Biodiversidade perdida: o desmatamento

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1 Biodiversidade perdida: o desmatamento Ilidia da Ascenção Garrido Martins Juras 1 Introdução Antunes (2005) examina a perda da diversidade biológica como um problema contemporâneo, considerando que esse é um dos temas mais importantes da atualidade política, social, econômica e cultural. Segundo ele, ao lutarmos pela preservação da diversidade biológica, de fato, estamos lutando pela nossa sobrevivência em um horizonte visível de tempo (ANTUNES, 2005, p. 308). As ameaças à biodiversidade são várias, entre as quais destacam-se mudança do clima, poluição do ar e da água, desertificação, erosão, caça e pesca predatórias mas, sem dúvida, o desmatamento pode ser considerado uma das mais se não a mais forte ameaça para a extinção de espécies e perda da diversidade biológica em nosso país. Assim, neste capítulo, serão apresentadas as informações disponíveis sobre o desmatamento nos biomas brasileiros. Apenas a Amazônia é contemplada com programa oficial consistente e sistemático de monitoramento, que vem sendo realizado anualmente desde 1988 pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). Para os demais biomas brasileiros, ou seja, Caatinga, 415

2 Memória e Análise de Leis Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal, o Ministério do Meio Ambiente, por meio do Ibama, deu início, em 2008, ao Projeto de Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros por Satélite (PMDBBS). 2 A Amazônia O bioma Amazônia, conforme o Mapa Biomas do Brasil 157 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o maior bioma brasileiro em extensão Km 2 e ocupa quase metade do território nacional (49,29%), abrangendo a totalidade de cinco Unidades da Federação (Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima), grande parte de Rondônia (98,8%), mais da metade do Mato Grosso (54%), além de parte do Maranhão (34%) e do Tocantins (9%). O monitoramento da cobertura vegetal da Amazônia Legal 158 vem sendo realizado pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), por meio de imagens de satélites desde 1988 (ATLAS..., 2009), por meio do Programa de Avaliação do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes). São usadas aproximadamente 220 imagens dos satélites Landsat ou CBERS por ano. Deve-se enfatizar que apenas a fisionomia florestal, que cobre cerca de 4 milhões de quilômetros quadrados, é considerada no monitoramento realizado pelo Inpe. As demais fisionomias vegetais presentes na Amazônia Legal, incluindo o Cerrado, que perfaz cerca de 20% daquela região, não são avaliadas nesse projeto. Conforme a metodologia adotada pelo Inpe, desflorestamento é entendido como a conversão de áreas de fisionomia florestal primária por ações antropogênicas, para desenvolvimento de atividades agrossilvopastoris, detectada a partir de plataformas orbitais. O termo desflorestamento bruto indica que não foram deduzidas, no cálculo da extensão e da taxa, áreas em processo de sucessão secundária ou recomposição florestal. A definição acima também exclui áreas de cobertura florestal afetadas por atividades de explora- 157 IBGE. Geociências Produtos. Mapeamento Cartográfico. Mapa Biomas do Brasil Disponível em: Acessado em: 21 set A Amazônia Legal compreende os estados da Região Norte, bem como o Mato Grosso e parte do Maranhão (a oeste do meridiano de 44º). 416

3 ção madeireira ou por incêndios naturais. Outrossim, as imagens de satélite, em composições coloridas na escala 1: , permitem identificar alterações em áreas de fisionomia florestal a partir de 6,25 ha (0,0625 km²). Os dados iniciais referem-se ao desflorestamento ocorrido entre 1977 (primeira observação) e A partir de então, o monitoramento tem sido anual, à exceção de 1993, para o qual não há informação. Utiliza-se como referência o dia 1º de agosto. Os dados sobre o desflorestamento bruto encontrado pelo Inpe 159, de 1978 a 2009, são apresentados na Tabela 1 e na Figura 1. Figura 1 Taxa média de desflorestamento bruto anual para a Amazônia Legal, por estado. Fonte dos dados: INPE/OBT, 2009, elaboração da autora. 159 Inpe. Projeto Prodes. Monitoramento da Floresta Amazônica brasileira por satélite a Disponível em: Acessado em: 2 jun 2004; e 1988 a 2009; Disponível em: Acessado em: 14 set

4 Memória e Análise de Leis Figura 2 Taxa de desflorestamento em relação à floresta remanescente para os estados do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima, e para a Amazônia. Fonte dos dados: INPE/OBT, 2009, elaboração da autora. Figura 3 Taxa de desflorestamento em relação à floresta remanescente para os estados do Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins, e para a Amazônia. Fonte dos dados: INPE/OBT, 2009, elaboração da autora. 418

5 Tabela 1 Taxa média de desflorestamento bruto (km 2 /ano) de 1978 a 2009 nos estados da Amazônia Legal Acre Amapá Amazonas Maranhão Mato Grosso Pará Rondônia Roraima Tocantins Amazônia 77/88* / / / / /94** / / / / / / / ½ / ¾ / / / / / * Média da década ** Média do biênio Fonte: INPE/OBT, Observa-se, da Tabela 1 e Figura 1, que os períodos com maiores taxas de desmatamento foram e de 2002 a 2004, decrescendo a partir de então. Rondônia, Pará e Mato Grosso foram os estados com maior desflorestamento bruto. 419

6 Memória e Análise de Leis Em termos de desflorestamento em relação à floresta remanescente, observa-se que Rondônia foi o estado, entre os ex-territórios, que apresentou as maiores taxas em todo o período considerado, bastante superior à média para a Amazônia (Figura 2). O Acre apresentou valores semelhantes à média da Amazônia. O Amapá apresentou valores altos de desflorestamento relativo no final da década de 80 e início da década de 90, que foram substancialmente reduzidas a partir de então, mas voltaram a crescer no último ano. Já Roraima apresentou, em geral, valores superiores aos do Amapá e com padrão diferente do observado para a Amazônia. Para os demais estados da Amazônia (Figura 3), verifica-se que Tocantins e Maranhão tinham os maiores valores de desflorestamento relativo no início do período analisado (1977/1988). Também se observa que o padrão de variação desses dois estados ao longo do período foi semelhante. Em 1991 e 1992, Mato Grosso igualou-se a esses dois estados, em termos de desflorestamento relativo, e assumiu a liderança, apresentando expressivo aumento até 2003 e O Pará apresentou valores e padrão de variação semelhantes aos verificados para a Amazônia. Entre esses estados, o Amazonas foi o que apresentou a menor taxa de desflorestamento relativa. De 1977 a 2009, foram desflorestados Km 2 na Amazônia Legal, o que corresponde a 15% da área florestal existente em Diferentemente das décadas de 1970 e 1980, quando a ocupação da Amazônia foi induzida por incentivos e políticas governamentais, os desmatamentos recentes [dos anos 1990] foram impulsionados pela pecuária de média e grande escalas, apesar da redução dos incentivos governamentais (MARGULIS, 2003). Entre as causas dessa transformação, o autor destaca as mudanças e adaptações tecnológicas e gerenciais das atividades pecuárias às condições da Amazônia Oriental, que permitiram aumento da produtividade e redução dos custos. Alencar (2004) consideram a pecuária, a agricultura familiar e a agricultura mecanizada como as três atividades responsáveis pelo desmatamento na Amazônia, entre as quais a conversão de florestas em pastagens seria a principal delas. Segundo os autores, a criação extensiva de gado é responsável por 75% das florestas desmatadas na região. Esses dados são confirmados pelo Plano de Ação para a Prevenção e o Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (BRASIL..., 2004), segundo o qual a pecuária é responsável por cerca de 80% de toda a área desmatada naquela região. Um fator importante no desmatamento recente na Amazônia tem sido a expansão da soja mecanizada em áreas como os municípios de Querência, no norte de Mato Grosso, Humaitá 420

7 (AM), Paragominas (PA) e Santarém (PA). Segundo dados do IBGE sobre a evolução da área plantada no Arco do Desmatamento, no período de , o arroz e milho experimentaram um decréscimo de 11,44% e 1,94%, respectivamente, enquanto a área plantada com soja aumentou 57,31%. A crescente demanda pela soja em mercados globalizados, a disponibilidade de terras baratas na Amazônia e a falta de internalização dos custos sociais e ambientais pelo setor privado têm impulsionado esse fenômeno. Também os grandes investimentos em infraestrutura, especialmente as rodovias, têm sido uma das causas do desflorestamento na Amazônia. Estima-se que, entre 1978 e 1994, cerca de 75% do desflorestamento na Amazônia ocorreu dentro de uma faixa de 50 km de cada lado das rodovias pavimentadas da região. Acresce-se o fato de, conforme dados apresentados pelo Secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, em audiência pública realizada em 15/04/2004 na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, somente no Pará já existem 23 mil quilômetros de estradas endógenas (clandestinas), contra apenas dois mil quilômetros de estradas oficiais. São justamente essas estradas clandestinas as maiores responsáveis pelos desmatamentos. 3 O Cerrado O bioma Cerrado ocupa a totalidade do Distrito Federal, mais da metade dos estados de Goiás (97%), Maranhão (65%), Mato Grosso do Sul (61%), Minas Gerais (57%) e Tocantins (91%), além de porções de outros seis estados, e perfaz uma área de km 2, segundo o IBGE 160, que corresponde a 23,92% do território nacional. Para o Cerrado, não existem informações sistematizadas e contínuas sobre o desmatamento da vegetação nativa. Levantamentos realizados por pesquisadores do Inpe (BUSHBACHER, 2000, p. 21) demonstraram que restam apenas 25% de Cerrado não antropizado, ou seja, coberto por vegetação natural de Cerrado e Pantanal. Outros 25% compõem-se de Cerrado antropizado, ou seja, 160 IBGE. Geociências Produtos. Mapeamento Cartográfico. Mapa Biomas do Brasil Disponível em: Acessado em: 21 set

8 Memória e Análise de Leis campos naturais utilizados para pastagens, áreas de vegetação queimada recentemente e em regeneração, e áreas próximas às estradas. Em torno de 22% correspondem a áreas ocupadas por atividades agrícolas, pecuárias, e por cidades, entre outros, e 28% estão relacionados com cursos d água e outras vegetações não características de Cerrado. Estimativa efetuada a partir de imagens Landsat de 1987 a 1993, que consta do documento Avaliação e identificação de áreas e ações prioritárias para conservação, utilização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade nos biomas brasileiros (BRASIL..., 2002), revelava que apenas um terço das áreas de Cerrado encontravam-se pouco antropizadas. As principais regiões de grande impacto antrópico localizavam-se nos estados de Mato Grosso, Goiás, São Paulo (na divisa com o Paraná) e Mato Grosso do Sul. Nessas áreas, diversas imagens mostraram de 50% a 92% da superfície de Cerrado em condição fortemente antropizada. As porções ainda bem conservadas estavam em três regiões distintas, com mais de 48% de cerrado não antropizado: a) divisa entre Piauí, Maranhão e Bahia; b) divisa entre Tocantins, Mato Grosso e Goiás; e c) divisa entre Tocantins, Goiás e Bahia. Conforme mencionado anteriormente, o Ibama 161 vem executando o Projeto de Monitoramento do Desmatamento dos Biomas Brasileiros por Satélite, com a utilização de imagens dos satélites CBERS e Landsat. Os dados referentes a 2002 e 2008 são apresentados na Tabela 2. Tabela 2 Dados da cobertura vegetal do Cerrado Vegetação remanescente Área original do bioma (km²) km² % em relação à área original Km² % em relação à área original , , ,85 51,54 Fonte dos dados: Ibama, Ibama. Projeto de Monitoramento do desmatamento dos biomas brasileiros por satélite. Cerrado. Disponível em: Acessado em: 22 set

9 Ainda conforme o Ibama, entre 2002 e 2008, o Cerrado perdeu 7,5% de sua cobertura vegetal remanescente, indicando uma taxa média anual efetiva de desmatamento na ordem de 0,69% ao ano. As principais ameaças à biodiversidade do Cerrado estão relacionadas a duas atividades econômicas: monocultura intensiva de grãos, principalmente a soja, e pecuária extensiva (BUSHBACHER, 2000). Segundo Sano e Ferreira (2005), o Cerrado contribui com cerca de 55% de toda a produção nacional de carne bovina. As profundas alterações sofridas pelo bioma, especialmente a partir da década de 70, resultam das políticas públicas federais e estaduais para a região, com o estímulo da abertura da fronteira agrícola para a cultura de grãos. Podem citar-se, por exemplo, o Programa de Desenvolvimento do Cerrado e o Programa Cooperativo Nipo-Brasileiro para o Desenvolvimento do Cerrado. Outra razão está nas obras de infraestrutura e de suporte à produção agropecuária e na transferência de contingentes populacionais de outros lugares, o que provocou um crescimento da população do Centro-Oeste expressivo seis vezes, entre 1950 e Também a urbanização foi acelerada, nessa região, passando de 46%, em 1970, para 79,1% em 1990, quando superou a média brasileira, que era de 75%. 4 Pantanal O Pantanal, além de Patrimônio Nacional, foi declarado Reserva da Biosfera e Patrimônio Mundial Natural pela Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Está presente em dois estados, Mato Grosso (40,3%km²) e Mato Grosso do Sul (59,7%Km²), e ocupa área de aproximadamente km², cerca de 2% da área brasileira. Os resultados do monitoramento realizado pelo Ibama 162 são apresentados na Tabela Ibama. Projeto de Monitoramento do desmatamento dos biomas brasileiros por satélite. Pantanal. Disponível em: htm. Acessado em: 22 set

10 Memória e Análise de Leis Tabela 3 Dados da cobertura vegetal do Pantanal Vegetação remanescente Área original do bioma (km²) Km² % em relação à área original km² % em relação à área original * ,84 86, ,63 83,14 * De acordo com o Mapa de Biomas do IBGE (BRASIL..., 2004), a área do Pantanal é de km 2 Fonte dos dados: Ibama, Ainda de acordo com o Ibama, entre 2002 e 2008, km² de vegetação nativa do Pantanal foram suprimidos. 5 Pampa O Pampa é o único bioma brasileiro restrito apenas a uma unidade da Federação, o Rio Grande do Sul, ocupando 63% da área do estado. É um ecossistema campestre, com vegetação predominantemente de gramíneas e alguns arbustos espalhados e dispersos, que se torna mais densa, com a ocorrência de árvores, nas proximidades de cursos de água e nas encostas de planaltos. Embora pareça monótono e uniforme, abriga grande biodiversidade. Segundo levantamento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ali ocorrem três mil espécies de plantas, sendo 450 espécies de gramíneas, mais de 150 de leguminosas, 70 tipos de cactos, 385 de aves e 90 de mamíferos, sendo que várias espécies são endêmicas e outras ameaçadas de extinção. 163 Os dados obtidos sobre a vegetação original pelo Ibama são apresentados na Tabela Ibama. Projeto de Monitoramento do desmatamento dos biomas brasileiros por satélite. Disponível em: Acessado em: 22 set

11 Tabela 4 Dados da cobertura vegetal do Pampa Vegetação remanescente Área original do bioma (km²) km² % em relação à área original km² % em relação à área original * , ,06 * De acordo com o Mapa de Biomas do IBGE (BRASIL..., 2004), a área do Pampa é de km 2 Fonte dos dados: Ibama, Ainda de acordo com o monitoramento efetuado pelo Ibama, entre 2002 e 2008, foram suprimidos cerca de 2.179km², de sua cobertura vegetal nativa, o que representa taxa média de 0,2% por ano. 6 Caatinga O bioma Caatinga, incluindo diversas formações vegetais, ocupa a maior parte do Semiárido brasileiro, sendo o único bioma com distribuição restrita ao Brasil. O termo Caatinga designa uma vegetação dominante que se estende por quase todos os estados do Nordeste e parte de Minas Gerais. Esse ecossistema é muito importante do ponto de vista biológico por apresentar fauna e flora únicas. Pelo menos 932 espécies já foram registradas para a região, das quais 380 são endêmicas. A área do bioma Caatinga, segundo a delimitação do IBGE (2004) é de km 2, o que corresponde a 9,92% do território nacional. 425

12 Memória e Análise de Leis Tabela 5 Dados da cobertura vegetal da Caatinga Vegetação remanescente Área original do bioma (km²) km² 2002* 2008** % em relação à área original Km² % em relação à área original , ,41 53,62 Fonte dos dados: *MMA/Probio (sd); **Ibama (2010). A comparação dos dados da Tabela 5 deve ser efetuada com cautela, pois os trabalhos foram realizados por equipes distintas e podem ter considerado critérios diferentes de avaliação. 7 Mata Atlântica O monitoramento dos remanescentes florestais da Mata Atlântica vem sendo realizado por meio de convênio firmado em 1989 entre a SOS Mata Atlântica, o Inpe e o Ibama. Em 1990, foi divulgado o primeiro resultado, consubstanciado no Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica em escala 1: Em 1991, esse monitoramento passou a ser realizado em períodos de cinco anos, em escala 1: , com os primeiros resultados apresentados em 1992, para o período Em 1998, foi lançado o Atlas referente ao período e, em 2002, o relativo a , na escala 1: Em 2006, foram divulgados os resultados do período , por Estado e Município. Finalmente, em 2009, foi publicado o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica no período (ATLAS..., 2009). Nesse trabalho, manteve-se a escala 1: e foram identificadas áreas acima de 3 hectares, usando imagens dos satélites CBERS e Landsat. 426

13 De acordo com o Mapa da Área de Aplicação da Lei n o , de 2006, segundo Decreto n o 6.660, de 21 de novembro de 2008, a Mata Atlântica abrangia originalmente km² no território brasileiro. Seus limites originais contemplavam áreas em 17 estados, (PI, CE, RN, PE, PB, SE, AL, BA, ES, MG, GO, RJ, MS, SP, PR, SC e RS), o que correspondia a aproximadamente 15% do Brasil. Na Tabela 6 são apresentados os dados da área original do bioma Mata Atlântica e os remanescentes florestais em 2005 e 2008, por estado, conforme o monitoramento SOS Mata Atlântica e Inpe. Tabela 6 Área original do bioma Mata Atlântica e remanescentes florestais em 2005 e 2008, em hectares e percentual em relação à área original por estado. (Continua) Área original do bioma REMANESCENTES FLORESTAIS ha ha % ha % AL ,94 BA , ,38 CE ,66 ES , ,31 GO , ,38 MG , ,68 MS , ,66 PB ,31 PE ,28 PI PR , ,85 RJ , ,38 RN ,38 427

14 Memória e Análise de Leis Área original do bioma REMANESCENTES FLORESTAIS (Conclusão) ha ha % ha % RS , ,31 SC , ,43 SE ,52 SP , ,63 TOTAL * 10,80 Fonte dos dados: INPE, 2009, elaboração da autora. * Área total de remanescentes, excluído o Piauí. Na figura 4, é apresentada a área (em hectares) dos remanescentes florestais por estado, em 2005 e 2008, assim como o percentual de remanescentes florestais em relação à área original. A Mata Atlântica, excluído o Piauí para o qual ainda não há estimativas, contém em geral 10,80% de remanescentes da vegetação original. Figura 4 Remanescentes florestais por estado, em hectares (colunas), em 2005 e 2008, e percentual em relação à área original (linha) em Fonte dos dados: Atlas... (2009), elaboração da autora. 428

15 A Mata Atlântica é, sem dúvida o bioma brasileiro mais afetado pela ação humana, com alto grau de interferência desde o período colonial aos dias atuais. Da exploração do pau-brasil, passando pelos ciclos do ouro, da cana-de-açúcar e do café, chegou-se à acentuada industrialização e urbanização, na área originalmente ocupada pela Mata Atlântica, que fizeram com que sua vegetação natural fosse reduzida drasticamente (ATLAS..., 2009). Essa dinâmica de destruição acentuou-se nas últimas três décadas, perda quase total das florestas originais intactas, contínua devastação dos remanescentes florestais existentes e alta fragmentação do hábitat. Em consequência, a Mata Atlântica é hoje um dos conjuntos de ecossistemas mais ameaçados de extinção (ATLAS..., 2009). 8 Considerações finais Os dados ora apresentados corroboram a percepção de que estamos perdendo nossos ecossistemas naturais em taxas assustadoras. Essa percepção, no entanto, está voltada quase completamente aos ecossistemas florestais, representados pela Amazônia e Mata Atlântica. A destruição dos demais ecossistemas não parece produzir efeitos de sensação de perda na sociedade em geral. É como se as árvores tortas do Cerrado ou os arbustos da Caatinga não tivessem importância. Para Antunes (2005, p. 314), o foco principal, naquilo que se refere à proteção da diversidade biológica na imensidão territorial de nosso país, tem sido dirigido para a Amazônia e a Mata Atlântica, havendo um princípio de conscientização quanto ao Pantanal e um quase abandono de biomas como o Cerrado e a Caatinga. O mais grave é que também o Poder Público tem dado pouca atenção a esses biomas. Sequer há monitoramento da ocupação e uso do solo, assim como da vegetação nativa, de forma consistente e permanente, dos biomas Cerrado, Caatinga, Pantanal e Pampa, e o monitoramento da Mata Atlântica não é oficial. Enquanto isso, o desmatamento continua de forma desenfreada. Os dados existentes mostram que apenas a Amazônia e o Pantanal mantêm mais de 80% de remanescentes de vegetação nativa. Nos demais, esse percentual não passa de 50% sendo que, na Mata Atlântica, é de apenas 10%. 429

16 Memória e Análise de Leis Em consequência, aumenta, também a perda da biodiversidade, representada pela extinção de espécies. A evolução do aumento do número de espécies ameaçadas de extinção pode ser observada a partir das listas oficiais. Em relação à fauna, o número passou de 86 espécies 164 em 1973, para 216 espécies 165 em 1989 (com atualizações até 1998), e 627 espécies 166 em Quanto à flora, a lista de espécies ameaçadas continha 13 espécies de plantas 167 em 1968, 107 espécies 168 em 1992 e 472 espécies 169 em Há, ainda, uma segunda lista, com 1079 espécies de plantas consideradas com deficiência de dados. A perda de hábitats, a redução do tamanho dos remanescentes e o crescente isolamento do fragmento por novas formas de uso produzem grandes efeitos sobre a biodiversidade (BENSUSAN, 2001). Outrossim, áreas remanescentes de um hábitat, geralmente, não podem caracterizar, isoladamente, o ambiente original (BENSUSAN, op. cit., p. 171). Para reflexão, seguem alguns dados emblemáticos. Das mais de 600 espécies de animais ameaçadas de extinção no Brasil, 383 ocorrem na Mata Atlântica (ATLAS..., 2009). Por outro lado, a falta de proteção aliada à perda contínua dos recursos biológicos contribui para a extinção de espécies exclusivas da Caatinga, como a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii), ocorrida em 2000 (BRASIL..., 2007). Referências ALENCAR, A.; NEPSTAD, D.; MCGRATH, D.; MOUTINHO, P.; PACHECO, P.; DIAZ, M. C. V.; SOARES, F. B. Desmatamento na Amazônia: indo além da emergência crônica. Belém: Ipam, p. ANTUNES, P. B. Direito ambiental. Rio de Janeiro: Lumen Juris, p. 164 Lista Oficial de Espécies Animais Ameaçadas de Extinção da Fauna Indígena publicada em 1973 Portaria n o DN, do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), de Portaria n o 1.522, de 1989, do Ibama. 166 Instrução Normativa n o 3, de 2003, n o 5, de 2004, e nº 52, de 2005, do MMA. 167 Portaria nº 303, de 1968, do IBDF. 168 Portaria n o 6-N, de 1992, do Ibama. 169 Instrução Normativa n o 6, de 2008, do MMA. 430

17 ATLAS dos remanescentes da Mata Atlântica: período de , relatório parcial. São Paulo, SP: Fundação SOS Mata Atlântica; São José dos Campos, SP: Inpe, Disponível em: atlas%20mata%20atlantica-relatorio pdf. Acessado em: 23 set BENSUSAN, N. Os pressupostos biológicos do sistema nacional de unidades de conservação. In: BENJAMIN, A. H. (coord.). Direito ambiental das áreas protegidas: o regime jurídico das unidades de conservação. Rio de Janeiro: Forense Univ., p BRASIL. Grupo Permanente de Trabalho Interministerial para a Redução dos Índices de Desmatamento da Amazônia Legal. Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal. Brasília: Presidência da República, BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Biodiversidade e Florestas. Avaliação e identificação de áreas e ações prioritárias para conservação, utilização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade nos biomas brasileiros. Brasília: MMA, SBF, p.. Áreas prioritárias para a conservação: uso sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade brasileira. Brasília: MMA, SBF, p. BUSCHBACHER, Robert (coord.). Expansão agrícola e perda da biodiversidade no cerrado: origens históricas e o papel do comércio internacional. Brasília: WWF Brasil, p. MARGULIS, S. Causas do desmatamento da Amazônia brasileira. Brasília: Banco Mundial, p. SANO, E. E.; FERREIRA, L. G. Monitoramento semidetalhado (escala de 1: ) de ocupação de solos do cerrado: considerações e proposta metodológica. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE SENSORIAMENTO REMOTO, XII, 2005, Goiânia. Anais... Brasília : INPE, p

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