Ofício nº 011 / 2015 São José, 08 de Abril de 2015
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- Felícia Braga Weber
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1 Ofício nº 011 / 2015 São José, 08 de Abril de 2015 Exmº Senhor Delegado Geral, O Sindicato dos Policiais Civis de Santa Catarina SINPOL / SC, representante legítimo da Classe Policial Civil catarinense, vem respeitosamente por meio deste, manifestar a Vossa Excelência o objetivo de buscarmos tentar auxiliar em situações pontuais que visam contribuir para o aperfeiçoamento dos serviços de nossa Polícia Civil. Destarte, formalizar intenção de cooperar com a atual gestão institucional para fortalecimento da Polícia Civil de Santa Catarina. Carecemos, Polícia Civil, de um PROCESSO PROMOCIONAL ágil, sem vícios e sem muitas necessidades da intervenção humana, antes que isso aconteça, sugerimos o remanejamento de vagas para as classes finais, aos Policiais, dentro do atual modelo; e a extinção da proibição de promoção em estágio probatório para os Agentes da Autoridade Policial, bem como do fim da obrigatoriedade do pedágio de três anos para aposentadoria com subsídio na classe imediatamente posterior. Nos colocamos à disposição para auxiliar no que for necessário para este desenvolvimento, como temos feito até o presente momento. De qualquer forma, entendemos que mesmo assim é preciso iniciar um novo processo promocional dentro do atual modelo, pois até seguirem os trâmites e aprovação das possíveis alterações muito tempo se passará e o desestímulo, que já atinge diretamente a grande maioria dos Policiais Civis em atividade, tende a aumentar, com um novo processo promocional ainda este ano, considerando que o que foi publicado em Janeiro de 2015, se referia ao processo de 2014, o qual também já estava atrasado, se conseguirmos, ao menos uma
2 promoção ainda em 2015, acreditamos que possamos fornecer um pouco de paz e esperança aos nossos tão sofridos Policiais Civis catarinenses. Quanto às APOSENTADORIAS: Solicitamos especial atenção e intervenção para que haja celeridade na recepção e trâmite dos processos, pois o atraso implica em frustração do Policial Civil veterano, por vezes com problemas de saúde, bem como num falso efetivo ativo, pois estes policiais passam a esperar a aposentadoria em casa, conforme Lei Complementar 470/2009, mas figuram no rol de ativos da PCSC, o que não corresponde à verdade. Correndo ainda o risco adicional de se envolverem em quaisquer situações que possam prejudica-los diretamente assim como à Instituição PCSC. Com relação à JORNADA DE TRABALHO NÃO REGULAMENTADA ("banco de horas" previsto Lei subsídio): Sabemos que existem peculiaridades regionais, mais é preciso normatizar para os Policiais Civis terem um norte para seguirem. Sob pena de conflitos e batalhas judiciais desgastantes, pois entendemos que enquanto funcionários públicos, somente devemos fazer aquilo que está previsto em lei, sendo qualquer outra forma de trabalho, irregular e ilegal, sugerimos obediência aos contratos de trabalho entre os Policiais Civis e o Estado de Santa Catarina, onde devemos cumprir uma escala semanal de 40 horas, limitando-se pela Constituição Estadual, a 08 horas de trabalho diárias. Por entendermos que as escalas de plantão nada mais são dentro da legalidade, que um acordo entre cavalheiros, sugerimos que se cumpra à lei com relação a isto e que nossa função se volte especificamente ao atendimento de ocorrências que visem a apuração de crimes, conforme previsão legal. Complementando, sabemos de muitos plantões onde somente os Agentes e Escrivães comparecem fisicamente e fazem na enorme maioria das vezes, a guarda de patrimônio, uma função que não nos é afeita, nem mesmo o Delegado de Polícia que consta como plantonista, na maioria das vezes, se encontra
3 fisicamente no local, caracterizando aí em falsa declaração no preenchimento dos relatórios de horas efetivamente trabalhadas. O próprio horário expediente das 13 às 19h, fato este já se igualar ao horário especial do Executivo previsto em lei, carece de melhor entendimento e aplicação das horas que sobrariam. Não se pode admitir que 10 horas normais e de dias úteis, sejam igualmente aplicadas aos finais de semana e à noite. Entendemos ainda que em sua maioria absoluta, os Boletins de Ocorrência devem ser disponibilizados pela rede mundial de computadores, facilitando o acesso à população e liberando os poucos Policiais Civis existentes para suas atividades fins, aumentando a quantidade de Policiais para este atendimento virtual. Não se pode conceber que o Boletim de Acidente de Trânsito sem vítimas, não possa ter um parecer favorável por causa de uma nota técnica ou portaria do CONTRAN, órgão este que não direciona as atividades principais da Polícia Civil. Se o órgão em tela acredita que deva haver Perícia Técnica para valorar o montante de um sinistro, não acreditamos ser essa nossa função, portanto mais uma vez, por influências externas, o governo se colocará como alvo de futuras ações de cobranças judiciais, o que se resolve com uma simples homologação pelo próprio Policial da Delegacia Eletrônica, desde que se criem regras claras para que isso ocorra. Com relação à CONDUÇÃO DE PRESOS OU ADOLESCENTES APREENDIDOS (presídio, IML ou Fórum) POR UM ÚNICO POLICIAL OU AINDA EM MENOR NÚMERO QUE O DE PRESOS: É preciso combater esta prática, com o intuito de evitarmos situações de risco à integridade física e moral dos policiais, fato muito recente na Grande Florianópolis conforme já comunicado por telefone a V. Exª. comprova isto. Urge a necessidade de
4 regulamentação de parâmetros, medidas que podem e devem ser aplicadas, enfim, de algo que regulamente definitivamente, para que seja terminantemente proibida a prática de condução de presos por um único Policial. Sugerimos emissão de orientação (resolução, portaria ou normativa, nota técnica da ACADEPOL, DGPC, etc) com PROIBIÇÃO de tais práticas, onde o chefe imediato ou a Autoridade Policial plantonista deva prover as condições para o transporte (apoio PM, transporte pelo DEAP ou deslocamento de policial de unidade diversa para apoio), mesmo que se deixe pelo "bom senso" haverá omissões ou "ações heroicas" podem gerar prejuízos não só ao policial mas também à instituição. Como exemplo, fuga de preso ou atitude de conter fuga com disparo de arma de fogo e lesão de terceiros ou do próprio policial, algo que já foi recomendado exatamente o contrário pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos e da própria Organização das Nações Unidas - ONU. Demonstra a preocupação do gestor com a segurança e conforto dos policiais, fato este que sabemos serem de o foco da atual gestão. Coibir a PERMANÊNCIA DE ADOLESCENTES APREENDIDOS E DE PRESOS EM UNIDADES POLICIAIS CIVIS: Mesmo que previsto a permanência por 5 dias, está virando rotina tal prática, haja vista falta de estrutura no sistema de acolhimento ao adolescente em conflito com a lei, bem como superlotação de unidades prisionais, nós não podemos e não vamos consentir em abraçar mais esta atribuição. Interessante reavivar a Resolução 007/GAB/DGPC/SSP/2013. O aumento do efetivo urge, acreditamos ser desnecessário lembrar que na LC 453 de 2009, temos previstos Policiais Civis e na realidade possuímos um número muito aquém disso, faz-se necessário incremento imediato, pois mais da metade desse efetivo já está apta a aposentadoria,
5 dispomos de um número de candidatos aprovados no Concurso de 2014, razoável, aguardando a nomeação e alguns ainda remanescentes do Concurso de Gostaríamos de contar com Vosso apoio para que o SSP e o Governador se sensibilizem quanto a estes fatos e tomem as medidas necessárias, ou seja, as nomeações imediatamente. Temos ainda conhecimento, de uma tentativa de impor aos Policiais Civis a ordem para os referidos servirem de Peritos Ad Hoc, prática que refutamos veementemente, caso seja rotineira e constante, pois não podemos nos furtar de usar nossas atribuições e conhecimentos em ocasiões específicas, mas também não podemos admitir que sejamos usados em desvio de função sem ao menos percebermos monetariamente o mesmo que percebe um Perito, que aliás até outro dia era Policial Civil, optou por deixar nossa Instituição e muito embora já tenha sido considerada ilegal tal desvinculação, até por não constarem no Art.144 da CF, nada até o presente momento foi feito, mas isso deixamos para uma outra oportunidade, num futuro não muito distante. Caso tal prática se torne rotineira, conforme pretendem alguns gestores, deixamos claras nossas intenções de acionarmos judicialmente o estado, buscando a paridade à Carreira do Perito Criminal, fato este que acreditamos não ser a vontade dos Secretários da Fazenda, Administração e Segurança Pública, nem tampouco do nosso Governador. Por fim, não menos importante, vimos a necessidade de haver um estudo para a contratação de pessoal da área administrativa, tendo em vista que hoje temos inúmeras ilegalidades ocorrendo em quase todas as unidades policiais espalhadas pelo nosso estado, quais sejam, estagiários, terceirizados e funcionários cedidos de outros órgãos, realizando procedimentos policiais, tais como: APF, TC, IP, Registro de Boletim de Ocorrência, dirigindo viaturas
6 Policiais, enfim, fatos estes que só tendem a desvalorizar o trabalho Policial Civil num todo, pois se qualquer um sem o mínimo de treinamento e estudo consegue fazer, para que contratar Policiais Civis? Isso sem contarmos ainda que os próprios Policiais, muitas vezes Como sugestão, anexamos o Parecer nº001/2011 acerca da condução de presos, oriundo dos Professores e Instrutores da Academia de Polícia Civil de Santa Catarina. Gostaríamos ainda de Vossa especial atenção no que se refere ao porte de armas aos nossos Policiais Civis aposentados, uma vez que não podemos consentir na ideia de que de um dia para o outro, o Profissional que dedicou sua vida enfrentando a criminalidade, passe a não mais ter o direito ao porte de arma, dentro da legalidade. Acreditando que não estaremos saindo do foco, cabe ainda sugerir que haja mudanças no Conselho Superior de Polícia Civil, quanto à sua formatação, uma vez que se trata de Órgão consultivo e deliberativo, entendemos que por termos várias classes Policiais Civis, somente uma classe tem vez e voz, a dos Delegados de Polícia, deixando os demais Agentes da Autoridade Policial, sem representação direta dentro do respeitável Conselho. Desta forma, sugerimos a inclusão de no mínimo um representante de cada Classe Policial Civil no Conselho Superior da Polícia Civil catarinense, uma vez que somos legalmente os legítimos representantes, eleitos pelo voto direto de nossos policiais, nos colocamos à disposição para preenchermos estas vagas, considerando que possuímos em nosso quadro de Diretores das classes de Escrivães, Psicólogos e Agentes de Polícia Civil. Nos colocamos à disposição desta Delegacia Geral para melhores esclarecimentos e cooperação na efetivação das necessárias alterações.
7 Juntos somos fortes, unidos somos imbatíveis. ANDERSON VIEIRA AMORIM Agente de Polícia Civil Presidente do SINPOL SC Vice Presidente FEIPOL SUL Vice Presidente COBRAPOL/Regional Sul Exmo. ARTUR NITZ Delegado Geral da Polícia Civil de Santa Catarina Nesta
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