REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO MÉDICA. PL 268/2002 Dispõe sobre o exercício da medicina

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1 REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO MÉDICA PL 268/2002 Dispõe sobre o exercício da medicina 2012

2 A TRAMITAÇÃO DO PROJETO DE LEI PL 025 Senador Geraldo Althoff (27/02/2002); PL 268 Senador Benício Sampaio (12/12/2002); CCJ - Senador Tião Viana (aprov. 30/06/2004); CAS - Sen. Lúcia Vânia (aprov. 29/12/2006); CTASP - Dep. Edinho Bez (aprov. 19/08/2009); CSSF - Dep. Eleuses de Paiva (aprov. 14/10/2009); Plenário da Câmara (aprov. 21/10/2009);

3 A TRAMITAÇÃO DO PROJETO DE LEI CCJ Sen. Antônio Carlos Valadares (Aprov. 08/02/2012); CE Sen. Cássio Cunha Lima; CAS; Plenário; Sanção presidencial.

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5 PORQUÊ REGULAMENTAR A PROFISSÃO MÉDICA 1. A Lei 3.268/1957 que organizou a profissão médica não definiu seu campo de trabalho por julgá-lo de notório saber; 2. As demais profissões da área da saúde, instituídas ou organizadas depois da lei 3.268/1957, foram regulamentadas por lei e tiveram seus campos de trabalho bem definidos;

6 PORQUÊ REGULAMENTAR A PROFISSÃO MÉDICA 3. Cada profissão deve ter legalmente bem definido o seu campo de atividade; 4. A sociedade tem o direito de saber o que pode e o que deve esperar dos agentes de cada profissão da área da saúde; 5. Para que o médico não seja excluído da equipe de saúde.

7 O QUE OS MÉDICOS QUEREM 1. A definição de suas prerrogativas profissionais; 2. O reconhecimento do aspecto multiprofissional na assistência à saúde; 3. O respeito às prerrogativas das profissões regulamentadas; 4. A proteção da sociedade.

8 O QUE OS MÉDICOS NÃO QUEREM 1. Subordinar ao médico os demais profissionais da área da saúde; 2. Retirar de outras categorias profissionais prerrogativas que detenham; 3. A exclusividade da chefia de serviços de assistência à saúde;

9 PONTOS de CONFLITO (Senado X Câmara): 1. Diagnóstico funcional e cinésio-funcional SENADO Art. 4º 2º - Não são privativos do médico os diagnósticos funcional, cinésio-funcional, psicológico, nutricional e ambiental, e as avaliações comportamental e das capacidades mental, sensorial e perceptocognitiva. Define que são diagnósticos do médico, compartilhados com outro(s) profissional(is). CÂMARA Art. 4º 2º - Não são privativos dos médicos os diagnósticos psicológico, nutricional e socioambiental e as avaliações comportamental e das capacidades mental, sensorial e perceptocognitiva e psicomotora. Ao excluir diagnósticos funcional e cinésio-funcional não os define como privativos do médico e nem como compartilhados com outro profissional. Médicos desejam o texto da Câmara. Fonoaudiologia e fisioterapia desejam o texto do senado.

10 PONTOS de CONFLITO (Senado X Câmara): 2. Diagnóstico citopatológico SENADO Art. 4º - São atividades privativas do médico: VIII - emissão de laudo dos exames endoscópios e de imagem, dos procedimentos diagnósticos invasivos e dos exames anatomopatológicos; CÂMARA Art. 4º - São atividades privativas do médico: VIII - emissão dos diagnósticos anatomopatológicos e citopatológicos; 5º - Excetuam-se do rol de atividades privativas do médico: VII - a realização dos exames citopatológicos e seus respectivos laudos; Não define o diagnóstico citopatológico como privativo do médico. É omisso. Define o diagnóstico citopatológico como privativo do médico. Outros profissionais poderão dar laudos negativos. Médicos desejam o texto da Câmara. Farmácia e biomedicina desejam o texto do senado.

11 INTERPRETAÇÕES (1) ERRÔNEA: Lei do Ato Médico. CORRETA: Lei da regulamentação da Profissão Médica.

12 INTERPRETAÇÕES (2) ERRÔNEA: Que o PL fere a autonomia das outras profissões da Área da saúde e coloca em risco o cuidado integral à saúde preconizado pelo SUS. CORRETA: O Art. 3º diz: O médico integrante da equipe de saúde que assiste o indivíduo ou a coletividade atuará em mútua colaboração com os demais profissionais de saúde que a compõem. O 6º do Art. 4º: O disposto neste artigo não se aplica ao exercício da Odontologia, no âmbito de sua área de atuação. O 7º do Art. 4º: O disposto neste artigo será aplicado de forma que sejam resguardadas as competências próprias das profissões de assistente social, biólogo, biomédico, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, profissional de educação física, psicólogo, terapeuta ocupacional e técnico e tecnólogo de radiologia. Preservada assim a autonomia de cada uma das outras profissões e garantido o cuidado integral.

13 INTERPRETAÇÕES (3) ERRÔNEA: Que o paciente antes de consultar qualquer profissional de saúde terá que consultar um médico e ter a indicação deste para ser atendido. CORRETA: Nenhum artigo, parágrafo ou inciso dá margem para esta interpretação. Trata-se de uma fantasia construída pela desinformação.

14 INTERPRETAÇÕES (4) ERRÔNEA: CORRETA: Que todos os outros profissionais de saúde serão chefiados e tutelados pelo médico. Bastante claro o inciso I do Art. 5º que diz: São privativos do médico a direção e chefia de serviços médicos. A questão é técnica. Os serviços médicos devem ser chefiados por médicos. A chefia de serviços de enfermagem é privativa de enfermeiros (Inciso I do Art. 11 da Lei 7498/1986); A chefia de serviços de psicologia é privativa de psicólogos (Inciso 2 do Art. 4º da Lei 5766/1971).

15 Hoje, temos mais de médicos no Brasil. Herdeiros de uma profissão com mais de 25 séculos de existência, os médicos brasileiros necessitam de uma lei que reconheça sua efetiva importância social, seu espaço profissional e muito mais que isso, que dê a sociedade brasileira a justa e precisa tranquilidade no bom relacionamento que deve existir entre as diversas profissões envolvidas na assistência à saúde, bem como a garantia de que esta assistência atinja os níveis de qualidade e excelência à altura das necessidades do nosso povo.

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