COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO
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- Olívia Canedo Paixão
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1 Expectativas inflacionárias mantêm-se em queda Na semana entre os dias 22 e 29 de abril, ainda que com menor intensidade, as expectativas inflacionárias voltaram a se reduzir. O comportamento da taxa de câmbio e o ambiente recessivo favorecem o processo. A eventual proximidade de uma flexibilização monetária se fez sentida na demanda por títulos referenciados à inflação, com a queda do cupom dos títulos públicos indexados ao IPCA. Apesar dos avanços na evolução dos preços, o nível elevado da inflação em doze meses e as expectativas inflacionárias ainda se encontram distantes dos objetivos, com a meta Selic permanecendo em 14,2 a.a.. Adicionalmente, com sinais conflitantes acerca da economia norte-americana, o dólar perdeu valor frente às principais moedas. Aproveitando-se de uma menor aversão ao risco dos mercados, o real e o índice Bovespa apresentaram valorização. Expectativas de inflação IPCA Próximos 12 meses 7, 7,0% 6, 6,0% 5, 5,0% 6,19% Projeções IPCA % Mediana-agregado 29/04/2016 Há 1 semana Há 4 semanas Abr 0,53 0,53 0,61 Mai 0,50 0,50 0, ,94 6,98 7, ,72 5,80 6,00 Fonte: Focus BC Fonte: Focus BC Inflação Implícita Em 12 meses 9% 8% 7% 6% Fonte: Anbima 6,40% Segundo o boletim Focus, as projeções para a inflação de abril e maio mostraram-se inalteradas em 0,53% e 0,50%, respectivamente. Já a mediana das expectativas para o IPCA de 2016 apontou ligeira redução para 6,94% e o projetado para os próximos 12 meses apresentou queda de 0,01 p.p.. Por sua vez, a inflação implícita para o prazo de um ano apresentou elevação de 0,21 p.p., encerrando a semana em 6,40% a.a.. A elevação é fruto da queda de 0,15 p.p. no cupom dos títulos indexados ao IPCA e do aumento de 0,06 p.p. na taxa prefixada. A expectativa da proximidade de uma flexibilização monetária se fez mais sentida na demanda por títulos referenciados à inflação. Comportamento Semanal de Mercado Página 01
2 Taxa de juros Swaps DI pré a.a. 16% 1 14% 13% 13,22% 12% Taxa Real de Juros Ex- ante a.a. 9% 8% 7% 6% 6,62% Estrutura a Termo das Taxas de Juros a.a. 14,0% 13, 13,0% 12, 29/04/ /04/ /03/ ,0% hoje Meses Na semana, o Copom manteve a taxa meta da Selic em 14,2 a.a.. Apesar dos avanços na evolução dos preços, o nível elevado da inflação em doze meses e as expectativas inflacionárias ainda encontram-se distantes dos objetivos, não oferecendo espaço para flexibilização da política monetária. Ao contrário do cupom da NTN-B, a taxa real de juros ex-ante, sinalizada pelo mercado de derivativos, elevou-se em 0,03 p.p., alcançando 6,62% a.a. O acréscimo deveu-se ao ligeiro aumento de 0,2 p.p. na taxa prefixada de 360 dias e a queda de 0,01 p.p. na inflação projetada para os próximos 12 meses. A estrutura a termo da taxa de juros encerrou com ligeira alta nos prazos mais curtos e queda nos mais longos. Em relação à semana anterior, a taxa do vértice de um ano aumentou 0,02 p.p. e o de dois reduziu-se em 0,9 p.p.. Comportamento Semanal de Mercado Página 02
3 mar/15 mar/15 Taxa de câmbio e cupom cambial Real/US$ Cupom Cambial Limpo 4,2 3,7 3,2 2,7 3,44 5,0% 4,0% 2,7% 3,0% 2,0% 2,3% 1,0% 12 meses 24 meses Dollar Index Índice Emergentes , ,50 Cesta de Moedas: Euro, Iene japonês, Libra esterlina, Dólar canadense, Coroa sueca e Franco suíço. Cesta de Moedas: Lira turca, Rublo russo, Rand sul-africano, Florim húngaro, Real, Peso mexicano, Peso chileno, Reminbi chinês, Rupia indiana e Dólar de Singapura. Fonte: JP Morgan Na semana, o dólar perdeu valor frente às principais moedas. Com a manutenção da taxa da Fed Funds entre 0,25 e 0,50%, o Dollar Index reduziu em 2,1% e o índice das moedas emergentes apresentou valorização de 1,4%. A economia dos EUA apresenta sinais conflitantes como: a melhora das condições no mercado de trabalho acompanhada de sinais de desaceleração da atividade e da não elevação da inflação. No cenário local, o real se valorizou 3,7% no período, encerrando em R$ 3,44. O Banco Central, após as seguidas quedas do dólar, voltou a atuar no mercado cambial com a oferta de swap cambial reverso. Comportamento Semanal de Mercado Página 03
4 mar/15 Bolsas Índice Bovespa em mil ,911 Quadro comparativo Bolsas 29/04/2016 Variação Semana Mês 12 meses Bovespa ,9% 6,6% -4,1% Nasdaq ,7% -2,8% -3,4% S&P ,3% -0,4% -1,0% Dow Jones ,3% -0,1% -0,4% Nikkei ,2% 3,1% -14,6% Xangai ,7% -2,4% -33,8% Índice Bovespa US$ em mil ,625 O índice Bovespa fechou a semana com alta de 1,9%. Em quatro semanas, a alta é de 6,6%. A frustação quanto as mudanças no programa de estímulo à economia do Banco Central do Japão impactou negativamente o índice Nikkei que se reduziu em 5,2%. Dados mais fracos da atividade econômica, como o aumento de pedidos de seguro desemprego e inflação abaixo da meta estipulada, fizeram com que as bolsas norte-americanas encerrassem o período em baixa. Comportamento Semanal de Mercado Página 04
5 Risco soberano e commodities Credit Default Swap (CDS) Pontos-base País 29/04/2016 Semana Mês 12 meses Brasil ,4 105 Reino Unido ,4 15 França ,1 5 Espanha ,1-5 África do Sul ,5 76 Chile ,7 11 México ,9 41 Rússia ,8-113 Quadro Comparativo CDS Variação em pontos-base Petróleo Brent última cotação US$ ,1 Beneficiando-se do movimento externo de menor aversão ao risco, o prêmio do CDS brasileiro apresentou queda de 19 pontos. Essa redução foi bastante superior a de países emergentes, como a Rússia (-2 pontos) e o México (alta de 1 ponto). O preço do barril do petróleo tipo Brent fechou a semana em US$ 48,1, alta de 6,7% na semana e atingindo o maior valor desde 25/11/15. Comportamento Semanal de Mercado Página 05
6 Volatilidade Dólar Pré-ano 3 30% 2 20% 1 0% 17,7% 4% 3% 2% 1% 0% 1,2% Ibovespa 50% 40% 30% 20% 30,3% A série da volatilidade da taxa prefixada apresentou leve queda na semana (0,04 p.p.), permanecendo em patamar relativamente baixo, ao contrário da série do dólar, que mesmo com redução de 0,3 p.p. exibe nível elevado. Já a volatilidade do Ibovespa encerrou a semana com alta de 1,0 p.p., mantendo-se também em patamar historicamente alto. A volatilidade é calculada com base no desvio padrão anualizado da média móvel de 21 dias úteis dos retornos diários dos índices. Comportamento Semanal de Mercado Página 06
7 Assessoria Econômica Av. Paulista, 949 6º andar Bela Vista CEP: São Paulo SP Telefone: (5511) Fax: (5511)
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Risco dos emergentes é impactado pelo mercado de trabalho dos EUA Dados do mercado de trabalho indicando um ganho salarial mais intenso e a criação de um número maior de vagas do que o esperado, em um
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fev/16 abr/16 mai/16 jun/16 Espaço para flexibilização monetária Com uma variação de 0,38% a menor para janeiro desde 1994 o IPCA acumulou uma alta de 5,4% em 12 meses, contra 6,3% no fechamento de 2016.
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Semana negativa Com a elevação da aversão ao risco, o dólar apresentou uma apreciação de 2,04%. Contribuíram o reconhecimento do Federal Reserve de que a inflação já esteja na meta e as tensões geopolíticas.
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IBC-Br cresce no 1T17 O IPCA mostrou uma variação de 0,14% em abril, abaixo das expectativas de mercado e acumulando em 12 meses um crescimento de 4,1% abaixo da meta estabelecida pelo CMN de 4,5%. A inflação
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Mantidos os roteiros Seguindo o roteiro, o Copom manteve a taxa básica de juros inalterada em 6,5% a.a., em linha com as expectativas do mercado. Da mesma forma, o Federal Reserve manteve a taxa básica
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PIB avança, consumo e investimento decepcionam Com uma alta significativa de 1,0%, o PIB no 1T17 representou a primeira elevação na margem da série dessazonalizada desde o 4T14. A safra recorde e o comportamento
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Estabilidade mais longeva para Selic? Expectativas Houve na semana a elevação dos prêmios de risco, como consequência do fortalecimento do dólar no mercado internacional. Em boa medida, o movimento refletiu
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abr/17 jun/17 jul/17 set/17 out/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 mar/16 abr/16 jun/16 Desinflação e mercado de trabalho Na semana finalizada em 24/02, sancionou-se a expectativa
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Risco e dólar caem na semana A semana apresentou uma elevação no apetite ao risco, beneficiada pela divulgação da ata da última reunião do Fed que assinala as dificuldades de que a inflação convirja para
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Desemprego se eleva e massa salarial sobe A semana foi marcada pela divulgação de vários indicadores da economia doméstica. A forte desaceleração do IGP-M em abril, com uma deflação de 1,1%, indica a manutenção
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