GÊNERO, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO: NOTAS PARA UMA EPISTEMOLOGIA. Bolsista: Lutemberg Lima de Medeiros
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- Luiz Guilherme Gabeira da Mota
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1 GÊNERO, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO: NOTAS PARA UMA EPISTEMOLOGIA Bolsista: Lutemberg Lima de Medeiros
2 SEFFNER, Fernando. Um Bocado Sexo, Pouco Giz, Quase Nada de Apagador e Muitas Provas: cenas escolas envolvendo questões de gênero e sexualidade. Estudos Feministas, Florianópolis, 19(2): 336, maio-agosto, DINUS, Nilson Fernandes. Educação, Relações de Gênero e Diversidade Sexual. Educação & Sociedade, Campinas, vol. 29, n. 103, p , maio-agosto, CÉSAR, Maria Rita de Assis. Gênero, sexualidades educação: notas para uma epistemologia. Educar, Curitiba, n. 35, p , OLIVEIRA, R. D. V. L.; QUEIROZ, G. R. P. C. Educação em Ciências e Direitos Humanos reflexão-ção em/para uma sociedade plural. Editora Multifoco: Rio de Janeiro, 2013.
3 JUSTIFICATIVA O processo de ensino-aprendizagem não deve (e nem pode!!) ser tomado com um viés para a elaboração de estratégias e metodologias de ensino em demasia, como carro-chefe para promover educação de qualidade no Brasil. Educação de qualidade para quem? A produção de material didático, por si só, e em meu ponto de vista, consiste em mais em mais um operação, uma técnica que que consiste, ou não, no aprimoramento de seus meios de produção. Para além desse principio de ativismo, é necessário que essas produções estejam engajadas em parâmetros que possam envolver discussões políticas e sociais de fenômenos que perpassam e emergem no espaço escolar, visando promover a verdadeira formação crítica dos cidadãos que tanto se fala na academia. A educação deve ser também um espaço de cidadania e de respeito aos direitos humanos, que devem levar o currículo a discutir o tema da inclusão de grupos minoritários. Entres estes grupos estão os grupos de gênero representados por feministas, gays, lésbicas e transgêneros. (DINIS, 2008) São exigências que se manifestam através de diferentes cores, sons, ritos, saberes, crenças e no uso de diversas linguagens, que colocam esses movimentos diante da realidade história do desenvolvimento da educação em nosso país, marcada pela negação dos outros, física ou simbolicamente, para propor dinâmicas que impactam o fazer educativo. (RUSSO, 2013 apud OLIEVEIRA, 2013). Práticas plurisócioculturais devem tomadas por TODXS xs professorxs, independentemente de suas áreas de atuação.
4 INTRODUÇÃO nosso filho está aqui para que a escola faça dele o que nós queremos e não conseguimos. Qual a função social da escola? A educação é uma prática libertadora ou de opressão? Existem limites para a educação dos estudantes? Até onde a escola deve ir? Até onde os pais devem interferir? A escola de hoje é plural, democrática, laica?
5 Caminho que será percorrido... ASPECTOS HISTÓRICOS - EDUCAÇÃO SEXUAL - FILOSOFIA DE MICHEL FOUCAULT GÊNERO E HOMOSSEXUALIDADE NA ESCOLA ANÁLISE DOS PCN s ENSINO DE CIÊNCIAS
6 EDUCAÇÃO SEXUAL: ASPECTOS HISTÓRICOS Anos vinte e trinta do século XX - Pressupostos higienistas e eugenistas Anos 80: Discurso da saúde e da biologia - Tratamento terapêutico - Psicologia do desenvolvimento Início da ditadura militar
7 EDUCAÇÃO SEXUAL: ASPECTOS HISTÓRICOS Início dos anos 90: - Epidemia HIV/AIDS - Saúde e prevenção Metade da década de 90: PCNs e os temas transversais
8 Sexualidade sob a ótica de michel foucault Filósofo francês História da sexualidade - A vontade de saber (1984) - O uso dos prazeres (1984) - O cuidado de si (1985) A sexualidade como um dispositivo da modernidade constituído por práticas discursivas e não-discursivas que produzem uma concepção de individuo enquanto sujeito de uma sexualidade, ou seja, saberes e poderes que buscam normalizar, controlar e estabelecer verdades acerca do sujeito na relação com seu corpo e seus prazeres. (FOUCAULT, 1988) Foucault demonstrou que o sexo e as práticas sexuais se comportavam como parte do dispositivo da sexualidade, pois aquilo que estava em jogo seria essencialmente uma rede estabelecida de saber-poder atuando sobre os corpos e populações ao produzir normatizações e modos de vida. (CÉSAR, 2009, p. 43)
9 Conceito de gênero E a homossexualidade? SIM!!! Homossexualidade!!! HomossexualiDADE HomossexualiSMO Designava categorias psiquiátricas patológicas de perversão
10 Gênero e homossexualidade na escola
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13 PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS Ao trata do tema Orientação Sexual, busca-se considerar a sexualidade como algo inerente à vida e à saúde, que se expressa desde cedo no ser humano. Engloba o papel social do homem e da mulher, o respeito por si e pelo outro, as discriminações e os estereótipos atribuídos e vivenciados em seus relacionamentos, o avanço da AIDS e da gravidez indesejada na adolescência, entre outros, que são problemas atuais e preocupantes (BRASIL, 2000, p. 107). [...] combater relações autoritárias, questionar a rigidez dos padrões de conduta estabelecidos para homens e mulheres e apontar para a sua transformação. A flexibilização dos padrões visa permitir a expressão de potencialidades existentes em cada ser humano que são dificultadas pelos estereótipos de gênero. Como exemplo comum pode-se lembrar a repressão das expressões de sensibilidade, intuição e meiguice nos meninos ou de objetividade e agressividade nas meninas (BRASIL, 2000, p. 144). E ainda, o texto ressalta "a abordagem das relações de gênero com as crianças dessa faixa etária, convém esclarecer, é uma tarefa delicada".
14 implicações para o ensino de ciências A fala dos docentes... Não faz parte do meu conteúdo Isso é responsabilidade da família Devemos deixar isso para os professores de filosofia e sociologia Os docentes que tentam desenvolver alguma coisa são acusados de levar política à escola
15 É possível trabalhar de forma a levantar discussões políticas sem desmerecer os conteúdos científicos, mas coloca-los em contextos sociais e tecnológicos? É possível criar práticas que levem a uma visão crítica dos Direitos Humanos, capaz de favorecer processos de democratização, de articular a afirmação dos direitos fundamentais de cada pessoa e grupo sóciocultural, com o reconhecimento dos direitos à diferença?
16 Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo O educador seria o mediador dessas reações interculturais, de forma que não é dele a responsabilidade pela eliminação dos conflitos, mas a de instigar situações nas quais seja possível o reconhecimento entre os diferentes. É um exercício de compressão da visão do outro, mesmo que minimamente (CANDAU, 2010 apud OLIVEIRA, 2013)
17 Ciência, Tecnologia e Sociedades (CTS) Educação em Artes FONTE: OLIVEIRA, CTS-ARTE
18 ALGUMAS SINALIZAÇÕES... Discutir a questão da diversidade sexual e de gênero NÃO É apenas uma condição particular pertinente a grupos minoritários especiais, e portanto, NÃO PODE ser ignorado por um currículo que ainda visa atender a maioria heterossexual que frequenta o espaço escolar. O papel da linguagem como fator de exclusão A educação escolar NÃO É uma simples continuação da educação familiar. [...] A escola é um ESPAÇO PÚBLICO, no qual os professores são educadores e SERVIDORES PÚBLICOS, e nela (a escola), os aprendizados e as regras de sociabilidade são governados pela lógica do acolhimento e da negociação da diversidade. A educação escolar NÃO É o somatório dos pequenos projetos que cada família lança sobre seus filhos, ela é uma POLÍTICA PÚBLICA, tem regramento próprio, tem objetivos cognitivos e de socialização coerentes com a ética e a moralidade pública e o ordenamento jurídico do país, que de certa forma se impõe sobre a educação familiar.
19 Teoria Queer O sexo, o corpo, o corpo e o próprio gênero são construções culturais linguísticas e institucionais geradas no interior das relações de saber-poder-prazer, determinadas pelos limites do pensamento moderno. Ela recusa a incorporação da alteridade no modelo hegemônico da norma sexual e social, argumentando que esta seria uma ação originária das políticas de tolerância que assumem a existência do binômio normal/anormal e, portanto, tendem a pacificar e normatizar, na medida do possível, a alteridade. Ao contrário disso, a teoria queer questiona as condições de possibilidade do conhecimento que produz a norma sexual e social.
20 Uma educação em ciências que não vá ao encontro dos Direitos Humanos é uma educação vazia e pouco contribui para a humanidade
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