LEI /2014 E SPED: ADAPTAÇÃO ÀS NOVAS OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS
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- Walter Vidal Leão
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1 LEI /2014 E SPED: ADAPTAÇÃO ÀS NOVAS OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS Visão geral dos impactos das novas evidenciações e diferenças de práticas contábeis advindas da IN Subcontas. ECF e suas implicações. Marcelo Natale, sócio da área tributária
2 Lei /14 e IN 1.515/2014 Criação de subcontas contábeis Na ECF (Escrituração Contábil Fiscal), o contribuinte deverá elaborar o demonstrativo das diferenças verificadas na data da adoção inicial entre os elementos de ativo, passivo e patrimônio líquido apresentados na contabilidade societária e no FCONT. As diferenças serão identificadas nas contas de último nível, demonstrando: Saldo na ECD Controlada em subconta Código da subconta Descrição da subconta Código da conta Descrição da conta Saldo no FCONT Conta existe apenas na ECD Código da subconta Descrição da subconta Diferença Controle no LALUR Não há subconta (exceções previstas) Optantes poderão implementar o controle por subcontas em 1º. de Janeiro de 2015; 2
3 Lei /14 e IN 1.515/2014 Criação de subcontas contábeis AS IS Nível Tipo de Código da Código da Descrição Conta Conta Conta Superior Saldo 1 Sintética 1 Ativo n/a Sintética 1.1 Ativo Não Circulante Sintética Imobilizado Analítica Máquinas TO BE visão RFB Nível Tipo de Conta Código da Conta Descrição Código da Conta Superior Saldo D/C Saldo Final 1 Sintética 1 Ativo n/a Sintética 1.1 Ativo Não Circulante Sintética Imobilizado Sintética Máquinas Analítica Máquinas C 70 5 Analítica Subconta D 30 Apenas contas analíticas recebem lançamentos contábeis. Potencial necessidade de criação de um nível adicional de conta no plano de contas para o agrupamento das contas analíticas. 3
4 Lei /14 e IN 1.515/2014 Criação de subcontas contábeis Cada subconta deve se referir a apenas uma única conta de ativo ou passivo, e cada conta de ativo ou passivo referir-se-á a apenas uma subconta. Conta subconta Relação 1:1 subconta Conta Grupo de Ativos ou Passivos: Subconta poderá se referir ao mesmo grupo de ativos ou passivos, desde que haja livro razão auxiliar que demonstre o detalhamento individualizado por ativo ou passivo. Coordenação-Geral de Fiscalização (COFIS) editará normas complementares a respeito da forma de apresentação do livro razão auxiliar. Controle por meio de Subcontas dispensa o controle dos valores na Parte B do LALUR. 4
5 Subcontas IN com redação dada pela IN Art A tributação da diferença positiva verificada na data da adoção inicial entre o valor de ativo na contabilidade societária e no FCONT, a que se refere o caput do art. 163, poderá ser diferida desde que o contribuinte evidencie essa diferença em subconta vinculada ao ativo. (...) 6º Alternativamente ao disposto nos 1º a 5º, o contribuinte poderá evidenciar a diferença de que trata o caput por meio da utilização de 2 (duas) subcontas: (*) I - a subconta vinculada ao ativo mencionada no caput; e II - uma subconta auxiliar à subconta vinculada ao ativo de que trata o inciso I. (*) 7º Na hipótese de que trata o 6º: (*) I - a diferença de que trata o caput será registrada a débito na subconta vinculada ao ativo e a crédito na subconta auxiliar; (*) II - o valor registrado na subconta vinculada ao ativo será baixado à medida que o ativo for realizado, inclusive mediante depreciação, amortização, exaustão, alienação ou baixa; (*) III - a baixa a que se refere o inciso II será feita mediante registro a crédito na subconta vinculada ao ativo e a débito na subconta auxiliar; (*) IV - caso o valor realizado do ativo seja dedutível, o valor da subconta baixado conforme previsto nos Incisos II e III deverá ser adicionado ao lucro líquido na determinação do lucro real no período de apuração relativo à baixa; (*) V - caso seja indedutível, o valor realizado do ativo deverá ser adicionado ao lucro líquido na determinação do lucro real no período de apuração relativo à realização (*) (*) Incluído pela Instrução Normativa RFB nº 1575, de 27 de julho de
6 ECF e MP 685 DIOR Declaração de Informações de Operações Relevantes - Esclarecimento da Receita Federal Declaração de Atos ou Negócios Jurídicos - Registros Y700 e Y710 da ECF - Esclarecimento A declaração de atos ou negócios jurídicos que acarretem supressão, redução ou diferimento de tributos, prevista no art. 7º da Medida Provisória nº 685, de 21 de julho de 2015, não foi Disciplinada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e, portanto, não é obrigatória para o ano-calendário de
7 ECF e MP 685 DIOR Declaração de Informações de Operações Relevantes No registro Y700 são requeridas as seguintes informações: Data de início e final do conjunto de operações que envolvam atos ou negócios jurídicos relativos à DIOR; Ano-calendário inicial e final da economia tributária relativa à DIOR; Se as operações foram realizadas entre dependentes ou independentes no Brasil e exterior, indicando eventual enquadramento como pessoas residentes ou domiciliadas em país com tributação favorecida ou regime fiscal privilegiado; Ocorrência de reorganização societária (fusão, cisão ou incorporação); Geração de ativo fiscal diferido e passivos com terceiros; Redução da base tributária no Brasil com transferência para o exterior; Redução de ativos e seu respectivo percentual; Descrição sumária dos fatos, fundamentação jurídica e justificativa. 7
8 ECF e MP 685 DIOR Declaração de Informações de Operações Relevantes Adicionalmente, o registro Y710 elenca quais tributos são vinculados à DIOR, quais sejam: (i) IRPF Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, (ii) IRPJ Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica, (iii) CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, (iv) IRRF Imposto de Renda Retido na Fonte, (v) PIS/Cofins, (vi) IOF Imposto sobre Operações Financeiras, (vii) Imposto de Importação e Exportação, (viii) Simples Nacional, (ix) Contribuição Previdenciária, (x) Cide Combustíveis, (xi) IPI Imposto sobre Produtos Industrializados e (xii) Outros. 8
9 Ambiente SPED 9
10 Noções Gerais Blocos da ECF: Bloco 0 Bloco C Bloco E Bloco J Bloco N Bloco M Bloco L Bloco K Bloco P Bloco T Bloco U Bloco X Bloco Y Bloco 9 Bloco 0: Abertura, Identificação e Referências; Bloco C: Informações Recuperadas da ECD; Bloco E: Informações Recuperadas da ECF Anterior e Cálculo Fiscal dos Dados Recuperados da ECD; Bloco J: Plano de Contas e Mapeamento; Bloco K: Saldos das Contas Contábeis e Referenciais Bloco L: Lucro Líquido; Bloco M: Livro Eletrônico de Apuração do Lucro Real (e-lalur) e Livro Eletrônico de Apuração da Base de Calculo da CSLL (e-lacs); Bloco N: Cálculo do IRPJ e da CSLL; Bloco P: Lucro Presumido; Bloco T: Lucro Arbitrado; Bloco U: Imunes e Isentas; Bloco X: Informações Econômicas; Bloco Y: Informações Gerais. Bloco 9: Encerramento do Arquivo Digital 10
11 Áreas Impactadas A ECF representa uma mudança significativa de paradigma e deve causar reflexos em toda a organização: Contabilidade Tecnologia da Informação Financeiro Tributário Faturamento Recursos Humanos Produção / Custos Jurídico 11
12 Desafios Pessoas Change management Treinamento das pessoas envolvidas Mudança de mindset das pessoas Informações Processos Tecnologia da Informação Nível de detalhamento das informações Confiabilidade das fontes de informação Consistência e qualidade da informação Redefinição de rotinas contábeis Processos financeiros Reavaliação dos processos para obtenção das informações necessárias Processos Manuais vs Automatização Rotinas de revisão Integração de diferentes sistemas Disponibilidade de IT Processos Manuais vs. Automatização 12
13 Antes e Depois... Em uma breve comparação entre o ambiente pré-ecf e a partir da ECF temos: DIPJ / LALUR LALUR não era enviado regularmente para as autoridades fiscais Cálculos de IRPJ/CSLL eram comumente preparados através de planilhas auxiliares, não integradas ao ERP Ambiente SPED ECF (que inclui o LALUR ) será enviada anualmente Arquivo segue o padrão TXT, diretamente sustentado por informações contábeis mensais enviadas com periodicidade anual para a RFB O padrão DIPJ não requeria cruzamento direto com as informações contábeis apresentadas na ECD. A abertura das informações era mais limitada Penalidade DIPJ: Multa de R$ 20,00 por grupo de 10 erros ou omissões / Multa de 2% ao mês sobre o IRPJ devido (nos casos de não entrega ou entrega em atraso) ECF abertura das informações mensais seguindo o padrão ECD. Nível de informação muito mais analítico Penalidade ECF: 3% (três por cento), não inferior a R$ 100,00 (cem reais), do valor omitido, inexato ou incorreto / 0,25% ao mês sobre o LAIRCS, limitada a 10% ou R$ 5 milhões (nos casos de não entrega ou entrega em atraso) 13
14 Penalidades Hipóteses Lucro Real Lucro Presumido / Outros Multa 1 Não entrega ou entrega com atraso Limite Redução 0,25% do Lucro Líquido por mês ou fração 10% do Lucro Líquido antes do IR e CS 25% a 90% dependendo do prazo de entrega com atraso R$ 1.500,00 por mês ou fração não há não há Multa máxima para empresas com Receita Bruta de até R$ 3,6 milhões R$ ,00 não há Multa máxima para empresas com Receita Bruta superior a R$ 3,6 milhões R$ ,00 não há Multa 2 Incorreções e omissões 3% do valor omitido ou incorreto, aplicada para cada erro verificado 3% do valor omitido ou incorreto, aplicada para cada erro verificado Multa mínima R$ 100,00 R$ 100,00 Redução 14 50% se corrigido no prazo de ofício ou 100% se antes de iniciada fiscalização 50% se corrigido no prazo de ofício ou 100% se antes de iniciada fiscalização
15 Deloitte refere-se à sociedade limitada estabelecida no Reino Unido Deloitte Touche Tohmatsu Limited e sua rede de firmasmembro, cada qual constituindo uma pessoa jurídica independente e legalmente separada. Acesse para uma descrição detalhada da estrutura jurídica da Deloitte Touche Tohmatsu Limited e de suas firmas-membro Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados.
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