Seminário de sensibilização e difusão do programa ABC no Estado da Bahia
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- Cláudio Moreira de Almeida
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1 Seminário de sensibilização e difusão do programa ABC no Estado da Bahia Florestas Plantadas no Programa ABC Vitória Ferrari - UnB
2 Agradecimentos Alisson Xavier (Embrapa CNPMF); Aurea Nardelli (Auditora Líder e consultora em Auditorias para MDL, Bolsa de Chicago, Certificações Ambientais); André Leite (MAPA); Eduardo Magalhães (MAPA); Fabiano Silva (Auditor SGS UFV); Prof. Fernando Silveira Franco (UFSCAR Campus Sorocaba Depto de Ciências Ambientais); José Maria Goldsmith Filho (Floresteca); Prof. Laércio Jacovine Depto de Engenharia Florestal UFV Paulo Henrique de Souza Dantas-Cenibra; Renato Gomes Carneiro Filho e Wellington Rezende -Veracel.
3 Florestas plantadas no programa ABC Conciliar com objetivo do Programa: Incentivar uma nova agricultura sustentável que reduza o aquecimento global, estimule a adoção de práticas mais eficientes para a agropecuária, permitindo aliar a produção de alimentos e bioenergia com redução dos gases de efeito estufa.
4 Florestas Resultados Certificação Florestal Nativas Plantadas Madeira estrutural energia CERFLOR FSC Sistema ABC Nativas/exóticas Espécies puras Consórcios PFNM Serviços Sequestro de carbono; Proteção do solo, água e biodiversidade. Conexão com o Programa ABC: Redução dos gases estufa redução de insumos e energia utilizados; Serviços da floresta proteção do solo, água, biodiversidade; Benefícios econômicos Produtos madeireiros e não madeireiros.
5 Florestas x pequeno produtor x Programa ABC Como o pequeno produtor pode se beneficiar com a utilização econômica de florestas? É possível que estas florestas sejam certificadas? Além do benefício financeiro, como é possível demonstrar os serviços ambientais?
6 Florestas plantadas na propriedade rural Importante que se tenha um bom zoneamento da propriedade, onde haja cultivos economicamente viáveis e adequados ao ambiente. Importante definir o uso da madeira: - para energia barata e de alto rendimento na pequena propriedade, pode-se plantar pequenas áreas de eucalipto; - Para produção de madeira para serraria há espécies nativas e exóticas que podem ser combinadas; - Para proteção do solo, água e biodiversidade, promover ciclagem de nutrientes e estocar carbono é melhor combinar várias espécies.
7 Florestas plantadas Para que, onde e como? Proteção do solo e água, melhorar ciclagem de nutrientes, melhorar microclima; Diversificar produção, aumentar renda por área, gerar créditos de carbono, recomposição de reserva legal.
8 Florestas plantadas Para que, onde e como? Modelos: Uma única espécie Mosaico: espécies plantadas em blocos, subdivididos de acordo com as características das espécies selecionadas; Linhas intercaladas: duas ou mais espécies; Em linhas seguindo as divisas da propriedade ou de outras culturas, aproveitando o terreno; Consórcio agroflorestal: inclusão de cultivos agrícolas nas entrelinhas ou nas linhas do reflorestamento, para geração de receitas que ajudem a amortizar os gastos com a implantação e manutenção das árvores.
9 Florestas plantadas Para que, onde e como? Áreas produtivas: substituição de pastagens, por exemplo; Áreas impróprias para cultivos agrícolas: encostas de morros, terras pobres, terreno pedregoso; Áreas degradadas.
10 Experiência plantios puros e mistos Experiência em solos de tabuleiro do sudeste da Bahia no período de agosto de 1994 a julho de 1995 Arboreto da Estação Ecológica do Pau-Brasil (ESPAB), Porto Seguro. Objetivo: avaliar diferenças na ciclagem e no balanço de carbono e nutrientes em: plantio puro e misto de espécies florestais nativas com 22 anos de idade e em fragmentos florestais de Mata Atlântica na região dos tabuleiros costeiros do sudeste da Bahia em comparação do desempenho com floresta secundária de 40 anos Pau-roxo (Peltogyne angustiflora); Putumuju, araribá (Centrolobium robustum); Arapati (Arapatiella psilophylla); Arapaçu (Sclerolobium chrysophyllum); Claraíba, freijó, louro pardo (Cordia trichotoma); óleo-comumbá, Macrolobium latifolium.
11 Experiência plantios puros e mistos Arboreto da Estação Ecológica do Pau-Brasil (ESPAB), Porto Seguro. O plantio foi realizado em parcelas puras fixas de 144 m2 sem repetição, sem adubação, no espaçamento de 2 x 2 m, totalizando 36 árvores por espécie. Plantio misto, associou 57 espécies nativas e exóticas, no mesmo espaçamento dos plantios puros, em parcela de m2. Resultados o plantio misto foi melhor em acúmulo de carbono e ciclagem de nutrientes Publicação: BALANÇO DE CARBONO E NUTRIENTES EM PLANTIO PURO E MISTO DE ESPÉCIES... R. Bras. Ci. Solo, 32: , Autores: Antonio Carlos da Gama-Rodrigues, Emanuela Forestieri da Gama-Rodrigues & Nairam Félix de Barros
12 Putumuju, Araribá (Centrolobium robustum) pau-roxo (Peltogyne angustiflora) Arapati (Arapatiella psilophylla)
13 Arapaçu (Sclerolobium chrysophyllum) claraíba, freijó, louro pardo (Cordia trichotoma)
14 Florestas plantadas na propriedade rural Custo estimado para implantação/hectare de floresta plantada? Custo de manutenção de desta floresta? Área mínima que compensa o plantio? Rendimento médio por hectare (m3 e $)? Benefícios para proteção e manutenção de serviços da floresta (proteção e solo e água)? Dados de armazenamento de carbono? Custos de certificação florestal para o produtor?
15 Florestas plantadas na propriedade rural Custo de implantação e manutenção de floresta plantada (Palmito, Pupunha, Seringueira, Eucalipto e Pinus) planilhas de custos. Área mínima para plantio Depende de uma série de fatores: finalidade da madeira, proximidade da fonte consumidora, etc. Rendimento médio de produção de madeira por hectare (m3 e $) 200 a 300 metros cúbicos por hectare aos 7 anos ou uma produção de 30 a 40 metros cúbicos por ha por ano (com eucalipto). Valoração de benefícios para proteção e manutenção de serviços da floresta (proteção e solo e água) Base nos valores que estão sendo pagos pelos serviços ambientais. Em MG o Bolsa verde começou a pagar R$200,00 por ha/ano de floresta conservada. Em Extrema é um valor um pouco menor.
16 FONTES, A. A. Caracterização das propriedades rurais do município de Viçosa- MG com ênfase na atividade florestal. Viçosa: UFV, p. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) Universidade Federal de Viçosa, 2001.
17 CONSÓRCIO DAS CULTURAS DE FEIJÃO (Phaseolus vulgaris L.) E EUCALIPTO (Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden) NO SUDESTE DO BRASIL Boletim de Pesquisa Florestal, Colombo, n. 12, p , jun Henrique Geraldo Schreiner (Embrapa CNPF), Edson Antonio Balloni (Ripasa S.A)
18 Espécies nativas para plantações Guanandi (Calophyllum brasiliense Cambess) promissora para substituir mogno. Corte com 18 anos, preço médio R$ 2 mil/m³. A receita bruta estimada em cinco hectares é de R$ 3 milhões e investimento de R$ 2 mil por hectare. Fonte:
19 Espécies exóticas para plantações Mogno africano (Kaya ivorensis), madeira parecida com o mogno; Pode ser plantado em sistemas agroflorestais, como por exemplo, com cacaueiros e cupuaçuzeiros; Espaçamento (puro, em estudos 4 x 4m), valor da muda R$2 a RS10; Preço da madeira em março a 670 euros/m3 (ITTO).
20 Espécies exóticas para plantações Teca (Tectona grandis) Custo de 1 ha de teca com as mudas inclusas: R$ 1.996,00; Não existe uma área mínima, menos que 10 ha, pensando em 1 produtor isoladamente, fica muito pequena a produção; Custo de manutenção: R$800,00/ha para 1º ano; R$600,00/há para 2º ano e para os demais, até 20 anos, R$400,00/ha. Para um agricultor pequeno, estes valores tendem a serem menores; Rendimento médio esperado por ha: 1º desbaste 18 m3 (lenha) R$1.134,00 ; 2º desbaste 36 m3 R$3.396,00 ; 3º desbaste 36 m3 R$5.172,00 ; 4º desbaste 42 m3 - R$8.358,00 ; corte raso ou final 176 m3 R$91.404,00 (madeira sem mercado interno reconhecido). Para exportação pequenas produções são Inviáveis. Pode ser utilizada para recuperação de áreas de pastagens abandonadas e degradadas
21 Espécies exóticas para plantações Eucalipto Rendimento médio por hectare (m3 e $) Na região extremo sul da Bahia, a produtividade varia de 40 a 50 m³/há/ano, ou seja de 280 a 350 m³/ha para um ciclo de 7 anos. O rendimento líquido varia na faixa de R$ 1.000,00 a R$ 2.000,00/ha/ano. Benefícios para proteção e manutenção de serviços da floresta (proteção e solo e água) O eucalipto protege bem o solo contra a incidência direta de raios solares, evitando evapotranspiração (evaporação do solo + transpiração da planta) elevada. Se não for plantado ao lado de nascentes e cursos de água (mínimo de 30 metros para cursos dágua e 50 metros para nascentes) tem papel importante na sua conservação. O consumo de água pelo eucalipto é semelhante aos de outras culturas arbóreas e inferior à maioria das culturas agrícolas (milho, feijão, mandioca, coco, café, cana-de-açúcar, etc.). Sequestro de Carbono O eucalipto seqüestra cerca de 10 ton CO2 (dióxido de carbono) por hectare/ano. Programa de Fomento Florestal Veracel
22 Espécies exóticas para plantações Eucalipto Implantação Um hectare de floresta com alta tecnologia que garanta produtividade elevada, fica em torno de R$ 4.900,00/ha, sendo R$ 3.800,00/ha em serviços e R$ 1.100,00/ha em insumos, divididos em um ciclo de 7 anos, sendo 80% deste gasto nos primeiros 2 anos e o restantes 20% distribuídos nos 5 anos seguintes. Manutenção Cerca de R$ 1.000,00/ha ao longo de 5 anos. A manutenção é considerada a partir do 2º ano. Área mínima Não há este limite. Depende do tamanho do imóvel e da finalidade da produção. Exemplo: Se for para celulose, é rentável a partir de 30 hectares. Se for para cerca, estaca, mourão, energia, carvão para churrasco, lenha para pizzaria, pode ser viável a partir de 3 ha. Programa de Fomento Florestal Veracel
23 Espécies exóticas para plantações Custo da certificação para o produtor No caso da Veracel, a certificação tem ficado em torno de R$ 1,20 /m³com um bônus de R$ 1,55/m³ como incentivo para certificação, fica em torno de R$ 2,70/m³ para um volume de m³. Não há como prever isto para pequenos produtores, pois o volume a ser certificado é muito importante. Ocupação do solo: Na Veracel, os plantios dos produtores ocupam cerca de 38% da área dos imóveis. O ideal seria dividir o imóvel em 3 ou 4 partes, sendo 1 para reserva legal e preservação permanente, 1 para silvicultura e 1 para agricultura. Se dividir em 4 atividades, fazer, incluir pecuária ou fruticultura. Depende do imóvel, localização e finalidade. Comparação de custo energético (insumos para uma floresta de eucalipto e para agricultura praticada no Sul da Bahia) O eucalipto consome menos fertilizantes que lavouras perenes (café, cacau, coco) semi-perenes (banana, maracujá, mamão) e mais que lavouras anuais (feijão, milho, mandioca, abóbora). O consumo de fertilizantes para o eucalipto é da ordem de 450 kg de fosfato natural e mais 300 kg de adubação formulada NPK para um ciclo de 7 anos. Espécies florestais nativas promissoras para o Sul da Bahia A seringueira pode ser uma opção, assim como o cacau, desde que escolhidos bons materiais genéticos adaptados para a região. Ocupação de solo com culturas agrícolas e eucalipto no sul da Bahia O eucalipto ocupa cerca de 21% do solo do extremo sul da Bahia (sul do rio Jequitinhonha), concentrado principalmente nas 3 grandes empresas do setor (Fíbria, Suzano e Veracel). As culturas agrícolas ocupam cerca de 7% (principalmente café, mamão, cacau, banana) e a pecuária cerca de 52% (com grande predominância da pecuária extensiva de corte). Programa de Fomento Florestal Veracel
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27 Certificação florestal Processo voluntário no qual uma organização independente, após uma auditoria, emite um certificado, demonstrando que uma unidade de manejo florestal está sendo manejada de acordo com um padrão estabelecido.
28 Certificação florestal É um instrumento de mercado (a viabilidade econômica deve ser anterior); Pode ser utilizada para garantir e comunicar a origem de um produto; Ferramenta que contribui com o bom manejo. Pode ser feita individualmente ou em grupo.
29 Agentes e instrumentos da Certificação Florestal FSC Responsável pelo sistema INMETRO P & C Norma técnica NBR SGS Organismo certificador SGS PA, CP, AP U.M.F. Anual 5 anos Processo de certificação Recomendação para certificação Recebimento certificado Monitoramento Re-certificação F1, CP, F2 U.M.F. Anual 5 anos
30 Certificação florestal É possível se pensar em um sistema de certificação de agricultura de baixo carbono; É preciso definir: - Objetivos; - Os princípios, critérios e indicadores de desempenho em parceria com diversas partes envolvidas; É preciso testar e validar o modelo participativamente; É preciso um sistema independente de avaliação, com mecanismos de correção.
31 Vitória Ferrari (61) Obrigada!
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