lei que estamos a propor quando sabemos que os Açores na anterior lei sempre recebeu mais do que a Madeira, na actual lei recebe mais do que a Madeira e na proposta que estamos a apresentar os Açores também voltam a receber mais? Que Presidente do Governo Regional dos Açores é este que não quer nem defende mais transferências para os Açores? O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sra. Deputada. Sr. Deputado Agostinho Gouveia, para responder. O SR. AGOSTINHO GOUVEIA (PSD):- Obrigado, Sr. Presidente. Sra. Deputada Nivalda Gonçalves, relativamente à posição do Partido Socialista na Madeira, o que esperar deste Partido Socialista que quando o seu candidato à Assembleia da República prometeu que ia alterar a lei das finanças, aqui dentro desta Assembleia já por mais de uma vez que prometeram que iram fazer alterações à lei das finanças regionais, zero! A lei que foi apresentada aqui teve o contributo do Bloco de Esquerda, teve o contributo do PCP, aliás até o Bloco de Esquerda tinha dúvidas mas com as alterações que foram feitas também já se comprometeu em aprovar esta lei. E este Partido Socialista, que tanto falou desta lei, não apresentou uma única proposta. Aliás, a única coisa que têm feito é pedir: adiar mais uma semana, adiar mais uma semana e nada, não saiu nada deste Partido Socialista para contributo dessa lei. Relativamente aos Açores. A reacção dos Açores é uma coisa que não lembra o diabo! Então uma região ou o Presidente de uma região que sabe que uma lei, se for aprovada, também vai aumentar as verbas que vão receber os Açores e só pelo facto dessa mesma lei também vir beneficiar a Madeira, o Presidente dos Açores já diz que não quer a lei! E sabendo de antemão que ia receber mais! Ora, Sra. Deputada, na minha terra, na Calheta, há um termo para definir esta situação: é a inveja! Sr. Deputado Roberto Almada, para um pedido de esclarecimento tem a palavra. O SR. ROBERTO ALMADA (BE):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Agostinho Gouveia. Ainda bem que falamos na lei das finanças regionais que vai hoje a discussão na comissão de planeamento e finanças da Assembleia da República porque têm existido aqui determinadas situações que são, do ponto de vista do Bloco de Esquerda, perfeitamente incompreensíveis. Tivemos partidos que na Madeira juraram fidelidade à lei que saiu aqui do Parlamento, tivemos partidos aqui na Madeira que prometeram mundos e fundos, mas a verdade é que na Assembleia da República não conseguiram manter as promessas que mantiveram na Madeira. E falo nomeadamente do CDS e o Deputado José Manuel Rodrigues, que aqui na Região Autónoma da Madeira, na Assembleia Legislativa da Madeira apresentou O SR. LINO ABREU (CDS/PP):- Está a falar de cor! O ORADOR:- votou favoravelmente esta lei, não apresentou nenhuma proposta de alteração, mas chegou à Assembleia da República: ai Jesus, ai Jesus! Deitou as mãos à cabeça porque o seu grupo parlamentar não aceitou O SR. LINO ABREU (CDS/PP):- Você está enganado! O ORADOR:- na generalidade aquela que era a proposta de lei das finanças regionais e lá teve que ir o deputado do CDS/PP-Madeira tentar fazer propostas de alteração, algumas das quais que vão de encontro às preocupações que o Bloco de Esquerda tinha. Não é isso que está em causa mas aqui na Região Autónoma da Madeira pura e simplesmente disse: sim senhor, vamos votar! Fez aqui uma grande campanha de promoção do seu líder e do deputado à Assembleia da República mas a verdade é que chegou à Assembleia da República, a montanha pariu um rato, meteu a viola num saco, e por pouco não era o CDS o coveiro da lei das finanças das regiões autónomas. Felizmente que partidos como o Bloco de Esquerda, que aqui tinham dúvidas O SR. LINO ABREU (CDS/PP):- Se não fosse o Bloco ia tudo por água abaixo! O ORADOR:- na Assembleia da República apresentaram propostas e, verdade seja dita, houve da parte do PSD, do Deputado Guilherme Silva, um aproximar àquelas que eram posições do Bloco de Esquerda e que, infelizmente, propostas essas que o Bloco de Esquerda também apresentou aqui na Assembleia Legislativa da Madeira O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- que o PSD chumbou mas que felizmente na Assembleia da República votou favoravelmente e aceitou essas propostas. Pág. 3

4 E a questão muito concreta que eu lhe queria colocar, para concluir: é se acha que todos os partidos se portaram de forma digna relativamente a uma proposta que pretende corrigir uma injustiça que foi feita à Madeira? Pág. 4 Sr. Deputado Agostinho Gouveia, para responder. O SR. AGOSTINHO GOUVEIA (PSD):- Obrigado, Sr. Presidente. Sr. Deputado Roberto Almada, é verdade o que diz. Nem tenho nada a mexer. Relativamente ao CDS eu estava a me preparar, garanto-lhe que me estava a preparar para chamar ao Sr. Deputado José Manuel Rodrigues o Jacinto dois! Risos do PSD. O SR. JOSÉ PRADA (PSD):- Não sei quem ias ofender, se um ou outro! O ORADOR:- Lembram-se da situação do Sr. Deputado na Assembleia da República, a posição que ele teve? E passou não se sabe bem porquê! Porque o Partido Popular a nível nacional toda a gente sabe qual tem sido a sua posição: o de encosta aqui, o de encosta ali deixa ver onde é que isto serve melhor. Vamos aguardar por esta manhã, a partir das dez ou onze horas, para ver porque ainda é cedo para tomar alguma posição. É que relativamente a este Partido Popular nunca se sabe bem o que é que vai sair dali. Mas esperemos que por uma questão de dignidade que o Sr. Deputado José Manuel Rodrigues cumpra aquilo que até no seu programa eleitoral tinha, que era a da revisão da Lei das Finanças Regionais. Portanto, ninguém está a inventar nada, ninguém está aqui querer criar nada. O Partido Popular tinha no seu programa eleitoral exactamente esta revisão da Lei das Finanças Regionais. Que aliás toda a gente concorda, da esquerda á direita, que é uma lei injusta, que é uma lei que foi criada exactamente para penalizar a Madeira. Disto ninguém tem dúvidas. Só o PS é que não quer ver porque de resto toda a gente aliás eu estive presente na Assembleia da República quando foi apresentada pela primeira vez e de um lado a outro daquele Plenário, excepto o PS, toda a gente concordou dizendo que esta era uma lei injusta e que foi feita cirurgicamente para penalizar a Madeira e os madeirenses. Sr. Deputado Carlos Pereira, para um pedido de esclarecimento tem a palavra. O SR. CARLOS PEREIRA (PS):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Agostinho Gouveia ontem ouvimos uma intervenção sua nesta Casa com uma preocupação que julgo que todos partilhamos, uma preocupação com a situação do país. A situação do país não seria razoável dizer que é uma situação brilhante e partilhamos todos essas preocupações. Mas, Sr. Deputado, estamos na Região Autónoma da Madeira, no Parlamento Regional e não deixa de ser curioso que V. Exa. tenha feito referência à dívida, ao desemprego, à situação difícil da economia do país mas não ouvi uma palavra de V. Exa. sobre aquela que é a dívida da região, a situação difícil da região, da economia da região, do desemprego da região E isto de facto não abona a favor da coerência da sua intervenção. Nós afinal estamos todos no mesmo barco. É indispensável que não esqueçamos que a Madeira tem mais de 5,6 mil milhões de euros de dívida, que não esqueçamos que tem mais de 10% do desemprego, que não esqueçamos que tem a taxa maior de falências do país, que não esqueçamos que tem os maiores índices de pobreza do país. Não é possível esquecer isto. E Sr. Deputado Agostinho Gouveia, também não é possível dizer, porque é má-fé e desonestidade intelectual que isto é consequência da lei das finanças regionais. A lei das finanças regionais não é o causador desta situação, o causador principal desta situação, V. Exa. sabe, é uma má governação nos últimos anos. E é indispensável que esta verdade seja reposta. E para bem da intervenção que V. Exa. fez, supostamente uma intervenção que gostaria que fosse séria e credível, era importante que sublinhasse estas matérias, era importante que tivesse o bom senso e também a coragem de dizer: é preciso mudar a Madeira, é preciso deixar de gastar tanto, é preciso deixar de ter tantas despesas desnecessárias, é preciso acautelar a economia, é preciso acautelar o desemprego. E nesta matéria, Sr. Deputado, nós não temos visto uma medida, uma intervenção O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- Termino já. Nós conhecemos muito bem aquelas que foram as propostas do orçamento regional e nessas propostas, infelizmente, nenhuma dessas questões estão salvaguardadas. E é assinar ao lado, é atirar ao poste quando o partido que suporta o Governo está sistematicamente a falar naquilo que não é essencial e esquece-se, deliberadamente, do que é essencial que é a situação das famílias e das empresas da Madeira. Sr. Deputado Agostinho Gouveia, para responder. O SR. AGOSTINHO GOUVEIA (PSD):- Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Deputado Carlos Pereira, ainda bem que esta questão foi colocada hoje. É porque se fosse ontem se calhar era diferente. Sr. Deputado, relativamente à má governação que afirma. Ora bem, vamos então comparar o que é má governação: o senhor lembra-se de a 11 de Novembro de 2008, num domingo à tarde, um conselho de ministros ter reunido à pressa

5 O SR. JAIME LEANDRO (PS):- Não foi no Santo da Serra? Risos da oposição. O ORADOR:- para decidir privatizar um banco? Sabe o que aconteceu? O que aconteceu é que nesse mesmo dia à tarde o Sr. Ministro das Finanças dizia: ah, isto é para salvar um banco nacional e isto vai custar ao Estado O SR. CARLOS PEREIRA (PS):- O senhor não tem a mínima noção do que está a dizer! O ORADOR:- O Estado. Toda a gente sabe quem é o Estado?! O Estado não é o Partido Socialista, o Estado somos todos - isto vai custar ao Estado cerca de 700 milhões de euros. Ora, 700 milhões de euros era o que estimava que ia custar. O Sr. Deputado sabe em quanto é que já vai essa brincadeira? Sabe em quanto já vai essa brincadeira? Olhe, quem afirmou foi o presidente da Caixa Geral de Depósitos, que foi chamado à Assembleia da República e afirmou nestes termos: o BPN engole 10 milhões de euros por dia. O SR. CARLOS PEREIRA (PS):- Não diga disparates! O ORADOR:- Isto até aquele dia já tinha sido isto é verdade, são afirmações feitas pelo presidente da Caixa Geral de Depósitos a dizer que já tinha injectado 4 mil 190 milhões de euros. Foram informações do presidente da Caixa Geral de Depósitos na Assembleia da República não sou eu que estou a criar estes números. O SR. CARLOS PEREIRA (PS):- Mas quais números?! O ORADOR:- São números ditos pelo presidente da Caixa Geral de Depósitos que durante 430 dias já o PBN tinha recebido 4 mil 190 milhões de euros. Quem o diz é o presidente da Caixa Geral de Depósitos não sou eu. O SR. CARLOS PEREIRA (PS):- Não sabe o que está a dizer! O ORADOR:- E afirma ainda que até à data da privatização poderá ir até aos 4 mil e 500 milhões. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Sr. Deputado, terminou o seu tempo. O ORADOR:- A isto é que se chama uma má governação, Sr. Deputado! O SR. CARLOS PEREIRA (PS):- Da Madeira nada. Da Madeira não convém falar! Sra. Deputada Rafaela Fernandes, para formular um pedido de esclarecimento, faz favor, tem a palavra. A SRA. RAFAELA FERNANDES (PSD):- Ora, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Agostinho Gouveia, ontem fez referência a um conjunto de custos que o Estado português tem com um conjunto de empresas privadas. Ontem foi anunciado, pelo Sr. Ministro, que haverá também relativamente a outro apoio internacional a um país dos PALOP s, nomeadamente Angola, de 140 milhões de euros. Ora, Sr. Deputado, eu gostaria que relembrasse nesta Casa qual é exactamente o significado da Lei das Finanças Regionais no âmbito do Orçamento de Estado e qual é a percentagem de transferências do Orçamento de Estado para a Região Autónoma da Madeira por comparação àquilo que é para a Região Autónoma dos Açores. Por outro lado, Sr. Deputado, gostaria também de saber a sua opinião sobre este comportamento por parte do Sr. Ministro das Finanças, por parte de toda a sua equipa relativamente a esta questão da Lei das Finanças Regionais, que é no mínimo estranho para o mais simples dos técnicos da área perceber o porquê de se estar a tentar justificar a incapacidade do Governo português de tomar de facto as medidas sérias e as medidas responsáveis para a governação de Portugal e em vez de o fazer está a tentar criar este engodo, tentar enganar os portugueses com esta falsa questão e com esta falsa polémica que se levanta sobre a Lei das Finanças Regionais. E, portanto, Sr. Deputado, eu gostaria de algum comentário da sua parte relativamente a estas matérias. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Muito obrigado, Sra. Deputada. Sr. Deputado Agostinho Gouveia, para responder. O SR. AGOSTINHO GOUVEIA (PSD):- Obrigado, Sr. Presidente. Sra. Deputada Rafaela Fernandes, vamos lá ver. Se calhar aqui é preciso, para desmistificar um bocado disto, explicar um pouco o que é que está em causa com esta lei das finanças regionais. É que há muita confusão no meio disto e acima de tudo há muita maneira, por parte do Sr. Ministro das Finanças, de influenciar a comunicação social para tentar passar a imagem que ele quer. Ou seja, ele vem dizer que se for aprovada a lei das finanças regionais vai pôr em causa o Orçamento de Estado. Ora, nada mais falso e nada mais vergonhoso dizer perante a comunidade internacional que 85 milhões, que é o valor que está em causa se esta lei for aprovada, que 85 milhões de euros vão pôr em causa o Orçamento de Estado de um país. Ora bem, se isto é verdade então estamos pior que a Grécia! É de uma asneira total fazer uma afirmação destas. Um ministro que sabe que o orçamento já está aprovado, o orçamento já conta com a aprovação do PS, a abstenção do CDS e do PSD. Ora, o orçamento já está aprovado; perante a comunidade internacional é garantido que o orçamento vai funcionar e agora dizer que se se aprovar uma lei que está visto que essa lei pode influenciar entre 82 a Pág. 5

6 85 milhões de euros vai pôr em causa a governação e que pode vir a demitir-se, isto é a maior asneira que se pode ter ouvido. Depois o que é que está em causa, a outra situação que está em causa e que o PSD já cedeu nesta matéria, o Bloco de Esquerda já cedeu, o CDS também já, o que é que está em causa? Há uma comissão de apoio nas comissões na Assembleia da República, uma comissão isenta que verificou que esta lei, em 2007, penalizou a Madeira em 163 milhões de euros. Mas a Madeira não foi tão longe e achou que com 14 milhões já era aceitável. Pág. 6 O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o seu tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- Portanto, na condição de não penalizar o Orçamento de 2010, Sr. Presidente eu já termino, depois encurto nos próximos. Só para concluir a ideia. para não penalizar o Orçamento de 2010, o PSD apresentou uma proposta dizendo: tudo bem, nós aceitamos que não faça qualquer influência no Orçamento de 2010, aceitamos, quer-se que 50% sejam recebidos só no final de 2011 e os outros 50% só no final de 2012, portanto, para não prejudicar O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):-, Sr. Deputado, peço que conclua. O ORADOR:- E digo-vos ainda mais, essa verba poderá ser não para nós recebermos, a região, mas para abater no empréstimo que foi feito para pagamento a tempo e horas. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terá que concluir, Sr. Deputado. O ORADOR:- Portanto, esta é uma abertura do PSD para provar que a lei é justa e vem resolver um problema que é por todos verificada. Sr. Deputado Savino Correia, para formular um pedido de esclarecimento tem a palavra. O SR. SAVINO CORREIA (PSD):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aproveitando a intervenção do meu colega e face à importância que reveste para a Madeira e Lei das Finanças Regionais, sabendo que ontem à noite bem à maneira portuguesa, mesmo quase nos últimos minutos, quase à espera da badalada da meia-noite, entregou-se o Orçamento de Estado, fiquei surpreendido quando verifiquei que o défice apresentado foi de 9.3 em Novamente apanhou muita gente de surpresa porque se falava em 8, 8.5, 8.4, 8.3 e afinal foi de 9.3. Acima daquilo que era previsível. Mas fiquei preocupado porque não vi, depois de tanta explicação para reduzir a despesa e de querer penalizar a Madeira exactamente para não reduzir a despesa, eu não ouvi durante aquela noite de ontem nenhuma explicação de facto de como o Estado vai mexer, porque tem que mexer de forma estrutural quer na receita mas sobretudo na despesa, e não ouvi da parte do Estado, do Ministro das Finanças, uma explicação de como vai tocar na despesa. Antes pelo contrário, fiquei preocupado porque, como nós sabemos, ainda não está contabilizado em sede de Orçamento as parcerias público/privadas, que já se fala em 20 mil milhões de euros. As obras públicas, TGV e Ota não estão contabilizadas e pretende-se, em 2013, atingir 3%. Ora, isto é francamente improvável, isto é mentir, isto é uma mentira, isto é uma falácia, isto não é rigor. Portanto, aquilo que eu quero perguntar ao meu colega é que se alguém aceita este pretexto para dizer que se vai embora, que está irritadíssimo, tratar assim os madeirenses de uma forma profundamente injusta? Porque eu não admito ser tratado como estou a ser tratado, estou revoltado e isto é indigno tratar-nos desta forma. Nós merecemos mais respeito porque durante muitos séculos nós demos e nada recebemos da República. E aquilo que eu quero perguntar O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o seu tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- é onde é que está a grande despesa, ou quarto da despesa, onde é que vai cortar? Apenas e tão só uma coisa eu fiquei a saber: é a hostilidade do Governo da República aos funcionários públicos, quando o Ministro das Finanças diz: aumentos vou propor reparem propor O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Peço que conclua, Sr. Deputado. Muito obrigado. Sr. Deputado Agostinho Gouveia. O SR. AGOSTINHO GOUVEIA (PSD):- Vou tentar ser mais breve agora, Sr. Presidente. Sr. Deputado Savino Correia. Ora bem, relativamente ao Sr. Ministro das Finanças eu afirmei ontem e repito hoje: aquele senhor tem ódio à Madeira. E é a pura verdade. Basta ver quando ele se refere à Madeira com que termos é que fala. Quando ele diz, por exemplo, e toda a gente ouviu eu sinto-me humilhado quando vejo um senhor dizer: ah, vamos dar mais dinheiro ao Governo da Madeira? Então vamos dar mais milhões à Madeira? Como é que os funcionários públicos vão perceber isso? Isso é uma falsidade. Aliás este Governo tem sido desde sempre uma fraude e falso, este Governo tem mentido ao país, este Governo não tem dito a verdade ao país. Até agora têm falado de um défice excessivamente baixo que não era verdade mas para a comunidade internacional verificar isso. Agora que precisa de negociar diz aos parceiros, diz aos outros partidos: aqui d el rei que afinal o défice já vai em 8,7 e se vocês não aprovam o Orçamento vai ser a desgraça do país! É uma fraude! E conta com o apoio do Banco de Portugal, conta com o apoio do Governador do Banco de Portugal, esse mesmo que quando

7 foi para o Sócrates ganhar as eleições afirmou que o défice estava em 6,3 quando efectivamente não o era. E agora é outra vez com o apoio deste senhor que põem o défice lá em cima para pôr os partidos a dizerem: afinal se as coisas estão assim tão más, vamos ter que aprovar isto para que o país não se saia mal. É mais uma fraude, é mais uma mentira! Este Governo tem estado constantemente a mentir aos portugueses e está na hora de uma vez por todas de dizer a verdade aos portugueses. Sr. Deputado Ivo Nunes, para um pedido de esclarecimento tem a palavra. O SR. IVO NUNS (PSD):- Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado Agostinho Gouveia, eu ontem ao ouvi-lo impressionou-me uma expressão que ainda hoje repetiu sobre o ódio do Ministro das Finanças para com a Madeira sobre o continuar sempre a dizer que a Madeira é despesista, etc.. E o Sr. Deputado acrescentou uma coisa, disse que muita gente não acredita nisto. Ora, eu penso que água mole em pedra dura, tanto dá até que fura e há muito mais gente do que nós pensamos que acredita nestes senhores. E eu vou referir só aqui a propósito também do que já disse: eu estive este fim-de-semana nos Açores, fui convidado para uma conversa entre amigos (digo conversa), e o tema era sobre a política regional. E eu fiz uma pergunta e obtive uma resposta e fizeram-me uma pergunta e eu dei a minha resposta. E a pergunta era esta: porque é que os Açores deixaram de protestar? Antigamente era uma Autonomia progressiva, contestava, queria mais; hoje calaram-se. A resposta foi esta: deixaram de reclamar porque agora recebem mais. E infelizmente trocaram o ter pela dignidade do ser. Contentam-se em receber e já não querem ser mais nem ter mais Autonomia porque assim estão bem. Quer dizer, passaram da Autonomia progressiva para uma Autonomia cooperativa. Depois fizeram-me uma pergunta: se eu achava justo que a Madeira, nas verbas do Orçamento do Estado, recebesse dez vezes mais que os Açores. E eu fiquei assim dez vezes mais? Sim, porque os Açores irão receber apenas 7 milhões e a Madeira irá receber cerca de 80 milhões. São dez vezes mais. Depois de explicar que tratava-se só de uma reparação do passado O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- eu perguntei: que explicação é que isto tem? Eles não estão a contestar que a Madeira receba mais, mas que a Madeira receba o que antes recebia e só encontrei uma explicação que aqui o colega já deu: não se trata de uma questão de injustiça mas de uma questão de inveja. Gostava do seu comentário. Sr. Deputado Agostinho Gouveia faz favor. O SR. AGOSTINHO GOUVEIA (PSD):- Obrigado, Sr. Presidente. Sr. Deputado Ivo Nunes, essa é uma realidade mas não é só dos Açores, infelizmente essa é uma realidade que a maioria dos portugueses tem porque essa realidade foi constantemente feita passar através da comunicação social. E, portanto, a maior parte das pessoas do Continente, por exemplo, não só dos Açores mas principalmente do Continente, já começou a assimilar a ideia de que os madeirenses vivem à custa dos continentais! Aliás, isto vindo do Ministro das Finanças, uma pessoa que tem, que devia de ter responsabilidades perante o país, fazer tais afirmações é de bradar aos céus! Depois, qualquer madeirense claro que tem que se sentir humilhado quando vê que: então, vamos a Braga ou a Bragança ou em qualquer sítio os alunos têm direito à escola, as pessoas têm direito à saúde era o que faltava nós aqui na Madeira, sendo portugueses, também não termos! E depois tenta passar esta imagem que é com os impostos dos contribuintes do Continente que a Madeira faz as festas Portanto, é de uma coisa que, sinceramente, faz pena ver isto. Aliás eu diria: este Sr. Ministro das Finanças ele não tinha que se demitir, ele já devia era de ter sido demitido pelas atitudes que toma, atitudes que no fundo põem portugueses do Continente contra os portugueses da Madeira. É esta a reacção que ele vai trazer. Relativamente aos valores adicionais que se diz que a Madeira continua a receber, ele próprio fomenta isso quando o Sr. Ministro das Finanças diz: ah, 400 milhões vão onerar o Orçamento de Estado, quando sabe perfeitamente que não são 400, são 82. Veja-se, para não dizer que são 82 fala-se numa verba muito maior que é para a opinião pública começar a pensar: eh, caramba, mas realmente 400 milhões, isso é muito dinheiro para a Madeira! Quando efectivamente não são 400 milhões, são apenas 82. Isto é mais uma fraude, é mais uma mentira deste Sr. Ministro ao país. Passamos ao período de antes da ordem do dia. E para uma intervenção política, dou a palavra ao Sr. Deputado Rui Coelho. O SR. RUI COELHO (PSD):- Senhor Presidente Senhoras e Senhores Deputados Pretendo nesta intervenção fazer um enquadramento político financeiro que nos condiciona e nos influencia no diaa-dia. Nestes últimos 30 anos a vida da Região não tem sido fácil, por muito que se apregoa foi um caminho célere mas árduo que continua sem limites, até termos a Autonomia que pretendemos para poder dar respostas mais positivas a todos os madeirenses. Pág. 7

8 E digo caminho célere porque em apenas 30 anos a Região Autónoma da Madeira deixou de ser uma região atrasada, com problemas graves ao nível da saúde, da habitação, da educação, para ser uma região evoluída onde hoje as condições de vida são muito melhores que em todo o País. Não tenho receio em afirmar a Região Autónoma da Madeira é a melhor Região do País para se viver! E também digo, foi um trabalho árduo, porque não tivemos a Autonomia suficiente para dar uma resposta mais eficaz a todos os madeirenses. A palavra Autonomia, não é nada que se possa ir ao dicionário e ver o seu significado. A Autonomia para mim não tem fim, é um objectivo fulcral do desenvolvimento da Madeira. A Autonomia da Madeira é para não se fazer negócios, a Autonomia da Madeira é para dar melhores condições de vida aos portugueses da Madeira. A Autonomia não é do Partido Social-Democrata nem de nenhum partido. É certo que foi o Partido Social- Democrata da Madeira que mais lutou, que mais trabalhou, que mais agiu, que mais reivindicou pela Autonomia. Mas a Autonomia é Património da Madeira. Os ataques constantes vindos do rectângulo, os ressabiamentos, a inveja, o rancor, a raiva, a aversão que o Estado Português tem sobre a Madeira fez este caminho muito mais árduo. As lutas constantes, o não reconhecimento do desenvolvimento da Região Autónoma da Madeira faz com que os governantes deste país tenham ódio, não gostem de nós como parte integrante da sociedade portuguesa. Todos conhecem o nosso Hino, a Portuguesa, que diz contra os Canhões Marchar, Marchar. Mas nós nem canhões temos, não contra nós, todos os canhões estão ao serviço da República no Palácio de São Lourenço. Não podemos morrer na praia, hoje somos banidos dos direitos constitucionais, legais e políticos que deveriam estar associados a Autonomia da Região. Hoje temos ónus e deveres inerentes à condição de cidadãos portugueses, mas não temos os direitos dos restantes cidadãos do País. Não tenho dúvidas, este Estado, este Governo da República é segregacionista para com a Madeira. Afirmo perante todos os madeirenses que jamais alguém como José Sócrates e Teixeira dos Santos discriminam a Madeira. Discriminação da Madeira em detrimento de outra região autónoma: os Açores. Tudo porque estes senhores não sabem diferenciar, mais do que isso, não sabem perder, mais do que isso, não cumprem com o que são os direitos da Região Autónoma da Madeira. Mas também não precisamos dos traidores socialistas dos Açores, mas compreende-se a posição de curvatura perante Lisboa! Hoje, este Estado já tem um princípio de unidade: para cumprir deveres e obrigações os madeirenses fazem parte da Unidade do Estado, para serem tratados como os continentais e termos acesso a apoios que eles têm, já pertencemos à diferenciação, somos logo excluídos, somos logo postos de parte. Isto não é discriminação? Isto não é tortura? Nunca se sentiu tanto o que é ser português de segunda e português de terceira. Não somos do tempo de Salazar, não tenho dúvidas que algo do género na altura não se passasse. O que o Governo da República faz à Madeira é tortura. A Autonomia não se pode ver no dicionário, mas eu fui ver os sinónimos de tortura. E lá estava o significado: tortura quer dizer suplício, quer dizer tormento, quer dizer atrocidade e angústia. E não pensem que a tortura é apenas o que se faz por esse mundo fora. O que este Primeiro-Ministro e o Ministro das Finanças fazem à Madeira é realmente uma tortura. O Estado não paga, e ainda condiciona. O Estado tem relutância em autorizar os empréstimos, enfim contra a Madeira Marchar, Marchar. Nós temos de afirmar, contra aqueles que lutam contra os madeirenses: Lutar, Lutar! Somos sempre uma espinha na garganta do Primeiro-Ministro. Vejamos agora algo que temos de desmistificar! O endividamento do Estado ultrapassou os 100% do BIP enquanto que o da Região não passa dos 18%. A grande questão é que a Madeira em nada beneficiou dessa dívida, dado que o Estado há muito que nada executa na Região. Transfere cada vez menos verbas para a Região e não paga nada em relação a áreas estruturais como a saúde e a educação. Mas mesmo assim a dívida do Estado é também dos madeirenses, que já pagam e continuarão a pagar a respectiva factura. Ao contrário do que afirma o Governo Socialista da República, não é o Continente que paga a dívida da Madeira, são os madeirenses que suportam a dívida do Estado e que pagam sem beneficiar dela. Não podia deixar aqui de lembrar o presente natalício do Primeiro-Ministro com a aprovação dos casamentos das pessoas do mesmo sexo. Com isto não perco tempo, cada um com o seu gosto. Agora, um País na bancarrota, um País em retrocesso, um País com um défice super excessivo, põe em primeiro lugar um assunto que em nada resolve os verdadeiros problemas dos Portugueses. A guerra feita aos madeirenses através da Lei das Finanças Regionais é mais um exemplo fulcral da tortura e da discriminação à Região. Eu não tenho dúvidas que o Primeiro-Ministro e o Ministro das Finanças vêem aqui uma possível oportunidade para fugir às suas responsabilidades, porque foi o Dr. Teixeira dos Santos que pôs este País na bancarrota. E agora perante uma lei, porque o que está em causa são 0,05 da despesa, o Sr. Ministro das Finanças admite fugir, ameaça demitir-se, faz chantagem. Pois bem, se faz chantagem é porque reconhece que a Lei das Finanças Regionais é correcta. Faça um favor ao País: antes de sair peça desculpa! Hoje não querem aceitar a Lei das Finanças Regionais, um direito da Madeira, mas emprestam-se milhões a Angola, emprestam-se 140 milhões a Angola para entrar em capitais sociais de empresas portuguesas, emprestam-se milhões para comprar a Zon, a TV Cabo e a Portugal Telecom, acções do BCP e muito mais. Não se cumpre com os direitos da Madeira, mas emprestam-se 140 milhões. Então aí já não se põe em causa o Orçamento de Estado para 2010? Pág. 8

9 Bem, a mim só me resta dizer: perante a tortura, a discriminação, a asfixia criada à Região, só há que lutar. Muito obrigado. Transcrito do original. Aplausos do PSD. Vozes do PSD:- Muito bem! O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Estão inscritos sete senhores deputados para pedidos de esclarecimento. Estamos a terminar o PAOD. Vou dar a palavra ao Sr. Deputado Jaime Leandro, para um pedido de esclarecimento, a seguir ao Sr. Deputado Medeiros Gaspar e esgotamos o tempo. Os outros senhores deputados transitam para a próxima Sessão Plenária. Tem a palavra. O SR. JAIME LEANDRO (PS):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, retive, da intervenção do Sr. Deputado Rui Coelho, uma palavra que me parece forte para a circunstância. E essa palavra é tortura. E quem lê o Diário de Notícias hoje vê aqui o seguinte: PS tenta adiar votação da Lei das Finanças Regionais, CDS suaviza e PSD treme. Depois diz: PSD deixa cair os retroactivos, CDS propõe meia lei, ou meia dose isto já parece uma lei take away. E devo dizer-lhe que, como diz o povo, nesta matéria ninguém tem água com que se lave. Aqui dentro ninguém tem água com que se lave. Protestos do PSD. O SR. JOSÉ PRADA (PSD):- Cada um lava como quer! O ORADOR:- Fizemos aqui uma proposta, que foi aprovada por unanimidade, fizemos aqui uma proposta de alteração à lei que foi aprovada por unanimidade, que encerrava um conjunto de pressupostos. E eu tenho visto a posição que os partidos têm assumido a nível nacional, todos eles, desde o PSD ao PS, passando pelo CDS, desde os adiamentos que têm sido propostos, das concessões que têm sido feitas. E o que eu pergunto ao Sr. Deputado Rui Coelho é se acredita que a lei que aqui foi aprovada será integralmente aprovada na Assembleia da República, se é que o vai ser! Muito obrigado. O SR. ROBERTO ALMADA (BE):- Olhe que não! O SR. JOSÉ PRADA (PSD):- Não me diga que acredita no Pai Natal! O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Sr. Deputado Rui Coelho, para responder faz favor. O SR. RUI COELHO (PSD):- Obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Jaime Leandro, é natural que o Sr. Deputado meta água. Se calhar ainda é fruto do resultado eleitoral que teve nas eleições do Partido Socialista! O SR. JOSÉ PRADA (PSD):- É mauzinho! O ORADOR:- Sr. Deputado, quanto ao adjectivo que eu utilizei para classificar o Governo da República que continua com os ataques cerrados à Madeira vindos de lá do rectângulo com a aprovação da Lei das Finanças Regionais, devo-lhe dizer que os madeirenses não podem nem compreendem o que se está a passar, que é exactamente uma tortura. O SR. JAIME LEANDRO (PS):- Qual é a posição do seu partido? O ORADOR:- E a tortura, continuo a dizer, é suplício; quer dizer tormento, quer dizer atrocidade e quer dizer angústia. Neste momento os madeirenses sentem tudo isto porque estamos a ser ultrajados. E os madeirenses não admitem chantagem, porque chantagem significa que a lei está correcta. A lei que foi aprovada aqui na Região Autónoma da Madeira é a lei que nós entendemos estar correcta, é a lei que traz mais desenvolvimento para a Madeira. E nós não nos podemos esquecer que esta lei foi aprovada aqui por unanimidade e temos tido a coerência de alguns partidos nesta Casa que têm mantido a sua posição sempre mas não posso dizer a mesma coisa do seu partido. O seu partido ultrajou a Lei das Finanças Regionais e não apoia esta lei O SR. JAIME LEANDRO (PS):- Responda à minha pergunta! O ORADOR:- porque o Partido Socialista nunca esteve nem nunca estará ao lado dos madeirenses. Muito obrigado. Vozes do PSD:- Muito bem! O SR. JAIME LEANDRO (PS):- Não respondeu à minha pergunta! Pág. 9

10 Sr. Deputado Medeiros Gaspar, faz favor. O SR. MEDEIROS GASPAR (PSD):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Sr. Deputado Rui Coelho teve o ensejo de aqui dizer e tocar naquela que é hoje a grande ferida que está aberta mais uma vez entre a Região Autónoma da Madeira e o país. É que a Madeira continua a ter uma luta pela Autonomia e temos uma República que não compreende a Autonomia e que a tenta asfixiar por todos os mecanismos que tem ao seu dispor. Tocou aqui na questão da Autonomia não ter fim para os madeirenses porque é um instrumento ao serviço do seu desenvolvimento e de termos uma República que percebendo exactamente o alcance dessa Autonomia, até onde é que os madeirenses a pretendem utilizar em proveito do seu desenvolvimento, o esforço que essa República faz para travar esse instrumento que para a mentalidade dessa República em má hora foi disponibilizada a este povo. Temos aqui também uns Açores que mostram a sua verdadeira face de traidores ao espírito da Autonomia. Pág. 10 Vozes do PSD:- Muito bem! O ORADOR:- Como é que um Presidente de uma região autónoma, que se diz defensor da Autonomia, pode vender os princípios da Autonomia, a dignidade do povo açoriano a troco de uns milhões só porque isso serve o interesse político momentâneo de um partido que é o do Partido Socialista. Portanto, Sr. Deputado Rui Coelho, perguntava-lhe o seguinte: se não acha que é algo de algum desplante o que disse agora o Sr. Deputado do PS quando disse que ninguém aqui tem água com que se lave. O SR. JAIME LEANDRO (PS):- Eu pergunto o que é que o seu PSD tem feito na República à proposta que foi aqui aprovada? O ORADOR:- Isto é um ultraje! Porque nós sociais-democratas e os madeirenses têm pago em vida O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- e têm água com que se lave porque sabem com que água se lavam e com a qual não admitem ser conspurcados. E essa é a indignidade que aqui foi lançada por V. Exa. Obrigado. Vozes do PSD:- Muito bem! Sr. Deputado Rui Coelho, para responder. O SR. RUI COELHO (PSD):- Obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Sr. Deputado Medeiros Gaspar, de facto concordo plenamente consigo e na minha intervenção explanei o que é a Autonomia e o que é Autonomia para o Partido Social-Democrata e para todos os madeirenses. Foi árduo o caminho que levamos para chegarmos ao ponto que chegamos hoje porque o ódio e a raiva que este Governo da República tem perante a Madeira foi exactamente pelo trabalho árduo que nós tivemos e com o qual levamos a Madeira ao desenvolvimento que temos. O desenvolvimento que temos deve-se a todos os madeirenses e essencialmente ao partido da Autonomia, ao Partido Social-Democrata. Disso não temos dúvidas e temos água para nos lavar. Não estamos no mesmo barco junto do Partido Socialista da Madeira. E quero aqui também concordar com o Sr. Deputado quando diz em relação à Lei das Finanças Regionais sobre os Açores. Os açorianos mais uma vez foram uns traidores. São traidores socialistas como já nos habituaram nos últimos 20 a 30 anos e venderam-se por um prato de lentilhas. Mais uma vez os açorianos estão curvados perante Lisboa e perante José Sócrates. Esta curvatura só é perceptível quando temos uma Primeiro-Ministro que continua a desprezar a Região Autónoma da Madeira. Não se consegue compreender como é que um Governo socialista, liderado por José Sócrates, empresta dinheiro a Angola, empresta 140 milhões a Angola e não abdica de dar um direito à Madeira que é aprovar a Lei das Finanças Regionais. Dar 140 milhões a Angola para angolanos virem a Portugal e comprarem as empresas, entrar no capital social de várias empresas portuguesas. Não se compreende perante o empréstimo a Angola em detrimento de um direito O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- que é dos madeirenses, que é de toda a região e que esse dinheiro da Lei das Finanças Regionais seria aplicado no desenvolvimento desta terra. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- As inscrições para pedidos de esclarecimento dos Srs. Deputados Bruno Macedo, Vicente Pestana, Jaime Ramos, Carlos Pereira e Jaime Filipe Ramos transitam para a próxima Sessão Plenária. Passamos aos votos. E temos um voto de protesto, da autoria do Bloco de Esquerda, que não tem título mas é referente aos temporais do final de Dezembro de 2009.

11 Consta do seguinte: Voto de Protesto Os temporais do final de Dezembro de 2009 vieram colocar a nu a fragilidade de algumas das nossas vilas e cidades quando atingidas por intempéries. Contudo, a responsabilidade pelos estragos verificados em alguns Concelhos, sobretudo do norte da Ilha, não podem ser assacados, exclusivamente, à forte precipitação ocorrida naquela altura. Grande parte da responsabilidade pelos estragos na Vila de São Vicente, e noutros locais da região, deve-se, sem qualquer dúvida, à irresponsabilidade de governantes regionais e locais que continuam a permitir todo o tipo de ocupação de linhas de água e de estreitamento dós leitos das ribeiras que, em tempo de intempéries, colocam em segurança as vidas e os bens das populações. É preciso que se responsabilize também os que permitem a ocupação das ribeiras por centrais de britagem e materiais como acontece, desde há alguns anos, na Ribeira de São Vicente não obstante os alertas lançados por reputados ambienta listas e por diversas forças políticas das oposições. Numa altura em que são necessárias desbloquear ajudas para as populações atingidas, há que apurar responsabilidades para que a culpa não volte a "morrer solteira". Há que ter a coragem de responsabilizar directamente o Governo Regional e os governantes do Poder local que, por toda a Região, permitem que tais crimes, contra o património natural e contra a segurança de pessoas e bens, se perpetrem. Assim, e no pleno uso dos poderes que lhe são conferidos pelo Estatuto Político-Administrativo e pelo Regimento da Assembleia legislativa desta Região Autónoma, o Deputado do Bloco de Esquerda propõe que seja aprovado o presente Voto de Protesto contra a conduta irresponsável do Governo Regional e dos responsáveis autárquicos que, ao permitirem a ocupação das linhas de água através de obras da sua responsabilidade, com o consequente afunilamento das ribeiras, contribuíram decisivamente para os danos verificados nos temporais do final de Dezembro passado. Funchal, 4 de Janeiro de 2010 O Deputado do Bloco de Esquerda, Ass.: Roberto Almada.- Está em discussão o voto de protesto. Sr. Deputado Roberto Almada, faz favor tem a palavra. O SR. ROBERTO ALMADA (BE):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, depois do temporal aqui provocado por uma Lei das Finanças Regionais, que não sabemos no que é que vai dar, vamos aos temporais que sabemos o que é que deu. E os temporais que ocorreram no final de Dezembro passado causaram, como se sabe, grandes estragos na região, causaram, como se sabe, grandes sobressaltos na população. Naturalmente que ao longo dos séculos têm existido aluviões, têm existido temporais e é sempre de todo impossível prever as consequências de todos esses aluviões, de todos esses temporais. Mas se é impossível prever algumas das consequências e tem sido impossível prever essas consequências ao longo dos últimos séculos, a verdade é que nesta altura existem responsabilidades que não podem ser assacadas pura e simplesmente e apenas a São Pedro e à meteorologia. Existem responsabilidades que têm que se assacadas, do ponto de vista do Bloco de Esquerda, aos governantes regionais, aos governantes do poder local. Quanto temos ribeiras que estão inundadas por materiais e por centrais de britagem, como acontece desde há alguns anos a esta parte na Ribeira de São Vicente, quando temos obras construídas mar adentro como era o caso da Marina do Lugar de Baixo, quando temos obras que são construídas em linhas de água e leitos de ribeiras estreitados, não estamos à espera que aconteça outra coisa senão as desgraças que têm ocorrido. Se por um lado ninguém é responsável pelas intempéries por outro lado há que assumir e há que retirar ilações dos temporais que tivemos e de algumas das consequências que podiam ser evitadas se não existisse incúria humana. E desse ponto de vista este protesto que aqui trazemos que é exactamente para protestar contra a postura das autoridades regionais e locais que permitem que todos esses crimes ambientais e contra a segurança das populações O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o seu tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- sejam perpetrados. Há não muito tempo ouvíamos o Sr. Presidente do Governo dizer: vamos vencer o mar. Vimos o que aconteceu na Marina do Lugar de Baixo que o mar já por diversas vezes rebentou com aquela marina e ajudar a enterrar muitos milhões de euros que todos os madeirenses vão pagar e as futuras gerações vão continuar a pagar. Sr. Deputado Jaime Leandro. O SR. JAIME LEANDRO (PS):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ontem falamos aqui nos mapas ou nas cartas de risco e concluímos que estão atrasadas, que não existem mas que isso também pouca diferença faz; hoje falamos aqui das consequências da inexistência dessas cartas de risco. E o que se tem visto é que a circunstância de não termos capacidade de prever os fenómenos naturais e de arriscarmos na construção em zonas de aluvião, em zonas que sabemos que são perigosas, acarretam prejuízos para o erário público e acarretam prejuízos não raramente para os privados que pagam às vezes com a vida a falta de planeamento que se verifica nesta terra. E o que tem acontecido nas ribeiras é um caso paradoxal. E se tivermos em conta, por exemplo, a Ribeira de São Vicente, que é entre a ribeira que nos providencia matéria-prima e a ribeira que mata, deveríamos pensar o que é que queremos fazer disto. Pág. 11

12 E a Ribeira de São Vicente tem sido há anos utilizada como britadeira, ou seja extracção de pedra (partir pedra que é aquilo que se faz aqui neste momento e que ninguém liga), matéria-prima que depois é incorporada nas obras públicas, matéria-prima que o Governo e as câmaras pagam, matéria-prima que quem extrai a pedra, quem a transforma não paga um tostão nem às câmaras nem ao Governo, ou seja apodera-se dos recursos que são de todos e vendem-nos às câmaras (há aqui uma dupla vantagem), às câmaras e ao Governo. E o que eu pergunto é se não poderíamos pensar nesta matéria com maior acuidade, com maior responsabilidade, com maior sentido de estado, que é disso que se trata, e deixássemos a política do bota abaixo Pág. 12 O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o seu tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- a política do pato bravo e a política irresponsável de lado Resolvamos este assunto porque ele é sério de mais. O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Sr. Deputado José Manuel Coelho. O SR. JOSÉ MANUEL COELHO (PND):- Obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, só queria acrescentar uma palavrinha aqui rapidamente ao voto de protesto daqui do Sr. Deputado Roberto Almada. Naturalmente que este é um voto de protesto que é útil, é uma chamada de atenção para o Governo da região autónoma e para todos os madeirenses. E é preciso salientar o seguinte: é que os empresários do regime têm andado nas ribeiras a subtrair ilicitamente a pedra para fazerem as muralhas e para levarem para as suas britadeiras para fazerem os seus negócios. E ao subtraírem a pedra dos leitos das ribeiras impedem, fazem aumentar a energia cinética das águas, quando existem os aluviões nas ribeiras. A energia cinética como não encontra as pedras a meio do leito da ribeira vem com mais violência e destrói tudo à sua passagem. E o que é certo é que essas pedras, ilicitamente subtraídas do leito das ribeiras pelos empresários do regime, algumas são empregues em muralhas. Mas elas são de tal maneira mal feitas que quando vêm os aluviões destroem realmente as muralhas que estão feitas nas margens. Temos um exemplo prático disso na Ribeira da Madalena do Mar. Portanto, os empresários do regime nem só subtraem a pedra em seu benefício como ainda fazem as obras mal feitas e deitam dentro dos taipais sem fazerem os devidos alicerces. E depois dá-se o desmoronamento dessas obras, dessas muralhas. E é preciso acrescentar este assunto aqui ao voto de protesto que o Sr. Deputado Roberto Almada apresentou. Então é importante frisar uma coisa: com os leitos das ribeiras muitas vezes essas grandes pedras, que são subtraídas dos leitos das ribeiras, fazem aumentar a energia cinética das águas e a sua voragem destruidora. E, portanto, é importante O SR. PRESIDENTE (Miguel Mendonça):- Terminou o tempo, Sr. Deputado. O ORADOR:- termos isto em atenção. Muito obrigado. Sr. Deputado Jaime Silva, faz favor. O SR. JAIME SILVA (MPT):- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, este voto de protesto ganha enquadramento quando denuncia a ausência de preocupações em prevenir males maiores como consequência das intempéries. A postura das câmaras e do Governo Regional ao longo destes tempos está longe de ser a melhor, sobretudo não querendo aprender com a experiência. Essas intempéries passadas e as suas consequências parecem não ter sido suficientes para que estes órgãos tenham uma atitude preventiva, nomeadamente na criação de cartas e mapas de risco para evitar males maiores. Nós achamos que apesar de haver aqui responsabilidades por apurar é mais importante e é mais urgente que se actue e que se aja para não permitir que alguns interesses particulares se sobreponham ao interesse público. Sr. Deputado Tranquada Gomes. O SR. TRANQUADA GOMES (PSD):- Sr. Presidente, Srs. Deputados, este voto do Bloco de Esquerda é um voto que no fundo procura trazer alguma agitação política e chamar a atenção da comunicação social. É recorrente, quando há intempéries na região, as forças da oposição acusarem o Governo Regional e os empresários de tais maleitas. Eu chego ao ponto de pensar que se houvesse um terramoto na região a oposição iria afirmar que a culpa era do Governo Regional e dos empresários do regime! É, este discurso é um discurso recorrente. E eu pergunto aos Srs. Deputados: o que teria sido hoje das nossas ribeiras, das populações vizinhas se não tivesse havido actuação do Governo Regional; se não tivesse havido coragem de retirar o gado das serras; se não tivessem sido implementados planos de arborização; se as ribeiras não tivessem sido canalizadas; se não houvessem limpezas anuais nos leitos das ribeiras? O que é que teria acontecido se não fosse esta acção, positiva, do Governo Regional e das nossas autarquias? É demagógico estar constantemente a acusar o Governo e os empresários dos males que infelizmente assolam a região por via das intempéries que ocorrem. Não se deve brincar com a natureza.

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