ENSINO SUPERIOR REINVENTA-SE ESCOLAS DE NEGÓCIOS. Executive Digest

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1 MBA & Pó -GRADUAÇÕES Pág: 94 Área: 19,69 x 25,71 cm² Crte: 1 de 5 ESCOLAS DE NEGÓCIOS ENSINO SUPERIOR REINVENTA-SE NUMA ALTURA EM QUE A DIGITALIZAÇÁO E A QL013,ALIZAÇA0 SÃO JÁ TEMAS PRESENTES, AS PRINCIPAIS ESCOLAS DE NEGÓCIOS EM PORTUGAL AVALIAM FUTUROS PASSOS A DAR PARA. CONTINUAR A CONQUISTAR ALUNOS E MANTER O NÍVEL DE ENSINO. criaçã de nvas áreas de negóci pelas universidades e utras instituições de ensin superir tem vind a ganhar imprtância ns últims ans, tant a nível nacinal cm internacinal, acmpanhand as tendências da glbalizaçã. Os MBA, pós-graduações, prgramas para executivs u empresas dispníveis em Prtugal cncrrem à escala glbal cm as melhres Esclas de Negócis, resultand n aument da ferta e da excelência, assim cm da cncrrência nã só pela captaçã A de aluns, mas também pels melhres lea Helena Rua e prfessres e empresas que apiam estas M. Jã Vieira Pint frmações especializadas. Fts Paul Alexandrin Anabela Pssidóni THE LISBON MBA Cristina Mreira CATÓLICA PORTO BUSINESS SCHOOL Jã Prença UNIVERSIDADE EUROPEIA Jsé Veríssim 13E6 Luís da Silva Rdrigues NOVA SBE Este fi, pr iss, um ds temas em debate n primeir pequen-almç da Executive Digest cm respnsáveis de Cmunicaçã d sectr, que decrreu n htel The Vintage Huse, em Lisba. Uma cnversa que juntu Anabela Pssidóni, The Lisbn MBA, Cristina Mreira, Católica Prt Business Schl, Jã Prença, Universidade Eurpeia, Jsé Veríssim, ISEG e Luís da Silva Rdrigues, NOVA SBE, e que serviu ainda para um diagnóstic a mercad. As instituições de ensin superir têm tid, desde há uma década, a necessidade de estimular a prcura, tant pr questões demgráficas cm de cncrrência. O marketing e a cmunicaçã assumem um papel imprtante neste paradigma, brigand as esclas a repensar estratégias e a definir caminhs que passam pela cmunicaçã digital e pelas acreditações internacinais que permitem cnquistar ntriedade n exterir e, cnsequentemente, aluns internacinais. Tant mais que, cnfrme

2 Pág: 95 Área: 19,32 x 23,52 cm² Crte: 2 de 5 lembram s participantes, ns Estads Unids da América há meia dúzia de marcas frtes que estã lá há 100 ans, mas cá ainda nã as há u estã a frmar-se. Uma das grandes mudanças verificadas pels respnsáveis presentes n debate prende-se cm a nçã d alun-cliente, e que representa um nível de exigência crescente. «A frma cm hje lhams para s aluns nã é igual àquela em que lhavam para nós há 20 ans. Hje em dia nã só lhams para eles cm clientes cm eles lham para nós cm frnecedres e à mínima cisa que nã crra bem s aluns reclamam e queixam-se. Pel mens existe iss a nível d MBA. Ist mudu muit e em pucs ans», refere um ds participantes. E se há a tentaçã de ceder a alun, s respnsáveis cnsideram que este pnt tem que ser gerid cm muit cuidad. O que é crític, advgam, é manter a qualidade de ensin. Até prque a prliferaçã d digital faz pr que é que iss acnteceu. Falam uns cm s utrs». As Business Schls terã sid das primeiras a cmeçar a sentir a cmpetitividade e um públic mais exigente, cm s estudantes a ganhar cnsciência de que há um mercad glbal. Ou seja, a área das Business Schls acaba pr ganhar, e Prtugal nã é excepçã, dentr daquil que é um mercad glbal da educaçã, uma centralidade e uma cncrrência que nã é vulgar. A educaçã, neste mment, já está glbalizada, e ter a capacidade de perceber e respnder a essas exigências é difícil. Partind da área d Business, que se verifica é que tda a Eurpa, cmeçand a emergir nvas fertas cm s MiMs e s MiFs. Dentr de tdas estas mudanças, há dis elements que ainda nã sã fáceis de abrdar: a ideia d indivídu, d alun e a mesm temp da empresa nde está a trabalhar, prque s dis pdem nã ser exactamente cincidentes. E quand se desenvlve frmaçã para executivs, pr um lad, deve-se frmar as pessas para cmpetências e, pr vezes, para utrs desafis que nã deles mas, pr utr, tentand também sempre ter frmaçã adequada para as necessidades que alun está a ter naquele mment. A questã I As Business Schls terã sid dasi)rimeiras a cmeçar a sentir a cmpetitividade e um públic mais exigente, cm s estudantes a ganhar cnsciência de que há um mercad glbal Uma das grandes mudanças verificadas pels respnsáveis presentes n debate prende-se cm a nçã d alun-cliente, e que representa um nível de exigência crescente cm que as esclas sejam cnstantemente avaliadas publicamente, já que alun pde reclamar cm expsiçã através das redes sciais. «Quand nã gstam de um prfessr expressam-se e dizem-n. E, n an seguinte, se aquele prfessr ainda estiver a dar aulas naquele curs perguntam prvavelmente esta é a primeira área a ficar internacinalizada, é a primeira área nde se abre a cncrrência, é a primeira área a nã estar regulada, e é um mercad que atinge a maturidade de frma muit diferenciada. Os MBA, actualmente, apenas crescem na Asia e sã já um prdut em declíni em da empresa vs indivídu é determinante, cnsideram. «O futur vai ser cada vez mais fcad em áreas sectriais. O temp levará a maires especializações», acreditam s participantes n debate. N fund, falar para s aluns mas também para s sectres prque, cnfrme defendem

3 Pág: 96 Área: 18,95 x 24,47 cm² Crte: 3 de 5 O Cristina Mreira MOUCA PORTO MIOS SCHOOL Jã Prença EUROPEIA Luís da Silva Rdrigues NOVA SOE Jsé Vertssin ISSO Anabela Pssidóni THE NOA s respnsáveis, as pessas querem, cada vez mais, sluções e prcuram alg que seja prátic e cmplementar à sua frmaçã base. Ou seja, futur passa muit pela multidisciplinaridade, pela capacidade de integrar cnheciments diáris muit diferentes, devend ser esta uma via de desenvlviment que vai crescer mais d que aquil que cresce. O que também tem que ver, lembram, cm a frma cm a universidade se desenvlveu, fechada sbre ela própria, nde uma faculdade de Ciências nã dialga cm uma faculdade de Ecnmia, pr exempl. Pel mei, cnsideram ainda, as empresas terã que fazer um utr esfrç e prvavelmente integrar ns seus órgãs de decisã prfessres da universidade. «Essa abertura ainda nã há. E quand cmeçar a haver um cnheciment melhr de ambs s lads, a verdadeira integraçã u clabraçã entre empresas e universidade cmeçará a ser decisiva para desenvlviment. Prque muit d cnheciment que existe, de fact, nã se traduz depis em invaçã, em prduts, prque está numa área que está desligada da realidade». SECTOR BEM PREPARADO O sectr d ensin superir é, prvavelmente, em terms relativs, ds mais bem preparads internacinalmente, garantem s respnsáveis n debate. O investiment que fi feit ns últims 30 a 40 ans, desde as plíticas d prfessr Marian Gag, fez cm que huvesse um capital human que se fi frmar pel mund, junt das melhres universidades, cm visões muit diferenciadas e País tem vind a clher ns últims cinc-10 ans benefíci desse mesm investiment. Curis é cnstatar que na mair parte ds rankings internacinais, Prtugal está muit bem psicinad a nível da investigaçã, mas cai a pique quand se trata d ensin, u seja, «nós nã sabems ensinar». E, iss terá que ver cm mdel muit centrad sbre prfessr e sbre a investigaçã e privilégi e s incentivs que fram dads para essa área. Em terms de plíticas públicas, vale a pena criar incentivs para que se valrize mais a educaçã d que a

4 Pág: 98 Área: 19,01 x 23,49 cm² Crte: 4 de 5 investigaçã prque País precisa diss. «Tems esse capital frmad e está na altura, prvavelmente, de ter que se mexer. Há que lhar utra vez para ist numa dimensã, eventualmente mais de natureza plítica, mas é uma questã que deve ir para cima da mesa. Depis de terms atingid este capital human e cm um sectr que tem pes que tem em terms relativs n País e da sua psiçã cmpetitiva nã perder esse capital e essa prtunidade faz cm que tds tenhams de pensar sbre iss e reguladr u Estad tenha que mexer n sistema», lembru um ds participantes. E até que pnt é, u nã, uma tendência cmeçar a preparar as pessas mais para alguns sectres, cm a gestã hteleira u de saúde? «A frmaçã de base, sólida, será sempre imprtante. É impssível ter bns prfissinais, seja em que sectr fr, u pel mens estarã melhr preparads, se suberem um puc de tud. Hje em dia a frmaçã das pessas numa base sólida inicial é decisiva. O que nã quer dizer que em determinad mment a frmaçã mais especializada tenha que vir, seja na htelaria, seja em áreas técnicas funcinais, mas iss tem que vir prque mercad exige», declara um respnsável. O que se cnstata, hje, é que as pessas precisam de frmaçã a lng da vida, send que as universidades têm que invar para as atrair. Pegue-se numa pessa de 35 ans. Que frmaçã é que deve ter? Pde ter até as 65 u mais. É imprtante lhar para a idade das pessas e cmeçar a perceber que acntece em cada estági. Cada escalã etári tem necessidades específicas. «Mesm na frmaçã de executivs, nesta lógica de frmaçã a lng da vida, também há espaç para frmaçã generalista. Há espaç para as sectriais, pr exempl na área da saúde e de juristas, mas depis n curs geral de Gestã, ns mestrads mesm a nível de segund cicl, cntinua a existir muita prcura prque as pessas têm essa necessidade prque vêm de utras áreas de frmaçã de base», lembram. Cntas feitas, avançam que 80% d que cnta é transversal. MERCADO PARA TODA A OFERTA? Alinhads, também, estiveram tds s participantes em relaçã à existência de mercad para tdas as fertas. E um ds mtivs prende-se cm fact de as empresas prtuguesas terem cmeçad a abrir-se para a necessidade de frmar executivs prque cmeçam a abrir-se para mund. Faça-se uma cnta simples: mercad de pessas que há três ans saiu da faculdade até CEOs, sã centenas de milhares de pessas e, destas, apenas uma ínfima fracçã sã frmads em Gestã e Ecnmia. Ou seja, cnsideram, há tda uma panóplia de necessidades que têm de ser supridas seja para especializaçã, para crss learning, seja para estímul. Neste mment, acreditam, bl é mair para tds. Assim cm cncrdam que, se há uma estratégia que Prtugal pde seguir, pr ser pequen, pr ter flexibilidade, é a de se especializar. Se bem que há quem lembre a existência de duas situações: uma é mercad da frmaçã de executivs, em cresciment; I O a utra, mercad universitári, em cntracçã. «Assim cm n ensin secundári huve liceus que tiveram que encerrar prque nã havia estudantes suficientes, a mesma tendência chegará às licenciaturas e s mestrads sã uma cisa à parte prque estã em desenvlviment». Haverá espaç para tds que tenham prjects de qualidade. Os estudantes sã altamente exigentes e valrizam prjects séris, rigrss e de qualidade. Nã valrizam utra cisa. Eles recnhecem-n bem, sabem diferenciar cm certeza melhr que mercad, prque mercad das empresas u das instituições que recrutam estã muit ainda reféns de estereótips de 20, 30 ans. «A cncrrência entre as universidades tem que ver cm a capacidade de atracçã de talent, muit mais d que a quta de mercad. Aquil que as esclas querem é ter s melhres, prque n lng praz iss é que vai fazer cm que as esclas sejam as melhres prque esses aluns depis vã ter sucess na sua vida prfissinal e, pr utr lad, é atrairms empresas que queiram fazer prjects cm as esclas prque sabem que eles têm s melhres aluns», acrescentam ainda. Pr mais que se invista em marketing, em cmunicaçã, s prjects vã impr-se prque sã cnsistentes e prque s miúds vã recmendá-ls, passand a palavra uns as utrs. E quant a desafis? «O nss grande desafi na área da educaçã, lhand para futur, primeir é a questã de que as pessas prcuram aprender cm s utrs que vêm de utras indústrias. Mas a este, está assciada a necessidade de se criar um ambiente que faça as pessas virem para grande desafi é perceber cm é que se cria um ambiente que faça cm que as pessas queiram vir para a universidade, sabend-se que nã vai ser pr uma questã académica, prque iss está dispnível. Vai ser cm é que s prfessres vã cnseguir facilitar a passagem de cnheciment a universidade, prque s miúds hje aprendem szinhs. O grande desafi é perceber cm é que se cria um ambiente que faça cm que as pessas queiram vir para a universidade, sabend-se que nã vai ser pr uma questã académica, prque iss está dispnível. Vai ser cm é que s prfessres vã cnseguir facilitar a passagem de cnheciment entre tds eles e cm é que eu cnsig atrair s melhres para que eu me queira reunir cm aquelas pessas e ptencialmente vir a lançar negócis». Resumind, imprta perceber cm é que se cnsegue cntinuar a levar pessas para a escla, send cert que nã vai ser a ensinar n mdel tradicinal. O prfessr vai ser um facilitadr e a universidade um síti nde s alumni, s aluns e as empresas se vã prvavelmente cruzar.

5 Pág: 93 Área: 20,00 x 26,00 cm² Crte: 5 de 5 r Executive i MBA'S & PASA -GRADUAÇÕES APOIO: CATOLICA LISBON Cfidis BVSINESS d ECONOMICS CATÓLICA PORTO BUSINESS SCHOOL LISBON SCHOOL OF ECONOMICS & MANAGEMENT UNIVERSIDADE DE LISBOA