Inspeção Realizada pelo CREA-RJ. em algumas Áreas que Sofreram Enchentes na Baixada Fluminense com as Fortes Chuvas ocorridas na Região.

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2 sobre a inspeção realizada pelo Crea-RJ em áreas de baixada 1) Considerações Iniciais Com as fortes chuvas ocorridas a partir de 11 de dezembro/2013 na Baixada Fluminense e em locais da Zona Norte do Rio, ocorreram várias manchas de inundação na região, gerando destruição, prejuízos e riscos à saúde e vida da população, como mostrado nas Fotos de 1 a 6 divulgadas pela mídia na época. Figura 1 Figura 2 Figuras 1 e 2: Enchentes por transbordamento de calha do rio Acari

3 sobre a inspeção realizada pelo Crea-RJ em áreas de baixada Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figuras 3, 4 e 5: Efeitos das enchentes em Nova Iguaçu e áreas periféricas Figura 6: Transbordamento de rio em Irajá, inundando a Av. Brasil Na semana seguinte, a partir de decisão do Presidente do Crea-RJ, eng o agrônomo Agostinho Guerreiro, o Assessor de Meio do Conselho, eng o civil sanitarista Adacto Ottoni, realizou inspeções técnicas em algumas localidades afetadas, com o objetivo de elaborar o presente Técnico, um diagnóstico preliminar sobre as principais causas dessas enchentes, avaliar o que vem sendo feito pelas autoridades responsáveis pelo assunto e sugerir possíveis soluções para o problema. Desta forma, o Crea-RJ está procurando, com a elaboração deste, dar a sua contribuição para o aprimoramento das políticas públicas no controle de enchentes e saneamento ambiental, beneficiando a população e o meio ambiente em toda a bacia hidrográfica drenante a esses rios que transbordaram. Foram inspecionados trechos dos rios: Irajá (próximo à Av. Brasil), dos Cachorros (em Jardim América), Acari (na Fazenda Botafogo), Pavuna-Meriti (no cruzamento com a Av. Washigton Luis, já próximo à sua desembocadura na Baía de Guanabara), Botas e seus afluentes (em Nova Iguaçu), Sarapuí, e rios próximos a Austin (no município de Nova Iguaçu), ao município de Queimados e a Engenheiro Pedreira (no município de Japeri). Os pontos inspecionados, além de outros, estão marcados em cor azul nos mapas mostrados nas Figuras 7 e 8.

4 sobre a inspeção realizada pelo Crea-RJ em áreas de baixada Figura 7 - Mapa com a localização dos pontos inspecionados pelo Crea-RJ nas bacias hidrográficas dos rios Irajá, Pavuna-Meriti, dos Cachorros (em Jardim América) e Acari (em Fazenda Botafogo) Figura 8 - Mapa com a localização dos pontos inspecionados pelo Crea-RJ na bacia hidrográfica do rio Botas (em Nova Iguaçu), em Austin e em Queimados

5 sobre a inspeção realizada pelo Crea-RJ em áreas de baixada 2) Detalhes da inspeção realizada pelo Crea-RJ em áreas de baixada que sofreram alagamentos devido às fortes chuvas ocorridas na região em dezembro/ ) Rio Irajá, em seu cruzamento com a Av. Brasil Este ponto está indicado na Figura 7, na primeira marcação em azul da direita para a esquerda. Vê-se nas Fotos de 1 a 4 o Rio Irajá com a sua seção de escoamento estrangulada pela viga da ponte da Av. Brasil, com retenção de lixo, obstruindo o escoamento fluvial e agravando o transbordamento do rio na Av. Brasil e a montante Enchentes da referida ponte até Irajá. Além disso, na constata-se Baixada o lançamento de esgotos Fluminense brutos nesse rio. Ou seja, a viga com da ponte da Av. Brasil está gerando uma obstrução parcial do Rio Irajá (na seção maior do rio), gerando inundação na Av. Brasil, e criando um remanso no rio, fazendo com que a inundação se propague a montante, podendo chegar até Irajá e circunvizinhanças. Verifica-se também a ineficácia do saneamento de esgotos e lixo na bacia hidrográfica drenante desse rio. Deve-se avaliar se os esgotos da bacia hidrográfica drenante estão sendo encaminhados efetivamente para a Estação de Tratamento de Esgotos da Cedae da Penha, que fica ali perto, e se os esgotos tratados lançados pela Cedae, e que acabam desembocando no Rio Irajá, estão dentro dos padrões previstos em lei ao longo do tempo. Outro aspecto a ser enfocado é a presença de valões de esgotos e lixo provenientes das comunidades que existem ao longo da bacia hidrográfica drenante do Rio Irajá, contaminando e assoreando esse rio. As soluções que o Poder Publico costuma dar, de construções de ecobarreiras e estações de tratamento de rio, são ineficazes, pois atacam a consequência do problema, e ainda podem gerar outros problemas ambientais correlatos. O Poder Público deve investir em soluções prioritárias que evitem a entrada de esgotos e lixo no Rio Irajá, para que se comece, de fato, a recuperação ambiental deste rio e se controle na origem a sua poluição e assoreamento. 2.2) Rio Pavuna-Meriti, em seu cruzamento com a Av. Washington Luis Este ponto de inspeção está indicado na Figura 7, na segunda marcação em azul da direita para a esquerda. Vê-se nas Fotos de 5 a 8 o Rio Pavuna-Meriti com a sua seção de escoamento obstruída parcialmente pelos pilares da ponte da Av. Washington Luis, com retenção de lixo, tudo isso obstruindo o escoamento fluvial e agravando o transbordamento do rio em toda a região a montante. Ao observar a Figura 7, podemos ver que vários rios que transbordaram a montante do Rio Pavuna-Meriti drenam para esse rio, como é o caso dos rios dos Cachorros (em Jardim América), Acari (em Fazenda Botafogo e circunvizinhanças), Anchieta e outros. Ou seja, o barramento parcial do Rio Pavuna-Meriti pela ponte da Av. Washinton Luis, acoplado a uma situtação de maré alta nesse rio, praticamente obstrui o escoamento natural dos demais rios a montante, gerando inundações generalizadas e concomitantes, como aconteceu em Acari, Jardim América e outros bairros da cidade do Rio de Janeiro naquela região em dezembro/2013. Além disso, constata-se nas Fotos de 5 a 8 o lançamento de esgotos brutos e de muito lixo no Rio Pavuna- Meriti. A Foto 8 também nos mostra uma ecobarreira desativada, caracterizando a ineficácia dessa solução, principalmente em seções fluviais que sofrem influência da maré. Reiteramos que as soluções que o Poder Público costuma dar, de construções de ecobarreiras e estações de tratamento de rio, não são as mais adequadas, pois atacam a consequência do problema, e ainda podem gerar outros problemas ambientais correlatos. O Poder Público deve investir em soluções prioritárias que evitem a entrada de esgotos e lixo também no Rio Pavuna-Meriti e seus afluentes, para se começar, de fato, a se ter a recuperação ambiental deste rio e se controlar na origem a sua poluição e assoreamento. Desta forma, pode-se minimizar os riscos de enchentes na região, que é propícia para o fenômeno pois fica numa baixada, sendo esses fatores mais agravados pela degradação da bacia hidrográfica do Rio Pavuna-Meriti e seus afluentes, bem como pela obstrução parcial desses rios de baixadas por pilares ou vigas de pontes, e pelas marés altas.

6 sobre a inspeção realizada pelo Crea-RJ em áreas de baixada 2.3) Rio dos Cachorros (em Jardim América), em seu cruzamento com a Av. Brasil Este ponto de inspeção está indicado na Figura 7, na terceira marcação em azul da direita para a esquerda. Vê-se nas Fotos 9 e 10 o problema do grande aporte de lixo que foi trazido pelo rio dos Cachorros durante as enchentes em de dezembro/2013, algumas que, juntamente Áreas com o lançamento que de esgotos Sofreram brutos, contribui para o assoreamento do rio, diminuindo a sua seção de escoamento hidráulico. Adiciona-se a isso o fato de o rio dos Cachorros desembocar no Rio Pavuna-Meriti (vide Figura 7), que possivelmente obstruía o escoamento do Rio dos Cachorros e demais rios daquela região durante as fortes chuvas de dezembro/2013, como já foi dito no item 2.2 deste, levando ao transbordamento hídrico de calha desses rios e consequentes inundações no bairro de Jardim América e periferia. 2.4) Rio Acari, na Fazenda Botafogo Este ponto de inspeção está indicado na Figura 7, na quarta marcação em azul da direita para a esquerda. Vê-se nas Fotos de 11 a 14 o elevado assoreamento do Rio Acari por lodo de esgotos e lixo, havendo até a formação de ilhas na calha do Rio Acari, que foi canalizado e bastante alargado, com muros feitos de concreto, ou seja, uma obra caríssima, e que não evitou o seu transbordamento. Reiteramos o que já foi explicado no item 2.2 deste, de que, durante as fortes chuvas que ocorreram em dezembro/2013, o Rio Acari foi possivelmente obstruído pelo Rio Pavuna-Meriti (influenciado por pontes que obstruem o rio e possíveis valores de marés altas que adentraram ao Rio Pavuna-Meriti, tudo isso dificultando bastante o escoamento dos demais rios drenantes a ele, com é o caso do Rio Acari). Tudo isto só nos mostra que as obras prioritárias de controle de enchentes não são o alargamento e a canalização de rios; no caso do Rio Acari vê-se seções hidráulicas de escoamento canalizado de rio de várias dezenas de metros RIO totalmente DE JANEIRO assoreadas. Para se - controlar DEZEMBRO/2013 enchentes com sustentabilidade ambiental nessas regiões de baixada deve-se imitar a natureza, ou seja, investir prioritariamente na retenção adequada de água em toda a bacia drenante (que é o que a floresta faz), para não concentrar vazões nas áreas planas e baixas (que é onde existem os grandes adensamentos de população humana), o que leva ao transbordamento do rio durante os períodos das chuvas intensas. Agrega-se a isso a deficiência de saneamento de esgotos e lixo na bacia hidrográfica drenante, aumentando o assoreamento do rio e o seu risco de transbordamento hídrico, gerando as inundações, como ocorreu no Rio Acari, na Fazenda Botafogo. 2.5) Rio Botas e seus afluentes, em Nova Iguaçu Foram realizadas inspeções no Rio Botas e seus afluentes, em Nova Iguaçu, mostrado no mapa da Figura 8, onde verifica-se a cadeia de montanhas atrás da cidade de Nova Iguaçu (que está numa baixada) pela grande quantidade de pequenas nascentes hídricas na região (pela alta densidade dentrítica da rede potamográfica desta bacia hidrográfica drenante - Rio Botas e outros). Isto nos mostra que o município é drenado por rios que têm trechos médios muito curtos ou inexistentes, onde os rios descem de montanhas íngremes (em seu trecho superior) diretamente escoando para áreas de baixada (trecho inferior), o que agrava em muito os riscos de inundação nessas áreas baixas. Os locais vistoriados estão detalhados nas Fotos de 15 a 24. Nas Fotos de 15 a 18 vê-se a grande quantidade de passagens de ruas sobre esses pequenos rios obstruindo sua seção maior de escoamento, tudo isso sendo agravado pela presença de lixo e esgotos nesses rios, como mostrado nas Fotos de 19 a 21. Desta forma, nas situações de águas altas desses rios, o que costuma ocorrer durante os períodos de chuvas intensas, como as de dezembro/2013, os rios ficam obstruídos e transbordam, como mostrado pela mídia nas Figuras de 1 a 3. Agrava-se toda essa situação o elevado desmatamento existente nas montanhas da região, como mostrado nas Fotos de 22 a 24, onde estão as nascentes dos rios locais, com alto grau de erosão do solo, aumentando o

7 sobre a inspeção realizada pelo Crea-RJ em áreas de baixada assoreamento dos rios e o entupimento do sistema de drenagem de Nova Iguaçu, bem como concentrando vazões nos Inspeção períodos de chuvas intensas Realizada nas partes baixas bacia hidrográfica, pelo onde CREA-RJ está localizada grande parte do município. Desta forma, a bacia hidrográfica onde está localizada Nova Iguaçu encontra-se totalmente fragilizada em sua drenagem em urbana algumas e, com frequência, durante Áreas chuvas de maior intensidade na Sofreram região, as inundações na área urbana têm se tornado praticamente inevitáveis. Isso vem acontecendo porque o Poder Público não está investindo em políticas públicas adequadas para preparar a bacia urbana dos rios locais, como o rio Botas e seus afluentes, para essas chuvas intensas. Uma política pública relativamente simples e bastante eficaz seria o reflorestamento dessa cadeia de montanhas desmatadas, mostradas nas Fotos de 22 a 24. Para áreas florestadas, mais de 60% das águas da chuva precipitadas sobre a floresta são retidas pelo solo e infiltram-se, reduzindo e amortecendo a magnitude das ondas de enchentes nos rios. Adicionalmente a isso, com a adoção de soluções sustentáveis para o saneamento ambiental, o lixo úmido e o lodo dos esgotos sanitários podem ser transformados em composto orgânico, que é um adubo de excelente qualidade, reduzindo os custos dos trabalhos de reflorestamento, evitando a poluição e o assoreamento dos rios na região de baixada, como a da cidade de Nova Iguaçu, minimizando também as inundações na região. Pode-se, também, implantar obras de engenharia para reter os escoamentos nos trechos médios e superiores dos rios, com a construção de pequenas e médias barragens de cheias, e de bacias de detenção nas encostas da bacia hidrográfica urbana, visando a reduzir a concentração de vazões fluviais nas áreas baixas da bacia hidrográfica, que é onde se concentram os centros urbanos. 2.6) Rio Sarapuí O Rio Sarapuí, mostrado na parte superior do mapa da Figura 7, também é um rio importante da Baixada Fluminense, desembocando na Baía de Guanabara próximo ao aterro controlado de Gramacho. Nas Fotos 25 e 26 estão mostradas seções do rio próximo à Rodovia Presidente Dutra, onde vê-se a elevada poluição do rio por esgotos e lixo. Devido à degradação de sua bacia hidrográfica, com ocupações irregulares e grande impermeabilização do solo urbano, nos períodos de chuvas intensas costuma haver transbordamentos, gerando manchas de inundação em várias áreas por onde esse rio escoa. Próximo à sua desembocadura na Baía de Guanabara, o Rio Sarapuí encontra-se com o Rio Iguaçu, cuja bacia hidrográfica também se está bastante degradada. O assoreamento desses rios (Sarapuí e Iguaçu), associado ao aumento da impermeabilização do solo urbano e às situações de marés altas adentrando a esses rios, têm sido os principais fatores das inundações em suas bacias hidrográficas nos períodos de chuvas intensas. 2.7) Austin A localização de Austin encontra-se no mapa da Figura 8. Vê-se nas Fotos de 27 a 36 da inspeção realizada pelo Crea-RJ as seguintes possíveis situações que influenciaram as inundações na região: Foto 27 - Detalhe mostrando a ocupação irregular das Faixas Marginais de Proteção do rio em Austin, que se encontra com sua seção de escoamento estreitada entre as habitações, o que agrava os riscos de inundações; Fotos 28 e 29 Ocupações irregulares de encosta com riscos de deslizamento e possíveis assoreamentos do rio pelo seu carreamento e escoamento superficial, durante os períodos chuvosos; Fotos de 30 a 32 Detalhes mostrando o estrangulamento da seção fluvial, que, associado ao lixo, esgoto e sedimentos trazidos pelo rio, gerou o seu transbordamento, inundando toda a região do Centro de Austin; Fotos 33 e 34 - Detalhes das manchas de inundação em várias áreas do Centro de Austin; Fotos 35 e 36 Presença de lixo e assoreamento na calha fluvial de rio canalizado em Austin, bem como, logo à jusante, entrando numa galeria de seção constrita sob uma linha férrea, e com tubulação existente (possivelmente de água) obstruindo escoamento. Isso agrava as inundações em toda a região a montante, que é onde se encontra o Centro de Austin, que foi afetado pelas chuvas de dezembro/2013.

8 sobre a inspeção realizada pelo Crea-RJ em áreas de baixada No caso de Austin, é importante: priorizar a correção das seções estranguladas do rio local canalizado (como mostrado nas Fotos 30 a 32, e 36), para evitar o transbordamento do rio nas situações de chuvas intensas; realizar o saneamento de esgotos e lixo na região (para evitar o entupimento do precário sistema de drenagem existente), buscando soluções alternativas e com sustentabilidade ambiental, gerando renda para a comunidade local, e com preservação em ambiental; algumas controlar as ocupações irregulares Áreas de encosta que e reflorestar a Sofreram bacia hidrográfica, na medida do possível. Outras medidas adicionais para aumentar a retenção hídrica na bacia e reduzir a concentração de vazões fluviais no Centro de Austin também devem ser buscadas. Essas medidas são muito mais baratas e efetivas do que implantar grandes canalizações de rios, dragagens e diques nessas partes baixas da bacia hidrográfica drenante, que só atacam as consequências do problema das enchentes e não as suas causas. 2.8) Queimados A localização de Queimados encontra-se no mapa da Figura 8. Vê-se nas Fotos de 37 a 53 da inspeção realizada as seguintes situações que influenciaram as inundações na região: Fotos 37 a 39 Vista da presença de lixo na calha e margens do Rio Queimados; Fotos 40 e 41 Detalhes da poluição do Rio Queimados por lixo e esgotos; Foto 42 - Detalhe de trecho canalizado do Rio Queimados, onde houve enchentes, mostrando que o alargamento e a canalização de rios é uma obra caríssima e ineficaz, pois gera impactos ambientais negativos na biodiversidade hídrica e agrava o assoreamento do rio, diminuindo a seção de escoamento fluvial canalizado, sem resolver efetivamente o problema das inundações; Foto 43 Vista de ocupações irregulares de encosta em Queimados, com desmatamento, erosão do solo (assoreando os rios) e riscos de deslizamentos de encostas nos períodos chuvosos; Foto 44 - Detalhe de trecho canalizado do Rio Queimados, com erosão do talude da margem, de um lado, e ocupações irregulares da Faixa Marginal de Proteção do rio, de outro lado; Fotos 45 a 48 Detalhes mostrando a obstrução da seção maior de escoamento do rio por vigas ou pilares de pontes, com retenção de lixo nestas vigas ou pilares, podendo tamponar parcialmente o escoamento fluvial, contribuindo para aumentar as inundações na região; Foto 49 Vista de montante para jusante do Rio Queimados, mostrando na parte baixa da foto o final do trecho canalizado do rio, e na parte alta da foto a seção natural (menor) do rio, gerando um efeito de forte obstrução ao escoamento fluvial nos períodos de chuvas intensas, agravando as inundações na região. Portanto, o alargamento e canalização do rio não resolvem as enchentes e só as agravam e transferem para jusante; Foto 50 - Queda do muro de concreto do Rio Queimados canalizado, em trecho côncavo, devido às fortes enchentes influenciadas pela degradação da bacia hidrográfica drenante deste rio; Foto 51 - Detalhe do lançamento de terra na margem do rio Queimados, podendo agravar a obstrução do escoamento fluvial; Fotos 52 e 53 Detalhes de marcas de manchas de inundação em Queimados devido ao transbordamento do rio, com a presença de sedimentos e lixo trazidos pelo rio. Há que se observar que a canalização com concreto e alargamento do rio Queimados, uma obra caríssima, não resolveu o problema das enchentes. Pelo contrário. Além de empurrar o problema para jusante na área de rio não alargada e canalizada, ela permitiu que nesse local final da canalização e alargamento do rio houvesse o acúmulo de lixo e sedimentos, possivelmente obstruindo a seção maior canalizada a montante, havendo inundação em grande parte da cidade de Queimados, sendo inclusive decretado Estado de Calamidade Pública pela Prefeitura. Para que não ocorram situações similares, deve-se procurar dar sustentabilidade ambiental para a obra existente de canalização de rio em Queimados, priorizando-se ações que evitem a concentração de vazões fluviais nestas partes baixas da bacia (onde está o Centro de Queimados), com o reflorestamento das encostas a montante

9 sobre a inspeção realizada pelo Crea-RJ em áreas de baixada sempre que possível, e obras de engenharia para reter água a montante, como pequenas e médias barragens de cheias nos Inspeção trechos médio e superior do Rio Realizada Queimados e seus afluentes, pelo e obras baratas de CREA-RJ retenção de escoamento superficial de encostas nas áreas rurais e dispersas bacia hidrográfica, com a construção de valas de terraceamento e bacias de recarga. Deve-se em também algumas investir no saneamento dos Áreas esgotos e lixo, com que soluções com Sofreram sustentabilidade ambiental. Todas essas intervenções são mais baratas do que grandes canalizações e dragagens de rios que costumam ser feitas pelo Poder Público e atacam a causa do problema das enchentes, corrigindo a degradação das bacias hidrográficas drenantes. 2.9) Engenheiro Pedreira, em Japeri Vê-se nas Fotos de 54 a 61 seguintes possíveis situações que influenciaram inundações na região: Fotos 54 e 55 - Seção insuficiente de escoamento de rio, em Engenheiro Pedreira, Japeri, gerando o seu inevitável transbordamento nos períodos de chuvas intensas, inundando toda a região, que foi o ocorreu nas chuvas de dezembro/2013; Fotos 56 e 57 - Entupimento por lixo dos trechos de escoamentos de rios em Engenheiro Pedreira, Japeri, sob pontes de passagens de carros, que já têm seção insuficientes, sendo, além disso, obstruídos por estes resíduos, agravando ainda mais os transbordamentos fluviais nos períodos de chuvas intensas, pois a seção fluvial fica quase toda tamponada ; Foto 58 - Vista de montante para jusante de rio canalizado em Engenheiro Pedreira, Japeri, onde o assoreamento da seção fluvial reduziu a capacidade de escoamento do rio, favorecendo as inundações na região, que sofreu muito com os eventos de dezembro/2013; Foto 59 - Detalhe do assoreamento por sedimentos argilosos na calha de um rio em Engenheiro Pedreira, mostrando a elevada taxa de erosão do solo na bacia hidrográfica drenante, o que agrava os riscos de transbordamentos hídricos fluviais nos períodos de chuvas intensas na região; Fotos 60 e 61 - Detalhes das marcas das manchas de inundação que ocorreram em Engenheiro Pedreira, Japeri, com as fortes chuvas de dezembro/2013, gerando riscos à saúde da população e prejuízos econômicos. Ao longo da inspeção em Engenheiro Pedreira constatamos o descaso das autoridades com o saneamento dos esgotos e lixo. O próprio sistema de drenagem, que já é altamente deficiente, não tem a devida manutenção e conservação. Isto está bem claro nas Fotos 56 e 57, tirada uma semana após o evento crítico de 12 de dezembro/2013; vê-se que o referido trecho do rio, abaixo da passagem da rua, encontra-se ainda quase que totalmente entupido por lixo e sedimentos, ou seja, qualquer chuva com um pouco mais de intensidade na região já vai gerar transbordamentos hídricos de calha do rio e inundações, com sérios transtornos à população local, e riscos à sua saúde e vida. Além disso, verificamos a degradação das bacias hidrográficas dos rios locais, agravando a concentração de vazões nas partes mais baixas, onde encontram-se as áreas urbanas. 3) Sugestões de obras e intervenções com sustentabilidade ambiental para a solução do problema das enchentes em regiões aetadas pelas fortes chuvas ocorridas em dezembro/2013 As soluções com sustentabilidade ambiental devem atender ao seguinte tripé: ser ambientalmente viável, ser economicamente viável, e ser socialmente desejável. Dentro deste conceito é que devem ser buscadas as propostas para resolver o problema das enchentes. As chuvas são processos aleatórios. Podem ocorrer chuvas intensas em um determinado local em um ano e no ano seguinte ocorrerem em outros locais. O fato de ocorrerem enchentes em um local em um ano e no ano seguinte não ocorrerem, não significa que o problema está resolvido, porque poderá acontecer de novo no futuro.

10 sobre a inspeção realizada pelo Crea-RJ em áreas de baixada Além de outros locais, em 2010 ocorreram enchentes graves na Praça da Bandeira, em 2011 na Região Serrana do Estado, em 2012 em Xerém, agora em 2013 na Baixada Fluminense e bairros da Zona Norte do Rio. A realidade é que as bacias hidrográficas do nosso Estado não estão preparadas para receber essas chuvas intensas, que são normais em nossa região. Em qualquer lugar que ocorram, poderão gerar tragédias. Em geral, os fatores que influenciam as enchentes são 3: a chuva intensa; a geomorfologia da bacia hidrográfica; a antropização da bacia hidrográfica. Os dois primeiros itens não são passíveis de interferência, pois são fatores naturais. Inclusive o efeito das chuvas intensas pode estar sendo maximizado pelas mudanças climáticas, que é um efeito global do planeta Terra, o que não pode ser alterado a curto prazo e localmente. Já o terceiro fator é o que pode sofrer interferência. As bacias hidrográficas dos rios da região inspecionada encontram-se bastante degradadas, com ocupações irregulares de encostas e de áreas de APPs (topos de morro, inclinações de encostas acima de 45 e faixas marginais de proteção dos rios), falta de saneamento de esgotos e lixo, erosão do solo, obstruções indesejáveis das calhas dos rios por pilares e vigas de pontes etc. O Poder Público deve procurar realizar ações para preparar as referidas bacias hidrográficas para as chuvas intensas, que são comuns nesta região durante todo o período do verão. Em geral, as ações de macrodrenagem que vêm sendo feitas na região têm se resumido em alargar e canalizar os rios, inclusive com obras caras de concreto ao longo de vários quilômetros de estirões fluviais, dragagens e intervenções similares, que atacam a consequência do problema das enchentes e não a sua causa. A necessidade da implantação da regularização espacial de vazões na gestão das bacias hidrográficas, visando ao controle do regime dos rios locais Como decorrência do crescimento desordenado e mal planejado das populações humanas nas bacias hidrográficas, estas atuações basicamente acarretam maior impermeabilização dos solos, promovendo um incremento nos valores dos escoamentos de águas superficiais, conforme demonstrado esquematicamente na Figura 9, que ilustra a situação dos escoamentos superficiais em geral comparativamente com as infiltrações de água no solo devido ao ciclo hidrológico. Considera-se desde o caso de uma bacia natural florestada Figura 9 - Representação das diferentes formas de ocupação pelo homem das Bacias Hidrográficas e as suas correspondentes alterações no regime fluvial (OTTONI, 1996).

11 sobre a inspeção realizada pelo Crea-RJ em áreas de baixada (picos de cheias menores e maiores recargas naturais de água de chuva no solo) até a situação de uma bacia com pesada ocupação Inspeção urbana (picos de cheias bem Realizada maiores e praticamente nenhuma pelo infiltração). CREA-RJ As consequências desses impactos ambientais traduzem- se, por exemplo, nas erosões e assoreamentos generalizados na bacia; carreamento do húmus do solo com o seu empobrecimento; aumento no pico das enchentes devido à elevação em na algumas taxa de escoamento superficial Áreas da bacia oriunda que da redução das Sofreram taxas de infiltração; poluição dos mananciais de água superficiais devido ao carreamento de materiais de encosta, inclusive resíduos de atividades humanas, diminuição da biodiversidade ecológica do ecossistema natural; e problemas sanitários em geral. Enfatizamos o fato de que, quanto maior é o desmatamento e a impermeabilização do solo da bacia hidrográfica, maiores serão as ondas de enchentes nos períodos de chuvas intensas na bacia hidrográfica drenante (como está mostrado no Gráfico D da Figura 9). O processo de Regularização Espacial de Vazões na bacia hidrográfica de um rio, que corresponde a uma ferramenta fundamental para a gestão com sustentabilidade ambiental para as águas doces naturais, tem um duplo objetivo: 1 - Promover a retenção hídrica das águas de chuva e o reforço das infiltrações nas encostas e planícies de fundos de vale da bacia. Essa ação minimiza os escoamentos superficiais, através de atuações de recarga artificial com a utilização de pequenas e médias obras hidráulicas e reflorestamento adequado distribuído de forma estratégica ao longo de áreas específicas da bacia hidrográfica, levando-se em conta o seu processo de ocupação antrópica. Isso geraria um reforço de água para os lençóis freáticos e a consequente regularização hidrossedimentológica das calhas fluviais drenantes da bacia, como também a retenção de águas superficiais de encostas que iriam se encaminhar rapidamente nos períodos de chuvas intensas para as galerias de águas pluviais e calhas fluviais, ampliando a magnitude das enchentes urbanas. Seriam, portanto, promovidos efeitos favoráveis à atenuação das cheias, favorecendo RIO o ecossistema DE JANEIRO natural da bacia hidrográfica - DEZEMBRO/2013 com o controle da erosão, assoreamento e a melhoria das condições de umidade do solo, aprimorando as condições de suporte à fixação das coberturas florísticas e a consequente valorização da biodiversidade ecológica e das condições ambientais naturais. 2 - Promover o controle dos escoamentos de calha ao longo dos estirões fluviais drenantes de fundo de vale (rede potamográfica), através de atuações que afetassem favoravelmente os tempos de acumulação hídrica de calha e o tempo de propagação de intumescências (ondas de cheia). Isso é possível com o uso adequado de pequenas soleiras contidas na calha, as quais são distribuídas ao longo dos estirões fluviais que compõem a rede potamográfica (soleiras de admitância). Podem também ser utilizados os reservatórios de cheias, que correspondem a pequenas e médias barragens a serem implantadas nos trechos médio e superior dos rios, visando a reter e/ou controlar as suas vazões de enchentes, evitando ou minimizando as inundações nas áreas mais baixas. Essas duas atuações de controle dos escoamentos de encostas e de calha drenante de fundo de vale tendem a regularizar o regime dos escoamentos na bacia, conduzindo a reduções dos picos de cheia, ao reforço das vazões de estiagem (achatamento dos hidrogramas), bem como a redução do transporte dos materiais sólidos e a progressiva melhoria da qualidade da água. Todos esses resultados concorrem para a valorização ecológica e ambiental do ecossistema constituído pela bacia hidrográfica, sujeita a atuações antrópicas diversas (desenvolvimento sustentável) e a um controle efetivo das enchentes. 1. Atuações nas encostas e fundos de vale O reflorestamento adequado é a forma ideal de controlar os escoamentos superficiais de água. Nas áreas florestadas, a camada superficial do solo, constituída pelo húmus e pela zona radicular, normalmente possui uma grande capacidade de absorção das águas de chuva e,consequentemente, de redução dos escoamentos superficiais, ao mesmo tempo em que a região de cobertura florística funciona como um verdadeiro obstáculo

12 sobre a inspeção realizada pelo Crea-RJ em áreas de baixada à passagem do escoamento superficial, forçando o mecanismo de infiltração de água e reduzindo os processos de erosão Inspeção do solo. Realizada pelo CREA-RJ O revestimento florístico heterogêneo tem uma grande importância no ecossistema da bacia hidrográfica, pois gera uma melhoria do clima e qualidade do ar da região; incrementa o processo natural de fertilização do solo (formação em do algumas húmus); retém mais água Áreas no solo, reforçando que a umidade Sofreram dos terrenos (aumento da produtividade vegetal) e recarregando os lençóis freáticos; aumenta a higidez ambiental do ecossistema; é um dos elementos fundamentais para a elevação da biodiversidade ecológica das bacias hidrográficas e de saúde e bem-estar do seres humanos que alí habitam. As atuações de reflorestamento devem ser implantadas nas zonas dinâmicas e no início da zona de reforço de umidade da bacia hidrográfica (próximo ao divisor de águas), tendo o aspecto desfavorável de só começar a surtir efeitos ambientais mais positivos após alguns anos a partir de sua implementação. Adicionalmente ao reflorestamento, devem ser previstas algumas obras artificiais de encosta, capazes de promover a curto prazo a recarga dos lençóis aquíferos. Essas obras civis, usualmente de pequeno porte e baixo custo, podem ser: as soleiras de encostas, as valas de terraceamento e as bacias de recarga. Essas atuações e obras de engenharia são dimensionadas com o objetivo de atender aos valores de recarga previstos nos projetos de regularização espacial de vazões, obtendo-se uma maior uniformidade nos hidrogramas dos rios. As soleiras de encostas são pequenos diques formados por blocos de pedras secas argamassadas ou gabiões, arrumados em alturas que variam de 0,5m a 1,0m. Os gabiões são dispostos segundo o alinhamento das curvas de nível da bacia hidrográfica, com espaçamento que podem chegar a algumas dezenas de metros e extensão de dezenas ou centenas de metros. Estas obras, usualmente, devem ser localizadas em trechos mais íngremes das encostas, podendo ser implantadas em trechos RIO superiores DE da JANEIRO zona dinâmica e - ao DEZEMBRO/2013 longo da zona de reforço de umidade da bacia hidrográfica, pois elas têm a função de reter material sólido erodido e dissipar a energia do escoamento superficial da água de encosta. Ao longo do tempo, com o assoreamento da soleira de encosta, é possível ampliar a sua altura, através de novas soleiras em degraus, gerando maior horizontalidade dos terrenos (menos energia de escoamento superficial de encosta) e uma consequente recuperação e melhoria da qualidade dos solos, evitando também o assoreamento e poluição dos cursos d água e lagos pelo carreamento do material sólido de encosta. Já as valas de terraceamento vão ter o objetivo principal de realizar a recarga propriamente dita dos lençóis freáticos, retendo o escoamento superficial de encosta e infiltrando-o em valas de pequena declividade, alinhadas também segundo a direção das curvas de nível. As valas de terraceamento são construídas em trechos menos inclinados das encostas, normalmente em trechos inferiores da zona de reforço de umidade e na zona dinâmica da bacia hidrográfica, devendo ser prevista a fixação de um revestimento florístico na face de jusante destas estruturas; o espaçamento entre elas é uma função da inclinação da encosta, da natureza do solo e do volume estimado dos deflúvios hídricos a serem contidos. Nas regiões mais baixas e planas na bacia hidrográfica, próximo às calhas fluviais, é comum a implantação das bacias de recarga, que têm a função de reter e infiltrar as águas superficiais de encostas que ainda podem alí chegar, provenientes das chuvas. Usualmente se localizam no trecho inferior da zona dinâmica e na zona de contribuição inicial, sendo caracterizadas por pequenos diques laterais de contenção, ou então escavadas no solo, devendo ser implantadas em terrenos porosos, sendo conveniente, também, plantar gramíneas em sua periferia, próximo às calhas fluviais. Havendo o interesse específico na implantação de obras de controle de enchentes, pode também ser prevista a construção de bacias de retenção de águas pluviais localizadas adequadamente nas encostas, objetivando o amortecimento do pico das cheias, evitando a concentração de vazões nas galerias drenantes e calhas fluviais, com o consequente transbordamento dos rios.

13 sobre a inspeção realizada pelo Crea-RJ em áreas de baixada Na Figura 10 estão mostradas esquematicamente as obras e atuações de encostas usuais indicadas para a regularização espacial de vazões fluviais visando à atenuação de secas e enchentes em bacias hidrográficas. É comum também a utilização de alçapões sedimentológicos para o controle de erosão do solo e a criação de parques públicos, praças, campos de futebol e áreas de lazer estrategicamente localizados com a função de atuarem, nas épocas de chuvas intensas, na bacia urbana, como verdadeiras bacias de retenção de águas pluviais. Isso evita a concentração de vazões nas galerias drenantes e o consequente transbordamento hídrico de calha, contribuindo para o processo Figura 10 - Representação esquemática das obras e atuações de encostas no processo de atenuação de cheias nessas áreas com da Regularização Espacial de Vazões Fluviais em Bacias Hidrográficas (OTTONI, 1996). elevada concentração demográfica. A construção dessas RIO pequenas DE obras JANEIRO de engenharia -(soleiras DEZEMBRO/2013 de encosta, valas de terraceamento, bacias de recarga e outras) localizadas espacialmente nas encostas da bacia hidrográfica não impede a realização de atividades agro-pastoris, pelo contrário, ajudam a reter água e sedimentos no solo e controlam a sua erosão. 2. Atuações nas calhas fluviais visando ao controle das enchentes As atuações nas calhas fluviais, considerando a regularização espacial de vazões, se caracterizam, por exemplo, pela implantação das soleiras de admitância. Essas estruturas hidráulicas correspondem a pequenos obstáculos, com alguns metros de altura, dispostos transversalmente no sentido geral da corrente da calha fluvial natural. Têm a função de realizar a acumulação hídrica na calha e nos mantos porosos marginais, que realizam a alimentação do curso d água durante o período de estiagem. Além disso, as soleiras de admitância, dispostas em série em trechos adequados de estirões fluviais, atuam favoravelmente aumentando o tempo de acumulação hídrica de calha e o tempo de propagação de intumescências (ondas de cheia), minimizando os picos das ondas de enchentes em toda região da rede potamográfica a jusante. A Figura 11 mostra esquematicamente o funcionamento das soleiras de admitância atuando em série ao longo de um determinado estirão fluvial. Indica-se, também, a construção de pequenos e médios reservatórios de cheias localizados estrategicamente na bacia hidrográfica, normalmente nos trechos superiores e médios superiores dos cursos d água, evitando a concentração de vazões nos estirões mais planos e baixos da calha fluvial, a fim de minimizar os riscos de frequentes cheias. Nestas áreas planas e baixas da bacia hidrográfica, as atuações de calha devem ter o objetivo distinto em relação aos trechos médio e superior, que é o de não gerar fortes perdas de carga ao escoamento, evitando a elevação desnecessária do tirante d água do rio e o consequente transbordamento de calha. Para isso, nos trechos inferiores do curso d água, devem ser analisadas as singularidades inadequadas que podem gerar dificuldades aos escoamentos de calha (curvas bruscas, estreitamentos de calha, pilares e vigas de pontes, tubulações de serviços públicos, rugosidades exageradas, zonas de remanso que tendem a assorear e acumular sedimentos e lixo etc), visando à sua adequação para minimizar os riscos de transbordamentos frequentes

14 sobre a inspeção realizada pelo Crea-RJ em áreas de baixada de calha e inundações em regiões que costumam ser de elevado antropismo, com a localização imprópria de construções no leito maior do curso d água. No caso dos locais inspecionados, devese fazer inspeções minuciosas em todas as pontes da região, onde foram detectados pilares e vigas de pontes interceptando o leito maior dos rios; seções insuficientes do rio sob os arruamentos; falta de conservação destes trechos dos rios abaixo de pontes e arruamentos, onde se acumulam lixo e sedimentos; a falta de saneamento de lixo e esgotos, bem como a erosão do solo, que assoream a calha fluvial; e a ocupação irregular das Áreas de Proteção Permanente das Bacias Hidrográficas, tudo isso agravando os riscos de transbordamentos dos rios. Daí a necessidade da implementação de políticas públicas com sustentabilidade ambiental para a região, caso contrário problemas de enchentes continuarão a ocorrer com as chuvas intensas. Além das soleiras de admitância, podem e devem ser implantados nos trechos médio e superior dos rios os pequenos e médios Figura 11 - Representação esquemática de soleiras de admitância implantadas em série ao longo de um estirão fluvial, contribuindo para a retenção hídrica de calha e amortecimento das ondas de enchentes (OTTONI, 1996). Figura 12 - Exemplo de projeto de barragem para o controle das ondas de enchentes fluviais (TUCCI, 2002).

15 sobre a inspeção realizada pelo Crea-RJ em áreas de baixada reservatórios de cheias, como mostrado na Figura 12, que funcionam retendo a vazão afluente do volume de super-acumulação do reservatório, deixando escoar para jusante, através de um orifício localizado na parte inferior da barragem, a vazão que o rio pode escoar sem transbordar. Sugestões de medidas e intervenções Portanto, levando em conta o exposto, sugerimos algumas medidas e intervenções a serem adotadas pelo Poder Público na região inspecionada: 1. Priorizar a solução para o saneamento dos esgotos. As soluções que o Estado vem procurando levar para a região, com a construção das estações de tratamento de rios, não é sustentável, pois ataca a consequência do problema e não a sua causa, além de lançar sulfato de alumínio às águas dos rios, o que gera impactos ambientais negativos. O que se deve fazer é evitar que os esgotos cheguem à calha fluvial. Como medidas emergenciais (em substituição às caras estações de tratamento de rios), sugerimos a coleta de tempo seco dos esgotos (como já existe em Petrópolis, Nova Friburgo e em várias cidades da Região dos Lagos), que consiste na construção de galerias interceptoras marginais às calhas do rios nas regiões densamente ocupadas, para interceptar os valões de esgotos existentes e encaminhá-los para o tratamento devido. No caso da região inspecionada, as Estações de Tratamento de Esgotos já existem em grande parte, falta a sua coleta. A médio e longo prazos, se implantaria, então, o Sistema Coletor Separador Absoluto (que é bem mais caro e demorado), dando a solução definitiva para o saneamento de esgotos na região. Com relação ao tratamento desses esgotos sanitários, sugerimos utilizar tecnologia que viabilize o reúso e o aproveitamento desses esgotos orgânicos como produção de biogás, composto orgânico (adubo) e água de reúso para usos secundários, deixando de poluir e assorear os rios e gerando renda para a população. 2. Priorizar a solução para o saneamento efetivo do lixo urbano. Este é um ponto crítico, pois foi detectada a presença de grande quantidade de lixo assoreando todos os rios da região inspecionada, entupindo o sistema de drenagem. Mesmo as prefeituras que possuem serviços eficientes de coleta de lixo na área urbana formal, existem, na região, muitas ocupações irregulares, com a presença de lixo disperso, que é em grande parte carreado pelas chuvas em direção aos rios. A solução dada pelo Governo do Estado da construção de ecobarreiras nos rios é paleativa e não resolve o problema, pois também só ataca a consequência. Deve-se, desta forma, como medida emergencial, priorizar investimentos em educação ambiental e coleta seletiva e reciclagem de lixo nessas comunidades, gerando renda para a população e reduzindo bastante o lixo disperso na região. Como políticas públicas de médio e longo prazo, é possível construir habitações de baixa renda em áreas adequadas para essas comunidades em ocupações irregulares, priorizando-se as localizadas em Áreas de Preservação Permanente APPs (topos de morros, encostas com inclinação acima de 45 e faixas marginais de proteção dos rios), com toda a infra-estrutura necessária de sistemas de água potável, lixo, esgotos e drenagem, retirandoas dessas APPs, que devem ser preservadas, com o reflorestamento dessas áreas com vegetação nativa. 3. Reavaliar o sistema de microdrenagem existente, procurando readequá-lo à situação de impermeabilização atual da bacia hidrográfica drenante e ter garantida a limpeza permanente deste sistema de drenagem urbana, para reduzir os riscos das manchas de inundação na região. 4. Prever a construção de bacias de detenção nas áreas impermeabilizadas da bacia hidrográfica, usando, para tal, as áreas de lazer (como campos de futebol, parques públicos, terrenos baldios etc), que ficariam estrategicamente em cota inferior ao arruamento, reduzindo ou evitando a inundação nos arruamentos e não concentrando vazões nas calhas fluviais da região de baixada. Após a chuva intensa, a água seria lentamente drenada para o sistema urbano.

16 sobre a inspeção realizada pelo Crea-RJ em áreas de baixada 5. Nas áreas periféricas rurais ou desocupadas, prever a construção de soleiras de encostas, valas de terraceamento, bacias de recarga e medidas similares para aumentar a permeabilidade e infiltração de água no solo da bacia hidrográfica drenante. Essas medidas também vão reduzir significativamente as enchentes nas regiões de baixada, que não têm como dar vazão às águas do escoamento superficial de encosta, que se concentram em direção aos rios nos períodos de chuvas intensas, principalmente nos períodos de maré alta naqueles rios influenciados pelo regime de marés da Baía de Guanabara. 6. Reflorestar o que for possível na bacia hidrografica drenante dos rios da região. Uma bacia virgem, totalmente reflorestada, retem acima de 60% das águas de chuva, infiltrando-as no solo, reduzindo bastante as enchentes nos períodos chuvosos e aumentando a vazão dos rios nos períodos de estiagem pelo maior aumento da alimentação subterrânea aos rios. Essa medida é urgente para toda a cadeia de montanhas atrás da cidade de Nova Iguaçu (mostradas nas Fotos 22 a 24), que se encontra bastante desmatada, influenciando muito as enchentes naquela cidade. O Código Florestal já prevê que as áreas de APPs (topos de morros, encostas com inclinação acima de 45 e faixas marginais de proteção dos rios) devem priorizar a manutenção da vegetação nativa, justamente para garantir a regularidade dos regimes dos rios e evitar a erosão do solo. Infelizmente, este Artigo de Lei não é cumprido, e várias áreas de APPS são ocupadas irregularmente. As prefeituras não fiscalizam essas áreas (que devem ser protegidas por lei), o que precisa ser mudado para haver o controle de enchentes e a garantia de produção de água doce nas bacias hidrográficas, preservando, também, a biodiversidade do ecossistema hídrico fluvial. Alguns comitês de bacias hidrográficas do Estado, como o do Guandu e o do São João, estão estimulando projetos de Produtores de Água, onde os proprietários dos terrenos próximos às nascentes dos rios são pagos para preservar as florestas existentes e até reflorestar áreas desmatadas, dando retorno econômico à saúde da população da bacia com melhor qualidade de água RIO dos mananciais DE JANEIRO hídricos e economizando - DEZEMBRO/2013 em produtos químicos no tratamento da água para consumo humano, já que os mananciais estariam mais preservados. 7. Planejar e construir soleiras de admitância na calha dos rios, como mostrado na Figura 11, com a função de amortecer a propagação das ondas de enchentes nas calhas fluviais durante as chuvas intensas. Planejar e construir pequenas e médias barragens de cheias, como mostrado na Figura 12, para reter volumes de água dos rios em seus trechos médios e superiores, evitando a concentração de vazões fluviais nas partes planas. Portanto, deve-se priorizar os investimentos para reter água na bacia, já que a situação fica bastante agravada nos períodos de maré alta, quando há obstrução do escoamento fluvial e os rios transbordam. Essa é a principal forma de se evitar o transbordamento dos rios na região quando ocorrem chuvas intensas concomitantes com situações de maré alta. 8. Realizar inspeções minuciosas com correções dos problemas em todas as pontes existentes onde há pilares e vigas interceptando o leito maior dos rios; seções insuficientes dos rios sob os arruamentos; falta de conservação de trechos dos rios abaixo de pontes e arruamentos, onde se acumulam lixo e sedimentos; falta de saneamento de lixo e esgotos, bem como a erosão do solo, que assoream a calha fluvial; ocupação irregular das Áreas de Proteção Permanente das Bacias Hidrográficas, tudo isso agravando os riscos de transbordamentos dos rios na baixada. Implementar Políticas Públicas com Sustentabilidade Ambiental para a região, caso contrário, novos problemas de enchentes continuarão a ocorrer com as futuras chuvas intensas que voltarão a se precipitar no futuro. Se a situação se mantiver como está, é tragédia anunicada! 9. Implementar programas representativos e permanentes de monitoramento hidrométrico e de qualidade de água dos rios locais e de uso e ocupação do solo por georeferenciamento de suas bacias hidrográficas drenantes, como ferramenta fundamental para as tomadas de decisão nas políticas públicas, orientando os trabalhos de fiscalização ambiental, embasando os projetos de controle de enchentes na região e outras ações de controle e gestão.

17 sobre a inspeção realizada pelo Crea-RJ em áreas de baixada Referências Inspeção Bibliográficas Realizada pelo CREA-RJ MILLER JR., G. TYLER. Ciência Ambiental. Tradução all tasks, revisão técnica Welington Brás Casrvalho. Editora Cengage Learning. São Paulo, OTTONI, A. B. Tecnologia do Manejo Hídrico em Bacias Hidrográficas Visando sua Valorização Sanitária e Ambiental. Tese de Doutorado, Escola Enchentes Nacional de Saúde Pública, ENSP/ FIOCRUZ, na Rio de Janeiro, Baixada RJ, Fluminense com TUCCI, Carlos E. M. Et al. Hidrologia. Ciência e Aplicação. Editora da UFRGS/ABRH. Porto Alegre, NEBEL, Bernard J. & WRIGHT, Richard T. Environmental Science. The Way the World Works. Seventh Edition, Prentice Hall. New Jersey, TUCCI, Carlos E. M., PORTO, Rubem, La Laina e BARROS, Mário T. de, Drenagem Urbana. Editora da UFRGS. Porto Alegre, UERJ, Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Projeto Manejo Hídrico de Bacias Hidrográficas Visando sua Valorização Ambiental, Resumido, Projeto UERJ/FINEP/REHIDRO Sub-Rede, Rio de Janeiro, RJ, UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Execução de Concepção e de Projetos de Obras Civis e Ações de Controle das Enchentes na Bacia Hidrográfica do Canal do Mangue, Fundação Rio-Águas, Rio de Janeiro, RJ, 2000.

18 sobre a inspeção realizada pelo Crea-RJ em áreas de baixada RELAÇÃO DE FOTOS DA INSPEÇÃO DO CREA-RJ NA BAIXADA RIO DE JANEIRO FLUMINENSE - DEZEMBRO/2013 DEVIDO ÀS ENCHENTES DE DEZEMBRO/2013

19 sobre a inspeção realizada pelo Crea-RJ em áreas de baixada Fotos 1 e 2: Vista de jusante para montante, mostrando o rio Irajá com a sua seção de escoamento estrangulada pela viga da ponte da Av. Brasil, com retenção de lixo, obstruindo o escoamento fluvial e agravando o transbordamento do rio na Av. Brasil e a montante da referida ponte até Irajá Foto 3: Vista de montante para jusante mostrando o estrangulamento da seção do rio Irajá pela viga da ponte da Av. Brasil. Observa-se, também, a alta poluição por esgotos das águas deste rio Foto 4: Vista de jusante para montante do rio Irajá com o observador sobre a ponte da Av. Brasil, mostrando toda a área a montante que sofreu inundações devido ao transbordamento desse rio Foto 5: Vista de montante para jusante do rio Pavuna-Meriti sob a Av. Washigton Luis, mostrando o efeito de obstrução dos pilares da ponte sobre o escoamento fluvial, agravando as inundações em toda a região Foto 6: Detalhe mostrando o acúmulo de lixo na calha do rio Pavuna-Meriti sob a ponte que cruza a Av. Washington Luis, obstruindo o escoamento do rio na região dos pilares da ponte

20 sobre a inspeção realizada pelo Crea-RJ em áreas de baixada Foto 7: Detalhe mostrando o lixo que foi carregado pelo rio Pavuna-Meriti para a as margens do referido rio, mostrando a ineficácia da coleta de lixo na bacia drenante, o que agrava as inundações Foto 8: Detalhe mostrando a ecobarreira que existia no rio Pavuna-Meriti a jusante da ponte sobre a Av. Washington Luis, totalmente largada às margens, mostrando a ineficácia desta solução Foto 9: Detalhe mostrando o acúmulo de lixo na calha do rio dos Cachorros, em Jardim América, com obstrução parcial da calha fluvial devido à viga da ponte da Av. Brasil que cruza o referido rio Foto 10: Detalhe mostrando o acúmulo de lixo que transbordou da calha do rio dos Cachorros em toda a área urbana no periférica ao rio, na região de Jardim América Foto 11: Vista de jusante para montante do rio Acari, em Fazenda Botafogo, onde está evidenciado a ineficácia das grandes canalizações de rio para evitar enchentes, pois o assoreamento torna-se imenso Foto 12: Detalhe do enorme acúmulo de lixo e sedimentos na calha do rio Acari, formando verdadeiras ilhas e reduzindo bastante a capacidade de escoamento fluvial, agravando as enchentes

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