CAMINHO DA FÉ. Um abraço a todos e que Deus vos abençoe, Cláudio Madureira

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1 CAMINHO DA FÉ Este texto foi publicado por André Aécio em 12 ago 2009, no site lá podemos encontrar mais fotos e vídeos da aventura deste peregrino e seus amigos. Um relato muito interessante sobre uma viagem de bike de aproximadamente 400 km realizada em 9 dias no mês de julho. Tomei a liberdade de formatar e transformar este diário em arquivo.pdf para facilitar a leitura e até servir como guia. Fazendo chegar a vários ciclistas que querem uma cicloviagem gratificante que una persistência, fé, disciplina, preparo físico e aventura. Se Deus quiser em breve estarei escrevendo minha própria viagem. Um abraço a todos e que Deus vos abençoe, Cláudio Madureira Brasília Janeiro de 2013

2 CAMINHO DA FÉ DE BICICLETA por André Alécio Saindo da cidade de Tambaú SP até Aparecida SP. Uma viagem que durou 10 dias, sendo 9 dias pedalados, por cidades do interior do estado de São Paulo, e Minas Gerais, passando por boa parte da Serra da Mantiqueira. Fazia algum tempo que estava pretendendo fazer o Caminho da Fé, caminho de peregrinação, que é inspirado no milenar Caminho de Santiago de Compostela na Espanha. Foi em julho de 2009 que consegui colocar este sonho em pratica, desta vez iria acompanhado de um novo amigo de pedal, o Alexandre que após uma conversa na primeira bicicletada de Jundiaí, pareceu estar bastante interessado na viagem. Depois da primeira conversa fizemos alguns passeios juntos e fomos preparando as bikes e principalmente o condicionamento físico para a viagem. Foi no dia 20 de julho que partimos de Jundiaí para a cidade de Tambaú. 2

3 1 dia Tambaú a Casa Branca 35 km de pedal Chegamos a Tambaú por volta das 11h30 da manhã não antes de ter pegado dois ônibus. Um entre Jundiaí e Campinas (empresa Caprioli) e outro entre Campinas e Tambaú (empresa Danúbio Azul), em ambas as empresas não tivemos nenhum problema em colocar as bicicletas montadas com alforje e tudo nos bagageiros. Em Tambaú logo ao descer do ônibus, nos dirigimos a Praça Padre Donizete, onde pegamos a credencial do caminho (5 reais), a qual teria que ser carimbada durante o nosso percurso até Aparecida. Além da credencial ganhamos uma lista de hotéis ao longo do percurso e as distancias entre eles. Praça P. Donizete. Tambaú SP Logo, saímos da cidade sempre seguindo as setas amarelas, que não demoraram a nos apontar as trilhas dentro das plantações que cercam a cidade de Tambaú, cana de açúcar, café, eucaliptos, foram às primeiras plantações e as mais frequentes, depois apareceram plantações de batata, soja, e até girassol, trazendo um belo visual a trilha. Um pouco antes de chegar à cidade de Casa Branca, nosso destino final neste primeiro dia, apareceram intermináveis plantações de laranja (leve um canivete para comer uma laranja fresca em meio a trilha). O caminho neste primeiro trecho é muito bonito, muita diversidade das culturas agrícolas da região, nenhuma grande serra, apenas alguns morros, mas como você sempre esta em trilhas e a terra às vezes é um pouco fofa, acaba cansando um pouco, mesmo pedalando apenas 35 quilômetros. Mas acredito que com chuva este trecho fique bastante complicado, pois a terra vermelha na plantação deve virar um verdadeiro lamaçal em dias de chuva, presenciamos isso em alguns trechos molhados devido à irrigação e imaginamos como deveria ser difícil pedalar por ali em dias de fortes chuvas. 3

4 A imensidão das plantações Lago próximo às plantações de laranja Chegamos a Casa Branca por volta das 5 horas da tarde e nos hospedamos na pousada Nossa Senhora do Desterro que fica dentro de uma igreja em uma parte alta da cidade, este lugar já foi um seminário, e tem inúmeros quartos, e também um salão de jantar enorme, acredito que esta pousada seja apenas para hospedar os peregrinos que fazem o Caminho da Fé, e também para as pessoas da Igreja. Neste dia estava acontecendo um retiro e havia mais de 140 crianças por lá, jantamos uma excelente comida feito com carinho pelas mulheres da cozinha, (além de nós tinham também as crianças que iriam jantar ali) aproveitamos para tomar suco de laranja, fruta típica da região. Ficamos em um quarto enorme sem nenhum outro peregrino e descansamos, pois, sabíamos que no outro dia teríamos um pedal mais forte. No meio da plantação tivemos dificuldades para passar por um trecho com lama devido à irrigação. Igreja Nossa Senhora do Desterro Casa Branca SP 4

5 2º dia - Casa Branca até Águas da Prata - 99 km de pedal (30 km errados) Acordamos e arrumamos as bikes, que ficaram dentro do quarto mesmo, nem precisei tirar os alforjes, aproveitei para passar óleo na corrente devido a poeira do dia anterior, tomamos um bom café da manhã regado a suco de laranja, conversamos com as mulheres que nos receberam muito bem na pousada, e que já preparavam o café da manhã da garotada e saímos em direção ao centro da cidade, passamos pela igreja matriz e logo já estávamos em estradas de terra novamente. O bagageiro da bike do Alexandre quebrou fizemos uma gambiarra com cordinhas elásticas que seguravam a mochila no bagageiro, até ficou bem firme, mas como estávamos a poucos quilômetros do centro (4 km) resolvemos voltar pela estrada de asfalto e compramos outro bagageiro. Perdemos uma hora, mas foi melhor do que continuar e ter problemas mais pra frente. Na volta ao Caminho da Fé encontramos três ciclistas de Pirassununga que estavam fazendo um trecho do caminho, foi a primeira vez que encontramos pessoas fazendo o caminho, conversamos e pedalamos juntos por um tempo, mas eles estavam um pouco mais tranqüilos e nós tínhamos que acelerar o ritmo para chegar em Águas da Prata ainda neste dia. Isso já era mais de 11 horas da manhã. Neste trecho o caminho pega 6 km de asfalto, em uma rodovia depois só trilhas por meio de plantações até a cidade de Vargem Grande do Sul. Muitas porteiras para serem abertas, e puladas. Se estivesse sozinho seria muito mais complicada esta parte do caminho. Atravessando a porteira Com os Ciclistas de Pirassununga Na cidade de Vargem Grande carimbamos a credencial em um hotel, comemos um lanche muito bom em um quiosque na praça central e seguimos para um trecho que sabíamos que seria mais difícil com bastantes subidas. Logo quando o 5

6 caminho vai para a estrada de terra já vimos a paisagem mudar. Muitas montanhas surgiram isso dificultou para continuarmos no ritmo em que estávamos, pouco antes de passar na pousada da Dona Cidinha a estrada fica bastante íngreme e empurrar a bike neste trecho foi inevitável, muito sobes e desces e um visual muito bonito nos levava para a cidade de São Roque da Fartura, depois de passar por uma plantação de cenouras, a estrada de terra chega ao asfalto, pedalamos um quilometro e já estávamos na terra novamente e uma subida forte começou. Já eram mais de 4 horas da tarde e iniciamos a subida da Serra da Fartura. Para terem uma ideia sobre a altimetria local a cidade de Vargem Grande esta a 721 metros acima do nível do mar, a Serra da Fartura esta à 1400 metros então o desnível neste trecho é grande, o cansaço é grande mas o visual é muito bonito de toda a região. No caminho para São Roque da Fartura Depois de muito pedalar serra a cima, chegamos novamente ao asfalto, e vimos uma descida alucinante para o lado direito, varias placas com setas amarelas indicavam pousadas, e lá em baixo se via uma cidade bem grande que acreditamos ser Águas da Prata. Nesta hora não sei por que acabamos nos atrapalhando com as setas, e acho que um imã nos puxava para aquela descida de asfalto liso, e iniciamos a descida que seria a mais alucinante de toda a viagem, logo nos primeiros quilômetros já percebemos que ali não deveria ser o Caminho da Fé, pois as setas amarelas que nos acompanhavam desde Tambaú haviam desaparecido. 6

7 Chegamos a uma placa que nós mostrava o nome do lugar Serra do Deus me Livre nome bem sugestivo Deus me livre subir aquilo lá, mas descer era algo maravilhoso, curvas fechadas, asfalto liso e uma inclinação que eu nunca havia visto em uma estrada de asfalto antes, mesmo brecando nas curvas cheguei aos incríveis 80 km/h nunca havia passado dos 66 km/h com a minha bicicleta, fizemos varias paradas para ver o visual do lugar, que era bonito, o sol já estava baixo e nós encontramos novamente as setas amarelas, daí o susto foi grande. As placas indicavam Caminho da Fé São João da Boa Vista, ai a fixa caiu, descemos por um lugar errado acreditando que a cidade que víamos do alto da montanha era Águas da Prata, estávamos tranquilos, mas ao ler esta placa vimos que estávamos passando por um grande perrengue, não pelo local mas pelo horário da tarde que marcava 6 horas o escuro já estava evidente, e nós não sabíamos nem onde estávamos, me lembrei que havia lido no site oficial do Caminho da Fé que não era recomendável a saída de bike pelo caminho da cidade de São João da Boa Vista devido as dificuldades do terreno, pedalamos ainda alguns quilômetros pela estrada de terra que as setas indicavam, e foi perguntando em sitio, que tivemos a certeza que aquela trilha era realmente inviável para bikes, a escuridão já tomava conta me obrigando a ligar o farol da bike, farol este que pensei em nem levar para a viagem, mas que ali estava nos salvando. O pessoal do sitio muito bacanas por sinal, nos disse que o sitio ficava a uns 16 quilômetros de Águas da Prata indo pelo asfalto, isso nos aliviou, e nós seguimos para o centro de São João da Boa Vista e depois de muito perguntar, pegamos a estrada de asfalto para Águas da Prata. A estrada tinha movimento, e o acostamento era de cascalho, fomos pedalando devagar e chegamos ao nosso destino por volta das 8h30 da noite. A Pousada do Peregrino, sede do Caminho da Fé estava fechada, fomos então na lanchonete ao lado da casa e ligamos para o Seu Almiro um dos idealizadores do caminho, que gentilmente foi abrir a pousada para nós e nos recebeu muito bem. Ainda neste dia encontramos outros peregrinos de bike. Mas isto fica para o próximo dia Visual em cima da Serra da Fartura Serra do Deus me Livre, lugar onde erramos 7

8 3º dia -Águas da Prata até Serra dos Limas - 49 km de pedal Acordamos cedo neste dia e bem cansados devido ao dia anterior, agora tínhamos mais amigos para continuar a viagem, Juliana de SP capital, Mafra de Niterói RJ, Marcelo de Santo André SP, e Wagner de Bauru, todos muito gente boa, foram se encontrando na estrada e se unindo para fazerem juntos o caminho, Wagner e Mafra haviam saído de São Carlos, Marcelo saiu de Porto Ferreira, apenas a Juliana estava em seu primeiro dia de viagem, já havíamos conversado por MSN e tínhamos combinado de nos encontrar em Águas da Prata. O Mafra foi outro que conversei antes da viagem através do Orkut e sabia que provavelmente também o encontraria no caminho. Galera reunida em frente à sede do Caminho da Fé Marco do caminho A minha bike amanheceu com o pneu furado e rapidamente trocamos com a ajuda dos novos companheiros, tomamos um café da manhã reforçado em uma padaria próximo a Pousada do Peregrino e saímos em direção a cidade de Andradas. O pedal deste dia prometia grandes subidas, pois iríamos passar pelo Pico do Gavião a cerca de 1300 metros de altitude, desceríamos para Andradas a 913 metros e depois subiríamos, para a Serra do Limas 1220 metros de altitude. Logo de inicio na saída de Águas da Prata já iniciamos uma subida íngreme, depois alguns planos e descidas, até chegar a uma subida mais forte, onde encontramos uma cachoeira, depois continuamos as subidas até a região do Pico do Gavião, onde tem rampa de voo livre. O visual de toda a estrada é muito bonito, com o dia ensolarado foi bem agradável pedalar nessa região, agora o caminho segue sempre estradas de terra, não mais por trilhas em plantações como nos dias anteriores. Nesta primeira parte do dia, a Juliana ficou para trás e disse para irmos indo na frente, o Wagner até ficou junto com ela por um tempo, mas depois nos encontrou. 8

9 A primeira das muitas trocas de Pneu pelo caminho Pico do Gavião Depois de muito subir e passar próximo ao Pico do Gavião, as subidas ficam mais amenas, e começam a aparecer descidas, daí as setas amarelas nos indicam uma estradinha dentro de uma fazenda, abrimos a porteira, curtimos o visual deslumbrante e iniciamos ai sim, uma forte descida, que nos levaria a cidade de Andradas. Descida com pedras soltas, íngreme e bem técnica. Na cidade carimbamos a credencial em um belo hotel, e pedimos a dica de um restaurante BB (bom e barato). Chegamos ao restaurante e ao verem que éramos ciclistas fazendo o Caminho da Fé fomos muito bem atendidos pela garçonete. e as bicicletas não tem perigo de deixar aqui na calçada? Alguém perguntou. E a resposta já na ponta da língua. Podem entrar com as bikes e colocar ali do lado das mesas. Imaginei se em todos os lugares a bike sempre fosse bem vinda como naquele restaurante, iria ser bem melhor. Visual na descida para Andradas Alexandre, Mafra e Wagner na saída de Andradas 9

10 Depois de almoçarmos descansamos na praça central de Andradas que é uma cidade grande (relativamente) tem varias agencias bancarias, é importante saber disso quando se faz uma viagem como esta, e até certo trânsito de veículos nas estreitas ruas centrais. O que chamou a atenção dos 5 marmanjos no centro de Andradas foi as belas mulheres da cidade, para onde olhávamos víamos moças bonitas, alguns até ficaram tristes em saber que teriam que continuar pedalando e não aproveitariam a festa do vinho que aconteceria de noite na cidade. Seguimos em direção a Serra dos Limas, que fica a 13 quilômetros de Andradas, e logo no inicio da estrada de terra passamos próximos de algumas vinícolas locais, acabamos seguindo em frente, mas fica a dica para quem quiser aproveitar e provar o vinho da região. A estrada de terra que leva a Serra dos Limas é bem larga e passa até ônibus, nada muito movimentado, mas sempre quando passava algum veiculo éramos encobertos pela poeira da estrada. A estrada segue e para trás fica a bela paisagem do Pico do Gavião e de toda a região, ao lado, plantações de café surgem, e na frente já se nota a imponente Serra dos Limas. Esta serra é de muito respeito com pedras soltas em alguns trechos da estrada, foi praticamente impossível subir toda ela pedalando, por muitas vezes, não só eu, mas todos os companheiros, fomos obrigados a descer da bike e empurrar, é nesta hora que você lembra que acabou levando bagagem de mais para a viagem. A subida é longa e íngreme em alguns trechos, pelo menos 2 quilômetros são bem íngremes, mas a cada pedalada, ou passo que se dá pra cima, o visual é mais belo. E foi com tranquilidade que superamos a Serra dos Limas, na minha opinião a mais difícil até este momento da viagem. Quando se chega ao vilarejo, tem um plano e fomos passando por diversas casas, todas espalhadas, o lugar é muito bonito e parece viver do plantio de café, pois são muitos cafezais na região. Depois de passar pela igreja do vilarejo chegamos na pousada de dona Natalina que dá o suporte aos peregrinos que passam pela serra, nos tratou como filhos, nos recebendo muito bem, tomamos uma cerveja, e comemos uma janta deliciosa feita por Dona Natalina. Valeu à pena ter ficado nesta pousada e conhecê-la. Remendamos algumas câmeras de ar que furaram, foram quatro pneus furados neste dia, dois meus e dois do Mafra, antes de irmos dormir. Pois todos estávamos cansados e sabíamos que teríamos mais um dia de pedal pela frente 10

11 4º dia - Serra dos Limas até Borda da Mata - 61 km de pedal Paisagens na subida da Serra dos Limas Saímos bem animados da pousada da dona Natalina, não antes de limpar e lubrificar as correntes das bikes, o dia estava muito bonito e sabíamos que os primeiros quilômetros seriam de descida até o vilarejo de Barra. Despedimo-nos de Dona Natalina que tão bem nos acolheu, e seguimos em frente, de inicio tem uma pequena subida, depois muitas descidas até Barra que é um distrito de Ouro Fino. O visual da descida é lindo e tivemos que fazer mais uma parada para trocar o pneu da bike do Mafra, este pneu ainda nos daria muito trabalho pelo caminho. Estávamos ficando craques em arrumar pneus, mas esta parada tinha uma vista sensacional, e não sabíamos se primeiro trocávamos o pneu ou fotografávamos as paisagens. Depois de arrumarmos o pneu continuamos descendo a estrada que é bem técnica em alguns pontos e chegamos a Barra, fomos na Pousada Tio João onde fomos bem atendidos pela Joelma, carimbamos a credencial, conversamos um pouco, ela nos disse que a maioria dos ciclistas que passam ali tem sempre muita pressa e nem sentam para tomar um copo de água, num sei até onde é interessante fazer uma viagem como esta com pressa, já que uma das melhores coisas que uma viagem de bicicleta nos trás, é o contato com as pessoas, principalmente em lugares do interior. Em seguida saímos do vilarejo e um morro forte e bem íngreme logo na saída nos deu canseira, tivemos que empurrar as bikes por alguns quilômetros montanha à cima. Depois encontramos uma cachoeirinha e um ponto de água potável, são vários pontos de água potável ao longo do Caminho da Fé, muito bom encontrá-los e sempre conhecemos pessoas amigas e hospitaleiras que abrem suas propriedades para receber os peregrinos. 11

12 O caminho seguiu subindo até um plano onde havia cafezais, o visual era lindo, muitas montanhas a perder de vista, daí descemos para uma fazenda muito bela, e depois de pedalar chegamos em Crisólia onde carimbamos a credencial no Restaurante da Zeti. Mais uma pessoa muito bacana que recebe os peregrinos. Pedalamos por uma estrada, mais larga e com poucas subidas, até chegarmos à cidade de Ouro Fino e encontrarmos a escultura do Menino da Porteira, foi parada obrigatória para tirar fotos, além de nós, muitos carros paravam ali para fotografar o menino que deve ter mais de 20 metros de altura e chama a atenção de quem passa pela estrada. Almoçamos em um restaurante por 8 reais no sistema coma a vontade (mais uma vez comida boa e barata) as bikes ficaram guardadas dentro de uma garagem fechada ao lado do restaurante. Menino da Porteira Depois de um bom almoço, saímos pedalando, minha gripe acabou me preocupando um pouco, pois ficou mais forte e comecei a sentir muito cansaço, mas fui pedalando tranquilo, para um dos trechos mais tranquilos de todo o Caminho da Fé até aquele momento, apesar de ser estrada de terra, as condições são boas, e muitos planos e descidas até chegar a cidade de Inconfidentes, onde a parada no bar do seu Maurão ( peregrino que já fez o caminho até Aparecida por 20 vezes) é obrigatória, não apenas para carimbar a credencial, mas também pela conversa. 12

13 Seu Maurão nos avisou que até Borda da Mata a estrada é tranquila, apenas um morro mais forte. Já na estrada vimos que o Maurão realmente tinha razão, na saída de Inconfidentes o caminho vai por uma estrada de asfalto, mas depois de uns 2 km entra em uma estradinha de terra bem tranquila e assim vai até próximo do km 14 onde aparece uma subida mais forte, depois continua tranquilo e se pega apenas mais uma subida um pouco mais forte, o caminho de Inconfidentes até Borda da Mata é tranquilo em 2 horas se faz. Foi neste trecho que encontramos pela primeira vez com peregrinos caminhantes. Parada para uma boa conversa e tirar fotos com o pessoal foi inevitável. O simpático Sr. Maurão Com os peregrinos caminhantes Chegamos à cidade por volta das 5 horas da tarde e nos hospedamos no Hotel Vilage. Hotel central que atende além dos peregrinos muitos viajantes que estão a trabalho pela região. Cada um ficou em um quarto, que eram bons com tv e banheiro. De noite fomos jantar de baixo de chuva e as preocupações com a situação das estradas no dia seguinte começaram. Por volta das 22 horas fomos dormir já que a cidade estava vazia acho que todos preferiram ficar em suas casas devido à chuva No caminho para Borda da Mata 13

14 5º dia - Borda da Mata até Estiva - 41 km de pedal O dia amanheceu nublado, e depois de dar uma super lubrificada nas bikes saímos em direção a cidade de Tocos do Mogi, este dia, o trato nas bikes foi especial, montamos praticamente uma oficina de bicicleta na garagem do hotel, era um limpando a corrente, o outro colocava óleo, o outro passava pincel com óleo diesel, outro regulava as marchas e assim, depois de certo atraso, saímos pedalando, eu estava um pouco preocupado com o clima nada animador, mas mesmo assim todo mundo estava animado para mais um dia de pedal, afinal de contas, estávamos ali porque queríamos, e corríamos o risco de pegar chuva em qualquer dia da viagem, nestas horas é sempre bom estar prevenido e carregar capa de chuva na bagagem, e todos nós tínhamos uma capa. O pedal começou tranquilo, mas com o terreno molhado com a chuva da noite anterior, sentia-se a bike mais pesada, muito sobe e desce, mas nenhuma grande serra de inicio, só depois do quilometro sete que apareceu uma subida nos obrigando a ter paciência para encará-la, esta subida tinha uns 3 km e no meio dela uma casa, com água potável, um ponto de descanso com vista privilegiada e água da melhor qualidade. O tempo foi ficando mais fechado, do alto da montanha já se via muita neblina, e o frio que até este dia da viagem não tinha dado o ar de sua graça, estava bastante presente, em cima das montanhas era ainda mais forte, e com o tempo cada vez mais fechado, não demorou muito para termos a companhia da chuva que desde a nossa saída de Borda da Mata aparentava querer nos acompanhar neste dia, e foi em um trecho de descida que a chuva resolveu cair, no começo estava tímida, mas depois de alguns minutos, percebemos que ela veio para ficar, me obrigando a colocar a capa de chuva, que neste dia, já estava fora do alforje, presa em cima do bagageiro com os elásticos. Não queria me descuidar, pois desde o inicio da viagem minha sinusite estava atacada, todo dia tinha surtos de tosse, e para dormir tive que por varias noites inalar remédio para limpar as narinas. Então tinha que me precaver, para que uma piora da gripe, não estragasse meus planos de chegar a Aparecida. 14

15 Depois de muito subir e descer, já de baixo de uma garoa forte, chegamos à cidade de Tocos do Mogi e encontramos novamente os peregrinos caminhantes do dia anterior, aproveitamos e fomos a uma padaria da cidade provar o pastel feito de massa de milho (que realmente vale a pena experimentar), aproveitei também para comer o biscoito de polvilho que assim como o pastel recomendo a quem passar por esta cidade. Visual na subida da serra depois de Borda da Mata Igreja em Tocos do Mogi Depois de carimbar nossa credencial em uma das pousadas onde fomos muito bem recebidos pela proprietária, saímos da cidade, não antes de encarar uma subida bem íngreme para passar em frente a igreja, engraçado mas porque será que toda igreja sempre fica em um ponto alto das cidades? Já estávamos pedalando na estrada de terra quando a chuva voltou a apertar, o chão da estrada em alguns pontos já formava lama, nos obrigando a ter cuidado redobrado nas descidas. O caminho na saída de Tocos é muito bonito com vários vales e plantações de morango (que geralmente ficam em estufas). Uma subida forte a não muito mais que três quilômetros da cidade, foi mais difícil e cansativa devido ao frio e a chuva. Não podíamos desanimar, e depois de passarmos por inúmeras plantações de morango ganhamos de dois rapazes uma caixa do fruto que estava muito bom. Reposta as energias com os morangos, passamos por um vale muito bonito, com uma pequena vila, e depois de descer é claro que tivemos que subir já que atravessamos o vale, nada melhor do que empurrar um pouco a bike, para esticar as pernas, em seguida passamos por mais um vilarejo e chegamos na cidade, com as bikes cheias de lama, e logo encontramos a Pousada Poka onde antes de qualquer coisa demos 15

16 um banho de mangueira nas bicicletas para tirar o grosso da lama. Em seguida banho, e fomos à padaria ao lado da pousada comer um pão de queijo (já que estávamos em Minas Gerais uai), muito bom diga-se de passagem. Plantação de morango No Vale a caminho de Estiva De noite jantamos e conhecemos mais uma pessoa que estava fazendo o Caminho da Fé a pé o Warley que já havia feito por duas vezes o caminho de bike, e é cicloturista experiente com muitas viagens de bike em seu currículo, bons papos e histórias de aventura para acompanhar nosso jantar. Fomos dormir cedo já que não tinha muito que fazer na cidade que estava bem tranquila provavelmente devido à chuva 16

17 6º dia - Estiva até Paraisópolis - 45 km de pedal O sexto dia de pedal na verdade foi o sétimo de viagem, pois no sábado acordamos em Estiva e estava chovendo muito, havia chovido praticamente a noite toda e eu, Alexandre e o Mafra, preferimos ficar um dia na cidade descansando, já que tínhamos tempo de sobra para fazer a viagem, assim eu aproveitava para curar a minha gripe que a esta altura estava pior que nos dias anteriores, além que o Mafra havia acordado com dor de cabeça devido a chuva do dia anterior, e o Alexandre com dor de garganta. Resumindo estávamos precisando de uma parada. Apenas o Wagner e o Marcelo preferiram encarar a chuva e foram para Paraisopolis, o Warley também saiu na caminhada para a próxima cidade. Despedimo-nos de todos e lhes desejamos sorte naquele dia que já se iniciava com chuva. No dia seguinte saímos para pedalar bem cedo por volta das 7 horas da manhã já estávamos na estrada mesmo com o tempo nublado e nada animador, ainda na cidade o pneu da bicicleta do Mafra furou novamente, este pneu costumava furar duas vezes ao dia, sempre tentávamos encontrar o problema, mas não encontrávamos, a saída da cidade foi tranquila e depois de passar por cima da rodovia Fernão Dias já estávamos entrando novamente na estrada de terra, pedalamos tranquilos e passando por alguns pontos com poças de água e lama, mas esperávamos uma estrada bem pior devido as intensas chuvas do dia anterior. Pedalamos tranquilos até aparecer um longa subida e descobrimos ao perguntar para dois cavaleiros que ali se tratava da Serra do Caçador, serra de respeito a uns 8 quilômetros de Estiva. Depois de subir três quilômetros, o visual foi recompensador mesmo estando um dia nublado. Fiquei imaginando se o dia estivesse com sol, seria muito mais bonito o visual ali de cima. Mafra e André No topo da Serra do Caçador 17

18 Depois de muitos sobe e desse chegamos a cidade de Consolação, cidade bem pequena onde foi possível parar na praça e viver a tranquilidade do interior, que para nós que vivemos em cidade grande foi uma experiência muito boa. Limpamos as correntes das bikes ali na praça mesmo, passamos um pouco de óleo e aproveitamos para comer um biscoito de polvilho no único estabelecimento comercial da cidade aberto naquele domingo chuvoso. De volta à estrada, pegamos um pouco de asfalto, mas o Caminho da Fé logo virou para uma estradinha tranquila, em meio a vales e pastos de gado, um lugar muito bonito, esta estrada estava com mais lama, nos obrigando a parar para dar uma pequena limpada nas correntes novamente, paramos na frente de uma casa, e um senhor logo apareceu nos convidando para entrar e tomarmos café, até almoço nos ofereceu, mas não aceitamos, comemos apenas bolacha. Foi muito legal a simpatia e hospitalidade do casal que tão bem nos acolheu, depois de um pouco de conversa saímos pedalando, o pedal foi tranquilo, passamos por um povoado chamado Pedra Branca e continuamos pedalando até tranquilos em relação à lama que não era tanta como imaginávamos que seria, mas foi no quilometro 35 que tudo mudou. O Caminho da Fé virou para uma estrada de fazenda em cima de uma montanha, e ao vermos o terreno imaginamos que seria difícil, além da subida íngreme, a terra era vermelha e grudava com facilidade nos pneus das bicicletas, uma vez que o pneu girava, jogava lama nas pastilhas de freio, corrente, e em nós é claro. Foi um momento de estresse na viagem o mais irritado era o Alexandre já que sua bicicleta pegou tanta lama, que a roda traseira travava então ele tinha que a cada instante limpar o excesso de lama dos pneus, andava mais um pouco e novamente o pneu travava e assim se seguiu por alguns quilômetros. Nesta altura estávamos empurrando as bicicletas até nas retas, já que quando elas pegavam velocidade era lama para todos os lados, e não queríamos danificar a relação das bikes. Próximo a Pedra Branca Bela paisagem próxima a Paraisópolis 18

19 Foi em uma descida já próxima à cidade de Paraisópolis que encontramos novamente o Warley que havia saído neste dia da cidade de Consolação, neste trecho a estrada ganha um visual muito bonito das montanhas. Chegamos na cidade e estava havendo uma festa OPIS (Olimpíadas Paraisopolense de Inverno Solidário), bem no centro da cidade ao lado da igreja matriz, com musica ao vivo e muitas barracas de comida além de mesas para sentar e muita gente. Nós com até as bochechas de barro chegamos e claro, fomos os ETES do local, muitas pessoas já animadas devido à cervejada que rolava nos olhavam e falavam: Nossa mais tinha lama lá hem. Um cara que ajudava na organização da festa ainda nos ajudou convencendo o dono do hotel a nos dar um desconto (já que tinha festa o preço do hotel havia inflacionado uns 10 reais (mas conseguimos ficar por 25 reais), decidimos ficar por ali mesmo neste dia, apesar de ser por volta das 2h30 da tarde, tínhamos receio de seguir em frente e encarar mais quilômetros de lama como os últimos dez que havíamos pedalado. No Hotel Central, ficamos mais de uma hora no estacionamento limpando o grosso da lama nas bikes com uma mangueira, a lama era inacreditável, impregnava em tudo e dava trabalho para ser retirada mesmo com a mangueira. Depois tomamos banho e saímos para comer algo na festa que era de frente para o hotel. Aproveitamos e ficamos horas sentados ali comendo e tomando cerveja. Por volta das 10 horas da noite fomos dormir, o barulho da festa não demorou a encerrar. A cidade de Paraisopolis é bem bacana, pequena, mas com um povo simpático, e com uma boa estrutura de bancos, comercio, e hotéis, tivemos sorte de ter pego o ultimo dia de festa, pois corremos o risco de não encontrarmos hospedagem na cidade devido a festa Bicicleta do Alexandre a mais suja de lama 19

20 7º dia - Paraisópolis até Campista - 48 km de pedal Saímos por volta das 9 horas da manhã de Paraisópolis, a cidade acordava com uma neblina intensa e nós saímos ansiosos, pois neste dia encararíamos a tão falada subida da serra depois de Luminosa, (muitos relatos de cicloturistas que já haviam feito o Caminho da Fé, falam desta serra). A saída de Paraisópolis é pelo asfalto e depois de uns 2 quilômetros entra em uma estrada de terra muito bonita, a neblina era forte mas o sol aparentava sair, fomos pedalando e novamente encontramos o Warley, engraçado ele fazendo o caminho a pé e nós de bicicleta praticamente no mesmo ritmo, brincamos com a duvida, ou ele fazia o caminho rápido de mais, ou nós que éramos muito lentos. Na verdade é que nós saiamos das cidades bem mais tarde, e como ficamos sem pedalar um dia na cidade de Estiva acabávamos nos encontrando pelo caminho. Não muito depois de passar por Warley o pneu de quem, adivinhem? Furou novamente. Quando estávamos arrumando o pneu Warley nos ultrapassou, foi engraçado. Pneu arrumado voltamos a pedalar, ultrapassamos o Warley e seguimos para Luminosa, estrada tranquila, nada de muitas subidas fortes, até o quilometro 13 onde uma subida um pouco mais forte surgiu. No meio da subida paramos em uma casa para pedir água. E novamente o convite para entrar e um cafezinho foi feito, esta parada seria normal com moradores da região a não ser pelo fato da mulher que nos atendeu com solidariedade ser paulistana, e estava ali em seu sitio, ao perguntarmos se ela abriria a porta de sua casa na cidade de SP para alguém sem ser conhecido entrar, é claro que a resposta dela foi negativa. Muito bacana estar em um lugar assim, onde todos parecem confiar na bondade das pessoas, isso nos chamou atenção não só neste momento, mas em muitos outros lugares por onde passamos ao longo do Caminho da Fé. Você com sua bicicleta carregada fazendo o caminho é considerado um peregrino (fazendo o caminho por fé ou aventura) e ganha o respeito e admiração das pessoas nas cidades e estradas por onde passa. Todos lhe tratam muito bem e no final da conversa ouvir um vá com Deus ou que Nossa Senhora te acompanhe é de praxe. A religiosidade em todo o caminho é sentida, nas cidades menores, parece ser mais forte ainda. Para terem uma ideia da força da igreja católica no interior, a festa que acontecia em Paraisópolis, por exemplo, foi interrompida as 7:30 da noite devido a missa que acontecia na igreja, e voltou depois que a missa acabou. 20

21 André com Warley Belas paisagem neste dia desde a saída de Paraisópolis Depois de uma boa conversa com a moça paulistana voltamos a estrada e passamos por uma vila, a paisagem muda, algumas araucárias aparecem em torno da estrada, ao passarmos por uma placa de divisa de estado entre SP e MG descemos para Luminosa, na descida paradas para fotos foram inevitáveis, o lugar é lindo com muitas montanhas e o Vilarejo em meio a um vale. È ai que vemos a imponente serra depois da cidade, onde teríamos que subir, já imaginamos que a dificuldade seria grande. Chegamos a Luminosa e depois de carimbar a credencial na pousada (queríamos ter o carimbo de todos os locais por que passávamos) e comermos um lanche em uma padaria da vila, saímos para o mais difícil trecho de toda a viagem, a subida da Luminosa, iniciamos a subida com tranquilidade, um senhor a cavalo acompanhado de seu cachorro que corria atrás de tudo quanto é animal que encontrava no caminho, nós acompanhavam, Tião solteiro senhor morador do local desde criança contava historias da região e nos disse ter encontrado Marcelo e o Wagner no dia anterior. Subidas íngremes eram acompanhadas de algumas subidas mais sutis, mas sempre estávamos subindo, empurramos muito as bicicletas serra à cima. Vista do distrito de Luminosa Na subida da Serra da Luminosa 21

22 Depois de 4 quilômetros de Luminosa paramos na pousada da Dona Inês, pessoa muito simpática que dá auxilio aos peregrinos que passam por ali. Se você fizer o caminho e passar pela pousada e for mais de três horas da tarde minha dica é se hospedar lá, já que ainda falta muito para chegar a Campista, e a paisagem da pousada e a boa companhia de Dona Inês e seu marido valem a pena. Nos despedimos com uma certa vontade de ter ficado ali, mas continuamos nossa subida a paisagem compensou o esforço e além da vista incrível passamos por muitas plantações de bananeira. Depois da pousada pegamos o trecho mais íngreme de toda a subida, depois ela amenizou um pouco. Passamos por algumas casas e uma capela e a subida torna a ficar íngreme. Foi ai que o tempo começou a fechar com trovoadas, parecia verão, e para piorar uma subida pesada. Uma chuva forte nos pegou, tivemos que parar para colocar capa de chuva e eu aproveitei, também, para cobrir com uma lona meus alforjes. Bike na subida da Serra Depois de passar pelo trecho mais difícil de todo o Caminho da Fé Empurramos as bikes montanha acima debaixo de chuva até encontramos mais um marco de divisa de estado MG SP e aí a subida amenizou e uma descida apareceu, passamos pelo marco de 100 quilômetros que faltavam para Aparecida e novamente o pneu da bike do Mafra furou, arrumamos o pneu e já estava escurecendo nos obrigando a colocar a lanterna no guidão da bike. Já estávamos um pouco preocupados com as condições que ali estávamos, (molhados, cansados e em uma trilha interminável e sem nenhum tipo de auxilio, e ainda no escuro), quando finalmente encontramos uma estrada de asfalto. Já no escuro com as lanternas ligadas pegamos o asfalto que continuava a subir, e tivemos que ter muita atenção para não perder as setas amarelas. 22

23 Não demorou muito e chegamos à pousada Barão Montês que tem o Marcio como proprietário, lugar bacana e muito bonito, a casa que hospeda os peregrinos é de madeira dando um charme especial a nossa estada por ali. Depois de um bom banho jantamos uma comida muito boa e fomos nos deitar, nesta noite sentimos o frio da região de Campos do Jordão, a pousada do Marcio fica a 1700 metros de altitude por isso o frio ao cair da noite foi inevitável, mas nada que não acabasse quando entramos no quarto que lembrava aquelas cabanas de desenhos e filmes americanos. Fomos dormir bem cansados neste dia por volta das 09h30 da noite 23

24 8º - Campista a Campos do Jordão - 18 km de pedal Acordamos tranquilos já com a ideia de subir na Pedra do Baú distante a 6 km da pousada, por volta das 08h30 tomamos café da manhã e depois de lavarmos algumas roupas, devido às chuvas que estávamos pegando dês da sexta-feira nossas roupas além de sujas de barro estavam todas úmidas e fedidas, já era hora de darmos um trato especial nelas, os tênis que haviam passado a noite ao lado do fogão a lenha amanheceram secos. Quem apareceu na pousada pouco antes de irmos à pedra do Baú foi nosso companheiro de Caminho da Fé Warley que passou na pousada apenas para carimbar sua credencial, e nós marcamos um novo encontro na pousada em Campos do Jordão. Nos preparamos para ir a Pedra do Baú e por volta das 10h30 da manhã saímos, numa pedalada leve que se tornava mais leve ainda pois não estávamos com as bagagens nas bicicletas, depois de 2 quilômetros de asfalto e 4 quilômetros de terra com subidas e descidas estávamos na Pedra do Baú, lugar incrível com uma vista maravilhosa de toda a região. Além de nós muitos outros turistas também aproveitavam o dia para visitar a pedra. Fomos à rampa de voo livre e em seguida, para a Pedra do Bauzinho, onde se tinha uma vista privilegiada para a imponente Pedra do Baú. Fazia muito vento, deixamos as bicicletas amarradas em uma grade no inicio da Pedra do Bauzinho e ficamos ali contemplando o belo visual por algum tempo. Não tínhamos tempo para subir na Pedra do Baú pelas escadinhas, esta escalada deve ser muito bacana e feita por quem tem coragem, pois a pedra é muito alta. André, Mafra e Alexandre na Pedra do Baú 24

25 De volta a pousada, depois claro de mais um pneu furado, (acho que não preciso nem mencionar o nome do dono da bicicleta que furou o pneu novamente) arrumamos nossas coisas, pegamos nossas roupas que estavam para secar. Depois de comer um lanche, nos despedimos do Marcio e do Diogo, o Marcio nos deu a dica que era melhor ir pelo asfalto devido às chuvas, já que o trecho do Caminho da Fé para Campos deveria estar com muita lama, nós cansados de tanta lama preferimos seguir a dica do Marcio e acabamos indo pelo asfalto até Campos do Jordão (depois na pousada em Campos descobriríamos que o Caminho da Fé, não estava com lama e sim em ótimas condições para as bikes, além disso o caminho era muito bonito. Foi uma pena não termos seguido as setas amarelas neste trecho). Na estrada de asfalto que liga São Bento do Sapucaí a Campos do Jordão, tivemos uma descida de 4 quilômetros logo no inicio, e quando chegamos no final da descida mais um pneu furado, o Mafra já irritado com tantos pneus furados preferiu trocar o pneu de trás pelo da frente e foi ai que descobrimos onde estava o problema que ocasionava tantos furos de pneu. Havia um corte no pneu e com a pressão o próprio pneu apertava a câmera acontecendo os furos, fizemos uma gambiarra colocando um pedaço de borracha na parte onde o pneu estava rasgado e o Mafra se prontificou a comprar outro pneu quando chegássemos em Campos. A gambiarra deu certo pois depois disso não tivemos mais furos de pneu. Depois de ficar mais de meia hora arrumando o pneu e trocando o de trás pelo da frente, voltamos à estrada e logo uma subida interminável apareceu, a estrada não tinha acostamento e os carros passavam bem próximos de nós devido as curvas fechadas, apesar de não ter muito movimento, tivemos um certo estresse nesta estrada, e para animar uma chuva começou a cair. Muitas subidas até chegar a Campos do Jordão Vista na chegada a Campos do Jordão 25

26 Depois de uns 7 quilômetros de subida, chegamos a um pequeno mirante onde já dava para ver uma parte da cidade de Campos do Jordão e enfim uma descida nos levou até o centro da cidade, onde não demorou muito para encontrarmos uma bicicletaria e em seguida a pousada Refugio do Peregrino, onde fomos muito bem recebidos pela Marilda que é a proprietária. Quem chegou poucos minutos depois de nós foi o Warley. Na pousada Refugio do Peregrino nos sentimos em casa, além da Marilda seu esposo Edson também estava lá e nos recebeu muito bem, havia mais uma família hospedada lá. Na hora do jantar que estava uma delicia, ficamos conversando bastante principalmente com o Edson que nos contou muito sobre o Caminho da Fé e muitas outras coisas sobre a região. Depois de uma boa conversa, fomos dormir, já imaginando como seria a nossa chegada no dia seguinte na cidade de Aparecida 26

27 9º dia - Campos do Jordão até Aparecida 80 km de pedal Acordamos com um belo dia de sol, que a tempos não víamos, nos despedimos do Warley que saiu na frente. Seguimos a dica do Edson e da Marilda e não fomos pelo Caminho da Fé, já que ele segue por trilhos de trem e não deve ser muito viável para ir de bicicleta por ali, descemos a serra pelo asfalto, já que tem um bom acostamento. Iríamos dar uma desviada no meio da descida para conhecer a estação de trem em Santo Antonio do Pinhal. Depois de nos despedirmos do Edson e da Marilda que foram muito atenciosos conosco, saímos em direção a rodovia, pedalamos pela avenida de Campos do Jordão que é plana e saímos da cidade, não demorou para iniciarmos a descida. Logo no inicio, uma parada em um mirante, onde a paisagem era muito bonita. Voltamos a descer a serra e a velocidade era em torno de 40 ou 50 quilômetros por hora, sem pedalar ou fazer qualquer esforço. Chegamos ao trevo para Santo Antonio do Pinhal onde pegamos uma subida bem íngreme de um quilometro até chegarmos à estação de trem Eugenio Lefévre, onde tem um visual muito bonito, e um bolinho de bacalhau delicioso. O Caminho da Fé passa pela estação, vimos as placas e as setas amarelas, mas voltamos ao asfalto e pegamos a rodovia, que se torna um pouco mais íngreme com um túnel, a velocidade foi boa até chegarmos em um plano onde pegamos uma outra estrada que leva a Pindamonhangaba e Aparecida, neste trecho já voltamos a encontrar as setas amarelas, estávamos novamente no Caminho da Fé. Foi no inicio dessa estrada que encontramos mais dois cicloturistas, que também estavam fazendo o caminho dês de São Carlos, conversamos e saímos todos juntos, mas não demorou muito para o casal parar para tirar fotografias, nós três, eu, Mafra e Alexandre continuamos a pedalar, a ansiedade de chegar era grande e acabamos deixando o casal que vinha em um ritmo mais tranqüilo para trás. No portal da cidade Campos do Jordão Estação Eugenio Lefévre 27

28 Neste trecho, próximo a Pindamonhangaba o Caminho da Fé não tem tantas atrações, ele passa por estradas asfaltadas, em alguns trechos sem acostamento e movimentada, passamos pela cidade de Pindamonhangaba e seguimos pela estrada onde neste trecho tinha uma ciclovia, isso fez com que ficássemos mais tranquilos, em relação ao transito. Foi na ciclovia que tivemos mais um pneu furado na viagem, desta vez por incrível que pareça não foi à bicicleta do Mafra e sim a bicicleta do Alexandre que até então não havia apresentado nenhum furo de pneu dês da cidade de Tambaú. Paramos para arrumar o ultimo pneu furado da viagem. Rapidamente estávamos pedalando novamente, agora um forte vento a favor nos empurrava em direção a Aparecida, pedalamos com muita vontade e determinação e entrando na cidade de Aparecida encontramos os peregrinos caminhantes que havíamos encontrado nas proximidades da cidade de Borda da Mata. Na descida da serra a paisagem é linda Aqui já estávamos próximos Chegamos à basílica e apesar de não ter feito o caminho por fé, a emoção foi grande, pois há tempos sonhávamos com esta chegada, realmente a beleza da arquitetura da basílica impressiona. A fé e devoção por Nossa Senhora Aparecida, é algo presente nas pessoas que ali vão, para rezar e agradecer graças alcançadas. Ainda no estacionamento encontramos mais gente que estava chegando de bicicleta por ali, dois rapazes vindos de Campinas pela rodovia D. Pedro vieram conversar conosco, e mais um rapaz cicloturista que estava de carro com a família também veio bater um papo com agente, devido as bikes carregadas com alforje chamávamos a atenção. 28

29 Fomos até a secretaria da basílica para pegarmos o certificado do peregrino (5 reais). E encontramos o casal de cicloturistas que havíamos encontrado no caminho, Felipe e sua amiga Dida (veja relato do Felipe sobre ocaminho da Fé). Depois nos dirigimos à rodoviária que não fica muito longe da basílica. Eu e o Alexandre compramos a passagem para São Paulo e o Mafra foi para o Rio de Janeiro, pegaram o ônibus conosco o Felipe e sua amiga. Não tivemos problemas para colocar as 4 bicicletas ( sujas e carregadas com alforje) no bagageiro do ônibus da empresa Pássaro Marrom. Chegamos em São Paulo nos despedimos do Felipe e sua amiga e pegamos outro ônibus para Jundiaí, também não tivemos problemas para colocar as bikes montadas e com bagagem no bagageiro do ônibus da empresa Cometa. Por volta das 8h30 estava chegando em casa, cansado mais muito feliz por ter terminado mais uma cicloviagem. Foto comemorativa em frente à basílica O belo Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida 29

30 Dicas sobre o Caminho da Fé Esteja preparado fisicamente para fazer o caminho, são muitas as serras que você vai encontrar. Fomos tratados muito bem em todas as pousadas e Hotéis, mas nas pousadas especificas para peregrinos percebemos um carinho especial. Experimente a culinária dos locais que o caminho passa, destaque para o pastel de milho e biscoito de polvilho em Tocos do Mogi, bolinho de bacalhau na estação Eugenio Lefevre. Das frutas que encontrará em muitas plantações pelo caminho (morango na cidade de Estiva, Laranja na cidade de Casa Branca, cana em Tambaú, entre outras plantações do caminho) leve uma faquinha para descascar laranja. Fazer um bom planejamento e fazer paradas em lugares estratégicos é indispensável para não passar por maiores dificuldades no caminho. Algumas distancias apesar de curtas tem muitas serras que vai demorar muito tempo para serem percorridas. Mesmo que planeje pedalar somente de dia, leve uma lanterna. Tem pessoas que fazem o caminho saindo de Tambaú em 4 ou 5 dias, se você tiver tempo e não for um atleta, procure ficar mais dias pelo caminho, aproveite a oportunidade para conhecer lugares e pessoas por onde caminho passa. O caminho é muito bem sinalizado esteja atento as setas amarelas, que não terá problemas Ferramentas, óleo lubrificante, câmaras de ar, e uma bicicleta mountain bike de no mínimo 21 marchas em boas condições, são indispensáveis para seu conforto e tranquilidade. Se tiver tempo vá a Pedra do Baú o caminho passa a apenas 4 quilômetros dela, você estará muito próximo para perder esta oportunidade. Evite meses que chovem muito, nós pegamos chuva mesmo em julho que é um mês de seca e tivemos dificuldade extra, principalmente nas estradas de terra. Leve somente o necessário para a viagem, um quilo a menos na bagagem já faz muita diferença na subida das serras. Em todas as pousadas e hotéis que paramos tinham toalhas e cobertores. Respeite o povo local e suas crenças, não jogue lixo ao longo do caminho. (vimos muitos pacotes de carbo em gel pelo caminho). Vá sem pressa e boa viagem. 30

31 Agradecimentos Aos amigos de pedal em especial ao Alexandre Oliveira que aceitou o convite de pedalar comigo no Caminho da Fé e foi um grande companheiro, tendo também determinação para encarar as inúmeras serras pelo caminho. Roberto Mafra, que foi mais um grande companheiro na viagem, Marcelo, e Wagner que pedalaram juntos conosco por 3 dias, Juliana que ao chegar em casa fiquei sabendo que cumpriu sua jornada até a cidade de Borda da Mata e só não continuou devido as chuvas, ao pessoal de Pirassununga que pedalaram alguns quilômetros com agente. Ao Felipe e a Dida cicloturistas paulistanos que encontramos no ultimo dia. A todos os proprietários e funcionários dos hotéis e pousadas que nos acolheram tão bem em especial a D. Natalina (Serra dos Limas). As senhoras de Casa Branca, que não me lembro o nome mas foram pessoas muito hospitaleiras, ao Marcio (pousada Barão Montês em Campista), Seu Almiro, que nos atendeu muito bem na sede do Caminho da Fé (Águas da Prata), e ao casal Edson e Marilda (Pousada Refugio do Peregrino em Campos do Jordão). Agradecimentos também ao companheirismo dos poucos mas muito determinados peregrinos caminhantes que encontramos em especial ao Warley que estava em sua terceira jornada no Caminho da Fé, sendo a primeira a pé. 31

32 Links Vídeos: 1º dia - 2º dia - 3º dia - 4º dia dia - 6º dia - 7º dia - 8º dia - 9º dia - Site oficial: (vídeo institucional) 32

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