DOS BENS BENS PÚBLICOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DOS BENS BENS PÚBLICOS"

Transcrição

1 DOS BENS BENS PÚBLICOS 1. Introdução Classificação dos Bens... 1 BENS CONIDERADOS EM SI MESMO Corpóreos ou Incorpóreos Bens móveis ou imóveis Imóveis Móveis Bens Fungíveis e Infungíveis Bens Consumíveis e Inconsumíveis Bens Divisíveis e Indivisíveis Bens Singulares e Coletivos Bens reciprocamente considerados Bens quanto ao titular do domínio Bens particulares Res Nullius Bens Públicos Características dos bens públicos Bens fora do Comércio Questão Comentada Introdução Alguns autores classificam os bens como espécie do gênero coisas, sendo esta tudo que existe na natureza e aqueles as coisas que são úteis ao homem, economicamente valorável e suscetível de apropriação. O Código Civil de 1916 fazia confusão entre bens e coisas; o atual utiliza apenas a expressão bens. Mesmo a Doutrina classifica de forma diversa bens e coisas, sendo que muitos utilizam ambas as expressões como sinônimo. Para o Professor Washington Monteiro de Barros os bens são valores materiais ou imateriais que podem ser objetos de uma relação de direito. 2. Classificação dos Bens BENS CONIDERADOS EM SI MESMO 2.1 Corpóreos ou Incorpóreos O nosso Código Civil não faz distinção entre bens corpóreos ou incorpóreos, como os Romanos faziam. Corpóreos (materiais ou tangíveis) são os bens que possuem existência física, tais como casas, animais, jóias. Incorpóreos (imateriais ou intangíveis) são os bens que possuem uma existência abstrata, porém possuem valor econômico, tais como marcas, patentes, direito autoral, fundo de comércio. 2.2 Bens móveis ou imóveis Sem sombra de dúvida esta é a classificação mais importante de bens, pois em se definindo qual espécie é o bem, se definirá qual é o direito que a ele é aplicável, bem como a relação jurídica cabível. O efeito direto dessa definição é que os bens móveis podem ser adquiridos por simples tradição, sendo que se forem considerados imóveis exigem escritura pública e registro no Cartório de Registros de Imóveis para que sejam adquiridos. Ainda, no caso de bens imóveis, caso seu titular seja casado em qualquer tipo de regime de bens, salvo por separação total de bens, necessita para que haja alienação ou hipoteca a outorga do outro cônjuge (marital ou uxória), mas caso o bem seja móvel, tal autorização não é exigida. Outro efeito prático recai sobre o prazo para usucapião, bem como para os direitos reais, sendo a hipoteca para bens imóveis e penhor para bens móveis. Atualizada AGO/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 1

2 2.2.1 Imóveis Os bens imóveis são, em regra, os bens que não podem ser transportados ou removidos de um lugar para o outro sem perder a sua característica ou integridade. 2 Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; II - o direito à sucessão aberta. Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, forem removidas para outro local; II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se reempregarem. Dessa ordem, os bens imóveis são divididos: Por sua própria natureza compreendem o solo o subsolo e o espaço aéreo sobrejacente, sendo que o proprietário do solo é também o dono do subsolo para efeito de construção. ATENÇÃO: A Constituição limita a propriedade, determinando que os recursos minerais e hídricos constituem propriedade distinta do solo para efeito de exploração e aproveitamento, pertencendo ao domínio da União (art. 170 da CR/88). Por acessão natural os bens que pertencem ao solo em virtude de sua natureza, como as árvores e todos os seus frutos, ainda que plantadas pelo homem; porém se a árvore for destinada para corte, será classificada como bem móvel, assim como as plantadas em vasos. Por acessão artificial ou industrial qualquer coisa que o homem incorporar ao solo de forma permanentemente e que a sua remoção acarrete a destruição do bem, tais como edificações e plantas, não perdendo a característica de imóveis, por exemplo, as casas que forem removidas na sua integridade para outro local, nem mesmo os Atualizada AGO/2010 Oficial Escrevente do Tribunal de Justiça do Rio materiais que temporariamente forem desagregados da casa para logo serem recolocados, como telhado (art. 81). Por determinação legal alguns bens são considerados imóveis pela lei para que recebam uma maior proteção jurídica. São exemplos os direitos reais 1 sobre imóveis e as ações que os asseguram e o direito à sucessão aberta. Também são considerados pela legislação como bens imóveis os navios e aeronaves, dessa forma, sua transmissão se dá por escritura pública, devem sofrer registro especial e admitese hipoteca. Por acessão intelectual são os bens móveis que o proprietário imobiliza como ato de sua vontade, mantendo-os intencionalmente agregados aos bens imóveis para exploração industrial, aformoseamento ou comodidade, como equipamentos, maquinários, ferramentas e objetos de decoração (tratores, veículos, animais, ar-condicionados etc.). CUIDADO: O atual Código Civil não traz mais essa classificação, qualificando esses bens como pertenças Móveis O Código Civil de 2002 classifica os bens móveis como os bens suscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social (art. 82). Também são classificados os bens móveis em: Por sua natureza os bens que podem ser removidos ou transportados sem perderem a sua característica ou 1 Para o Professor Sílvio de Salvo Venosa os direitos reais traduzem relação jurídica entre uma coisa, ou conjunto de coisas, e um ou mais sujeitos, pessoas naturais ou jurídicas. 2 CC/ Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

3 sofrerem danos: sendo ainda classificados em móveis por força própria como os móveis semoventes (animais em geral) ou móveis por força alheia como os móveis propriamente ditos (carros, jóias, cadeiras etc.). ATENÇÃO: Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio (art. 84). Por antecipação são os bens que originariamente são imóveis, pois incorporados ao solo, como as árvores, mas que a vontade humana e por uma finalidade econômica tem intenção de converter em móvel, como as árvores de corte. Por determinação legal os bens que a legislação determina a sua característica de móvel. São exemplos: as energias que tenham valor econômico (elétrica, gás etc.); os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; e, os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações (direitos autorais, propriedade industrial, patentes, marcas, quotas e ações de sociedades). 2.3 Bens Fungíveis e Infungíveis O Código Civil apenas define os bens fungíveis, mas conseqüentemente se tem a definição dos infungíveis. Bens fungíveis São fungíveis os móveis que podem substituir-se por outros da mesma espécie, qualidade e quantidade: dinheiro, saca de café etc. (art. 85). Bens Infungíveis São os bens que são únicos, não podendo ser substituído por outro de mesmo gênero, qualidade ou quantidade, mesmo que de maior valor (art. 313): imóveis, carros, selos ou livros raros etc. Todos os imóveis são infungíves e, em regra, a maioria dos bens móveis são fungíveis. Uma obrigação de fazer pode ser fungível ou infungível dependendo da atuação se for personalíssima ou não como pintar um quadro ou uma casa. A conseqüência direta do enquadramento dos bens em fungível ou infungível recai principalmente nas relações jurídicas com os bens: o Mútuo contrato de empréstimo de apenas de coisas fungíveis; o Comodato contrato gratuito de empréstimo apenas de coisas fungíveis; o Locação contrato oneroso de bens infungíveis. 2.4 Bens Consumíveis e Inconsumíveis Os bens consumíveis são aqueles em que o seu único uso acarreta a sua destruição, como gasolina, charutos, alimentos etc. Há também os bens que são consumíveis conforme a destinação, tais como objetos postos a venda em uma loja, quando adquiridos pelo cliente, em relação à loja são consumíveis, ainda que se destinem ao uso prolongado. Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação. Inconsumíveis são os bens que permitem reiterados usos sem serem destruídos casas, veículos, vestuário. Contudo se um alimento, que essencialmente é consumível, for emprestado para finalidade de exposição será considerado como bem inconsumível. A principal utilidade pratica da presente classificação é que alguns direitos, em regra, não podem recair sobre bens consumíveis, como o usufruto, existindo para os bens consumíveis o quase-usufruto ou usufruto impróprio. Atualizada AGO/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 3

4 Art Salvo disposição em contrário, o usufruto estende-se aos acessórios da coisa e seus acrescidos. 1o Se, entre os acessórios e os acrescidos, houver coisas consumíveis, terá o usufrutuário o dever de restituir, findo o usufruto, as que ainda houver e, das outras, o equivalente em gênero, qualidade e quantidade, ou, não sendo possível, o seu valor, estimado ao tempo da restituição. A principal utilidade da presente classificação é se o bem pode ser comercializado em partes ou somente no todo. Caso um condomínio, divisível por natureza, tenha clausula de indivisibilidade para terceiros, não pode o comunheiro vender a qualquer terceiro estranho ao condomínio sua cota, sem autorização dos demais. 2.5 Bens Divisíveis e Indivisíveis Os bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam (art. 87) são exemplos terrenos, alimentos etc. Os bens indivisíveis são os que não permitem divisão sem perderem a sua integridade ou diminuir-lhe efetivamente o valor, como os diamantes, jóias, relógio etc. A legislação anda permite que os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes (art. 88), como as servidões, as hipotecas ou o doador / testador que estabelece uma doação de um imóvel com a condição de que ele seja indivisível. Art A todo tempo será lícito ao condômino exigir a divisão da coisa comum, respondendo o quinhão de cada um pela sua parte nas despesas da divisão. 1o Podem os condôminos acordar que fique indivisa a coisa comum por prazo não maior de cinco anos, suscetível de prorrogação ulterior. 2o Não poderá exceder de cinco anos a indivisão estabelecida pelo doador ou pelo testador. Indivisibilidade legal: Os imóveis rurais não podem ser vendidos em lotes inferiores ao módulo rural; bem como, os imóveis urbanos não podem ser divididos em lotes menores que 125meros quadrados e frente mínima de 05 metros. 2.6 Bens Singulares e Coletivos Os bens singulares são os que, embora reunidos, se consideram de per si, independentemente dos demais (art. 89) como as casas, os carros, as jóias etc. Os bens coletivos, também chamados de universais ou bens de universalidades, constituem uma pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa, tenham destinação unitária (art. 90), dividindo-se em universalidades de fato ou de direito: Universalidades de fato: é o conjunto de bens singulares e homogêneos, pertencentes a mesma pessoa, ligados entre si pela vontade humana manada (bois), cardume (peixes), vara (porcos), biblioteca (livros); podendo sofrer relações jurídicas próprias. Universalidades de direito: conjunto de bens singulares e heterogêneo, pertencentes a mesma pessoa, ligados entre si para produzirem efeitos jurídicos patrimônio, espólio, massa falida, fundo de comércio etc. 2.7 Bens reciprocamente considerados Principal bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente (art. 92), independentemente de outro jóias, solo, crédito, contrato de locação. Acessório bem que depende do principal para a sua existência (art. 92) arvore (em relação ao solo), prédio (em relação ao solo), cláusula penal ou fiança 4 Atualizada AGO/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

5 (em relação ao contrato de locação). ATENÇÂO: em regra, o acessório integra o principal, sendo a existência do principal nula o acessório também o será. São bens acessórios: o Frutos utilidades que o bem produz periodicamente, mantendo intacta a substancia do bem que as geram, podendo ser: Naturais produzido naturalmente por força orgânica da coisa frutas das árvores, ovos dos animais, crias, lã; Industriais produzidos pelo engenho humano produção de uma fábrica; Civis são os rendimentos gerados pelo uso da coisa por outrem, que não o seu proprietário juros, aluguéis; Quanto ao estado os frutos podem ser: Pendentes quando unidos ainda à coisa que o produziu; Percebidos ou colhidos depois de separados da coisa que o produziu. Sendo estantes os armazenados ou acondicionados para a venda, percipiendos os que deveriam ter sido colhidos e não foram e consumidos os que não existem mais porque foram utilizados (art e ss. do CC/2002). o Produtos são as utilidades que se retiram da coisa, diminuindo-lhe a quantidade pedras de uma pedreira, metais das minas, água dos lençóis, petróleo dos poços. ATENÇÃO: Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e produtos podem ser objeto de negócio jurídico (art. 95). o Pertenças - São os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro (art. 93) tratores para uma produção, decoração de uma casa, rádio de um carro. CUIDADO: Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso (art. 94). o Acessões são aumentos de valor ou do volume da propriedade em razão de forças externas, fatos eventuais ou fortuitos aluvião, avulsão. Oficial Escrevente do Tribunal de Justiça do Rio o Benfeitorias obras que se fazem em um bem, dividindo-se em: Necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore. Úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. Voluptuárias - as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. Não são bens acessórios, em privilégio ao trabalho, sendo enquadrados como principais: 1) a pintura em relação à tela; 2) a escultura em relação à matéria prima; e, 3) a escritura ou qualquer trabalho gráfico em relação à matéria prima. O CC/2002 não coloca explicitamente esta observação como fazia o CC/ Bens quanto ao titular do domínio A presente classificação leva em consideração quem é o titular do bem: Bens particulares São os bens que não pertencem às pessoas jurídicas de direito público interno, pertencendo, então, em regra, às pessoas naturais ou jurídicas de direito privado. Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem Res Nullius São as coisas que não pertencem a ninguém, coisas sem dono animais selvagens, peixes do mar etc. Os bens imóveis nunca serão res nullius Bens Públicos São os bens que pertencem a uma entidade de Direito Público Interno, sejam da União, Atualizada AGO/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 5

6 Estados-membros, Distrito Federal, Municípios, Territórios, Autarquias etc. Alguns autores mencionam os bens difusos, como o meio ambiente: 6 Art Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendelo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Os bens públicos são classificados em: Art. 99. São bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. Bens de uso comum do povo são os bens que se destinam ao uso do publico em geral, podendo ser utilizados, em regra, sem restrições por todas as pessoas sem necessidade de permissão especial praças, parques, ruas, jardins etc. Não perdem a característica se eventualmente forem cobrados pelo uso, como pedágios, passes de entradas ou mesmo se for restringida a entrada por questões de segurança nacional. Bens de uso especial são os bens utilizados pelo próprio Poder Público para execução da função pública as repartições públicas, os prédios de escolas públicas, ministérios, da Justiça etc. Bens dominicais bens móveis ou imóveis que constituem o patrimônio disponível das Pessoas Jurídicas de Direito Público, abrangendo: o Terrenos de Marinha terrenos banhados por mar, lagoa e rios Atualizada AGO/2010 Oficial Escrevente do Tribunal de Justiça do Rio públicos onde se faça sentir a influencia das marés. Compreendem uma faixa de terra de 33 metros contados para dentro do território, medidos a partir da preamar média, pertencendo à União. o Mar Territorial faixa de 12 milhas marítimas a partir da preamar baixa de propriedade da União. Zona Econômica Exclusiva que é uma faixa, em regra, entre 12 e 200 milhas marítimas sobre o mar, na qual o Brasil goza de soberania para exploração econômica. Tratado de Montego Bay sobre Direito do Mar. o Terras devolutas terras que, embora não sejam destinadas ao uso público, encontram-se ainda sob o domínio do Poder Público, podem pertencer aos Estadosmembros ou ao Municípios, mas se indispensáveis à segurança nacional pertencerá à União. o Outros bens considerados dominicais estradas de ferro, títulos da divida pública, rios públicos navegáveis, jazidas de minérios, terras indígenas, sítios arqueológicos etc. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são bens do domínio público do Estado, já os dominicais são do domínio privado do Estado. Contudo os bens públicos dominicais podem, por determinação legal, ser convertidos em bens públicos de uso comum ou especial pelo ato de Afetação Características dos bens públicos Inalienabilidade é característica original do bem público que restringe de forma efetiva a possibilidade de sua alienação (venda, doação ou troca), desde que de uso comum do povo ou especial enquanto estiverem sob afetação pública. Esta característica não se apresenta de modo absoluto, ou seja, pode ser mudada mediante de lei. Art Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

7 enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. Art Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. Imprescritibilidade (usucapião) decorre como conseqüência lógica de sua inalienabilidade originária. E é fácil demonstrar a assertiva: se os bens públicos são originariamente inalienáveis, segue-se que ninguém os pode adquirir enquanto guardarem essa condição. Daí não ser possível a invocação de usucapião sobre eles. Proibição Constitucional e legal. CR/1988 Art Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (...) 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. Insuscetíveis de apropriação bens de uso inesgotável (inexaurível), também denominados de coisas comuns água do alto-mar, luz solar, ar etc. Personalíssimos vida, honra, liberdade, nome, o próprio corpo etc. Legalmente inalienáveis bens que apesar de essencialmente sujeitos a apropriação a legislação exclui a sua comercialização para atender interesses econômicos, sociais, proteção de pessoas 3 bens públicos (art. 100 do CC); bens das fundações (art. 62 a 69 do CC); terras ocupadas pelos índios (art. 231, 4º da CR/88); bens de menores (art do CC); terrenos de construção de condomínio edilício enquanto perdurar o condomínio (art , 2º do CC); bens de família (art a do CC e Lei 8.009/90); bens gravados com cláusula de inalienabilidade (art do CC). ANOTAÇÕES: CC/2002 Art Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. Impenhorabilidade os bens públicos não estão sujeitos a serem utilizados para satisfação do credor na hipótese de não-cumprimento da obrigação por parte do Poder Público. Decorre de preceito constitucional que dispõe sobre a forma pela qual serão executadas as sentenças judiciárias contra a Fazenda Pública, sem permitir a penhora de seus bens. Admite, entretanto, o seqüestro da quantia necessária à satisfação do débito, desde que ocorram certas condições processuais - através de precatório. Não-oneração É a impossibilidade dos bens públicos serem gravados com direito real de garantia em favor de terceiros. Os bens públicos não podem ser objeto de Hipoteca. 2.9 Bens fora do Comércio Existem bens cuja sua característica o torna fora do comércio, ou seja, bens que não podem ser transferidos, subdividindo-se em: 3 DINIZ, Maria Helena; Curso de Brasileiro: Teoria Geral do ; Saraiva; Atualizada AGO/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 7

8 3. Questão Comentada PRF/2009 FUNRIO Questão 76 Diante da classificação de bens jurídicos adotada pelo Código Civil Brasileiro de 2002, um automóvel é classificado como bem A) semovente, coletivo e indivisível. B) imóvel, singular e divisível. C) móvel, singular e divisível. D) semovente, singular e divisível. E) móvel, singular e indivisível. Comentários Lembrete: Móveis semoventes bens móveis que se movem por sua própria vontade (animais em geral). Móvel podem ser removidos sem causar a sua destruição. Imóvel não podem ser removidos sem causar sua destruição. Coletivo bens que se encerram agregadas em um todo (biblioteca, cardume, massa falida, fundo de comércio, espólio). Singular bens que embora reunidos se consideram de per si independentes dos demais (casas, os carros, as jóias). Divisível bens que podem ser partidos em proporção permanecendo a sua integridade fracionária (terreno). Indivisível bens que não permitem divisão sem perderem a sua integridade ou diminuir-lhe efetivamente o valor (diamantes, jóias, relógio). Resposta correta letra E o carro é um bem móvel, singular e indivisível. 8 Atualizada AGO/2010 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores

Prof. Gustavo Eidt. www.facebook.com/gustavoeidt gustavoeidt@yahoo.com.br

Prof. Gustavo Eidt. www.facebook.com/gustavoeidt gustavoeidt@yahoo.com.br Prof. Gustavo Eidt www.facebook.com/gustavoeidt gustavoeidt@yahoo.com.br DOS BENS Conceito: bens são as coisas materiais ou imateriais, úteis aos homens e de expressão econômica, suscetíveis de apropriação.

Leia mais

DOS BENS. BENS CORPÓREOS = Aquele que tem existência: física, material.

DOS BENS. BENS CORPÓREOS = Aquele que tem existência: física, material. DOS BENS CONCEITO: Bens são coisas materiais ou concretos, úteis aos homens e de expressão econômica, suscetível de apropriação. COISA É O GÊNERO DO QUAL O BEM É ESPÉCIE. A classificação dos bens é feita

Leia mais

Para o professor Washington de Barros Monteiro (1997) os bens são valores materiais ou imateriais que podem ser objetos de uma relação de direito.

Para o professor Washington de Barros Monteiro (1997) os bens são valores materiais ou imateriais que podem ser objetos de uma relação de direito. Introdução Ahyrton Lourenço Neto* Alguns autores classificam os bens como espécie do gênero coisas, sendo estas tudo que existe na natureza, e aqueles as coisas que são úteis ao homem, economicamente valoráveis

Leia mais

A configuração da relação de consumo

A configuração da relação de consumo BuscaLegis.ccj.ufsc.br A configuração da relação de consumo Samuel Borges Gomes 1. Introdução O Código de Defesa do Consumidor (CDC) foi sem dúvida um marco na legislação brasileira no sentido de legitimação

Leia mais

3-Considere: 2-Alexandre é agente diplomático do Brasil na Austrália. Citado em

3-Considere: 2-Alexandre é agente diplomático do Brasil na Austrália. Citado em MATERIAL DE REVISÃO DIREITO CIVIL BANCA: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS A) Bens 1-Considere as seguintes hipóteses: I. Na reforma da residência de Otávio, foi retirada toda a lareira da sala para pintura das paredes

Leia mais

PATRIMÔNIO E INVENTÁRIO

PATRIMÔNIO E INVENTÁRIO PATRIMÔNIO E INVENTÁRIO Contador José Carlos Garcia de Mello MELLO 1 Controle Patrimonial MELLO 2 PATRIMÔNIO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Conceito Patrimônio Público, segundo Heilio Kohama, "compreende o conjunto

Leia mais

PARTE GERAL I. DOS BENS DOS BENS MÓVEIS. Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente.

PARTE GERAL I. DOS BENS DOS BENS MÓVEIS. Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. I. DOS BENS DOS BENS IMÓVEIS Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. Os bens imóveis, também chamados de bens de raiz, são: o solo, com uma superfície,

Leia mais

RESUMO TEÓRICO (Dos bens: classificação adotada pelo Código Civil)

RESUMO TEÓRICO (Dos bens: classificação adotada pelo Código Civil) RESUMO TEÓRICO (Dos bens: classificação adotada pelo Código Civil) Antes de entramos na classificação dos bens nos termos previstos pelos artigos 79 a 103 do Código Civil, é importante distinguirmos situações

Leia mais

OS BENS E SUA CLASSIFICAÇÃO

OS BENS E SUA CLASSIFICAÇÃO OS BENS E SUA CLASSIFICAÇÃO GUSTAVO GUSMÃO. OS BENS E SUA CLASSIFICAÇÃO 1. OS BENS COMO OBJETOS DE DIREITO As normas jurídicas, como dispositivos reguladores da conduta humana, somente se concretizam através

Leia mais

NEGÓCIO JURÍDICO Conceito MANIFESTAÇÃO DE VONTADE + FINALIDADE NEGOCIAL (aquisição, conservação, modificação e extinção de direitos)

NEGÓCIO JURÍDICO Conceito MANIFESTAÇÃO DE VONTADE + FINALIDADE NEGOCIAL (aquisição, conservação, modificação e extinção de direitos) NEGÓCIO JURÍDICO Conceito MANIFESTAÇÃO DE VONTADE + FINALIDADE NEGOCIAL (aquisição, conservação, modificação e extinção de direitos) INTERPRETAÇÃO Boa-fé e usos do lugar CC113 Os negócios jurídicos devem

Leia mais

EMPRÉSTIMO. 1. Referência legal do assunto. Arts. 579 a 592 do CC. 2. Conceito de empréstimo

EMPRÉSTIMO. 1. Referência legal do assunto. Arts. 579 a 592 do CC. 2. Conceito de empréstimo 1. Referência legal do assunto Arts. 579 a 592 do CC. 2. Conceito de empréstimo EMPRÉSTIMO Negócio jurídico pelo qual uma pessoa entrega uma coisa a outra, de forma gratuita, obrigando-se esta a devolver

Leia mais

TABELA DE CORRESPONDÊNCIA CÓDIGO CIVIL/1916 E CÓDIGO CIVIL/2002

TABELA DE CORRESPONDÊNCIA CÓDIGO CIVIL/1916 E CÓDIGO CIVIL/2002 TABELA DE CORRESPONDÊNCIA CÓDIGO CIVIL/1916 E CÓDIGO CIVIL/2002 PARTE GERAL DISPOSIÇÃO PRELIMINAR Art. 1º............. sem correspondência LIVRO I DAS PESSOAS TÍTULO I DA DIVISÃO DAS PESSOAS DAS PESSOAS

Leia mais

DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS. Curso de Técnico em Transações Imobiliárias Curso Total

DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS. Curso de Técnico em Transações Imobiliárias Curso Total DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS Curso de Técnico em Transações Imobiliárias Curso Total DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS DO CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS. FINALIDADE. DOS TÍTULOS REGISTRÁVEIS: ESCRITURA

Leia mais

Usufruto e direitos reais de garantia

Usufruto e direitos reais de garantia Usufruto e direitos reais de garantia Usufruto O usufruto pode recair sobre todo o patrimônio do nu-proprietário ou sobre alguns bens, móveis ou imóveis, e abrange não apenas os bens em si mesmos, mas

Leia mais

Regulação municipal para o uso de espaços públicos por particulares e pelo próprio Poder Público. Mariana Moreira

Regulação municipal para o uso de espaços públicos por particulares e pelo próprio Poder Público. Mariana Moreira Regulação municipal para o uso de espaços públicos por particulares e pelo próprio Poder Público Mariana Moreira Funções dos bens públicos: EM PRINCÍPIO, OS BENS PÚBLICOS DEVEM SERVIR DE SUPORTE ÀS FUNÇÕES

Leia mais

TODOS OS NOMES QUE REPRESENTAM ELEMENTOS PATRIMONIAIS (BENS, DIREITOS OU OBRIGAÇÕES) SÃO CHAMADAS DE CONTAS

TODOS OS NOMES QUE REPRESENTAM ELEMENTOS PATRIMONIAIS (BENS, DIREITOS OU OBRIGAÇÕES) SÃO CHAMADAS DE CONTAS BENS São as coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica. Sob o ponto de vista contábil, pode-se entender como BENS todos os objetos que uma empresa possui,

Leia mais

INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE

INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE OAB - EXTENSIVO Disciplina: Direito Administrativo Prof. Flávia Cristina Data: 07/10/2009 Aula nº. 04 INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE 1. Modalidades a) Requisição b) Servidão c) Ocupação Temporária

Leia mais

Estudamos, até aqui, os sujeitos de direito, ou seja, as pessoas. Abordaremos agora o objeto do direito, das relações jurídicas, ou seja, os bens.

Estudamos, até aqui, os sujeitos de direito, ou seja, as pessoas. Abordaremos agora o objeto do direito, das relações jurídicas, ou seja, os bens. LIVRO II BENS Estudamos, até aqui, os sujeitos de direito, ou seja, as pessoas. Abordaremos agora o objeto do direito, das relações jurídicas, ou seja, os bens. A palavra coisa, ainda que utilizada na

Leia mais

Conteúdo: IV - Modalidades de Obrigação. 2. Não fazer. 3. Dar Coisa Certa e Incerta. 4. Divisível. 5 - Indivisível

Conteúdo: IV - Modalidades de Obrigação. 2. Não fazer. 3. Dar Coisa Certa e Incerta. 4. Divisível. 5 - Indivisível Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Direito Civil - Obrigações / Aula 09 Professor: Rafael da Mota Mendonça Conteúdo: IV - Modalidades de Obrigação. 2. Não fazer. 3. Dar Coisa Certa e Incerta. 4.

Leia mais

1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS

1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS COISAS Conceitos iniciais 1.1 Conceito de direito das coisas. A questão terminológica 1.2 Conceito de direitos reais. Teorias justificadoras e caracteres. Análise preliminar

Leia mais

Conceito de Contabilidade Pública. e Campo de Aplicação

Conceito de Contabilidade Pública. e Campo de Aplicação Conceito, Objeto, Objetivo e Campo de Aplicação Conceito de Contabilidade Pública Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os

Leia mais

Estabelecimento Empresarial

Estabelecimento Empresarial Estabelecimento Empresarial É a base física da empresa, que consagra um conjunto de bens corpóreos e incorpóreos, constituindo uma universalidade que pode ser objeto de negócios jurídicos. É todo o complexo

Leia mais

Lei 11.795/08 A NOVA LEI DE CONSÓRCIOS. Juliana Pereira Soares

Lei 11.795/08 A NOVA LEI DE CONSÓRCIOS. Juliana Pereira Soares Lei 11.795/08 A NOVA LEI DE CONSÓRCIOS Art. 2º da Lei 11.795/08: Consórcio é a reunião de pessoas naturais e jurídicas em grupo, com prazo de duração e número de cotas previamente determinados, promovida

Leia mais

Administrar uso do FGTS no consórcio de imóvel

Administrar uso do FGTS no consórcio de imóvel Administrar uso do FGTS no consórcio de imóvel Quais são as possibilidades de uso do FGTS no consórcio? Oferta de lance em consórcio de imóvel residencial O consorciado poderá utilizar até 100% do saldo

Leia mais

CONTRATO DE EMPRÉSTIMO: MÚTUO E COMODATO

CONTRATO DE EMPRÉSTIMO: MÚTUO E COMODATO CONTRATO DE EMPRÉSTIMO: MÚTUO E COMODATO Autor: Graciel Marques Tarão 1. Conceito Contrato de empréstimo é o contrato pelo qual uma das partes entrega um bem à outra, para ser devolvido em espécie ou gênero.

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO 3ᴼ Ano Turmas A e B Prof. Ms: Vânia Cristina Teixeira CORREÇÃO PROVA 3ᴼ BIM Examine as proposições abaixo, concernentes à desapropriação, e assinale a alternativa correta: I. Sujeito

Leia mais

CONDOMÍNIO. Msc. Diogo de Calasans www.diogocalasans.com

CONDOMÍNIO. Msc. Diogo de Calasans www.diogocalasans.com CONDOMÍNIO Msc. Diogo de Calasans www.diogocalasans.com CONDOMÍNIO Conceito: é a sujeição de uma coisa, divisível ou indivisível, à propriedade simultânea e concorrente de mais de uma pessoa. No condomínio

Leia mais

Noções de Direito Civil Personalidade, Capacidade, Pessoa Natural e Pessoa Jurídica Profª: Tatiane Bittencourt

Noções de Direito Civil Personalidade, Capacidade, Pessoa Natural e Pessoa Jurídica Profª: Tatiane Bittencourt PESSOA NATURAL 1. Conceito: é o ser humano, considerado como sujeito de direitos e deveres. Tais direitos e deveres podem ser adquiridos após o início da PERSONALIDADE, ou seja, após o nascimento com vida

Leia mais

MANUAL DE GARANTIAS 1

MANUAL DE GARANTIAS 1 MANUAL DE GARANTIAS 1 Para a obtenção do financiamento junto à FINEP deverão ser apresentadas Garantias Reais e Pessoais cumulativamente, exceto em caso de garantia por fiança bancária e demais casos de

Leia mais

AULA 03 e 04: NAVIO E NAVEGAÇÃO. Navio: Conceito e regime jurídico. Navegação. Espécies.

AULA 03 e 04: NAVIO E NAVEGAÇÃO. Navio: Conceito e regime jurídico. Navegação. Espécies. AULA 03 e 04: NAVIO E NAVEGAÇÃO. Navio: Conceito e regime jurídico. Navegação. Espécies. Navio: deriva do latim navigium; o navio é juridicamente uma coisa; no estaleiro, já possui existência real; reconhecido

Leia mais

Apresentação PostgreSQL 8.2/ 8.3 Domingos Martins ES

Apresentação PostgreSQL 8.2/ 8.3 Domingos Martins ES Apresentação 1 PostgreSQL 8.2/ 8.3 Domingos Martins ES v. 1.0 2 Introdução ão: Com a necessidade de manter os bens o maior tempo possível em uso, torna-se importante um acompanhamento eficiente de sua

Leia mais

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROJETO DE LEI Nº 2.658, DE 2003

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROJETO DE LEI Nº 2.658, DE 2003 COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROJETO DE LEI Nº 2.658, DE 2003 Dispõe sobre a concessão de uso especial para fins de moradia prevista pelo 1º do art. 183 da Constituição Federal e dá outras providências.

Leia mais

Legislação Territorial Constituição Federal de 1988. Camila Cavichiolo Helton Douglas Kravicz Luiz Guilherme do Nascimento Rodrigues Samara Pinheiro

Legislação Territorial Constituição Federal de 1988. Camila Cavichiolo Helton Douglas Kravicz Luiz Guilherme do Nascimento Rodrigues Samara Pinheiro Legislação Territorial Constituição Federal de 1988 Camila Cavichiolo Helton Douglas Kravicz Luiz Guilherme do Nascimento Rodrigues Samara Pinheiro 01. Como a propriedade é tratada pela constituição brasileira?

Leia mais

REGIME DE BENS NO NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

REGIME DE BENS NO NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 1 REGIME DE BENS NO NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO Cleiton Graciano dos Santos 1 RESUMO: Este artigo trata sobre o Regime de Bens no novo Código Civil brasileiro, apresentando os principais aspectos do assunto,

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, de 2009. (Do Sr. Marcelo Itagiba)

PROJETO DE LEI Nº, de 2009. (Do Sr. Marcelo Itagiba) PROJETO DE LEI Nº, de 2009. (Do Sr. Marcelo Itagiba) Altera a Lei n o 6.015, de 31 de dezembro de 1973, a fim de prever o registro de legitimação de posse e de ocupação urbanas no Registro de Títulos e

Leia mais

AULA 12. Produtos e Serviços Financeiros VI

AULA 12. Produtos e Serviços Financeiros VI AULA 12 Produtos e Serviços Financeiros VI Operações Acessórias e Serviços As operações acessórias e serviços são operações de caráter complementar, vinculadas ao atendimento de particulares, do governo,

Leia mais

DIREITO CIVIL DIREITO DAS COISAS PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS MÓDULO I

DIREITO CIVIL DIREITO DAS COISAS PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS MÓDULO I DIREITO CIVIL DIREITO DAS COISAS PROF. FLÁVIO MONTEIRO DE BARROS MÓDULO I Direito das Coisas; Introdução; Conceito e Distinção entre Direitos Reais e Pessoais; Conteúdo; Regime Constitucional dos Direitos

Leia mais

Boletim Informativo junho/2015 ITCMD

Boletim Informativo junho/2015 ITCMD Boletim Informativo junho/2015 ITCMD 23 de junho de 2015 Intenciona o governo propor projeto de Emenda Constitucional para aumentar a alíquota do Imposto sobre Herança e Doação ( ITCMD ) para 16% (dezesseis

Leia mais

Legislação Instrumental. Aula 1. Legislação Aplicada à Logística. Legislação Aplicada à Logística Aula 1. Contextualização. Prof.

Legislação Instrumental. Aula 1. Legislação Aplicada à Logística. Legislação Aplicada à Logística Aula 1. Contextualização. Prof. Legislação Instrumental Aula 1 Prof. Guilherme Amintas Legislação Aplicada à Logística Tópicos desta disciplina por aula Aula 1 noções de Direito Aula 2 Direito Constitucional Aula 3 Direito Empresarial

Leia mais

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 6 Grupo de contas do Balanço Patrimonial

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 6 Grupo de contas do Balanço Patrimonial 2ª edição Ampliada e Revisada Capítulo Grupo de contas do Balanço Patrimonial Tópicos do Estudo Grupo de Contas do Ativo. Ativo Circulante Realizável a Longo Prazo Permanente Grupo de Contas do Passivo.

Leia mais

Objeto: O direito real de uso pode recair sobre bens móveis ou imóveis.

Objeto: O direito real de uso pode recair sobre bens móveis ou imóveis. Turma e Ano: Turma Regular Master A Matéria / Aula: Direito Civil Aula 23 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitora: Fernanda Manso de Carvalho Silva DIREITO DAS COISAS (continuação) (IV) Direitos Reais

Leia mais

Processos de Regularização de Imóveis

Processos de Regularização de Imóveis Processos de Regularização de Imóveis Prof. Weliton Martins Rodrigues ensinar@me.com www.vivadireito.net 5 5.1. Copyright 2013. Todos os direitos reservados. 1 2 A aquisição da propriedade é forma pela

Leia mais

INICIAÇÃO A ADVOCACIA CIVEL

INICIAÇÃO A ADVOCACIA CIVEL CONCEITO DE CONTRATO REQUISITOS DO CONTRATO CONTRATO CIVIS E NAS RELAÇÕES DE CONSUMO PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS a. Autonomia da vontade b. Relatividade das convenções c. Força vinculante d. Boa-fé FORMAÇÃO

Leia mais

DOS FATOS JURÍDICOS. FATO JURÍDICO = é todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito.

DOS FATOS JURÍDICOS. FATO JURÍDICO = é todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito. DOS FATOS JURÍDICOS CICLO VITAL: O direito nasce, desenvolve-se e extingue-se. Essas fases ou os chamados momentos decorrem de fatos, denominados de fatos jurídicos, exatamente por produzirem efeitos jurídicos.

Leia mais

Características das Autarquias

Características das Autarquias ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Professor Almir Morgado Administração Indireta: As entidades Administrativas. Autarquias Define-se autarquia como o serviço autônomo criado por lei específica, com personalidade d

Leia mais

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO I. EMPREGADOR 1. Conceito A definição celetista de empregador é a seguinte: CLT, art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual

Leia mais

http://www.lgncontabil.com.br/

http://www.lgncontabil.com.br/ ATIVO IMOBILIZADO Considerações Gerais Sumário 1. Conceito 2. Classificação Contábil Das Contas do Ativo Imobilizado 3. Imobilizado em Operação 3.1 - Terrenos 3.2 - Edificações 3.3 - Instalações 3.4 -

Leia mais

DIREITO CIVIL Espécies de Contratos

DIREITO CIVIL Espécies de Contratos DIREITO CIVIL Espécies de Contratos Espécies de Contratos a serem estudadas: 1) Compra e venda e contrato estimatório; 2) Doação; 3) Depósito; 4) Mandato; 5) Seguro; 6) Fiança; 7) Empréstimo (mútuo e comodato);

Leia mais

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 2 Patrimônio

2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 2 Patrimônio ª edição Ampliada e Revisada Capítulo Patrimônio Tópicos do Estudo Patrimônio. Bens. Direitos. Obrigações. Representação Gráfica do Patrimônio. Patrimônio Líquido Patrimônio É um conjunto de bens, direitos

Leia mais

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia Módulo 1 Questões Básicas da Economia 1.1. Conceito de Economia Todos nós temos uma série de necessidades. Precisamos comer, precisamos nos vestir, precisamos estudar, precisamos nos locomover, etc. Estas

Leia mais

1. Direito das coisas 2. Posse 3. Classificação da Posse 4. Ações ou Interdito possessórios 5. Propriedade

1. Direito das coisas 2. Posse 3. Classificação da Posse 4. Ações ou Interdito possessórios 5. Propriedade CURSO EXTENSIVO FINAL DE SEMANA OAB 2012.2 Disciplina DIREITO CIVIL Aula 07 EMENTA DA AULA 1. Direito das coisas 2. Posse 3. Classificação da Posse 4. Ações ou Interdito possessórios 5. Propriedade GUIA

Leia mais

DISPÕE SOBRE AS CLASSES DOS BENS, COMPRA E VENDA E LEGITIMAÇÃO DAS TERRAS DO MUNICÍPIO.- CEZAR DOS SANTOS ORTIZ Prefeito Municipal de Soledade.

DISPÕE SOBRE AS CLASSES DOS BENS, COMPRA E VENDA E LEGITIMAÇÃO DAS TERRAS DO MUNICÍPIO.- CEZAR DOS SANTOS ORTIZ Prefeito Municipal de Soledade. LEI N. 120/1952 DISPÕE SOBRE AS CLASSES DOS BENS, COMPRA E VENDA E LEGITIMAÇÃO DAS TERRAS DO MUNICÍPIO.- CEZAR DOS SANTOS ORTIZ Prefeito Municipal de Soledade. Faço saber que a Câmara Municipal de Soledade,

Leia mais

Regime de Bens no Casamento. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Regime de Bens no Casamento. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Regime de Bens no Casamento Regime de Bens no Casamento Regime de bens é o conjunto de determinações legais ou convencionais, obrigatórios e alteráveis, que regem as relações patrimoniais entre o casal,

Leia mais

Duas questões me foram formuladas por V. Sa. para serem respondidas em consulta:

Duas questões me foram formuladas por V. Sa. para serem respondidas em consulta: Rio de Janeiro, 18 de julho de 2011. C O N S U L T A Ementa: Direito Civil - Condomínio de apartamentos. Sistema de ar condicionado central. Aumento da área construída. Fração ideal. Despesas comuns. Rateio.

Leia mais

Matéria(s)/Assunto(s): Bens

Matéria(s)/Assunto(s): Bens Matéria(s)/Assunto(s): Bens Simulado Criado em 30/10/2014 às 15:22:38 Julgue os itens a seguir, relativos a pessoas, bens e negócios jurídicos. 1. Pertenças são bens individuais que podem ser produtos,

Leia mais

Curso de Atualização em Instituição, Convenção de Condomínio e Incorporação Imobiliária. Diovani Santa Bárbara diovanisb@gmail.com

Curso de Atualização em Instituição, Convenção de Condomínio e Incorporação Imobiliária. Diovani Santa Bárbara diovanisb@gmail.com Curso de Atualização em Instituição, Convenção de Condomínio e Incorporação Imobiliária Diovani Santa Bárbara diovanisb@gmail.com Condomínio - definição: Dar-se-á condomínio quando a mesma coisa pertencer

Leia mais

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação ORGANIZAÇÃO BÁSICA DAS DISCIPLINAS CURRICULARES

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação ORGANIZAÇÃO BÁSICA DAS DISCIPLINAS CURRICULARES 2007/1 UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação ORGANIZAÇÃO BÁSICA DAS DISCIPLINAS CURRICULARES Disciplina: DIREITO CIVIL V Curso: DIREITO Código CR PER Co-Requisito Pré-Requisito 111111111111111111111111111111111111111

Leia mais

Desapropriação. Não se confunde com competência para desapropriar (declarar a utilidade pública ou interesse social): U, E, DF, M e Territórios.

Desapropriação. Não se confunde com competência para desapropriar (declarar a utilidade pública ou interesse social): U, E, DF, M e Territórios. Desapropriação É a mais drástica forma de intervenção do Estado na propriedade privada. É sinônimo de expropriação. Competência para legislar: privativa da União (art. 22, II, da CF). Não se confunde com

Leia mais

RESUMO DA TABELA DE EMOLUMENTOS E TFJ DE 2015 EM VIGOR PARA ATOS PRATICADOS A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2015

RESUMO DA TABELA DE EMOLUMENTOS E TFJ DE 2015 EM VIGOR PARA ATOS PRATICADOS A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2015 RESUMO DA TABELA DE EMOLUMENTOS E TFJ DE 2015 EM VIGOR PARA ATOS PRATICADOS A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2015 1- ATOS DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS VALORES EM R$ ATO VALORES TOTAL BUSCA (POR PERÍODO

Leia mais

ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL MÓDULO 3

ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL MÓDULO 3 ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL MÓDULO 3 Índice 1. Direito Civil - Continuação...3 1.1. Fatos e Atos Jurídicos... 3 1.2. Direito de Propriedade... 3 1.2.1. Propriedade intelectual... 4 1.2.2. Propriedade

Leia mais

Direito das coisas. O direito das coisas é tratado no livro III da parte especial do código civil, dividido em duas temáticas.

Direito das coisas. O direito das coisas é tratado no livro III da parte especial do código civil, dividido em duas temáticas. OAB - EXTENSIVO Disciplina: Direito Civil Prof. Brunno Giancolli Data: 19/10/2009 Aula nº. 05 TEMAS TRATADOS EM AULA Direito Reais Direito das coisas. O direito das coisas é tratado no livro III da parte

Leia mais

LEI Nº. 715/2015, DE 30 DE ABRIL DE 2015

LEI Nº. 715/2015, DE 30 DE ABRIL DE 2015 LEI Nº. 715/2015, DE 30 DE ABRIL DE 2015 Regulariza áreas públicas municipais ocupadas para fins de moradia e estabelece diretrizes para concessão de outorga para uso especial e dá outras providências.

Leia mais

Maratona Fiscal ISS Direito tributário

Maratona Fiscal ISS Direito tributário Maratona Fiscal ISS Direito tributário 1. São tributos de competência municipal: (A) imposto sobre a transmissão causa mortis de bens imóveis, imposto sobre a prestação de serviço de comunicação e imposto

Leia mais

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO PARECER Nº 12672

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO PARECER Nº 12672 PARECER Nº 12672 Faixas de domínio marginais às estradas de rodagem cuja exploração é objeto de contrato de concessão. Uso por particulares, sem exclusividade. Autorização. Competência. Licitação. Expondo

Leia mais

CONCEITOS DE IMÓVEL RURAL: aplicações na Certificação e no Registro de Imóveis

CONCEITOS DE IMÓVEL RURAL: aplicações na Certificação e no Registro de Imóveis CONCEITOS DE IMÓVEL RURAL: aplicações na Certificação e no Registro de Imóveis RIDALVO MACHADO DE ARRUDA PROCURADOR FEDERAL (PFE-INCRA/PB) ESPECIALISTA EM DIREITO REGISTRAL IMOBILIÁRIO NO DIREITO AGRÁRIO

Leia mais

O que é Patrimônio? O PATRIMÔNIO: CONCEITOS E INTERPRETAÇÕES 14/08/2015 O PATRIMÔNIO

O que é Patrimônio? O PATRIMÔNIO: CONCEITOS E INTERPRETAÇÕES 14/08/2015 O PATRIMÔNIO O PATRIMÔNIO: CONCEITOS E INTERPRETAÇÕES Danillo Tourinho Sancho da Silva, MSc O que é Patrimônio? O PATRIMÔNIO Patrimônio é o conjunto de posses, a riqueza de uma pessoa, quer seja ela física ou jurídica,

Leia mais

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988...

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988... CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 1988 TÍTULO VII DA ORDEM SOCIAL CAPÍTULO VIII DOS ÍNDIOS Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições,

Leia mais

OBJETIVO. Conhecer as formas de aquisição e perda da propriedade móvel.

OBJETIVO. Conhecer as formas de aquisição e perda da propriedade móvel. PROPRIEDADE OBJETIVO Conhecer as formas de aquisição e perda da propriedade móvel. n Introdução As formas de aquisição e perda da propriedade móvel estão tratadas nos capítulos III e IV do livro do direito

Leia mais

PERMUTA DE IMÓVEIS CONCEITO

PERMUTA DE IMÓVEIS CONCEITO PERMUTA DE IMÓVEIS CONCEITO Considera-se permuta toda e qualquer operação que tenha por objeto a troca de uma ou mais unidades imobiliárias, prontas ou a construir, por outra ou outras unidades imobiliárias,

Leia mais

Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil.

Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior ao valor líquido contábil. Avaliação e Mensuração de Bens Patrimoniais em Entidades do Setor Público 1. DEFINIÇÕES Reavaliação: a adoção do valor de mercado ou de consenso entre as partes para bens do ativo, quando esse for superior

Leia mais

Lição 15. Locação Locação de coisas

Lição 15. Locação Locação de coisas Lição 15. Locação No direito romano, a locação se dividia em locação de coisas e locação de serviços (trabalho). O CC/16 apresentava o contrato de prestação de serviços como locação de serviços. O CC/02

Leia mais

1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda

1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda 1. Compra e Venda Mercantil (art. 481/504 CC) 1. Origem histórica da compra e venda A compra e venda é o mais importante de todos os contratos, tendo em vista que é pela compra e venda que se dá a circulação

Leia mais

RESUMO. Um problema que esse enfrenta nesta modalidade de obrigação é a escolha do objeto.

RESUMO. Um problema que esse enfrenta nesta modalidade de obrigação é a escolha do objeto. RESUMO I - Obrigações Alternativas São aquelas que têm objeto múltiplo, de maneira que o devedor se exonera cumprindo apenas uma delas. Nasce com objeto múltiplo. Ex.: A se obriga a pagar a B objeto X

Leia mais

PRÁTICA CIVIL E PROCESSUAL LEGALE

PRÁTICA CIVIL E PROCESSUAL LEGALE BEM IMOVEL Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto se lhe incorporar natural ou artificialmente. Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: I -os direitos reais sobre imóveis e as ações

Leia mais

1. REGISTRO RESTRIÇÕES PARA ATUAR COMO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL. Falido:... Estrangeiro:... Médico:... Advogado:... Membros do legislativo:...

1. REGISTRO RESTRIÇÕES PARA ATUAR COMO EMPRESÁRIO INDIVIDUAL. Falido:... Estrangeiro:... Médico:... Advogado:... Membros do legislativo:... 1 DIREITO EMPRESARIAL PONTO 1: Registro PONTO 2: Incapacidade Superveniente PONTO 3: Sociedade Empresária 1. REGISTRO Para fazer o registro, a pessoa deve estar livre de qualquer impedimento ou proibição.

Leia mais

Em regra, todos os créditos podem ser cedidos (art. 286 CC) a) Créditos de natureza personalíssima;

Em regra, todos os créditos podem ser cedidos (art. 286 CC) a) Créditos de natureza personalíssima; Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Direito Civil / Aula 11 Professor: Rafael da Mota Mendonça Conteúdo: V- Transmissão das Obrigações: 1. Cessão de Crédito. V - Transmissão das Obrigações: 1. CESSÃO

Leia mais

Plano de Ensino. Identificação. Distribuição da Carga Horária. Ementa

Plano de Ensino. Identificação. Distribuição da Carga Horária. Ementa Plano de Ensino Identificação Curso: DIREITO Disciplina:DIREITO CIVIL V - DIREITO DAS COISAS 2012/1º semestre: Carga horária: Total: 80h Semanal:04h Professor: Thiago Felipe Vargas Simões Período/8º turno

Leia mais

USUFRUTO. 1) Conceito:

USUFRUTO. 1) Conceito: USUFRUTO 1) Conceito: O usufruto é um dos chamados direitos reais sobre coisa alheia. Para Sílvio de Salvo Venosa 1 usufruto é um direito real transitório que concede a seu titular o poder de usar e gozar

Leia mais

Bibliografia: Brancato, Ricardo Teixeira, Instituições de direito privado. 12ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2003. 3ª AULA

Bibliografia: Brancato, Ricardo Teixeira, Instituições de direito privado. 12ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2003. 3ª AULA Matéria: Legislação e Ética p. 1 Prof.: Frederico Silveira Madani Curso: Engenharia Períodos: 1 e 2 Bibliografia: Brancato, Ricardo Teixeira, Instituições de direito privado. 12ª ed. São Paulo: Editora

Leia mais

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei: 1 - MP2220/2001 CNDU - http://www.code4557687196.bio.br MEDIDA PROVISÓRIA No 2.220, DE 4 DE SETEMBRO DE 2001. CNDU Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos MEDIDA PROVISÓRIA

Leia mais

NOVO CÓDIGO CIVIL LEI NO 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002

NOVO CÓDIGO CIVIL LEI NO 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 NOVO CÓDIGO CIVIL LEI NO 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002 Augusto Polese Paulo Hajime Arimori Priscila Negrão Taís Jeane Ortolan CADASTRO TERRITORIAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ ENGENHARIA CARTOGRÁFICA

Leia mais

Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC

Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC 2014) QUESTÃO 54 Analise as seguintes assertivas sobre as causas de exclusão de ilicitude no Direito Civil: I. A legítima defesa de terceiro não atua como

Leia mais

Direito Tributário Introdução, Normas Gerais, Tributos e Espécies e Competência Tributária

Direito Tributário Introdução, Normas Gerais, Tributos e Espécies e Competência Tributária Direito Tributário Introdução, Normas Gerais, Tributos e Espécies e Competência Tributária Sergio Karkache http://sergiokarkache.blogspot.com Ordenamento Jurídico- Tributário 1.Constituição Federal, Título

Leia mais

CONTRATO DE COMODATO DE IMÓVEL

CONTRATO DE COMODATO DE IMÓVEL 1/5 CONTRATO DE COMODATO DE IMÓVEL Pelo presente instrumento particular de contrato, que tem de um lado FUNDAÇÃO FACULDADE DE MEDICINA, pessoa jurídica de direito privado, de fins não lucrativos, reconhecida

Leia mais

QUE OPERAÇÕES PAGAM IMPOSTO DO SELO ISENÇÕES. Quem está isento? Que operações estão isentas?

QUE OPERAÇÕES PAGAM IMPOSTO DO SELO ISENÇÕES. Quem está isento? Que operações estão isentas? QUE OPERAÇÕES PAGAM IMPOSTO DO SELO ISENÇÕES Quem está isento? Que operações estão isentas? QUEM TEM QUE PAGAR O IMPOSTO DO SELO VALOR TRIBUTÁVEL DOS IMÓVEIS QUANDO É DEVIDO O PAGAMENTO? TAXAS Verba da

Leia mais

Registros em terras de fronteiras, margens de rio e terras devolutas

Registros em terras de fronteiras, margens de rio e terras devolutas Registros em terras de fronteiras, margens de rio e terras devolutas Josely Trevisan Massuquetto Procuradora do INCRA no Paraná. Francisco José Rezende dos Santos Oficial do 4º Reg. Imóveis de Bhte e Presidente

Leia mais

SERVIDÃO ADMINISTRATIVA

SERVIDÃO ADMINISTRATIVA Direito Administrativo Aula 06 Professora Giovana Garcia SERVIDÃO ADMINISTRATIVA Definição: é direito real público que autoriza à Administração usar da propriedade imóvel, particular ou pública, limita

Leia mais

Importância dos Fluxos de Caixa na Avaliação Econômica

Importância dos Fluxos de Caixa na Avaliação Econômica Importância dos Fluxos de Caixa na Avaliação Econômica O fluxo de caixa resume as entradas e as saídas efetivas de dinheiro ao longo do horizonte de planejamento do projeto, permitindo conhecer sua rentabilidade

Leia mais

Aula 04 Direitos Reais

Aula 04 Direitos Reais Propriedade: A propriedade consiste no direito real que confere ao seu titular a maior amplitude de poderes sobre a coisa. De acordo com os termos do artigo 1.228. do Código Civil, o proprietário tem a

Leia mais

Nota Técnica n. 001/2015/GECOG Vitória, 13 de janeiro de 2015. Registro de Passivos sem Suporte Orçamentário.

Nota Técnica n. 001/2015/GECOG Vitória, 13 de janeiro de 2015. Registro de Passivos sem Suporte Orçamentário. Técnica n. 001/2015/GECOG Vitória, 13 de janeiro de 2015. Assunto: Registro de Passivos sem Suporte Orçamentário. 1 Trata-se de orientação acerca do reconhecimento contábil de obrigações sem suporte orçamentário

Leia mais

Contabilidade Básica

Contabilidade Básica Contabilidade Básica 2. Por Humberto Lucena 2.1 Conceito O Patrimônio, sendo o objeto da Contabilidade, define-se como o conjunto formado pelos bens, pelos direitos e pelas obrigações pertencentes a uma

Leia mais

Bens são todos aqueles objetos materiais ou imateriais que sirvam de utilidade física ou ideal para o indivíduo.

Bens são todos aqueles objetos materiais ou imateriais que sirvam de utilidade física ou ideal para o indivíduo. Bens são todos aqueles objetos materiais ou imateriais que sirvam de utilidade física ou ideal para o indivíduo. Para a economia política, bens são aquelas coisas que, sendo úteis aos homens, provocam

Leia mais

CONCEITO DE RENDA DO PONTO DE VISTA JURÍDICO-TRIBUTÁRIO, PRESSUPÕE SER RENDA;

CONCEITO DE RENDA DO PONTO DE VISTA JURÍDICO-TRIBUTÁRIO, PRESSUPÕE SER RENDA; DOS IMPOSTOS (CONTINUAÇÃO) IMPOSTO SOBRE RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA ENCONTRA-SE PREVISTO NO ARTIGO 153, INCISO III, DA C.F.. CONCEITO DE RENDA DO PONTO DE VISTA JURÍDICO-TRIBUTÁRIO, PRESSUPÕE

Leia mais

Contrato Unilateral - gera obrigações para apenas uma das partes. Contrato Bilateral - gera obrigações para ambas as partes.

Contrato Unilateral - gera obrigações para apenas uma das partes. Contrato Bilateral - gera obrigações para ambas as partes. Turma e Ano: Flex B (2013) Matéria / Aula: Civil (Contratos) / Aula 13 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: Teoria Geral dos Contratos: 3- Classificação; 4 - Princípios. 3. Classificação: 3.1

Leia mais

Securitização De Créditos Imobiliários

Securitização De Créditos Imobiliários Securitização De Créditos Imobiliários Operações Imobiliárias A 1. O que é securitização de créditos imobiliários? Securitização é um processo estruturado, coordenado por uma instituição especializada

Leia mais

Ponto 1. Ponto 2. Ponto 3

Ponto 1. Ponto 2. Ponto 3 DIREITO TRIBUTÁRIO PEÇA PROFISSIONAL Ponto 1 Em Agosto de 2008, o município de São Paulo promoveu, contra o Partido do Triunfo Nacional (PTN), regularmente registrado no Tribunal Superior Eleitoral, execução

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

PLANO DE ENSINO. TEORIA GERAL DO DIREITO PRIVADO - Noturno Código 50010 Créditos: 4 Pré-requisitos --

PLANO DE ENSINO. TEORIA GERAL DO DIREITO PRIVADO - Noturno Código 50010 Créditos: 4 Pré-requisitos -- PLANO DE ENSINO 1. IDENTIFICAÇÃO: Faculdade: FACITEC Curso: DIREITO Disciplina: TEORIA GERAL DO DIREITO PRIVADO - Noturno Código 50010 Créditos: 4 Pré-requisitos -- 2. EMENTA: Princípios fundamentais:

Leia mais

CONTRATO DE LOCAÇÃO NÃO RESIDENCIAL

CONTRATO DE LOCAÇÃO NÃO RESIDENCIAL DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS É o ato de vontade que, por se conformar com os mandamentos da lei e a vocação do ordenamento jurídico, confere ao agente os efeitos por ele almejados. ELEMENTOS ESTRUTURAIS I -ESSENCIAIS

Leia mais