Ministério da Agricultura

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Ministério da Agricultura"

Transcrição

1 Ministério da Agricultura ANTEPROJECTO DE LEI DAS FLORESTAS, FAUNA SELVAGEM E ÁREAS DE CONSERVAÇÃO TERRESTRES Lei nº.../06 De... A Lei Constitucional estabelece no número 2 do artigo 24º que cabe ao Estado adoptar as medidas necessárias à protecção do meio ambiente e das espécies da flora e fauna nacionais e à manutenção do equilíbrio ecológico. Dispõe ainda, no número 2 do artigo 12º, que o Estado deve promover a defesa e conservação dos recursos naturais, orientando a sua exploração e aproveitamento em benefício de toda a comunidade. Estes princípios da Lei Constitucional têm vindo a ser concretizados em legislação sobre ambiente e recursos naturais como a Lei de Bases do Ambiente (Lei nº 5/98, de 19 de Junho), a Lei do Ordenamento do Território (Lei nº 3/ 04, de 24 de Junho), a Lei de Terras (Lei nº 9/04, de 9 de Novembro) e a Lei dos Recursos Biológicos Aquáticos (Lei nº 6A/04, de 8 de Outubro). Para além disso, Angola aderiu a convenções internacionais de grande importância na definição dos regimes jurídicos dos recursos biológicos, das quais se destacam as Convenção sobre a Diversidade Biológica, a Convenção sobre o Combate à Desertificação e a Convenção sobre as Espécies Migratórias da Fauna Selvagem, das quais decorrem obrigações internacionais do Estado angolano no domínio da protecção da flora silvestre e da fauna selvagem. Ora a legislação sobre florestas e fauna selvagem em vigor em Angola, em especial os decretos nº 40040, de 9 de Fevereiro de 1955, e nº 44531, de 22 de Agosto de 1962 (Regulamento Florestal), bem como o Diploma Legislativo nº 2873, de 11 de Dezembro de 1957 (Regulamento de Caça), está manifestamente desactualizada face às exigências da conservação e gestão sustentável destes recursos, em especial as que decorrem da Lei Constitucional e dos tratados internacionais de que Angola é parte. Página 1/165

2 Assim, a presente lei visa assegurar que o uso das florestas e da fauna selvagem terrestre se paute pelos princípios constitucionais e do Direito Internacional relevantes, em especial os princípios do desenvolvimento sustentável e da protecção do ambiente. Estabelece os princípios e objectivos a que deve obedecer o uso e exploração dos recursos florestais e faunísticos, bem como da diversidade biológica terrestre, e os instrumentos para a sua gestão sustentável. Regula ainda as actividades relativas aos recursos florestais e faunísticos e estabelece os regimes de concessão de direitos a eles relativos, no quadro da salvaguarda da igualdade de oportunidades e da participação de todos os cidadãos no processo de desenvolvimento económico e social do País. Nestes termos, ao abrigo da alínea b) do artigo 88º da Lei Constitucional, a Assembleia Nacional aprova o seguinte: LEI DAS FLORESTAS, FAUNA SELVAGEM E ÁREAS DE CONSERVAÇÃO TERRESTRES TÍTULO I Disposições Gerais Capítulo I Disposições comuns Artigo 1.º Objecto Na presente lei são estabelecidas as normas que visam garantir a conservação e uso sustentável das florestas e fauna selvagem terrestres existentes no território nacional, bem como a criação e gestão de áreas de conservação e, ainda, as bases gerais do exercício de actividades com elas relacionadas. Artigo 2.º Âmbito de aplicação A presente lei é aplicável às florestas e fauna selvagem terrestres, bem como à sua diversidade biológica, e às actividades com eles relacionadas. Página 2/165

3 Artigo 3.º Definições As expressões, termos e conceitos utilizados na presente Lei, se não resultar o contrário do respectivo contexto, têm o significado constante das definições seguintes: Acompanhamento - a recolha, compilação, análise e prestação de informação sobre os recursos florestais e faunísticos e actividades com eles relacionadas, incluindo sobre a sua transformação e comercialização. Arboreto - a floresta de plantação para fins exclusivamente científicos, de educação e de lazer. Área de conservação - uma área geograficamente delimitada que tenha sido classificada e regulamentada para atingir objectivos específicos de conservação, também designada terreno reservado. Caça - a espera, perseguição, captura, apanha, mutilação, abate, destruição ou utilização de espécies de fauna selvagem, em qualquer fase do seu desenvolvimento, ou a condução de expedições para aqueles fins. Caçador especialista - pessoa singular autorizada a exercer a caça como profissão e que se dedica à caça para fins de exploração de recursos faunísticos, incluindo a condução de excursões de caça ou o acompanhamento de turistas que estejam autorizados a caçar ou que desejem contemplar, fotografar ou filmar animais selvagens nos seus habitats naturais. Comunidades locais - um grupo social coerente de pessoas residentes numa localidade com interesses ou direitos relativos aos recursos florestais ou faunísticos aí existentes, que essas pessoas possuem ou relativamente aos quais exercem direitos nos termos da lei, do costume ou de contrato. Comunidades rurais - comunidades de famílias vizinhas ou compartes que, nos meios rurais, têm direitos colectivos de posse, gestão e de uso e fruição dos meios de produção comunitários, designadamente os terrenos rurais comunitários por elas ocupados e aproveitados de forma útil e efectiva, segundo os princípios de autoadministração e auto-gestão, quer para sua habitação, quer para o exercício da sua actividade, quer ainda para a consecução de outros fins reconhecidos pelo costume e pela legislação em vigor. Conhecimentos tradicionais - os conhecimentos, inovações, práticas e tecnologias acumulados que são essenciais para a conservação e uso sustentável dos recursos florestais e faunísticos naturais ou que tenham valor socio-económico e que foram desenvolvidos ao longo do tempo por comunidades ou por pessoas residentes numa dada localidade. Página 3/165

4 Conservação - a protecção, manutenção, reabilitação, restauração e melhoramento das florestas e fauna selvagem, e seus recursos genéticos, bem como todas as medidas visando o seu uso sustentável. Conservação ex situ - a conservação de componentes da diversidade biológica terrestre fora dos seus habitats naturais. Conservação in situ - a conservação dos ecossistemas terrestres e dos habitats naturais dos recursos florestais e faunísticos e a manutenção e recuperação de populações viáveis de espécies no seu meio natural. Corte - o abate de recursos florestais para fins de exploração comercial. Desflorestação - a destruição ou corte indiscriminado de árvores sem a devida reposição. Degradação de terras - a redução ou perda da produtividades biológica ou económica e da complexidade das terras agrícolas de sequeiro, das terras agrícolas irrigadas, das pastagens naturais, das pastagens semeadas, das florestas e das matas nativas devido aos sistemas de utilização da terra ou a um processo, ou combinação de processos, incluindo os que resultem das actividades humanas e das suas formas de ocupação do território; Derruba - o arranque ou corte de árvores e arbustos para quaisquer fins, em especial agrícolas, mineiros ou de construção, nomeadamente de estradas e outras infraestruturas. Desertificação - o processo de degradação de terras, natural ou provocado pela remoção da cobertura vegetal ou pela utilização predatória que pode transformar essas terras em zonas áridas ou desertos. Domínio público bens propriedade do Estado que são inalienáveis, imprescritíveis e impenhoráveis, sem prejuízo da sua concessão temporária para a realização de fins de interesse público. Inclui os bens do domínio público das autarquias locais. Ecossistema - qualquer processo complexo dinâmico de comunidades vegetais, animais e de microrganismos e o seu ambiente não vivo, que interage como uma unidade funcional; Ecossistema frágil - aquele que, pelas suas características naturais e localização geográfica, é susceptível de rápida degradação dos seus atributos e de difícil recomposição. Empresa - toda a organização ou empreendimento cujo objecto é a exploração de recursos florestais ou faunísticos. Página 4/165

5 Espécies ameaçadas de extinção - as espécies, subespécies, variedades ou raças que não estão em extinção mas enfrentam um risco muito elevado de extinção no seu ambiente natural num futuro próximo inclui as espécies cujos números se tenham reduzido drasticamente a um nível crítico ou cujos habitats tenham sido degradados de forma tal que ponha em perigo a sobrevivência da espécie. Espécies domesticadas ou cultivadas - espécies cujo processo de evolução tenha sido influenciado pelos seres humanos para satisfazer as suas necessidades. Espécies em extinção - as espécies, subespécies, variedades ou raças que enfrentam um risco extremamente elevado e eminente de extinção no seu ambiente natural. Espécies endémicas - espécies que apenas ocorrem em território angolano. Espécies exóticas - as espécies que não são indígenas em uma área específica. Espécies invasoras - qualquer espécie que constitui ameaça para ecossistemas, habitats e outras espécies. Espécies migratórias - as espécies que migram sazonalmente de uma zona ecológica para outra. Espécies vulneráveis - as espécies, subespécies, variedades ou raças que, de acordo com a melhor prova disponível, são consideradas como em risco elevado de extinção no seu ambiente natural, em especial cujas populações, comparadas com níveis históricos, se tenham reduzido a níveis que ponham em causa a sua sustentabilidade. Exploração - a colheita ou corte de recursos florestais ou a caça de recursos faunísticos para fins lucrativos, ainda que relativos a actividades de pequena escala. Fauna selvagem - conjunto de animais terrestres selvagens, vertebrados e invertebrados, mamíferos, anfíbios, aves e répteis, de qualquer espécie, em qualquer fase do seu desenvolvimento, que vivem naturalmente, bem como as espécies selvagens capturadas para fins de pecuarização, excluindo os recursos aquáticos. Fiscalização - a inspecção, supervisão e vigilância das actividades relativas a recursos florestais e faunísticos com vista a garantir o cumprimento da legislação aplicável, bem como as correspondentes medidas de gestão. Floresta - qualquer ecossistema terrestre contendo cobertura de árvores, ou de arbustos ou de outra vegetação espontânea inclui os animais selvagens e microrganismos nela existentes. Página 5/165

6 Floresta de plantação - cobertura vegetal arbórea, contínua, obtida através do plantio de árvores de espécies indígenas ou exóticas. Habitat - o local ou o tipo de sítio onde um organismo ou população ocorrem naturalmente. Inventário florestal - a recolha, medição e registo de dados sobre a qualidade e o volume de recursos florestais, o estado de sua dinâmica, a sua regeneração e os produtos que se podem obter por unidade de superfície, de forma a fornecer informação para a gestão sustentável de uma dada região ou floresta, em particular. Inventário faunístico - a recolha, medição e registo de dados sobre a composição por espécie ou número de animais, a densidade por unidade de superfície, a densidade por grupo etário e por sexo e o estado da densidade da população, de forma a fornecer informação para a gestão sustentável da fauna selvagem. Lei de Terras - a Lei nº 9/04, de 9 de Novembro, ou lei que a venha a substituir. Mancha florestal - cobertura de árvores e/ou arbustos num dado terreno rural. Ordenamento florestal - o conjunto de medidas de natureza legal e administrativa específicas destinadas a assegurar a utilização racional, auto-renovação e sustentabilidade dos recursos florestais. Período de defeso - período do ano que coincide com a reprodução das espécies faunísticas, durante o qual as actividades de caça são proibidas ou limitadas em todo o país, ou em certas localidades ou de certas espécies. Período de repouso vegetativo - período do ano que coincide com a reprodução florestal e crescimento de determinadas espécies florestais, durante o qual são proibidas ou limitadas as actividades de exploração florestal. Produto florestal - qualquer recurso florestal que é colhido, ou de qualquer outro modo removido do seu estado natural, para uso humano;inclui os produtos manufacturados ou derivados de um recurso florestal. Recurso florestal - qualquer coisa ou benefício derivado das florestas, de valor actual ou potencial para a humanidade;inclui os recursos genéticos florestais e a energia derivada das florestas. Recurso faunístico - qualquer coisa ou benefício derivado da fauna selvagem terrestre, de valor actual ou potencial para a humanidade inclui os recursos genéticos da fauna selvagem. Página 6/165

7 Recurso genético - qualquer material de origem de vegetal, animal ou de microrganismo que contenha unidades funcionais de hereditariedade e que tenha valor actual ou potencial para a humanidade. Terrenos comunitários - terrenos utilizados por uma comunidade rural segundo o costume relativo ao uso da terra, abrangendo, conforme o caso, as áreas complementares para a agricultura itinerante, os corredores de transumância para acesso do gado às fonte de água e as pastagens e os atravessadouros, sujeitos ou não ao regime da servidão, utilizados para aceder à água ou às estradas ou caminhos de acesso aos aglomerados urbanos. Terrenos florestais - terrenos rurais aptos para o exercício das actividades silvícolas, designadamente para a exploração e utilização racional de florestas naturais ou plantadas, nos termos dos planos de ordenamento rural e da respectiva legislação especial. Troféu - as partes duráveis dos animais selvagens, nomeadamente a cabeça, crânio, cornos, dentes, coiros, pêlos e cerdas, unhas, garras, cascos e ainda cascos de ovos, ninhos e penas desde que não tenham perdido o aspecto original por qualquer processo de manufactura. Uso sustentável - a gestão e aproveitamento dos recursos florestais e faunísticos de tal modo que sejam mantidas as funções ecológicas das florestas e da fauna selvagem e que não seja prejudicado o valor ecológico, económico, social e estético dos seus ecossistemas para as gerações actuais e futuras. Uso de subsistência - a colheita ou corte de recursos florestais ou a caça de recursos faunísticos para fins de consumo próprio do autor dessas acções e de sua família, sendo os recursos excedentários apenas esporadicamente comercializados. Artigo 4.º Finalidades As finalidades da presente lei são as seguintes: 1. Promover a protecção do ambiente e da diversidade biológica, em especial das florestas e fauna selvagem e dos ecossistemas terrestres; 2. Assegurar a contribuição das florestas, da fauna selvagem e da diversidade biológica terrestres, bem como das actividades a elas relativas, para o desenvolvimento económico e social sustentável, para a segurança alimentar e para o bem-estar e qualidade de vida dos cidadãos, tendo em consideração os múltiplos usos destes recursos; Página 7/165

8 3. Estabelecer os princípios e regras gerais de conservação dos recursos florestais e faunísticos terrestres e seus ecossistemas, assegurando que sejam utilizados e explorados de forma sustentável e responsável; 4. Estabelecer os princípios e critérios gerais de acesso aos recursos florestais e faunísticos e da sua gestão sustentável, ordenamento e desenvolvimento, tendo em consideração os aspectos biológicos, tecnológicos, económicos, sociais, culturais e ambientais pertinentes; 5. Promover a investigação científica relativa aos recursos biológicos, diversidade biológica e ecossistemas terrestres. Artigo 5.º Princípios gerais 1. As florestas e fauna selvagem de Angola são um património nacional cuja protecção, preservação e conservação constituem obrigações do Estado, das pessoas singulares e colectivas que realizam actividades económicas e dos cidadãos. 2. Os recursos florestais e faunísticos terrestres de Angola, com excepção das espécies domesticadas e cultivadas e dos exemplares resultantes da pecuarização de animais selvagens, bem como de melhoramento de variedades de plantas e de raças de animais realizados por particulares, são propriedade do Estado e integram o domínio público. 3. Para além dos princípios referidos nos números anteriores, para os efeitos previstos nesta lei e seus regulamentos devem ainda ser observados os seguintes princípios: a) Do desenvolvimento sustentável; b) Da realização dos direitos, liberdades e garantias fundamentais; c) Do mínimo de existência, incluindo o direito à alimentação e o correlativo acesso a recursos florestais e faunísticos para fins de subsistência; d) Da não discriminação, da igualdade de oportunidades, da livre iniciativa económica e da defesa da concorrência; e) Do respeito pelos direitos de propriedade intelectual e pelos conhecimentos tradicionais relacionados com os recursos biológicos terrestres; f) Da participação de todos os interessados; g) Da conservação da diversidade biológica nos seus diversos níveis; Página 8/165

9 h) Do uso sustentável dos recursos florestais e faunísticos; i) Da prevenção e da precaução; j) Da gestão integrada dos recursos naturais; k) Do ordenamento do território; l) Da cooperação institucional; m) Da valorização dos recursos florestais e faunísticos e da diversidade biológica e do utilizador pagador; n) Do aproveitamento útil e efectivo dos recursos sob concessão e da capacidade adequada; o) Do poluidor pagador; p) Da responsabilização; q) Da segurança jurídica. 4. Os princípios estabelecidos neste artigo são de cumprimento obrigatório para todos os intervenientes na gestão e uso de recursos florestais e faunísticos. Artigo 6.º Património florestal 1. Para os efeitos previstos nesta lei e seus regulamentos, as florestas são classificadas em florestas naturais e florestas plantadas. 2. O património florestal nacional, de acordo com o seu potencial, localização e forma de utilização, pode ser classificado como: a) Florestas de conservação: as florestas constituídas por formações vegetais que realizam funções de conservação, manutenção e regeneração e que estão sujeitas a regimes de gestão especiais; b) Florestas de produção: as florestas constituídas por formações vegetais de elevado potencial económico florestal, localizadas fora das áreas de conservação, e destinadas a exploração; Página 9/165

10 c) Florestas para fins especiais: as florestas constituídas por formações vegetais localizadas fora das áreas de conservação e utilizadas para fins especiais, como de defesa nacional, conservação ambiental, experimentação científica, de protecção de paisagens, de lazer, e culturais. 3. Constituem ainda património florestal as árvores classificadas como de valor histórico ou outro de natureza cultural. 4. As espécies florestais são classificadas em função da sua raridade e valor ecológico, económico e sócio-cultural por listas de espécies a serem estabelecidas por diploma próprio. Artigo 7.º Património faunístico O património faunístico é constituído pela fauna selvagem terrestre e é classificado em função da sua raridade e valor económico e sócio-cultural por listas de espécies a serem estabelecidas por diploma próprio. Artigo 8.º Obrigações do Estado Cabe ao Estado assegurar a conservação das florestas, da fauna selvagem e da diversidade biológica e, em especial: a) Assegurar a boa execução da presente lei e seus regulamentos; b) Adoptar as medidas de ordenamento das florestas e da fauna selvagem visando a sua gestão e uso sustentável; c) Conceder direitos sobre recursos florestais e faunísticos, nos termos desta lei e seus regulamentos, bem como da legislação em vigor, em especial sobre protecção do ambiente, ordenamento do território, terras e águas; d) Assegurar a conciliação entre usos de florestas e da fauna selvagem e usos de outros recursos naturais, incluindo a gestão integrada dos recursos naturais e a coordenação institucional; e) Assegurar que são devidamente avaliados os impactos de actividades económicas nas florestas, fauna selvagem e nos ecossistemas terrestres; f) Assegurar a protecção e conservação in situ ou ex situ de espécies ou ecossistemas em extinção, ameaçados de extinção e vulneráveis ou de qualquer modo necessitando de medidas especiais de protecção; Página 10/165

11 g) Assegurar a criação e gestão sustentável de áreas sujeitas a regimes especiais para conservação in situ das florestas, fauna selvagem e seus ecossistemas; h) Tomar as medidas necessárias para assegurar a conservação ex situ dos recursos florestais e faunísticos, incluindo promovendo a criação e manutenção, por diversos tipos de interessados, em especial autarquias locais e instituições científicas, de jardins botânicos e zoológicos e de bancos de genes; i) Assegurar a recuperação de habitats e ecossistemas degradados; j) Promover a regeneração de espécies em extinção, ameaçadas de extinção ou vulneráveis e dos respectivos habitats; k) Adoptar as medidas necessárias à preservação de solos e de recursos hídricos e à prevenção da degradação de terras; l) Promover a identificação e classificação das espécies florestais e fauna selvagem terrestre, em especial das espécies que necessitam de especial protecção; m) Criar e manter o cadastro florestal, bem como as bases de dados relativas ao estado dos recursos florestais e faunísticos necessárias à sua gestão sustentável; n) Promover a investigação científica sobre as florestas e fauna selvagem, em especial o estudo da diversidade biológica angolana; o) Promover a investigação tecnológica com vista à utilização óptima e sustentável dos recursos florestais e faunísticos e ao aumento da sua contribuição para o desenvolvimento económico e social; p) Promover a introdução de novas tecnologias ambientalmente saudáveis; q) Promover a educação e formação profissional nos diferentes domínios relacionados com as florestas, fauna selvagem, diversidade biológica terrestre e sua gestão sustentável; r) Assegurar a implementação das medidas de fiscalização do cumprimento desta lei e seus regulamentos, bem como das pertinentes disposições do ordenamento. Página 11/165

12 Artigo 9.º Direitos e obrigações das empresas 1. As pessoas singulares ou colectivas que pretendam exercer actividades económicas relativas a recursos florestais e faunísticos têm o direito de lhes serem concedidas as necessárias concessões ou autorizações, no caso de serem exigidas, e desde que tal seja permitido por esta lei e seus regulamentos, pelos planos de ordenamento ou por outros instrumentos visando a gestão sustentável dos recursos. 2. As pessoas referidas no número anterior têm ainda direito de acesso à informação sobre: a) Os princípios e exigências da conservação e gestão sustentável dos recursos florestais e faunísticos; b) As medidas de ordenamento florestal ou faunístico adoptadas; c) O estado dos recursos, em especial das espécies sujeitas a regimes especiais de protecção; d) Os perigos para a saúde humana do uso de certas espécies, os perigos para os ecossistemas de certas acções e substâncias e a bio-segurança alimentar; e) As medidas higienosanitárias que devem ser tomadas para evitar doenças de pessoas, animais e plantas. 3. As pequenas e médias empresas locais, incluindo as empresas comunitárias, gozam de especial protecção, tendo, nomeadamente, direito aos incentivos previstos nesta lei e seus regulamentos, nos quais se incluem a prestação, pelo Estado, de assistência técnica à gestão sustentável dos recursos florestais e faunísticos e o acesso ao crédito para exploração desses recursos. 4. Todas as pessoas singulares ou colectivas que exerçam actividades relativas aos recursos florestais e faunísticos devem: a) Utilizar os recursos de forma sustentável, cumprindo as obrigações decorrentes desta lei e seus regulamentos, bem como da legislação de ordenamento do território; b) Cumprir as condições estabelecidas nos títulos de concessão ou nas licenças previstas nesta lei, se for caso disso; c) Respeitar os direitos validamente constituídos de utilizadores de outros recursos naturais, nomeadamente dos titulares do domínio útil consuetudinário; Página 12/165

13 d) Realizar as suas actividades de modo a minimizar os impactos negativos das actividades realizadas nos ecossistemas; e) Abster-se de colher, cortar, caçar ou comercializar, ou de qualquer modo causar danos, as espécies em extinção, ameaçadas de extinção e vulneráveis ou aos seus habitats; f) Adoptar as medidas necessárias à preservação de solos e de recursos hídricos e à prevenção da degradação de terras; g) Colaborar com os órgãos centrais e locais do Estado na implementação de medidas de regeneração de espécies e de reabilitação de ecossistemas degradados; h) Prestar, nos termos da legislação aplicável, as informações necessárias ao acompanhamento e avaliação do estado dos recursos, à realização de actividades de investigação científica a eles relativas e à verificação do cumprimento desta lei; i) Contribuir, directamente ou através de associações profissionais ou outras de defesa dos seus interesses, com as suas sugestões, propostas e informações para a elaboração e aplicação das medidas de ordenamento, em especial em consultas públicas; j) Participar em acções de formação relacionadas com o exercício das suas actividades e que sejam promovidas pelo Ministério que superintende o sector florestal ou pelo Ministério que superintende a política ambiental; k) Sujeitar-se à fiscalização do Estado nos termos previstos nesta lei e seus regulamentos. 5. Deve ser promovida a adopção, pelos interessados, de códigos de conduta específicos de certas categorias titulares de direitos sobre recursos florestais e faunísticos, em especial dos madeireiros, carvoeiros e caçadores. 6. Devem ser promovidas as actividades económicas que visem assegurar o uso sustentável dos recursos florestais e faunísticos e o combate à desertificação e à seca, bem como a transformação dos produtos florestais e faunísticos no País e, se possível, na localidade onde foram colhidos, cortados ou capturados. Página 13/165

14 Artigo 10.º Direitos e obrigações dos cidadãos 1. Todos os cidadãos têm o direito aos benefícios resultantes do uso sustentável dos recursos florestais e faunísticos. 2. São, em especial, neste domínio, direitos dos cidadãos: a) O acesso livre e gratuito aos recursos florestais e faunísticos necessários à sua subsistência e das suas famílias; b) A utilização dos recursos florestais e faunísticos para fins medicinais, energéticos, de construção de habitações e mobiliário, de criação de artesanato e outros fins culturais; c) O uso das áreas de conservação para fins de turismo, educação e investigação nos termos definidos nesta lei e seus regulamentos; d) A participação nas decisões sobre recursos florestais e faunísticos que possam afectar os seus interesses, incluindo culturais, relativos a estes recursos; e) A informação sobre os princípios e exigências da conservação e gestão sustentável dos recursos florestais e faunísticos, as medidas de ordenamento adoptadas, o estado dos recursos, em especial das espécies sujeitas a regimes especiais de protecção, os perigos para a saúde humana do uso de certas espécies, os perigos para os ecossistemas de certas acções e substâncias, biosegurança alimentar e sobre as medidas higieno-sanitárias que devem ser tomadas para evitar doenças de pessoas, animais e plantas; f) À educação e formação profissional sobre matérias relacionadas com os recursos florestais e faunísticos, em especial sobre os seus usos e gestão sustentável. 3. São obrigações dos cidadãos: Abster-se da prática de actos que previsivelmente possam ter impactos negativos nas florestas e fauna selvagem e nos seus ecossistemas; Cumprir a legislação sobre conservação e uso sustentável das florestas, da fauna selvagem e da diversidade biológica; Colaborar nas actividades de avaliação do estado dos recursos e de investigação científica sobre florestas e fauna selvagem, se tal lhes for solicitado nos termos da lei. Página 14/165

15 Artigo 11.º Direitos e obrigações das comunidades rurais 1. Os titulares do domínio útil consuetudinário nos termos estabelecidos na Lei de Terras têm os direitos colectivos de uso e fruição, nos termos definidos nesta lei e seus regulamentos e no direito costumeiro das comunidades em causa, dos recursos florestais e faunísticos do domínio público que se encontrem nos terrenos comunitários. 2. Os titulares do domínio útil consuetudinário têm ainda os direitos de participar na preparação dos instrumentos de ordenamento dos recursos florestais e faunísticos, em especial os relativos ao combate à desertificação e seca, bem como nas acções de ordenamento do território relacionadas com estes recursos. 3. Os titulares dos direitos previstos neste artigo têm as obrigações estabelecidas no número 4 do artigo 9º. Artigo 12.º Cooperação internacional 1. Cabe ao Estado promover a procura de soluções concertadas a nível bilateral e multilateral, internacional, regional e subregional visando a conservação e uso sustentável dos recursos florestais e faunísticos e da diversidade biológica, em especial dos recursos partilhados e das espécies migratórias. 2. O Estado deve assegurar que Angola beneficie da cooperação internacional a que tem direito como país em desenvolvimento, em especial nos domínios relativos à identificação, classificação e conservação das florestas e fauna selvagem, bem como da sua diversidade biológica, do uso de tecnologias apropriadas à sua conservação e uso sustentável, do combate à desertificação e à seca e da investigação científica, educação e formação profissional. Página 15/165

16 Capítulo II Das medidas gerais de conservação das florestas e fauna selvagem terrestre Secção I Disposições gerais Artigo 13.º Finalidades São objectivos das medidas de protecção das florestas, fauna selvagem e ecossistemas terrestres e da sua diversidade biológica previstas nesta lei e, em especial, neste título: a) Proteger a diversidade biológica e manter os processos ecológicos essenciais à vida e aos sistemas de apoio à vida; b) Assegurar a conservação e exploração sustentável e óptima das florestas, da fauna selvagem e da diversidade biológica terrestres a nível nacional; c) Contribuir para assegurar a conservação a longo prazo das florestas, da fauna selvagem e da sua diversidade biológica, em especial dos ecossistemas frágeis, a nível subregional, regional e mundial; d) Contribuir para assegurar a qualidade, diversidade e disponibilidade de recursos florestais e faunísticos; e) Contribuir para assegurar a segurança alimentar, a satisfação de necessidades básicas, a geração de rendimentos e emprego e a progressiva melhoria da qualidade de vida das gerações actuais e futuras; f) Contribuir para a conservação e sustentabilidade dos recursos hídricos; g) Contribuir para a conservação e aumento de produtividade dos solos; h) Contribuir para assegurar a qualidade do ar e minimizar as alterações climáticas, em especial as secas; i) Contribuir para a utilização e transformação no País dos produtos florestais e faunísticos, para a promoção das empresas angolanas e para a criação de emprego a nível local; Página 16/165

17 j) Assegurar a protecção, utilização e disseminação de conhecimentos tradicionais sobre florestas, fauna selvagem, ecossistemas e diversidade biológica terrestres; k) Prevenir e/ou minimizar os impactos negativos, directos ou indirectos, das actividades económicas nas florestas e fauna selvagem, nos ecossistemas e na diversidade biológica terrestres; l) Promover a regeneração de espécies em extinção, ameaçadas de extinção e vulneráveis, bem como de ecossistemas degradados; m) Promover a resposta rápida a situações de emergência que ponham em perigo as florestas, a fauna selvagem, os ecossistemas e a diversidade biológica terrestres; n) Promover a investigação científica relativa a florestas, fauna selvagem, ecossistemas e diversidade biológica terrestres e a disseminação dos conhecimentos dela resultantes. Artigo 14.º Relatórios científicos 1. As medidas previstas neste capítulo devem ser fundamentadas em relatórios baseados na melhor informação científica disponível que identificarão as espécies e ecossistemas terrestres necessitando de especial protecção, bem como as causas que levam à diminuição do número de populações de recursos florestais e faunísticos e à degradação dos ecossistemas incluídos nas listas previstas no artigo 2. Periodicamente, pelo menos cada cinco anos, o Ministro que superintende o sector florestal e o Ministro que superintende a política ambiental devem apresentar ao Governo relatório sobre o estado das florestas, da fauna selvagem e da diversidade biológica terrestres. 3. Dos relatórios referidos neste artigo devem constar, em especial: a) A avaliação das populações e comunidades; b) As características biológicas das populações, em especial os requisitos para a sua reprodução; c) As características dos habitats; d) Os níveis históricos das populações e comunidades, se possível; e) A identificação de riscos para espécies e ecossistemas que não integram as listas previstas nesta secção; Página 17/165

18 f) A descrição dos factores que afectam a sustentabilidade dos recursos em causa. Secção II Das espécies e ecossistemas terrestres Artigo 15.º Conservação de espécies e ecossistemas 1. Com base na melhor informação científica disponível, o Estado deve adoptar as medidas necessárias à conservação de espécies, subespécies e variedades das florestas, da fauna selvagem e dos ecossistemas terrestres no caso, em especial, de: a) Ecossistemas em extinção, ameaçados de extinção ou vulneráveis; b) Espécies raras; c) Espécies em extinção; d) Espécies ameaçadas de extinção; e) Espécies vulneráveis; f) Espécies endémicas ou de grande valor económico, social ou cultural. 2. O Governo, ou o Ministro que superintende o sector florestal e o Ministro que superintende a política ambiental, aprovarão, consoante os casos, as listas das espécies e ecossistemas referidos no número 1 deste artigo. 3. As listas referidas neste artigo devem ser aprovadas e revistas pelo menos de dez em dez anos. 4. Na elaboração das listas referidas no número anterior, o Governo deve ter em consideração as convenções internacionais, de que Angola é parte, relativas a espécies e ecossistemas internacionalmente protegidos. 5. O Ministério que superintende o sector florestal e o Ministério que superintende a política ambiental devem assegurar, nos termos a definir em regulamento, a participação dos cidadãos e das associações de defesa do ambiente no procedimento de aprovação das listas previstas neste artigo e no artigo 21º. 6. O Ministério que superintende o sector florestal e o Ministério que superintende a política ambiental devem assegurar a ampla divulgação das listas referidas neste artigo bem como dos correspondentes regimes especiais. Página 18/165

19 Artigo 16.º Ecossistemas protegidos 1. Sem prejuízo do disposto no Título IV desta lei, o Governo deve aprovar, por decreto, lista dos ecossistemas ameaçados ou sujeitos a um regime de protecção especial. 2. Podem ser incluídos nas categorias referidas no número anterior: a) Os ecossistemas em extinção em que tenha ocorrido degradação significativa da estrutura ecológica ou das suas funções ou composição em resultado de intervenção humana e que estão sujeitos a um risco extremamente elevado de transformação irreversível; b) Os ecossistemas ameaçados de extinção em que tenha ocorrido degradação da estrutura ecológica ou das suas funções ou composição em resultado de intervenção humana embora não estejam em extinção; c) Os ecossistemas vulneráveis que estejam em risco de vir a ter uma degradação significativa da sua estrutura ecológica ou das suas funções ou composição em resultado de intervenção humana embora não estejam em extinção ou ameaçados de extinção; d) Os ecossistemas protegidos nos termos do Título IV devido à sua importância nacional ou provincial, embora não constem das listas referidas no artigo 15º. 3. Das listas de ecossistemas protegidos nos termos deste artigo constará a localização dos ecossistemas protegidos, bem como as medidas de regeneração dos referidos ecossistemas. Artigo 17.º Espécies raras, em extinção ou ameaçadas de extinção 1. O Governo deve aprovar, por decreto e com a mesma periodicidade dos planos de ordenamento florestal referidos no artigo 68º desta lei, a lista das espécies florestais e da fauna selvagem terrestre raras, em extinção ou ameaçadas de extinção. 2. São proibidas, quanto às espécies constantes das listas referidas no número anterior: a) A colheita, corte ou caça ou a tentativa de colheita, corte ou caça de qualquer exemplar dessas espécies; Página 19/165

20 b) A posse, armazenamento e transporte de qualquer exemplar dessas espécies; c) A compra e venda, exposição para venda, a exportação, a importação ou a transformação industrial ou não, de qualquer exemplar dessas espécies ou parte dele. 3. O decreto que aprova a lista de espécies raras, em extinção ou ameaçadas de extinção pode incluir outras medidas de conservação para além das previstas neste artigo. 4. O Ministério que superintende o sector florestal e o Ministério que superintende a política ambiental devem adoptar as medidas de regeneração in situ e ex situ das espécies previstas neste artigo, bem como a recuperação dos seus habitats. 5. Enquanto não forem publicadas as listas referidas neste artigo, os órgãos competentes para a concessão de direitos relativos a recursos florestais ou faunísticos não devem atribuir tais direitos relativamente a espécies que previsivelmente venham a ser incluídas nessas listas. Artigo 18.º Espécies vulneráveis 1. O Ministério que superintende o sector florestal e o Ministério que superintende a política ambiental devem, quando da elaboração das medidas de ordenamento florestal, identificar as espécies vulneráveis devendo as medidas de protecção destas espécies constar dos planos de ordenamento florestal. 2. O Ministro que superintende o sector florestal e o Ministro que superintende a política ambiental, aprovam, por decreto executivo conjunto, as listas das espécies vulneráveis, a nível nacional ou local, bem como o regime especial de protecção em que se enquadram. 3. O regime especial das espécies vulneráveis pode incluir: a) A suspensão da colheita, corte ou caça dessas espécies, ainda que previamente autorizada, por um período determinado, quer a nível nacional quer local; b) A redução das quantidades de colheita, corte ou caça constantes dos títulos de concessão, das licenças de caça ou dos planos de exploração previstos nesta lei; c) A proibição temporária de actividades que comprovadamente tenham um impacto negativo na sobrevivência dessas espécies; Página 20/165

21 d) A proibição da exportação e/ou da importação de exemplares dessas espécies; e) A imposição de obrigações de repovoamento adicionais a quaisquer titulares de direitos sobre recursos dessas espécies. 4. Do diploma referido no número 2 deste artigo constarão ainda as medidas de regeneração in situ e ex situ das espécies previstas neste artigo, bem como a recuperação dos seus habitats, se necessário para a regeneração das referidas espécies. Artigo 19.º Espécies endémicas O Ministério que superintende o sector florestal deve identificar as espécies florestais e da fauna selvagem terrestre que apenas ocorrem no território nacional e elaborar lista dessas espécies para fins de avaliação do seu estado e sujeição a regimes de protecção especiais, em especial de restrição de quantidades a serem colhidas, cortadas ou caçadas, nos termos que vierem a ser definidos em regulamento aprovado pelo Governo. Artigo 20.º Recursos genéticos O Estado deve promover e assegurar a conservação in situ de germoplasma das espécies florestais e da fauna selvagem terrestre e criar e manter bancos de genes, nacionais e provinciais, nos termos definidos nesta lei e seus regulamentos. O Estado deve promover e assegurar a manutenção do grau de variação e da integridade genética das colecções de germoplasma referidas no número anterior. Artigo 21.º Árvores protegidas 1. O Ministro que superintende o sector florestal e o Ministro que superintende a política ambiental aprovam, por decreto executivo, listas de árvores cujo corte, nas diferentes localidades, é proibido devido ao seu valor ecológico, estético, histórico ou de outro modo cultural. 2. Salvo no caso de reconhecido interesse público, é proibido o corte de quaisquer árvores em terrenos urbanos públicos. Página 21/165

22 3. É proibido o corte de árvores em terrenos urbanos privados, salvo no caso de autorização do órgão competente da Administração local. 4. O Ministério que superintende o sector florestal e o Ministério que superintende a política ambiental devem promover a plantação de árvores nas zonas urbanas e periurbanas, com vista em especial à constituição ou reforço de zonas verdes e/ou de cinturas verdes de zonas urbanas ou urbanizadas. Artigo 22.º Manchas florestais 1. Os titulares de direitos fundiários sobre terrenos rurais são obrigados a manter, nas percentagens a definir em regulamento, as manchas florestais existentes dentro dos terrenos concedidos. 2. O corte de exemplares das manchas florestais referidas no número 1 deste artigo obedece ao regime das derrubas previsto no artigo 36º. Artigo 23.º Períodos de repouso vegetativo e de defeso 1. O Ministro que superintende o sector florestal estabelece anualmente, por decreto executivo, os períodos de repouso vegetativo para as diferentes espécies florestais que se encontrem a ser exploradas. 2. O Ministro que superintende o sector florestal e o Ministro que superintende a política ambiental estabelecem anualmente, por decreto executivo conjunto, o período de defeso em que é proibida a caça em todo o país e os períodos em que é proibida a caça apenas de certas espécies ou em certas localidades. Artigo 24.º Quantidades e dimensão dos recursos 1. O Ministro que superintende o sector florestal estabelece anualmente, por decreto executivo e tendo em consideração o disposto nos planos florestais, as quantidades máximas de produtos florestais que podem ser colhidos ou cortados para fins de exploração. 2. O Ministro que superintende o sector florestal estabelece, por decreto executivo, as dimensões mínimas que devem ter certas espécies florestais sob exploração. Página 22/165

23 3. O Ministro que superintende o sector florestal e o Ministro que superintende a política ambiental estabelecem, por decreto executivo conjunto, os tamanhos e pesos mínimos dos exemplares da fauna selvagem cuja caça seja permitida. Artigo 25.º Colheita, corte, caça, posse, armazenamento e comercialização de certas espécies Sem prejuízo das medidas relativas a espécies raras, em extinção ou ameaçadas de extinção, é proibida a colheita, corte, caça, posse, armazenamento, transporte e comercialização de recursos florestais ou faunísticos: a) Nos períodos de repouso vegetativo ou de defeso; b) Para além das quantidades estabelecidas nos planos de exploração dos diferentes titulares de direitos sobre recursos florestais do domínio público ou nas licenças de caça; c) Com dimensões e pesos mínimos inferiores aos estabelecidos nos termos do artigo 24º; d) Previstos no artigo 21º. Artigo 26.º Importação, exportação e reexportação O Governo deve adoptar as medidas necessárias para o controlo da importação, exportação e reexportação de exemplares das espécies referidas nos artigos 17º e 18º, bem como das espécies sujeitas a restrições do seu comércio internacional por força de convenções internacionais de que Angola seja parte. Artigo 27.º Medidas relativas a doenças e pragas 1. O Ministério que superintende o sector florestal deve identificar, prevenir e controlar as pragas, doenças e seus vectores que afectem as florestas e a fauna selvagem terrestre. 2. O Ministério que superintende o sector florestal deve estabelecer sistemas de alerta rápido das pragas e doenças referidas no número anterior, bem como planos de erradicação dessas pragas e doenças, que poderão incluir a quarentena de espécies e a delimitação das áreas afectadas pelas medidas de erradicação da praga ou doença. Página 23/165

24 3. O Ministério que superintende o sector florestal deve assegurar a rápida divulgação de ocorrências de pragas ou doenças e a comunicação aos países da subregião e organizações internacionais interessados. 4. No caso de ocorrência de doença ou praga que obrigue à não utilização dos terrenos por titulares de direitos sobre recursos florestais ou faunísticos afectados pela doença ou praga, deve o órgão competente proceder, caso tal seja possível nos termos dos planos territoriais e dos planos de ordenamento florestal, à concessão de direitos relativos ao recursos florestais ou faunísticos em terrenos não afectados pela praga ou doença em causa. 5. Para os efeitos previstos nesta lei, considera-se praga qualquer animal ou planta que estando presente em número excessivo, apresenta uma probabilidade não negligenciável de provocar prejuízos e outros impactos negativos em outros organismos ou na saúde e actividade humanas. Artigo 28.º Situações de emergência 1. O Governo deve adoptar planos de resposta a situações de emergência para fazer face a situações que, de qualquer modo, causem danos a florestas e à fauna selvagem terrestre ou ponham em perigo a conservação de ecossistemas, espécies e da diversidade biológica terrestres, em especial planos de combate a incêndios florestais. 2. No caso de situações referidas no número anterior terem efeitos transfronteiriços, o Ministério que superintende o sector florestal deve comunicar, logo que tenha conhecimento da situação de emergência, tal ocorrência aos países limítrofes interessados, envidando esforços para que sejam adoptadas medidas conjuntas ou para, se necessário, receber assistência desses países na resposta à situação de emergência. Artigo 29.º Avaliação de impacte ambiental 1. No caso de projectos que possam vir a ter impactos negativos significativos nas florestas, na fauna selvagem e nos ecossistemas terrestres, devem ser realizadas avaliações de impacto ambiental nos termos da legislação em vigor. 2. O Ministério que superintende o sector florestal, bem como o Ministério que superintende o sector dos recursos hídricos, devem dar parecer na fase de instrução dos procedimentos de avaliação de impacto ambiental previstos neste artigo. Página 24/165

25 3. A decisão do Ministro que superintende a política ambiental relativa às avaliações de impacto ambiental previstas neste artigo deve ser comunicada ao Ministério que superintende o sector florestal e ao Ministério que superintende o sector de recursos hídricos. Artigo 30.º Conservação in situ A conservação in situ das florestas e da fauna selvagem em áreas de conservação rege-se pelo disposto no Título IV desta lei e seus regulamentos. Artigo 31.º Conservação ex situ 1. O Estado deve assegurar que, após a realização dos pertinentes estudos científicos, sejam criados jardins botânicos, jardins zoológicos, viveiros, estações experimentais, arboretos e bancos de genes para conservação ex situ de recursos florestais e faunísticos. 2. Os jardins botânicos, os jardins zoológicos, as estações experimentais e os arboretos integram o domínio público ou podem ser propriedade das pessoas colectivas, públicas, privadas, mistas ou comunitárias, em especial instituições de natureza científica como universidades, que os tenham criado e assegurem a sua manutenção. 3. Os jardins botânicos, os jardins zoológicos, as estações experimentais e os arboretos do domínio público podem ser geridos por organismos da Administração central ou da Administração local do Estado, nos termos constantes do seu diploma de criação. 4. O Estado ou as autarquias locais podem celebrar com instituições universitárias, públicas ou privadas, ou com associações de defesa do ambiente, nacionais, estrangeiras ou internacionais, contratos de gestão de jardins botânicos, jardins zoológicos, estações experimentais ou arboretos do seu domínio público. 5. Os viveiros podem ser públicos, privados ou comunitários. 6. Os bancos de genes integram o domínio público. 7. Os bancos de genes podem ser geridos por organismos da Administração central ou da Administração local do Estado, e, ainda, por instituições científicas públicas, como universidades, nos termos constantes do seu diploma de criação. Página 25/165

26 Secção III Da protecção de habitats Artigo 32.º Espécies exóticas 1. Cabe ao Estado controlar a introdução de espécies exóticas no ambiente terrestre, nos termos que vierem a ser definidos em regulamento. 2. É proibida a introdução no ambiente terrestre de espécies invasoras. 3. O Ministro que superintende o sector florestal e o Ministro que superintende a política ambiental devem aprovar, por decreto executivo conjunto, as listas de espécies invasoras, cuja introdução no ambiente terrestre é proibida nos termos do número 1 deste artigo. 4. A introdução de espécies exóticas para florestas de plantação e fazendas agrícolas e de pecuarização de fauna selvagem carece de autorização prévia conjunta do Ministério que superintende o sector florestal e do Ministério que superintende a política ambiental, nos termos que vierem a ser definidos em regulamento. 5. Quaisquer autorizações concedidas nos termos deste artigo podem ser revogadas no caso de novos conhecimentos científicos assim o aconselharem. Artigo 33.º Organismos geneticamente modificados 1. É proibida a introdução no ambiente terrestre de organismos geneticamente modificados, salvo no caso de autorização conjunta do Ministro que superintende o sector florestal e do Ministro que superintende a política ambiental e nos termos que vierem a ser definidos em regulamento. 2. São proibidos a importação, exportação e trânsito em território nacional de organismos geneticamente modificados, salvo no caso de autorização conjunta do Ministro que superintende o sector florestal e do Ministro que superintende a política ambiental, bem como do Ministro que superintende o sector da Saúde. 3. Os procedimentos de autorização referidos nos números 1 e 2 deste artigo obedecem ao princípio do consentimento prévio fundamentado, devendo o interessado Página 26/165

27 prestar aos órgãos competentes, nos termos que vierem a ser definidos em regulamento, toda a informação necessária, incluindo a avaliação de risco, sobre os impactos positivos e negativos da acção que pretende realizar no ambiente, na saúde humana e na diversidade biológica. 4. Quaisquer autorizações concedidas nos termos deste artigo podem ser revogadas no caso de novos conhecimentos científicos assim o aconselharem. 5. O Governo deve elaborar, nos termos que vierem a ser definidos em regulamento, planos de resposta a situações de emergência resultantes da libertação acidental ou dolosa no ambiente terrestre de quaisquer organismos geneticamente modificados que possam ter impactos negativos no ambiente, na saúde humana e na diversidade biológica. 6. O disposto nos números anteriores não é aplicável aos organismos geneticamente modificados destinados a alimentação humana e a rações de animais, bem como ao processamento de materiais para fins industriais, que se regem por legislação especial. 7. Para os efeitos previstos na presente lei e seus regulamentos, considera-se organismo geneticamente modificado qualquer organismo vivo que possui uma combinação nova de material genético obtida através da biotecnologia moderna, tal como definida no Protocolo de Cartagena sobre Bio-Segurança. Artigo 34.º Poluição de solos 1. É proibida a introdução nos solos de substâncias classificadas como perigosas. 2. O Governo deve aprovar, por decreto, a lista das substâncias classificadas como perigosas para os efeitos previstos no número 1 deste artigo. 3. A introdução nos solos de substâncias que, embora não estejam incluídas nas listas referidas no número anterior, possam, de qualquer modo, causar danos à produtividade dos solos, à diversidade biológica, à saúde humana e a águas, está sujeita a autorização prévia conjunta do Ministro que superintende o sector florestal, do Ministro que superintende a política ambiental e do Ministro que superintende o sector dos recursos hídricos, nos termos que vierem a ser definidos em regulamento. 4. Nos casos em que é exigida licença ambiental, a autorização referida no número anterior deve constar da licença ambiental. 5. O Governo deve aprovar, por decreto, as normas sobre as quantidades limite das substâncias referidas no número 3 deste artigo. Página 27/165

As Questões Ambientais do Brasil

As Questões Ambientais do Brasil As Questões Ambientais do Brasil Unidades de conservação de proteção integral Existem cinco tipos de unidades de conservação de proteção integral. As unidades de proteção integral não podem ser habitadas

Leia mais

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?

Leia mais

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO lei 9.985/00. 1. Conceitos Básicos

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO lei 9.985/00. 1. Conceitos Básicos UNIDADES DE CONSERVAÇÃO lei 9.985/00 1. Conceitos Básicos a) unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes,

Leia mais

Fotografias PauloHSilva//siaram. Saber Mais... Ambiente Açores

Fotografias PauloHSilva//siaram. Saber Mais... Ambiente Açores Fotografias PauloHSilva//siaram Saber Mais... Ambiente Açores Convenção Diversidade Biológica O que é a Convenção da Diversidade Biológica? A Convenção da Diversidade Biológica é um acordo assinado entre

Leia mais

1. Promover a melhoria das condições de vida das população das áreas susceptíveis

1. Promover a melhoria das condições de vida das população das áreas susceptíveis CNCCD -PROPOSTA DE PROGRAMA DE ACÇÃO NACIONAL DE COMBATE À DESERTIFICAÇÃO 2011 / 2020 1. Promover a melhoria das condições de vida das população das áreas susceptíveis 1- Promover a melhoria das condições

Leia mais

NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO AMBIENTAL CURSO: ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CIÊNCIA DO AMBIENTE PROFESSOR: RAMON LAMAR PARTE III 05/11/2015

NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO AMBIENTAL CURSO: ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CIÊNCIA DO AMBIENTE PROFESSOR: RAMON LAMAR PARTE III 05/11/2015 CURSO: ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CIÊNCIA DO AMBIENTE PROFESSOR: RAMON LAMAR PARTE III LEGISLAÇÃO AMBIENTAL NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO AMBIENTAL Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, conhecida como Política

Leia mais

SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO - SNUC

SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO - SNUC - SNUC PREVISÃO LEGAL Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e àcoletividade

Leia mais

REGULAMENTO BOLSA DE ÁRVORES AUTÓCTONES

REGULAMENTO BOLSA DE ÁRVORES AUTÓCTONES REGULAMENTO BOLSA DE ÁRVORES AUTÓCTONES 1 REGULAMENTO BOLSA DE ÁRVORES AUTÓCTONES PROJETO FLORESTA COMUM PREÂMBULO Tendo por base o protocolo celebrado entre a AFN Autoridade Florestal Nacional, o ICNB,

Leia mais

Bioindicadores Ambientais (BAM36AM) Sistema Nacional de Unidades de Conservação

Bioindicadores Ambientais (BAM36AM) Sistema Nacional de Unidades de Conservação Bioindicadores Ambientais (BAM36AM) Sistema Nacional de Unidades de Conservação Unidades de Conservação SNUC Sistema Nacional de Unidades de Conservação Sistema Nacional de Unidades de Conservação Lei

Leia mais

Lei de Minas REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE. Lei nº 14/2002, de 26 de Junho

Lei de Minas REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE. Lei nº 14/2002, de 26 de Junho Lei de Minas REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA Lei nº 14/2002, de 26 de Junho Os recursos minerais da República de Moçambique, quando racionalmente avaliados e utilizados, constituem um factor

Leia mais

Testes de Diagnóstico

Testes de Diagnóstico INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NA FORMAÇÃO AGRÍCOLA agrinov.ajap.pt Coordenação Técnica: Associação dos Jovens Agricultores de Portugal Coordenação Científica: Miguel de Castro Neto Instituto Superior de Estatística

Leia mais

PROPOSTA DE REGULAMENTO INTERNO

PROPOSTA DE REGULAMENTO INTERNO PROPOSTA DE REGULAMENTO INTERNO VOLUNTARIOS SOCIAIS DO CONCELHO DE ALBERGARIA-A-VELHA - PROGRAMA ALBERGARIA SOLIDÁRIA NOTA JUSTIFICATIVA No âmbito de uma política social que se vem orientando para potenciar

Leia mais

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020

Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Programa de Desenvolvimento Rural do Continente para 2014-2020 Medida 1 INOVAÇÃO Ação 1.1 GRUPOS OPERACIONAIS Enquadramento Regulamentar Artigos do Regulamento (UE) n.º 1305/2013, do Conselho e do Parlamento

Leia mais

Convenção 187 Convenção sobre o Quadro Promocional para a Segurança e Saúde no Trabalho. A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho,

Convenção 187 Convenção sobre o Quadro Promocional para a Segurança e Saúde no Trabalho. A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho, Convenção 187 Convenção sobre o Quadro Promocional para a Segurança e Saúde no Trabalho A Conferência Geral da Organização Internacional do Trabalho, Convocada em Genebra pelo Conselho de Administração

Leia mais

Ministério do Ambiente

Ministério do Ambiente Ministério do Ambiente Assembleia Nacional Lei n. º 3/06 de 18 de Janeiro Torna se necessário regular o direito de participação e de intervenção das Associações de Defesa do Ambiente na gestão ambiental

Leia mais

Sistema Nacional de Arquivos do Estado SNAE CAPÍTULO I. Disposições Gerais. Artigo 1 Definições

Sistema Nacional de Arquivos do Estado SNAE CAPÍTULO I. Disposições Gerais. Artigo 1 Definições Anexo I Sistema Nacional de Arquivos do Estado SNAE CAPÍTULO I Disposições Gerais Artigo 1 Definições Para efeitos do presente Decreto, estabelecem-se as seguintes definições: a) Arquivo: o conjunto de

Leia mais

Índice Descrição Valor

Índice Descrição Valor 504448064 Índice Descrição Valor 1 Missão, Objectivos e Princípios Gerais de Actuação 11 Cumprir a missão e os objectivos que lhes tenham sido determinados de forma económica, financeira, social e ambientalmente

Leia mais

Curso Agenda 21. Resumo da Agenda 21. Seção I - DIMENSÕES SOCIAIS E ECONÔMICAS

Curso Agenda 21. Resumo da Agenda 21. Seção I - DIMENSÕES SOCIAIS E ECONÔMICAS Resumo da Agenda 21 CAPÍTULO 1 - Preâmbulo Seção I - DIMENSÕES SOCIAIS E ECONÔMICAS CAPÍTULO 2 - Cooperação internacional para acelerar o desenvolvimento sustentável dos países em desenvolvimento e políticas

Leia mais

CONCEITOS E PRINCÍPIOS DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS

CONCEITOS E PRINCÍPIOS DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS CONCEITOS E PRINCÍPIOS DAS POLÍTICAS AMBIENTAIS António Gonçalves Henriques AMBIENTE Conjunto dos sistemas físicos, químicos, biológicos e suas relações, e dos factores económicos, sociais e culturais

Leia mais

Convenção sobre Diversidade Biológica: O Plano de Ação de São Paulo 2011/2020. São Paulo, 06 de março de 2.012 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Convenção sobre Diversidade Biológica: O Plano de Ação de São Paulo 2011/2020. São Paulo, 06 de março de 2.012 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Convenção sobre Diversidade Biológica: O Plano de Ação de São Paulo 2011/2020 SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE São Paulo, 06 de março de 2.012 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Contexto Convenção sobre Diversidade

Leia mais

Autoridade Nacional de Protecção Civil. Ordenamento do Território e Protecção Civil. Henrique Vicêncio Henrique.Vicencio@prociv.pt

Autoridade Nacional de Protecção Civil. Ordenamento do Território e Protecção Civil. Henrique Vicêncio Henrique.Vicencio@prociv.pt Ordenamento do Território e Protecção Civil Henrique Vicêncio Henrique.Vicencio@prociv.pt www.triplov.com ooutroladodalua.blogspot.com Paulo Alves, Instituto de Meteorologia Autoridade Nacional de

Leia mais

disponibiliza a LEI DO VOLUNTARIADO

disponibiliza a LEI DO VOLUNTARIADO A disponibiliza a LEI DO VOLUNTARIADO Lei n.º 71/98 de 3 de Novembro de 1998 Bases do enquadramento jurídico do voluntariado A Assembleia da República decreta, nos termos do artigo 161.º, alínea c), do

Leia mais

L 306/2 Jornal Oficial da União Europeia 23.11.2010

L 306/2 Jornal Oficial da União Europeia 23.11.2010 L 306/2 Jornal Oficial da União Europeia 23.11.2010 Projecto DECISÃO N. o / DO CONSELHO DE ASSOCIAÇÃO instituído pelo Acordo Euro-Mediterrânico que cria uma associação entre as Comunidades Europeias e

Leia mais

REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE AZAMBUJA

REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE AZAMBUJA MUNICÍPIO DE AZAMBUJA REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE AZAMBUJA Aprovado por deliberação da Assembleia Municipal de 19 de Abril de 2011. Publicado pelo Edital n.º 73/2011. Em vigor desde 27

Leia mais

Decreto-Lei n.º 213/92 de 12 de Outubro Altera o Decreto-Lei n.º 93/90, de 19 de Março (Reserva Ecológica Nacional).

Decreto-Lei n.º 213/92 de 12 de Outubro Altera o Decreto-Lei n.º 93/90, de 19 de Março (Reserva Ecológica Nacional). A leitura deste documento, que transcreve o conteúdo do Decreto-Lei n.º 213/92, de 12 de Outubro, não substitui a consulta da sua publicação em Diário da República. Decreto-Lei n.º 213/92 de 12 de Outubro

Leia mais

BASES GERAIS DO REGIME JURÍDICO DA PREVENÇÃO, HABILITAÇÃO, REABILITAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA. Lei n.º 38/2004, de 18 de Agosto

BASES GERAIS DO REGIME JURÍDICO DA PREVENÇÃO, HABILITAÇÃO, REABILITAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA. Lei n.º 38/2004, de 18 de Agosto BASES GERAIS DO REGIME JURÍDICO DA PREVENÇÃO, HABILITAÇÃO, REABILITAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA Lei n.º 38/2004, de 18 de Agosto Define as bases gerais do regime jurídico da prevenção,

Leia mais

ASSEMBLÉIA NACIONAL CAPÍTULO I

ASSEMBLÉIA NACIONAL CAPÍTULO I ASSEMBLÉIA NACIONAL Lei n.º 3/94 de 21 de Janeiro O Regime Jurídico dos Estrangeiros na República de Angola é parcialmente regulado pela Lei n.º 4/93, de 26 de Maio e pelo Decreto n.º 13/78, de 1º de Fevereiro.

Leia mais

Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento

Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, tendo se reunido no Rio de Janeiro, de 3 a 14 de junho de 1992, reafirmando

Leia mais

GESTÃO DE ARQUIVOS E DEPÓSITOS. Regulamento

GESTÃO DE ARQUIVOS E DEPÓSITOS. Regulamento GESTÃO DE ARQUIVOS E DEPÓSITOS Regulamento 1. Enquadramento A necessidade de arquivos e depósitos no Pavilhão de Civil é partilhada pelas várias unidades funcionais instaladas. Em particular, este documento

Leia mais

PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS Grupo Parlamentar

PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS Grupo Parlamentar PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS Grupo Parlamentar Projeto de Lei n.º 859/XII/4.ª Cria a Rede de Centros de Acolhimento e Reabilitação de Animais Selvagens e Exóticos Exposição de Motivos Várias situações evidenciam

Leia mais

Domínio Prioritário Natureza e Biodiversidade

Domínio Prioritário Natureza e Biodiversidade Domínio Prioritário Natureza e Biodiversidade Projectos contribuem para: aplicação, desenvolvimento, avaliação e seguimento da política e legislação da UE na área da natureza e da biodiversidade, incluindo

Leia mais

Criação de uma Unidade de Conservação na ZPA-6. Morro do Careca e sistema dunar Dunar contínuo

Criação de uma Unidade de Conservação na ZPA-6. Morro do Careca e sistema dunar Dunar contínuo Criação de uma Unidade de Conservação na ZPA-6 Morro do Careca e sistema dunar Dunar contínuo Justificativa: Art. 225 da Constituição Federal: SNUC: Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente

Leia mais

7. Condicionantes. : Reserva Ecológica Nacional; : Reserva Agrícola Nacional; : Domínio Público Hídrico; : Património Classificado;

7. Condicionantes. : Reserva Ecológica Nacional; : Reserva Agrícola Nacional; : Domínio Público Hídrico; : Património Classificado; 7. Condicionantes De acordo com a legislação em vigor existe um conjunto de figuras legais que de algum modo, condicionam o território ou constituem servidões administrativas e outras restrições de utilidade

Leia mais

Convenção Europeia da Paisagem Florença 20.X.2000

Convenção Europeia da Paisagem Florença 20.X.2000 Convenção Europeia da Paisagem Florença 20.X.2000 Preâmbulo Os membros do Conselho da Europa signatários da presente Convenção, Considerando que o objectivo do Conselho da Europa é alcançar uma maior unidade

Leia mais

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE CENTRO DE BIOTECNOLOGIA REGULAMENTO DE ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO. CAPÍTULO I Das disposições gerais

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE CENTRO DE BIOTECNOLOGIA REGULAMENTO DE ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO. CAPÍTULO I Das disposições gerais UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE CENTRO DE BIOTECNOLOGIA REGULAMENTO DE ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO CAPÍTULO I Das disposições gerais ARTIGO 1 (Denominação, natureza jurídica e finalidade) O Centro de Biotecnologia,

Leia mais

ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL A PESSOAS IDOSAS

ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL A PESSOAS IDOSAS ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL A PESSOAS IDOSAS PLANOS DE SEGURANÇA A sociedade é feita por todas as pessoas, em todas as idades NÚCLEO DE CERTIFICAÇÃO E FISCALIZAÇÃO ALEXANDRA SANTOS E MARIA ANDERSON

Leia mais

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000 ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário Gestão da Qualidade 2005 1 As Normas da família ISO 9000 ISO 9000 descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e especifica

Leia mais

Programa de Desenvolvimento Social

Programa de Desenvolvimento Social Programa de Desenvolvimento Social Introdução A Portucel Moçambique assumiu um compromisso com o governo moçambicano de investir 40 milhões de dólares norte-americanos para a melhoria das condições de

Leia mais

Decreto-Lei n.º 111/2000 de 4 de Julho

Decreto-Lei n.º 111/2000 de 4 de Julho Decreto-Lei n.º 111/2000 de 4 de Julho Regulamenta a lei que proíbe as discriminações no exercício de direitos por motivos baseados na raça, cor, nacionalidade ou origem étnica A Lei n.º 134/99, de 28

Leia mais

CAPÍTULO I- Recomendação da Comissão aos mediadores de seguros REQUISITOS PROFISSIONAIS E REGISTO DOS MEDIADORES DE SEGUROS

CAPÍTULO I- Recomendação da Comissão aos mediadores de seguros REQUISITOS PROFISSIONAIS E REGISTO DOS MEDIADORES DE SEGUROS ÍNDICE CAPÍTULO I- Recomendação da Comissão aos mediadores de seguros ANEXO REQUISITOS PROFISSIONAIS E REGISTO DOS MEDIADORES DE SEGUROS Artigo 1º.- Definições Artigo 2º.- Âmbito de aplicação Artigo 3º.-

Leia mais

Regulamento de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado de Viana do Alentejo

Regulamento de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado de Viana do Alentejo Regulamento de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado de Viana do Alentejo Preâmbulo O Decreto-Lei n.º 389/99, de 30 de Setembro, no art.º 21.º, atribui ao Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado

Leia mais

DECRETO N.º 418/XII. Cria o Inventário Nacional dos Profissionais de Saúde

DECRETO N.º 418/XII. Cria o Inventário Nacional dos Profissionais de Saúde DECRETO N.º 418/XII Cria o Inventário Nacional dos Profissionais de Saúde A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.º Objeto 1 - A

Leia mais

ASSEMBLEIA NACIONAL. Lei n 5/02 de 16 de Abril

ASSEMBLEIA NACIONAL. Lei n 5/02 de 16 de Abril ASSEMBLEIA NACIONAL Lei n 5/02 de 16 de Abril o amplo debate político e académico desenvolvido a partir de meados da década de 80 do século XX, no âmbito da implementação do Programa de Saneamento Económico

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO CENTRO COMUNITÁRIO

REGULAMENTO INTERNO CENTRO COMUNITÁRIO REGULAMENTO INTERNO CENTRO COMUNITÁRIO INTRODUÇÃO A cultura Comunitária é a expressão concreta de tentar proporcionar aqueles que mais precisam a ajuda necessária para começar de novo a viver. O Centro

Leia mais

Normas de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado de Sines

Normas de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado de Sines Normas de Funcionamento do Banco Local de Voluntariado de Sines Preâmbulo O Decreto-Lei n.º 389/99, de 30 de Setembro, no art. 21º, atribui ao Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado (CNPV) competências

Leia mais

Ministério da Agricultura

Ministério da Agricultura Ministério da Agricultura CAPÍTULO I Disposições Gerais Artigo 1.º (Objecto) A presente lei estabelece o controlo e fiscalização da produção, do comércio e da importação e exportação de sementes e mudas

Leia mais

Conselho Gestor APA DA VÁRZEA RIO TIETÊ GTPM

Conselho Gestor APA DA VÁRZEA RIO TIETÊ GTPM Conselho Gestor APA DA VÁRZEA RIO TIETÊ GTPM I.UNIDADE DE CONSERVAÇÃO Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente

Leia mais

REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE GUIMARÃES

REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE GUIMARÃES REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE GUIMARÃES (aprovado por deliberação de Câmara de 16 de junho de 2011 em conformidade com as orientações do Conselho Nacional para

Leia mais

Ministério do Meio Ambiente IMPLEMENTAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

Ministério do Meio Ambiente IMPLEMENTAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO IMPLEMENTAÇÃO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Unidade de Conservação Área geograficamente estabelecida para se alcançar um objetivo específico de conservação por meio do uso controlado dos recursos biológicos

Leia mais

Biotecnologia e desenvolvimento sustentável. Ana Cristina Rodrigues acrodrigues@esa.ipvc.pt

Biotecnologia e desenvolvimento sustentável. Ana Cristina Rodrigues acrodrigues@esa.ipvc.pt Biotecnologia e Ana Cristina Rodrigues acrodrigues@esa.ipvc.pt - Imposições legais - Opinião pública - Pressão de competitividade Actualmente: Conceito de adoptado por muitas indústrias/actividades: só

Leia mais

Lei n.º 1/2005 de 10 de Janeiro.

Lei n.º 1/2005 de 10 de Janeiro. Lei n.º 1/2005 de 10 de Janeiro. Regula a utilização de câmaras de vídeo pelas forças e serviços de segurança em locais públicos de utilização comum A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea

Leia mais

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS No âmbito da avaliação realizada, a nível internacional, sobre os fundamentos da crise financeira iniciada no Verão

Leia mais

PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO. O IFFarroupilha, em seus cursos, prioriza a formação de profissionais que:

PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO. O IFFarroupilha, em seus cursos, prioriza a formação de profissionais que: PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO O IFFarroupilha, em seus cursos, prioriza a formação de profissionais que: Tenham competência técnica e tecnológica em sua área de atuação; Sejam capazes de se inserir no

Leia mais

Como melhorar a Sustentabilidade através da implementação de um Sistema Integrado de Gestão Qualidade, Ambiente e Segurança

Como melhorar a Sustentabilidade através da implementação de um Sistema Integrado de Gestão Qualidade, Ambiente e Segurança Como melhorar a Sustentabilidade através da implementação de um Sistema Integrado de Gestão Qualidade, Ambiente e Segurança ENQUADRAMENTO O QUE SE PRETENDE? A IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO

Leia mais

Locais de Trabalho Seguros e Saudáveis. Enquadramento Legal

Locais de Trabalho Seguros e Saudáveis. Enquadramento Legal AICCOPN Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas Locais de Trabalho Seguros e Saudáveis - Obrigações Gerais do Empregador SERVIÇOS DE ENGENHARIA/SEGURANÇA AICCOPN - 07 de Junho de

Leia mais

GLOSSÁRIO: - MEIO URBANO; - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL; - RISCOS AMBIENTAIS; - IMPACTO SIGNIFICATIVO.

GLOSSÁRIO: - MEIO URBANO; - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL; - RISCOS AMBIENTAIS; - IMPACTO SIGNIFICATIVO. FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DISCIPLINA: NAI PROFESSORA: Drª CÁTIA FARIAS GLOSSÁRIO: - MEIO URBANO; - UNIDADES DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL; - RISCOS AMBIENTAIS; -

Leia mais

Ministério dos Petróleos

Ministério dos Petróleos Ministério dos Petróleos Decreto Executivo nº 196/08 de 16 de Setembro Considerando a necessidade do estabelecimento de disposições relativas as entidades exploradoras dos armazéns e das redes e ramais

Leia mais

Recursos Genéticos brasileiros. Derly José Henriques da Silva Professor do Departamento de Fitotecnia Universidade Federal de Viçosa

Recursos Genéticos brasileiros. Derly José Henriques da Silva Professor do Departamento de Fitotecnia Universidade Federal de Viçosa Recursos Genéticos brasileiros Derly José Henriques da Silva Professor do Departamento de Fitotecnia Universidade Federal de Viçosa Acesso aos recursos genéticos (antes da CDB ECO - RIO 1992) recursos

Leia mais

Orientação nº 1/2008 ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DA ESTRATÉGIA LOCAL DE DESENVOLVIMENTO (EDL) EIXO 4 REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

Orientação nº 1/2008 ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DA ESTRATÉGIA LOCAL DE DESENVOLVIMENTO (EDL) EIXO 4 REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES Programa de da ELABORAÇÃO DA ESTRATÉGIA LOCAL DE DESENVOLVIMENTO (ELD) 1 / 16 Programa de da 1. Caracterização Socioeconómica do Território A caracterização do território deve centrar-se em dois aspectos

Leia mais

CÂMARA MUNICIPAL MONCHIQUE. Preâmbulo

CÂMARA MUNICIPAL MONCHIQUE. Preâmbulo CÂMARA MUNICIPAL MONCHIQUE REGULAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE MONCHIQUE Preâmbulo Considerando que a participação solidária em acções de voluntariado, definido como conjunto de acções de interesse

Leia mais

PLANO DE AÇÃO NACIONAL DO PATO MERGULHÃO

PLANO DE AÇÃO NACIONAL DO PATO MERGULHÃO OBJETIVO GERAL O objetivo deste plano de ação é assegurar permanentemente a manutenção das populações e da distribuição geográfica de Mergus octosetaceus, no médio e longo prazo; promover o aumento do

Leia mais

Decreto - executivo nº 6/96 de 2 de Fevereiro

Decreto - executivo nº 6/96 de 2 de Fevereiro Decreto - executivo nº 6/96 de 2 de Fevereiro O Decreto nº 31/94, de 5 de Agosto, estabelece no ponto 2 do artigo 18º, a obrigatoriedade da criação e organização de Serviços de Segurança e Higiene no Trabalho

Leia mais

Projeto de Lei nº 11 /2012 Deputado(a) Altemir Tortelli

Projeto de Lei nº 11 /2012 Deputado(a) Altemir Tortelli Projeto de Lei nº 11 /2012 Deputado(a) Altemir Tortelli Institui a Política Estadual dos Serviços Ambientais e o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais, e dá outras providências. CAPÍTULO

Leia mais

SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE

SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE V EUROSAI/OLACEFS CONFERENCE SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES A V Conferência EUROSAI/OLACEFS reuniu, em Lisboa, nos dias 10 e 11 de Maio de

Leia mais

Decreto - executivo nº 6/96 de 2 de Fevereiro

Decreto - executivo nº 6/96 de 2 de Fevereiro Decreto - executivo nº 6/96 de 2 de Fevereiro O Decreto nº 31/94, de 5 de Agosto, estabelece no ponto 2 do artigo 18º, a obrigatoriedade da criação e organização de Serviços de Segurança e Higiene no Trabalho

Leia mais

Regulamento Municipal de Apoio ao Cooperativismo

Regulamento Municipal de Apoio ao Cooperativismo Regulamento Municipal de Apoio ao Cooperativismo Considerando a necessidade de apoiar a criação e a consolidação de cooperativas residentes no concelho. Considerando a necessidade de incentivar a expansão

Leia mais

Uma rede que nos une

Uma rede que nos une Uma rede que nos une Uma rede que nos une O IMTT - Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I.P. é um organismo da Administração Central, dotado de autonomia administrativa e financeira,

Leia mais

PROGRAMA PETROBRAS SOCIOAMBIENTAL: Desenvolvimento Sustentável e Promoção de Direitos

PROGRAMA PETROBRAS SOCIOAMBIENTAL: Desenvolvimento Sustentável e Promoção de Direitos PROGRAMA PETROBRAS SOCIOAMBIENTAL: Desenvolvimento Sustentável e Promoção de Direitos Pra começo de conversa, um video... NOVO PROGRAMA Programa Petrobras SOCIOAMBIENTAL 2014-2018 3 ELABORAÇÃO DO NOVO

Leia mais

Comissão Social Inter Freguesias da Zona Central

Comissão Social Inter Freguesias da Zona Central Comissão Social Inter Freguesias da Zona Central Regulamento Interno Preâmbulo O Regulamento Interno estabelece a constituição, organização e funcionamento da Comissão Social Inter Freguesia da Zona Central,

Leia mais

Declaração sobre meio ambiente e desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992)

Declaração sobre meio ambiente e desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992) Declaração sobre meio ambiente e desenvolvimento (Rio de Janeiro, 1992) A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e desenvolvimento, Tendo-se reunido no Rio de Janeiro, de 3 a 21 de junho de

Leia mais

ESTATUTOS DOS SERVIÇOS DE AÇÃO SOCIAL DA UNIVERSIDADE DE LISBOA

ESTATUTOS DOS SERVIÇOS DE AÇÃO SOCIAL DA UNIVERSIDADE DE LISBOA ESTATUTOS DOS SERVIÇOS DE AÇÃO SOCIAL DA UNIVERSIDADE DE LISBOA Artigo 1.º Natureza Os Serviços de Ação Social da Universidade de Lisboa, adiante designados por SASULisboa, são uma pessoa coletiva de direito

Leia mais

Legislação Pesqueira e Ambiental. Prof.: Thiago Pereira Alves

Legislação Pesqueira e Ambiental. Prof.: Thiago Pereira Alves Técnico em Aquicultura Legislação Pesqueira e Ambiental Prof.: Thiago Pereira Alves SNUC Conceito É o conjunto organizado de unidades de conservação protegidas (federais, estaduais, municipais) que, planejado,

Leia mais

PLANO DE ESTRUTURA URBANA DO MUNICÍPIO DE MAPUTO

PLANO DE ESTRUTURA URBANA DO MUNICÍPIO DE MAPUTO PLANO DE ESTRUTURA URBANA DO MUNICÍPIO DE MAPUTO Seminário sobre Pobreza Urbana Maputo, 16 de Abril de 2009 RAZOES E FILOSOFIA DO PEUMM O PEUM é o primeiro plano de ordenamento urbano elaborado pelo próprio

Leia mais

Critérios de selecção

Critérios de selecção Emissor: GRATER Entrada em vigor: 01-06-2009 Associação de Desenvolvimento Regional Abordagem LEADER Critérios de selecção Os projectos serão pontuados através de fórmulas ponderadas e terão de atingir

Leia mais

PROCONVERGENCIA ORIENTAÇÃO N.º 1/2011 ORIENTAÇÃO DE GESTÃO PROGRAMA OPERACIONAL DOS AÇORES PARA A CONVERGÊNCIA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

PROCONVERGENCIA ORIENTAÇÃO N.º 1/2011 ORIENTAÇÃO DE GESTÃO PROGRAMA OPERACIONAL DOS AÇORES PARA A CONVERGÊNCIA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES PROCONVERGENCIA PROGRAMA OPERACIONAL DOS AÇORES PARA A CONVERGÊNCIA ORIENTAÇÃO N.º 1/2011 ORIENTAÇÃO DE GESTÃO FEDER Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional Abril de 2011 PROCONVERGENCIA

Leia mais

CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA ACERCA DO PATRIMÓNIO CULTURAL.

CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA ACERCA DO PATRIMÓNIO CULTURAL. CADERNOS DE SOCIOMUSEOLOGIA Nº 15-1999 309 CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA ACERCA DO PATRIMÓNIO CULTURAL. Artigo 9.º (Tarefas fundamentais do Estado) São tarefas fundamentais do Estado:. a) Garantir a independência

Leia mais

3 QUADRO LEGAL E INSTITUCIONAL

3 QUADRO LEGAL E INSTITUCIONAL 3 QUADRO LEGAL E INSTITUCIONAL 3.1 QUADRO INSTITUCIONAL O Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental (MICOA) criado pelo Decreto Presidencial 6/95 de 16 de Novembro, é responsável por todas as actividades

Leia mais

EDITAL N.º 42/2010. ANTÓNIO LOPES BOGALHO, Presidente da Câmara Municipal de Sobral de Monte Agraço:

EDITAL N.º 42/2010. ANTÓNIO LOPES BOGALHO, Presidente da Câmara Municipal de Sobral de Monte Agraço: EDITAL N.º 42/2010 ANTÓNIO LOPES BOGALHO, Presidente da Câmara Municipal de Sobral de Monte Agraço: Faz público, nos termos da alínea v), do n.º 1, do art. 68.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com

Leia mais

Ministério da Ciência e Tecnologia

Ministério da Ciência e Tecnologia Ministério da Ciência e Tecnologia Decreto n.º4/01 De 19 de Janeiro Considerando que a investigação científica constitui um pressuposto importante para o aumento da produtividade do trabalho e consequentemente

Leia mais

REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIO FINANCEIRO ÀS ASSOCIAÇÕES AMBIENTAIS, CÍVICAS, CULTURAIS, DESPORTIVAS E JUVENIS DO MUNICÍPIO DA LOUSÃ

REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIO FINANCEIRO ÀS ASSOCIAÇÕES AMBIENTAIS, CÍVICAS, CULTURAIS, DESPORTIVAS E JUVENIS DO MUNICÍPIO DA LOUSÃ REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE APOIO FINANCEIRO ÀS ASSOCIAÇÕES AMBIENTAIS, CÍVICAS, CULTURAIS, DESPORTIVAS E JUVENIS DO MUNICÍPIO DA LOUSÃ CAPÍTULO I Disposições Comuns Artigo 1.º Lei Habilitante O presente

Leia mais

SISTEMA DE PROTECÇÃO PORTUGUÊS

SISTEMA DE PROTECÇÃO PORTUGUÊS SISTEMA DE PROTECÇÃO PORTUGUÊS 01 - Modelo de protecção das crianças e jovens em risco 02 - O que são as CPCJ? 03 - Qual o papel/funções do Ministério Público? 04 - Modelo de intervenção 05 - Conceito

Leia mais

REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE ALENQUER

REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE ALENQUER REGULAMENTO DE FUNCIONAMENTO DO BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO DE ALENQUER Preâmbulo A Lei n.º 71/98, de 3 de Novembro, regulamentada pelo Decreto Lei n.º 389/99, de 30 de Setembro, define as bases do enquadramento

Leia mais

ACORDO-QUADRO SOBRE MEIO AMBIENTE DO MERCOSUL

ACORDO-QUADRO SOBRE MEIO AMBIENTE DO MERCOSUL MERCOSUL/CMC/DEC. N o 02/01 ACORDO-QUADRO SOBRE MEIO AMBIENTE DO MERCOSUL TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto, a Resolução N o 38/95 do Grupo Mercado Comum e a Recomendação

Leia mais

7. PROTOCOLO RELATIVO AOS PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES DA UNIÃO EUROPEIA

7. PROTOCOLO RELATIVO AOS PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES DA UNIÃO EUROPEIA 16.12.2004 PT Jornal Oficial da União Europeia C 310/261 7. PROTOCOLO RELATIVO AOS PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES DA UNIÃO EUROPEIA AS ALTAS PARTES CONTRATANTES, CONSIDERANDO QUE, ao abrigo do artigo III 434.

Leia mais

IMPACTOS AMBIENTAIS SOBRE A ZONAS DE ESPECIAL INTERESSE AMBIENTAL DE VILA VELHA DECORRENTES DAS ALTERAÇÕES NO PDM

IMPACTOS AMBIENTAIS SOBRE A ZONAS DE ESPECIAL INTERESSE AMBIENTAL DE VILA VELHA DECORRENTES DAS ALTERAÇÕES NO PDM IMPACTOS AMBIENTAIS SOBRE A ZONAS DE ESPECIAL INTERESSE AMBIENTAL DE VILA VELHA DECORRENTES DAS ALTERAÇÕES NO PDM YGO SILVESTRE DE DEUS Biólogo/Mestrando em Ecologia ygo.deus@gmail.com Condicionantes da

Leia mais

1. INTRODUÇÃO 2. ANÁLISE ESTRATÉGICA

1. INTRODUÇÃO 2. ANÁLISE ESTRATÉGICA CADERNO FICHA 11. RECUPERAÇÃO 11.4. OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS O presente documento constitui uma Ficha que é parte integrante de um Caderno temático, de âmbito mais alargado, não podendo, por isso, ser interpretado

Leia mais

PROJETO DE LEI N o 1.847, DE 2003

PROJETO DE LEI N o 1.847, DE 2003 COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PROJETO DE LEI N o 1.847, DE 2003 Institui o Programa Nacional de Apoio aos Produtos Nativos do Cerrado e dá outras providências. Autor: Deputado

Leia mais

Carta dos Direitos do Cliente

Carta dos Direitos do Cliente A pessoa com deficiência ou incapacidade, deve ser educada e viver na comunidade, mas com programas e apoios especiais. Cercisiago Carta dos Direitos do Cliente Março de 2010 Carta dos Direitos do Cliente

Leia mais

Lei n.º 133/99 de 28 de Agosto

Lei n.º 133/99 de 28 de Agosto Mediação Familiar Lei n.º 133/99 de 28 de Agosto Altera a Organização Tutelar de Menores, nomeadamente através da introdução de novos artigos de que destacamos aquele que se refere à mediação Artigo 147.º

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 11.346, DE 15 DE SETEMBRO DE 2006. Cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional SISAN com vistas em assegurar

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA. site do programa, comunicou a suspensão, a partir de 11 de Fevereiro de 2011, de

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA. site do programa, comunicou a suspensão, a partir de 11 de Fevereiro de 2011, de ....---.. ~CDS-PP Expeça-se D REQUERIMENTO Número /XI ( Publique-se [gi PERGUNTA Assunto: Suspensão de candidaturas de jovens agricultores ao PRODER Destinatário: Ministério da Agricultura, Desenvolvimento

Leia mais

SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO DE ENTIDADES FORMADORAS ASPECTOS PRINCIPAIS DA MUDANÇA

SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO DE ENTIDADES FORMADORAS ASPECTOS PRINCIPAIS DA MUDANÇA SISTEMA DE CERTIFICAÇÃO DE ENTIDADES FORMADORAS ASPECTOS PRINCIPAIS DA MUDANÇA O Sistema de Certificação de Entidades Formadoras, consagrado na Resolução do Conselho de Ministros nº 173/2007, que aprova

Leia mais