Audiência Pública PINHEIROS (26)

Transcrição

1 Audiência Pública PINHEIROS (26) CONGESTIONAMENTO (R32) (Rede Viária Estrutural/Da Política de Circulação Viária e Transportes/Da Pavimentação/Da Rede Estrutural Viária/Da Rede Estrutural de Transportes Públicos Coletivos) terminal Sumaré de ônibus fretado: moradores são contrários (PD) (R41) (R3) (AR8) - consulta à população para mudar a estrutura viária de uma região (PDU) (R41) (R3) (AR13) - rever o plano para a Rua Abegoária, prevista para ser estrutural, também seja coletora, pois termina na Av. Henrique Schaumann que é coletora (PD) (AR12) (R41) - regulamentação da lei dos valets para possibilitar a regularização do trânsito na região de Pinheiros (LE) (R48) - criação de mais linhas de ônibus que sirvam a Vila Beatriz (LE) (R41) (R3) - resolver o problema do cruzamento da Avenida Bandeirantes com a Rua Ribeiro do Vale: permissão de estacionamentos não resolve o problema (LE) (R41) (R3) - Rua Texas: residencial, transformada em corredor de trânsito da Av. Bandeirantes, resultando em poluição (PD) (AR10) (AR11) (AR12) (R41) - impossibilidade de residir próximo à Av. Berrini decorrente do grande trânsito de veículos nessa avenida (PD) (AR10) (AR11) (AR12) (R21) PERDA DOS MANANCIAIS (Dos Recursos Hídricos) (R32) (R19) (R15) (R12) SAUDABILIDADE AMBIENTAL (*) (R32) (Da Política Ambiental/Das Áreas Verdes/Dos Resíduos Sólidos/Da Política de Patrimônio Histórico e Cultural/Da Política da Paisagem Urbana/Da Política de Infra-Estrutura e Serviços Públicos/Do Sistema de Áreas Verdes e Logradouros Públicos/Macrozona de Proteção Ambiental/Zonas Especiais de Proteção e Recuperação Ambiental/Dos Instrumentos de Gestão Ambiental) -expulsão dos moradores pelo comércio em Pinheiros implica em tornar insalubre a região para os moradores que continuam no local:aumento dos casos de hipertensão,diabete motivacional e problemas respiratórios (PD) (AR9) (AR10) -inexistência de acordo com os comerciantes da região de Pinheiros com os moradores para diminuir a poluição sonora na região de Pinheiros: sugestão para que os termos de ajuste de conduta sejam discutidos na Subprefeitura,dentro do Conselho de Meio Ambiente (PD) (R52) 1

2 -instituir o aproveitamento da água de chuva através de caixas coletoras (PDU e LE) (R17) -instituir a diminuição do valor do IPTU para quem mantém área verde em casa (PD e LE) -Instituir meios obrigatórios da Prefeitura atender pedidos de poda de árvores feito pelos moradores (LE) (AR13VI) (R3) -Desentupimento de bueiros :problema na Rua Capote Valente (PD e LE) (AR13VI) -prevalência do comércio nas zonas mistas:compromete a qualidade de vida daqueles que utilizam para fins residenciais (PDU) (AR9) (AR10) (R3) (AR36) MELHORIA NOS NÍVEIS EDUCACIONAIS (**) (R32) OUTROS TEMAS - colcocação de que não se trata de revisão, mas de novo PD; primeiro executar o previsto no PDE para depois revisar (R1) (R47) ALGUNS DEPOIMENTOS DESTACADOS Décio Amádio: (...) Trouxemos um abaixo-assinado que desejamos enviar à Mesa. São 400 moradores das imediações que em 15 dias redigiram e assinaram documentoem relação à rota dos ônibus fretados que nos foi imposta na região em função do que vimos na proposta do plano por Terminal Sumaré. (R41) Como esta questão se liga ao Plano Diretor Regional? (R36) No capítulo 5 da proposta, na Política de Circulação Viária e Transportes o artigo 50 parágrafo 2º reduzir os impactos urbanísticos, econômicos, ambientais e de segurança na gestão da circulação e da mobilidade visando o aumento da qualidade de vida das pessoas da cidade de São Paulo. Como fomos surpreendidos com esta medida da Prefeitura, não vou ler o abaixo assinado, evidentemente, mas mostrou todo o período do mês de junho a agosto que, em nenhum momento a população local foi consultada e conseguiu se manifestar. O abaixo-assinado que foi enviado ao Sr. Prefeito e ao Sr. Secretário Municipal de Transportes coloca estas questões e uma questão que é crucial, na gestão democrática da cidade da participação da população moradora. (AR13) Por quê? Porque o que foi feito do ponto de vista técnico mostra que não houve nenhum respeito com a população moradora. A estrutura viária que recebe os veículos de grande porte é a estrutura viária do viário principal da Cidade. As artérias. Não pode chamar simplesmente uma via de coletora e jogar ônibus rodoviários dentro de um ambiente urbano. (AR12) (R21) Então, o nosso pleito é no sentido de que os Srs. Vereadores nos incluam porque foi montada uma comissão com participação dos empresários, dos usuários e da Prefeitura sem a participação dos moradores. Pedimos, no abaixo-assinado, exigimos que a nossa participação seja feita tanto no âmbito da Subprefeitura quanto no âmbito da Prefeitura mesmo e da Secretaria. Quero encaminhar à Mesa o abaixo-assinado para os nossos representantes poderem também nos colocar dentro desse debate que, evidentemente alguma outra solução tem de ser encontrada, não essa. Ainda bem que a audiência hoje foi aqui porque se viu o carrossel de ônibus que se forma nessas vias locais. 2

3 Ana Maria Ferreira: (...) Na verdade, minha fala será um complemento à fala do Arquiteto Décio Amádio, que falou, inicialmente, sobre a proposta do Terminal Sumaré.Gostaria de fazer uma pequena referência ao comentário do nobre Vereador José Police Neto, elencando alguns pontos, que irão fundamentar o que defendemos: função social; interesse coletivo; qualidade de vida dos moradores; uma cidade mais justa; (AR2) (R32) (R4) (R21) abordagem dos problemas de forma integrada. Tendo em vista esses aspectos muito importantes do briefing que o senhor fez, essa questão que nos traz aqui hoje: a do Terminal Sumaré, acaba gerando,particularmente, nas ruas Capote Valente, Amália de Noronha e outras, é claro, mas de modo muito particular, entre a Avenida Sumaré e a Amália de Noronha, vindo da Amália de Noronha,cruzando a Rua Capote Valente, porque esse é um local que acolhe, segundo consta, os 120 ônibusfretados que vêm da Avenida Sumaré, Rua Amália de Noronha, da Heitor Penteado, e,exatamente na esquina da Capote Valnte com a Amália de Noronha, é formado um funil. Como os senhores podem imaginar, é muito difícil o fluxo, se não impossível. Esse é um aspecto. (AR12) (AR11) Então, com relação ao que o senhor falou e os demais senhores da mesa, especialmente o Arquiteto Décio, o qual mencionou um abaixo assinado que contem, inicialmente, 400 assinaturas, porque ele continua em andamento, gostaria de complementar essa questão, dizendo que o nosso resumo seria o seguinte: temos, portanto, um impacto ambiental, estrutural, sonoro; poluição sonora e ambiental; dificuldade de locomoção, quando não o impedimento de acesso às nossas moradias; comprometimento da qualidade integral de vida dos moradores. Como sabemos, qualidade de vida é um complexo de vários componentes, quais sejam, a saúde física, mental, social, profissional e etc. Então, o que acontece: há uma perturbação sonoratremenda, seus móveis passaram a ter trepidação intensa, portanto, há um problema muito sério na qualidade de vida das pessoas, no que diz respeito a essa poluição ambiental e sonora, porque, evidentemente, diante desse quadro, não é difícil imaginar que, nesse ponto, existem, constantemente, brigas, discussões, desentendimentos e situações mais graves, como a ocorrida há três semanas, a ponto de virem 20 viaturas da Polícia. (...) (R41) (R21) Gerôncio Henrique Neto: (...) Encontrei aqui um confronto com o meu direito adquirido, sou presidente da Associação dos Moradores do Jardim Edith, lutei para que acabassem com aquela favela do Jardim Edith. Pensava que os 16 moradores que ficaram naquele quarteirão,porque o restante do terreno não é deles,era do DER,está aqui uma testemunha. Aquele que nos ajudou,em 2001,de o DER não nos despejar do Jardim Edite, o nosso Vereador José Police Neto,como assessor do Presidente da Assembléia Legislativa. E essa Luta continua,difícil. O Jardim Edite tem um acordo na Justiça com o Ministério Público,com a Prefeitura,assinado por mim,pelo Juiz,pela Promotora Cláudia, Defensor Público,Procurador da Prefeitura Dr Rodrigo pqrq que se construa 248 unidades no Jardim Edite. É uma ZEIS aprovada (R10) pela Operação Urbana e regulamentada pelo Plano Diretor. Vereador José Police Neto e Vereadores presentes solicito aos senhores, como Vereadores representantes, o senhor como relator,analisem o direito adquirido pela Constituinte,pelo Estatuto da Cidade. Não queremos expulsar 3

4 as 16 familias instaladas naquele quarteirão. (R22) Seria melhor que estivessem dentro do referido quarteirão ao lado de prédios de 8 andares,em apartamentos de 54m²,onde haverá também uma AMA,um posto de saúde,uma creche e uma escola técnica,isso foi assinado na justiça e queremos que sejam feito os apartamentos. Na Operação Urbana (R44)está determinado para construir 8 mil unidades,até hoje não foi construida uma única unidade.agora temos em andamento, estão prontos os projetos,está licitada parte do terreno da Operação Urbana,para construir 918 unidades,mas falta mais de 7 mil. Queremos a melhoria de vida para a população da Cidade,não queremos morar na periferia,não queremos mudar de São Paulo para outra cidade,queremos trabalhar e viver em São Paulo,mas não só com comércio,não com interesse imobiliário,que se vive na cidade,tem de viver com as pessoas morando,os trabalhadores que ajudam o progresso da Cidade.É preciso que tudo isso seja considerado,com carinho,respeitando a lei,não quero nada mais do que prevê a lei,ninguém é maior do que a lei, passa prefeito,governador,presidente,mas a Justiça e o Direito permanecem para todos. Não só para os moradores do Jardim Edite,para todos os moradores do Brooklin,os 16 moradores que moram na Michel Faraday deveriam parabenizar os moradores do Jardim Edite.Eu,como presidente da Associação,que lutei e hoje não há mais favela lá,não haverá mais tiroteios,brejo,como anteriormente,haverá sim,familias de bemmorando dignamente,não em barracos.essa é a recomendação que faço ao Vereador José Police Neto,assim como todos os Vereadores presentes,que seja analisado o nosso Direito,pois aquele local é uma Zeis,está dentro do perímetro da Operação Urbana e do Plano Diretor,que todas ZEIS do Plano Diretor (R10) sejam respeitadas e feitas moradias,conforme foi garantido e aprovado pelos Vereadores em 2002,assim como da Operação Urbana,aprovada em 2001,que seja garantida a lei para todos e não quero que ninguém fique falando que os moradores do Jardim Edite tirarão o pessoal de lá, o que não é verdade. Não pedi para tirarem e nem quero que saiam,que continuem no mesmo local,só que com moradia digna,mas não com favela ao lado deles.acredito que não queiram morar lá,porque se quiserem deveriam me agradecer,porque lá tem muito interesse imobiliário,há mais interesse para venda do que para construção (R44) (R10) Elizabeth Salgado (consultora representante da Alameda Gabriel : (...)... trouxemos uma proposta, uma solicitação, na verdade, de alteração do projeto de lei do Executivo apresentado à Câmara Municipal no que diz respeito à Alameda Gabriel. Já protocolamos um documento que é um estudo feito especificamente para a alameda que demonstra a vocação das atividades que estão hoje instaladas na alameda. A Rua Gabriel Monteiro da Silva, como os senhores sabem vai desde a Avenida Marginal até a Avenida Rebouças cruzando a Faria Lima, numa reta e passa em meio dos Jardins, que tem ruas curvilíneas. Então, pela própria caracterização dela é uma via corredor de tráfego já de muito tempo. Por conta disso ela demonstrou sua vocação para o uso comercial muito mais que para o uso residencial. (AR12) (AR24) (R15) (R41)Hoje ela já tem um fluxo de veículos da ordem de 2 mil veículos/hora, nos horários de pico da tarde e tivemos o cuidado, neste estudo, de separar o que seria o fluxo de passagemdo fluxo provocado pelas próprias atividades da Alameda Gabriel. Esse fluxo das atividades da Alameda Gabriel compõe mais 4

5 ou menos 30% a 40% do fluxo em todo o período de pico da tarde, das 5 às 8, demonstrando que é um fluxo geral da Cidade, que o comércio mais usufrui dele do que provoca. Então, entre outras coisasi a Alameda vem cumprindo a sua função social. Vai promover eventos do Inter- Design. Tem projeto de requalificação em andamento. Baseado nessa situação, vimos fazer uma proposta que facilitaria a regularização de uma grande parte de imóveis, que se encontra com problemas de regularidade hoje. Estamos propondo alterações na característica, portanto, cabe, neste momento da discussão do Plano, talvez uma criação de uma ZCL-Z4, conforme o Técnico Fernando, da Secretaria de SNDU, colocou, a ZCL z já tem três tipos. Estamos propondo um quarto tipo para ela. Esse quarto tipo teria como característica uma taxa de ocupação de 0,70; laterais não seriam exigidos hoje, o recuo lateral da ZCL Z1 só é exigido entre 6 e 10 metros de altura, porque a altura máxima da ZCL-Z é 10 metros de altura; até 6 metros não é exigido recuo lateral, esse recuo é exigido entre 6 e 10 metros, o que provoca certa falta de uniformidade na rua comercial; a taxa de permeabilidade seria garantida, pois é uma questão importante, inclusive, para o tombamento; a altura máxima de 10 metros também; com relação ao coeficiente de aproveitamento, a nossa proposta é de que seja de 1,30, um coeficiente que nunca foi usado em São Paulo, e, a partir de 1, já se usa 1,5, mas temos a intenção de continuar qualificando a Alameda Gabriel num padrão horizontal, que permita que os imóveis comerciais consigam ocupara um pouco mais do lote. Essa é a nossa proposta, e o estudo já está ali. (R39) (R13) (R15) Alexandre Borba (representante da associação do Jardim das Bandeiras): (...) Estamos integrando, hoje, um documento com três reivindicações: a primeira delas,é com relação à Rua Abegoária, a qual está destinada a ser uma rua estrutural, entretanto, a continuação dela para a Henrique Schaumann, é uma rua coletora. Então, ela é uma estrutural que termina numa coletora. O que estamos pedindo é que a Rua Abegoária seja transformada numa rua coletora, como a Patápio Silva que é continuação dela, porque ela também não comporta um tráfego pesado de veículos como o ônibus e caminhões. (AR12) (R41) A segunda reivindicação nossa é com relação... Quando houve modificação das zonas, na Rua Simpatia, cinco casas que faziam parte do loteamento, que fazem parte do loteamento, estavam em zona estritamente residencial 1, passaram para zona mista 2, e elas estão dentro do loteamento e esse loteamento tem restrições contratuais. (R13) (R39) Portanto, essas casas podem ser utilizadas, os seus terrenos, para construir prédios e outras coisas dentro de um loteamento que tem restrições contratuais. A terceira solicitação que estamos fazendo é com relação ao piscinão. (AR47) O piscinão foi ha pouco apresentado, o piscinão do Córrego Verde, e os moradores do Jardim das Bandeiras não desejam a construção desse piscinão, porque além de trazer problemas como sujeiras, essa coisa toda, o local onde está prevista a construção desse piscinão é numa região onde tem um talude e esse talude da praça que fica na confluência com a Rua Beguária, é necessária a destruição dessa praça e essa praça é protegida por leis ambientais estaduais. Então, nós estamos solicitando que esse projeto seja modificado, em vez de piscinão, um outro tipo de solução para o problema das chuvas e de inundação na Rua Beguária. 5

6 Áureo (morador do Brooklin): Estamos localizados onde era a favela do Brooklin, a favela do Jardim Edite. A maior parte dessa favela margeava a Água Espraiada. Ao lado existe um outro quarteirão formado pelas ruas Michael Faradai (?), Jorge Own (?), Charles (ininteligível), Engenheiro Luís Carlos Berrine, no qual existe moradores proprietários de imóveis há mais de 50 anos, quando o bairro ainda era cercado por dois córregos, o córrego sobre o qual hoje está a Água Espraiada, e o córrego em que está hoje a Luís Carlos Berrine. Eu estou ali há 41 anos, sou proprietário. Somos 16 moradores, estou falando em nome de 16 moradores. Esses moradores foram surpreendidos, em 5 de setembro do ano passado, com uma ampliação da implantação do conjunto habitacional Jardim Edite que acabou afetando onosso quarteirão também. Então, primeiramente queria deixar bem claro que nós, 16 moradores, não temos absolutamente nada contra conjunto habitacional, nada contra moradia popular. O que tem gerado algumas controvérsias é que algumas argumentações nossas para que não seja implantado da forma como está hoje planejado têm gerado dúvidas quanto à nossa concordância ou não com esse tipo de habitação. (R44) Então, queria deixar bem claro que nós não temos absolutamente nada... Todos são a favor do tipo de habitação. Achamos que é uma solução. Apenas que, em colocando outras situações como custo de área que, em se utilizando o nosso quarteirão, vai-se utilizar um custo hoje de dez mil reais o metro quadrado para se implantar habitação popular, porque também foi colocado junto uma escola de gastronomia. Então, se fosse utilizado só a parte onde antes era beirada pela Água Espraiada, perfeitamente colocar-se-iam as 250 famílias que optaram por ficar no local. E sem esse outro custo muito alto, de um outro quarteirão, de seis mil metros quadrados que vai ser ocupado parcialmente, e em prejuízo de 16 moradores que perfazem 60% desse quarteirão. Eles estão praticamente... vão ficar engessados, estão numa camisa de força, porque foram decretadas de interesse social. Estão numa situação que não podem fazer o que todo o bairro está fazendo (R10). O bairro do Brooklin hoje, pela Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini e imediações, está-se tornando um bairro estritamente comercial, com altos espigões, em que todos os moradores, sem exceção, que têm oportunidade estão vendendo as suas propriedades para mudar para um lugar onde seja mais calmo, porque hoje não há nenhum lugar para se estacionar. (R21) (R40) Hoje nós estamos, no bairro do Brooklin, com problemas de instalação de Zona Azul na parte residencial. Então, hoje nós estamos aqui. Gostaria de passar para que vocês pudessem observar e pediria para o senhor fazer o favor, que o senhor passe. Nós estamos nesta posição. Se é justo, veja bem, estar se resolvendo um problema social, eu acho digno isso, que seja resolvido o problema social daqueles moradores que ali habitavam. Só que nós 16 moradores estamos ficando emparedados por prédios de 30 andares, espigões de 30 andares. (R57) E, ao fundo, vamos ter os prédios de Habitação Social. Ótimo, não há problema nenhum, nada contra eles. Eles optaram por ficar ali. Nós gostaríamos de ter opção também: nós gostaríamos de não ficar ali. (...) Então, nos gostaríamos de quê? Ou a Prefeitura também nos desapropria e aumenta ainda mais essas pessoas que podem ser beneficiadas por essas habitações populares na região - está certo? - ou, então, liberem nosso quarteirão, construindo apenas as habitações e abrindo mão daquela escola técnica. Para escola técnica há outros imóveis na região, como também há 50 outros imóveis cadastrados pela Prefeitura, 6

7 dentro do perímetro da Operação Urbana, que é o que manda a lei, para construir essas habitações populares. Então, minha gente, o que nós gostaríamos é de ter direito à propriedade. Nós pagamos a nossa propriedade e pagamos a manutenção dela durante todos esses anos. Nós queremos só o direito à propriedade.assim como eles têm o direito, nós também temos. Lidia (...) Vou aqui seguir mais ou menos o que o meu antecessor falou, só que vou ler, porque não consigo falar de improviso. É lido o seguinte: ( Há 54 anos - hoje a minha idade - meu pai e minha mãe compraram um terreno no Jardim Edite, local esse em que nada havia. Minha mãe passou por alguns problemas de saúde, tendo AVC; ficou cega, fez transplante; é diabética, um monte de doenças. Isso é só o começo. Como os senhores já devem saber, querem fazer atrás da casa de minha mãe um conjunto habitacional. E aí começa minha peregrinação. Fui à Emurb, fui à Sehab, fui à Promotoria Pública do Idoso, e ninguém, absolutamente, nos deu atenção. Disseram-nos que procurássemos advogados, pois não era da alçada deles. Se não era da alçada deles, eu não sei de quem seria. A situação é que ficaremos emparedados por espigões de luxo, como falou o Áureo, e conjuntos habitacionais, (R57) (R44) onde, em qualquer fundação, podem cair nossas casas, pois já há rachaduras e ninguém nos ouve. Gostaria de perguntar às autoridades quem é que vai se responsabilizar se alguma coisa acontecer a essas casas desses toda a sorte de enfermidades, amputados e tudo o mais. As autoridades só estão vendo um lado, esquecendo que lá vivem pessoas que pagam seus impostos e contribuíram para que aquele bairro ficasse bonito. Agora querem simplesmente nos enxotar feito cachorros velhos. E nós cidadãos, pagantes de impostos, onde ficamos? Sem contar que minha mãe, também, ganha apenas um salário e meio por mês, portanto ela também é de baixa renda, só que agora ela não pode nem alugar, nem vender, nem fazer nada com a casa dela, porque estamos com esse decreto de interesse social. Não estamos aqui contra ninguém, nem contra habitação de baixa renda, absolutamente. Apenas reivindicando o nosso direito de propriedade. (R10) (R13) João Pedro (Conselheiro do CADES de Pinheiros): (...)...nós estamos muito preocupados com a questão do despovoamento de Pinheiros. (AR46) É uma região consolidada; com infraestrutura, (AR46) com escolas, hospitais, etc. E a população está indo embora. Isso é horrível. Vocês sabem muito bem que vocês vão ter que construir mais infraestrutura lá no extremo da cidade e isso custa caro. (R19) (R21) Então, cada família desalojada aqui provoca um efeito dominó; vai empurrando o pessoal para a periferia. Então, o que nós estamos propondo é que se volte a adensar a região de Pinheiros com população, e não só com comércio. Porque o pessoal vem aqui dizendo: Ah, eu quero que na minha quadra possa fazer escritório, possa fazer shopping center, etc... É tudo grana. Só que o custo disso recai na Prefeitura depois. E por que essa população está indo embora? Por questões de insalubridade. Na Saúde, o que nós temos visto de aumento dos casos de hipertensão, diabete motivacional e problemas respiratórios é umabsurdo! Isso tudo vem porque a grande maioria desse povo mora na zonamista e na zona mista pode tudo; puseram de tudo na zona mista. E, peloestatuto da Cidade, a Zona Mista é predominantemente residencial e nãocomercial. E houve uma questão de se entender de maneira 7

8 errada a legislação. (AR5) (AR6) (AR8))AR 9) (AR10) (R21) Portanto, de acordo com o artigo 147 e artigos 221 e 223,quetratam da questão da gestão ambiental; do artigo 226 que fala do TAC; do artigo 236 que fala da questão da gestão democrática; do seu inciso VI que fala dos conselhos reconhecidos pelo poder, e do artigo 259 que são as audiências públicas, a gente coloca o seguinte: que as questões ambientais sejam colocadas a nível regional, de subprefeituras. E que os Termos de Ajuste de Conduta, essas coisas todas que afetem a qualidade de vida e saúde da população sejam discutidos na subprefeitura. Não adianta eu levar para o Psiu. O coordenador do Psiu que era o coronel, caiu. E na ntrevista que ele deu, ele disse que fazia fila de chefes de gabinete de vereador lá, (AR9) (AR10) pedindo pelo amor de Deus, não vai multar aquele estabelecimento porque é de um amigo meu, etc e tal. Isso é horrível, doutor! É horrível. Então, que se coloque nesse Plano, que é a Parte I, a questão dos Termos de Ajuste de Conduta serem discutidos na Subprefeitura, dentro do Conselho de Meio Ambiente; dentro, até, do Conselho dos Representantes das Subprefeituras, que ainda faltam questões; não foi implantado até hoje, mas espero que seja. E o que falta muito é regulamentar algumas leis, como a lei dos valets; (R48) o pessoal ocupa a rua toda, abre as portas, causa congestionamento, etc. E também, uma questão que a via existe, só que a gente não conseguiu até agora entender, a questão que a Nilza, do Centro, falou: quando passa 20% da capacidade viária, então você pode dar um stop nos empreendimentos, etc. Eu acho que tem que regulamentar isso melhor, porque, até onde eu li aqui, é só acima de 100 hectares que se exige impacto de meio ambiente. Cem hectares é 1 milhão de metros quadrados! Onde?! Não tem nenhum Parque da Xuxa aqui. Então, a gente tem que começar a ver essas questões de infraestrutura viária, infraestrutura... Se o empreendimento cabe no local. Eaté pequenos empreendimentos. (AR23) (AR10) Marcos Pacheco: (...)...já que nós estamos falando de uma cidade melhor e toca tanto a parte de enchentes, eu tenho no meu estabelecimento uma caixa de coleta de água de chuva. (R17) Eu economizo pelo menos metade da conta de água só com a água de chuva. Deveria haver um incentivo total à code água que vai para a rede coletora; diminui as enchentes e resolve um problema também de tratamento de água, porque essa água vai ser preferencialmente usada paralavar automóvel, ou para descarga. Porque, cá entre nós, não tem o menor sentido usar água potável para dar descarga. Incentivo total ao uso de água de chuva. Outra coisa: na minha opinião, a Prefeitura tem que ser corajosa e diminuir o IPTU das pessoas que tenham área verde em casa. Nos Estados Unidos, onde eu tenho primos, fotografaram a casa dele por satélite e mostraram que ele fez deck em volta da piscina e por causa disso o IPTU dele aumentou em 5%, uma coisa assim. Isso tinha que ser incentivado em São Paulo e no país inteiro; diminuir o IPTU das pessoas que tivessem área verde em casa. E por isso, senhora, falando da Gabriel Monteiro da Silva, eu sou radicalmente contra aumentar a área construtiva nos Jardins, porque quem tem casa lá minha família está nos Jardins desde que ele foi fundado pela CiaCity sabe que os Jardins foram construídos para ter aquele potencial construtivo, e na minha opinião perdoe, senhora é imoral e antipatriótico construir mais do que deve, porque os Jardins não pertencem só ao morador dos Jardins ou ao comerciante. Os Jardins, é sabido, diminuem 8

9 a temperatura da cidade de São Paulo numa média de 3 graus. É comum eu estar na minha casa, nos Jardins, sair de capote porque os Jardins em si têm 7 graus abaixo do resto da cidade. Tal é a importância. Os Jardins são muito mais importantes que seusproprietários,senhora, eu sinto muito. leta de água de chuva que faz três bens imediatos: diminui a quantidade deágua que vai para a rede coletora; diminui as enchentes e resolve um problema também de tratamento de água, porque essa água vai ser preferencialmente usada para lavar automóvel, ou para descarga. Porque, cá entre nós, não tem o menor sentido usar água potável para dar descarga. Incentivo total ao uso de água de chuva. Outra coisa: na minha opinião, a Prefeitura tem que ser corajosa e diminuir o IPTU das pessoas que tenham área verde em casa. Nos Estados Unidos, onde eu tenho primos, fotografaram a casa dele por satélite e mostraram que ele fez deck em volta da piscina e por causa disso o IPTU dele aumentou em 5%, uma coisa assim. Isso tinha que ser incentivado em São Paulo e no país inteiro; diminuir o IPTU das pessoas que tivessem área verde em casa. E por isso, senhora, falando da Gabriel Monteiro da Silva, eu sou radicalmente contra aumentar a área construtiva nos Jardins, porque quem tem casa lá minha família está nos Jardins desde que ele foi fundado pela Cia. City sabe que os Jardins foram construídos para ter aquele potencial construtivo, e na minha opinião perdoe, senhora é imoral e antipatriótico construir mais do que deve, porque os Jardins não pertencem só ao morador dos Jardins ou ao comerciante. Os Jardins, é sabido, diminuem a temperatura da cidade de São Paulo numa média de 3 graus. É comum eu estar na minha casa, nos Jardins, sair de capote porque os Jardins em si têm 7 graus abaixo do resto da cidade. Tal é a importância. Os Jardins são muito mais importantes que seus proprietários,senhora, eu sinto muito. (R32) (R17) (Audiência Pública realizada dia 24 de agosto de 2009) Obs: As falas dos participantes foram transcritas diretamente das notas taquigráficas, sem correções. (*) Ausência de saudabilidade ambiental: sistema suficiente de saúde, combate às poluições, enchentes de esgotos. (**) Substancial e permanente melhoria dos níveis educacionais adequada à Sociedade do Conhecimento. LEGENDAS PD: Plano Diretor PDU: Política de Desenvolvimento Urbano LE: Lei Específica 9