O fim do paradigma da Energia barata, o princípio de um novo ciclo
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- João Victor Fonseca Gil
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1 O fim do paradigma da Energia barata, o princípio de um novo ciclo Gonçalves, Hélio F. Dias * Estudante de Engenharia Química, Universidade de Aveiro Com a flutuação dos preços internacionais do petróleo devido ao lobby promovido pelas nações produtoras e pela consciência de que os combustíveis fósseis são limitados e poluentes, as pesquisas em combustíveis e fontes de energia alternativos têm crescido em todo o mundo. O trabalho aqui apresentado pretende dar a conhecer a factura energética Portuguesa, algumas fontes de energia alternativas às energias fósseis e a sua utilização no panorama nacional, o caminho politica traçado pelo governo em exercício e uma perspectiva futura do que poderá ser a Fonte de Energia dentro de alguns anos. D I. Introdução ESDE sempre, a energia desempenhou um papel estratégico no desenvolvimento sócio/económico a nível mundial. É uma peça vital no desenvolvimento sustentável de um País. A recente evolução do preço do petróleo afecta parte do crescimento económico sustentado em Portugal. O país deverá ser um dos mais afectados a nível europeu dada a sua maior intensidade energética e a sua maior dependência externa energética do petróleo (o peso da dependência energética externa é 20% superior à média europeia 2 ). A enorme dependência dos combustíveis fósseis para além de, a nível global, estar associado a um efeito nefasto para o ambiente, destabilizando de forma perigosa equilíbrios ambientais essenciais à sobrevivência humana elevada intensidade carbónica, por exemplo, condena o país ao aumento da factura energética (elevada volatilidade e subida de preços), à perda de competitividade das empresas, à redução do poder de compra dos consumidores, ao aumento do fosso entre necessidades energéticas da economia portuguesa e nível de output ou produção interna, a um potencial incumprimento das metas traçadas pelo protocolo de Quioto e a uma sobre dependência externa de uma fonte esgotável de energia que caminha rapidamente para o seu fim. Existe necessidade de inverter esta situação de crescente instabilidade quanto ao futuro energético. É estritamente necessário garantir a segurança do abastecimento de energia, valorizar os recursos endógenos fomentando o aumento da competitividade e a eficiência das empresas, diversificar as fontes energéticas, e explorar novos sectores energéticos, como as fontes de energia renováveis reduzindo em simultâneo a importância do petróleo no conjunto das energias primárias consumidas em Portugal. As energias renováveis são o único caminho seguro a seguir num longo prazo porque permitem um desenvolvimento mais sustentável fornecimento de fluxo eterno evitando a dependência de energéticos fósseis esgotáveis enquanto fontes de energia e são menos poluentes. Os edifícios, residenciais e de serviços, são responsáveis por mais de 60% de toda a electricidade disponibilizada ao consumo. Logo, o impacto da oferta e da procura de energia nas questões das alterações climáticas e do desenvolvimento sustentável constitui um desafio de interesse público. * Estudante,, nº mec.:
2 II. Factura Energética Portuguesa Portugal é um país fortemente dependente de recursos energéticos importados em valores que atingem cerca de 65% da energia primária (Figura 1), o que é claramente superior à média na União Europeia. Tal situação é agravada, visto que, a sua dependência é expressa, quase na sua totalidade, em combustíveis fósseis (Figura 2). Figura 1. Dependência do exterior no consumo de energia primária 2. Figura 2. Estrutura da Importação de fontes de energia primárias em A factura energética dos combustíveis importados tem vindo a sofrer um crescimento significativo (Figura 3) em correspondência com o progresso económico e social verificado nas últimas décadas, mas também em resultado de uma elevada ineficiência energética induzida pelo crescimento dominante de consumos nos sectores doméstico, dos serviços e dos transportes, em contracorrente com a tendência verificada na generalidade dos Estados membros (Figura 4). Figura 3. Evolução do peso da importação de energia ao longo dos últimos anos 1. Figura 4. Comparação do consumo de energia ao longo dos últimos anos 2. Para além de acompanhar o aumento do consumo, a factura energética é dependente de factores exógenos, por exemplo, desde 1998 que o preço do barril de petróleo não pára de crescer, tendo nos últimos seis meses aumentado mais de 40% 4 ; os últimos anos secos que se têm sentido têm agravado em muito as reservas das grandes hídricas diminuindo assim a energia obtida a partir destas últimas. 2
3 O aumento dos preços das Fontes energéticas tem provocado um desequilíbrio crescente na balança de pagamentos. As importações de energia em 1998 representavam cerca de 6% das importações totais, tendo este valor aumentado, em 2004, para 11% 2 (Figura 5). Figura 5. Peso da energia em mercadoria FOB importada em III. Em consequência, as nossas empresas têm vindo a perder competitividade e os consumidores poder de compra. Com uma tal taxa de dependência energética e uma das maiores intensidades energéticas do PIB da UE, Portugal tem pela frente importantes desafios no domínio energético. Energias Renováveis A utilização de combustíveis fósseis é uma das principais causas de emissões para a atmosfera de dióxido de carbono e metano (CO 2 e CH 4 respectivamente), gases com um considerável efeito de estufa. As energias fósseis caminham vertiginosamente para o seu fim e é necessário encontrar alternativas válidas. Ou seja, é necessário traçar um futuro seguro do ponto de vista económico e do ponto de vista ambiental. Neste quadro, uma das áreas de actuação será necessariamente a área das energias renováveis, visto que, embora acarretem certos e determinados impactos ambientais não se comparam com os impactos ambientais associados às fontes de energias fósseis e são um salvaguardo de fornecimento energético, um fluxo eterno de energia. No presente é possível optar por diversas vertentes de energias renováveis (Tabela 1). Cada dia que passa surgem novidades no que toca a novas tecnologias ou aperfeiçoamento das mesmas que vêm não só aumentar a eficiência e rentabilidade deste tipo de fonte de energias como reduzir os possíveis impactos ambientais inerentes a cada uma delas. Tabela 1. Diferentes tipos de energias renováveis. 5 Tipo de Energia Fonte Alguns Impactos Ambientais Hídrica Eólica Solar Biomassa Geotérmica Ondas e marés No ciclo da água a precipitação sobre as montanhas cria escoamentos convergentes nos Destruição de ecossistemas, bloqueio nos rios e aquecimento vales, os rios. Nestes existe um grande potencial energético: energia hídrica. Global (Grande Hídrica) O vento resulta do deslocamento de massas de ar, devido às diferenças de pressão Se houver uma escolha criteriosa do local de instalação do atmosférica entre duas regiões distintas e é influenciado por efeitos locais como a orografia parque, de forma a poder minimizar o impacto sobre as aves, os e a rugosidade do solo. efeitos são praticamente nulos. Essas diferenças de pressão têm uma origem térmica estando directamente relacionadas com a radiação solar e os processos de aquecimento das massas de ar. No centro do sol, os núcleos de átomos de hidrogénio fundem-se originando núcleos de Elevada necessidade de terrenos e de água. Praticamente hélio.a energia resultante desta reacção é radiada para o espaço, e parte dela atinge a Insignificantes. atmosfera terrestre com uma intensidade de cerca de W/m². Uma vez que parte da energia inicial é reflectida ou absorvida pela atmosfera, num dia de céu claro é possível medir junto a superfície terrestre num plano perpendicular, cerca de W/m² Através da fotossíntese, as plantas capturam energia do sol e transformam-na em energia química. Esta energia pode ser convertida em várias formas de energia: electricidade, combustível ou calor. Destruição de faunas e floras (extinção). Contaminação do solo (adubo) Existe uma grande quantidade de energia sob a forma térmica contida no interior do Quase todos os fluxos geotérmicos contêm gases dissolvidos que planeta. Está é transmitida para a crosta terrestre sobretudo por condução. Esta representa são libertados junto com o vapor de água. Há a possibilidade de uma potência de vezes da energia consumida por ano no mundo actualmente. ocorrer um desabamento. A descarga livre dos resíduos líquidos para a superfície pode resultar na contaminação de rios, lagos, etc. Existem várias formas potenciais de aproveitamento da energia dos oceanos: energia das marés, energia associada ao diferencial térmico (OTEC), correntes marítimas e energia das ondas. A energia das ondas tem origem directa no efeito dos ventos, os quais são gerados pela radiação solar incidente. As instalações podem ser um potencial perigo para os navios porque estão parcialmente escondidas debaixo de água. Água quente polui. 3
4 A. Em Portugal Com a adesão ao Protocolo de Quioto, Portugal assumiu, no contexto da co-responsabilidade no seio da UE, uma contenção no crescimento das suas emissões para o período de de um máximo de mais 27% relativamente a O acréscimo dessas emissões, à data actual, ultrapassa significativamente este limiar, o que implica um esforço acrescido na redução da intensidade carbónica da economia portuguesa (Portugal vai ultrapassar em 9 a 12%, com possibilidade de maiores derrapagens, as metas de emissões de gases previstas no Protocolo de Quioto, assumiu o secretário de Estado do Ambiente Humberto Rosa, no passado dia 6 de Fevereiro de 2006, durante a avaliação do Plano Nacional de Alterações Climáticas) 5. Portugal assumiu o compromisso de produzir, em 2010, 39% da sua electricidade final com origem em fontes renováveis de energia 4. Este valor tem sido pontualmente atingido no passado, em anos húmidos, ou seja, à custa da energia proveniente das grandes hídricas, fonte de energia renovável com maior peso em Portugal (Figura 6; Figura 7). O que não nos deve deixar particularmente orgulhosos, uma vez, que a energia associada às grandes hídricas acarretam impactos ambientais bastante consideráveis (emissão de GEE como o CO 2 e o CH 4 ). Figura 6. Peso de cada uma das diferentes Fontes de Energia Utilizadas em Portugal em Figura 7. Evolução da energia produzida a partir de fontes de energia renováveis 6. O total de potência renovável atingiu MW, no final de Dezembro de 2005, o que equivale a um aumento de 11.2% relativamente a Dezembro de Este aumento deve-se em grande parte ao aumento da produção de energia eólica que continua a crescer acentuadamente e à continuação do crescimento de produção de energia a partir da biomassa. A produção de energia eléctrica e a expansão de outros usos directos a partir de fontes de energia renováveis constituirão, indiscutivelmente, factores de desenvolvimento do País. O desenvolvimento de uma indústria fornecedora dos bens de equipamento e de serviços para as energias renováveis, quando bem sucedido, poderá mesmo potenciar o emprego e as exportações portuguesas, à semelhança do que já sucedeu noutros países. IV. Nuclear uma opção? Com o crescente problema energético a ganhar forma, a cada dia que passa, há quem defenda que a energia nuclear pode ser a solução ou pelo menos a ponte provisória enquanto se optimiza a recuperação de energia a partir de energias renováveis, tornando-as energeticamente mais eficientes. Como sempre existem duas correntes ideológicas que puxam em sentidos inversos. Em geral, os opositores à utilização desta forma de energia apresentam como principais razões, os perigos extremos no funcionamento e utilização indevida dos materiais radioactivos e o facto dos resíduos provenientes das centrais permanecerem activos durante milhares de anos. 4
5 Para os defensores da energia nuclear, não existe forma de energia mais limpa quando toca à emissão de gases de efeito estufa, estão a ser implementados sistemas seguros para o armazenamento dos resíduos radioactivos, capazes de resistir a terramotos e demais catástrofes durante milhares de anos, assim como, reactores reactores regeneradores que realizam reprocessamento dos resíduos radioactivos tornando-os combustíveis nucleares e por fim mas não menos importante existem hoje os reactores de terceira geração com níveis de segurança bastante aceitáveis. Apesar dos problemas associados à Energia Nuclear, esta surge como uma alternativa promissora na produção de energia eléctrica de baixo. Como tudo na vida, também a Energia Nuclear comporta algum risco. Neste caso, devem-se avaliar os potenciais benefícios face aos riscos e ver se os benefícios superam os riscos. A. Em Portugal O primeiro-ministro, José Sócrates, no passado mês de Fevereiro, afastou a possibilidade de Portugal vir a construir centrais nucleares, afirmando que esse tema "não faz parte da agenda do Governo". (Noticia do Jornal Público). 5 A Quercus apresentou no passado mês de Fevereiro 15 pontos fundamentando a sua posição contra-nuclear. 1. Portugal tem uma enorme oportunidade na conservação de energia e eficiência energética 2. O potencial de implementação das energias renováveis em Portugal é enorme 3. A energia nuclear serve para produzir electricidade e esta representa apenas cerca de 20% do consumo de energia final do país 4. A energia nuclear é muito mais cara 5. A falácia da produção limpa em termos de emissões de gases de efeito de estufa 6. Segurança de abastecimento comprometida - Potencialidade de descentralização oferecida pelas energias renováveis é contrariada por uma central nuclear 7. A energia nuclear só é viável à custa de enormes subsídios governamentais Portugal apoia muito mais investigação no nuclear que na conservação de energia e renováveis 8. Portugal ficará dependente de tecnologia importada e cara; é mais uma dependência, neste caso perigosa, de outros países 9. Cenários oficiais mostram que a Europa não aposta no nuclear e Portugal iria estar em contraciclo 10. Longevidade dos resíduos e herança para as gerações futuras 11. Riscos associados ao transporte e armazenamento dos resíduos nucleares 12. Tempo de construção previsto 13. Custo de desmantelamento das centrais e suas consequências ainda não estão suficientemente avaliados 14. Secretismo e estímulo ao militarismo 15. Dificuldade em encontrar uma localização 5
6 V. Actual estratégia politica para a energia O actual governo português XVII Governo Constitucional no passado dia 29 de Setembro de 2005 deu a conhecer a linha estratégica que pretende seguir na área das Energias. Esta estratégia resume-se em cinco pontos de actuação (Tabela 2). Tabela 2. Resumo da estratégia nacional para a energia XVII Governo Constitucional. 2 Pontos Principais Consequências Liberalização dos mercados domésticos de gás e Electricidade +6 milhões de clientes liberalizados Liberalização da cadeia de valor (produção e comercialização) Criação de dois grandes operadores concorrentes no sector do gás e electricidade +2 operadores concorrentes, integrados no gás e electricidade, competindo à escala Ibérica Desenvolvimento de um operador sólido e de dimensão para transporte de gás e electricidade +1 operador de transporte integrado de gás e electricidade, fiel do sistema Forte promoção do desenvolvimento das energias renováveis Implementação de plano ambicioso para aumento da Eficiência Energética MW de energia eólica Bio-combustíveis Biomassa Água Quente Solar Aumento de eficiência energética Na prática desde que o governo em exercício XVII Governo Constitucional tomou posse têm sido aprovadas uma série de novas legislações que têm como objectivo fomentar os pontos atrás divulgados. Destas legislações ressaltam algumas com maior peso ou importância tais como: O Conselho de Ministros aprovou dois diplomas, no âmbito da Estratégia Nacional para a Energia, que visam a introdução de biocarburantes em Portugal, em particular no sector dos transportes. Um dos diplomas transpõe para a ordem jurídica nacional a directiva relativa à promoção da utilização de biocombustíveis ou de outros combustíveis renováveis nos transportes. O outro consagra a isenção total ou parcial de Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) aos biocombustíveis, quando incorporados na gasolina e no gasóleo, utilizados nos transportes. Com estas medidas, o Governo pretende contribuir para a redução da dependência do petróleo e a diminuição do volume de importações dos combustíveis, um desenvolvimento rural sustentável, o aproveitamento de recursos endógenos e a redução das emissões de CO2. (Notícia do Diário económico - 24/01/06) 5 A instalação de painéis solares térmicos nas novas construções, ou outras soluções renováveis, passa a ser obrigatório à luz da nova legislação (aprovada no dia 28 de Janeiro de 2006) sobre eficiência energética. Os valores de referência apontam para 1 metro quadrado por ocupante, até ao limite de 50% da área de exposição solar, procurando assim dar um novo impulso ao Programa Água Quente Solar e ao objectivo de atingir um milhão de metros quadrados de painéis solares instalados, até Espera-se com os novos regulamentos aumentar em mais de 30% a eficiência energética dos edifícios. (Notícia do Diário económico - 29/01/06) 5 Já está em curso uma primeira fase do concurso para atribuição de MW dos MW de potência eólica. O vencedor deste concurso deverá ser conhecido até Junho do presente ano. (Notícia do Diário económico - 29/01/06) 5. 6
7 VI. Futuro A. Fusão Nuclear Ao fundir núcleos atómicos leves (tais como os isótopos do hidrogénio, o deutério e o trítio) há uma enorme liberação de energia, processo que é conhecido como fusão atómica. Este processo é análogo ao que acontece no Sol e em outras estrelas, e poderá vir a ser uma fonte de energia ilimitada para gerações futuras. Para realizar fusões que efectivamente libertem grandes quantidades de energia é necessário que um gás formado pelos isótopos do Hidrogénio seja aquecido até temperaturas elevadíssimas (100 a 200 milhões de graus centígrados) e esteja confinado durante pelo menos um segundo, o que pode ser conseguido através do confinamento magnético. Uma das configurações mais utilizadas é chamada tokamak, palavra russa que significa câmara magnética em forma de toróide. A fusão nuclear apresenta grandes vantagens a nível ambiental. Não existem reacções em cadeia e a rádio/toxicidade dos detritos de uma central de fusão nuclear é comparável à rádio/toxicidade dos detritos provenientes de uma central termoeléctrica. Os detritos não apresentam efeitos acumulativos para as gerações futuras. Para além disto, a fusão não provoca mudanças climáticas ou emissões poluidoras da atmosfera. Apesar dos enormes avanços na tecnologia e no entendimento dos fenómenos físicos que ocorrem durante a fusão nuclear, ainda não se tem certeza se o potencial da fusão nuclear poderá ser efectivamente realizado de uma maneira economicamente viável. Existem diversos programas, em diversos países, com um objectivo global de elevar a tecnologia de fusão a um estágio comercialmente aceitável para a geração de energia eléctrica por volta de VI. Conclusão A vida da Humanidade gira em torno de um objectivo bem concreto melhorar a sua situação sócio/económica aumentando assim a sua esperança média de vida. Cada vez mais o planeta Terra é visto como um todo, a globalização tomou conta de quotidiano do Homem. As distâncias que outrora existiam foram encurtadas. O vector sócio/económico aponta indubitavelmente para o global, a obrigatoriedade de um indivíduo saber falar línguas estrangeiras, a necessidade de um país abrir as suas fronteiras económicas e de se aliar a mercados mais fortes, são sinais da globalização bem patentes nos tempos de hoje. Todo este conceito foi assente no desenvolvimento tecnológico e electrónico aliado ao paradigma da energia barata. E se este paradigma for refutado? Será possível imaginar um mundo diferente do mundo actual? A energia foi, é e será um elemento vital da vida sócio/economia da Humanidade é imperativo que se investiguem/aperfeiçoem formas de energia que permitam fomentar um desenvolvimento sustentado e seguro da Humanidade sem retrocessos. Seja qual for a solução energética definitiva encontrada pelos grandes centros de decisão, é urgente que se trace um caminho e que se aponte uma direcção, com a maior brevidade, pois, está à porta o fim dos dias da energia barata, o princípio de um novo ciclo... 7
8 Referências 1 Direcção Geral de Geologia e Energia N.º20 Abril/2005; 2 Uma estratégia Nacional para a Energia elaborado pelo XVII Governo Constitucional 29 de Setembro de 2005; 3 Direcção Geral de Geologia e Energia N.º14 Abril/2005; 4 Estratégia Nacional para a Energia Resolução do Conselho de Ministros n.º 169/ de Setembro de 2005; Direcção Geral de Geologia e Energia N.º10 Dezembro/2005; 8
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