RELATÓRIO DO DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO DOS SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO.
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- João Lucas Castanho Soares
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1 RELATÓRIO DO DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO DOS SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO. RECIFE 2003
2 Diagnóstico Participativo dos Sistemas de Esgotamento Sanitário Trabalho realizado pela Diretoria Geral de Articulação Intersetorial e Comunitária Diretora Geral: Hermelinda Rocha Assessora da Diretoria e Coordenadora do Diagnóstico Participativo: Raineldes Melo Equipe técnica: Renata César (Assistente Social) e Rosana Delane (Socióloga) Recife
3 SUMÁRIO Apresentação 1. Introdução Metodologia Intervenção Social Indicadores Sociais Caracterização dos Sistemas Visitados Quadro 1- Listagem Geral das Comunidades Visitadas Quadro 2- Sistemas Visitados Gráfico 1- Sistemas em áreas ZEIS Gráfico 2- Sistemas com COMUL instaladas Referências Bibliográficas Anexos
4 APRESENTAÇÃO O presente relatório é resultado das reuniões e visitas realizadas em 63 comunidades para a construção, junto aos cidadãos/usuários e representantes locais, do Diagnóstico Participativo dos Sistemas de Esgotamento Sanitário, no período de novembro de 2002 a março de Nesse documento apresentamos o processo de intervenção social; os indicadores sociais obtidos, a caracterização e os resultados técnicos dos Sistemas Condominiais visitados. 4
5 1. INTRODUÇÃO O problema do saneamento na cidade do Recife vem sendo enfrentado em diversas frentes pela atual gestão. A criação da Secretaria de Saneamento em Programa Saneamento Integrado, uma parceria com o Governo do Estado através da Companhia Pernambucana de Saneamento (COMPESA), nos bairros da Mangueira e Mustardinha, a realização da 1ª Conferência Municipal de Saneamento, entre outras ações reflete a importância e a prioridade com que é tratada a questão do saneamento. A Prefeitura do Recife tem como diretriz fundamental a ampliação do espaço de participação da população e sociedade civil, favorecendo a discussão das várias demandas sociais, principalmente, no que se refere ao saneamento, a fim de garantir melhor qualidade dos serviços. A 1ª Conferência Municipal de Saneamento ampliou o espaço de participação popular a partir do próprio regimento interno, apresentado no Caderno de Resoluções, capítulo ll, arti.3º : A 1ª Conferência Municipal de Saneamento do Recife deve garantir o caráter amplo e democrático da participação da comunidade, sem restrições partidárias, corporativas ou de qualquer outra natureza. (p. 54). A partir dessa perspectiva de ações, a Conferência estabeleceu um canal de participação/responsabilidade na construção e implementação de resoluções para uma Política Municipal de Saneamento, promovendo o debate sobre os diversos aspectos que envolvem o saneamento, com várias instâncias da população, sociedade civil, gestores municipais, estaduais, federais e Organizações Não Governamentais (ONG s). A participação favorece a experiência coletiva ao efetivar a socialização de decisões e a divisão de responsabilidades, opondo-se as soluções centralizadas. O caráter deliberativo da Conferência, reflete a compreensão e compromisso político essencialmente democrático. Partindo desse princípio, a Secretaria de 5
6 Saneamento está realizando o Diagnóstico Municipal dos Sistemas de Esgotamento Sanitário. O item que prevê sua realização, está inserido nas metas e planos estabelecidos e apresentados no Caderno de Resoluções, no item 56: Elaborar um diagnóstico participativo, suficientemente detalhado, da situação do saneamento da cidade do Recife, incluindo o cadastramento dos sistemas existentes visando a garantia da sua complementação bem como a operação e manutenção dos mesmos estabelecendo parcerias entre os três níveis de poder. O diagnóstico também deverá servir para definição de prioridades das intervenções. (p. 27) As recentes discussões sobre políticas públicas de saneamento têm apontado uma perspectiva de universalização dos serviços, de descentralização, de democratização e de participação social, baseados nos princípios da continuidade, equidade e mutabilidade. Existe um consenso em que a participação e controle social são premissas fundamentais para se tratar a questão do saneamento. No Fórum Estadual de Reforma Urbana, realizado em 1995, o então diretor presidente da COMPESA, João Bosco Almeida, admitiu que:... o Estado tem que viabilizar a execução, a existência desses serviços para a sociedade, de modo universal, e sob controle e vigilância da sociedade (...) Em nenhuma hipótese podemos imaginar serviço público onde a sociedade não esteja presente. ( p. 11 ) Destacamos essa posição da COMPESA, justamente por ser a concessionária responsável pela manutenção da maioria dos sistemas implantados, sendo alvo das reclamações e reivindicações da população usuária em relação a falta de acesso aos serviços, a ausência de um canal de participação e controle social, a qualidade dos serviços de saneamento, e em particular a manutenção dos sistemas condominiais pela COMPESA. A questão de regulação e controle social, foi tratada na Conferência pelo Secretario de Saneamento Antônio da Costa Miranda Neto : 6
7 Como princípio, quem regula, ou seja, quem estabelece as regras de prestação dos serviços, é o seu titular. Assim, a Conferência Municipal de Saneamento, em nome do Município, produzirá entre as suas diretrizes aquelas relativas à regulação dos serviços a serem prestados pela Prefeitura, diretamente ou através da sua concessionária, a Compesa. Uma vez estabelecida a regra, caberá ao município o seu cumprimento. Pretendemos ainda que a Conferência defina, para posterior eleição, um Conselho Municipal de Saneamento, o qual, por Lei Municipal, ficará encarregado de fiscalizar o cumprimento das deliberações da Conferência e será o órgão regulador, amparado por uma equipe técnica aparelhada e capaz. Eis a base que possibilitará a melhoria contínua dos serviços, por privilegiar o interesse dos cidadãos, e não simplesmente o equilíbrio econômico e financeiro das relações entre concedente e concessionário. É claro que esta é uma função indispensável, tanto o Município como a Compesa vão querer relações conveniais estáveis, de preferência sem possibilidade de litígios judiciais, mas faz uma grande diferença não ser este o foco da estrutura de regulação e controle. Ao ser admitido explicitamente o interesse do consumidor como o alvo, tendo os demais interesses como acessórios, resolve-se o dilema da agência independente, algo que ainda desconhecemos na prática, uma vez que todas elas evidentemente são formadas por pessoas, que têm maior ou menor grau de consciência política, múltiplas convicções, ideologias, ambições etc. Assim, é nossa opção ser fiscalizados e controlados pela sociedade, da qual há uma parte que merece maior atenção, formada por aqueles que mais precisam e que são normalmente os que mais reclamam e, infelizmente, são também os que menos se fazem ouvir. A estes, principalmente, está sendo dedicado o melhor dos nossos esforços. (Como sanear o Recife o mais rapidamente possível, p. 53) A realização do Diagnóstico Participativo dos Sistemas Condominiais de Esgoto nos possibilitou a aproximação com a realidade social de diversas comunidades, revelando, em vários aspectos, uma situação sanitária comum. Através dos cidadãos / usuários e seus representantes, nos foi apresentado, entre 7
8 outros fatores, como causa do funcionamento inadequado ou o não funcionamento e o completo abandono desses sistemas, a ausência de um canal de participação popular. A inexistência de controle social, desde a formulação dos projetos, acompanhamento e avaliação dos serviços, perpassando pela ausência de um processo educativo, ou a descontinuidade do processo educativo, e, portanto, a sua ineficiência, confirma em senso comum, o que os especialistas fundamentam em teoria a respeito da problemática do saneamento. Outro fator apontado pela população está relacionado a questão da qualidade na prestação dos serviços, ou a total falta desse atendimento, principalmente no que se refere a manutenção dos sistemas condominiais. A partir das visitas aos sistemas condominiais, em entrevistas e conversas informais, conhecendo e presenciando as dificuldades da população usuária, podemos ratificar que o saneamento é uma questão essencialmente de saúde pública. E como serviço essencial, é urgente que se efetive de fato a inclusão dos cidadão/usuários no processo de implantação e/ou implementação desses serviços, no sentido de que o controle social, através da participação possibilite o funcionamento dos sistemas com maior qualidade buscando assegurar a presteza e eficácia na prestação dos serviços. 8
9 2. METODOLOGIA O Diagnóstico Participativo de Esgotamento Sanitário tem como diretriz a intervenção social, baseada na participação popular, durante todo o desenvolvimento das ações, que vai desde a articulação com todas as instâncias envolvidas - Secretaria de Orçamento Participativo e Gestão Cidadã; Delegados do Orçamento Participativo; Delegados de Saneamento; Representantes do PREZEIS (Plano de Regularização das Zonas Especiais de Interesse Social); população/moradores e representantes comunitários a mobilização comunitária para participação/construção do Diagnóstico, a realização das reuniões e visitas aos sistemas. Dentre as atividades técnicas específicas da engenharia temos : Levantamento e processamento de informações existentes: -identificação dos sistemas (através de documentos acadêmicos e institucionais; projetos técnicos; cadastro de sistemas; ordem de serviço; consultas verbais a engenheiros e técnicos que trabalharam na elaboração dos projetos ou na execução das obras); - estudos dos sistemas identificados; Atividade de campo: -visitas de campo percorrendo todas as vias de abrangência do sistema, verificando pavimentação, coletores de esgoto, estação(ões) elevatória(s), unidades de tratamento, destino final e efetuando registro fotográfico; - levantamento de informações sobre a implantação e manutenção/operação dos sistemas; Processamento dos dados obtidos; - desenho do limite dos sistemas de esgotamento sanitário na base cartográfica; -montagem do banco de dados georefereciados; -edição de registro descritivo e fotográfico. 9
10 2.1 PROCESSO DE INTERVENÇÃO SOCIAL A perspectiva do Diagnóstico Participativo dos Sistemas de Esgotamento Sanitário é de que a participação do cidadão/usuário, através da valorização da vivência e conhecimento da população na construção desse trabalho, amplie nossos conhecimentos, no sentido de nos garantir uma proximidade da realidade pesquisada, que, não se limita aos aspectos técnicos dos sistemas, mas as questões sanitárias em sua dimensão social. Consideramos que a inclusão da população é o grande diferencial no Diagnóstico, nos possibilitando uma aproximação mais efetiva da real situação dos sistemas de esgotamento sanitário implantados. Através do processo de intervenção social que se iniciou com articulação interna, entre a Diretoria Geral de Articulação Intersetorial e Comunitária, Diretoria Geral de Engenharia e Secretaria de Orçamento Participativo e Gestão Cidadã, para planejamento e programação das ações (definição das áreas através de mapas, mobilização comunitária e agendamento das reuniões e visitas aos sistemas) estabelecemos um canal de participação com a comunidade na construção do Diagnóstico Participativo dos Sistemas de Esgotamento Sanitário. O processo de articulação para envolvimento da população na execução do diagnóstico participativo segue as seguintes etapas: Planejamento das reuniões e visitas com a Diretoria Geral de Articulação, Diretoria Geral de Engenharia e com os coordenadores microrregionais da Secretaria de Orçamento Participativo e Gestão Cidadã; Agendamento de reuniões nas microrregiões da Cidade do Recife por bairros ou por sistemas; Implantação de instrumentos de mobilização comunitária; Realização de reuniões para apresentação da proposta de construção do diagnóstico e encaminhamentos; 10
11 Articulação com representantes e moradores das comunidades para acompanhamento das visitas de campo; Realização das visitas in loco (equipe técnica de engenharia e social); Relatório de visitas. A mobilização comunitária para participação das reuniões de apresentação do Diagnóstico foi realizada pelos coordenadores das RPA s e microrregiões, a partir do planejamento e monitoramento da DGA considerando a disponibilidade das secretarias evolvidas e comunidades. O processo de mobilização foi desenvolvido, através da articulação das lideranças, Delegados de Saneamento e Orçamento Participativo, visitas as comunidades, entregas de convites porta a porta e via Correios. As reuniões comunitárias foram coordenadas pela DGA, com participação da DGE, coordenadores da Secretaria de Orçamento Participativo, população e representantes comunitários. O objetivo das reuniões, além da apresentação do processo de realização do Diagnóstico, consistiu, principalmente, no envolvimento da população nas visitas aos sistemas para que, junto aos técnicos da Secretaria de Saneamento, pudéssemos construir um retrato das condições sanitárias e sociais da comunidade, através do resgate histórico do início da ocupação da área, da implantação do sistema, fazendo um comparativo da situação anterior a implantação e a situação atual em que se encontra a comunidade em relação ao saneamento. As reuniões proporcionaram um espaço para o debate político das ações da gestão, através das Secretarias envolvidas, e principalmente um espaço para que a população, através dos cidadãos/ usuários dos serviços públicos discutissem os seus problemas e para que pudéssemos entender a situação geral do sistema visitado, proporcionando aos comunitários a compreensão do papel de cada setor envolvido com o saneamento. 11
12 Existiram solicitações e questionamentos da população envolvida no processo de apresentação e construção do Diagnóstico em relação à metodologia de trabalho realizada pela Secretaria de Orçamento Participativo. As reuniões suscitaram a ampliação da discussão sobre a problemática da implantação dos sistemas, principalmente quanto aos problemas de manutenção. Existiram solicitações e questionamentos da população envolvida no processo de apresentação e construção do Diagnóstico, gerando novos debates em relação à metodologia de trabalho realizada pela Secretaria de Orçamento Participativo. A presença de representantes do OP foi muito solicitada e questionada quando ausentes nas reuniões, considerando que há uma grande expectativa da população quanto as obras de saneamento, principalmente nas áreas em que foi priorizado esse serviço. Procuramos responder as questões explicando o papel das Secretarias e encaminhando as solicitações para esclarecimento, junto ao OP e órgãos responsáveis. A realização das reuniões comunitárias foi fundamental, além das discussões, e informações sobre a comunidade e sistema local, para que descobríssemos outros sistemas implantados e para que identificássemos, quando no caso da inexistência de sistema nas áreas visitadas. Reunião com moradores e lideranças comunitárias no Alto Santa Isabel. 12
13 A realização das visitas aos sistemas condominiais foram agendadas durante as reuniões, junto aos participantes. Solicitamos aos moradores e/ou representantes comunitários com disponibilidade com conhecessem da área e fossem reconhecidos pela comunidade facilitando nossas ações junto a população visitada. As visitas as comunidades além do levantamento técnico das condições físicas dos sistemas objetivou conhecer a realidade local em seus aspectos sociais e sanitários, valorizando o olhar do usuário, através de entrevistas e conversas informais sobre o histórico da ocupação da área e da implantação dos sistemas de esgotamento sanitário; o grau de satisfação dos usuários em relação aos sistemas; os principais problemas relacionados a implantação e funcionamento do sistema ;as alternativas encontradas pelos usuários para solucionar os problemas; a periodicidade e qualidade na prestação dos serviços; a participação comunitária: relação entre representantes da comunidade, instituições públicas e população. Visita para Diagnóstico em Planeta dos Macacos. Visita para Diagnóstico no Coque. 13
14 3. INDICADORES SOCIAIS HISTÓRICO DA OCUPAÇÃO DAS ÁREAS O Recife é caracterizado, originalmente, por ser envolvido por rios, alagados e sua vegetação constituída por mangues. A ocupação da capital pernambucana foi realizada de forma desordenada por pessoas, geralmente, provenientes da área rural ou da periferia da cidade. Estas pessoas construíam suas casas nas margens dos mangues, alagados ou em morros do Recife. Inicialmente, estas ocupações se deram de forma centrífuga (centro para a periferia), trazendo sérias conseqüências tanto para a capital, quanto para a qualidade de vida dos seus moradores, assim: A ocupação indevida das áreas alagadas e encostas dos morros com inclinação de mais de 30º criaram inúmeras áreas de risco, gerando situações catastróficas a cada inverno, com alagamentos e deslizamentos de barreira. (SECRETARIA DE SANEAMENTO, 2001:5) Outro agravante para a ocupação desordenada no Recife foi à falta de uma política habitacional eficiente dos Governos e um planejamento urbano evitando impactos ambientais, econômicos e sociais. Atualmente, as áreas ainda trazem resquícios dessa ocupação, áreas mal ordenadas e insalubres. Constatamos no Diagnóstico, através de entrevistas e conversas informais com moradores e representantes das 64 comunidades visitadas, que aproximadamente 18 dessas, foram ocupadas espontaneamente e desenvolveram-se ao longo dos anos, construindo moradias feitas de barro, tábuas ou papelão e posteriormente erguiam suas casas de alvenaria. Algumas dessas localidades foram ocupadas no início do século XX, a exemplo disso a Vila São Miguel, Alto Santa Isabel, Coelhos e Ilha de Joaneiro, as outras comunidades variam entre as décadas de 40 a 80 como: João de 14
15 Barros, no bairro de Campo Grande; Rua do Rio Zeis, no bairro de Areais; Coque, bairro da Ilha de Joaneiro; Planeta dos Macacos, no bairro do Curado; Marrom Glacê, em Afogados, entre outros. Verificamos, também, que existem áreas que surgiram a partir de lotes cedidos por empresas privadas que se instalavam nas proximidades da região como a ZEIS Apipucos e Burity, que foi constituída inicialmente por funcionários da Fábrica Othon Bezerra que construiu vilas para seus funcionários. Em outros casos proprietários de Engenhos, passaram a lotear áreas para a venda ou aluguel do terreno como as comunidades de Cacimbão, em Torrões; Cajueiro, localizado no bairro de mesmo nome; Jardim Beberibe, em Beberibe; Avaré, em Tejipió e outras. Em outras comunidades a ocupação foi a partir essencialmente de programas habitacionais, realizados pela Empresa de Urbanização do Recife (URB-Recife)- Prefeitura do Recife ou pelo Governo do Estado como em Rua Ruth Moura, Engenho do Meio, na década de 40; Vila do Vintém, Parnamirim na década de 80; Jardim São Paulo; Poço Alto e Vila Santa Marta, no Barbalho, também da década de 80 e Vila Esperança, em Dois Unidos, Vila Nova Vida (Odete Monteiro), Conjunto Triângulo Fernandinho, em São José, na década de 90. RESGATE HISTÓRICO DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO O Recife foi ocupada desordenadamente, principalmente, a partir do início do XX, havendo uma preocupação, por parte do Estado e dos grupos organizados, uma preocupação em relação a saúde pública: As áreas urbanas eram objetos de informes sanitários empreendidos por diversas instâncias do poder local, notadamente, no que se refere ao caso do Recife, pela Inspectorya de Hygiene Púbblica, cujos médicos constituíram a vanguarda que preconizava a higienização e saneamneto da cidade... (Melo, 1984:45) 15
16 No decorrer desse período foram criadas várias instituições para o gerenciamento do saneamento na capital pernambucana como a Comissão de Saneamento do Recife, em 1909, a Repartição de Saneamento, em 1918, o Departamento de Saneamento do Estado, entre outros. Finalmente, em 1974 foi instituída a Companhia Pernambucana de Saneamento, responsável pela administração da água e esgoto nas cidades em que as prefeituras dispuseram a concessão da água e esgoto, seguindo a tendência da maioria dos estados brasileiros. Objetivando expandir o saneamento em algumas cidades do Estado, foi cria da uma nova técnica o sistema condominial, na década de 80, com o objetivo de responder à falta de serviços de saneamento nos bairros populares e propor novas formas de gestão e de manutenção. (Bodard, 1996:18). A proposta inicial desse sistema era baratear os custos para a sua implantação, já que as obras de saneamento são extremante cara. Para seu bom funcionamento é necessário que o gestor viabilize a efetiva participação da população na implantação e gestão do sistema condominial, dessa forma, garantindo a co-responsabilidade da comunidade. Os sistemas de esgotamento sanitário, do tipo condominial, dos bairros da cidade do Recife foram implantados, em sua maioria, entre as décadas de 80 a 90, através de obras executados pela Prefeitura do Recife- URB-Recife e EMLURB- ou Governo do Estado- COMPESA e COHAB- através de projetos como Um por Todos, Todos por Todos. SITUAÇÃO DA COMUNIDADE ANTES E DEPOIS DA IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO/ ALTERNATIVAS ENCONTRADAS PELOS MORADORES Segundo o censo de 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 42,9% dos domicílios no Recife estão ligados a rede geral de esgoto ou a rede pluvial. 16
17 Constatamos no Diagnóstico, através das visitas, que a maioria dos sistemas condominiais implantados não funcionam adequadamente ou simplesmente foram abandonados sem qualquer manutenção do órgão competente, ocasionando sérias problemas de obstruções nos ramais do sistema e conseqüentemente o retorno do esgoto para as residências e a céu aberto. Apesar de alguns moradores procurarem fazer a limpeza das caixas internas ao lote, a obstrução do poço de visita, de responsabilidade da concessionária, permanecem sem manutenção. Outro agravante verificado é que as poucas Estações de Tratamento de Esgoto ou Elevatória existentes estão desativadas ou em precárias condições de funcionamento com diversos problemas de manutenção por falta de equipe técnica local, bombas sucção desativadas e segurança, levando a depedração das instalações. Esse conjunto de problemas resulta na insatisfação da população com os serviços públicos, buscando alternativas que quase sempre agrava situação sanitária da comunidade. As alternativas imediatas encontradas pelos moradores se inicia com o desligamento do sistema condominial, vedando a caixa interna e ligando o seu esgoto para o canal, sistema de drenagem, ou diretamente a rede coletora de esgoto prejudicando diretamente os vizinhos. Identificamos que outra alternativa foi voltar a utilizar a fossa séptica. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA A população, em sua maioria, está satisfeita com a prestação dos serviços de abastecimento de água da COMPESA. A periodicidade do sistema de abastecimento de água verificada nas comunidades visitadas, geralmente, é de 24x 48 horas. Em relação a qualidade da água não constatamos insatisfação por parte da maioria dos moradores entrevistados. PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA : RELAÇÃO ENTRE REPRESENTANTES DA POPULAÇÃO, INSTITUIÇÕES, E COMUNIDADE. A história da luta política, da força dos movimentos sociais, e a beleza da cultura popular, como manifestação do sentimento de indignação em 17
18 relação as injustiças sociais, estão presentes no inconsciente coletivo. Apesar dessa herança política, na dimensão de participação e cidadania, e dos avanços da consciência política da sociedade civil, há um desgaste e enfraquecimento, principalmente na população menos favorecida (do direito a cidadania) que exclui, ou distancia, da participação política, principalmente no que se refere ao controle das ações do poder público. A participação comunitária especificamente relacionada as comunidades visitadas na realização do Diagnóstico, reflete esse desgaste da população, com o agravante de que não há, de uma maneira geral, a consciência da população, da participação como ação política. Existe o sentimento, de um lado, de que a liderança comunitária é o responsável pela comunidade. De outro lado, alguns representantes não são aprovados, por não fazerem nada em benefício da comunidade, como afirmaram alguns moradores. Os sentimentos se confundem numa perspectiva paternalista e de acomodação, e de descompromisso e exclusão. A questão da inclusão e participação popular é complexa porque, como fundamento da democracia, implica participação, conflito e diálogo, para se chegar ao consenso : não se pode falar de democracia sem falar de participação, uma vez que a democracia reconhece a cada membro o direito de participar da direção e gestão dos assuntos coletivos. Participar não significa assumir um poder, mas, participar de um poder, que desde logo exclui qualquer alteração deste, entretanto, é difícil avaliar até que ponto as pessoas, efetivamente, participam na tomada e na implementação das decisões no que diz respeito a coletividade e até que ponto estão sendo manipuladas. A questão da manipulação, está presente, na fala de alguns entrevistados quando afirmam que, algumas lideranças comunitárias buscam,através de barganhas políticas, em benefício próprio, envolver a população, se apresentando como representante da comunidade, e no entanto, não favorecendo ao bem coletivo. Essa relação conflituosa entre algumas lideranças comunitárias e comunidade, e o proseio conflito interno entre lideranças (caso do Coque), desacredita o processo de participação popular. Apesar desses pontos 18
19 obstacularizadores do processo de participação comunitária, verificamos que a maioria das comunidades visitadas estão formalmente organizadas politicamente através de associações de moradores, grupos comunitários, conselho de moradores, COMUL, entre outras entidades. As seguintes comunidades têm um tipo de organização política informal : Alderico Pereira Rêgo,Nova Trento, João Xavier Pedrosa, Brasilândia, Avaré, Tupinaré, Olegário Mariano e Cajueiro, através da formação de grupos de moradores que participam ocasionalmente quando mobilizados, como no caso da participação na realização do diagnóstico. Em relação a participação na implantação de serviços de saneamento, há por parte da maioria dos entrevistados, o sentimento de exclusão do processo. Alguns moradores das comunidades Vila Arraes e Vila Esperança que acompanharam a implantação dos sistemas, fizeram críticas aos trabalhos de engenharia, sendo apontados como causas do mal funcionamento, a falta de competência ou responsabilidade de alguns profissionais na execução das obras. Outro fator apontado pela população entrevistada, como causa do mal funcionamento dos sistemas, foi a ausência de um processo educativo em relação ao uso adequado do sistema e as questões sanitárias e ambientais. 19
20 4. CARACTERIZAÇÃO DOS SISTEMAS VISITADOS A listagem inicial dos sistemas de esgotamento sanitário adotada pela Secretaria de Saneamento para o Diagnóstico, foi baseada na tese de mestrado de Ronald F. A., que havia registrado cerca de 102 sistemas implantados, sendo 72 do tipo condominial e 30 do tipo convencional. A partir dessa lista iniciou-se a busca por materiais (mapas, documentos, projetos, entre outros) em diversos órgãos tais como: Empresa de Urbanização do Recife(URB-Recife), Empresa de Limpeza Urbana(EMLURB), COMPESA e empresas de obras. A lista que corresponde ao quadro 1, demonstra todas comunidades visitadas pela equipe social e de engenharia para a realização do Diagnóstico, a fim de constatar se os sistemas foram implantados de fato, o seu funcionamento e todas as etapas da ação proposta. Foram visitadas 63 comunidades, no período de novembro de 2002 a março de 2003, no horário manhã/tarde, sendo realizadas 41 reuniões no horário noturno, com aproximadamente 518 participantes, entre moradores e representantes comunitários. Algumas reuniões envolveram mais de uma comunidade como nos casos de João de Barros, Santa Terezinha, Chie e Ilha de Joaneiro; Ambolé, Elpídio Branco, Padre Henrique, Vila Arraes e Vila Felicidade; Barbalho, Poço Alto, Vila Santa Marta/Vila São João; Abdias de Oliveira, Brasilândia, Torre/Zumbi e Rio Jiquiá; Cacimbão e Ruth Moura; Marrom Glacê e Vila São Miguel. A partir das visitas realizadas identificamos que alguns sistemas atendem a mais de uma comunidade, a exemplo; Canaã e Bela Vista. 20
21 QUADRO 1 - LISTAGEM GERAL DAS COMUNIDADES VISITADAS RPA Microrregião Sistemas Visitados Bairro 1.1 João de Barros Santo Amaro 1.1 Ponte do Maduro Santa Santo Amaro Terezinha 1.3 Coelhos Coelhos Coque 1 Ibiporã São Jose 1.3 Coque 2 M. Luter kimg Ilha Joana Bezerra 1.3 Coque 3 Realeza Ilha Joana Bezerra 1.3 Coque 4 Av. Central Ilha Joana Bezerra 1.3 Conjunto Residencial Triângulo São José Fernadinho 2.1 Alderico Pereira Rego Campo Grande 2.1 Nova Trento Hipodromo 2.1 Ponte do Maduro Ilha de Campo Grande Joaneiro 2.1 Ponte do Maduro Chie Campo Grande 2.2 Cajueiro Cajueiro Joa Xavier Pedrosa Agua Fria 2.2 São Jose Agua Fria 2.2 Alto do Céu 2.3 Canaã Nova Descoberta 2.3 Bela Vista Nova Descoberta 2.3 Jardim Beberibe Beberibe 2.3 Vila Esperança Dois Unidos 3.1 Alto do Mandu Alto do Mandu 3.1 Alto Santa Izabel Casa Amarela 3.1 Apipucos Apipucos Poço da Panela Casa Forte 3.1 Vila do Vintém Parnamirim 3.1 Vila Tamarineira Tamarineira 3.3 Burity Macaxeira 3.3 Passarinho Passarinho Abdias de oliveira Zumbi 4.1 Barbalho Iputinga 4.1 Brasilandia Cordeiro 4.1 Poço Alto Iputinga 4.1 Rio Jiquia Cordeiro 4.1 Skylab II Iputinga 4.1 Torre / Zumbi Torre 4.1 Vila Santa Marta Iputinga 4.1 Vila São João Iputinga 4.1 Bomba Grande Iputinga 21
22 4.1 Odete Monteiro Cordeiro 4.2 Cacimbão Torroes 4.2 Ruth Moura Engenho do Meio 4.3 Ambolé Varzea 4.3 Brasilit Varzea 4.3 Rua Elpidio Branco Várzea 4.3 Padre Henrique Varzea 4.3 Vila Felicidade Caxanga 4.3 Vila Arraes Várzea Industria Paulo Alimonda San Martins 5.1 Jose da Bomba Afogados 5.1 Lot. Manoel Gonçalves da Luz Mustadrinha 5.1 Marrom Glacê Afogados 5.1 Vila São Miguel Afogados 5.2 Berinha ZEIS Areias 5.2 Olegário Mariano Jiquia 5.2 Rua do Rio ZEIS Areias 5.2 Vila Cardeal Silva Areias 5.3 Tupinaré Tejipio 5.3 Avaré Tejipio 5.3 Planeta dos Macaccos Curado 5.3 Jardim São Paulo Jardim São Paulo Coroenel Fabriciano Imbiribeira 6.1 Tancredo Neves Imbiribeira 6.1 Nossa Senhora de Fátima Imbiribeira 6.1 Entra Apulso Boa Viagem 6.2 Vila do SESI Ibura TOTAL DE ÁREAS 64 Comunidades que não possuem sistema de esgotamento sanitário Área de intervenção do Programa Saneamento Integardo Sistema de Esgotamento Sanitário não convencional 22
23 Há uma diferença quantitativa na lista inicial dos sistemas (anexo 1) e a Listagem geral das comunidades visitadas (quadro 1.), tendo em vista, que algumas áreas foram identificadas separadamente, quando na verdade compõe uma mesma comunidade, a exemplo disso a Vila Santa Marta e Vila São João. Uma outra questão verificada foi quanto a inexistência de sistemas em algumas comunidades: Brasilit, Alto do Céu, Alto do Mandu e Vila do SESI. Portanto, das 64 comunidades visitadas foram identificados cerca de 56 sistemas, como demonstra o quadro 2. QUADRO 2- SISTEMAS VISITADOS RPA Microregião SISTEMAS VISITADOS BAIRRO 1.1 João de Barros Santo Amaro 1.1 Ponte do Maduro- Santa Terezinha Santo Amaro 1.3 Coelhos Coelhos 1.3 Coque 1-Ibiporã 1 Ilha de Joaneiro 1.3 Coque 2- M. Luter king Ilha Joana Bezerra 1.3 Coque 3- Realeza São José 1.3 Coque 4- Av. Central Ilha Joana Bezerra 1.3 Conjunto Residencial Triângulo São José Fernandinho 2.1 Alderico Pereira Rego Campo Grande 2.1 Nova Trento Hipódromo 2.1 Ponte do Madura- Ilha de Joaneiro Campo Grande 2.1 Ponte do Maduro- Chié Campo Grande 2.2 Cajueiro Cajueiro 2.2 João Xavier Pedrosa Água Fria 2.2 São José Água Fria 2.3 Canaã /Bela Vista Nova Descoberta 2.3 Jardim Beberibe Beberibe 2.3 Vila Esperança 2 Dois Unidos 3.1 Alto Santa Isabel Casa Amarela 3.1 Apipucos Apipucos 3.1 Poço da Panela Casa Forte 1 As áreas do Coque 1, 2,3, 4 e Conjunto Residencial Triângulo Fernandinho são parte integrante de uma mesma ZEIS Coque. 2 Sub-área ZEIS Vila Esperança/Cabocó 23
24 3.1 Vila do Vintém Parnamirim 3.1 Vila Tamarineira Tamarineira 3.3 Burity Macaxeira 3.3 Passarinho Passarinho Abdias de Oliveira Zumbi 4.1 Barbalho Iputinga 4.1 Brasilândia Cordeiro 4.1 Poço Alto Iputinga 4.1 Rio Jiquiá Cordeiro 4.1 Skylab II Iputinga 4.1 Torre / Zumbi Torre 4.1 Vila Santa Marta/ Vila São João Iputinga 4.1 Odete Monteiro Cordeiro 4.2 Cacimbão Torrões 4.2 Rua Ruth Moura Engenho do Meio 4.3 Ambolé Várzea 4.3 Rua Elpídio Branco Várzea 4.3 Padre Henrique Várzea 4.3 Vila Felicidade Caxangá 4.3 Vila Arraes Várzea Indústria Paulo Alimonda San Martin 5.1 José da Bomba Afogados 5.1 Marrom Glacê 3 Afogados 5.1 Vila São Miguel 4 Afogados 5.2 Beirinha ZEIS Areias 5.2 Olegário Mariano Jiquiá 5.2 Rua do Rio ZEIS Areias 5.3 Tupinaré Tejipió 5.3 Avaré Tejipió 5.3 Planeta dos Macacos Curado 5.3 Jardim São Paulo Jardim São Paulo Coronel Fabriciano Imbiribeira 6.1 Tancredo Neves Imbiribeira 6.1 Nossa Senhora de Fátima Imbiribeira 6.1 Entra Apulso Boa Viagem Nota: dados sobre a ZEIS obtidos na Empresa de Urbanização do Recife. Áreas ZEIS com COMUL instalada Áreas ZEIS sem COMUL instalada 3 Sub-área da ZEIS Afogados 4 Sub-área da ZEIS Afogados 24
25 No quadro 2. de sistemas visitados não estão incluídas as áreas de intervenção da Secretaria de Saneamento, com obras de recuperação do sistema condominial ou através do Programa do Saneamento Integrado respectivamente: Roda de Fogo, Jardim Uchoa, Vila Santa Luzia, Aritana, Santo Amaro e Chão de Estrelas e Mangueira e Mustardinha. A lista inicial (anexo1) previa a visita para Diagnóstico a Brasília Teimosa e Vila Teimosinho, porém, atualmente a comunidade está sendo beneficiada com a recuperação e implantação, em alguns locais, do sistema de esgotamento sanitário, realizado pela COMPESA- Governo do Estado, que ainda será realizada no término das obras. Em relação a Afogados (Ruas) não foi encontrado nenhum material que identificasse as ruas a serem visitadas pelas equipes para o levantamento dos dados. No que se refere a Vila dos Milagres não foi possível realizar a visita devido as circunstâncias críticas de segurança. A equipe dará continuidade aos trabalhos na área posteriormente. Das 64 comunidades visitadas constatamos que 22 sistemas estão localizados em Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), regulamentadas pela Lei do PREZEIS (Plano de Regularização das Zonas Especiais de Interesse Social). Segundo a Lei do PREZEIS as... ZEIS são caracterizadas como áreas carentes de infra-estrutura básica, pavimentação (...) A inexistência desses serviços contribui para agravar as condições de vida das populações residentes nas ZEIS... (p. 09) Apesar das 22 áreas visitadas serem ZEIS e possuírem sistema condominial verificamos que a maioria não funciona adequadamente, seja pela má utilização do saneamento pela população, seja pela falta de manutenção do órgão competente, agravando consideravelmente a saúde dos moradores, através, principalmente, da proliferação de vetores no local. Outra característica dessas comunidades é terem sido ocupadas espontaneamente, sem planejamento urbano e seus moradores não possuem a documento da propriedade de terra. Vale salientar que qualquer área, através dos grupos formais, poderá solicitar a 25
26 transformação da comunidade em ZEIS, desde que se encaixem nas normas e características determinadas pela Lei do PREZEIS. Gráfico 1- Sistemas Visitados em áreas ZEIS % 37% Sistemas Visitados em área ZEIS Sistemas Visitados em outras áreas As ZEIS possuem um diferencial das outras comunidades visitadas, a maioria possui um canal de participação instituído a Comissão de Urbanização e Legalização da Posse de Terra (COMUL) sendo... um espaço de deliberação política responsável pela formulação, implementação e fiscalização dos projetos de urbanização e regularização fundiária a serem desenvolvidos a serem desenvolvidos em cada área ZEIS (p.06). A Comissão é constituída por 02 representantes da comunidade, 02 do órgão público e 01 de uma ONG. Todo esse trabalho é acompanhado pela a URB-Recife, através do Fórum do PREZEIS que é... um espaço de articulação política e definições relativas ao conjunto de áreas ZEIS e dessas em relação a cidade como um todo (idem:6). Gráfico 2 - Sistemas com COMUL instalada % 36% ZEIS sem COMUL instalada ZEIS com COMUL instalada 26
27 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BODARD, Patrick. A água e saneamento no Nordeste do Brasil: estudos de caso. Programa Solidariedade Água. Coleção Études et Travaux, abr, CADERNO DE RESOLUÇÕES: 1ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO DO RECIFE. Prefeitura do Recife, COMO SANEAR O RECIFE O MAIS RAPIDAMENTE POSSÍVEL: SANEAMENTO POR UMA VIDA MELHOR. Prefeitura do Recife, CAVALCANTI, Carlos Lima. O Recife e seus Bairros. Recife: Câmara dos Vereadores, COSTA, André Monteiro, PONTES, Carlos e REZENDE, Flávio (Org.). Políticas Públicas e Saneamento Básico. FASE, Recife, DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO DA CIDADE DO RECIFE. Secretaria de Saneamento- Diretoria Geral de Planejamento. Recife, MELO, Marcus André B. C. de. A Cidade Dos Mocambos Estado, Habitação E Luta De Classes No Recife (1920/1964). Caderno do CEAS, nº92, jul/ago Salvador, Bahia
28 ANEXO I 28
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