Mapeamentos e dados gerais no Brasil sobre escorregamentos
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1 Mapeamentos e dados gerais no Brasil sobre escorregamentos BOCAINA CURSOS & ESTUDOS AMBIENTAIS-URBANOS Fernando Nogueira Consultor
2 VEYRET, Yvette (org.). Os riscos: o homem como agressor e vítima do meio ambiente. São Paulo: Contexto, 2007 O risco, objeto social, define-se como a percepção do perigo, da catástrofe possível. Ele existe apenas em relação a um indivíduo e a um grupo social ou profissional, uma comunidade, uma sociedade que o apreende por meio de representações mentais e com ele convive por meio de práticas específicas
3 VEYRET, Yvette (org.). Os riscos: o homem como agressor e vítima do meio ambiente. São Paulo: Contexto, 2007 Não há risco sem uma população ou indivíduo que o perceba e que poderia sofrer seus efeitos. Correm-se riscos, que são assumidos, recusados, estimados, avaliados, calculados. O risco é a tradução de uma ameaça, de um perigo para aquele que está sujeito a ele e o percebe como tal
4 O risco de acidentes associados a escorregamentos e processos correlatos é um fenômeno do ambiente urbano brasileiro dos últimos vinte anos
5 Santos, março de 1928
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7 Grandes acidentes do passado LOCAL Santos (SP) Vale do Paraíba do Sul(MG/RJ) Santos (SP) Rio de Janeiro (RJ) Caraguatatuba (SP) Serra das Araras/ Rio de Janeiro (RJ) Santos (SP) DATA Março de 1928 Dezembro de 1948 Março de Março de 1967 Janeiro de 1967 Dezembro de 1979 N.º DE MORTES (?)
8 Caraguatatuba, 18 de março o de 1967
9 Grandes acidentes do passado LOCAL São Paulo (SP) Salvador (BA) Rio de Janeiro (RJ) Salvador (BA) Vitória (ES) Rio de Janeiro (RJ) Petrópolis (RJ) Salvador (BA) Recife (PE) DATA Junho de 1983 Abril de 1984 Março de 1985 Abril de Fevereiro de 1988 Fevereiro de 1988 Maio de 1989 Junho-Julho de 1990 N.º DE MORTES
10 Grandes acidentes do passado LOCAL Blumenau (SC) Contagem (MG) Salvador (BA) Rio de Janeiro (RJ) Recife (PE) Ouro Preto (MG) Campos de Jordão (SP) São Paulo (SP) Estado do Rio de Janeiro DATA Outubro de 1990 Março de 1992 Junho de 1995 Fevereiro de 1996 Abril de 1996 Janeiro de 1997 Janeiro de 2000 Fevereiro de 2000 Dezembro de 2001/janeiro de 2002 N.º DE MORTES
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13 Pequenos acidentes que não saem nos jornais
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15 O que despertou a percepção do risco? Constituição Federal de novas atribuições e reordenamentos da gestão nos níveis estaduais e municipais Importantes contribuições do meio técnico-científico para o melhor entendimento do ambiente físico e das interferências antrópicas na revisão e elaboração das Constituições Estaduais, Leis Orgânicas Municipais e Planos Diretores
16 O que despertou a percepção do risco? A emergência ou explicitação da crise urbana A ocorrência de grandes e/ou frequentes acidentes e sua inclusão no conjunto de problemas da crise urbana A associação dos acidentes à precariedade (de planejamento urbanístico, de infra-estrutura básica, de serviços públicos) e à exclusão social e espacial dos ambientes onde ocorrem estes acidentes
17 O que despertou a percepção do risco? Experiências pioneiras e localizadas de gestão de risco urbano associado a escorregamentos IPT-IG- Plano Preventivo de Defesa Civil para Cubatão, Baixada Santista e Litoral Norte (MACEDO et al., 1999) GEO-RIO Cartografia de risco / Alerta Rio/ Obras (AMARAL, 1996) Recife ação integrada contra riscos geológicos em morros urbanos (GUSMÃO FILHO, 1995; ALHEIROS, 1998) Belo Horizonte Plano Estrutural de Áreas de Risco (CARVALHO, 1996; URBEL)
18 O que despertou a percepção do risco? Experiências pioneiras e localizadas de gestão de risco urbano associado a escorregamentos: Grupo de Morros Administração Regional dos Morros de Santos (NOGUEIRA, 2002) Mapeamento de riscos das favelas em SP (CERRI & CARVALHO, 1990) Plano Integrado de Engenharia Ambiental em Juiz de Fora, MG (MATTES et al., 1986)
19 O que despertou a percepção do risco? Inclusão da temática nos eventos técnicos-científicos Primeiro Simpósio Latino Americano sobre Risco Geológico Urbano (São Paulo, 1990); Conferência sobre Defesa Civil, enfocando principalmente as grandes cidades, durante a ECO-URBs 92 Seminário sobre problemas geológicos e geotécnicos da Região Metropolitana de São Paulo, em 1992; Mesa redonda com o tema 'Redução de acidentes naturais', no 39.º Congresso da SBG (Salvador, 1996); Primeira Jornada de Preparação das Comunidades Paulistas em relação aos Desastres Naturais, pelo IEA-USP, em Inclusão de tema 'catástrofes' na 46.º Reunião Anual da SBPC em 1994 (na 50. º Reunião Anual, em Natal, RN, em 1998, também ocorreu um simpósio sobre desastres); Encontros de Geologia Urbana (Guarulhos, 1994; Santos, 1996 e São Paulo, maio de 2000); Presença da temática de riscos geológicos nos Congressos Brasileiros de Geologia de Engenharia (Poços de Caldas, 1993; Rio de Janeiro, 1996 e São Pedro, 1999) e nas Conferências Brasileiras sobre Estabilidade de Encostas, 1 e 2 (Rio de Janeiro, 1992 e 1997); Seminário sobre prevenção e controle dos efeitos dos temporais no Rio de Janeiro, em 1997; Produção de dissertações e teses acadêmicas, que se referem aos riscos geológicos, especialmente escorregamentos.
20 O que despertou a percepção do risco? Década Internacional de Redução de Desastres Naturais DIRDN 1. Conhecimento (identificação e análise) dos riscos 2.Planejamento e implementação de intervenções para redução dos riscos identificados 3. Monitoramento permanente e prevenção de acidentes, especialmente nos períodos chuvosos 4. Informação pública e capacitação para prevenção e autodefesa
21 O Estatuto da Cidade Lei federal n. º , de 10 de julho de 2001 I - Garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações; IV. Planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e das atividades econômicas do município e do território sob sua área de influência, de modo a evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente; VI. Ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar (...) a poluição e a degradação ambiental. XIV. Regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação, consideradas a situação socioeconômica da população e as normas ambientais; (...)
22 Ministério das Cidades Programa de Urbanização, Regularização e Integração de Assentamentos Precários Ação de Apoio à Prevenção e Erradicação de Riscos em Assentamentos Precários.
23 Ministério das Cidades Diagnóstico expedito da gestão de riscos em encostas nos municípios brasileiros
24 Resultados Relação de 106 municípios brasileiros com situações de risco significativo em encostas, agrupados em 3 graus relativos de suscetibilidade a acidentes em encostas Indicação de 22 municípios prioritários para ação imediata: opinião de especialistas capitais identificação de vulnerabilidades histórico mais recente de ocorrências
25 Os seminários nacionais 1 SEMINÁRIO NACIONAL DE CONTROLE DE RISCO EM ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS NAS ENCOSTAS URBANAS 24 a 27 de agosto de 2003 Recife Palace Hotel Recife PE
26 Os seminários nacionais I SIBRADEN 24 a 27 de agosto de 2003 Recife Palace Hotel Recife PE Florianópolis, 27 a 30 de setembro de 2004, IPT-São Paulo 11 e 12 de dezembro de 2003
27 Ação de apoio a programas municipais de redução e erradicação de riscos- MCidades Planos municipais de redução de riscos (PMRR) Projetos de obras de contenção de encosta Capacitação de equipes municipais
28 PMRR Santos, 09 a 13 de Dezembro de 2007 identificação e análise de riscos; o levantamento e análise da legislação urbana e ambiental incidente sobre as áreas estudadas e suas conseqüências nas propostas para redução dos riscos; a proposição de intervenções estruturais para redução dos riscos identificados; a estimativa de custos para cada uma das intervenções estruturais indicadas; a proposição de uma escala de prioridades para tais intervenções
29 COTA 200- CUBATÃO
30 OLARIA - CARAGUATATUBA
31 PMRR Santos, 09 a 13 de Dezembro de 2007 a proposição de ações não estruturais para o gerenciamento dos riscos identificados; a identificação de fontes de recursos potenciais e de projetos compatíveis para implantação das intervenções prioritárias para redução de risco.
32 PMRR Santos, 09 a 13 de Dezembro de a sugestão de propostas estratégicas para a erradicação dos riscos estudados no município ;
33 PMRR Santos, 09 a 13 de Dezembro de 2007 Realização de audiência pública para validação das propostas e pactuação das responsabilidades
34 PMRR Santos, 09 a 13 de Dezembro de 2007 MG PE PE PE PE PE PE PE RJ RJ RJ RS Prefeitura de Belo Horizonte Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho Prefeitura de Camaragibe Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes Prefeitura de Olinda Prefeitura de Paulista Prefeitura de Recife Prefeitura de São Lourenço da Mata Prefeitura de Niterói Prefeitura de Petrópolis Prefeitura de Rio de Janeiro Prefeitura de Caxias do Sul
35 PMRR Santos, 09 a 13 de Dezembro de 2007 RS SC SC SP SP SP SP SP SP AL BA CE Prefeitura de Santa Maria Prefeitura de Criciúma Prefeitura de Florianópolis Prefeitura de Campos do Jordão Prefeitura de Embu Prefeitura de Guarulhos Prefeitura de Jacareí Prefeitura de Santos Prefeitura de São Paulo Prefeitura de Maceió Prefeitura de Ilhéus Prefeitura de Fortaleza
36 PMRR Santos, 09 a 13 de Dezembro de 2007 ES ES ES MG MG MG MG MG MG MG MG PE Prefeitura de Aracruz Prefeitura de Serra Prefeitura de Vitória Prefeitura de Contagem Prefeitura de Governador Valadares Prefeitura de Juiz de Fora Prefeitura de Mantena Prefeitura de Muriaé Prefeitura de Nova Lima Prefeitura de Sabará Prefeitura de Santos Dumont Prefeitura de Igarassu
37 PMRR Santos, 09 a 13 de Dezembro de 2007 PE RJ RJ RJ RJ RN SC SC SP SP SP SP Prefeitura de Ipojuca Prefeitura de Nova Friburgo Prefeitura de São Gonçalo Prefeitura de Teresópolis Prefeitura de Volta Redonda Prefeitura de Natal Prefeitura de Blumenau Prefeitura de Jaraguá do Sul Prefeitura de Caraguatatuba Prefeitura de Cubatão Prefeitura de Guarujá Prefeitura de Itapecerica da Serra
38 PMRR Santos, 09 a 13 de Dezembro de 2007 SP SP SP SP SP SP SP ES MG PE RJ RJ Prefeitura de Jandira Prefeitura de Jundiaí Prefeitura de Osasco Prefeitura de São Bernardo do Campo Prefeitura de São José dos Campos Prefeitura de Suzano Prefeitura de Taboão da Serra Prefeitura de Viana Prefeitura de Timóteo Prefeitura de Ilha de Itamaracá Prefeitura de Belford Roxo Prefeitura de Mesquita
39 PMRR Santos, 09 a 13 de Dezembro de 2007 Itaquaquecetuba e Francisco Morato (SP) PMRR incluido no Plano Diretor Itaquaquecetuba (SP) - Abreu e Lima (PE) PMRR com recursos próprios
40 Capacitação Santos, 09 a 13 de Dezembro de 2007
41 Capacitação Santos, 09 a 13 de Dezembro de 2007
42 Problemas /oportunidades Déficit de profissionais especializados Multisetorialidade Necessidade de maior integração à gestão do ambiente urbano
43 VEYRET, Yvette (org.). Os riscos: o homem como agressor e vítima do meio ambiente. São Paulo: Contexto, 2007 a crise ou a catástrofe deve ser gerenciada na urgência pelos serviços de socorro, no contexto de planos definidos de antemão, ao passo que o risco exige ser integrado às escolhas de gestão e às políticas de organização dos territórios.
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