JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS
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- Gonçalo Benevides Leal
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1 JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS Prof. Ms. Daniel Querido
2 Ocupam lugar importante na cultura esportiva contemporânea Riqueza de situações: - constituem um meio formativo; - prática orientada desenvolve competências em vários planos: - Tático-cognitivo, - Técnico - Sócio-afetivo.
3 Dois traços fundamentais: - COOPERAÇÃO: - modo de comunicar por meio de sistemas de referência comuns (natureza motora); - exprimir sua individualidade e ao mesmo tempo subordinando-se aos interesses do grupo. - INTELIGÊNCIA - capacidade de adaptação a novas situações; - elaborar e operar respostas adequadas aos problemas.
4 Seis invariantes (padrão comum) - Bola ou implemento similar - Espaço de jogo - Parceiros - Adversários - Alvo a atacar e defender - Regras específicas Estrutura comum Mesma lógica Passíveis de mesmo tratamento pedagógico.
5 Seis princípios operacionais comuns: Ataque: - conservação individual e coletiva da bola - progressão da equipe e da bola em direção ao alvo adversário Defesa: - finalização da jogada. - recuperação da bola - impedir o avanço da equipe contrária e da bola em direção ao próprio alvo - proteção do alvo.
6 Problema fundamental dos JDC: - em situação de oposição deve-se coordenar as ações com a finalidade de recuperar, conservar e fazer progredir a bola; - tendo como objetivo criar situações de finalização e marcar pontos. 3 categorias de sub-problemas: - No plano espacial e temporal - ataque e defesa - No plano da informação - Produção de incerteza aos adversários e certeza aos companheiros - No plano da organização - Transição de um projeto individual para um coletivo
7 No jogo surgem tarefas motoras de grande complexidatde, para cuja resolução não existe um modelo de execução fixo. A imprevisibilidade do jogo requer uma permanente atitude tático-estratégica dos jogadores. - A construção de tal atitude depende do conhecimento que o jogador tem do jogo; - Condicionada pelo número e qualidade das ações, fortemente ligadas pela forma de como ele percebe o jogo;
8 Das concepções às metodologias - conhecimentos científicos - modalidades individuais - transposição direta de meios e métodos sem ter em consideração a especificidade estrutural e funcional - influência no plano energético-funcional como no plano tático-técnico Conseqüências: - obsessão pelos aspectos do ensino/aprendizagem centrados na técnica individual - gesto técnico aprendido de forma analítica possibilita uma aplicação eficaz nas situações de jogo. - soma dos desempenhos individuais provocam um apuro qualitativo da equipe
9 Claude Bayer crítica à abordagem tradicional tendo a técnica como fator central. - domínio da dimensão gestual - junção coerente e qualitativa dos elementos técnico na situação de jogo por parte do aluno - concepção limitada - contemplava somente a dimensão instrumental - o corpo como executor eficiente de uma ação prevista antecipadamente pela mente.
10 Nova forma de conceber o ensino dos JDC. - rediscute a técnica aliada à discussão tática - Técnica = modo de fazer - Tática = razão de fazer - São as intenções individuais e coletivas que ocorrem durante o jogo que demandam certos procedimentos técnicos.
11 PRÁTICA TRANSFERÍVEL - prática multiforme assegura a possibilidade de trasferir as suas aquisições numa atividade para outra modalidade. - nas fases iniciais da aprendizagem aplicar uma metodologia que favoreça a assimilação dos princípios comuns aos JDC estrutural e funcionalmente semelhantes. Categoria Cosiderada Fontes energéticas Ocupação do Espaço Disputa de bola Trajetórias predominantes Classificação Aeróbios, Anaeróbios, mistos De invasão, de não invasão De luta direta, de luta indireta De troca de bola, de circulação de bola
12 Um aluno poderá ser mais habilidoso que outro, ou mesmo ser mais habilidoso em uma modalidade, dependendo: - tempo de prática; - opção em praticar uma modalidade mais do que outra; - oportunidades de praticar; - significado cultural da modalidade em seu grup
13 A aprendizagem dos procedimentos técnicos de cada um dos JDC constitui apenas uma parte dos pressupostos necessários para que os praticantes sejam capazes de resolver os problemas que o jogo lhes apresneta Desse os primeiros momementos da aprendizagem é conveniente que os alunos vão assimilando um conjunto de princípios: - relacionamento com a bola - comunicar (com os colegas) - contra-comunicar (com os adversários) - noção de ocupação racional do espaço de jogo
14 IMPORTANTE É QUE O ACESSO À CULTURA DOS JDC ESTARÁ ASSEGURADO EM TODOS OS ALUNOS, INDEPENDENTE DA IDADE, CONDIÇÃO ATLÉTICA OU HABILIDADE ESPORTIVA. HOJE APENAS OS MAIS HABILIDOSOS PARTICIPAM, ENQUANTO MUITO FICAM ALIJADOS DA OPORTUINIDADE DA PRÁTICA, POR SE SENTIREM DESPREPARADOS OU INÁBEIS, PASSANDO A DETESTAR QUALQUER ATIVIDADE LÚDICO ESPORTIVA AO LONGO DA VIDA, REPRODUZINDO ISSO COM SEUS FILHOS
15 ( ) o jogo é uma unidade, e como tal, o domínio das diferentes técnicas (passe, condução, remate, etc.) embora se constitua como um instrumento sem o qual é muito difícil jogar e impossível jogar bem, não permite necessariamente o acesso ao bom jogo. GARGANTA, 1995
16 Indicadores e fatores da qualidade do jogo Indicadores do jogo de fraco nível - Todos junto da bola (aglutinação) - querer a bola só para si (individualismo) - não procurar espaços para facilitar o passe do colega que tem a bola - não defender - estar sempre a falar para pedir a bola ou criticar os colegas - não respeitar as decisões do árbitro Fatores de desenvolvimento do bom jogo - Fazer correr a bola (passar) - Afastar-se do colega que tem a bola - Dirigir-se para espaços vazios no sentido de receber a bola ; - Intencionalidade: receber a bola c observar (ler o jogo) - Ação após passe: movimentar para criar linha de. passe - Aclaramento: afastar-se do colega que tem a bola e ocupar o seu espaço - Não esquecer o objetivo cio jogo (gol, cesto)
17 NÍVEIS DE RELAÇÃO Do ponto de vista didático deve-se atender a diversos níveis de relação. - Eu-bola: atenção sobre a familiarização com a bola e seu controle; - Eu-bola- alvo: atenção sobre o objetivo do jogo; finalização. - Eu-bola-adversário: combinação de habilidades; conquista e a conservação da posse da bola (1 x 1); procura da finalização. - Eu-bola-colega-adversário: jogo a 2; passa e vai (desmarcação de ruptura); passa e segue (desmarcação de apoio); contenção e cobertura defensiva. - Eu-bola-colegas-adversários: jogo a 3; criação e anulação de linhas de passe; penetração e cobertura ofensiva. - Eu-bola-equipe-adversários: do 3x3... ao jogo formal; assimilação e aplicação dos princípios de jogo, ofensivos e defensivos.
18 CONSIDERAÇÕES DIDÁTICAS Devido à complexidade do jogo, a aprendizagem dos JDC deve ser faseada e progressiva: do conhecido para o desconhecido, do fácil para o difícil, do menos para o mais complexo. Esta divisão deve respeitar, sempre que possível, aquilo que o jogo tem de essencial, ou seja, a cooperação, a oposição e a finalização. Os exercícios para o ensino dos JDC, devem ser de acessível execução, de clara explicação e compreensão, de fácil e rápida organização e não muito exigentes do ponto de vista material. Dever-se-á propor ao praticante, formas lúdicas com regras simples, com menos jogadores e num espaço menor, de modo a permitir a continuidade das ações e maiores possibilidades de concretização.
19 Estruturação do espaço. defensivo: - supressão do. espaço (vantagem espacial e numérica) - jogo perto e longe da bola - ocupação equilibrada das zonas do terreno ofensivo: - criação e ocupação de espaços (mobilidade) - jogo em profundidade e em largura Comunicação na ação defensiva: - contenção (parar o ataque) - conquista da posse de bola - fechar linhas de passe - entreajuda (cobertura defensiva; dobra) ofensiva: - comunicação motora: desmarcações (apoio e rotura) - superioridade numérica Relação com a bola - Equilíbrio dos apoios - apreciação de trajetórias - exercitação da proprioceptividade - exercitação da visão periférica.
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