RELATÓRIO-PARECER SOBRE A OBJECÇÃO AO USO DE SANGUE E DERIVADOS PARA FINS TERAPÊUTICOS POR MOTIVOS RELIGIOSOS

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1 CONSELHO NACIONAL DE ÉTICA PARA AS CIÊNCIAS DA VIDA Presidência do Conselho de Ministros RELATÓRIO-PARECER SOBRE A OBJECÇÃO AO USO DE SANGUE E DERIVADOS PARA FINS TERAPÊUTICOS POR MOTIVOS RELIGIOSOS (Junho de 2005)

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5 # # <# # " # #A"02 #22 # <#2"3 " 6+ * 2 # & 6< "3 6## * '6 & "3 ' # # 2 +# 6##* 6 "2+ # ##;#@ #; 6## B # :2 +6 B#:#6* 2 B:2< *# '# #2 " 2 " " #A" ;2# A39: # 6## * + ' * #; 2 #2 "3 #?: *# # 6 # "32 < # >+2 5

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11 # #*# + + & +#+2N!DN %; + # /6 #! 0 2 " #2+#+ 2 < # ' " ##2 < + +# +#+ # # #6 #/+2 2 # # -!N%;@# $ 2# 6 C <+ 6# 6+2> " 6</ 2 A< + # 2 #2 # Cf., ainda, a este propósito, a alínea d) do n.º 2 do artigo 31.º do Código Penal. Será ainda duvidoso se, no caso vertente, ocorre efectivamente uma violação das legis artis, conduta que corresponde ao tipo deste crime nos termos do n.º 2 do artigo 150.º do aludido Código. 4 Cf., ainda, a este propósito, o n.º 1 do artigo 41.º do Código Deontológico da Ordem dos Médicos que manda respeitar escrupulosamente as opções religiosas, filosóficas ou ideológicas e os interesses legítimos do doente. 5 O médico que recusar o auxílio da sua profissão em caso de perigo para a vida ou de perigo grave para a integridade física de outra pessoa, que não possa ser removido de outra maneira, é punido com pena de prisão até 5 anos. Esta pena é agravada se resultar morte ou ofensa grave à integridade física (cf. artigo 285.º do mesmo Código). Cf. ainda, estabelecendo um dever geral de tratar que impende sobre o médico, o artigo 26.º do Código Deontológico da Ordem dos Médicos. 6 Note-se que a tutela penal consagrada nos mencionados artigos 143.º e ss. do respectivo Código decorre do direito fundamental à integridade pessoal vertido no artigo 25.º da Constituição da República Portuguesa. 11

12 6 + +# A 6 # +2 + " 32 6 #'# < 2 # + " # '* # * #+ 8 ++' # " +# 2 2# 2 " # 2 # +2 #2 # G 6 #*B'9 #6: ' # 26 6# < ##A2 '2+ "#* # 6 + " 2 "2 + /2+ " # # # 12

13 0# 2<# # "3 A2 KKK2 # E F G H2 + + B4)#", 6 5 4# 5:0 26# # 2+ " 6 # #" # / # # #++ #7 ## / #* # # *#2 " # 6 / 2 "3 #* ## #;' 3 * / 2 2 +# % 62 "#"#2+# # 2 # # ' + A #' 2 <A# #2 2 #+; 6&6 + <#2# + #* A# # # *# 62 #;# 2 #<# A #* + 13

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15 )* 6 >## 62 # 2+# # " 9 # 6 + +# # # )* 2 ;2 > 2 " # + 2##2 6< / 2 # N $CN %;@#2* # ## D 0 ' 2#N -N%;@#6 +4 ;6A + B: # # + 5& $JN#2# # > * 2 6 # 4 ; *#2 #2 * + " #2## # ; # ) # # N -N%;) #;, 6 '# 3 "3 ' 2+* 2 + * >2 <# 4 " 62 "3# As pessoas indicadas no artigo 150.º que, em vista das finalidades nele apontadas, realizarem intervenções ou tratamentos sem consentimento do paciente são punidas com pena de prisão até 3 anos ou com pena de multa. 15

16 "3 # " 5 K &6 2 2+#*:N $CN%;@# ## => " 6</ =+ 4; +#+ /5 %") OP 6 #" * 2 -N2 4+2 " 2 2 +#+ " # */ 5 ' ( " ' % # ')* # %" "+ + * + #' * 0 > )#", 6 7("2 10 JOÃO VAZ RODRIGUES (2001), p

17 0 2 < ' 2 2#"#2+ + * "3 2 #2 << * + <# 2 * #2 + # #"<; # "2 # #" *2 ' + 2+ # ## 2 < ' ; "2 "#**/+ +% #2 / # < 2 + * & 2 26 DN%" ) O P + # + 4 '2# " "2"3 ' 2 "5 ( # + ' # + 6 # 2 # + # 9 6 # 2 +# 17

18 "3 6 2 # # # 7 G22 * ;# # 2 ", # 2 A # 2 < # 6 + # * + " " # A22A2# 6 /2 <2+22+ ' " ; # + G ' # = +6 *##+2+#*+ "3#=# # 2 < '#* +#+ # #"'* # " 0 2%;) #;,62 # 2N! -N " 2+*#2 ; #;2#2'# 5 11 Tanto é assim que o n.º 1 do artigo 156.º do Código Penal (tratamento arbitrário) fala expressamente da falta de consentimento do paciente, estando a interpretação extensiva deste preceito vedada pelo princípio da tipicidade. 18

19 . << "32 #2 < # 2 # ' +* # %" G ' #" 2 #26+# # 2 * <# # = = " # + A 22 2 # # *# A 2 # 2 ##+ #+ ' # # ;' 2 2 +#+ # 2 " + " # G+#A3 '# /?A2+' 6" # '" 19

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23 *<* *# # # # $CN %;@#= " 6</ =# 6+ 2 A< + # & 2 2 +'*= "= # # # #2 '* 7 + # 2 22 A 82 2# # #2+# # "! &2 2#2 #2 << #, # / O 2# 26##+2 A 2* 2 # +# 6 #A + # 12 JOÃO VAZ RODRIGUES (2001), p Cf. também, neste mesmo sentido, MANUEL DA COSTA ANDRADE (2004), pp. 410 e ss.. E, ainda, a nota 10 acima. 13 Cf. MANUEL DA COSTA ANDRADE (2004), esp/ p A necessidade do consentimento dos pais é prevista, em termos gerais, no n.º 2 do artigo 6.º da Convenção dos Direitos do Homem e da Biomedicina e no artigo 38.º do Código Deontológico da Ordem dos Médicos. 23

24 '/ $ 0 L " # * 2 "#!<-2+ #; + ' # +2 *# 2 "#* ' # 2 # # 2 + # "3 %#<+ # # 0 2 < 2 # &L2 # > *2 + # 2 6 #2 #; >2- ' /2 0&L -+ "3#*# "2+ 2 # "3 / 2#+2 #2 #A" #7 #2 " # 0 # *# #"+ 6 #2#++ # "3 2 24

25 0 * < "+ # # 0##2N -N %;#A 4 +! # # <+ ' 6#2 +A # /2 #+' 2 6 *#2 $ &! *A2 # 2, # ! -A #+ INC7D-2!#2# / # C # 2 # 2 # 2#" 6 ## & 6 6 #'N CN%") O P 2 +#4 " A 2" 15 Cf. o n.º 4 do artigo 8.º da Lei n.º 12/93, de 22 de Abril, e o n.º 5 do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 97/94, de 9 de Abril, concernentes, respectivamente, à dádiva de tecidos ou órgãos regeneráveis e aos ensaios clínicos. 16 Cf. o n.º 3 do seu artigo 5.º. 25

26 5 J 0 3N N %") %" -. +" + # # +#2 "3 2+ & ;2+ +# 2+ A 6# A 2; ; #2 D 2 # 2 2 < A : < # " # "3? : " + # # " 17 Cf. a regra semelhante do n.º 3 do mesmo artigo relativamente à incapacidade de adultos. 18 Os Estados Parte garantem à criança com capacidade de discernimento o direito de exprimir livremente a sua opinião sobre as questões que lhe respeitem, sendo tomadas devidamente em consideração as opiniões da criança, de acordo com a sua idade e maturidade. Cf., ainda, o n.º 2 do artigo 38.º do Código Deontológico da Ordem dos Médicos que manda o médico...respeitar, na medida do possível, as opções do doente, de acordo com a capacidade que reconheça... a esse mesmo doente. 19 Cf., neste contexto, o artigo 1886.º do Código Civil, segundo o qual, no âmbito do poder parternal, se estipula que pertence aos pais decidir sobre a educação religiosa dos filhos menores de dezasseis anos. 26

27 +6+ " # *#? : +#+ " #,? # # 26##++ * * & 2 #> # 4A # 5 # * 4 *#52 +#+ " 6 <# # '#? 2 +# # # + /+2" #2 6# # #+2 2 < # " G #*#2 #"32 6'#+2 *# 2 + A"# 27

28 # 2, #% 2 2% 2% &2KK! B?S2DDK: % #2 T 2 1 #, 2! 2SB :2% 2% & 2DD &#2 I2 4E H M E # #H #E FG H##H5"9#$ %&2KKK9C9J$< -K R2 H 2, 2. 2' ( $ ) &&"2J 2G I2,H(2KK T"#2, #I, 2* +2CS 2% 2# 2KK!, 294P # #H# #HME 5"),$ #29J<D2KK 2@#2-. */!$ 0 %2% 2# # E 2 ' &1 12@##2 E PG% H2DD- 28

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