TÉCNICA NOTA DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTOS IMPACTOS NO FINANCIAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

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1 NOTA TÉCNICA DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTOS IMPACTOS NO FINANCIAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 2015 ANFIP ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS AUDITORES-FISCAIS DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL

2 NOTA TÉCNICA DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTOS IMPACTOS NO FINANCIAMENTO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 2015 ANFIP ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS AUDITORES-FISCAIS DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL 3

3 EQUIPE TÉCNICA: Elaboração: Airton Nagel Zanghelini Francisco Rodrigues Braga Junior Vanderley José Maçaneiro Revisão: Marcio Peixoto Diagramação: Gilmar Eumar Vitalino Coordenação: Vanderley José Maçaneiro 4

4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ASPECTOS NORMATIVOS, BASE DE DADOS E METODOLOGIA DO ESTUDO SÍNTESE DOS ASPECTOS LEGAIS E TRIBUTÁRIOS RELACIONADOS À DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTOS...11 CONSTITUIÇÃO FEDERAL - CF...11 LEI Nº /2011 E ALTERAÇÕES...11 REGIME CUMULATIVO E NÃO CUMULATIVO BASE DE DADOS E METODOLOGIA DO ESTUDO...13 FONTES DOS DADOS...13 NOMENCLATURA...14 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA BASE DE DADOS DO ESTUDO...14 DEFINIÇÃO DA TABELA BASE DO ESTUDO ANÁLISE DA DESONERAÇÃO DEFINIDA NA LEI Nº /2011 E ALTERAÇÕES POSTERIORES PREMISSAS DA ANÁLISE...21 EVOLUÇÃO DAS MEDIDAS DE DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTOS - Atos Normativos / Disposições SIMULAÇÕES DA DESONERAÇÃO ESTABELECIDA NO ART. 7º DA LEI / AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DA DESONERAÇÃO ESTABELECIDA NO ART. 7º DA LEI Nº / SIMULAÇÕES DA DESONERAÇÃO ESTABELECIDA NO ART. 8º DA LEI Nº / AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DA DESONERAÇÃO ESTABELECIDA NO ART. 8º DA LEI Nº / OS IMPACTOS DO ATUAL MODELO DE DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTOS NA FORMA DA LEI Nº /2011 E ALTERAÇÕES POSTERIORES DIFICULDADES NO ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO...34 DIFICULDADES PARA CONTROLE E FISCALIZAÇÃO...35 EFEITO DAS EXPORTAÇÕES E DAS IMPORTAÇÕES...36 RENÚNCIA PREVIDENCIÁRIA GERADA PELA DESONERAÇÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXO I ANEXO II

5 LISTA DE TABELAS TABELA 1 - EMPRESAS, FATURAMENTO E EXPORTAÇÕES EM TABELA 2 - PARTICIPAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES NO FATURAMENTO EM TABELA 3 - FATURAMENTO SEM EXPORTAÇÕES E MASSA SALARIAL EM TABELA 4 - FATURAMENTO SEM EXPORTAÇÕES E MASSA SALARIAL EM REGIMES TRIBUTÁRIOS DE EXCEÇÃO...19 TABELA 5 - FATURAMENTO SEM EXPORTAÇÕES E MASSA SALARIAL EM TABELA 6 - FATURAMENTO E EXPORTAÇÕES EM ART. 7 DA LEI N / TABELA 7 - MASSA SALARIAL E ARRECADAÇÃO PREVIDENCIÁRIA EM ART. 7 DA LEI N / TABELA 8 - FATURAMENTO SEM EXPORTAÇÕES - FSE E MASSA SALARIAL - MS EM ART. 7 DA LEI N / TABELA 9 - ARRECADAÇÃO COMPARATIVA DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA INCIDENTE SOBRE A RECEITA BRUTA CPRB E SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTOS - CPP...30 TABELA 10 - FATURAMENTO E EXPORTAÇÕES EM ART. 8 DA LEI N / TABELA 11 - MASSA SALARIAL E ARRECADAÇÃO PREVIDENCIÁRIA EM ART. 8 DA LEI N / TABELA 12 - FATURAMENTO SEM EXPORTAÇÕES - FSE E MASSA SALARIAL - MS EM ART. 8 DA LEI N / TABELA 13 - ARRECADAÇÃO COMPARATIVA DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA INCIDENTE SOBRE A RECEITA BRUTA CPRB E SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTOS - CPP...33 Tabela 14 - VALOR DAS PERDAS COM A DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTOS E REPASSES DO ORÇAMENTO FISCAL

6 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AEPS CF CNAE Cofins Concla CPP CPRB DIPJ EC FAP FGTS FSE GFIP GPS IBGE INSS MP MPS MS NCM Pasep PEC PIS RFB SAT STF TI TIC TIPI Anuário Estatístico da Previdência Social Constituição Federal Classificação Nacional de Atividades Econômicas Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social Comissão Nacional de Classificação Contribuição Previdenciária Patronal, incidente sobre a Folha de Pagamentos Contribuição Previdenciária Patronal, incidente sobre a Receita Bruta Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica Emenda Constitucional Fator Acidentário de Prevenção Fundo de Garantia do Tempo de Serviço Faturamento Sem Exportações Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social Guia da Previdência Social Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Instituto Nacional do Seguro Social Medida Provisória Ministério da Previdência Social Massa Salarial Nomenclatura Comum do Mercosul Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público Proposta de Emenda à Constituição Programa de Integração Social Secretaria da Receita Federal do Brasil Seguro de Acidentes do Trabalho Supremo Tribunal Federal Tecnologia da Informação Tecnologia da Informação e Comunicação Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados 7

7 1. INTRODUÇÃO Em 2012, a ANFIP lançou o livro Desoneração da Folha de Pagamentos: oportunidade ou ameaça? (ANFIP, 2013) com o objetivo de analisar os impactos e as consequências do atual modelo de desoneração da folha de pagamentos para a Previdência Social brasileira. Uma segunda edição, publicada no ano seguinte, incluiu as diversas alterações na Lei nº /2011 e no rol das atividades desoneradas promovidas até então pelo Governo Federal. Dando sequência a essas análises, esta Nota Técnica contempla todas as alterações da Lei nº /2011 efetuadas por meio de Leis e de Medidas Provisórias até março de 2015 e se apoia em uma base de dados, disponibilizada para os cálculos e simulações, atualizada até Os reflexos nas contas da Previdência Social ultrapassam as preocupações diretas de trabalhadores e segurados. As renúncias envolvem cifras orçamentárias da ordem de três dezenas de bilhões de reais por ano. Assim, naturalmente, esses efeitos devem ser discutidos por toda a sociedade brasileira. Para buscar um sistema mais justo, que aproxime a carga de tributos à capacidade econômica do contribuinte, a própria Constituição já prevê que a contribuição das empresas sobre a folha de pagamentos poderá ter alíquotas diferenciadas ou mesmo outra base de cálculo, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa. Até mesmo situações conjunturais, como a condição estrutural do mercado de trabalho, podem justificar a desoneração da folha. O texto constitucional, portanto, associa previsões de desoneração da folha com o deslocamento da base de incidência da contribuição previdenciária. Nesse caso, não necessariamente representa uma diminuição dos tributos recolhidos pelas empresas. O objeto da tributação, o fato gerador, é deslocado, saindo da folha de pagamentos e passando a incidir sobre o faturamento, por exemplo. Vale lembrar que a Constituição tem vários dispositivos protegendo as contribuições destinadas ao financiamento do Orçamento da Seguridade Social, que muito as diferenciam dos impostos cobrados da sociedade para a manutenção das demais atividades estatais. Integram esse conjunto, por exemplo, menores exigências para a majoração das alíquotas, imposição de restrições administrativas para os seus devedores e restrições para a concessão de remissão ou anistia para as contribuições sociais. No processo de desoneração da folha em curso, foi instituída a contribuição patronal cobrada sobre o faturamento das empresas em substituição à contribuição sobre a folha de pagamentos. Mas a opção foi a de desonerar a folha e também as empresas, já que as alíquotas substitutivas que passaram a determinar a contribuição patronal, incidentes sobre o faturamento, foram inferiores às necessárias para compensar as receitas previdenciárias. Em consequência, a desoneração da folha representou também uma grande renúncia 9

8 fiscal. Daí porque foi estabelecida a obrigatoriedade de o Tesouro Nacional compensar a Previdência Social pelas perdas da arrecadação decorrentes desse processo. Uma importante contribuição deste estudo é aquilatar quanto cada segmento econômico beneficiado nesse processo deixou de recolher aos cofres da Previdência Social. Primeiro, porque esse montante tem que ser integralmente repassado ao Regime Geral de Previdência Social RGPS. Segundo, porque é importante analisar o comportamento do emprego nesses setores que foram contemplados com essas melhores condições de competitividade frente ao cenário internacional. Terceiro, a sociedade necessita acompanhar e cobrar do Governo Federal o cumprimento das compensações pela renúncia fiscal resultante da desoneração da folha. 10

9 2. ASPECTOS NORMATIVOS, BASE DE DADOS E METODOLOGIA DO ESTUDO As simulações e análises dos cenários de desoneração da folha de pagamentos e substituição por tributos incidentes sobre o faturamento, realizadas neste estudo, têm como premissa fundamental a manutenção da arrecadação previdenciária. Para facilitar a análise dos dados agregados, as tabelas do subcapítulo 3.3 foram agrupadas pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0, Seção. Havendo interesse, no Anexo I, o leitor poderá aprofundar sua pesquisa consultando por CNAE Classe o montante da arrecadação com a contribuição substitutiva comparada à arrecadação patronal sobre a folha de pagamentos SÍNTESE DOS ASPECTOS LEGAIS E TRIBUTÁRIOS RELACIONADOS À DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTOS CONSTITUIÇÃO FEDERAL - CF A Constituição Federal passou por alterações e inclusões diretamente relacionadas à desoneração da folha de pagamentos ou com efeitos sobre ela: A alínea b, do inciso I, do art. 195, acrescenta a receita e o faturamento às bases de incidência das contribuições sociais incluído pela Emenda Constitucional - EC nº 20/1998. A redação original determinava apenas o faturamento como base de incidência dessas contribuições. O parágrafo 2º, do art. 149, estabelece que as contribuições não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação incluído pela EC nº 33/2001. O parágrafo 9º, do art. 195, estabelece que as contribuições sociais poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho redação dada pela EC nº 47/2005. Os parágrafos 12 e 13, do art. 195, determinam que a lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes sobre a receita e o faturamento serão Não Cumulativas, inclusive na hipótese de substituição gradual, total ou parcial, da contribuição do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, pela incidente sobre a receita ou o faturamento incluídos pela EC nº 42/2003. LEI Nº /2011 E ALTERAÇÕES Integrando o Plano Brasil Maior (BRASIL, 2011b), lançado em agosto de 2011, o Governo Federal estabeleceu uma nova modalidade de desoneração da folha de pagamentos, incluída na 11

10 Medida Provisória MP nº 540/2011, que se caracteriza pela substituição integral da contribuição patronal de 20% sobre a folha de pagamentos, por um tributo incidente diretamente sobre o faturamento. Foram contempladas, inicialmente, empresas dos setores de tecnologia da informação, com alíquota substitutiva de 2,5%, e do segmento têxtil, com alíquota substitutiva de 1,5%. A MP nº 540/2011 foi convertida na Lei nº /2011, que ampliou o rol de empresas abrangidas pela desoneração. Pouco tempo depois, ao dar nova redação aos arts. 7º a 10, da Lei nº /2011, a Lei nº /2012 reduziu as alíquotas anteriormente fixadas de 2,5% para 2% e de 1,5% para 1%, e adicionou atividades de segmentos econômicos não contemplados anteriormente. Dando sequência à prática de desonerações gradativas, o Governo Federal efetuou novas alterações na Lei nº /2011 e incluiu novas atividades econômicas às já desoneradas e excluiu outras, pelas Leis nº , e , de 2013, e pelas Leis nº e , de REGIME CUMULATIVO E NÃO CUMULATIVO No Regime Cumulativo, um determinado tributo incide em todas as etapas intermediárias do processo produtivo e/ou de comercialização de um bem específico, inclusive sobre o próprio tributo pago anteriormente, desde a origem até o consumidor final. Não há, portanto, compensação dos valores desse tributo que foram pagos anteriormente dentro da mesma cadeia de produção e/ou de comercialização. No Regime Não Cumulativo, o valor pago por um tributo em uma etapa do processo produtivo e/ou de comercialização de um bem pode ser abatido do montante devido na etapa seguinte. O Regime Não Cumulativo de incidência das contribuições foi instituído pela Lei nº /2002 para o PIS/Pasep 1 2 e pela Lei nº /2003 para a Contribuição para o Financiamento da seguridade Social Cofins 3. Como regra geral, as empresas tributadas pelo Lucro Presumido apuram o valor do PIS e da Cofins pelo Regime de Cumulatividade e as tributadas pelo Lucro Real pelo Regime da Não Cumulatividade. As alíquotas para as empresas tributadas pelo Regime Cumulativo são: 0,65% para o PIS e 3% para a Cofins. Para o Regime Não Cumulativo são: 1,65% para o PIS e 7,6% para a Cofins. O atual modelo de desoneração da folha de pagamentos adota o Regime Cumulativo. Essa opção pelo Regime Cumulativo representa importantes vantagens para o mercado de trabalho e a própria arrecadação previdenciária (calculada sobre o faturamento). Primeiro, porque esse modelo não facilita ou privilegia as terceirizações. A contribuição previdenciária que uma empresa abrangida pelo processo deve recolher, em relação a um determinado produto, não diminui se ela optou por maior ou menor terceirização da sua mão de obra. O que importa para essa nova tributação é o preço final do produto (receita bruta da empresa). 1. Programa de Integração Social (PIS) e o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) Neste estudo, doravante desprezaremos a expressão Pasep, por tratar-se de contribuição incidente sobre a folha de pagamentos dos servidores públicos que, até o momento, não foi objeto da desoneração. 3. Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). 12

11 Da mesma forma, se uma empresa escolhe adquirir no mercado componentes e insumos prontos ou semiacabados e, ao invés de produzir integralmente (produção vertical), faz apenas uma montagem (produção horizontal), ela igualmente tem a sua contribuição previdenciária calculada sobre o produto final e não sobre o valor adicionado pela simples montagem. Sempre servirá de base de cálculo a receita da empresa, o preço de venda das partes, componentes ou o produto final. Ela não recolhe menos porque tem uma menor cadeia produtiva. Em relação à importação de componentes, se os produtos nacionais da mesma categoria estão incluídos nessa desoneração, aos produzidos no exterior também será acrescido, sobre preço de importação, o mesmo percentual. O produto importado não é privilegiado em relação à produção nacional. Caso o regime fosse o Não Cumulativo nas duas situações anteriormente citadas, a contribuição final dessas empresas seria menor, porque seriam abatidas contribuições efetuadas nas etapas anteriores da produção. E, de certa forma, a tributação previdenciária estaria facilitando a opção pela terceirização da mão de obra e pela horizontalização da produção. 2.2 BASE DE DADOS E METODOLOGIA DO ESTUDO Para possibilitar uma análise das propostas de desoneração da folha de pagamentos e substituição por tributo incidente sobre o faturamento, que contemple análises setoriais, o primeiro passo é dispor de uma base atualizada de dados agregados de massa salarial e de faturamento, com diferentes níveis de agregação. FONTES DOS DADOS A partir de um acordo de cooperação técnico-científica e de intercâmbio de informações, firmado entre a Fundação ANFIP e a Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB (RFB, 2010), foram obtidos dados agregados do ano de 2013, que incluem: massa salarial declarada na Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social GFIP; contribuições sociais recolhidas na Guia da Previdência Social GPS; e informações de receita bruta extraídas da Declaração de Informações Econômico- Fiscais da Pessoa Jurídica DIPJ. Na especificação dos dados agregados requisitados à RFB, foi solicitada a exclusão das empresas optantes pelo Simples Nacional, tendo em vista que esses contribuintes já são submetidos a um Regime Diferenciado que, por suas características, já contempla a desoneração da folha de pagamentos. Em complemento, outros dados utilizados neste estudo foram parcialmente obtidos de publicações e estatísticas divulgadas pelo Ministério da Previdência Social MPS e pela Secretaria da Receita Federal do Brasil RFB na internet, cujas fontes estão relacionadas nas referências bibliográficas. 13

12 NOMENCLATURA Há divergências e até mesmo conflitos legislativos em relação aos conceitos de faturamento e de receita bruta. Porém, ao julgar o Recurso Extraordinário nº /PE (BRASIL, 1992), o Supremo Tribunal Federal STF, já havia considerado, para fins fiscais, os conceitos de faturamento e de receita bruta como equivalentes. Posteriormente, a Lei nº /2003, com fundamento na EC nº 20/1998, definiu em seu art. 1º, faturamento como sendo o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil. Além disso, a alínea b do inciso I, do art. 195 da CF, incluído pela EC nº 20/1998, dispõe que as contribuições sociais do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada, terão como fato gerador a receita ou o faturamento. Considerando esses pressupostos, neste estudo optou-se pelo termo faturamento para se referir aos dados agregados de receita. O conceito de massa salarial adotado no estudo corresponde à Massa Salarial Total GFIP, que engloba a remuneração dos empregados e contribuintes individuais, excetuando a massa salarial das empresas optantes pelo Simples Nacional. Contribuição patronal é a contribuição previdenciária sobre a folha de pagamentos, correspondente a 20% sobre a massa salarial para as empresas em geral e a 22,5% para aquelas do setor financeiro e de seguros. Da mesma forma estão excluídas as empresas do Simples Nacional. Contribuição Previdenciária é o somatório das seguintes contribuições: a cargo da empresa contribuição patronal, com alíquota de 20%/22,5% e contribuição para o Seguro de Acidentes do Trabalho - SAT, com alíquota variável de 1%, 2% e 3%; a cargo do empregado alíquota variável de 8%, 9 e 11% e a cargo do contribuinte individual alíquota de 11%. A contribuição para o SAT e o adicional referente ao financiamento das aposentadorias especiais (trabalhador sujeito a exposição de agentes nocivos prejudiciais a sua saúde) não estão incorporados para fins da desoneração da folha. Essas parcelas continuam sendo suportadas pelas empresas, além da nova contribuição incidente sobre o faturamento. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA BASE DE DADOS DO ESTUDO Optou-se por estruturar os dados de acordo com a CNAE 2.0 4, agregados por Seção letra, de forma a refletir os principais segmentos econômicos. Os valores monetários informados em todas as tabelas são expressos em reais correntes. As Tabelas 2, 3 e 4, a seguir, mostram a fragmentação gradativa dos dados agregados iniciais constantes na Tabela 1, fomentando a elaboração da TABELA BASE Tabela 5, que fundamentam as simulações e análises do estudo. A Tabela 1 apresenta, por CNAE Seção, a quantidade de empresas e os dados de faturamento e de exportações em Destaca-se a concentração do faturamento nos seguintes segmentos: Seção C - Indústrias de transformação, com 6,5% da quantidade total de empresas e 4. A Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) é um instrumento de identificação econômica das unidades produtivas do País uniformizado nacionalmente, seguindo padrões internacionais definidos no âmbito da ONU. A CNAE 2.0 é estruturada de forma hierarquizada em cinco níveis, com seções, divisões, grupos, classes e subclasses. 14

13 28,7% do faturamento; Seção G - Comércio, com 31,9% da quantidade de empresas e 27,5% do faturamento; e Seção K - Atividades Financeiras, de Seguros e Serviços Relacionados que, com apenas 3,5% da quantidade de empresas, responde por 17,8% do faturamento. Em conjunto, esses três segmentos respondem por 74% do faturamento total. Esta tabela também apresenta o Faturamento Sem Exportações - FSE, tendo em vista que o art. 149, 2º, inciso I, da Constituição Federal, estabelece que as receitas decorrentes de exportação não integram a base de cálculo das contribuições sociais. TABELA 1 - EMPRESAS, FATURAMENTO E EXPORTAÇÕES EM 2013 CNAE 2.O Seção A Atividade econômica Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura Empresas Faturamento Exportações FSE R$ Quant. % R$ milhão % % R$ milhão % milhão ,4% ,6% ,0% ,6% B Indústrias extrativas ,2% ,6% ,4% ,6% C Indústrias de transformação ,5% ,7% ,6% ,9% D Eletricidade e gás ,1% ,0% 2 0,0% ,1% E Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação ,2% ,6% 4 0,0% ,7% F Construção ,3% ,9% 800 0,2% ,1% G Comércio; reparação de veículos automotorres e motocicletas ,9% ,5% ,3% ,3% H Transporte, armazenagem e correio ,4% ,1% ,5% ,3% I Alojamento e alimentação ,0% ,6% 0 0,0% ,6% J Informação e comunicação ,6% ,3% 558 0,1% ,4% K Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados ,5% ,8% ,3% ,8% L Atividades imobiliárias ,4% ,7% 4 0,0% ,7% M Atividades profissionais, científicas e técnicas ,3% ,1% ,8% ,2% N Atividades administrativas e serviços complementares ,9% ,8% ,9% ,8% O Administração pública, defesa e seguridade social ,7% ,1% 279 0,1% ,1% P Educação ,3% ,7% 4 0,0% ,7% Q Saúde humana e serviços sociais ,9% ,7% 11 0,0% ,7% R Artes, cultura, esporte e recreação ,7% ,1% 2 0,0% ,1% S Outras atividades de serviços ,7% ,2% 68 0,0% ,2% T Serviços domésticos 157 0,0% 1 0,0% - 0,0% 1 0,0% U Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais 659 0,0% 1 0,0% - 0,0% 1 0,0% Total % % % % Fonte: Dados fornecidos pela RFB. Elaboração: ANFIP. Obs.: Além das Exportações, foram excluídas do Faturamento as Vendas canceladas, Devoluções e Descontos Incondicionais, conforme estabelece o art. 7º da Lei n /

14 A Tabela 2 demonstra a participação de cada Seção no total das exportações brasileiras em 2013 e a representatividade das exportações no faturamento de cada Seção. Destaca-se a concentração das exportações brasileiras, nos seguintes segmentos: Seção C - Indústrias de transformação, com 61,6%; Seção B - Indústrias extrativas, com 19,4%; e Seção G - Comércio, com 13,3% do total. Juntos, esses três segmentos, responderam por 94,3% das exportações brasileiras em Observa-se ainda, na Seção B Indústrias extrativas, que 63% das suas receitas são decorrentes de exportações. CNAE 2.0 Seção TABELA 2 - PARTICIPAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES NO FATURAMENTO EM 2013 Atividade econômica Faturamento Exportações Participação Exportações R$ milhão % R$ milhão % % A Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura ,4 0,6% 9.341,9 2,0% 16,0% B Indústrias extrativas ,5 1,6% ,8 19,4% 63,0% C Indústrias de transformação ,0 28,7% ,2 61,6% 11,1% D Eletricidade e gás ,0 3,0% 2,1 0,0% 0,0% E Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação ,1 0,6% 4,0 0,0% 0,0% F Construção ,2 3,9% 800,2 0,2% 0,2% G Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas ,6 27,5% ,7 13,3% 2,5% H Transporte, armazenagem e correio ,5 4,1% 2.330,0 0,5% 0,6% I Alojamento e alimentação ,5 0,6% 0,2 0,0% 0,0% J Informação e comunicação ,9 3,3% 558,5 0,1% 0,2% K Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados ,1 17,8% 1.220,2 0,3% 0,1% L Atividades imobiliárias ,3 0,7% 4,2 0,0% 0,0% M Atividades profissionais, científicas e técnicas ,4 2,1% 3.914,8 0,8% 2,0% N Atividades administrativas e serviços complementares ,7 2,8% 8.965,5 1,9% 3,5% O Administração pública, defesa e seguridade social 5.351,4 0,1% 279,5 0,1% 5,2% P Educação ,0 0,7% 3,5 0,0% 0,0% Q Saúde humana e serviços sociais ,1 1,7% 11,4 0,0% 0,0% R Artes, cultura, esporte e recreação ,9 0,1% 2,3 0,0% 0,0% S Outras atividades de serviços ,0 0,2% 67,5 0,0% 0,3% T Serviços domésticos 0,8 0,0% - 0,0% 0,0% U Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais 1,3 0,0% - 0,0% 0,0% Total ,7 100% ,7 100% 5,2% Fonte: Dados fornecidos pela RFB. Elaboração: ANFIP. 16

15 A participação das exportações no faturamento das empresas tem forte impacto na desoneração da folha de pagamentos, porquanto as receitas de vendas ao exterior não integram a base de cálculo das contribuições previdenciárias substitutivas, incidentes sobre o faturamento. Observe-se que as indústrias de transformação, onde as exportações representam uma parcela importante do faturamento, foram um dos principais alvos da desoneração da folha. Para esse segmento, essa imunidade representa uma significativa redução na contribuição previdenciária patronal calculada sobre o faturamento. A Tabela 3 apresenta os dados de Faturamento Sem Exportações - FSE e de Massa Salarial, por CNAE Seção. TABELA 3 - FATURAMENTO SEM EXPORTAÇÕES E MASSA SALARIAL EM 2013 CNAE 2.0 Seção Atividade econômica Faturamento sem Exportações - FSE Massa Salarial - MS R$ milhão % R$ milhão % A Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura ,5 0,6% 8.752,5 1,0% B Indústrias extrativas ,7 0,6% ,5 1,5% C Indústrias de transformação ,7 26,9% ,4 21,7% D Eletricidade e gás ,9 3,1% ,2 1,2% E Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação ,1 0,7% 9.591,7 1,1% F Construção ,0 4,1% ,9 7,1% G Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas ,9 28,3% ,7 12,8% H Transporte, armazenagem e correio ,5 4,3% ,1 6,3% I Alojamento e alimentação ,3 0,6% 9.762,1 1,1% J Informação e comunicação ,4 3,4% ,4 3,8% K Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados ,9 18,8% ,9 8,2% L Atividades imobiliárias ,1 0,7% 3.802,0 0,4% M Atividades profissionais, científicas e técnicas ,6 2,2% ,8 3,8% N Atividades administrativas e serviços complementares ,2 2,8% ,9 7,4% O Administração pública, defesa e seguridade social 5.071,9 0,1% ,8 10,3% P Educação ,5 0,7% ,4 4,2% Q Saúde humana e serviços sociais ,7 1,7% ,6 5,5% R Artes, cultura, esporte e recreação ,5 0,1% 4.182,5 0,5% S Outras atividades de serviços ,5 0,2% ,2 2,3% T Serviços domésticos 0,8 0,0% 0,8 0,0% U Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais 1,3 0,0% 170,7 0,0% Total ,0 100% ,3 100% Fonte: Dados fornecidos pela RFB. Elaboração: ANFIP. Obs.: A Massa Salarial inclui as remunerações de Empregados e Contribuintes Individuais (Diretores não empregados, autônomos etc.) 17

16 Constata-se que o Faturamento Sem Exportações dos segmentos mais representativos - Indústrias de transformação C, Comércio G e Atividades financeiras K - representou 74,0% do total registrado em No entanto, esses três setores econômicos responderam por apenas 42,7% da Massa Salarial. Ao eleger as empresas da indústria de transformação como principal alvo dessa desoneração e, portanto, dessa renúncia, a escolha recaiu sobre uma atividade econômica onde o peso dos custos da mão de obra em relação ao faturamento não é um dos mais significativos. Nesse setor, o custo da mão de obra representa pouco mais de 8% do faturamento. No segmento de educação, por exemplo, essa relação aproxima-se de 60%; na construção civil, passa de 17%. Ao adotar uma medida de desoneração da folha de pagamentos como resposta a dificuldades econômicas vivenciadas pelas empresas, o governo, mesmo que involuntariamente, acaba por endossar argumentos que localizam no custo dos salários e dos seus encargos a razão dessas dificuldades. Os números dessa relação, entre custo da folha e faturamento, especialmente para as empresas da indústria de transformação (onde a folha representa apenas 8%), demonstram a falácia desse discurso. DEFINIÇÃO DA TABELA BASE DO ESTUDO Houve necessidade de se efetuar alguns ajustes nos dados iniciais do estudo, em segmentos econômicos aos quais, por suas peculiaridades, a desoneração da folha de pagamentos não é aplicável. Também foi preciso excluir os regimes tributários de exceção, inibindo-se, desta forma, distorções nas análises. Os dados utilizados nas simulações e análises foram produzidos considerando as seguintes adaptações: a Seção K - Atividades Financeiras, de Seguros e Serviços Relacionados - foi destacada das demais, porque tem características tributárias diferenciadas, tanto na Cofins Regime Cumulativo com alíquota de 4%, quanto na massa salarial alíquota patronal de 22,5% e tem direito a exclusões legais, que resultam em uma base tributável muito inferior ao faturamento total informado na Declaração de Informações Econômico- Fiscais da Pessoa Jurídica DIPJ; foram excluídas as empresas enquadradas nos seguintes regimes de tributação/ situação: Imune do IRPJ, Isenta do IRPJ, Não informada, Não se aplica e Inativa, cujos dados agregados relativos ao Faturamento Sem Exportações e Massa Salarial estão demonstrados na Tabela 4. 18

17 TABELA 4 - FATURAMENTO SEM EXPORTAÇÕES E MASSA SALARIAL EM REGIMES TRIBUTÁRIOS DE EXCEÇÃO CNAE 2.0 SEÇÃO ATIVIDADE ECONÔMICA FATURAMENTO SEM EXPORTAÇÕES - FSE MASSA SALARIAL - MS R$ MILHÃO R$ MILHÃO A Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 269,3 578,0 B Indústrias extrativas 126,4 81,2 C Indústrias de transformação , ,1 D Eletricidade e gás 9.132,0 231,0 E Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 461,9 571,6 F Construção 2.452, ,6 G Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas , ,0 H Transporte, armazenagem e correio 4.222, ,3 I Alojamento e alimentação 2.150,3 838,6 J Informação e comunicação 2.207, ,9 L Atividades imobiliárias 180,0 155,8 M Atividades profissionais, científicas e técnicas 2.756, ,1 N Atividades administrativas e serviços complementares 3.783, ,3 O Administração pública, defesa e seguridade social 1.448, ,6 P Educação , ,5 Q Saúde humana e serviços sociais , ,5 R Artes, cultura, esporte e recreação 1.868, ,3 S Outras atividades de serviços , ,2 T Serviços domésticos 0,1 0,5 U Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais 0,2 170,6 K Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados , ,6 Fonte: Dados fornecidos pela RFB. Elaboração: ANFIP. TOTAL , ,7 Esse conjunto de exclusões, identificado na Tabela 4, representa 1,3% do faturamento sem exportação apresentado na Tabela 3. A exclusão dessas empresas não altera significativamente o total dos dados analisados. Feitas as adaptações supracitadas, a Tabela 5, denominada TABELA BASE do estudo, apresenta os valores do Faturamento Sem Exportação e da Massa Salarial que serão utilizados para calcular o impacto da desoneração da folha de pagamentos no financiamento da Seguridade Social. Na referida tabela demonstra-se, ainda, a representatividade da folha de pagamentos total em relação ao Faturamento Sem Exportações da respectiva atividade econômica. 19

18 CNAE 2.0 Seção TABELA 5 - FATURAMENTO SEM EXPORTAÇÕES E MASSA SALARIAL EM 2013 Atividade econômica Faturamento sem Exportações - FSE Massa Salarial - MS Participação da Massa Salarial R$ milhão R$ milhão % A Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura , ,5 16,8% B Indústrias extrativas , ,2 24,2% C Indústrias de transformação , ,3 8,2% D Eletricidade e gás , ,2 3,9% E Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação , ,1 15,7% F Construção , ,3 16,1% G Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas , ,7 4,5% H Transporte, armazenagem e correio , ,7 14,9% I Alojamento e alimentação , ,6 17,5% J Informação e comunicação , ,5 11,0% L Atividades imobiliárias , ,2 5,8% M Atividades profissionais, científicas e técnicas , ,7 16,5% N Atividades administrativas e serviços complementares , ,6 21,9% O Administração pública, defesa e seguridade social 3.623, ,3 62,0% P Educação , ,9 33,9% Q Saúde humana e serviços sociais , ,0 16,5% R Artes, cultura, esporte e recreação 8.167, ,2 14,0% S Outras atividades de serviços 9.239, ,0 27,5% T Serviços domésticos 0,7 0,4 51,5% U Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais 1,1 0,1 13,2% K Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados , ,3 5,0% Fonte: Dados fornecidos pela RFB. Elaboração: ANFIP. Total , ,7 8,9% Obs.: a) a Tabela Base do estudo abrange os seguintes regimes de Tributação: Lucro Real, Lucro Real Arbitrado, Lucro Real Presumido, Lucro Arbitrado, Lucro Presumido e Lucro Presumido Arbitrado; b) apesar de as Seções T Serviços Domésticos e U Organismos Internacionais e outras Instituições Extraterritoriais apresentarem valores pouco representativos de faturamento e massa salarial, elas foram mantidas para permitir análises comparativas com as demais Seções. Em que pesem todas as tentativas de se utilizar dados mais próximos da realidade, algumas limitações foram observadas, dentre as quais, destacam-se: erros de cadastro, principalmente os decorrentes de autoenquadramento das empresas nos códigos CNAE; ocorrências de reduções ou incrementos na arrecadação resultantes de discussões judiciais que interferem na arrecadação. 20

19 3. ANÁLISE DA DESONERAÇÃO DEFINIDA NA LEI Nº /2011 E ALTERAÇÕES POSTERIORES 3.1 PREMISSAS DA ANÁLISE O Plano Brasil Maior (BRASIL, 2011), lançado em agosto de 2011 pelo Governo Federal, introduziu uma nova modalidade de desoneração da folha de pagamentos, direcionada a estimular ou proteger segmentos econômicos bem específicos. Até o fechamento da edição deste estudo, em julho de 2015, foram publicadas sete Leis e oito Medidas Provisórias com a finalidade de normatizar o assunto. A edição de tão elevado número de atos normativos dificulta a análise e o entendimento das medidas adotadas. A seguir, são apresentadas, de forma resumida, as principais modificações introduzidas pelos diversos atos. EVOLUÇÃO DAS MEDIDAS DE DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTOS - Atos Normativos / Disposições Medida Provisória n 540, de 02/08/2011 Dando início ao processo de desoneração da folha de pagamentos, que trans feriu a incidência da contribuição previdenciária patronal para o faturamento, a substituição alcançou as empresas que prestam exclusivamente os serviços de Tecnologia da Informação - TI e de Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC e, também, empresas fabricantes de vestuário e seus acessórios, artigos têxteis, calçados, chapéus e couros. As alíquotas de contribuição foram fixadas em: 2,5% para as empresas de serviços; e 1,5% para os segmentos industriais. Vigência: 1o de dezembro de 2011 a 31 de dezembro de A substituição não se aplica à contribuição para o financiamento da aposentadoria especial e dos benefícios decorrentes dos Riscos Ambientais do Trabalho - RAT e para os Terceiros (Entidades e Fundos). 21

20 Lei n , de 14/12/ Conversão da MP n 540 Com a conversão da MP, foi ampliado o prazo de vigência da desoneração, passan do de dezembro de 2012 para dezembro de Determinou que a União compense o Fundo do Regime Geral de Previdência So cial, no valor correspondente à estimativa de renúncia previdenciária decorrente da desoneração, de forma a não afetar a apuração do resultado financeiro da Pre vidência. O benefício foi estendido aos fabricantes de couros, grampos, colchetes, ilhoses, botões, bolas infláveis, dentre outros. Vigência: 1 de abril de 2012 a 31 de dezembro de Medida Provisória n 563, de 03/04/2012 Alterando a Lei n /2011, a MP 563 trouxe novas medidas de desoneração, estendendo o benefício para empresas do setor hoteleiro, outros serviços, bem como ampliou significativamente o rol dos produtos abrangidos, com base na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - Tipi. A substituição da contribuição passou a ser aplicada às empresas que prestam ser viços de call center e de TI e TIC que se dediquem a outras atividades não desone radas. A alíquota de contribuição foi reduzida: setores industriais: de 1,5% para 1%; setores de serviços, como hotéis, TI, TIC, call center, chips: de 2,5% para 2%. Vigência: 01 de agosto de 2012 a 31 de dezembro de 2014 Lei n , de 17/09/ Conversão da MP n 563 A partir de 1 de janeiro de 2013, foram incluídos: a fabricação de inúmeros produtos classificados nos códigos da Tipi; o setor de transporte rodoviário coletivo de passageiros; de transporte aéreo, de transporte marítimo; de transporte por na vegação; de manutenção e reparação de aeronaves, além de vários segmentos da agroindústria. Uma inovação importante do Projeto de Lei de Conversão - PLV assegura que as renúncias associadas à desoneração da folha de pagamentos serão cobertas com transferências do Orçamento Fiscal (antes poderiam ser utilizados recursos da pró pria Seguridade Social). Incluiu procedimentos para o cálculo da contribuição aplicado às empresas que se dediquem a outras atividades além das previstas nos art. 7 e 8 da Lei n /2011. Foram fixadas as alíquotas de 2% para as empresas de transporte rodoviário de passageiros e de 1% para os demais serviços e produtos contemplados nesta nova etapa da desoneração. Definiu o conceito de Receita Bruta e exclusões para efeitos de base de cálculo da contribuição. Estabeleceu a retenção de 3,5% sobre o valor bruto da nota fiscal/fatura na contratação de empresas para a execução de serviços mediante cessão de mão de obra. Vigência: 1 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de

21 Medida Provisória n 582, de 20/09/2012, convertida na Lei n , de 02/04/2013 Foram incluídos na contribuição substitutiva os fabricantes de diversos produtos listados no Anexo I dessa lei. Foram excluídos do regime os fabricantes dos produtos classificados códigos (garrafões, garrafas, frascos e artigos semelhantes) e (fios para velas de ignição) da Tipi. Alterou o cálculo da contribuição patronal - antes previsto na MP n para as empresas que estão submetidas ao duplo mecanismo de cálculo (recolhem sobre a folha de pagamentos para os produtos não desonerados e sobre o faturamento para os produtos desonerados). Vigência: 1 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de Medida Provisória n 601, de 28/12/ Não convertida em Lei Com vigência a partir de 1 de abril de 2013, foram incluídas empresas do setor de construção civil; empresas comerciais de varejo e ampliado o rol dos produtos abrangidos, com base na Tabela Tipi. As alíquotas foram fixadas: 2% para o setor de construção civil; 1% para as empresas comerciais e para os novos produtos beneficiados. Inseriu novos serviços sujeitos à retenção de 3,5%. Conforme Ato do Presidente da Mesa do Congresso Nacional n 36, de 2013, a Medida Provisória n 601 teve seu prazo de vigência encerrado em 03 de junho de Vigência: 1 de abril de 2013 a 03 de junho de Lei nº , de 02/04/2013 Com vigência a partir de 1 de janeiro de 2013, foi ampliado o rol dos produtos abrangidos, com base na Tabela Tipi. Criada regra estabelecendo a proporcionalidade para cálculo das contribuições devidas, nos casos em que o contribuinte desenvolve atividades abrangidas e não abrangidas pela desoneração da folha de pagamentos. Medida Provisória n 612, de 04/04/ Não convertida em Lei A quase totalidade dos disciplinamentos, atividades e produtos contemplados na Medida Provisória n 612 foi incluída no Projeto de Lei de Conversão n 17, de 2013, que definiu a redação final da Medida Provisória n 610, de 02 de abril de 2013, convertida na Lei n , de 19 de julho de Conforme Ato do Presidente da Mesa do Congresso Nacional n 49, de 2013, a Medida Provisória n 612 teve seu prazo de vigência encerrado em 01 de agosto de

22 Lei n , de 19/07/ Conversão da MP n 610 Foram incluídas na contribuição substitutiva: 1 - Com vigência no período de 01/08/2013 a 31/12/2014, os fabricantes de: Suportes para camas (somiês); Absorventes e tampões higiênicos, cueiros e fraldas para bebês e artigos higiênicos semelhantes, de qualquer matéria. 2 - Com vigência no período de 01/11/2013 a 31/12/2014, podendo seu início ser antecipado para 04/06/2013, as empresas: do setor de construção civil, enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0; de manutenção e reparação de embarcações; de comércio varejista que exercem as atividades listadas no Anexo II desta lei; fabricantes de diversos produtos listados no Anexo I desta lei. 3 - Com vigência no período de 01/01/2014 a 31/12/2014, as empresas: de construção de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE ; de transporte rodoviário de cargas, enquadradas na classe da CNAE 2.0; de transporte ferroviário de cargas e passageiros, enquadradas nas subclas ses , /01 e /02 da CNAE 2.0; de transporte metroferroviário de passageiros, enquadradas na subclasse /03 da CNAE 2.0; que realizam operações de carga, descarga e armazenagem de contai neres em portos organizados, enquadradas nas classes e da CNAE 2.0; jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens enquadradas nas classes , , , , , , , e da CNAE 2.0. Lei n , de 24 de outubro de 2013 Foram excluídas da contribuição substitutiva: as empresas de varejo dedicadas exclusivamente ao comércio fora de lojas físicas, realizado via internet, telefone, catálogo ou outro meio similar; e as lojas ou rede de lojas com características similares a supermercados, que comercializam brinquedos, vestuário e outros produtos, além de produtos alimentícios cuja participação, no ano calendário anterior, seja superior a 10% (dez por cento) da receita total. Vigência: 25 de outubro de

23 Lei n , de 18 de junho de 2014 Define procedimentos relativos: à elisão da responsabilidade solidária no caso de contratação de serviços prestados mediante cessão de mão de obra; à metodologia a ser adotada pelas sociedades cooperativas; aos procedimentos a serem adotados pela empresa consorciada; aos critérios adotados na legislação da Cofins e do PIS/Pasep para o reconhecimento no tempo de receitas e para o diferimento do pagamento das contribuições. Vigência: 20 de junho de Medida Provisória n 651, de 09 de julho de 2014 Torna permanente a contribuição previdenciária incidente sobre a receita bruta, inicialmente prevista para ter fim no dia 31/12/2014. Lei nº , de 13 de novembro de 2014 Conversão da MP nº 651 Torna permanente a contribuição previdenciária incidente sobre a receita bruta, inicialmente prevista para ter fim no dia 31/12/2014. Medida Provisória n 669, de 26 de fevereiro de 2015 Devolvida Buscava limitar e aperfeiçoar o escopo da política de desoneração da folha e corrigir algumas distorções. Medida Provisória n 671, de 19 de março de 2015 Revoga a MP nº 669, de 26 de fevereiro de Projeto de Lei nº 863, de 20 de março de 2015 Busca limitar e aperfeiçoar o escopo da política de desoneração da folha e corrigir algumas distorções. Especificamente, o PL estabelece o aumento das alíquotas de 1,0% para 2,5% e de 2% para 4,5%. Em ambos os casos, as empresas que com essas alíquotas deixarem de ter vantagem em relação ao regime tradicional de pagamento da contribuição patronal, poderão optar por deixar o regime de desoneração e voltar ao regime que lhe seja mais favorável. A análise dos impactos dessas medidas será realizada em separado para as empresas relacionadas no art. 7º da Lei /2011 e para as selecionadas no art. 8º da mesma lei, por apresentarem características bastante diversas. O art. 7º abrange as empresas dedicadas a atividades/serviços de TI e TIC especificadas na Lei nº /2008; do setor hoteleiro; de transporte rodoviário coletivo de passageiros; do setor de construção civil, de transporte ferroviário de passageiros; de transporte metroviário de passageiros; de transporte rodoviário e ferroviário de cargas; 25

24 de carga e descarga de contêineres em portos; de construção de obras de infraestrutura e empresas jornalísticas e de radiodifusão. Já no art. 8º foram relacionadas todas as empresas incluídas nos Anexos I e II da Lei /2011. Importante ressaltar que o critério de seleção de empresas adotado no Anexo I desse artigo foi a Nomenclatura Comum do Mercosul NCM 5, que é um sistema de classificação de mercadorias com base no Sistema Harmonizado 6, ao invés do conceito de atividade econômica padronizado pela CNAE, que é o caso do Anexo II. É preciso reconhecer que a opção de utilizar a NCM está relacionada com a importância de tributar o produto importado na mesma proporção. As medidas de desoneração foram além de trocar a contribuição patronal sobre a folha de pagamentos por uma contribuição sobre o faturamento: a importação dos produtos ou insumos que possuem a mesma classificação NCM estão submetidos a um adicional nas tarifas de importação. Assim, o preço de um componente fabricado no país estaria mais barato, como resultado da desoneração, mas o mesmo produto quando importado estaria sujeito a um tributo extra, pois a mesma alíquota incidiria sobre o seu preço. Pelos acordos internacionais de comércio, é exigida a definição de alíquotas por produto e não por setor da economia. Mas essa forma de classificação dificulta sobremaneira as análises, uma vez que a forma usual adotada para classificação de atividades econômicas e também para agregação e divulgação de dados econômicos e estatísticos pelos órgãos públicos, entidades representativas das empresas, sindicatos e instituições acadêmicas é a CNAE. Por conseguinte, para tornar viável a análise da desoneração definida pelo art. 8º, tornou-se imprescindível converter os códigos NCM para CNAE. Para tanto foi utilizada a Tabela CORRESPONDÊNCIA NCM 2012 X CNAE versão agosto 2012 da Concla 7, órgão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2012). Contudo, essa única tabela do IBGE disponível apresenta limitações, uma vez que os códigos NCM foram especificados no art. 8º com extremo detalhamento, atingindo níveis de subitem com 8 dígitos, enquanto os códigos correspondentes da CNAE são todos do nível CNAE Classe, com 5 dígitos. Além disso, para diversos itens, a tabela de conversão IBGE/Concla sugere mais de um código CNAE - Classe. Nesses casos, foi adotado o de melhor correspondência à descrição NCM em análise. O resultado desses ajustes está consolidado em uma tabela denominada Correspondência NCM X CNAE Classe 2.0 dos produtos desonerados pela Lei /2011. Os dados dessa Tabela estão demonstrados no Anexo II, ao final deste estudo. Levando em conta que não há dados disponíveis sobre a participação das atividades desoneradas nos valores totais dos dados agregados por CNAE utilizados neste estudo, todas as 5. O Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai adotam, desde janeiro de 1995, a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), que tem por base o Sistema Harmonizado. Assim, dos oito dígitos que compõem a NCM, os seis primeiros são formados pelo Sistema Harmonizado, enquanto o sétimo e o oitavo dígitos correspondem a desdobramentos específicos atribuídos no âmbito do Mercosul. 6. Sistema Harmonizado (SH) é um método internacional de classificação de mercadorias, baseado em uma estrutura de códigos e respectivas descrições. 7. A Comissão Nacional de Classificação Concla é um órgão colegiado, instituído com o objetivo de estabelecer e monitorar as normas e a padronização do sistema de classificações usadas no Sistema Nacional Estatístico e nos registros administrativos. Criada em 1994, agrupa representantes de 15 Ministérios e do IBGE, sob a presidência deste órgão. 26

25 atividades classificadas nas CNAE relacionadas na Tabela 6 e no Anexo I deste estudo, referentes às atividades desoneradas pela Lei / art. 7º e 8º e alterações posteriores, são consideradas desoneradas. 3.2 SIMULAÇÕES DA DESONERAÇÃO ESTABELECIDA NO ART. 7º DA LEI /2011 A Tabela 6 mostra o faturamento e o valor das exportações, em 2013, dos segmentos abrangidos pelo art. 7º da Lei nº /2011. As empresas desses segmentos de serviços e da indústria da construção civil são mais dedicadas ao mercado interno e as receitas de exportações não são significativas no conjunto do faturamento. TABELA 6 - FATURAMENTO E EXPORTAÇÕES EM ART. 7 DA LEI N /2011 CNAE 2.0 Classe Atividade econômica Quant. Empresas Faturamento Exportações R$ milhão R$ milhão Construção de edifícios ,3 53,8 421 Construção de rodovias, ferrovias, obras urbanas e obras-de-arte especiais ,1 632,3 422 Obras de infra-estrutura para energia elétrica, telecomunicações, água, esgoto e transporte por dutos ,7 0,3 429 Construção de outras obras de infra-estrutura ,9 91,1 431 Demolição e preparação do terreno ,0 0, Instalações elétricas ,6 0, Instalações hidráulicas, de sist. ventilação e refrigeração ,4 1, Obras de instal. em construções não especific. anteriormente ,2 1, Obras de acabamento ,5 0, Obras de fundações ,1 2, Serviços especializados para construção não especificados ,5 4, Transporte metroferroviário de passageiros ,2 0, Transporte rodoviário coletivo, municipal e região metropol , Transporte rodov. coletivo, intermun., interest., internac ,4 0, Desenvolvimento de programas de computador sob encomenda ,1 1, Desenv. e licenciamento de progr. computador customizáveis ,5 8, Desenv. e licenciamento progr. computador não customizáveis ,3 2, Consultoria em tecnologia da informação ,0 465, Suporte técnico, manut. e outros serviços tecnol. informação ,6 42, Tratamento dados, provedores aplicação e hospedagem internet ,7 0, Atividades de teleatendimento , Hotéis ,3 - Total , ,6 Fonte: Dados fornecidos pela RFB. Elaboração: ANFIP 27

Também disponível em: www.anfip.org.br Tiragem desta edição: 6.000 exemplares Impresso no Brasil / Printed in Brazil 2ª edição

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