Historia da Arte e da Técnica
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- Lucinda Casqueira Alencastre
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1 IADE Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing Licenciatura em : Design Historia da Arte e da Técnica Fotografia Analógica Autores: Nome: Marta Bessa Leite Turma: 1ºB1 Nº: Nome: Mafalda Gonçalves Turma: 1ºB1 Nº: Data: Lisboa, 5 de Maio de
2 Índice 1. Introdução 2. Contextualização à Fotografia 3. Analise dos aspectos gerais da Fotografia Analógica - Fotografia Analógica - Diferença entre fotografia analógica e digital - Susan Sontag 4. Conclusão 5. Bibliografia 6. Anexos 2
3 1. Introdução Neste trabalho pretendemos explicar o conceito da fotografia analógica, como os passos do seu procedimento, como comparar as diferenças entre a fotografia analógica e a fotografia digital, através da visão da escritora e crítica de arte, Susan Sontag. As principais diferenças de cada tipo de fotografia estão apresentadas com uma breve descrição das suas características assim como algumas recolhas fotográficas. Analisamos também a obra On Photography de Susan Sontag, resumindo a sua obra e apresentando alguns comentários alusivos ao tema apresentado. 3
4 2.Contextualização da Fotografia A fotografia surgiu na primeira metade do século XIX, revolucionando as artes visuais. Contudo a invenção dessa não é de um só autor, mas sim um processo de avanços por parte de muitas pessoas, trabalhando em conjunto durante muitos anos. Diversas pessoas foram descobrindo conceitos e processos que deram origem à fotografia como a conhecemos. O mais antigo destes conceitos foi o da câmara escura, descrita pelo napolitano Giovanni Baptista Della Porta, já em 1558, e conhecida por Leonardo Da Vinci que a usava, como outros artistas no século XVI para esboçar pinturas. No entanto, os três nomes geralmente associados à invenção propriamente dita da fotografia são, Fox Talbot, Nicephore Niepce e Louis Daguerre, pois, se antes deles já se havia feito experiências sobre a captação ou projecção de imagens em câmaras obscuras, ainda não havia processos de fixação dessa imagem. Assim, estes três foram os pioneiros em processos de fixação e impressão de cópias positivas através do negativo. A fotografia nasceu em preto e branco, mais precisamente como o preto sobre o branco, no início do século XIX As fotografias em preto e branco destacam-se bastante pela riqueza de tonalidades; a fotografia a cores não tem o mesmo dinamismo e tanta riqueza de tonalidades. A fotografia é usar um suporte fotossensível (sensível à Luz) para captar uma imagem. 4
5 3.1 Fotografia Analógica Como já foi referido na introdução à fotografia, é usado um suporte fotossensível (sensível à luz) para captar uma determinada imagem. O que acontece dentro de toda e qualquer câmara de captação de imagens, seja analógica ou digital, é a recriação em ponto mais pequeno de uma câmera obscura como as já estudadas por artistas e cientistas como Leonardo da Vinci: : a luz entra por um buraco da câmara chamado obturador, e entra em contacto com o sensor (seja ele digital ou analógico). Na fotografia analógica o suporte é um rolo fotográfico, que é uma película banhada de um dos lados, com uma espécie de gelatina muito fina composta por sais de prata. Os sais de prata, quando entram em contacto com a luz normalmente escurecem. A luz que passa pela lente atinge a emulsão e provoca uma sensibilização dos sais de prata ali aplicados, registando assim uma imagem à semelhança do objecto fotografado mas em negativo ou seja, a luz queima o sensor, e o que é bem iluminado na realidade fica escuro na película. Este processo de registo de imagens num suporte não digital, é o que chamamos de fotografia analógica. Mas não acaba aqui o processo da fotografia analógica, ainda há muitos passos antes de se chegar à fotografia impressa. Primeiro, é preciso revelar a película, ou rolo. A emulsão de sais de prata do rolo é sensível a toda a radiação visível (aquilo a que chamamos luz), e por isso a sua revelação tem de ser feita na escuridão 5
6 total através de processos químicos, são estes os passos necessários (resumidamente): a revelação propriamente dita através de um banho em revelador (os sais de prata incham, passando a ser visíveis a olho nu), de seguida passa-se num banho de paragem (este passo trava a revelação para que a película não fique mal revelada) de seguida vem um banho de fixação, que fixa a emulsão. Todos estes processos têm tempos e medidas precisas, que se podem manipular dependendo do resultado pretendido. No fim disto tudo, obtêm-se um rolo em negativo. O rolo, ou filme, contém os registos em negativo das tomadas de vista, com os quais se poderá em seguida imprimir fotografias de um tamanho qualquer, com graus de maior ou menor contrastes, e mesmo com a possibilidade de manipulação tudo isto através da impressão. A impressão é feita com a ajuda de um projector, que faz passar pelo negativo um feixe de luz que se vai projectar numa folha de papel sensível à luz. Aqui acontece exactamente a mesma coisa que na câmara: o que está queimado no negativo não deixa passar luz e fica branco no papel, e o transparente fica preto, obtém-se o positivo. O papel tem de ser então banhado com uma série de diluições de revelador, banho de paragem e fixador (como o rolo). E assim se obtém uma fotografia em papel. A impressão pode ser feita num quarto com luz encarnada, pois o papel não é sensível a esta luz. Por outro lado, na fotografia analógica, enquanto alguém está a fazer a tomada de vista(tirar fotografias), tem de se ter alguns cuidados. Toda a fotografia baseia-se na luz, maior ou menor quantidade da mesma, porém a sua intensidade não é relevante. Ou seja, para tirar uma fotografia bem exposta, tem de se medir a luz. A medição da luz é medida com um aparelho chamado fotómetro, que a maior parte das vezes está incorporado na maquina, contudo há fotómetros usados à mão. 6
7 Estes suportes dão ao fotografo duas informações que permitem tirar bem a fotografia e dos quais depende a boa exposição da película: a velocidade da abertura do obturador (o buraco, uma espécie de porta em forma de um circulo) onde entra a luz, e o tamanho da sua abertura - tudo isto parâmetros que se podem alterar e que nos são dados pelo fotómetro em relação ao ASA da película usada (a sensibilidade do rolo de luz, sendo 100 a menos sensível e 3200 a mais sensível). A este processo chama-se, a fotometria (ver imagem 3). O aumento da sensibilidade do rolo permite-nos captar imagens em situações de menos luz, como à noite, com menos tempo de exposição, no entanto, a fotografia fica com mais grão (os sais de prata são mais perceptíveis). Durante aproximadamente 150 anos a fotografia desenvolveu se por meio do uso da tecnologia analógica. 7
8 3.2 Diferenças entre Fotografia Analógica e Digital Qual é a melhor máquina em termos de qualidade, a digital ou a analógica? A analógica é melhor, olhando o processo inteiro, desde a captação, até a ampliação em papel fotográfico. A fotografia digital é uma simulação do processo analógico, e dificilmente uma simulação é melhor que o processo original. Mas, para fins de reprodução em catálogos comerciais, onde a imagem precisa ser digitalizada antes de ser impressa, as digitais estão a superar as analógicas. Quando a questão vai mais para o pratico, a digital é superior á analógica. Não há filmes e revelação, o resultado é instantâneo. Outra vantagem, é que a ASA pode ser trocada com um simples apertar de um botão, enquanto nas máquinas analógicas é preciso trocar de filme em diferentes situações de luz. Mas a qualidade da imagem ampliada em papel fotográfico infelizmente não é a mesma. Alguns pontos: 1) Qualidade A qualidade das digitais melhorou de forma incrível nos últimos anos. Hoje já existem modelos no mercado, como a Hasselblad digital e a Canon D1 que se podem igualar às maquinas analógicas. O problema porém, continua na hora de ampliar as fotografias: o processo a partir do negativo (ou como no caso do cibachrome), consegue uma maior profundidade de campo e tem maior capacidade de realçar áreas 8
9 escuras. Existem vários tamanhos para o sensor, tanto na fotografia analógica como na digital. Quanto maior for o sensor, melhor é a qualidade da fotografia. Actualmente, o sensor digital mais comum é menor do que o chamado full frame (o tamanho do negativo nos rolo analógicos de 35 mm), pois é menos cara a sua produção e é mais sensível ao cliente. 2) Preço O preço das máquinas de ponta varia, sendo que uma analógica dura para o resto da vida enquanto a digital fica ultrapassada em poucos anos (e parte-se com mais facilidade). A vantagem no preço da digital é que não se gasta tanto dinheiro em filmes e revelações. As novas máquinas digitais, com grande capacidade de reprodução de cores e megapixéis, actualmente estão mais caras que as máquinas analógicas. Alguns fabricantes de máquinas digitais fazem acreditar que muitos megapixéis são um sinal de qualidade, mas não é só este o parâmetro crucial: o tamanho do sensor é muito importante, sendo as melhores máquinas do mundo, como a Hasselblad, de grande formato (maior do que o full frame corresponde ao tamanho dos rolos de 120 mm). Os Megapixéis mostram o tamanho para qual a fotografia poderá ser ampliada, mas, numa máquina com um sensor mais pequeno, mais megapixéis resultam em maior ruído, ou grão. A qualidade da imagem depende do chip da máquina e é uma questão muito complexa. Antes de comprar uma máquina digital, deve-se consultar revistas especializadas, que fazem testes de qualidade com as máquinas digitais. 9
10 3.2 Susan Sontag Para a escritora e crítica de arte Susan Sontag, a fotografia é um fenómeno que ocupa um lugar central na cultura contemporânea. Se desde a sua invenção, em 1839, o fotógrafo era visto como um observador e a fotografia vista como um registo fiel da realidade, depois ficou claro que ninguém fazia as mesmas fotografias, mesmo que aquilo que estivesse a ser fotografado fosse idêntico. No seu livro On Photography, Sontag demonstra que as fotografias não são apenas reflexo daquilo que existe, mas sim daquilo que o fotógrafo vê. Alguns excertos do livro On Photography : Ao ensinar-nos um novo código visual, as fotografias podem alterar e alargar as nossas noções daquilo para que vale a pena olhar e aquilo que temos direito de observar. As fotografias são mais do que uma gramática, sao uma ética do ver A fotografia implica sabermos sobre o mundo, e aceitá-lo como a câmera regista. Mas isso é o oposto do entendimento, que começa por não aceitar o mundo tal como ele é. Claro que as fotografias preenchem espaços em branco nas nossas imagens mentais do presente e do passado, mas a compreensão é baseada em como algo funciona (não meramente na sua aparência). E o funcionamento leva tempo e deve ser explicado a tempo. Fotografar pessoas é violá-las, por vê-las como elas nunca se vêem, por ter conhecimento sobre elas que elas nunca poderão ter. Isso torna pessoas em objectos que podem ser simbolicamente possuídos. Assim como a câmera é uma sublimação de uma arma, fotografar alguém é um assassinato subliminar. Um 10
11 assassinato suave, apropriado a um tempo triste e assustador On Photography On Photography é uma colecção de ensaios de Susan Sontag, de 1977 que surgiu como uma série de ensaios no New York Review of Books entre 1973 e No livro, Susan Sontag expressa os seus pontos de vista sobre o papel histórico e actual da fotografia nas sociedades capitalistas como nos anos 70. Discute diversos exemplos da fotografia moderna, entre eles Sontag compara o trabalho de Diane Arbus, com o documentário fotográfico da época da Depressão por parte da Farm Security Administration. Também explora a história da fotografia americana em relação às noções idealistas da América apresentadas por Walt Whitman e os traços das mesmas através das noções estéticas dos anos 70, particularmente em relação a Arbus e Andy Warhol. Sontag argumenta que a proliferação de imagens fotográficas tinha começado a estabelecer nas pessoas uma relação voyeurista crónica para o mundo em torno deles. Entre as consequências da fotografia é que o significado de todos os eventos é nivelado. Discute assim, com alguma profundidade, a relação da fotografia com a política. On Photography ganhou o prémio da Crítica National Circle de 1977 e foi selecionado entre os 20 melhores livros de 1977 pelos editores da Revista New York Times. Em 1977, William H. Gass, escreveu no New York Times sobre o livro: certamente subsistirão perto do início de todos os nossos pensamentos sobre o assunto. Numa avaliação em 1998, do trabalho, Michael Starenko, escreveu na revista Afterimage, tornou-se tão profundamente absorvido esse discurso 11
12 que as alegações de Sontag sobre a fotografia, bem como o seu poder de argumentação, se tornaram parte do kit da retórica, ferramenta que os teóricos e críticos de fotografia transportam em torno das suas cabeças. O trabakho de Sontag é literário e polémico. Há pouca análise sustentada no trabalho de qualquer fotógrafo particular e não é em nenhum sentido um projecto de pesquisa. Em 2004, Sontag publicou uma refutação parcial dos pareceres por ela defendidos em On Photography, na sua colecçao de ensaios no que diz respeito à dor dos outros. Este livro pode ser considerado como um pós-escrito ou além da fotografia. 12
13 4.Conclusão Com o surgimento da fotografia, o homem passou a ter um conhecimento mais preciso e amplo de realidades que lhe eram, até aquele momento distantes, acessíveis unicamente pela tradição escrita, verbal e pictórica. A fotografia possibilitou uma nova forma de apreensão do real, aproximando pessoas, lugares e culturas. Podemos assim concluir que neste trabalho conseguimos destacar o conceito da fotografia, da fotografia analógica e diferenciar os conceitos da fotografia analógica e da digital. Por fim, analisamos as criticas construtivas de Susan Sontag, Sontag demonstra que as fotografias não são apenas reflexo daquilo que existe, mas sim daquilo que o fotógrafo vê. 5.Bibliografia d=22 Digital 13
14 Anexos: 1) câmara obscura 2) Exemplo de fotografia analógica já impressa 14
15 3) Exemplo de um exercício de fotometria 15
16 Que fotos são estas e para que servem no contexto do trabalho? O leitor nada sabe da intenção das autoras 16
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