CONFIGURAÇÃO DO AMBIENTE COOPERATIVISTA: COOPERATIVAS DE CRÉDITO
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- Cíntia da Conceição Leal
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1 CONFIGURAÇÃO DO AMBIENTE COOPERATIVISTA: COOPERATIVAS DE CRÉDITO Elza Maria Santos Flávia Almeida Firmino Leliane Barros Peixoto Leônidas Fidelis da Silva Belo Horizonte 2007
2 Elza Maria Santos Flávia Almeida Firmino Leliane Barros Peixoto Leônidas Fedelis da Silva CONFIGURAÇÃO DO AMBIENTE COOPERATIVISTA: COOPERATIVAS DE CRÉDITO Projeto Interdisciplinar apresentado à Faculdade Novos Horizontes 1º Período do Curso de Tecnólogo em Gestão de Cooperativas ESPIGÃO Profa. Helga Silva Espigão Belo Horizonte 2007
3 AGRADECIMENTOS Agradecemos a DEUS, a nossa Família, aos professores do Curso de Tecnólogo em Gestão de Cooperativas e a nossa orientadora Profa. Helga Silva Espigão que nos ajudou a realizar este trabalho.
4 Se uma grande pedra se atravessar no caminho e vinte pessoas querem passar, não conseguirão se um por um procurar removê-la individualmente. Mas se vinte pessoas se unem e fazem força ao mesmo tempo, sob a orientação de um deles, conseguirão, solidariamente, tirar a pedra e abrir caminho para todos. PE. Theodor Amstad ( ) Precursor do cooperativismo de crédito no Brasil
5 RESUMO O objetivo deste trabalho é a análise do ambiente externo da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Funcionários da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais (COFAL), dentro do ambiente de tarefas. O destaque será dado para os serviços prestados aos seus cooperados pela cooperativa. A pesquisa se propõe a realizar uma comparação desses serviços com os oferecidos pelas demais instituições financeiras públicas e privadas. Listas de Siglas citadas neste trabalho: ACI - Aliança Cooperativa Internacional BACEN Banco Central do Brasil COFAL Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Funcionários da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras OCEMG Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais SESCOOP Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Minas Gerais
6 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO OBJETIVOS Objetivo Geral Objetivos Secundários REFERENCIAL TEÓRICO AMBIENTE Ambiente organizacional Ambiente geral das organizações Ambiente das tarefas Clientes Competidores COOPERATIVISMO E SUA HISTÓRIA Origens dos símbolos Cooperativismo Cooperativismo no Mundo Cooperativas em funcionamento no Brasil Cooperativismo em Minas Gerais Ramos do Cooperativismo METODOLOGIA CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXOS... 25
7 1 - INTRODUÇÃO Este trabalho tem por objetivo analisar os serviços oferecidos pela Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Funcionários da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais (COFAL) aos seus cooperados. Fundada há 27 anos, está sediada à Rua Matias Cardoso, nº º andar Bairro Santo Agostinho - Belo Horizonte - Minas Gerais, é uma das cinco maiores cooperativas de crédito do Estado e a 20ª maior por faturamento no ramo de crédito, com um faturamento bruto de mais de quatro milhões de reais e um patrimônio líquido de mais de nove milhões de reais. Possui cooperados, que foram se aderindo à cooperativa pela sua competência, seriedade e comprometimento de seus dirigentes, qualificação e profissionalismo de seus funcionários no atendimento ao cooperado. Disponibiliza várias linhas de crédito com as taxas de mercado, aplicações financeiras, conta corrente, serviços com tarifas reduzidas, seguros e um programa de educação financeira que auxilia o cooperado no planejamento do orçamento doméstico, trabalhando para uma contínua melhoria da qualidade de vida de seus cooperados. ( Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem voluntariamente por um objetivo comum, econômico e social, sem objetivo de lucro. ( Cooperativismo se faz com garra e gente instruída. Nos dias de hoje, quando a relação entre as pessoas é pautada pela concorrência, você tem que ser o melhor. E para ser o melhor, é necessário que haja formação, treinamento, capacitação e educação. Educação cooperativista é uma das principais preocupações do setor no Brasil, que não tem medido esforços no sentido de elaborar projetos de treinamento, principalmente para gerentes e líderes, que os capacitem à formação de um contingente cada vez maior de pessoas preocupadas com a questão cooperativista. (GAWLAK, 2001, p.5) 7
8 As cooperativas de crédito têm crescido bastante, conforme pesquisas efetuadas pelo censo de Cooperativismo Mineiro 2005 e Anuário do Cooperativismo Mineiro publicado no ano de 2006 pelo Sistema OCEMG/SESCOOP-MG. As cooperativas de crédito vêm se colocando em lugares de destaques como o 1º lugar no maior número de cooperativas do ramo com 246 e também com o maior número de associados. As cooperativas deste ramo estão representando também 21,3% da movimentação econômica anualmente das cooperativas de Minas a segunda maior do estado. A função da OCEMG- Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais é ser o agente político, de representação, promoção e integração das cooperativas mineiras, além de ser o sindicato patronal, com atribuições de negociação e assistência da categoria das cooperativas perante autoridades administrativas e judiciárias. Enquanto o SESCOOP Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Minas Gerais, criado pela medida provisória nº 1715/98, tem como objetivo atender às principais necessidades de formação, qualificação profissional da gestão, monitoramento e promoção social das cooperativas, além de assessorar o Governo Federal em assuntos de formação profissional e gestão de cooperativista. Ambos regularizam a difusão os princípios cooperativistas na profissionalização de gestão. (Anuário do Cooperativismo Mineiro, 2006). Este trabalho possui como pergunta de partida as seguintes questões: A cooperativa representa um diferencial para o cooperado? Há mais vantagens em ser cooperado de uma cooperativa de crédito do que ser correntista de um banco comum? 8
9 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Conhecer a configuração do ambiente da Cooperativa Econômica de Crédito Mútuo dos Funcionários da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais no quesito análise de concorrente. 2.2 Objetivos secundários - Definir as tarifas do estudo comparativo; - Apresentar as tarifas de serviços de uma cooperativa de créditos; - Apresentar as tarifas de serviços de um banco público e um banco privado; - Apresentar as possíveis vantagens dos serviços prestados para os cooperados. 9
10 3 REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 AMBIENTE Ambiente organizacional O ambiente de trabalho está mudando muito depressa, porque o mundo também está mudando da mesma forma. As organizações vão necessitar de facilitadores, orientadores/instrutores e mentores que terão de realizar atividades de planejamento, organização (estruturação), direção e controle. E, nos dias que estão por vir, as organizações dependerão e muito, de pessoas eficazes em todos os níveis de funções ou de tarefas. Os administradores/gerentes atuais estão procurando desenvolver, cada vez mais, as suas próprias habilidades de coordenadores, orientadores/instrutores e mentores. Muitas forças diferentes fora e dentro da organização influenciam o desempenho administrativo. Estas forças são originadas no ambiente geral, no ambiente das tarefas e no ambiente interno das organizações. (SILVA, 2001) Ambiente geral das organizações O ambiente geral consiste em todos os fatores externos a uma organização, estes fatores representam restrições dentro das quais todas as organizações - negócios, sindicatos, universidades etc. - devem funcionar. O ambiente geral, também chamado macroambiente, pode ser visto como constituído de forças indiretas do ambiente externo. As forças indiretas do ambiente externo podem afetar os administradores porque podem influenciar o clima no qual a organização deve atuar. Essas forças são o ambiente econômico, o ambiente tecnológico, o ambiente sócio-cultural, o ambiente político-legal e o ambiente internacional. (SILVA, 2001) O ambiente das tarefas (clientes/competidores) O ambiente das tarefas ou ambiente específico é constituído pelos seguintes elementos: clientes, competidores, fornecedores, reguladores e parceiros estratégicos, que envolvem diretamente cada organização. Assim, a diferença entre o ambiente geral e o das tarefas é que o ambiente geral é o limite onde todas as organizações atuam, e o ambiente das tarefas é aquele mais imediato, no qual uma organização específica deve operar. Entretanto, os limites entre o ambiente geral e das tarefas de uma organização não podem ser vistos de modo estático. (SILVA, 2001) 10
11 3.1.4 Clientes Define-se como clientes pessoas que compram produtos ou serviços de uma organização, e que diferem fortemente em diversas características como educação, idade, renda e estilo de vida, ou mesmo outras organizações. De todas as forças diretas, os clientes são, talvez, as mais vitais para as organizações, porque deles depende o presente e o futuro delas. As organizações tipicamente respondem às forças dos clientes por meio da pesquisa do cliente, que objetiva o estabelecimento dos consumidores presentes e potenciais. A falha em detectar mudanças nas preferências dos consumidores pode ser bastante custosa para os resultados organizacionais. (SILVA, 2001) Competidores Organizações concorrentes, com as quais a organização compete por clientes e consumidores e por recursos necessários (tais como pessoas, matérias-primas e outros). Existem dois tipos de competidores: competidores intratipos (ou diretos) e intertipos (ou indiretos).. Competidores diretos são organizações que produzem produtos ou serviços similares;. Competidores indiretos são organizações distintas que podem alterar o interesse do consumidor, desviando as suas intenções de compra. A dinâmica das mudanças e contramudanças feitas pelos competidores intertipos pode ocorrer por muitas e diversas razões que são difíceis de predizer. A competição é sempre muito intensa e é por isso que as organizações se esforçam em estabelecer e proteger as vantagens competitivas, particularmente aquelas que representam "poder" nos negócios; em algumas indústrias o poder competitivo tem sido perdido pela competição estrangeira, que tem mais sucesso em satisfazer as demandas dos clientes. (SILVA, 2001) 3.2 Cooperativismo e sua história Origens dos símbolos A BANDEIRA 11
12 A bandeira do cooperativismo possui as cores do arco íris, composta por sete listras horizontais, simboliza a paz, a esperança e a harmonia depois da tormenta, constitui o único símbolo internacional do cooperativismo, aprovado pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI), em A bandeira, que substitui a tradicional do arco-íris, é de cor branca e tem o logotipo da ACI impresso no centro, do qual emergem pombas da paz, representando a unidade dos diversos membros da ACI. O logotipo foi aprovado em 1995 por ocasião do Centenário da ACI. O arco-íris é representando em seis cores e a sigla ACI está impressa na sétima cor: o violeta. Cada cor tem o seu significado: - Vermelho: Coragem; - Alaranjado: visão do futuro; - Amarelo: Desafio em casa, família e comunidade; - Verde: Crescimento individual como pessoa e como cooperado; - Azul: Horizonte distante, a necessidade de ajudar os menos afortunados, unindoos uns aos outros; - Anil: Necessidade de ajudar a si próprio e aos outros através da cooperação; - Violeta: Beleza, calor humano e amizade. ( O EMBLEMA DO COOPERATIVISMO O emblema do cooperativismo: um círculo abraçando dois pinheiros, para indicar a união do movimento, a imortalidade de seus princípios, para indicar a união do movimento, a fecundidade de seus ideais, a vitalidade de seus adeptos. Tudo isso marcado na trajetória ascendente dos pinheiros que se projetam para cima, procurando subir cada vez mais. O significado de cada elemento do emblema é: - O Pinheiro- era tido como um símbolo da imortalidade e da fecundidade, pela sua sobrevivência em terras menos férteis e pela facilidade na sua multiplicação. Os pinheiros unidos são mais resistentes e ressaltam a força e a capacidade de expansão. - O Círculo: representa a vida eterna, pois não tem horizonte final, nem começo, nem fim. - O Verde lembra as árvores, o princípio vital da natureza e a necessidade de manter o equilíbrio com o meio ambiente. - O Amarelo simboliza o sol, fonte permanente de energia e calor. ( 12
13 3.2.2 Cooperativismo É um sistema econômico que faz das cooperativas a base de todas as atividades de produção e distribuição de riquezas, tendo como objetivo difundir as idéias em que se baseiam, no intuito de atingir o pleno desenvolvimento financeiro, econômico e social de todas as sociedades Cooperativas. A cooperação que sempre existiu nas sociedades humanas desde as eras mais remotas esteve ai presente como resultado de necessidades imperiosas de sobrevivência. Com toda certeza, não poderia falar de cooperativismo sem antes citar a pessoa de Robert Owen (Cooperativismo ao Alcance de todos), que certamente foi um dos precursores da informação pública dos dados sobre vendas e produção da administração moderna Robert Owen ( ), um dos fundadores do cooperativismo, foi sócio de uma grande tecelagem, ficou impressionado com a miséria da classe operária, iniciou a elaboração e planos de reforma social. Seus projetos sociais incluíram: - Diminuição da jornada de trabalho. Proibição do trabalho a menores de 10 anos. Obrigatoriedade de freqüentar a escola, os filhos e os funcionários. Aquisição de casas a preços módicos. Aquisição de artigos de consumo domésticos em bases cooperativas Essas medidas resultaram na melhoria no estado material, físico e mental dos operários de forma rápida e ao mesmo tempo as empresas deram resultados maravilhosos. (FILHO, 2002) Com a Revolução Industrial, na Inglaterra, surgem os problemas sociais dos tempos modernos, ligados ao proletariado industrial na luta contra os patrões capitalistas. Os movimentos sociais de resgate das condições básicas dos trabalhadores não tardam a surgir, conquistados através da Revolução Francesa. É nesse sentido que se tem o surgimento de movimentos que visam unir e organizar o homem para que possa ter seus direitos garantidos. Em novembro de 1843, um grupo de 28 tecelões da cidade de Rochdale (Inglaterra) reuniram-se para descobrir um meio de fugir à ameaça iminente da miséria, e preservar a própria subsistência. Surgindo aos 28 de outubro de 1844, uma associação denominada Sociedade dos Pobros Pioneiros de Rochdade. Sistema cooperativista. Estava constituída, portanto a primeira e tão famosa cooperativa de consumo, fundamentada em normas e princípios até hoje aceitos. (FILHO, 2002) 13
14 Juvêncio (2006) diz que a Aliança Cooperativista Internacional, preocupou-se em estabelecer, através de princípios, um conjunto de regras e valores éticos e morais comuns a todos os seus membros. Tais princípios foram reformulados em 1995, sendo eles: 1º Princípio Adesão livre e voluntária As cooperativas são organizações voluntárias abertas a todas as pessoas aptas a usar seus serviços e dispostas a aceitar as responsabilidades de sócios, sem discriminação de gênero social, racial, política ou religiosa. 2º Princípio Controle democrático pelos membros As cooperativas são organizações democráticas controladas por seus membros, os quais participam ativamente no estabelecimento de suas políticas e na tomada de decisões. Os homens e mulheres eleitos, como representantes, são responsáveis para com os sócios. Nas cooperativas singulares os sócios têm igualdade na votação (um sócio, um voto); as cooperativas de outros graus são também organizadas de maneira democrática. 3º princípio Participação econômica dos sócios Os sócios contribuem equitativamente e controlam democraticamente o capital de suas cooperativas. Parte desse capital é propriedade comum das cooperativas. Usualmente os membros recebem juros limitados (se houver algum) sobre o capital, como condição da sociedade. Os sócios destinam as sobras aos seguintes propósitos: desenvolvimento das cooperativas, com vistas à formação de reservas, parte destas podendo ser indivisível; retorno aos sócios na proporção de suas transações com as cooperativas e apoio a outras atividades que forem aprovadas pelos sócios. 4º princípio Autonomia e independência As cooperativas são organizações autônomas para ajuda mútua, controladas por seus sócios. Entretanto em acordo operacional com outras entidades, inclusive governamentais, ou recebendo capital de origem externa, elas devem fazê-lo em termos que preservem o controle democrático pelos membros e mantenham sua autonomia. 14
15 5º princípio Educação, treinamento e informação As cooperativas proporcionam educação e treinamento para os membros, dirigentes eleitos, administradores e funcionários de modo a contribuir efetivamente para o desenvolvimento destes. Todos têm a incumbência de informar o público em geral, particularmente os jovens e os líderes formadores de opinião, sobre a natureza e os benefícios da cooperação. 6º princípio Cooperação entre cooperativas As cooperativas atendem seus membros mais efetivamente e fortalecem o movimento cooperativo trabalhando juntas através de estruturas locais, nacionais, regionais e internacionais. 7º princípio Preocupação com a comunidade As cooperativas trabalham pelo desenvolvimento sustentável de suas comunidades, através de políticas aprovadas por seus sócios. (FILHO, 2002) Cooperativismo no Mundo O Cooperativismo está presente em toda a parte. Ele integra os regimes de economia planejada e os de livre mercado. Pode ser encontrado no meio urbano e no meio rural. O número de cooperativa em todo o mundo ultrapassa 900 milhões de pessoas, algo como seis vezes toda a população brasileira. Isso torna o movimento cooperativista a maior doutrina não religiosa do planeta. De todas as categorias de cooperativas, a que mais tem crescido no mundo é a dos produtores rurais. O cooperativismo na Suécia é um dos mais desenvolvidos, tanto na área do consumo como na produção, no crédito e nos serviços em geral. Sua federação de cooperativas de consumo produz 90% de todo óleo comestível no país, 50% das caixas registradoras, 68% das lâmpadas elétricas e 30% das massas alimentícias, entre outros produtos. No passado, as cooperativas habitacionais foram responsáveis pela reconstrução da moradia em muitos paises que participaram das duas grandes guerras. Na Inglaterra e no país de Galés, 50% das casas foram refeitas no regime cooperativista. Em países como Dinamarca, Suíça, Bélgica e a própria Suécia, o cooperativismo habitacional foi o único meio encontrado pela população para construção da casa própria. (FILHO, 2002) 15
16 Cooperativas em funcionamento no Brasil - Cooperativas de Economia e Crédito Mútuo (Urbanas): Define-se por uma sociedade formada, em comunidades urbanas, por pessoas físicas de uma determinada profissão ou atividades comuns, ou estejam vinculadas a determinada entidade, bem como de pequeno empresário, microempresário ou microempreendedor, responsável por negócio de natureza industrial, comercial ou de prestação de serviços, para desenvolverem programas de assistência financeira e de prestação de serviços, buscando obter o adequado atendimento de suas necessidades de crédito. (FILHO, 2002) Segundo o BACEN, as 794 cooperativas de crédito urbano representam atualmente 65,9% do total de cooperativas de crédito em operação no Brasil. Banco Central do Brasil (BACEN) é o órgão executivo central do Sistema Financeiro Nacional, e conforme Assaf Netto (2001, p.67) encarrega-se de cumprir e fazer cumprir as determinações da lei e das normas emanadas das deliberações do Conselho Monetário Nacional. (SCHARDONG, 2002) - Cooperativas de Crédito Rural: São constituídas por pessoas físicas dedicadas às atividades agrícolas, pecuárias ou extrativas e, excepcionalmente, por pessoas jurídicas com as mesmas e exclusivas atividades. As cooperativas rurais somam 398 entidades, 33,0% do total de cooperativas de crédito em operação no Brasil. (FILHO, 2002) - Cooperativas LUZZATTI: São cooperativas de crédito sem restrição de associados. A abertura desse tipo de cooperativa não é mais permitida pelo Banco Central. Atualmente existem 1 3 cooperativas LUZZATTI em atividade no Brasil ( 1,1% do total). (FILHO, 2002) As Cooperativas de Crédito Rural, Crédito Mútuo e Luzzatti trabalham em captar recursos, sob a forma de depósitos à vista e a prazo (vedada a emissão de título ao portador), exclusivamente de associados; capta recursos de outras instituições financeiras para repasse aos associados; desconta títulos emitidos pelos associados; financia as atividades dos associados mediante contrato de abertura de crédito e efetua prestação de serviços bancários aos associados. (SCHARDONG, 2002) 16
17 3.2.5 Cooperativismo em Minas Gerais Minas Gerais hoje conta com 801 cooperativas situadas em 220 cidades do estado, os ramos de atuação são diferentes, a movimentação econômica é de mais de 10 milhões de reais ao ano, gerando fonte de renda para famílias e empregos para mais ou menos trabalhadores. (FILHO, 2002) O Cooperativismo é composto por 13 ramos (Setor de atividade econômica da cooperativa), de acordo com a classificação da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) Agropecuário: São Cooperativas formadas por produtores rurais e têm como finalidade organizar a produção de seus associados em maior escala, garantindo um melhor preço na comercialização de seus produtos Consumo: A atividade básica deste ramo de cooperativas consiste na compra em comum de produtos de bens de consumo para distribuição ao seu quadro social, em condições mais vantajosas de preços e melhor qualidade. Crédito: O objetivo principal é prestar serviços de natureza bancária, como reunir poupança de seus cooperados e lhes proporcionar empréstimos com taxas menores que as praticadas no mercado. Educação: Cooperativas de professores, de alunos de escolas agrícolas, de pais de alunos de atividades afins, praticam preços mais justos e realizam uma educação de qualidade comprometida com o desenvolvimento da comunidade. Especial: Constituídas por pessoas que precisam de auxílio especial. Organiza serviços sóciosanitários e educativos mediante atividades agrícolas, industriais, comerciais e de serviços, desenvolvem e executam programas especiais de treinamento, com o objetivo de aumentar a produtividade e a independência econômica e social. Habitacional: Viabilizam a compra ou construção da casa própria por um custo menor e dentro das possibilidades dos cooperados. 17
18 Infra-estrutura: Finalidade primordial administrarem serviço que os cooperados necessita e que não se encontra disponível ou é mais caro no mercado. As cooperativas mais conhecidas são de eletrificação, telefonia rural, saneamento e limpeza pública. A cooperativa compra os insumos necessário e contrata Terceiros para realizar seus negócios. Mineral: Finalidade de pesquisar, extrair, lavrar, industrializar, comercializar, importar e exportar produtos minerais. Produção: É a sociedade que, por qualquer forma, detém os meios de produção e seus associados contribuem com Serviços Laborativos ou Profissionais para a produção de bens ou serviços. Saúde: Composto pelas cooperativas que se dedicam à preservação e promoção da saúde humana. Inclui os serviços médicos, dentistas, psicólogos e profissionais de outras atividades afins. Trabalho: Composto por cooperativas de profissionais afins para a prestação de serviços. É a saída contra a informalidade de empregos. Turismo e Lazer: Atuam no setor de turismo e lazer. Visa organizar as comunidades para disponibilizarem o seu potencial turístico, hospedando os turistas e prestando toda ordem de serviços. Transporte: Se dedicam à organização e administração dos interesses inerentes do grupo de profissionais cooperados em atividade de transporte. Basicamente angariam para os cooperados o maior volume de cargas e passageiros possíveis, tendo em vista garantir mercado de trabalho. (Anuário do Cooperativismo Mineiro de 2006 e PASSOS, 2006) 18
19 Quadro do número de cooperativas por ramo segundo o Anuário do Cooperativismo Mineiro de 2006 o ramo de crédito é o pioneiro com 246 cooperativas de crédito. RAMO Número de cooperativas em Cooperativas em Minas Gerais Crédito 246 Agropecuário 190 Saúde 122 Transporte 87 Trabalho 78 Educacional 41 Consumo 23 Habitacional 8 Produção 3 Mineral 1 Infra-estrutura 1 Turismo e Lazer 1 TOTAL METODOLOGIA Ambiente externo (cliente/cooperado) Cliente/cooperado Funcionários da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais. Serão apresentamos as três principais tarifas de serviços que foram objeto de estudo desse trabalho: - Empréstimos - Conta Corrente - Investimentos Optou-se por pesquisar as tarifas de Empréstimo, Conta Corrente e Investimentos pelo motivo de serem os serviços mais procurados pelos cooperados/clientes. O comparativo das taxas entre a COFAL, Banco do Brasil e Bradesco foram consultadas nos sites e folders das instituições. 19
20 - O Banco do Brasil Trabalha com operações de banco múltiplo tradicional e agente financeiro do Governo Federal, especialmente no repasse de recursos dos programas de Crédito Rural, delegado pelo Banco Central opera a câmara de compensação de cheques e outros papéis. (SCHARDONG, 2002) - O Banco Bradesco S.A Trabalha em descontos de título, capta depósitos a vista e a prazo fixo; realiza operações especiais, inclusive de crédito rural e com autorização do Banco Central realiza a prática de operações de câmbio e comércio-internacional; atua como agente financeiro para repasse de recursos de programas especiais; realiza operações com instituições financeiras externas, objetivando obter recursos para repasse em financiamentos internos; administra fundos de investimento financeiro e presta serviços financeiros. (SCHARDONG, 2002) 4.1- Ambiente externo (Cliente/ Cooperado) Cliente/cooperado funcionários da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, que podem realizar serviços de natureza bancária como empréstimo, cheque especial e movimentação da conta corrente com taxas menores que o mercado e investimentos. Pesquisa de campo com levantamento de dados seguindo a estrutura abaixo: SERVIÇOS TARIFAS COFAL BANCO DO BRASIL Empréstimos TAC ISENTO R$150,00 à R$300,00 BRADESCO R$120,00 Conta Corrente ativa Manutenção ISENTO R$ 8,00 R$ 8,80 A Cofal se diferencia dos bancos comerciais pela maneira como faz suas operações, sem fins lucrativos. 20
21 INVESTIMENTOS Mês: abril de Prazo: 30 dias Valor IR Taxa Rentabilidade Valor Futuro Investido Administrativa COFAL R$1.000,00 22,5% Taxa Bruta: 0,91% R$1.009,80 (0,89% CDI) BANCODO BRASIL R$1.000,00 22,5% 0,694% R$1.006,98 BB Curto Prazo Mil 0,25% ao mês BRADESCO Referenciado DI - Hiper Fundo R$1.000,00 22,5% 0,37% ao mês 0,59% R$1.005,93 Este quadro demonstra que investir um capital em uma Cooperativa de Crédito como a COFAL é mais vantajoso, pois a rentabilidade é maior e não se tem a taxa administrativa, como nos Bancos do Brasil e Bradesco. Para realização deste quadro usamos como fonte de pesquisa os sites das entidades e pesquisa de campo. 21
22 5 CONCLUSÃO Por meio da pesquisa realizada nota-se claramente a vantagem de ser associado a uma cooperativa de crédito a ser cliente de qualquer instituição financeira seja ela pública ou privada. Ser cooperado significa não pagar caro para movimentar sua conta e sim ganhar com sua própria instituição financeira. A COFAL tem um único objetivo que é trazer economia rentabilidade para o cooperado e com isso ter a certeza de que a meta da cooperativa é indicar a melhor direção para o seu resultado, já que a instituição é do cooperado, você ganha duas vezes com taxas diferenciadas e com retorno das aplicações nas sobras, já que no final do ano a cooperativa distribui as sobras (no mercado tradicional chamamos de lucro) para os associados. Assim quanto mais o cooperado concentra sua movimentação na cooperativa mais ganha. Os serviços de uma instituição financeira com os benefícios de uma cooperativa. Outros diferenciais em relação aos bancos comerciais: COOPERATIVA (COFAL) BANCOS COMERCIAIS Atendimento Personalizado Atendimento em massa Distribuição de Sobras (resultados) entre os associados Cada um tem direito a um voto, decidindo os rumos do seu negócio Taxas, tarifas e juros adequados ao seu perfil Produtos do mercado só que desenvolvidos para atender as suas necessidades Compromisso com o futuro do associado Distribuição de lucros entre os acionistas Os rumos são definidos pelo capital Taxas, tarifas e juros superiores, às vezes abusivos Produtos padronizados Compromisso com o lucro dos proprietários 22
23 Conforme estudo realizado concluí-se que ambiente é tudo que envolve organização. O contexto na qual ela está inserida é tão vasto e complexo que é impossível conhecê-lo e compreendê-lo totalmente. Assim as organizações precisam, explorar e discernir o ambiente, para reduzir a incerteza a seu respeito. Em outros termos a organização precisa mapear seu espaço ambiental. Tal mapeamento não é feito pela organização em si, mas por pessoas sujeitas as diferenças individuais que nela ocupam cargos ou posições destinadas a isso. 23
24 6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FILHO, Luiz Dias Thenório. Pelos caminhos do cooperativismo. 2ª edição. S/c: Stilo Gráfica e Editora Ltda, GAWLAK, Albino; TURRA. Fabianne Ratzke. Cooperativismo: filosofia de vida para um mundo melhor. 3ª edição. Curitiba: s/e, Maiores Cooperativas de Minas Gerais Anuário do Cooperativismo Mineiro. Belo Horizonte: Produção e Editoração A2 Comunicação & Marketing Ltda.; OCEMG /SESCOOP-MG, PANZUTTI, Ralph et al. Cooperativismo ao alcance de todos. 3ª edição. São Paulo: OCESP/SESCOOP-SP, PASSOS, Neuza Torre. Cooperativismo em Minas Gerais. Monografia. Belo Horizonte: Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte, Curso de Administração, SCHARDONG, Ademar. Cooperativa de crédito: instrumento de organização econômica da sociedade. Porto Alegre: Rigel, SILVA, Reinaldo Oliveira da. Teorias da administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, SITES CONSULTADOS (acesso em 22/03/2007, 30/04/2007, 03/05/2007) (acesso em 22/03/2007, 30/04/2007) (acesso em 22/03/2007, 30/04/2007, 03/05/2007) (acesso em 30/04/2007) 24
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