A DISTRIBUIÇÃO DA TERRA NAS REGIÕES NORTE E NOROESTE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: 1970 A 1995

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A DISTRIBUIÇÃO DA TERRA NAS REGIÕES NORTE E NOROESTE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: 1970 A 1995"

Transcrição

1 A DISTRIBUIÇÃO DA TERRA NAS REGIÕES NORTE E NOROESTE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: 1970 A 1995 André de Paula Simões Paulo Marcelo de Souza RESUMO: A pesquisa procura analisar, através das informações dos Censos Agropecuários, as alterações ocorridas na distribuição da posse da terra nos municípios das regiões Norte e Noroeste fluminense, no período de 1970 a Na caracterização do perfil agrário desses municípios foram empregados o índice de Gini, a área média, o percentual da área correspondente aos 5% maiores imóveis e o percentual da área correspondente aos 50% menores imóveis. Os resultados permitiram constatar diferenças significativas entre a regiões em estudo, com a região Norte sobressaindo-se por apresentar estrutura fundiária mais concentrada. Observouse ainda que a estrutura fundiária dos municípios analisados sofreu poucas alterações no período, destacando-se, porém, a redução no percentual da área total correspondente aos 50% menores estabelecimentos, historicamente muito pequena. Palavras-chave: distribuição da terra, estabelecimentos agropecuários, concentração. 1- INTRODUÇÃO As regiões Norte e Noroeste do estado do Rio de Janeiro compreendem 23 municípios que, além da extensão territorial, possuem grande importância para a economia do estado devido, principalmente, à atividade agrícola e mais recentemente aos Royalties do Petróleo. Produtoras de Açúcar e Café, as regiões Norte e Noroeste respectivamente, são consideradas um dos espaços canavieiros e cafeeiros mais tradicionais do Brasil, datando o séc XVIII. Essa diferenciação das atividades econômicas (sobretudo as atividades agrícolas) dos municípios, foram determinadas pelas diferenças de clima e relevo encontradas nas das regiões analisadas no presente estudo. De relevo plano, típico de baixada, e clima quente e úmido, a região norte fluminense se estruturou sua economia sobre a lavoura de cana-de-açúcar. Já o Noroeste Fluminense, com relevo fortemente acidentado, não pode fortalecer a lavoura da cana, mas se diferenciou em região produtora de gado de leite e café, sendo uma importante bacia leiteira que abastece o grande centro mais próximo. Ocupando uma área de ,6 km², equivalente a 35,3% da área total do estado e por ser uma região de intensa exploração agropecuária, o estudo das mudanças na estrutura do setor agrícola do norte e noroeste fluminense se faz extremamente necessário para entender o atual estágio de desenvolvimento das forças produtivas na agricultura da região e para que as ações destinadas ao setor, visando a aspectos como infra-estrutura, serviços médicos, educação, pesquisa etc., possam ser consistentes com o ambiente de mudanças dentro do qual se busca implementá-las. De modo simplificado, a estrutura do setor agrícola é definida como a posição deste setor, em determinado momento, quanto a aspectos relacionados à distribuição das firmas com respeito ao tamanho, à tecnologia e às suas características de produção, à posse dos recursos, ao padrão de financiamento das atividades e à importância das ligações inter e intrasetoriais (BOEHLJE, 1992). Um dos parâmetros de grande importância na definição da estrutura do setor agrícola é a distribuição da terra. Sabe-se que, no Brasil, a distribuição da posse da terra é historicamente concentrada, fato cuja origem remonta ao período da colonização, com as capitanias hereditárias e a doação das sesmarias. No estado do Rio de Janeiro, a distribuição

2 desse recurso, conquanto menos concentrada que a média do país, apresenta-se ainda muito distante do que caracterizaria uma distribuição igualitária. Formada pelos municípios de Campos dos Goitacazes; São João da Barra; Macaé; São Fidelis; Conceição de Macabu; Cardoso Moreira; Quissamã; Carapebus e São Francisco do Itabapoana a região norte fluminense tem como principal atividade agrícola a extração e transformação da cana de açúcar. Mais recentemente o estado têm incentivado a fruticultura na região, mas devido ao tradicionalismo e facilidade do cultivo da cana aliado a deficiências no programa do governo estadual a fruticultura na região ainda está muito aquém do seu potencial. A região noroeste fluminense é formada pelos municípios de Itaperuna; Miracema; Italva; Itaocara; Santo Antonio de Pádua, Porciúncula, Laje do Muriaé, Natividade; Varre e Sai; Bom Jesus do Itabapoana; Cambuci; Aperibé e São José de Ubá possuem atividade agrícola mais diversificada, sendo a pecuária leiteira e a cafeicultura os principais produtos agrícolas da região. As regiões Norte e Noroeste Fluminense foram, antes do descobrimento e por muito tempo, habitadas por três nações indígenas: os Guarulhos, Goytacazes e os Mopi. Com o descobrimento e a posterior divisão do território em Capitanias Hereditárias a atual região Norte e Noroeste Fluminense passaram a pertencer a Capitania de São Tomé (1536), que se estendia a partir do rio Macaé até o rio Itapemirim, no Espírito Santo. A primeira atividade econômica desenvolvida na região foi a criação de gado e cavalos para abastecer de carne e animais de tração a cidade do Rio de Janeiro, que na época produzia de cana de açúcar no entorno da Baia de Guanabara e tinha seus engenhos movidos a tração animal. A construção do primeiro engenho da região Norte e Noroeste, situado no local hoje conhecido como Fazenda do Visconde, é atribuída a Salvador Correa de Sá e Benevides, então ocupando o cargo de Governador da Capitania do Rio de Janeiro. A partir de então, foram surgindo novos engenhos e engenhocas, concomitante à expansão da lavoura da cana todo o norte do estado. Na Tabela 1 pode-se constatar o grande crescimento do numero de engenhos no estado do Rio de Janeiro, crescimento este que, em grande parte, pode ser atribuído à expansão da lavoura canavieira no norte do estado. Tabela 1 Numero de engenhos no Estado do Rio de Janeiro Ano Numero de Engenhos Fonte: Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) O século XVIII foi, portanto, um período de grande expansão da lavoura canavieira na região. O século seguinte foi marcado pela evolução tecnológica no setor, quando alguns proprietários de engenhos bangüês começam a fazer modificações em suas fabricas visando melhor aproveitamento da cana de açúcar, gerando um melhor produto para concorrer com o açúcar das Antilhas no mercado internacional.

3 Já ao final do século XIX, havia acontecido uma relativa diversificação nas forças produtivas da região, com destaque para o cultivo do Café. Essa diversificação ocorreu na região hoje conhecida como Noroeste Fluminense que já no inicio do século XX se tornara a maior região produtora de Café do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, um número maior de atividades passa a compor a produção econômica das regiões Norte e Noroeste, uma vez que, além da cana de açúcar e do cultivo do café, encontram-se desenvolvidos os setores de extração de petróleo e gás natural, comercio e serviços, pesca, turismo, industria de transformação, pecuária de corte e leite, industria de laticínios, produtos granjeiros e extração mineral, para citar os mais importantes (IBGE - Censo Demográfico, 2000; TCE Estudo Sócio Econômico, 2002). 2. METODOLOGIA Para analisar as alterações na estrutura fundiária, serão calculados os índices de Gini, a área média, o percentual da área correspondente aos 50% menores imóveis e o percentual correspondente aos 5% maiores imóveis, que são normalmente usados como indicadores da distribuição da posse da terra. A seguir, faz-se uma descrição da metodologia para cálculo do índice de Gini, uma vez que os procedimentos de cálculo, bem como o significado das outras medidas usadas, são apreendidos facilmente Índice de Gini O índice de Gini é uma medida de concentração, mais freqüentemente aplicada à renda, à propriedade fundiária e à concentração das indústrias. Este coeficiente é medido através da fórmula geral seguinte, conforme COSTA (1979): G = 1 n ( Y + Y i i 1 )( X i X i 1) i = 1 (1) em que X i é a percentagem acumulada da população (pessoas que recebem renda, proprietários de terra, indústrias, etc.) até o estrato i; X i-1 é a percentagem acumulada da população até o estrato anterior ao estrato i; Y i é a percentagem acumulada da renda, área, valor da produção, etc., até o estrato i; Y i-1 é a mesma percentagem acumulada até o estrato anterior ao estrato i; e n é o número de estratos de renda, área, valor da produção, etc. Outra definição do índice de Gini pode ser dada através da curva de Lorenz. Seja p o valor da proporção acumulada da população até certo estrato e Φ o valor correspondente à proporção acumulada da posse da terra. Os pares de valores (p, Φ), para os diversos estratos, irão definir um conjunto de pontos, cuja união constitui a curva de Lorenz (Gráfico 1), que mostra como a proporção acumulada da posse da terra varia em função da proporção acumulada de proprietários, com os indivíduos ordenados de acordo com valores crescentes de tamanho das propriedades (HOFFMANN, 1991).

4 Φ 1,0-0,9-0,8-0,7-0,6-0,5-0,4-0,3-0,2-0,1 - A 45 o α 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 β B C p Gráfico 1. A curva de Lorenz A área α é denominada área de concentração, e seu valor aumenta quanto maior for a concentração da terra, ocorrendo o contrário quando a distribuição se torna mais igualitária, quando então a área de concentração diminui. No caso extremo de igualdade completa, a curva de Lorenz se transformaria num segmento de reta formando 45 o com os eixos, denominado linha de perfeita igualdade. Por outro lado, considerando uma situação de máximo de desigualdade, isto é, um indivíduo possuiria toda a terra, enquanto os n-1 indivíduos restantes da população nada teriam, a curva de Lorenz se confundiria com o poligonal ACB, com a área de desigualdade aproximadamente igual à área do triângulo ACB, que é igual a 0,5. Por definição, o índice de Gini (G) é a relação entre a área de concentração (α) e a área do triângulo ABC, ou seja: G = α/(α+β) = α/0,5 = 2α (2) dado que 0 α < 0,5, tem-se que 0 G < 1. O índice de Gini é um número adimensional. Aumentando a concentração, cresce a curvatura da curva de Lorenz, aumentando portanto a área entre a curva e a linha que passa a 45 o no gráfico, com o índice de Gini aproximando-se de 1,0 quanto maior for a concentração. Por outro lado, quanto mais igualitária a distribuição da terra, a curva de Lorenz se aproxima da linha de 45 O, e o índice de Gini tende a zero. 3 - Variáveis e fonte de dados A pesquisa busca analisar as alterações ocorridas na estrutura fundiária das mesoregiões Norte e Noroeste do Estados do Rio de Janeiro. Para tanto, foram considerados, como unidades de análise, todos os municípios que compõem essas regiões, ou seja, os municípios de Campos dos Goytacazes, São João da Barra, São Fidélis, Conceição de Macabu, Macaé, Quissamã, Porciúncula, Natividade, Varre e Sai, Cardoso Moreira, Itaperuna, Bom Jesus de Itabapoana, Laje do Muriaé, Miracema, Santo Antônio de Pádua, Cambuci, Aperibé, Italva e Itaocara. Os municípios surgidos a partir de 1995, como Carapebus, São Francisco de Itabapoana e São José do Ubá, não fizeram parte desta análise, pois não existem informações disponíveis na principal fonte de dados utilizada. No que diz respeito à fonte dos dados foram empregadas informações publicadas pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - FIBGE, nos Censos Agropecuários. Como essa fonte não divulga dados individuais acerca da posse da terra, apresentando sua

5 distribuição entre classes, os indicadores a serem calculados tendem a subestimar a verdadeira desigualdade da distribuição, uma vez que se desconhece a desigualdade existente dentro dos estratos ou classes de tamanho fornecido por esta publicação. Esse aspecto é destacado por (HOFFMANN,1979), que sugere sejam feitas pressuposições acerca da distribuição dentro dos estratos, com vistas a estimar a desigualdade existente nos mesmos. Nesse trabalho, entretanto, julga-se que tal procedimento não seja necessário, uma vez que, com o cálculo dos índices, o que se busca é o aspecto comparativo e evolutivo da distribuição da posse da terra, não sendo o valor absoluto de sua concentração o aspecto mais importante da análise. Outro aspecto refere-se às mudanças ocorridas no último Censo Agropecuário, com possíveis impactos sobre os resultados da análise. No Censo Agropecuário de 1995, o período de referência, anteriormente o ano civil, se alterou para o ano agrícola, havendo, além disso, mudança na época de coleta dos dados, que passou a ser feita no segundo semestre. Essas mudanças têm, como uma de suas principais características, a não captação de estabelecimentos de natureza precária, alterando a comparabilidade dessas informações com as de anos anteriores, como destacado por HOFFMANN e SILVA (1999). 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO A tabela 2 apresenta os valores do índice de Gini, calculados para as micro-regiões e para os municípios, envolvendo todo o período da analise. Tabela 2 Índice de Gini da distribuição de terra nos municípios das regiões Norte e Noroeste do estado do Rio de Janeiro Região Índice de Gini Micro Região Itaperuna 0,6486 0,6323 0,6653 0,6818 0,7082 Micro Região Miracema 0,6842 0,7479 0,7202 0,7714 0,6957 Micro Reg. Açuc. de Campos 0,7928 0,7940 0,8191 0,8236 0,7917 Campos dos Goytacazes 0,8314 0,8128 0,8313 0,8467 0,8136 Macaé 0,7554 0,7578 0,7737 0,7634 0,7136 São João da Barra 0,7651 0,7704 0,8162 0,7894 0,8018 São Fidelis 0,7009 0,6997 0,7421 0,7307 0,6969 Conceição de Macabu 0,7303 0,7322 0,6921 0,7424 0,6305 Cardoso Moreira ,7028 Quissamã ,7460 Itaperuna 0,6759 0,6507 0,6939 0,7008 0,6763 Itaocara ,6927 Cambuci 0,6376 0,7363 0,6711 0,6779 0,7158 Miracema 0,7898 0,8064 0,8087 0,8060 0,6798 Bom J. do Itabapoana 0,6324 0,6150 0,6103 0,6219 0,6660 Natividade 0,6133 0,6050 0,6175 0,6258 0,6533 Porciúncula 0,6192 0,6187 0,7099 0,7327 0,7621 Laje do Muriaé 0,6510 0,6407 0,6481 0,6557 0,6389 Italva ,6878 Aperibé ,6136 Santo Antonio de Pádua 0,6072 0,7118 0,6859 0,7772 0,6570 Varre e Sai ,7307 Fonte: Censo Agropecuário IBGE 1970, 1975, 1980, 1985, 1995

6 Os resultados obtidos para o índice de Gini permitem constatar que a maior concentração na distribuição da posse da terra é encontrada na micro região açucareira de Campos, onde varia de 0,79 a 0,82 em todo o período da análise e nos municípios de Campos, São João da Barra e Macaé, onde varia de 0,75 a 0,85. Cabe ressaltar que a partir do censo agropecuário de 1995/1996 ocorreram mudanças nas microregiões e surgimento de novos municípios, como é o caso de: Aperibé; Varre e Sai; Italva; Itaocara; Quissamã e Cardoso Moreira. Porém estes desmembramentos não resultaram diferenças significativas no padrão da distribuição da posse da terra. A tabela 3 apresenta o índice de Gini para a recomposição dos municípios onde ocorreram desmembramentos no período analisado. Tabela 3 índice de gini para a recomposição dos municípios com seus desmembramentos. Município Índice de Gini 1995/1996 Italva + São Fidelis 0,6953 Varre e Sai + Natividade 0,7307 Aperibé + St. Antônio de Pádua 0,6544 Cardoso Moreira + Campos 0,8061 Quissamã + Macaé 0,7205 Fonte: IBGE Censo Agropecuário 1970, 1975, 1980, 1985, 1995 Com relação às mudanças ocorridas no período, pode-se constatar um significativo incremento no índice de Gini na micro-região de Itaperuna, que pode ser melhor observado na Figura 1. Esse movimento de piora na distribuição da terra não ocorreu nas duas outras microregiões, onde, apesar de algumas ocorridas de um ano a outro, o índice de Gini, no último ano considerado, apresenta-se praticamente idêntico ao do início da série. Índice de Gini 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 M. Região Itaperuna M. Região M iracema M. Região A çuc. de Campos Figura 1 Índice de Gini da distribuição da terra nas micro-regiões do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro.

7 Quanto aos municípios, poucos são os que apresentam tendências claras quanto ao sentido das mudanças na distribuição da terra, sejam elas de concentração ou desconcentração, como pode ser contatado na Figura 2. Pode-se, entretanto, observar um significativo incremento no índice de Gini para o município de Porciúncula. Com menor magnitude e com variações no período, esse movimento pode ser também constatado em São João da Barra, Cambuci e Natividade e Bom Jesus do Itabapoana, muito embora, para esses casos, o fato de que ocorreram mudanças no último Censo desautoriza a constatação de ter havido aumento na concentração fundiária. Por essa mesma razão, não é possível afirmar que os municípios de Macaé, Conceição de Macabu e Miracema, nos quais o índice de Gini sofreu alguma redução no período, tenham passado por um processo de desconcentração fundiária. Índice de Gini 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 C. Goitacazes Macaé S. J. Barra São Fidelis C. de Macabu Itaperuna Cambuci Miracema B. J. Itabapoana Natividade Porciúncula Laje do Muriaé S. A. Pádua Figura 2 Índice de Gini da distribuição da terra nos municípios das regiões Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro. Um segundo grupo de municípios é constituído por São Fidelis, Varre e Sai, Santo Antônio de Pádua, Italva, Porciúncula, Cambuci, Itaocara, Itaperuna e Conceição de Macabú onde o índice de Gini varia de 0,65 e 0,75 em grande parte do período analisado. O município de Miracema apesar de apresentar índice de Gini próximo a 0,80 no período de 1970 a 1985 pode ser incluído neste grupo devido a expressiva redução do índice de Gini no censo agropecuário de 1995, passando a 0,67. O município de Itaocara pertencia a região centro-leste do Estado do Rio de Janeiro até o ano de 1985, por isso não constam os índices para os anos anteriores a Finalmente um último grupo é formado pelos municípios que apresentam índice de Gini entre 0,60 e 0,65 como Aperibé, Laje do Muriaé e Natividade. A tabela 4 apresenta a caracterização das faixas do índice de Gini segundo a concentração da posse da terra. Tabela 4 Níveis de concentração da distribuição da terra, segundo classes do índice de Gini Faixa do Índice de Gini 0,000 a 0,100 Concentração nula 0,101 a 0,250 Concentração nula a fraca Classificação 0,251 a 0,500 Concentração fraca a média

8 0,501 a 0,700 Concentração média a forte 0,701 a 0,900 Concentração forte a muito forte 0,901 a 1,000 Concentração muito forte a absoluta Fonte: Câmara 1949 A Tabela 5 exibe os valores da área média dos estabelecimentos agropecuários. Podese constatar que os valores mais elevados desse indicador se encontram na micro região de Itaperuna, seguida da região de Campos. Em nível dos municípios, constata-se que os maiores valores da área média encontram-se em Macaé e Conceição de Macabu, cabendo ainda mencionar Bom Jesus do Itabapona e Itaperuna. Por outro lado, São João da Barra, Miracema e Santo Antônio de Pádua se destacam por apresentar os menores valores desse indicador. Tabela 5 Área média dos estabelecimentos agropecuários nos municípios das regiões Norte e Noroeste do estado do Rio de Janeiro Região Área Média (ha) M. Reg Itaperuna M. Reg Miracema M. Reg. Açuc. de Campos C. Goytacazes Macaé S.J. da Barra São Fidelis C. de Macabu Itaperuna Cambuci Miracema B. J. do Itabapoana Natividade Porciúncula L. do Muriaé S. A. de Pádua Fonte: Censo Agropecuário IBGE 1970, 1975, 1980, 1985, 1995 Na Figura 3, que exibe a evolução da área média, pode-se constatar que esse indicador apresentou tendência de declínio em nível das micro regiões. Embora tenha ocorrido alguma elevação desse indicador no último ano para a micro região de Campos e a de Miracema, isso pode ser devido apenas aos problemas relativos ao último censo.

9 60,00 Área média (ha) 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 - M. Reg Itaperuna M. Reg. Açuc. Campos M. Reg. Miracema Figura 3 Área média dos estabelecimentos nas micro regiões do Norte e do Noroeste do Estado do Rio de Janeiro Nos municípios, a evolução da área média não permite delinear, na maioria dos casos, tendências claras de crescimento ou redução. Pode-se, entretanto, considerar que houve tendência de redução desse indicador nos municípios de Natividade e Porciúncula, o que, em certa medida, também ocorreu em Campos, São Fidélis, São João da Barra e Santo Antônio de Pádua. Por outro lado, em Itaperuna, Conceição de Macabu, predomina o sentido do crescimento da área média no decorrer do período. Área média (ha) 140,00 120,00 100,00 80,00 60,00 40,00 20,00 - B. J. Itabapoana Itaperuna Natividade Porciuncula Cambuci Miracema S. A. Padua Campos C. Macabu S. J. Barra Figura 4 Área média dos estabelecimentos agropecuários nos municípios das regiões Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro. A tabela 6 apresenta os resultados da área dos 50% menores para a mesoregião, microregião e municípios em todo período analisado. Tabela 6 Percentual da área correspondente aos 50% menores estabelecimentos agropecuários nos municípios das regiões Norte e Noroeste do estado do Rio de Janeiro Região Área ocupada pelos 50% menores

10 Norte Fluminense - 0,0465 0,0392 0,0337 0,0439 Micro Região Itaperuna 0,0920 0,1036 0,0803 0,0712 0,0621 Micro Região Miracema 0,0724 0,0464 0,0521 0,0336 0,0696 M. Reg. Açuc. de Campos 0,0440 0,0409 0,0318 0,0288 0,0349 Campos dos Goitacazes 0,0346 0,0357 0,0253 0,0232 0,0291 Macaé 0,0597 0,0575 0,0471 0,0474 0,0656 São João da Barra 0,0545 0,0495 0,0356 0,0438 0,0336 São Fidelis 0,0784 0,0786 0,0645 0,0595 0,0747 Conceição de Macabu 0,0590 0,0554 0,0672 0,0591 0,0966 Cardoso Moreira ,0754 Quissamã ,0384 Itaperuna 0,0853 0,0915 0,0720 0,0671 0,0895 Itaocara ,0778 Cambuci 0,0991 0,0531 0,0839 0,0796 0,0585 Miracema 0,0568 0,0449 0,0402 0,0426 0,0596 Bom Jesus do Itabapoana 0,1074 0,1239 0,1265 0,1207 0,0655 Natividade 0,1122 0,1165 0,1060 0,0939 0,0815 Porciúncula 0,1008 0,0985 0,0599 0,0632 0,0548 Laje do Muriaé 0,0877 0,0904 0,0807 0,0824 0,0839 Italva ,0930 Aperibé ,0932 Santo Antonio de Pádua 0,1141 0,0584 0,0641 0,0316 0,0928 Varre e Sai ,0649 Fonte: IBGE Censo Agropecuário 1970, 1975, 1980, 1985, 1995 Na Figura 5, pode-se inferir que o percentual da área correspondente aos 50% menores estabelecimentos, tradicionalmente baixo, principalmente na micro-região de Campos, experimentou declínio ao longo do período. Embora tenha ocorrido, para as micro-regiões de Miracema e de Campos, elevação desse indicador no último ano, tal recuperação pode ser devida apenas às mudanças na metodologia da fonte dos dados, como citado anteriormente. 12,00 10,00 8,00 % 6,00 4,00 2,00 0,00 M. Região Itaperuna M. Região Miracema M. Região Açuc. de Campos Figura 5 Percentual da área correspondente aos 50% menores estabelecimentos agropecuários nas micro-regiões do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro.

11 Nos municípios do Noroeste Fluminense pode se observar relativa estabilidade no comportamento da área dos 50% menores estabelecimentos, como mostra a Figura 6. Nos municípios de Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, e Natividade pode se observar estabilidade até o ano de 1985, com queda no censo agropecuário de A análise e diagnóstico de uma tendência ficam prejudicados pela não realização do censo agropecuário de 1990 pelo IBGE. Se considerarmos as alterações ocorridas até o ano de 1985, dada a incerteza sobre o período seguinte, pode-se concluir que a quase totalidade dos municípios sofreu uma redução no percentual da área correspondente aos 50% menores estabelecimentos. Como exceções, restam apenas em Conceição de Macabu, Bom Jesus do Itabapona e Laje do Muriaé, nos quais esse percentual permanece estagnado ou se eleva ligeiramente. % 14,00 12,00 10,00 8,00 6,00 4,00 2,00 0,00 C. Goitacazes Macaé S. J. Barra São Fidelis C. de Macabu Itaperuna Cambuci Miracema B. J. Itabapoana Natividade Porciúncula Laje do Muriaé S. A. Pádua Figura 6 Percentual da área correspondente aos 50% menores estabelecimentos agropecuários nos municípios das regiões Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro. Em contrapartida, pode-se observar o comportamento dos 5% maiores estabelecimentos e verificar a relação inversamente proporcional do comportamento destes quando comparados com os 50% maiores estabelecimentos. A tabela 7 apresenta os resultados obtidos para a área total ocupada pelos 5% maiores estabelecimentos na região em todo o período analisado. Tabela 7 Percentual da área total corresponde aos 5% maiores estabelecimentos agropecuários nos municípios das regiões Norte e Noroeste do estado do Rio de Janeiro Região Área ocupada pelos 5% maiores Norte Fluminense - 0,5242 0,5305 0,5482 0,4964 Micro Região Itaperuna 0,3843 0,3556 0,3812 0,4026 0,5757 Micro Região Miracema 0,3854 0,4613 0,4224 0,4832 0,5857 Micro Reg. Açucareira de Campos 0,5847 0,5831 0,6022 0,6105 0,4516 Campos dos Goitacazes 0,6600 0,6143 0,6243 0,6594 0,4133 Macaé 0,5316 0,5177 0,5361 0,5042 0,5549 São João da Barra 0,5540 0,5377 0,6057 0,5691 0,4374 São Fidelis 0,4568 0,4615 0,5200 0,4776 0,5521

12 Conceição de Macabu 0,4562 0,4577 0,4295 0,5067 0,6800 Cardoso Moreira ,4490 Quissamã ,4371 Itaperuna 0,4364 0,3975 0,4347 0,4301 0,5876 Itaocara ,4453 Cambuci 0,3780 0,4581 0,4066 0,4163 0,5643 Miracema 0,5530 0,5524 0,5323 0,5478 0,6340 Bom Jesus do Itabapoana 0,3838 0,3698 0,3469 0,3505 0,6601 Natividade 0,3374 0,3123 0,3165 0,3334 0,6294 Porciúncula 0,2837 0,2893 0,4132 0,4453 0,4778 Laje do Muriaé 0,3558 0,3394 0,3250 0,3568 0,7071 Italva ,4551 Aperibé ,3003 Santo Antonio de Pádua 0,3186 0,4213 0,3896 0,4691 0,6218 Varre e Sai ,4424 Fonte: IBGE Censo Agropecuário 1970, 1975, 1980, 1985, 1995 Contrapondo-se ao movimento observado para os menores estabelecimentos, os 5% maiores estabelecimentos tenderam a manter sua participação na área total, ou mesmo a elevá-la. Na Figura 7, pode-se observar que, mesmo desconsiderando-se o último ano, o percentual da área correspondente aos 5% maiores estabelecimentos sofreu elevação na micro-região de Miracema, mantendo-se praticamente o mesmo nas duas outras microregiões. % M. Região Itaperuna M. Região Miracema M. Região Açuc. de Campos Figura 7 Percentual da área correspondente aos 5% maiores estabelecimentos agropecuários nas micro-regiões do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro. Em nível de municípios, observa-se que não houve, na maior parte dos casos, tendência nítida quanto ao sentido das alterações na participação dos maiores estabelecimentos na área total. Desconsiderando-se o último ano da série, constata-se que, com exceção de Porciúncula e Santo Antônio de Pádua, onde houve incremento na proporção da área ocupada com os 5% maiores estabelecimentos, nos demais municípios esse indicador sofreu pequenas alterações, quer num sentido ou noutro.

13 % C. Goitacazes Macaé S. J. Barra São Fidelis C. de Macabu Itaperuna Cambuci Miracema B. J. Itabapoana Natividade Porciúncula Laje do Muriaé S. A. Pádua Figura 8 Percentual da área correspondente aos 5% maiores estabelecimentos agropecuários nos municípios das regiões Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro. CONCLUSÕES De uma maneira geral pode-se concluir que as regiões norte e noroeste fluminense possuem uma alta concentração de terras, sendo necessário maiores analises para explicar os fenômenos de oscilação da concentração durante o período analisado. Por outro lado, foram constatadas algumas alterações no período, que podem ser entendidas como um movimento de concentração da terra, ainda que de pouca magnitude. Nesse sentido, embora a área média tenha exibido uma tendência de declínio, constatou-se um significativo incremento no índice de Gini na micro-região de Itaperuna, o que, entretanto, não foi observado para as demais regiões. Ocorreu ainda redução no percentual da área correspondente aos 50% menores estabelecimentos, principalmente na micro-região de Campos, onde esse indicador já é extremamente baixo. Por outro lado, ao contrário do ocorrido com os menores estabelecimentos, os 5% maiores estabelecimentos tenderam a manter sua participação na área total, ou mesmo a elevá-la, como observado para a micro região de Miracema. Sabe-se que as políticas governamentais para o setor agrícola durante o período influenciaram a dinâmica do setor, mas podem ocorrer variações de região para região. O período compreendido entre meados dos anos 60 até o final da década de 70 constitui-se, na expressão de (BUAINAIN, 1997), no período da intervenção planejada, no qual a política se pautava por objetivos muito claros, visando promover a expansão da oferta agropecuária, a expansão e diversificação das exportações, bem como assegurar a normalidade do abastecimento doméstico. No entanto o programa de modernização da agricultura brasileira atingiu apenas uma pequena parcela de grandes proprietários, devido às dificuldades burocráticas e exigências de garantia de pagamentos para obtenção dos empréstimos subsidiados, ficando os pequenos proprietários à margem do processo de modernização. A desigualdade com que esse modelo foi absorvido pelos agricultores e, principalmente, o efeito das políticas que o promoveram, beneficiando determinados segmentos em detrimento de outros, principalmente dos pequenos, são fatores que podem ter atuado no sentido de alterar desfavoravelmente a estrutura fundiária no período.

14 BIBLIOGRAFIA BUAINAIN, A. M. Trajetória recente da política agrícola brasileira. Campinas: Projeto UTF/FAO/036/BRA, Não paginado. CÂMARA, L. A concentração da propriedade agrária no Brasil. Boletim Geográfico, Rio de Janeiro, v. 7, n. 77, p , CASTRO, P. R. de. Barões e bóias-frias: repensando a questão agrária no Brasil. Rio de janeiro: APEC/Câmara de Estudos e Debates Econômicos e Sociais, p. COSTA, R. A. Algumas medidas de concentração e desigualdade e suas aplicações. Estudos Econômicos, São Paulo, v. 9, n. 1, p , jan./abril GRAZIANO DA SILVA, J. (Coord.). Estrutura agrária e produção de subsistência na agricultura brasileira. 2.ed. São Paulo: Hucitec, p. HOFFMANN, R. A estrutura fundiária no Brasil de acordo com o cadastro do INCRA: 1967 a Convênio INCRA/UNICAMP, projetos/rurbano/textos/pesquiss/fundiaria.html. HOFFMANN, R. Estatística para economistas. 2. ed. São Paulo: Livraria Pioneira Editora p. HOFFMANN, R. Estimação da desigualdade dentro de estratos no cálculo do índice de Gini e redundância. Pesquisa e Planejamento Econômico, Rio de Janeiro, v. 9, n. 3, p , dez HOFFMANN, R, SILVA, J. G. O Censo Agropecuário de e a distribuição da posse da terra no Brasil. In: Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural, 37, Foz do Iguaçu, 1999, Anais... Brasília, SOBER, 1999 (CD-ROM) IBGE Censo Agropecuário do Estado do Rio de Janeiro 1970; 1975, 1980; 1985; 1995 LAMEGO, ALBERTO RIBEIRO - O Homem e o Brejo. 2 Ed. ED. Lidador Rio de Janeiro 1974 MARTINE, G., BESKOW, P. R. O modelo, os instrumentos e as transformações na estrutura de produção agrícola. In: MARTINE, G., GARCIA, R. C. (Orgs.). Os impactos sociais da modernização agrícola. São Paulo: Caetés, p PINTO, JORGE RENATO PEREIRA - O Ciclo do Açúcar em Campos ED Campos dos Goytacazes

Pesquisa Mensal de Emprego

Pesquisa Mensal de Emprego Pesquisa Mensal de Emprego EVOLUÇÃO DO EMPREGO COM CARTEIRA DE TRABALHO ASSINADA 2003-2012 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE 2 Pesquisa Mensal de Emprego - PME I - Introdução A Pesquisa

Leia mais

SETOR DE ALIMENTOS: estabelecimentos e empregos formais no Rio de Janeiro

SETOR DE ALIMENTOS: estabelecimentos e empregos formais no Rio de Janeiro NOTA CONJUNTURAL SETOR DE ALIMENTOS: estabelecimentos e empregos formais no Rio de Janeiro OBSERVATÓRIO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, DEZEMBRO DE 2012 18 2012 PANORAMA GERAL

Leia mais

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014 NOTAS CEMEC 01/2015 REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014 Carlos A. Rocca Lauro Modesto Santos Jr. Fevereiro de 2015 1 1. Introdução No Estudo Especial CEMEC de novembro

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego - PME

Pesquisa Mensal de Emprego - PME Pesquisa Mensal de Emprego - PME Dia Internacional da Mulher 08 de março de 2012 M U L H E R N O M E R C A D O D E T R A B A L H O: P E R G U N T A S E R E S P O S T A S A Pesquisa Mensal de Emprego PME,

Leia mais

Século XVIII e XIX / Europa

Século XVIII e XIX / Europa 1 I REVOLUÇÃO AGRÍCOLA Século XVIII e XIX / Europa! O crescimento populacional e a queda da fertilidade dos solos utilizados após anos de sucessivas culturas no continente europeu, causaram, entre outros

Leia mais

MOBILIDADE DOS EMPREENDEDORES E VARIAÇÕES NOS RENDIMENTOS

MOBILIDADE DOS EMPREENDEDORES E VARIAÇÕES NOS RENDIMENTOS MOBILIDADE DOS EMPREENDEDORES NOTA CONJUNTURAL ABRIL DE 2014 Nº31 E VARIAÇÕES NOS RENDIMENTOS NOTA CONJUNTURAL ABRIL DE 2014 Nº31 PANORAMA GERAL Os movimentos de transição da população ocupada entre as

Leia mais

O Mercado de Trabalho no Rio de Janeiro na Última Década

O Mercado de Trabalho no Rio de Janeiro na Última Década O Mercado de Trabalho no Rio de Janeiro na Última Década João Saboia 1 1) Introdução A década de noventa foi marcada por grandes flutuações na economia brasileira. Iniciou sob forte recessão no governo

Leia mais

2 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

2 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS 2 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS Neste capítulo se pretende avaliar os movimentos demográficos no município de Ijuí, ao longo do tempo. Os dados que fomentam a análise são dos censos demográficos, no período 1920-2000,

Leia mais

Estrutura Produtiva BOLETIM. Ribeirão Preto/SP. Prof. Dr. Luciano Nakabashi Rafael Lima

Estrutura Produtiva BOLETIM. Ribeirão Preto/SP. Prof. Dr. Luciano Nakabashi Rafael Lima O presente boletim trata da evolução da estrutura produtiva de regiões selecionadas, entre 2002 e 2014, a partir dos dados de empregos formais da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro

Leia mais

HETEROGENEIDADE ESTRUTURAL NO SETOR DE SERVIÇOS BRASILEIRO

HETEROGENEIDADE ESTRUTURAL NO SETOR DE SERVIÇOS BRASILEIRO HETEROGENEIDADE ESTRUTURAL NO SETOR DE SERVIÇOS BRASILEIRO João Maria de Oliveira* 2 Alexandre Gervásio de Sousa* 1 INTRODUÇÃO O setor de serviços no Brasil ganhou importância nos últimos tempos. Sua taxa

Leia mais

Gráfico 1: Goiás - Saldo de empregos formais, 2000 a 2013

Gráfico 1: Goiás - Saldo de empregos formais, 2000 a 2013 O perfil do mercado de trabalho no estado de Goiás reflete atualmente as mudanças iniciadas principalmente no final da década de 1990, em que se destacam o fortalecimento do setor industrial e sua maior

Leia mais

TEMA: A importância da Micro e Pequena Empresa para Goiás

TEMA: A importância da Micro e Pequena Empresa para Goiás TEMA: A importância da Micro e Pequena Empresa para Goiás O presente informe técnico tem o objetivo de mostrar a importância da micro e pequena empresa para o Estado de Goiás, em termos de geração de emprego

Leia mais

A LUTA PELA TERRA NO SUL DE MINAS: CONFLITOS AGRÁRIOS NO MUNICÍPIO DE CAMPO DO MEIO (MG)

A LUTA PELA TERRA NO SUL DE MINAS: CONFLITOS AGRÁRIOS NO MUNICÍPIO DE CAMPO DO MEIO (MG) A LUTA PELA TERRA NO SUL DE MINAS: CONFLITOS AGRÁRIOS NO MUNICÍPIO DE CAMPO DO MEIO (MG) Arthur Rodrigues Lourenço¹ e Ana Rute do Vale² madrugarockets@hotmail.com, aruvale@bol.com.br ¹ discente do curso

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE Indicadores sócio-econômicos. Campos Gerais. Paraná.

PALAVRAS-CHAVE Indicadores sócio-econômicos. Campos Gerais. Paraná. 12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( x ) TRABALHO

Leia mais

Pesquisa Mensal de Emprego PME. Algumas das principais características dos Trabalhadores Domésticos vis a vis a População Ocupada

Pesquisa Mensal de Emprego PME. Algumas das principais características dos Trabalhadores Domésticos vis a vis a População Ocupada Pesquisa Mensal de Emprego PME Algumas das principais características dos Trabalhadores Domésticos vis a vis a População Ocupada Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE Algumas das principais

Leia mais

ESTUDO SOBRE CIRCULAÇÃO DE REVISTAS

ESTUDO SOBRE CIRCULAÇÃO DE REVISTAS ESTUDO SOBRE CIRCULAÇÃO DE REVISTAS MERCADO BRASILEIRO 2000 A 2011 2 Sumário 1 METODOLOGIA... 3 2 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE EXEMPLARES DE 2000 A 2011... 4 3 RECEITAS ANUAIS POR PERIODICIDADE... 5 3.1 PREÇO

Leia mais

Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes

Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes Sumário PNAD/SIMPOC 2001 Pontos importantes Sistema de pesquisas domiciliares existe no Brasil desde 1967, com a criação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD; Trata-se de um sistema de pesquisas

Leia mais

EQUILÍBRIOS E ASSIMETRIAS NA. distribuição da população e do pib. entre núcleo e periferia. nas 15 principais regiões. metropolitanas brasileiras

EQUILÍBRIOS E ASSIMETRIAS NA. distribuição da população e do pib. entre núcleo e periferia. nas 15 principais regiões. metropolitanas brasileiras CONSELHO FEDERAL DE ECONOMIA - COFECON COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL INSTITUTO BRASILIENSE DE ESTUDOS DA ECONOMIA REGIONAL IBRASE EQUILÍBRIOS E ASSIMETRIAS NA distribuição da população e do pib

Leia mais

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RURAL NOS MUNICÍPIOS DO CENTRO- SUL PARANAENSE NO PERÍODO DE 2000 A 2010

EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RURAL NOS MUNICÍPIOS DO CENTRO- SUL PARANAENSE NO PERÍODO DE 2000 A 2010 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO RURAL NOS MUNICÍPIOS DO CENTRO- SUL PARANAENSE NO PERÍODO DE 2000 A 2010 Juliana Paula Ramos 1, Maria das Graças de Lima 2 RESUMO:

Leia mais

História da Habitação em Florianópolis

História da Habitação em Florianópolis História da Habitação em Florianópolis CARACTERIZAÇÃO DAS FAVELAS EM FLORIANÓPOLIS No início do século XX temos as favelas mais antigas, sendo que as primeiras se instalaram em torno da região central,

Leia mais

ANÁLISE CONJUNTURAL DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO CATARINENSE: 2012-2013

ANÁLISE CONJUNTURAL DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO CATARINENSE: 2012-2013 GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO E HABITAÇÃO SST DIRETORIA DE TRABALHO E EMPREGO DITE COORDENAÇÃO ESTADUAL DO SISTEMA NACIONAL DE EMPREGO SINE SETOR

Leia mais

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO

FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO É claro que o Brasil não brotou do chão como uma planta. O Solo que o Brasil hoje ocupa já existia, o que não existia era o seu território, a porção do espaço sob domínio,

Leia mais

INDICADORES DEMOGRÁFICOS E NORDESTE

INDICADORES DEMOGRÁFICOS E NORDESTE INDICADORES DEMOGRÁFICOS E SOCIAIS E ECONÔMICOS DO NORDESTE Verônica Maria Miranda Brasileiro Consultora Legislativa da Área XI Meio Ambiente e Direito Ambiental, Organização Territorial, Desenvolvimento

Leia mais

MERCADO DE TRABALHO NA PRODUÇÃO DE ALGODÃO E SOJA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA

MERCADO DE TRABALHO NA PRODUÇÃO DE ALGODÃO E SOJA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA MERCADO DE TRABALHO NA PRODUÇÃO DE ALGODÃO E SOJA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA Alexandre Nunes de Almeida 1 ; Augusto Hauber Gameiro 2. (1) Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, CEPEA/ESALQ/USP,

Leia mais

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras 2012 2 Sumário Apresentação... 3 A Pesquisa Perfil dos Empreendedores Sul Mineiros Sexo. 4 Estado Civil.. 5 Faixa Etária.. 6 Perfil

Leia mais

---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO

---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO INSTITUTO NACIONAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA CNPq/FAPERJ/CAPES ---- ibeu ---- ÍNDICE DE BEM-ESTAR URBANO COORDENAÇÃO LUIZ CÉSAR DE QUEIROZ RIBEIRO EQUIPE RESPONSÁVEL ANDRÉ RICARDO SALATA LYGIA GONÇALVES

Leia mais

na região metropolitana do Rio de Janeiro

na região metropolitana do Rio de Janeiro O PERFIL DOS JOVENS EMPREENDEDORES na região metropolitana do Rio de Janeiro NOTA CONJUNTURAL MARÇO DE 2013 Nº21 PANORAMA GERAL Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE) de 2011,

Leia mais

Tabela 1 - OPERACOES DE CREDITO (milhões de R$) Ano I Nov/13. Fonte: ESTBAN, Banco Central do Brasil

Tabela 1 - OPERACOES DE CREDITO (milhões de R$) Ano I Nov/13. Fonte: ESTBAN, Banco Central do Brasil De acordo com a Estatística Bancária por Município (ESTBAN), divulgada pelo Banco Central, o saldo das operações de crédito, em agosto desse ano, chegou a R$ 2,320 trilhões no país, um crescimento de 10,9%

Leia mais

Fernanda de Paula Ramos Conte Lílian Santos Marques Severino RESUMO:

Fernanda de Paula Ramos Conte Lílian Santos Marques Severino RESUMO: O Brasil e suas políticas sociais: características e consequências para com o desenvolvimento do país e para os agrupamentos sociais de nível de renda mais baixo nas duas últimas décadas RESUMO: Fernanda

Leia mais

1 (0,5) Dos 3% de água doce que estão na superfície terrestre, onde estão concentradas as grandes parcelas dessas águas? R:

1 (0,5) Dos 3% de água doce que estão na superfície terrestre, onde estão concentradas as grandes parcelas dessas águas? R: Data: / /2014 Bimestre: 3 Nome: 6 ANO Nº Disciplina: Geografia Professor: Geraldo Valor da Atividade: 2,0 (Dois) Nota: GRUPO 6 1 (0,5) Dos 3% de água doce que estão na superfície terrestre, onde estão

Leia mais

Ocupação da Força de Trabalho Feminina na Agropecuária Paulista 1

Ocupação da Força de Trabalho Feminina na Agropecuária Paulista 1 Análises e Indicadores do Agronegócio ISSN 1980-0711 Ocupação da Força de Trabalho Feminina na Agropecuária Paulista 1 As mulheres sempre participaram intensamente das atividades agropecuárias. Na estrutura

Leia mais

BRASIL EXCLUDENTE E CONCENTRADOR. Colégio Anglo de Sete Lagoas Prof.: Ronaldo Tel.: (31) 2106 1750

BRASIL EXCLUDENTE E CONCENTRADOR. Colégio Anglo de Sete Lagoas Prof.: Ronaldo Tel.: (31) 2106 1750 BRASIL EXCLUDENTE E CONCENTRADOR As crises econômicas que se sucederam no Brasil interromperam a política desenvolvimentista. Ocorre que o modelo de desenvolvimento aqui implantado (modernização conservadora

Leia mais

INFORMATIVO MENSAL ANO 01 NÚMERO 14 MARÇO DE 2001 APRESENTAÇÃO

INFORMATIVO MENSAL ANO 01 NÚMERO 14 MARÇO DE 2001 APRESENTAÇÃO INFORMATIVO MENSAL ANO 01 NÚMERO 14 MARÇO DE 2001 APRESENTAÇÃO Neste número apresentamos dados alentadores sobre o mercado de trabalho em nossa região metropolitana. Os dados referentes ao desemprego em

Leia mais

BRASIL REGIONALIZAÇÕES. Mapa II

BRASIL REGIONALIZAÇÕES. Mapa II BRASIL REGIONALIZAÇÕES QUESTÃO 01 - Baseado na regionalização brasileira, apresentados pelos dois mapas a seguir, é INCORRETO afirmar que: Mapa I Mapa II A B D C a. ( ) O mapa II apresenta a divisão do

Leia mais

Rio Grande do Sul. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Rio Grande do Sul (1991, 2000 e 2010)

Rio Grande do Sul. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Rio Grande do Sul (1991, 2000 e 2010) Rio Grande do Sul Em 21, no estado do Rio Grande do Sul (RS), moravam 1,7 milhões de pessoas, onde parcela importante (9,3%, 989,9 mil) tinha 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 496 municípios,

Leia mais

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou nesta terça-feira os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos,

Leia mais

A MULHER EMPREENDEDORA DA REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ

A MULHER EMPREENDEDORA DA REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ A MULHER EMPREENDEDORA DA REGIÃO METROPOLITANA DE MARINGÁ 1.0 Introdução Prof. Dr. Joilson Dias Assistente Científica: Cássia Kely Favoretto Costa Departamento de Economia Universidade Estadual de Maringá

Leia mais

Desempenho da Agroindústria em 2004. histórica iniciada em 1992. Como tem sido freqüente nos últimos anos (exceto em 2003), os

Desempenho da Agroindústria em 2004. histórica iniciada em 1992. Como tem sido freqüente nos últimos anos (exceto em 2003), os Desempenho da Agroindústria em 2004 Em 2004, a agroindústria obteve crescimento de 5,3%, marca mais elevada da série histórica iniciada em 1992. Como tem sido freqüente nos últimos anos (exceto em 2003),

Leia mais

A REINSERÇÃO DE NOVA ESPERANÇA NA REDE URBANA DE MARINGÁ: UMA PROPOSTA DE ESTUDO

A REINSERÇÃO DE NOVA ESPERANÇA NA REDE URBANA DE MARINGÁ: UMA PROPOSTA DE ESTUDO A REINSERÇÃO DE NOVA ESPERANÇA NA REDE URBANA DE MARINGÁ: UMA PROPOSTA DE ESTUDO 5 Amanda dos Santos Galeti Acadêmica de Geografia - UNESPAR/Paranavaí amanda_galeti@hotmail.com Kamily Alanis Montina Acadêmica

Leia mais

O espaço rural brasileiro 7ºano PROF. FRANCO AUGUSTO

O espaço rural brasileiro 7ºano PROF. FRANCO AUGUSTO O espaço rural brasileiro 7ºano PROF. FRANCO AUGUSTO Agropecuária É o termo utilizado para designar as atividades da agricultura e da pecuária A agropecuária é uma das atividades mais antigas econômicas

Leia mais

INCT Observatório das Metrópoles. Acesso às tecnologias digitais no Brasil Metropolitano Documento preliminar

INCT Observatório das Metrópoles. Acesso às tecnologias digitais no Brasil Metropolitano Documento preliminar INCT Observatório das Metrópoles Acesso às tecnologias digitais no Brasil Metropolitano Documento preliminar As mudanças desencadeadas pelo avanço da tecnologia digital hoje, no Brasil, não tem precedentes.

Leia mais

Boletim Econômico. Federação Nacional dos Portuários. Sumário

Boletim Econômico. Federação Nacional dos Portuários. Sumário Boletim Econômico Federação Nacional dos Portuários Agosto de 2014 Sumário Indicadores de desenvolvimento brasileiro... 2 Emprego... 2 Reajuste dos salários e do salário mínimo... 3 Desigualdade Social

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO Adriana Botelho Taliarine dritaliarine@hotmail.com Darci de Jesus Ramos Prof. MSc. José Ricardo Favoretto Fatec Itapetininga - SP RESUMO: O aumento da

Leia mais

Estudo Estratégico n o 5. Desenvolvimento socioeconômico na metrópole e no interior do Rio de Janeiro Adriana Fontes Valéria Pero Camila Ferraz

Estudo Estratégico n o 5. Desenvolvimento socioeconômico na metrópole e no interior do Rio de Janeiro Adriana Fontes Valéria Pero Camila Ferraz Estudo Estratégico n o 5 Desenvolvimento socioeconômico na metrópole e no interior do Rio de Janeiro Adriana Fontes Valéria Pero Camila Ferraz PANORAMA GERAL ERJ é o estado mais urbano e metropolitano

Leia mais

7.000 6.500 6.000 5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 - -500-1.000 fev./2010. ago./2011. fev./2012. nov.

7.000 6.500 6.000 5.500 5.000 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 - -500-1.000 fev./2010. ago./2011. fev./2012. nov. 4 SETOR EXTERNO As contas externas tiveram mais um ano de relativa tranquilidade em 2012. O déficit em conta corrente ficou em 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), mostrando pequeno aumento em relação

Leia mais

FALTA DE TRABALHADOR QUALIFICADO NA INDÚSTRIA. Falta de trabalhador qualificado reduz a competitividade da indústria

FALTA DE TRABALHADOR QUALIFICADO NA INDÚSTRIA. Falta de trabalhador qualificado reduz a competitividade da indústria SONDAGEM ESPECIAL INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO E EXTRATIVA Ano 3 Número 1 ISSN 2317-7330 outubro de www.cni.org.br FALTA DE TRABALHADOR QUALIFICADO NA INDÚSTRIA Falta de trabalhador qualificado reduz a competitividade

Leia mais

Dinamismo do mercado de trabalho eleva a formalização das relações de trabalho de homens e mulheres, mas a desigualdade persiste

Dinamismo do mercado de trabalho eleva a formalização das relações de trabalho de homens e mulheres, mas a desigualdade persiste Dinamismo do mercado de trabalho eleva a formalização das relações de trabalho de homens e mulheres, mas a desigualdade persiste Introdução De maneira geral, as mulheres enfrentam grandes dificuldades

Leia mais

PROJEÇÕES DO AGRONEGÓCIO Brasil 2009/10 a 2019/20

PROJEÇÕES DO AGRONEGÓCIO Brasil 2009/10 a 2019/20 PROJEÇÕES DO AGRONEGÓCIO Brasil 2009/10 a 2019/20 AGE - ASSESSORIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA Chefe da AGE: Derli Dossa. E-mail: derli.dossa@agricultura.gov.br Equipe Técnica: José Garcia Gasques. E-mail: jose.gasques@agricultura.gov.br

Leia mais

TEMA: A Mulher no Mercado de Trabalho em Goiás.

TEMA: A Mulher no Mercado de Trabalho em Goiás. TEMA: A Mulher no Mercado de Trabalho em Goiás. O Dia Internacional da Mulher, celebrado dia 8 de março, traz avanços do gênero feminino no mercado de trabalho formal. Segundo informações disponibilizadas

Leia mais

O ALOJAMENTO NO TERRITÓRIO DOURO ALLIANCE - EIXO URBANO DO DOURO

O ALOJAMENTO NO TERRITÓRIO DOURO ALLIANCE - EIXO URBANO DO DOURO O ALOJAMENTO NO TERRITÓRIO DOURO ALLIANCE - EIXO URBANO DO DOURO Vila Real, Março de 2012 ÍNDICE INTRODUÇÃO... 4 CAPITULO I Distribuição do alojamento no Território Douro Alliance... 5 CAPITULO II Estrutura

Leia mais

O panorama do mercado educativo em saúde no Brasil

O panorama do mercado educativo em saúde no Brasil Indicadores das Graduações em Saúde Estação de Trabalho IMS/UERJ do ObservaRH O panorama do mercado educativo em saúde no Brasil Como consequência de políticas governamentais implementadas com o objetivo

Leia mais

Rio de Janeiro. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Rio de Janeiro (1991, 2000 e 2010)

Rio de Janeiro. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Rio de Janeiro (1991, 2000 e 2010) Rio de Janeiro Em, no estado do Rio de Janeiro (RJ), moravam 16 milhões de pessoas, onde 8,9% (1,4 milhões) tinham 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 92 municípios, dos quais sete (7,6%)

Leia mais

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010 OTIMIZAÇÃO DA EFETIVIDADE DE HEDGE NA COMPRA DE MILHO POR MEIO DE CONTRATOS FUTUROS PARA PRODUÇÃO DE BOVINOS DE CORTE RESUMO GUSTAVO DE SOUZA CAMPOS BADARÓ 1, RENATO ELIAS FONTES 2 ; TARCISIO GONÇALVES

Leia mais

TEMAS SOCIAIS O UTUBRO DE 2000 CONJUNTURA ECONÔMICA 28

TEMAS SOCIAIS O UTUBRO DE 2000 CONJUNTURA ECONÔMICA 28 O UTUBRO DE 2000 CONJUNTURA ECONÔMICA 28 TEMAS SOCIAIS Diferentes histórias, diferentes cidades A evolução social brasileira entre 1996 e 1999 não comporta apenas uma mas muitas histórias. O enredo de

Leia mais

A atividade agrícola e o espaço agrário. Prof. Bruno Batista

A atividade agrícola e o espaço agrário. Prof. Bruno Batista A atividade agrícola e o espaço agrário Prof. Bruno Batista A agropecuária É uma atividade primária; É obtida de forma muito heterogênea no mundo países desenvolvidos com agricultura moderna, e países

Leia mais

A POSIÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP) EM RELAÇÃO AO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) E AO ÍNDICE DE GINI

A POSIÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP) EM RELAÇÃO AO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) E AO ÍNDICE DE GINI A POSIÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP) EM RELAÇÃO AO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) E AO ÍNDICE DE GINI Roland Anton Zottele 1, Friedhilde M. K. Manulescu 2 1, 2 Faculdade de Ciências

Leia mais

10º LEVANTAMENTO DE SAFRAS DA CONAB - 2012/2013 Julho/2013

10º LEVANTAMENTO DE SAFRAS DA CONAB - 2012/2013 Julho/2013 10º LEVANTAMENTO DE SAFRAS DA CONAB - 2012/2013 Julho/2013 1. INTRODUÇÃO O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), realiza sistematicamente

Leia mais

Estimativas dos custos de produção da atividade leiteira nos municípios assistidos pelo Programa Mais Leite.

Estimativas dos custos de produção da atividade leiteira nos municípios assistidos pelo Programa Mais Leite. Estimativas dos custos de produção da atividade leiteira nos municípios assistidos pelo Programa Mais Leite. Jéssica Samara Leão SIMÕES¹; André da Mata CARVALHO²; Marlon MARTINS Moraes ²; Joiciane Maria

Leia mais

Saúde. reprodutiva: gravidez, assistência. pré-natal, parto. e baixo peso. ao nascer

Saúde. reprodutiva: gravidez, assistência. pré-natal, parto. e baixo peso. ao nascer 2 Saúde reprodutiva: gravidez, assistência pré-natal, parto e baixo peso ao nascer SAÚDE BRASIL 2004 UMA ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SAÚDE INTRODUÇÃO No Brasil, as questões relativas à saúde reprodutiva têm

Leia mais

Taxa de desocupação foi de 9,3% em janeiro

Taxa de desocupação foi de 9,3% em janeiro Taxa de desocupação foi de 9,3% em janeiro A taxa de desocupação registrada pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, nas seis principais Regiões Metropolitanas do país (Recife, Salvador, Belo Horizonte,

Leia mais

7ºano 2º período vespertino 25 de abril de 2014

7ºano 2º período vespertino 25 de abril de 2014 GEOGRAFIA QUESTÃO 1 A Demografia é a ciência que estuda as características das populações humanas e exprime-se geralmente através de valores estatísticos. As características da população estudadas pela

Leia mais

Ano I Boletim II Outubro/2015. Primeira quinzena. são específicos aos segmentos industriais de Sertãozinho e região.

Ano I Boletim II Outubro/2015. Primeira quinzena. são específicos aos segmentos industriais de Sertãozinho e região. O presente boletim analisa algumas variáveis chaves na atual conjuntura da economia sertanezina, apontando algumas tendências possíveis. Como destacado no boletim anterior, a indústria é o carro chefe

Leia mais

SETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO: estabelecimentos e empregos formais no Rio de Janeiro

SETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO: estabelecimentos e empregos formais no Rio de Janeiro NOTA CONJUNTURAL SETOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO: estabelecimentos e empregos formais no Rio de Janeiro OBSERVATÓRIO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, NOVEMBRO DE 2012 17 2012

Leia mais

Criação de emprego - Brasil. Acumulado. set/11 a ago/12

Criação de emprego - Brasil. Acumulado. set/11 a ago/12 Set Ago/2013 A criação emprego no país no mês agosto, acordo com os dados do CAGED, apresentou um crescimento 207% em relação ao mês anterior, com cerca 128 mil novos postos trabalho. Se comparado ao mesmo

Leia mais

Ser grande não significa ser mais rico, e ter relevância em um dos indicadores não confere a cada país primazia em comparação a outro.

Ser grande não significa ser mais rico, e ter relevância em um dos indicadores não confere a cada país primazia em comparação a outro. ASSUNTO em pauta O BRIC em números P o r Sérgio Pio Bernardes Ser grande não significa ser mais rico, e ter relevância em um dos indicadores não confere a cada país primazia em comparação a outro. É Smuito

Leia mais

Notas metodológicas. Objetivos

Notas metodológicas. Objetivos Notas metodológicas Objetivos Qual é a população de empresa em um determinado ano? Esta é aparentemente uma pergunta simples, entretanto, existem inúmeras questões envolvidas na definição, identificação

Leia mais

NOTAS ECONÔMICAS. Regimes cambiais dos BRICs revelam diferentes graus de intervenção no câmbio

NOTAS ECONÔMICAS. Regimes cambiais dos BRICs revelam diferentes graus de intervenção no câmbio NOTAS ECONÔMICAS Informativo da Confederação Nacional da Indústria Ano 11 Número 2 12 de julho de 2010 www.cni.org.br Regimes cambiais dos BRICs revelam diferentes graus de intervenção no câmbio Brasil

Leia mais

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros

PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009. Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros 1 of 5 11/26/2010 2:57 PM Comunicação Social 26 de novembro de 2010 PNAD - Segurança Alimentar 2004 2009 Insegurança alimentar diminui, mas ainda atinge 30,2% dos domicílios brasileiros O número de domicílios

Leia mais

PLANO DE ESTUDOS 3º trimestre 2012

PLANO DE ESTUDOS 3º trimestre 2012 PLANO DE ESTUDOS 3º trimestre 2012 ano: 9º disciplina: geografia professor: Meus caros (as) alunos (as): Durante o 2º trimestre, você estudou as principais características das cidades globais e das megacidades

Leia mais

Milho: preços elevados mesmo com super-safra norte-americana

Milho: preços elevados mesmo com super-safra norte-americana Milho: preços elevados mesmo com super-safra norte-americana Super-safra norte-americana Em seu boletim de oferta e demanda mundial de setembro o Usda reestimou para cima suas projeções para a safra 2007/08.

Leia mais

PIB DO ESTADO DE SÃO PAULO 2005

PIB DO ESTADO DE SÃO PAULO 2005 PIB DO ESTADO DE SÃO PAULO 2005 A Fundação Seade, em parceria com o IBGE, divulga os resultados do PIB do Estado de São Paulo, em 2005. Simultaneamente, os órgãos de estatística das demais Unidades da

Leia mais

ELABORAÇÃO DE CENÁRIOS ECONÔMICOS E SOCIAIS. IETS Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade

ELABORAÇÃO DE CENÁRIOS ECONÔMICOS E SOCIAIS. IETS Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade ELABORAÇÃO DE CENÁRIOS ECONÔMICOS E SOCIAIS Uma proposta de trabalho para apresentação ao SESC Serviço Social do Comércio Preparada pelo IETS Instituto de Estudos de Trabalho e Sociedade Maurício Blanco

Leia mais

Urbanização Brasileira

Urbanização Brasileira Urbanização Brasileira 1. Veja, 28/6/2006 (com adaptações).27 Com base nessas informações, assinale a opção correta a respeito do pedágio nas cidades mencionadas. a) A preocupação comum entre os países

Leia mais

Manutenção das desigualdades nas condições de inserção

Manutenção das desigualdades nas condições de inserção A INSERÇÃO DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE MARÇO 2014 Manutenção das desigualdades nas condições de inserção De maneira geral, as mulheres enfrentam grandes dificuldades

Leia mais

Cadastro das Principais

Cadastro das Principais 46 Cenário Econômico Cadastro das Principais Corretoras de Seguros Primeiras conclusões Francisco Galiza O estudo ESECS (Estudo Socioeconômico das Corretoras de Seguros), divulgado pela Fenacor em 2013,

Leia mais

Exercícios sobre África: Características Físicas e Organizações Territoriais

Exercícios sobre África: Características Físicas e Organizações Territoriais Exercícios sobre África: Características Físicas e Organizações Territoriais 1. Observe o mapa a seguir. As partes destacadas no mapa indicam: a) Áreas de clima desértico. b) Áreas de conflito. c) Áreas

Leia mais

Santa Catarina. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de Santa Catarina (1991, 2000 e 2010)

Santa Catarina. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de Santa Catarina (1991, 2000 e 2010) Santa Catarina Em 21, no estado de Santa Catarina (SC), moravam 6,3 milhões de pessoas, onde parcela relevante (6,9%, 43,7 mil) tinha 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 293 municípios,

Leia mais

PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO

PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO 2007 O MERCADO DE TRABALHO SOB A ÓPTICA DA RAÇA/COR Os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego permitem diversos tipos de detalhamento

Leia mais

Simon Schwartzman. A evolução da educação superior no Brasil diferenças de nível, gênero e idade.

Simon Schwartzman. A evolução da educação superior no Brasil diferenças de nível, gênero e idade. A educação de nível superior superior no Censo de 2010 Simon Schwartzman (julho de 2012) A evolução da educação superior no Brasil diferenças de nível, gênero e idade. Segundo os dados mais recentes, o

Leia mais

DESIGUALDADE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE SALINAS MG

DESIGUALDADE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE SALINAS MG DESIGUALDADE AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE SALINAS MG BRENO FURTADO LIMA 1, EDUARDO OLIVEIRA JORGE 2, FÁBIO CHAVES CLEMENTE 3, GUSTAVO ANDRADE GODOY 4, RAFAEL VILELA PEREIRA 5, ALENCAR SANTOS 6 E RÚBIA GOMES

Leia mais

TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL II RELATÓRIO ANALÍTICO

TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL II RELATÓRIO ANALÍTICO II RELATÓRIO ANALÍTICO 15 1 CONTEXTO ECONÔMICO A quantidade e a qualidade dos serviços públicos prestados por um governo aos seus cidadãos são fortemente influenciadas pelo contexto econômico local, mas

Leia mais

ecoturismo ou turismo. As faixas de APP que o proprietário será obrigado a recompor serão definidas de acordo com o tamanho da propriedade.

ecoturismo ou turismo. As faixas de APP que o proprietário será obrigado a recompor serão definidas de acordo com o tamanho da propriedade. São as áreas protegidas da propriedade. Elas não podem ser desmatadas e por isso são consideradas Áreas de Preservação Permanente (APPs). São as faixas nas margens de rios, lagoas, nascentes, encostas

Leia mais

Atlas Digital de MINAS GERAIS 1 de 18

Atlas Digital de MINAS GERAIS 1 de 18 Atlas Digital de MINAS GERAIS 1 de 18 Características Agropecuárias A sociedade brasileira viveu no século XX uma transformação socioeconômica e cultural passando de uma sociedade agrária para uma sociedade

Leia mais

AGROINDÚSTRIA. O BNDES e a Agroindústria em 1998 BNDES. ÁREA DE OPERAÇÕES INDUSTRIAIS 1 Gerência Setorial 1 INTRODUÇÃO 1.

AGROINDÚSTRIA. O BNDES e a Agroindústria em 1998 BNDES. ÁREA DE OPERAÇÕES INDUSTRIAIS 1 Gerência Setorial 1 INTRODUÇÃO 1. AGROINDÚSTRIA BNDES FINAME BNDESPAR ÁREA DE OPERAÇÕES INDUSTRIAIS 1 Gerência Setorial 1 O BNDES e a Agroindústria em 1998 INTRODUÇÃO Este informe apresenta os principais dados sobre os desembolsos do BNDES

Leia mais

Universidade Federal de Uberlândia PRGRA Pró-Reitoria de Graduação DIRPS Diretoria de Processos Seletivos

Universidade Federal de Uberlândia PRGRA Pró-Reitoria de Graduação DIRPS Diretoria de Processos Seletivos GEOGRAFIA Gabarito Final - Questão 1 A) Dentre os fatores que justificam a expansão da cana-de-açúcar no Brasil, destacam-se: Aumento da importância do álcool ou etanol na matriz energética brasileira;

Leia mais

14º CONGRESSO BRASILEIRO DO AGRONEGÓCIO FÓRUM ALIMENTOS. Vamos tornar o Brasil o primeiro produtor de Alimentos do Mundo?

14º CONGRESSO BRASILEIRO DO AGRONEGÓCIO FÓRUM ALIMENTOS. Vamos tornar o Brasil o primeiro produtor de Alimentos do Mundo? 14º CONGRESSO BRASILEIRO DO AGRONEGÓCIO FÓRUM ALIMENTOS Vamos tornar o Brasil o primeiro produtor de Alimentos do Mundo? ALAN BOJANIC Ph.D. REPRESENTANTE DA FAO NO BRASIL ALIMENTAR O MUNDO EM 2050 As novas

Leia mais

Por que Serviços? Serviços (% PIB) - eixo da esquerda PIB per capita ($ de 2005) - eixo da direita

Por que Serviços? Serviços (% PIB) - eixo da esquerda PIB per capita ($ de 2005) - eixo da direita Por que Serviços? Jorge Arbache 1 Bens e serviços estão se combinando por meio de uma relação cada vez mais sinergética e simbiótica para formar um terceiro produto que nem é um bem industrial tradicional,

Leia mais

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA

RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Indicadores CNI RETRATOS DA SOCIEDADE BRASILEIRA Previdência 20 Maioria dos brasileiros apoia mudanças na previdência Sete em cada dez brasileiros reconhecem que o sistema previdenciário brasileiro apresenta

Leia mais

RESUMO. Vinicius Carmello. Miriam Rodrigues Silvestre. João Lima Sant Anna Neto

RESUMO. Vinicius Carmello. Miriam Rodrigues Silvestre. João Lima Sant Anna Neto DESIGUALDADE no campo e o risco climático em áreas de produção da soja no sul do brasil Vinicius Carmello Grupo de Pesquisa GAIA; UNESP/FCT - Presidente Prudente, São Paulo, Brasil viniciuscarmello@gmail.com

Leia mais

O Mercado de Trabalho nas Atividades Culturais no Brasil, 1992-2001

O Mercado de Trabalho nas Atividades Culturais no Brasil, 1992-2001 1 Ministério da Cultura Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) Data de elaboração da ficha: Ago 2007 Dados das organizações: Nome: Ministério da Cultura (MinC) Endereço: Esplanada dos Ministérios,

Leia mais

Nº 19 Novembro de 2011. A Evolução da Desigualdade de Renda entre os anos de 2000 e 2010 no Ceará e Estados Brasileiros Quais foram os avanços?

Nº 19 Novembro de 2011. A Evolução da Desigualdade de Renda entre os anos de 2000 e 2010 no Ceará e Estados Brasileiros Quais foram os avanços? Nº 19 Novembro de 2011 A Evolução da Desigualdade de Renda entre os anos de 2000 e 2010 no Ceará e Estados Brasileiros Quais foram os avanços? GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ Cid Ferreira Gomes Governador Domingos

Leia mais

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es).

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es). A QUALIDADE DE VIDA SOB A ÓTICA DAS DINÂMICAS DE MORADIA: A IDADE ENQUANTO UM FATOR DE ACÚMULO DE ATIVOS E CAPITAL PESSOAL DIFERENCIADO PARA O IDOSO TRADUZIDO NAS CONDIÇÕES DE MORADIA E MOBILIDADE SOCIAL

Leia mais

3 O Panorama Social Brasileiro

3 O Panorama Social Brasileiro 3 O Panorama Social Brasileiro 3.1 A Estrutura Social Brasileira O Brasil é um país caracterizado por uma distribuição desigual de renda. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios

Leia mais

ipea A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL 1 INTRODUÇÃO 2 METODOLOGIA 2.1 Natureza das simulações

ipea A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL 1 INTRODUÇÃO 2 METODOLOGIA 2.1 Natureza das simulações A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL Ricardo Paes de Barros Mirela de Carvalho Samuel Franco 1 INTRODUÇÃO O objetivo desta nota é apresentar uma avaliação

Leia mais

Geografia/Profª Carol

Geografia/Profª Carol Geografia/Profª Carol Recebe essa denominação porque parte dos territórios dos países platinos que constituem a região é banhada por rios que compõem a bacia hidrográfica do Rio da Prata. Países: Paraguai,

Leia mais

VARIAÇÃO ESTACIONAL DE PREÇOS DA MAMONA NO PARANÁ INTRODUÇÃO

VARIAÇÃO ESTACIONAL DE PREÇOS DA MAMONA NO PARANÁ INTRODUÇÃO Página 1927 VARIAÇÃO ESTACIONAL DE PREÇOS DA MAMONA NO PARANÁ Gerson Henrique da Silva 1 ; Maura Seiko Tsutsui Esperancini 2 ; Cármem Ozana de Melo 3 ; Osmar de Carvalho Bueno 4 1Unioeste Francisco Beltrão-PR,

Leia mais

RELACÃO CANDIDATOS E VAGAS NO VESTIBULAR PARA O CURSO DE ADMINISTRAÇÃO EM AGRONEGÓCIOS DE 2007/1 A 2010/2 - UNEMAT/ CUTS

RELACÃO CANDIDATOS E VAGAS NO VESTIBULAR PARA O CURSO DE ADMINISTRAÇÃO EM AGRONEGÓCIOS DE 2007/1 A 2010/2 - UNEMAT/ CUTS RELACÃO CANDIDATOS E VAGAS NO VESTIBULAR PARA O CURSO DE ADMINISTRAÇÃO EM AGRONEGÓCIOS DE 2007/1 A 2010/2 - UNEMAT/ CUTS TARDIVO, Wagner Antonio 1 Tangará da Serra/MT - dezembro 2010 Resumo: A relação

Leia mais

Colégio Senhora de Fátima

Colégio Senhora de Fátima Colégio Senhora de Fátima A formação do território brasileiro 7 ano Professora: Jenifer Geografia A formação do território brasileiro As imagens a seguir tem como principal objetivo levar a refletir sobre

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 O RISCO DOS DISTRATOS O impacto dos distratos no atual panorama do mercado imobiliário José Eduardo Rodrigues Varandas Júnior

Leia mais

Produção Industrial Cearense Cresce 2,5% em Fevereiro como o 4º Melhor Desempenho do País

Produção Industrial Cearense Cresce 2,5% em Fevereiro como o 4º Melhor Desempenho do País Enfoque Econômico é uma publicação do IPECE que tem por objetivo fornecer informações de forma imediata sobre políticas econômicas, estudos e pesquisas de interesse da população cearense. Por esse instrumento

Leia mais