0 8. E s t u d o D e m o g r á f i c o

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1 0 8. Estudo Demográfico

2 A. Caracterização Geral Para melhor conhecer a realidade de um concelho e para a sua consequente análise demográfica, é necessário ter o conhecimento das suas características sócio-culturais, a evolução, a estratificação e as perspectivas de crescimento da população de uma região. Os dados proporcionados pela análise demográfica, permitirão a identificação de uma série de conjunturas e cenários de desenvolvimento, bem como, das causas que estiveram na sua origem, apontando o melhor caminho para orientar e / ou consolidar um quadro de intervenções estratégicas, no âmbito do presente Plano. Recorreu-se, para a elaboração deste estudo, aos dados estatísticos do Instituto Nacional de Estatística - INE ( Censos de 1960, 1970, 1981, 1991, e ainda, a alguns Resultados Preliminares e Definitivos dos Censos 2001 ). Procurou-se, sempre que possível, proceder à análise de alguns indicadores desagregados por freguesia, nos últimos decénios, com vista a enquadrar a estrutura e tendência de ocupação da população no concelho. O Concelho de Monção pertence actualmente à Comunidade Intermunicipal de Vale do Minho, e é presentemente um dos centros urbanos com maior relevância na relação entre a Galiza e a Região Norte. Localizado na NUT III - Minho-Lima, a mais setentrional das Sub-regiões Portuguesas, o Município de Monção, faz a Norte (N), fronteira fluvial com a Galiza ( Espanha ), sendo limitado a Oeste (O) pelo concelho de Valença, Sudoeste (SO), com o concelho de Paredes de Coura, a Sul (S), com Arcos de Valdevez e, por fim, a Este (E), com Melgaço. Figura 8.1. Enquadramento do Concelho de Monção na Sub - Região de Minho - Lima. ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.2

3 Assenta numa base territorial de cerca de 211,2 Km², divididos administrativamente por 33 freguesias: Abedim, Anhões, Badim, Barbeita, Barroças e Taias, Bela, Cambeses, Ceivães, Lapela, Lara, Longos Vales, Lordelo, Luzio, Mazedo, Merufe, Messegães, Monção, Moreira, Parada, Pias, Pinheiros, Podame, Portela, Riba de Mouro, Sá, Sago, Segude, Tangil, Troporiz, Troviscoso, Trute, Valadares e Cortes. Inserido em pleno coração da futura Euro-região do Noroeste Peninsular, o concelho de Monção assumese como espaço de crescimento demográfico e económico em potência. Com efeito, em 2001, residiam no Concelho de Monção, pessoas, que representavam, cerca de 8% da população da sub-região do Minho-Lima ( indivíduos ) e 0,5% do quantitativo populacional da Região Norte ( indivíduos ). Mais de metade ( mais precisamente 53,1% ) desta população assentava residência nos concelhos de Viana de Castelo ( 35,4% ) e Ponte de Lima ( 17,7% ), definindo, conjuntamente com os Municípios de Monção ( 8,0% ), Valença ( 5,7% ) e Arcos de Valdevez ( 9,9% ) um eixo interior de alguma dinâmica demográfica. Da análise do Quadro 2.1., constata-se, desde logo, a existência de um assinalável decréscimo da população, ao longo da década de 60, que se reflectiu num forte fenómeno de instabilidade na evolução da dinâmica demográfica no concelho. Nos decénios intercensitários de 1960 / 70 houve um decréscimo de ( - 10,2% ), já na década de 1970 / 81 foi de ( -3,3% ). Nas décadas seguintes o decréscimo verificado aumentou consideravelmente para os ( -8,4% ) tanto na década de 1981 / 91 como na de 1991 / Quadro 8.1. Distribuição da Densidade e Variação Populacional. Concelhos Área ( km 2 ) População Residente Variação ( % ) Dens. ( hab./ km 2 ) /70 70/81 81/91 91/ Arcos Valdevez ,3-9,3-13,4-8,2 55,0 Caminha ,0 16,1 2,0 5,3 125,5 Melgaço ,2-16,2-16,8-9,3 43,1 Monção ,2-3,3-8,4-8,4 94,6 Paredes Coura ,9-12,8-7,7-8,3 70,4 Ponte Barca ,3-5,1-6,1-1,8 68,3 Ponte Lima ,4 3,3-0,9 2,1 138,1 Viana Castelo ,5 15,0 2,6 6,7 280,5 V.N. Cerveira ,2 5,5-3,2 80,5 Valença ,9 8,5 6,2-4,2 121,3 Minho-Lima ,5-2,6 0,1 113,1 Região Norte ,8 6,2 174,0 Fonte : INE, Recenseamentos Gerais da População de 1960 a 1991 e Resultados Definitivos dos Censos ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.3

4 A dinâmica demográfica observada, no decénio de 1960 / 70, reflecte porém tendências similares registadas ao nível dos restantes municípios da Região Minho-Lima, sendo igualmente caracterizada por taxas de crescimento negativas, que atingiram valores mais expressivos em Valença ( -20,9% ) Caminha ( -18% ) Melgaço ( -13,2% ) e Paredes de Coura ( -12,9% ). Este decréscimo populacional encontra na emigração maciça para o estrangeiro e também nos movimentos migratórios internos, sobretudo para os grandes centros urbanos de Lisboa e Porto, as suas causas principais, as quais, contribuíram certamente, para acentuar as assimetrias existentes entre litoral / interior. Convém referir que, apesar do panorama não ser muito positivo, ou seja, apesar de esta época ser marcada por decréscimos populacionais significativos, verificou-se um impulso demográfico nos anos 70 e 80, que se cifrava globalmente nos 15,3 pontos percentuais. Esta situação de diminuição do decréscimo da população concelhia, que se verificou, na década de 70, não se explica exclusivamente como uma consequência da diminuição da emigração, encontrando também expressão no significativo fluxo populacional das ex-colónias, fenómeno que se estendeu aos concelhos da sub-região Minho-Lima ( 2,5% ) e a todas as regiões do País. Neste decénio conseguiu-se esbater um período de tão considerável regressão demográfica, generalizada a um número significativo de Municípios do País, ocorrida nos anos 60, consequência do forte fluxo migratório que já se vinha a registar e que atingiu o seu pico nesse período. A evolução populacional por concelho neste agrupamento, na década de 70, evidenciou contudo, configurações diferenciadas, uma vez que apenas os concelhos de Caminha ( 16,1% ), Ponte de Lima ( 3,3% ), Viana do Castelo ( 15,0% ), Valença ( 8,5% ) e Vila Nova de Cerveira ( 0,2% ) contribuíram para a recuperação demográfica registada neste período. No período 1981/1991, volta a observar-se no concelho uma tendência de decréscimo ainda mais acentuado da população ( -8,4% ), que foi acompanhado, pelos concelhos de Melgaço ( -16,8% ) e Arcos de Valdevez ( -13,4% ). Mas, por outro lado, houve um acréscimo dos concelhos de Valença ( 6,2% ), Vila Nova de Cerveira ( 5,5% ), Viana do Castelo ( 2,6% ) e Caminha ( 2% ). Estes concelhos da Ribeira Minho revelaram-se focos de atracção, relativamente aos restantes concelhos do agrupamento, dada a sua localização geográfica ( faz fronteira com a Galiza e onde se concentram áreas de grande qualidade de solo agrícola ), acessibilidades ( onde o sistema de ocupação se articula com eixos viários estruturantes como a EN 101, a EN 202 ), e centros de considerável decisão empresarial, entre outros. Nesta década, a população da sub-região do Minho-Lima evidenciou algum recuo ( -2,6% ), embora sem grande significado. A constatação simultânea de sucessivas quedas na população residente nos concelhos de Monção, Melgaço, Paredes de Coura, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca ( que vem já desde os anos 60 ), leva-nos a inferir que este fenómeno se deve, não só à emigração para o estrangeiro ( da qual não conseguiram recuperar na década seguinte, nem com o retorno dos cidadãos das ex-colónias ), mas também, a um surto migratório para os concelhos do litoral, incrementando, assim, a desertificação do interior desta sub-região e contribuindo para o aprofundamento do fosso existente entre às áreas do litoral e do interior. ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.4

5 Ainda, relativamente à população residente do Concelho de Monção, na última década, pode verificar-se o constante decréscimo da população ao longo dos anos. Este fenómeno apenas sofreu um ligeiro crescimento no ano de No que diz respeito ao decénio 1991 / 2001, verifica-se um mesmo decréscimo de ( -8,4% ), que representa um decréscimo de 1842 indivíduos a residirem no concelho. Ainda nesta temática da demografia, ao nível dos vários concelhos da região Minho-Lima constata-se que somente Viana do Castelo ( 6,7% ), Caminha ( 5,3% ) e Ponte de Lima ( 2,1% ) registam variações positivas da população entre 1991 e 2001 ( bem distinto da média do Minho-Lima, que praticamente estabilizou ), ao contrário dos restantes concelhos do agrupamento. Para melhor se compreender a recente evolução demográfica no concelho, será talvez conveniente olhar para o excedente de vidas ( saldo fisiológico ), que permaneceu durante a década de 90, negativo isto é, a taxa de mortalidade superou sempre a taxa de natalidade. Este comportamento do saldo fisiológico contribuiu, assim, para que a população residente concelhia tenha decaído neste período, ao invés de aumentar como aconteceu nos concelhos mais litorais do Minho-Lima. O mesmo se verifica quando analisados os dados dos anos 2000 ao 2007, nos quais a taxa de mortalidade continuou a suplantar a taxa de natalidade, o que se traduz numa taxa de crescimento natural negativa. Taxa de Mortalidade e Natalidade em Monção ,2 14,3 13,3 Tx Mortalidade 15,1 15,8 15,8 13,8 12,9 Tx Natalidade 16,8 15,7 14,6 15,2 16,3 14,6 14,8 13,6 16, ,1 7,1 6,4 7,2 6,9 6,4 6,7 5,7 6,1 7,2 6,4 6,4 7 6,1 6,6 5,2 7, Gráfico 8.1. Evolução das Taxas de Natalidade e de Mortalidade no Concelho de Monção ( ). Ainda sobre a evolução da população residente no concelho de Monção e, tendo em conta dados mais recentes expressos no gráfico seguinte, verifica-se que a tendência de perda de população não se regista de forma tão acentuada como nos anos 90, podendo apontar-se para um cenário de alguma estabilização ao nível populacional. ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.5

6 População Residente em Monção ( ) Gráfico 8.2. População Residente no Concelho de Monção ( ). Fonte : INE. O concelho de Monção registava, em 2001, uma densidade populacional relativamente baixa ( 94,6 hab / km² ), valor este abaixo dos 100 hab / km². Já os concelhos de Caminha ( 125,5 hab / km² ) e Ponte de Lima ( 138,1 hab / km² ) registaram valores ligeiramente mais elevados. Viana do Castelo, por sua vez, revelou a densidade populacional mais elevada de todo este agrupamento, registando 280,5 hab / km², a Região Norte um valor de 113,1 hab / km 2 e a Região Norte 174,0 hab / km². Relativamente à posição que o Concelho de Monção ocupa no agrupamento de concelhos, esta não se restringe apenas, à proximidade de importantes eixos de acessibilidade ( como são o IP 1 - A 3, o IC 1 - EN 13, EN 101 e EN 202 ), devendo-se também a aspectos de ordem natural ( relacionados com a proximidade à beleza paisagística do Parque Nacional Peneda-Gerês e do Rio Minho ). Acresce ainda às suas potencialidades, a aptidão dos solos para a agricultura e turismo que constituem as margens do Rio Minho. ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.6

7 Figura 8.2. Densidade Populacional na Sub-Região Minho-Lima. No que diz respeito às acessibilidades pode dizer-se que Monção, não obstante não ter itinerários principais confluentes ao seu centro, ao mesmo tempo de viagem que Valença está do Porto ou de Lisboa e apresenta-se a meio do percurso entre Valença e Melgaço o que a torna, do ponto de vista das acessibilidades, ao mesmo nível de qualquer cidade média do Norte de Portugal relativamente ao espaço da Galiza. Muito contribui para isso, a sua proximidade à A 3, ao IC 1 e à prevista IC 28, aliás, com troço de ligação entre Arcos de Valdevez e A 3 ( IP 1 ) já construído. Deste modo, se pode concluir que, as condições geográficas que outrora eram, sem dúvida, enormes debilidades para o concelho, fazem dele hoje, não um território excluído, mas um espaço com novas potencialidades e, portanto, com novos desafios aos políticos e aos técnicos. De qualquer forma, dizer que a rede de estradas cobre satisfatoriamente o concelho, não quer dizer que o concelho tenha estradas em qualidade e quantidade compatíveis com as suas necessidades. Existem muitas carências ao nível do perfil ( transversal e longitudinal ) das mesmas, bem como a existência de ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.7

8 estrangulamentos físicos que impedirão o desenvolvimento de algumas partes do concelho. O estado de conservação das estradas nem sempre é o melhor, sentindo-se a necessidade de algum investimento na manutenção de alguns troços de vias. Por tudo que foi analisado, pode-se concluir que a actual Rede Viária distribui-se de forma a apresentar uma boa cobertura sobre o Concelho de Monção. A continuada aposta na melhoria da qualidade dessas infra-estruturas, poderá contribuir inequivocamente, para o desenvolvimento do eixo do Alto-Minho, nas diferentes escalas: regional, nacional ou mesmo transfronteiriça, em que Monção, por razões geográficas e históricas poderá tomar a liderança. A actual rede viária existente no Concelho tem despertado interesse a um conjunto de actividades económicas localizadas ao longo da 101 entre Valença e a sede do Concelho. Da mesma forma o mesmo começa a sentir-se no eixo Monção Melgaço, principalmente desde que foram implementadas as variantes à 101 e 202. Alguns aspectos referentes à rede viária e acessibilidades serão desenvolvidos com mais profundidade num capítulo próprio. ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.8

9 B. Evolução e Distribuição da População B.1. Por Freguesias Os graus de intensidade de ocupação e de crescimento da população do concelho de Monção, determinam fortes contrastes entre as zonas que fazem fronteira com o Rio Minho e as freguesias que se localizam mais no interior do território municipal. Deste modo, as freguesias com uma densidade populacional mais elevada localizam-se na frente ribeirinha, sendo elas Monção, Cortes, Troviscoso, Mazedo e Bela, que constituem o núcleo urbano principal do concelho - centro polarizador de bens ( maior oferta comercial ) e serviços ( por aqui se concentrarem os equipamentos estruturantes e os serviços de utilização colectiva ), e por conseguinte, de uma vivência mais dinâmica e de uma qualidade de vida algo diferenciada do restante território. Há outro conjunto com elevada densidade populacional que são as freguesias que se desenvolvem ao longo de parte da EN 101. Por outro lado, as freguesias que apresentam uma mais baixa densidade populacional, são as que se localizam na parte sul do concelho e que fazem fronteira com os concelhos de Paredes de Coura e Arcos de Valdevez. Para esta situação concorrem diversos factores, entre os quais se destacam, os espaciais ( relacionados com a sua localização fronteiriça, com todas as relações sócio-económicas que daí advêm ), as acessibilidades nomeadamente a EN 102 e EN 202, o elevado potencial agrícola do Vale do Minho e uma maior dinâmica económica ( comercial e industrial ). Saliente-se, desde já, que Monção, freguesia e sede de concelho, apresenta a densidade mais elevada ( 846 hab / km 2 ), muito superior ( cerca de seis vezes ) à média concelhia. Fazendo uma análise do panorama concelhio, podemos dizer que as freguesias com mais baixa densidade populacional são as freguesias de Luzio ( 20,6 hab / km 2 ), Portela ( 26,2 hab / km 2 ), Anhões ( 27,8 hab / km 2 ), Abedim ( 34 hab / km 2 ), Tangil ( 40,9 hab / km 2 ) e Merufe ( 43,4 hab / km 2 ) que correspondem precisamente às freguesias, que como foi referido anteriormente, que se localizam na parte sul do concelho e que fazem fronteira com os concelhos de Paredes de Coura e Arcos de Valdevez. A seguir à sede de concelho, Monção, as freguesias que registam densidades mais elevadas são Cortes ( 236 hab / km 2 ), Troviscoso ( 190,9 hab / km 2 ), Moreira ( 190,2 hab / km 2 ), Mazedo ( 190,2 hab / km 2 ) e Bela ( 180,8 hab / km 2 ) mas mesmo assim, muito abaixo do valor verificado em Monção. Acresce ainda, destacar, as freguesias de Barroças e Taias ( 131,3 hab / km 2 ), Messegães ( 150,2 hab / km 2 ), Barbeita ( 153,7 hab / km 2 ), Lapela e Lara, ambas com ( 154,9 hab / km 2 ) que registavam, em 2001, uma densidade populacional acima dos 131 hab / km 2, valor correspondente à média concelhia. ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.9

10 Relativamente às áreas de índole mais rural e onde as dinâmicas têm vindo a ser negativas, conduzindo a um fenómeno de desertificação dos aglomerados, assiste-se a densidades populacionais mais baixas, com as freguesias de Luzio, Portela, Anhões, Abedim, Lordelo, Badim, Tangil, Merufe e Trute ( registando valores de densidade populacional abaixo dos 50 hab / km 2 ), bem como Sá, Longos Vales, Riba de Mouro, Sago, Pias, Podame e Parada ( estas mais a Sul e com índices de densidade entre 50 e 100 hab / km 2 ), apresentando valores inferiores à média concelhia. Relativamente às freguesias que sofreram um maior decréscimo populacional do ano de 1991 para 2001, destacam-se Portela ( -33,0% ), Badim ( -24,2% ), Merufe ( -27,4% ), Lordelo ( -22,1% ), e Riba de Mouro ( -22% ). Quanto à evolução populacional registada no concelho, verifica-se que a dinâmica demográfica registada entre os quatro decénios ( ) aponta para variações consideravelmente relevantes ( Quadro 2.2. ), podendo-se, de certa forma, aferir a tendência para uma diminuição da dinâmica demográfica ( com base no último decénio ), dado que se assiste a situações de decréscimo populacional a um ritmo considerável. No decénio 1960/1970 o concelho, registou um decréscimo muito acentuado, de cerca de 10%, da sua população residente, consequência do forte fluxo migratório ( tanto para o litoral como para o Brasil e Europa ) que então ocorreu e que caracterizou um período de regressão demográfica generalizada a um número significativo de Municípios do País. Figura 8.3. Densidade Populacional na Sub-Região Minho-Lima. < 50 [ [ [ [ [ [ [ [ > 400 ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.10

11 Quadro 8.2. Variação e Densidade da População por Freguesia. Freguesias Área ( km 2 ) População Residente Variação ( % ) Dens. ( hab/ /70 70/81 81/91 91/01 km 2 ) 2001 Abedim 7, ,9-18,1-11,6-16,4 34,0 Anhões 7, ,1-18,0-25,4-7,1 27,8 Badim 5, ,8 1,5-25,0-24,2 40,0 Barbeita 6, ,6-2,7-9,7-3,4 153,7 Barroças e Taias 2, ,4 5,5-14,8-4,6 131,3 Bela 3, ,1-37,4 12,0-10,7 180,8 Cambeses 4, ,3 1,9-37,5 21,6 120,5 Ceivães 3, ,6 12,1-11,6-14,1 172,8 Cortes 4, ,9 236,0 Lapela 1, ,9 48,9 7,1-18,2 154,9 Lara 4, ,4-27,4 11,0-11,9 154,9 Longos Vales 14, ,4 12,4-17,2-2,9 78,7 Lordelo 4, ,6-23,3-1,6-22,1 35,5 Luzio 7, ,2-27,5-19,5-15,2 20,6 Mazedo ( e Cortes ) 7,6 * 2178 * 1785 * ,0 31,1-40,7 2,9 188,8 Merufe 28, ,3 5,0-0,8-27,4 43,4 Messegães 2, ,7 18,2-10,7-8,4 150,2 Monção 3, ,4-2,8 0,8-1,2 846,0 Moreira 3, ,4 0,7-11,3-5,5 190,2 Parada 1, ,1-35,6 0,8-15,8 92,0 Pias 11, ,0-2,6-3,4-7,5 84,9 Pinheiros 2, ,0-15,7-4,6-5,6 174,4 Podame 3, ,0 0,6-26,7-14,6 88,0 Portela 8, ,3-5,6-14,7-33,0 26,2 Riba de Mouro 14, ,5-20,4-20,1-22,0 79,1 Sá 4, ,6-15,4-14,2-1,3 57,5 Sago 3, ,2-26,1-31,7-5,0 84,6 Segude 2, ,6-11,3-6,5-9,7 164,2 Tangil 22, ,8-2,9-22,0-15,3 40,9 Troporiz 2, ,6-3,0 1,7-1,3 125,2 Troviscoso 5, ,7 5,8 22,9 1,5 190,9 Trute 6, ,0 9,4-19,8-23,6 46,2 Valadares 2, ,6 17,1-16,7-8,8 109,0 CONCELHO 211, ,7 0,5-8,4-8,5 94,5 Fonte : INE, Resultados Definitivos dos Censos (*) - Valores referentes à área geográfica correspondente às freguesias de Mazedo e Cortes. ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.11

12 A situação de decréscimo populacional continuou a verificar-se, na década de 80, mas de um modo menos acentuado ( -3,25% ), facto este que adveio da consequência da diminuição da emigração, mas fundamentalmente devido ao fluxo da população das ex-colónias, fenómeno que se verificou, grosso modo, em quase todas as regiões do País. Já, nas décadas seguintes, registou-se uma diminuição da ordem dos 8,4%, tendo o concelho de Monção No último decénio ( 1991/2001 ), regista-se uma inversão na tendência de crescimento populacional que se vinha registando no concelho de Monção, sofrendo uma variação negativa de ( -8,4% ). Esta situação revela particular interesse, pois começa-se a definir em termos futuros, uma tendência para uma certa diminuição da população do Concelho, essencialmente como consequência do decréscimo do crescimento natural, ao qual está evidentemente associado o envelhecimento da população. Relativamente às variações de crescimento ocorridas nas Freguesias do Concelho, verifica-se que: Apenas três freguesias, de 1991 para 2001, registavam um crescimento populacional positivo: a freguesia de Cambeses com um aumento populacional na ordem dos 21,6%, tendo recebido mais 86 indivíduos; a freguesia de Cortes com mais 8,9% da população ( de referir que este aumento de 88 pessoas deve-se ao facto de Cortes ter passado a freguesia, fazendo anteriormente parte da freguesia de Mazedo ), e, por fim, a freguesia de Troviscoso que teve um aumento muito tímido, de cerca de 1,5%; Ainda na década de 1991 para 2001, no que diz respeito a decréscimos, as freguesias a mencionar são elas a de Portela, com um decréscimo de 33,0% e a de Badim com um decréscimo de 24,2%; Entre os censos de 1981 e 1991, Abedim foi a freguesia que demonstrou ter uma maior perda populacional, na ordem dos 41,5%, ao lado de Mazedo que se registou um decréscimo de 40,7%. No entanto, relativamente a Mazedo foi o facto de Cortes até então ter feito parte da freguesia de Mazedo, fez com que naturalmente uma percentagem considerável da sua população residente passasse a fazer parte desta nova freguesia; Entre 1970 e 1981, poucas foram as freguesias que da totalidade que constituem o concelho ( 33 ) que registaram variações positivas, sendo elas Lapela ( 48,6%, com um aumento populacional de 93 indivíduos ), Mazedo ( incluindo a freguesia de Cortes ) ( 31,1% ), Messegães ( 18,2% ), Valadares ( 17,1% ), e ainda Trute ( 9,4% ), Troviscoso ( 5,8% ), Barroças e Taias ( 5,5% ) Merufe ( 5% ); De registar ainda freguesias que, ao longo das últimas quatro décadas, foram continuamente perdendo a sua população, a freguesia de Luzio foi a que registou uma maior perda populacional, na ordem dos 59,5%, seguindo-se Portela com ( 59,2% ), Badim ( 51,4% ) e, por último, Abedim ( 50,9% ). Apenas se referem estas quatro freguesias, apesar deste fenómeno afectar, na generalidade, todo o concelho, excepto as freguesias de Monção, Cortes e Troviscoso. Monção como maior centro urbano e como maior centro empregador do concelho, conseguiu atrair ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.12

13 população, tal como Troviscoso que é uma freguesia contígua a Monção. Já Cortes registou um aumento, visto ter sido desintegrada da freguesia de Mazedo. As freguesias que se apresentam com o mais elevado índice populacional são elas, naturalmente Monção, segundo os últimos dados disponíveis do INE, de cerca de 2561, seguindo-se seis freguesias com um número superior aos mil habitantes, sendo elas, Mazedo ( 1428 ), Merufe ( 1237 ), Riba de Mouro ( 1111 ), Troviscoso ( 1089 ) e, por último, Cortes ( 1080 ); Globalmente, são apenas três as Freguesias que apresentavam, em 2001, um quantitativo populacional superior ao registado em 1960, ( Monção, Troviscoso e Cortes ), permitindo definir-se um cenário de uma forte regressão demográfica. Sendo que a freguesia de Cortes apenas foi separada administrativamente da freguesia de Mazedo 24 de Agosto de A capacidade do Município de retenção / atracção da sua população, nestes quatro períodos, traduziu-se de uma forma diferenciada pelas suas freguesias. Tal situação terá derivado da conjugação de diversos factores, aos quais não serão alheios questões como a maior ou menor proximidade ao principal centro de concentração das funções urbanas, Monção, o maior ou menor nível de acessibilidade às principais vias estruturantes do Concelho, a estrutura produtiva e obviamente factores de ordem social e cultural. B.2. Estrutura da População por Grupos Etários e por Sexo A análise de uma população por Grupos de Idade e Sexo assume-se de grande importância quando se pretende avaliar a sua vitalidade, conhecer a sua evolução futura e identificar as causas de alguns desequilíbrios, entre escalões etários e sexos. Permitirá desta forma, determinar indicadores importantes como os Coeficientes de Dependência e de Envelhecimento, que numa perspectiva dinâmica, contribuirão para a definição e programação equilibrada dos equipamentos e serviços necessários à estrutura populacional da área-plano. A evolução da estrutura etária do Concelho, representada no Quadro 2.3., bem como, o Gráfico 2.3, reflectem bem o fenómeno da diminuição da natalidade, circunstância referida no ponto anterior. Com efeito, a suas leituras permitem extrair algumas ilações: O acentuado recuo do estrato da população mais jovem ( 0-14 anos ), combinada com o aumento do peso relativo dos escalões de maior idade ( > 65 anos ), traduz o envelhecimento da população. A faixa etária dos ( 0-14 anos ) teve um decréscimo de cerca de ( -39,7 % ), enquanto a faixa etária ( > 65 anos ) aumentou cerca 17,3 %. Neste contexto, torna-se relevante o aumento considerável da população idosa ( em 1991, os idosos representavam 19,6 %, valor percentual este, que aumentou consideravelmente para 25,1 % em 2001) resultante, quer de uma tendência de envelhecimento natural da população, como também, consequência da melhoria das condições de vida ( assistência médica, social, etc. ). Acresce, ainda, referir que a população das camadas etárias mais novas decresce devido a uma tendencial e contínua diminuição da natalidade, circunstância que será ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.13

14 aprofundada no capítulo seguinte desta análise. A variação negativa da população censitária, entre 1991 e 2001, é assim determinada por um saldo fisiológico negativo. De facto, a camada etária dos 0 aos 14 anos, diminuiu dos 18,1 %, em 1991, para os 11,9 % no ano de Relativamente ao quadro abaixo apresentado pode reter-se várias informações, pode referir-se que, no ano de 1991, o grande grupo etário representando uma fatia de 48,7%, era a população residente pertencente ao grupo dos 25 aos 64 anos. Estando os restantes grandes grupos etários de certa forma equilibrados. Já relativamente ao ano de 2001, a faixa que abrange os 25 aos 64 anos, continua a corresponder à maior faixa etária. A população em idade activa ( anos ), ou seja, ( anos ) e dos ( anos ) registou um decréscimo da ordem dos ( -10,6 % ) e ( -6,6 % ), respectivamente. Do quadro abaixo apresentado, pode referir-se que o grande grupo etário com uma maior percentagem é o que abrange os anos, que corresponde à população considerada activa. 300 Índices de Envelhecimento e Juventude de Monção Índice de Envelhecimento Índice de Juventude Gráfico 8.3. Evolução do Índices de Envelhecimento e de Juventude no Concelho de Monção ( ). Quadro 8.3. Variação e Densidade da População por Freguesia. Classes Etárias Homens e Mulheres Homens e Mulheres Variação % 2001 % 1991/2001 % , , , , , , , , ,6 > 65 anos , , ,3 Total , , ,5 Fonte: INE, Censos 2001, Q ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.14

15 Quadro 8.4..Distribuição da População por Sexos e Idades e Relação de Masculinidade Classes Etárias Homens Mulheres Relação de Masculinidade 2001 % 2001 % 2001 < 4 anos 301 1, , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , ,1 599 > 85 anos 172 0, ,7 501 Total , ,8 826 Fonte: INE, Recenseamento Geral da População de 1991 e Censos Q.6.01 Observando a pirâmide etária da população de 2001, é possível verificar que reflecte um panorama de uma população envelhecida, percebe-se que a base da pirâmide é muito estreita o que demonstra uma baixa taxa de natalidade. Por outro lado, as faixas etárias mais elevadas, a partir dos 60 aos 74 anos a percentagem é bastante elevada, daí que facilmente se percepciona, através da estrutura etária da população de 2001 que, de facto, a população do concelho de Monção está a ficar cada vez mais envelhecida. Este facto vai fazer com que as necessidades do concelho se alterem e que o município tem que estar ciente destas transformações, a nível demográfico, que irão trazer consequências de carácter social e de natureza vária. O envelhecimento da população vai requerer um maior investimento e uma maior procura de serviços de apoio à terceira idade, nomeadamente centros de dia, serviços de saúde e de apoio ao domicílio, para chegar estes serviços às várias freguesias do concelho, principalmente aquelas que não usufruem de uma boa rede de transportes, que faz com que estas se tornem isoladas. ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.15

16 Histograma 8.2. Pirâmide Etária 1991 Histograma 8.1. Pirâmide Etária 2001 ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.16

17 Procuraremos, agora, identificar o peso de cada sexo, na estrutura etária da população, através do indicador relação de masculinidade. Tendo como referência, ainda o Quadro 2.4., constata-se que, no ano de 2001, a relação entre o número de homens e o número de indivíduos do sexo feminino, varia de escalão para escalão etário, sendo porém, desde logo evidente que, globalmente existiam apenas 826 homens por cada 1000 mulheres, no concelho de Monção. A superioridade quantitativa do sexo masculino apenas se regista nas classes etárias dos ( 5-9 anos ), em que havia 395 homens e, por seu lado, 376 mulheres; na classe etária dos ( anos ), que os homens eram 517, enquanto as mulheres eram 455; na classe etária ( anos ), os homens eram 666 e as mulheres 652. Em todas as outras faixas etárias, o número de mulheres é superior ao dos homens, exceptuando a classe etária, dos ( anos ), em que o número de homens e mulheres é exactamente igual e igual a 566. Quadro 8.5. Taxa de Envelhecimento, Coeficiente de Dependência e Relação de Substituição de Gerações em Monção (1991, 2001). Unidade Geográfica Abedim Anhões Badim Barbeita Barroças e Taias Bela Cambeses Ceivães Lapela Lara Longos Vales Lordelo Luzio Mazedo Merufe Ano Grupos Etários > 65 Índice de Vitalidade a ) Coeficiente de Dependência b ) Relação de Substituição de Gerações c ) ,5 76,7 ( * ) ,1 61,5 ( * ) ,4 67,5 ( * ) ,5 84,9 ( * ) ,7 65,9 ( * ) ,6 69,2 ( * ) ,1 57,6 ( * ) ,0 54,8 ( * ) ,2 59,4 ( * ) ,6 61,8 ( * ) ,2 56,9 ( * ) ,6 67,1 ( * ) ,4 64,5 ( * ) ,8 63,5 ( * ) ,5 55,7 ( * ) ,0 62,6 ( * ) ,2 59,5 ( * ) ,0 51,2 ( * ) ,3 79,9 ( * ) ,7 75,7 ( * ) ,3 69,5 ( * ) ,8 58,9 ( * ) ,2 74,0 ( * ) ,0 53,3 ( * ) ,7 74,5 ( * ) ,2 96,1 ( * ) ,5 60,5 ( * ) ,5 46,6 ( * ) ,7 55,5 ( * ) ,0 61,7 ( * ) ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.17

18 Quadro 8.5. Taxa de Envelhecimento, Coeficiente de Dependência e Relação de Substituição de Gerações em Monção (Continuação). Unidade Geográfica Messegães Monção Moreira Parada Pias Pinheiros Podame Portela Riba de Mouro Sá Sago Segude Tangil Troporiz Troviscoso Trute Valadares Cortes Concelho Minho Lima Ano Grupos Etários > 65 Índice de Vitalidade a ) Coeficiente de Dependência b ) Relação de Substituição de Gerações c ) ,4 66,2 ( * ) ,3 57,4 ( * ) ,1 50,7 ( * ) ,8 54,7 ( * ) ,6 59,2 ( * ) ,1 56,5 ( * ) ,9 92,8 ( * ) ,7 62,3 ( * ) ,0 60,8 ( * ) ,9 63,6 ( * ) ,2 64,9 ( * ) ,9 59,7 ( * ) ,0 53,5 ( * ) ,7 61,3 ( * ) ,3 71,9 ( * ) ,2 63,9 ( * ) ,7 67,1 ( * ) ,5 63,9 ( * ) ,5 77,4 ( * ) ,6 75,2 ( * ) ,8 61,9 ( * ) ,9 64,2 ( * ) ,5 57,3 ( * ) ,9 50,8 ( * ) ,2 66,9 ( * ) ,4 68,4 ( * ) ,3 59,3 ( * ) ,5 59,7 ( * ) ,3 62,1 ( * ) ,5 46,8 ( * ) ,7 49,8 ( * ) ,1 69,5 ( * ) ,5 59,3 ( * ) ,9 63,9 ( * ) ,8 51,2 ( * ) ,2 52,8 ( * ) ,4 60, ,8 58,7 ( * ) , ,7 54,20 Fonte: INE, Recenseamento Geral da População de 1991 e Resultados Provisórios dos Censos a ) Pop. ( 65 e + anos ) / Pop. ( 0-14 anos ) x 100 b ) Pop. ( 65 e + anos + Pop. ( 0-14 anos ) / Pop. ( anos ) x 100 c ) Pop. ( anos ) / Pop. ( anos ) ( * ) Não se possui informação relativa à estrutura etária da população por freguesia e por concelho nos extractos. ( anos ) e ( anos ) referente aos Censos 2001, pelo que não foi possível, o cálculo dos indicadores em causa. ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.18

19 Relativamente ao Quadro 2.5. é possível tecer algumas considerações sobre a evolução de alguns indicadores demográficos, igualmente pertinentes para a análise que se está a desenvolver sobre a distribuição populacional por estratos etários. Através do indicador Coeficiente de Dependência relacionar-se-á, por exemplo, o quantitativo das pessoas que na sua maioria, não produzem riqueza ( jovens e idosos ), com o extracto da população em idade de produzir ( população activa ), evidenciando tanto maior desequilíbrio, quanto maior for o seu índice. Por sua vez, através do relacionamento entre os activos mais novos e os mais velhos, obter-se-á indicações sobre a capacidade que as gerações mais recentes têm, de vir a substituir as mais antigas. Quanto maior o valor deste índice mais probabilidades existem de ser garantida a substituição da geração criadora. Se esta relação for inferior à unidade, a substituição é posta em risco. Posto isto, da análise do Quadro 2.5. é de relevar o seguinte: Uma redução do coeficiente de dependência ( razão entre a população dos grupos etários potencialmente activos e os potencialmente não activos ), cerca de 102 pontos ( passou de 108,4 para 210,8 ), circunstância que resulta basicamente do decréscimo da população jovem entre 1991 e 2001, como consequência da constante diminuição da natalidade no decénio 1991 / 2001, bem como, do número de dependentes jovens; Simultaneamente, o incremento do número de idosos, neste período ( 17,3 % ) fez com que o coeficiente de dependência se aumentasse, pois este grupo etário aumentou o seu peso. É, no entanto, atenuado, de um modo geral, o desequilíbrio entre activos e inactivos ; Ao nível das freguesias, manifestam-se preocupantes os índices de envelhecimento atingidos, em 2001, nas freguesias de Luzio ( 722,2 ), Anhões ( 462,5 ), Abedim ( 421,0 ), Portela ( 388,2 ), Tangil ( 363,4 ), Ceivães ( 351,0 ), relativamente ao ano de 1991, tendo a relação entre o escalão de indivíduos com mais de 65 anos e o estrato etário inferior a 14 anos, atingido o seu expoente em Luzio, passando de 2 idosos por cada jovem, para cerca de 7 idosos por cada jovem, actualmente. Luzio, segundo este indicador, apresenta-se como a freguesia que mais idosos tem por jovem, ou seja, Luzio tem presentemente uma relação de 7:1. Nas freguesia de Abedim, Anhões, Portela apresentam-se com um elevado índice de envelhecimento, ou seja, com uma relação de 1:4, um jovem para 4 idosos; Já em Ceivães, esta relação é de cerca de 1 para três, tal como na freguesia de Tangil. No que diz respeito ao coeficiente de dependência, as freguesias em que se verificou um aumento mais significativo foram as freguesias de Trute, em que se registou um aumento de 39,6 % relativamente ao ano de 1991, ou seja, houve um aumento de 19,7 pontos; Luzio também foi uma freguesia em que o coeficiente de dependência aumentou consideravelmente, reflexo de uma população bastante envelhecida, o incremento foi de 29,0 %, passou de 74,5 para 96,1, registou-se um aumento de 21,6 pontos; Anhões, em 1991, tinha um coeficiente de dependência de 67,46 %, passando em 2001 para 84,91 %, o incremento foi de 25,8 %, que corresponde a um aumento de 17,4 pontos; a freguesia de Bela, apesar de o índice de vitalidade não ser elevado como as demais freguesias, registou, mesmo assim, um aumento de 17,9 % de 1991 para 2001, registando um aumento de 10,2 pontos. Ainda a freguesia de Podame, no panorama geral do concelho, registou um coeficiente de dependência de 61,31, em 2001, mais 14,6 % do que no ano de ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.19

20 1991. O aumento foi, então, de 7,8 pontos. Por fim, na freguesia de Ceivães, em 1991, o coeficiente era de 55,71, enquanto, no ano de 2001, este valor passou a ser de 62,61 %, o aumento foi de 12,4 % que corresponde a um incremento de 6,9 pontos. Este indicador reflecte o que até então tem sido dito, ou seja, que de 1991 para 2001, houve, de facto, um aumento da dependência das classes etárias inactivas relativamente aos escalões etários em idade activa. Não são, no entanto, resultados inesperados, na medida em que corresponde às freguesias mais interiores e rurais do concelho em que a perda de população, ao longo das últimas décadas, tem sido uma constante, todos estes factores aliados à baixa taxa de natalidade registada, em todas as freguesias do concelho, que faz com que as dinâmicas existentes sejam muito frágeis. Desta forma, a desertificação destas áreas vai sendo uma constante, também pelo facto do tecido empresarial não ser muito competitivo o que faz com que no concelho, não sejam oferecidas condições de fixação das populações mais jovens e que estes se deslocalizem para a sede de concelho e, por vezes, para os concelhos limítrofes e mesmo para Espanha. Este fenómeno verifica-se visto as oportunidades de emprego em vários sectores da economia, que não na agricultura, perspectiva para os mais jovens melhores perspectivas de vida. Para que as freguesias de menor crescimento populacional voltem a ser atractivas, ou melhor, consigam apresentar vantagens competitivas relativamente às outras é necessário que existam condições que realmente reflictam qualidade mínimas de vida para as populações, nomeadamente, a instalação de infraestruturas básicas tais como o abastecimento de água de qualidade, de esgotos, electricidade, recolha de lixos e instalação de ecopontos. Para além destes aspectos de grande importância, para tentar inverter as tendências de desertificação verificadas no concelho, é necessário promover a fixação da população através de equipamentos desportivos e de carácter sócio-cultural, para desenvolver actividades e outro tipo de equipamentos, de forma a servir as populações mais idosas. No entanto, é necessário que a rede de equipamentos seja elaborada de modo integrador, ou seja, as freguesias devem cooperar de modo a que, em conjunto, ofereçam às populações uma maior diversidade de serviços, sem, no entanto, em cada uma delas haver efectivamente todos os serviços. ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.20

21 C. População por Nível de Instrução Recorrendo ao Quadro 2.6., pode-se caracterizar o nível de instrução da população residente do concelho de Monção. Cerca de 2909 indivíduos, constituíam a população escolar que se encontrava a frequentar o ensino, em 2001, correspondendo a aproximadamente 14,6% da população residente do concelho. Desta forma, o concelho de Monção apresentava, ainda, valores médios de frequência escolar abaixo dos registados, quer na sub-região Minho-Lima ( 18,4 % ), quer na Região Norte ( 21,6 % ). Quadro 8.6. Grau de Instrução atingido / Frequência de ensino da população residente Monção Minho - Lima Região Norte N.º % N.º % N.º % População Residente População Nenhum Nível de Ensino População 1.º Ciclo Ensino Básico População 2.º Ciclo Ensino Básico População 3.º Ciclo Ensino Básico População Ensino Secundário População Ensino Médio População Ensino Superior População a frequentar o ensino Fonte: INE, Censos 2001 Quadro O nível de instrução predominante no concelho de Monção é o 1.º Ciclo do Ensino Básico ( ensino primário ), representando quase tanto, quanto o conjunto de todos os outros níveis de ensino ( 43,9 % ). A primeira ilação que se poderá tirar destes valores, sabendo que a natalidade tem vindo a diminuir, nas últimas décadas, é que são cada vez mais, as crianças que frequentam o 1.º Ciclo do Ensino Básico sendo cada vez menor o quantitativo que dá continuidade aos seus estudos. A taxa de analfabetismo ( razão entre a população com mais de 10 anos que não sabe ler nem escrever e a população residente com mais de 10 anos ), era em 2001, de 14,1 o que equivalia a que, em cada 100 residentes com idade superior a 10 anos, cerca de 14 eram analfabetos. Valores estes, que se podem considerar ainda, excessivos e preocupantes atestando a existência de um marcado carácter rural do concelho. A taxa de analfabetismo, na Sub-Região Minho-Lima, por seu lado rondava os 12 %. ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.21

22 Relativamente aos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, os valores observados, em 2001 ao nível concelhio são ligeiramente inferiores ( 21,6 % ), às verificadas na Região Norte: cerca de 25,8 % da população residente completou ou frequenta / frequentou o 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, média que se apresenta superior em 0,9 pontos percentuais ( fronteira ténue ) à da sub-região Minho-Lima. Já no que respeita ao Ensino Secundário, cerca de 11,2 % ( 2226 pessoas ) detinham ou ainda frequentavam este nível de ensino, média esta, que acompanha o cenário verificado na sub-região do Minho-Lima ( 11,9 % ) e que não se encontra muito longe da registada no Norte do País ( 13,3 % ). Sendo do conhecimento geral, que o grau de especialização de mão-de-obra, é um dos aspectos mais susceptíveis de influenciar o desenvolvimento local / regional, será este um nível de leccionação em que se deverá apostar, nomeadamente através da promoção de cursos com uma componente vocacional profissionalizante, em função das capacidades e potencialidades dos sectores da actividade económica locais e dos equipamentos já instalados. Só suprindo as deficiências no campo da formação técnicoprofissional, se poderão colmatar as carências de mão-de-obra especializada. Alunos Matriculados em 1999/ Minho-Lima e Monção % Minho-Lima Monção 0 EB 1.º Ciclo EB 2.º e 3.º Ciclos Ens.º Secundário Nível de Ensino Ens.º Superior Gráfico 8.4. Alunos Matriculados em 2000/2001 na sub-região Minho-Lima e em Monção. ( Fonte: INE, Anuário Estatístico da Região Norte de 2001, Quadro: Alunos Matriculados segundo o Ensino Ministrado no Ano Lectivo 2000/2001 ) Os valores para a população com um nível de ensino além do secundário simplesmente é nulo, isto é, no concelho de Monção no ano lectivo de 2000/2001, não houve população inscrita no ensino superior, enquanto que na Sub-Região Minho-Lima a percentagem rondava os 7,2 %, percentagem esta que representava 3946 indivíduos. Desta forma, facilmente se percebe que a situação não é muito positiva relativamente ao grau de escolaridade da população concelhia, que faz com que se possa dizer que a mão-de-obra qualificada não deve abundar em Monção. ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.22

23 Pode-se de certo modo, concluir, que a área em estudo, se caracterizava por um nível de instrução baixo, dado que aproximadamente 73,8 % da população não possuía mais do que o 1.º e 2.º ciclos do ensino básico ( ensino primário e preparatório ), e que apenas, cerca de 6,9% da população possui ou ainda frequenta um grau de ensino, para além do secundário. Comparando estes valores com os registados na sub-região de Minho-Lima, podemos referir que a tendência registada no concelho, reflecte a realidade da região em geral. Grau de Instrução no Concelho e Sub-Região ,0% 43,9% 39,60% 40,0% 35,0% 30,0% 25,0% 24,90% 21,6% Concelho de Monção Sub-Região Minho-Lima 20,0% 16,5% 15,90% 15,0% 11,2% 11,90% 10,0% 6,9% 7,80% 5,0% 0,0% Nenhum Nível EB 1.º Ciclo EB 2.º e 3.º Ciclos Secundário Médio / Superior Grau de Ensino Gráfico 8.5. Grau de Ensino no concelho de Monção e na Sub-Região Minho-Lima ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.23

24 D. Bibliografia Câmara Municipal de Monção, Online CCR-Centro, Online / região / municípios ( Concelho de Monção ) INE, INE, Instituto Nacional de Estatística ( 2000 ) Estatísticas Demográficas , Edições do Instituto Nacional de Estatística. Lisboa INE, Instituto Nacional de Estatística ( 1993 ) Censos 91, Resultados Definitivos 1991, Região Norte, Edições do Instituto Nacional de Estatística. Lisboa INE, Instituto Nacional de Estatística ( 2001 ) Censos 2001, Resultados Definitivos, Região Norte, Edições do Instituto Nacional de Estatística. Lisboa INE, Instituto Nacional de Estatística ( 1984 ) XII Recenseamento Geral da População e II Recenseamento Geral da Habitação, Resultados Definitivos 1981, Distrito de Viana do Castelo, Imprensa Nacional Casa da Moeda. Lisboa INE, Instituto Nacional de Estatística 11.º Recenseamento Geral da População, Estimativa a 20 % - 1.º Volume 1970, Continente e Ilhas Adjacentes, Imprensa Nacional Casa da Moeda. Lisboa INE, Instituto Nacional de Estatística ( 1960 ) X Recenseamento Geral da População, Tomo II, Continente e Ilhas Adjacentes , Imprensa Nacional Casa da Moeda. Lisboa INE, Instituto Nacional de Estatística ( 2001 ) Recenseamento Geral da Agricultura da Beira Litoral 1999, Principais Resultados 1999, Edições do Instituto Nacional de Estatística. Lisboa ventura da cruz planeamento / lugar do plano / leituras do território 8.24

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