2. O artigo 2.º da Decisão 2007/412/JAI supramencionada estipula que o "Conselho avaliará a execução da presente decisão até 12 de Junho de 2010.

Transcrição

1 CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA Bruxelas, 19 de Maio de 2010 (26.05) (OR. en) 9924/10 ENFOPOL 139 NOTA PONTO "I/A" de: Secretariado-Geral para: COREPER / Conselho n.º doc. ant.: 9466/10 ENFOPOL 123 Assunto: Relatório de avaliação do nível de implementação da Decisão 2007/412/JAI do Conselho que altera a Decisão 2002/348/JAI relativa à segurança por ocasião de jogos de futebol com dimensão internacional 1. Em 12 de Junho de 2007, a Decisão 2002/348/JAI do Conselho relativa à segurança por ocasião de jogos de futebol com dimensão internacional 1 foi alterada pela Decisão 2007/412/JAI a fim de melhorar o intercâmbio de informações e reforçar a cooperação entre os órgãos competentes, alinhando a decisão pela situação actual. 2. O artigo 2.º da Decisão 2007/412/JAI supramencionada estipula que o "Conselho avaliará a execução da presente decisão até 12 de Junho de 2010." 1 JO L 121 de , p /10 jcm/jpv/lr 1

2 3. A Presidência redigiu um relatório de avaliação do nível de implementação da Decisão 2007/412/JAI do Conselho que altera a Decisão 2002/348/JAI relativa à segurança por ocasião de jogos de futebol com dimensão internacional 2, tal como consta do anexo, o qual foi aprovado pelo Comité de Coordenação no domínio da Cooperação Policial e Judiciária em matéria Penal (CATS) em 18 de Maio de Nestas condições, solicita-se ao COREPER que convide o Conselho a aprovar o relatório de avaliação em anexo. 2 JO L 155 de , p /10 jcm/jpv/lr 2

3 ANEXO INTRODUÇÃO A Decisão 2002/348/JAI, de 25 de Abril de 2002, relativa à segurança por ocasião de jogos de futebol com dimensão internacional, determinou a criação de pontos nacionais de informações sobre futebol (PNIF) em cada Estado-Membro a fim de proceder ao intercâmbio de informações sempre que sejam realizados jogos de futebol que envolvam mais do que dois Estados-Membros, juntamente com os procedimentos a adoptar. Em 12 de Junho de 2007, essa decisão foi parcialmente alterada mediante a adopção da Decisão 2007/412/JAI a fim de melhorar o intercâmbio de informações e de alinhar a decisão pela situação actual. As alterações estipularam que os PNIF deverão ter acesso aos dados pessoais relativos aos adeptos que representem um risco para a segurança, devendo ainda apresentar e distribuir a outros pontos nacionais de informações sobre futebol avaliações genéricas e/ou temáticas sobre distúrbios relacionados com o futebol nos seus países, e finalmente que o intercâmbio de informações deverá ser efectuado mediante a utilização dos formulários constantes do apêndice ao manual com recomendações para a cooperação policial internacional e medidas de prevenção e luta contra a violência e os distúrbios associados aos jogos de futebol com dimensão internacional. O artigo 2. da Decisão 2007/412/JAI estipula que o "Conselho avaliará a execução da presente decisão até 12 de Junho de 2010." Por conseguinte, a fim de averiguar até que ponto a decisão estava a ser aplicada, a Espanha enviou a todos os Estados-Membros, em Janeiro de 2010, um questionário com cinco perguntas (CM 1083/10) a que deviam responder os seus pontos nacionais de informações sobre futebol. Essas perguntas eram as seguintes: missão do PNIF em cada país respectivo acesso aos dados relativos a adeptos de risco seu acompanhamento e distribuição de avaliações de incidentes relacionados com jogos de futebol em cada país instrumentos utilizados para o intercâmbio de informações. 9924/10 jcm/jpv/lr 3

4 AVALIAÇÃO DAS RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO Os vinte e sete Estados-Membros da união Europeia enviaram as suas respostas ao questionário [...]. 1. Qual é exactamente o papel e o poder do PNIF no seu país em matéria de facilitação, coordenação ou organização da implementação da coordenação internacional das polícias (artigo 1.º, n.º 3, e artigo 2.º, n.º 3)? De um modo geral, todos os PNIF são responsáveis pela coordenação, facilitação e organização da cooperação policial internacional relacionada com o futebol, o que inclui designadamente a compilação e a análise de todas as informações relacionadas com um evento desportivo, bem como a respectiva comunicação aos outros PNIF envolvidos. 2. O pedido de delegação policial internacional é enviado ao /emana do seu PNIF? Em 24 (88,9%) Estados-Membros (Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Luxemburgo, Países Baixos, Polónia, Portugal, Roménia, Reino Unido, República Checa, Suécia), o PNIF é responsável pelo envio/recepção de todos os pedidos de envio de delegações policiais estrangeiras. Apenas em três países (Eslovénia, Lituânia e Malta), ou seja, em11,1% do total, essa responsabilidade não cabe ao PNIF, embora o organismo/departamento que desempenha efectivamente essa tarefa nesses Estados não seja especificado. 9924/10 jcm/jpv/lr 4

5 3. O seu país possui uma base de dados relativa a adeptos de risco? O seu PNIF tem acesso a essa base de dados? O seu PNIF tem a possibilidade de comunicar esses dados a países terceiros? Na afirmativa, em que condições? (Artigo 2.º, n.º 2, da Decisão.) a) Relativamente à existência de bases de dados sobre adeptos de risco, as respostas podem ser divididas em três categorias: 11 países (40,7%) (Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Grécia, Itália, Polónia, Roménia, Reino Unido, República Checa, Suécia) declaram possuir uma base de dados sobre adeptos de risco a que os PNIF têm acesso; 9 países (33,3%) (Bulgária, Dinamarca, Espanha, Estónia, França, Hungria, Lituânia, Malta, Países Baixos) não possuem uma autêntica base de dados de adeptos de risco; contudo possuem efectivamente outros tipos de bases de dados a que os PNIF têm acesso, e das quais é possível extrair dados relativos a adeptos de risco (por exemplo, registos policiais que indiquem que determinada infracção/contravenção está relacionada com um evento desportivo, base de dados onde estejam registadas as interdições de estádio ou outras sanções impostas, etc.). 7 países (25,9%) (Eslováquia, Eslovénia, Finlândia, Irlanda, Letónia, Luxemburgo, Portugal) declaram não possuir uma base de dados de adeptos de risco, embora dois (Finlândia e Irlanda) estejam a elaborar tal base ou planeiem fazê-lo brevemente. b) Quanto à possibilidade de comunicar esses dados a outros países, todos os PNIF, excepto no que se refere à Itália, têm competência para tal, embora essa transmissão de dados dependa de determinadas formalidades legais em conformidade com as regras europeias (Tratado de Prüm), bem como das formalidades específicas de cada país (acordos bilaterais, requerimentos oficiais prévios, condições e limites de utilização, etc.). 9924/10 jcm/jpv/lr 5

6 4. O seu país realiza avaliações genéricas ou temáticas de distúrbios relacionados com incidentes ocorridos em eventos desportivos, em particular nos jogos de futebol? Com que frequência são efectuadas tais avaliações? 23 (85,1 %) PNIF (Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Dinamarca, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Itália, Letónia, Lituânia, Malta, Países Baixos, Polónia, Portugal, Reino Unido, República Checa, Roménia, Suécia), produzem avaliações genéricas ou temáticas de incidentes relacionados com eventos desportivos, sobretudo futebol. A frequência varia: alguns países fazem avaliações semanais, após cada jornada de jogos, outros produzem avaliações semestrais ou anuais, outros ainda procedem a avaliações exclusivamente por ocasião de eventos internacionais. Os 4 países restantes (14,8%) não elaboram relatórios nem avaliações genéricas de incidentes, ou fazem-no apenas em alguns casos, quando ocorre algum incidente grave relacionado com determinado jogo. 5. Na afirmativa, comunica tais relatórios ou avaliações a outros Estados-Membros? De um modo geral, tais avaliações não são comunicadas a outros países, excepto quando dizem respeito a determinada equipa que vai participar num jogo ou num torneio internacionais. Em tais casos, essas avaliações são enviadas ao outro país interessado, quer por iniciativa do próprio PNIF ou sempre que esse país faz previamente um pedido nesse sentido. Alguns PNIF (Bélgica, Países Baixos) publicam as avaliações na sua página Web, onde podem ser consultadas. A Áustria comunica semanalmente essas avaliações aos seus vizinhos alemão e suíço. 9924/10 jcm/jpv/lr 6

7 6. Relativamente à partilha das informações, utiliza os formulários apropriados constantes do apêndice ao manual com recomendações para a cooperação policial internacional e medidas de prevenção e luta contra a violência e os distúrbios associados aos jogos de futebol com dimensão internacional, em que, pelo menos, um Estado-Membro esteja envolvido? Praticamente todos os países (92,5 %) 25 Estados-Membros (Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslováquia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Países Baixos, Polónia, Portugal, República Checa, Reino Unido, Roménia, Suécia) utilizam os formulários para a partilha de informações, embora a maior parte deles o faça através da página Web dos PNIF, mediante a utilização dos formulários adaptados incluídos no sítio; em alguns casos é utilizado um modelo específico, adaptado a partir dos que constam do manual. Tal não impede os PNIF de manterem um contacto directo entre si por telefone ou por correio electrónico. Quanto aos dois países restantes, o PNIF da Eslovénia declara que utiliza ocasionalmente os formulários, declarando o de Malta que não os utiliza, pois prefere enviar as informações por outros meios, sobretudo por correio electrónico. 7. Relativamente aos formulários supramencionados, que informações acrescentaria ou excluiria a fim de melhorar e facilitar a troca de informações? De um modo geral, todos os PNIF consideram os formulários apropriados, embora alguns instem todos os países a partilhar as informações através da página Web dos PNIF. O PNIF da Estónia propõe que os formulários sejam utilizados para partilhar as informações sobre outras modalidades desportivas que não exclusivamente o futebol. O PNIF da Hungria afirma que os formulários incluem algumas rubricas desnecessárias que retomam os mesmos dados, pelo que defende a utilização da página Web dos PNIF para a partilha de informações. 9924/10 jcm/jpv/lr 7

8 Por fim, alguns PNIF referiram o trabalho que está a ser efectuado por um subgrupo do Grupo de Reflexão/Grupo de Peritos em matéria de Futebol do Grupo da Cooperação Policial a fim de modificar os formulários, chamando a atenção para o facto de que deixarão de constituir um apêndice ao manual da cooperação, passando a estar disponíveis na página Web dos PNIF. CONCLUSÕES Na sequência das propostas feitas pelos peritos dos Estados-Membros em matéria de eventos desportivos e dos debates havidos no Grupo da Cooperação Policial, foram aprovadas as seguintes conclusões: Os PNIF de todos os Estados-Membros são responsáveis pela coordenação e facilitação da partilha das informações policiais relativas aos jogos de futebol com dimensão internacional. Os PNIF de quase 75% dos Estados-Membros têm acesso aos dados pessoais relativos aos adeptos de risco dos respectivos países, registados em bases de dados específicas de adeptos de risco ou noutras bases de dados a partir das quais esses dados podem ser extraídos. Apenas 25% dos Estados-Membros (Eslováquia, Eslovénia, Finlândia, Irlanda, Letónia, Luxemburgo e Portugal) não possuem bases de dados sobre adeptos de risco, o que não significa que os seus PNIF não teriam acesso a tais dados caso criassem uma no futuro. No que diz respeito às avaliações nacionais genéricas ou temáticas elaboradas pelos PNIF sobre os distúrbios relacionados com o futebol, são produzidas e comunicadas pela maior parte dos países, excepto Chipre, Eslováquia, Irlanda e Luxemburgo. 9924/10 jcm/jpv/lr 8

9 As avaliações são realizadas com periodicidades diversas(semanais, semestrais, trimestrais ou anuais), e nenhum dos países que as levam a cabo as comunicam a outros Estados, excepto quando estão relacionadas com determinada equipa que vai participar num jogo ou numa competição internacionais, e em muitos casos sob reserva de um pedido prévio feito pelo outro país 3. Do acima exposto decorre que o n.º 6 aditado ao artigo 2.º da Decisão é aplicado pela maioria dos PNIF apenas em relação ao primeiro aspecto por ele abrangido, a saber, a produção de avaliações genéricas e/ou temáticas, enquanto a comunicação das mesmas a outros PNIF é virtualmente nula. Quanto ao n.º 4 aditado ao artigo 3.º da Decisão (que prevê o intercâmbio de informações mediante a utilização de formulários apropriados constantes do apêndice ao manual com recomendações para a cooperação policial internacional e medidas de prevenção e luta contra a violência e os distúrbios associados aos jogos de futebol com dimensão internacional, em que, pelo menos, um Estado-Membro esteja envolvido), praticamente todos os PNIF (excepto no que diz respeito à Eslovénia, que os utiliza esporadicamente, e a Malta, que habitualmente utiliza outros meios) utilizam esses formulários para o intercâmbio de informações. Registar-se-á que existe na página Web dos PNIF uma versão adaptada desses formulários, a qual é o instrumento actualmente mais utilizado por todos os Estados-Membros para trocar informações, sendo mencionada por numerosos PNIF nas suas respostas. Por conseguinte, é possível concluir que esse novo número do artigo 3.º está a ser aplicado por praticamente todos os PNIF. 3 Eis algumas excepções a esta regra: O PNIF da República Checa declara que as suas avaliações são comunicadas, sem dar mais pormenores. Os PNIF de BE e de NL incluem essas avaliações nas suas páginas Web, onde podem ser consultadas pelos outros países. O PNIF de AT distribui as suas avaliações semanais exclusivamente aos seus vizinhos alemão e suíço. 9924/10 jcm/jpv/lr 9