A INTEGRAÇÃO ENTRE O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA E O PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL 1

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1 TEXTO: A INTEGRAÇÃO ENTRE O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA E O PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL 1 BRASÍLIA, MARÇO DE Texto elaborado por Márcia Guedes Vieira, para Vanda Mendes Ribeiro Consultoria. Márcia Guedes Vieira, assistente social, foi assistente técnica do Fórum Nacional DCA e da Marcha Global Contra o Trabalho Infantil; Coordenadora Executiva do CFESS; Assessora da Cáritas Brasileira e Técnica do Departamento de Proteção Social Especial do MDS. 1

2 ÍNDICE I INTRODUÇÃO...03 II - O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA...04 Gestão do Programa Seleção das Famílias Forma de Pagamento do Benefício Condicionalidades Controle Social III - PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL PETI...08 Gestão do Programa Seleção das Famílias Forma de Pagamento do Benefício Condicionalidades Controle Social IV - A INTEGRAÇÃO DOS PROGRAMAS...11 Gestão da Integração Seleção das Famílias Forma de Pagamento do Benefício Condicionalidades Controle Social V CONSIDERAÇÕES GERAIS...19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...31 LEGISLAÇÃO CONSULTADA

3 I INTRODUÇÃO No dia 30 de dezembro de 2005 foi publicada no Diário Oficial da União a Portaria n.º 666 de 28 de dezembro de 2005, que disciplina a integração entre o Programa Bolsa Família (PBF) e o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI). Essa integração está mobilizando os setores da sociedade que atuam diretamente no combate ao trabalho infantil em favor de uma qualificação do atendimento às crianças e adolescentes vítimas da exploração do trabalho precoce, com total respeito aos seus direitos. Sendo o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil um dos atores principais na luta pela erradicação do trabalho infantil, e por congregar também diferentes atores, como governo, Ongs, trabalhadores e empregadores, seu objetivo é interferir nesse processo e contribuir com o debate entre a sociedade e o governo. Por conseguinte, o tema da integração oferece uma oportunidade para discutir o lugar de uma política de erradicação do trabalho infantil no âmbito da política governamental. Compreende-se que o PETI é um programa que deveria ser parte de uma política de erradicação do trabalho infantil, entretanto, observa-se que desde que foi criado tornou-se o carro-chefe do que deveria ser uma política. Deste modo, a pergunta que se coloca é se a proposta de integração dos programas traz uma qualificação para o PETI, e se caminha para efetivar uma política de erradicação do trabalho infantil. Obviamente este documento não pretende esgotar o debate, mas se propõe a organizar as questões que têm sido objeto de discussão nas reuniões do Fórum Nacional e nas reuniões entre o Governo Federal e os gestores municipais e estaduais. Além dessas contribuições, foram ouvidas pessoas envolvidas no movimento de defesa dos direitos da criança e do adolescente e técnicos governamentais que estão operando essa integração. A seguir, apresentaremos os conteúdos do PBF e do PETI, destacando seus objetivos, gestão, condicionalidades, seleção das famílias e o controle social, a fim de que possamos entender melhor a integração dos dois programas. Em seguida, apresentaremos o conteúdo da Portaria 666/2005, que define essa integração, e por fim as questões que ela traz para o tema da erradicação do trabalho infantil no âmbito da política governamental. II - O PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA 3

4 O Programa Bolsa Família foi criado pela Lei , de 09 de janeiro de 2004, com a finalidade de unificar os procedimentos de gestão e execução das ações de transferência de renda do Governo Federal, especialmente as do Programa Nacional de Renda Mínima vinculado à Educação - Bolsa Escola, do Programa Nacional de Acesso à Alimentação PNAA, do Programa Nacional de Renda Mínima vinculada à Saúde - Bolsa Alimentação, do Programa Auxílio-Gás, e do Cadastramento Único do Governo Federal. O Programa Bolsa Família foi regulamentado pelo Decreto n.º 5.209, de 17 de setembro de 2004, e integra a estratégia do Fome Zero no eixo Ampliação de Acesso à Alimentação, e é coordenado pela Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (SENARC) do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Os objetivos básicos do Programa Bolsa Família (PBF) são: I - promover o acesso à rede de serviços públicos, em especial, de saúde, educação e assistência social; II - combater a fome e promover a segurança alimentar e nutricional; III - estimular a emancipação sustentada das famílias que vivem em situação de pobreza e extrema pobreza; IV - combater a pobreza; e V - promover a intersetorialidade, a complementaridade e a sinergia das ações sociais do Poder Público. O programa se organiza em dois tipos de benefícios: o benefício básico, que é destinado a famílias que se encontrem em situação de extrema pobreza, no valor de R$50,00 (cinqüenta reais); e o benefício variável, no valor de R$15,00 (quinze reais) por pessoa beneficiada, podendo chegar ao máximo de R$45,00 (quarenta e cinco reais) destinado a famílias que se encontrem em situação de pobreza e extrema pobreza e que tenham em sua composição gestantes, nutrizes, crianças entre 0 (zero) e 12 (doze) anos ou adolescentes até 15 (quinze) anos. No caso das gestantes e nutrizes ainda não se efetivou a regulamentação do pagamento do benefício. 4

5 De acordo com a lei do Programa Bolsa Família, é considerada situação de extrema pobreza aquela em que a família tem renda mensal per capita de até R$50,00. E situação de pobreza aquela em que a família recebe uma renda mensal per capital acima de R$50,00 até o limite de R$100,00. As famílias em situação de extrema pobreza têm direito a receber mensalmente o valor de R$ 50,00, do benefício básico, e cumulativamente o benefício variável, observando o limite de R$45,00. Neste caso a família poderá receber até R$95,00. Por exemplo, uma família em situação de extrema pobreza recebe R$50,00, e mais R$15,00 porque possui uma criança com idade inferior a 16 anos, então essa família passará a receber R$65,00 mensais do Programa Bolsa Família. As famílias consideradas em situação de pobreza só poderão receber os recursos do benefício variável, ou seja, R$15,00 por criança até 15 anos, obedecendo ao teto máximo de R$45,00. A lei prevê também o benefício variável de caráter extraordinário para aqueles casos em que na ocasião do ingresso no Programa Bolsa Família, as famílias que já eram contempladas com os Programas Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, PNAA e Auxílio-Gás, e que por isso seus benefícios excediam o limite máximo fixado, sendo essa parcela do valor a mais mantida até a cessação das condições de elegibilidade de cada uma das pessoas contempladas por cada um dos benefícios. Gestão do Programa O programa possui um Conselho Gestor, formado pelos Ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Educação, Saúde, Planejamento, Fazenda, Casa Civil e Caixa Econômica Federal, que tem por finalidade formular e integrar políticas públicas, definir diretrizes, normas e procedimentos sobre o desenvolvimento e implementação do Programa Bolsa Família (Decreto 5.209, art. 5.º). A gestão do programa é descentralizada em cooperação com os entes federados, observada a intersetorialidade, a participação da comunidade e o controle social. O Termo de Cooperação entre o Governo Federal e os estados, Distrito Federal e os municípios deve contemplar a realização de programas e políticas sociais destinadas ao público atendido pelo Bolsa Família visando sua emancipação e prevendo a possibilidade de aporte de recursos financeiros para ampliação da cobertura e o aumento do valor do benefício. 5

6 Cabe aos estados e aos municípios constituir uma coordenação do Programa que envolva as áreas da saúde, da educação, da assistência social e da segurança alimentar (onde houver). Seleção das Famílias O Governo Federal identifica as famílias que receberão o benefício por meio do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - CadÚnico. Esse instrumento é utilizado para identificação das famílias em situação de pobreza de todos os municípios brasileiros. O CadÚnico é um banco de dados que deve ser alimentado pelos municípios e o seu objetivo é proporcionar aos governos municipais, estaduais e federal, o diagnóstico socioeconômico das famílias cadastradas, possibilitando a análise das suas principais necessidades. Para isso, são coletadas principalmente as seguintes informações 2 : características do domicílio (número de cômodos, tipo de construção, tratamento da água, esgoto e lixo); composição familiar (número de membros, existência de gestantes, idosos, mães amamentando, deficientes físicos); qualificação escolar dos membros da família; qualificação profissional e situação no mercado de trabalho; rendimentos; despesas familiares (aluguel, transporte, alimentação e outros). Forma de Pagamento do Benefício De acordo com o Decreto 5.209, art. 16, a Caixa Econômica Federal é o agente operador do Programa Bolsa Família, responsável pela organização e operação da logística de pagamento dos benefícios ; pelo desenvolvimento dos sistemas de processamento de dados ; pelo fornecimento da infra-estrutura necessária à organização e à manutenção do Cadastramento Único do Governo Federal ; e pela elaboração de relatórios e fornecimento de bases de dados necessários ao acompanhamento, ao controle, à avaliação e à fiscalização da execução do Programa Bolsa Família por parte dos órgãos do Governo Federal designados para tal fim. 2 Informação retirada da página da Web - 6

7 A Caixa emite um cartão magnético, por meio do qual a pessoa responsável da família recebe o benefício. O Decreto, no art. 23 prevê que essa pessoa deverá ser preferencialmente a mulher da família, ou na sua ausência ou impedimento, outra pessoa responsável pela unidade familiar. Condicionalidades De acordo com o Decreto 5.209, são consideradas como condicionalidades do Programa Bolsa Família a participação efetiva das famílias no processo educacional e nos programas de saúde que promovam a melhoria das condições de vida na perspectiva da inclusão social. E remete aos diversos níveis de governo a responsabilidade de garantir o direito de acesso pleno aos serviços educacionais e de saúde, para viabilizar o cumprimento das condicionalidades por parte das famílias beneficiárias do Programa. Nesse sentido, é responsabilidade do Ministério da Saúde o acompanhamento e a fiscalização no que diz respeito ao crescimento e desenvolvimento infantil, à assistência ao pré-natal e ao puerpério, à vacinação, bem como à vigilância alimentar e nutricional de crianças menores de sete anos. E fica a cargo do Ministério da Educação o acompanhamento e a fiscalização com relação à freqüência mínima de 85% da carga horária escolar mensal, em estabelecimentos de ensino regular, de crianças e adolescentes de seis a quinze anos. Ao MDS compete o apoio, a articulação intersetorial e a supervisão das ações governamentais para o cumprimento das condicionalidades do Programa Bolsa Família, e também a disponibilização da base atualizada do CadÚnico aos Ministérios da Educação e da Saúde. De acordo com a Lei , em seu art. 3.º, a concessão dos benefícios dependerá do cumprimento, no que couber, de condicionalidades relativas ao exame pré-natal, ao acompanhamento nutricional, ao acompanhamento de saúde, à freqüência escolar de 85% (oitenta e cinco por cento) em estabelecimento de ensino regular, sem prejuízo de outras previstas em regulamento. O Decreto 5.209, que regulamenta o Programa, no artigo 25 definiu como motivos para suspensão do benefício o seguinte: Comprovação de trabalho infantil na família, nos termos da legislação aplicável; Descumprimento de condicionalidades que acarrete suspensão ou cancelamento dos benefícios concedidos (...); 7

8 Comprovação de fraude ou prestação deliberada de informações incorretas quando do cadastramento; Desligamento por ato voluntário do beneficiário ou por determinação judicial; Alteração cadastral na família, cuja modificação implique a inelegibilidade ao Programa; ou Aplicação de regras existentes na legislação relativa aos Programas Remanescentes, respeitados os procedimentos necessários à gestão unificada (...). No caso da família não cumprir as condicionalidades por não haver oferta dos serviços ou por força maior ou caso fortuito, não haverá suspensão ou cancelamento do benefício. Controle Social O controle e a participação social do Programa Bolsa Família se dá em âmbito local e estadual, por um conselho formalmente constituído pelo estado ou município ou pelo Distrito Federal, garantindo a paridade entre governo e sociedade, e deve ser composto por integrantes das áreas da assistência social, da saúde, da educação, da segurança alimentar e da criança e do adolescente, quando existentes, podendo ser acrescidas outras áreas que o município ou o Distrito Federal julgarem conveniente. III - PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL PETI O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil é desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento Social, por meio da Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), e compõe o conjunto de programas do Departamento de Proteção Social Especial da referida Secretaria. Está presente em municípios, e atende a crianças e adolescentes. O PETI é regulamentado pela Portaria MPAS/SAS 458/2001. Contudo, é importante lembrar que há uma previsão de reformulação da Portaria 458/01, ainda em 2006, que contemple as mudanças trazidas pela Portaria 666/05, que disciplina a integração entre o Programa Bolsa Família e o PETI e o novo formato da Política Pública de Assistência Social, pois o contexto de hoje, com relação à organização dos serviços sociais por meio do Sistema Único da Assistência Social (SUAS) é diferente do contexto da criação do PETI em O que será descrito a seguir tem como referência a portaria do PETI ainda em vigor, mas serão feitas a observações sobre quais mudanças já estão ocorrendo na prática. A Portaria 458/01 define como objetivos do PETI: 8

9 - erradicar, em parceria com os diversos setores governamentais e da sociedade civil, o trabalho infantil nas atividades perigosas, insalubres, penosas ou degradantes nas zonas urbana e rural (...), entretanto a Portaria 666/05 estabelece que a partir de agora serão atendidas todas as formas de trabalho infantil; - possibilitar o acesso, a permanência e o bom desempenho de crianças e adolescentes na escola; - implantar atividades complementares à escola 3 (...); - conceder uma complementação mensal de renda - Bolsa Criança Cidadã, às famílias; - proporcionar apoio e orientação às famílias beneficiadas; - promover programas e projetos de qualificação profissional e de geração de trabalho e renda junto às famílias 4. A família incluída no PETI tem o direito a receber uma bolsa mensal por cada filho que for retirado do trabalho precoce. O valor da bolsa para as famílias que residem em área rural ou em municípios com menos de 250 mil habitantes é de R$25,00 e para famílias que residem em áreas urbanas com mais de 250 mil habitantes o valor da bolsa é de R$40,00. Não há limite de bolsas por família. Além da família, o município da área rural ou que possui menos de 250 mil habitantes recebe R$20,00 por criança ou adolescente para executar as atividades sócio-educativas e de convivência no horário extra-escolar. Os municípios urbanos com mais de 250 mil habitantes, as capitais e regiões metropolitanas recebiam o per capita de R$10,00 para essas atividades, mas com a publicação da Portaria n.º666/05, que ocasiona algumas mudanças na gestão do programa, esse valor vai subir para R$20,00. Com relação à renda familiar, até dezembro de 2005, o PETI era destinado, prioritariamente, às famílias com renda per capita de até ½ salário mínimo. No entanto, o valor da renda foi modificado com a Portaria n.º666/05. A partir de então, serão incluídas no PETI as famílias com situação de trabalho infantil que têm renda mensal per capita superior a R$100,00 (cem reais). As famílias que tiverem renda mensal per capita igual ou inferior a R$100,00 serão incluídas no Bolsa Família e estarão sujeitas às regras e valores deste programa. No entanto, as crianças deverão freqüentar as atividades sócio-educativas e de convivência, coordenadas e geridas pelo PETI. O programa atende ainda crianças e 3 As atividades complementares à escola são denominadas de atividades sócio-educativas e de convivência, conforme Portaria 666/05. 4 As ações voltadas para a geração de renda e qualificação profissional, desde 2004, foram incorporadas às ações do Departamento de Proteção Social Básica da SNAS, ficando o PETI responsável exclusivamente pelo repasse da bolsa e das atividades sócio-educativas e de convivência. 9

10 adolescentes vítimas da exploração sexual comercial e a faixa etária, que era de 07 a 15, passou a ser de 0 a 15 anos. Gestão do Programa No âmbito federal, o PETI é coordenado pela SNAS, por meio do Departamento de Proteção Social Especial. Nos estados e municípios o programa é coordenado pela Secretaria Estadual de Assistência Social ou órgão equivalente. Seleção das Famílias De acordo com a Portaria de regulamentação do Programa, a implantação do PETI no município requer primeiramente a realização de um diagnóstico prévio referente aos aspectos sócio-econômicos das regiões priorizadas para atendimento. O órgão gestor do Programa deve fazer o cadastramento das famílias que têm situação de trabalho infantil, o que deve ser acompanhado pela Comissão Municipal de Erradicação do Trabalho Infantil, a qual pode sugerir critérios complementares para a seleção das famílias. Forma de Pagamento do Benefício Até o momento há duas formas de efetuar o pagamento das bolsas às famílias. Uma delas é feita por meio da Caixa Econômica Federal (CEF), com cartão magnético, para as famílias que já foram incluídas e selecionadas no CadÚnico. Neste caso, o MDS repassa o recurso à CEF, que faz o pagamento diretamente às famílias. A outra forma é realizada por meio da Prefeitura, a qual recebe o recurso do Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) diretamente no Fundo Municipal de Assistência Social (FMAS) e providencia o pagamento. Esta maneira de efetuar a transferência da renda está sendo abolida pelo Ministério, tendo os municípios o prazo de 31 de março de 2006 para incluir todas as famílias no Cadastro Único e seleciona-las no sistema para receber por meio da CEF. Condicionalidades A família pode receber as bolsas somente quando: Retirar todos os filhos menores de 16 anos de atividades laborais; As crianças e os adolescentes inseridos no Programa tiverem freqüência mensal mínima de 85% 5 na escola e nas atividades sócio-educativas e de convivência. 5 Conforme a Portaria 666/

11 Controle Social O controle social se dá por meio dos Conselhos de Assistência Social, dos Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente, dos Conselhos Tutelares e das Comissões de Erradicação do Trabalho Infantil, da qual devem fazer parte os conselhos citados e outros órgãos governamentais das áreas de saúde, educação, esporte etc, e organizações da sociedade civil. A participação da Secretaria Nacional de Assistência Social nas Comissões ocorre por meio das Delegacias Regionais do Trabalho-DRTs, sendo esta participação compulsória no caso dos estados. A existência desta Comissão é uma exigência para a implantação do Programa nos municípios e nos estados. Ela tem caráter consultivo e propositivo e tem como objetivo contribuir para a implantação e implementação do PETI. A criação dessa Comissão deve ser formalizada por meio de decreto do governador do estado ou do prefeito ou por portaria do gestor estadual/municipal de Assistência Social, após aprovação do Conselho Estadual/Municipal de Assistência Social. (UNICEF,2004). E deve se reunir regularmente e ter um plano de trabalho. IV - A INTEGRAÇÃO DOS PROGRAMAS Dentre as considerações da Portaria n.º 666/05 para justificar a integração dos programas está que ambos são prioridades do Governo Federal, e têm objetivos comuns como o de combater a pobreza e de erradicar o trabalho de crianças e de adolescentes. Nesse sentido, os objetivos que norteiam essa iniciativa são os seguintes: - racionalização e aprimoramento do processo de gestão do PBF e do PETI ; Neste caso, o aprimoramento se dá principalmente pela obrigatoriedade do pagamento da bolsa diretamente às famílias, por meio do cartão magnético da CEF, sem a intermediação da Prefeitura, o que garantirá também regularidade e pontualidade do pagamento. Como o PBF atende por meio da seleção de famílias inscritas no Cadastro Único, o mesmo deverá acontecer com as famílias em situação de trabalho infantil, as quais serão selecionadas pelo sistema para o PBF ou para o PETI, dependendo do seu perfil e dos critérios de elegibilidade de cada um dos respectivos programas. Então, compreende-se que um dos elementos de aprimoramento da gestão, segundo o Governo, é a forma de seleção/inclusão das famílias por meio do Cadastro e a transparência da informação sobre a família que 11

12 está sendo selecionada, o que era de difícil acesso quando a ficha da família ficava sob controle da prefeitura. - ampliação da cobertura do atendimento de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil do PETI ; Nesse objetivo, ressalte-se que a cobertura contempla uma ampliação do PETI para o atendimento a crianças com até 06 anos. - universalização do PBF para as famílias que atendem aos seus critérios de elegibilidade. Nesse caso, refere-se a famílias que têm o perfil do programa, mas estavam em situação de trabalho infantil e eram ou iriam ser atendidas pelo PETI. A Portaria 666/05 define uma série de atribuições exclusivamente relativas à integração dos programas quanto à gestão, à seleção das famílias, à forma de pagamento, às condicionalidades e ao controle social. Veremos a seguir cada uma delas. Gestão da Integração Cada ente federado e o MDS têm um papel a desempenhar com relação à integração. Cabe ao gestor municipal do PBF, cujo município tenha aderido formalmente ao programa, as seguintes responsabilidades: I - analisar as demandas de bloqueio e de cancelamento de benefícios financeiros do PBF remetidas pelas instâncias de gestão, participação ou controle social, promovendo as ações de gestão de benefícios cabíveis; II - promover a atualização do cadastro das famílias beneficiárias do PBF em situação de trabalho infantil; e III - manter interlocução com o gestor do PETI no município, se for o caso. Ao gestor municipal do PETI cabe as seguintes atribuições: I - analisar as demandas de bloqueio ou de cancelamento de benefícios financeiros do PETI oriundas das instâncias de gestão, participação ou controle social, promovendo, quando cabível, as ações de gestão de benefícios competentes ; II - promover a inclusão no CadÚnico das famílias usuárias do PETI com benefícios financeiros operacionalizados mediante convênio firmado pelo FNAS ; 12

13 III - prover a oferta de atividades sócio-educativas e de convivência para as famílias em situação de trabalho infantil beneficiárias do PBF ou usuárias do PETI, segundo a legislação vigente ; IV - encaminhar à SNAS o resultado do acompanhamento das atividades sócio-educativas e de convivência para as famílias em situação de trabalho infantil beneficiárias do PBF ou usuárias do PETI, segundo normas vigentes; e V - manter interlocução com o gestor do PBF no Município, se for o caso. No âmbito estadual caberá ao gestor estadual do PBF, cujo estado tenha aderido formalmente ao processo de atualização cadastral, as seguintes atribuições: I - apoiar a atualização do cadastro das famílias beneficiárias do PBF em situação de trabalho infantil; e II - manter interlocução com o gestor do PETI no estado, se for o caso. Ao gestor estadual do PETI, competirá: I - apoiar a inclusão no CadÚnico das famílias usuárias do PETI com benefícios financeiros operacionalizados mediante convênio firmado pelo FNAS; II - prover a oferta de atividades sócio-educativas e de convivência para as famílias em situação de trabalho infantil beneficiárias do PBF ou usuárias do PETI, segundo a legislação vigente; III - encaminhar à SNAS o resultado do acompanhamento das atividades sócio-educativas e de convivência para as famílias em situação de trabalho infantil beneficiárias do PBF ou usuárias do PETI, segundo normas vigentes; e IV - manter interlocução com o gestor do PBF no estado. No âmbito do Governo Federal, as Secretarias do MDS terão as seguintes atribuições no processo de integração entre o PBF e o PETI: A Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (SENARC) deverá: I transferir recursos ao agente operador (Caixa Econômica Federal) para pagamento do benefício do PBF; II orientar os estados e municípios sobre assuntos relacionados à integração entre o PBF e o PETI, no que lhe couber; III - disciplinar questões operacionais pertinentes à integração entre o PBF e o PETI, em conjunto com a SNAS; IV - garantir aos agentes autorizados em normas específicas acesso ao Sistema Informatizado de Gestão de Benefícios do PBF; 13

14 V - realizar a repercussão do descumprimento das atividades sócio-educativas e de convivência nos benefícios financeiros das famílias em situação de trabalho infantil beneficiárias do PBF, segundo normas vigentes e informações encaminhadas pela SNAS; VI - promover o intercâmbio de experiências entre os estados e municípios, divulgando-as em âmbito nacional; e VII - acompanhar o desenvolvimento das atividades realizadas pelos gestores do PBF nos estados e municípios. À Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS) caberá: I transferir recursos ao agente operador (CEF) para pagamento dos benefícios financeiros do PETI; II - orientar os Estados e municípios sobre assuntos relacionados à integração entre o PBF e o PETI, no que lhe couber; III - regulamentar assuntos pertinentes à integração de que trata esta Portaria, em conjunto com a SENARC; IV - promover a oferta de atividades sócio-educativas e de convivência para as famílias em situação de trabalho infantil beneficiárias do PBF ou usuárias do PETI, por meio dos municípios que formam a rede de implementação do PETI; V - realizar o acompanhamento das atividades sócio-educativas e de convivência para as famílias em situação de trabalho infantil beneficiárias do PBF ou usuárias do PETI, segundo normas vigentes, encaminhando à SENARC as informações relativas ao PBF; VI - garantir aos agentes autorizados em normas específicas o acesso ao Sistema Informatizado de Gestão de Benefícios do PETI; V - realizar a repercussão do descumprimento das atividades sócio-educativas e de convivência nos benefícios financeiros das famílias em situação de trabalho infantil beneficiárias do PETI, segundo normas vigentes ; VI - promover a articulação regional dos responsáveis pela erradicação do trabalho infantil ; VII - promover o intercâmbio de experiências entre os estados e municípios, com vistas à identificação de exemplos de boas práticas de erradicação do trabalho infantil, divulgandoas em âmbito nacional; e VIII - acompanhar o desenvolvimento das atividades realizadas pelos responsáveis pela erradicação do trabalho infantil nos estados e municípios. Seleção das Famílias 14

15 A seleção das famílias, a partir de agora, será feita por meio do CadÚnico. Para isso, as prefeituras deverão cadastrar todas as famílias com situação de trabalho infantil e/ou em situação de vulnerabilidade social, para que ela possa ser selecionada pelo PBF ou pelo PETI, respeitando os critérios descritos anteriormente. Forma de Pagamento do Benefício A forma de pagamento será direta ao cidadão ou à cidadã, por meio de cartão magnético emitido pela Caixa, proveniente de recursos da SENARC (PBF) e da SNAS (PETI). Condicionalidades As crianças e os adolescentes do PBF, que estavam em situação de trabalho infantil, deverão freqüentar as atividades sócio-educativas e de convivência realizadas pelo PETI, mantendo-se ainda as condicionalidades de saúde e de educação exigidas pelo PBF. A freqüência mínima exigida para o ensino regular e as atividades sócio-educativas é de 85%. E não pode haver mais situação de trabalho infantil nas famílias contempladas pelos programas. Controle Social Com relação ao controle social, foram mantidas as instâncias já estabelecidas nos dois programas, ou seja, as Comissões Municipais e Estaduais de Erradicação do Trabalho Infantil e os conselhos locais e estaduais do PBF; estes devem ser formados paritariamente entre governo e sociedade civil. As atribuições previstas na Portaria 666/05 são direcionadas à integração dos programas e sem prejuízos às atribuições já estabelecidas pela Lei que cria o PBF e pela Portaria 458, que regulamenta o PETI. Deste modo as responsabilidades da instância municipal de controle social do PBF são as seguintes: I - comunicar aos Gestores Municipais do PBF e do PETI os casos de famílias beneficiárias do PBF em situação de trabalho infantil em sua localidade; II - manter interlocução com a Comissão Municipal de Erradicação do Trabalho Infantil; e III - comunicar aos Gestores Municipais do PBF e do PETI a respeito de famílias que recebam recursos desses programas que não estejam respeitando a freqüência às ações sócio-educativas e de convivência, sobre a inexistência ou precariedade da oferta destas ações no âmbito local. 15

16 A Comissão Municipal de Erradicação do Trabalho Infantil do PETI ficou com as seguintes atribuições: I - comunicar aos Gestores Municipais do PBF e do PETI os casos de famílias beneficiárias do PBF em situação de trabalho infantil em sua localidade; II - manter interlocução com a instância municipal de controle social do PBF; e III comunicar aos Gestores Municipais do PBF e do PETI a respeito de famílias que recebam recursos desses programas que não estejam cumprindo a freqüência às ações sócioeducativas e de convivência, ou sobre a inexistência de oferta destas ações no âmbito local. Com relação ao controle social do PBF no âmbito do Estado, as atribuições quanto à integração são as seguintes: I - comunicar aos Gestores Estaduais ou Municipais do PBF e do PETI os casos de famílias beneficiárias do PBF em situação de trabalho infantil em seu território de abrangência; e II - manter interlocução com a Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil. A Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil do PETI terá como atribuições: I - comunicar aos Gestores Estaduais ou Municipais do PBF e do PETI os casos de famílias beneficiárias do PBF em situação de trabalho infantil em sua localidade; e II - manter interlocução com a instância estadual de controle social do PBF. Em resumo, a integração entre os dois programas traz as seguintes modificações para o PETI: 1) Caberá ao PETI o atendimento das crianças e dos adolescentes retiradas do trabalho por meio das ações sócio-educativas e de convivência, sejam elas do PETI ou do PBF. O Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) manterá o repasse dos recursos das atividades sócio-educativas para o Fundo Municipal de Assistência Social (FMAS), equiparando os valores entre a área rural e a urbana em R$20,00 per capita; 2) O PETI ficará responsável somente pelo pagamento da bolsa às famílias em situação de trabalho infantil com renda mensal per capita superior a R$ 100,00, mantendo-se os valores de R$25,00 para área rural e municípios com menos de 250 mil habitantes; e R$40,00 para Capitais e regiões metropolitanas; 3) A bolsa só será concedida às famílias que estejam inscritas no Cadastro Único. O município tem o prazo até 31 de março de 2006 para inclusão das famílias no 16

17 Cadastro. Isso significa que não haverá mais repasse do FNAS para os FMAS para pagamento de bolsa às famílias; 4) Nesse processo de transição e transferência das famílias do PETI para o PBF, as famílias que possuam renda mensal per capita acima de R$100,00 permanecerão recebendo pelo PETI, e permanecerão também aquelas famílias cuja transferência implicar a redução do valor do benefício; 5) O PETI passará a atender as diversas situações de trabalho de crianças e adolescentes com idade inferior a 16 (dezesseis) anos. A Portaria 458/01, que regulamenta o PETI, determinava o atendimento para as situações de trabalho infantil nas atividades perigosas, insalubres, penosas ou degradantes para a faixa etária de 07 a 15 anos. 6) A freqüência mínima exigida da criança e do adolescente no ensino regular e nas atividades sócio-educativas passou a ser de 85% (oitenta e cinco) da carga horária mensal. Anteriormente era exigido 75% de freqüência, conforme consta no Manual do PETI. 7) A Jornada Ampliada passa a ser denominada Ações sócio-educativas e de convivência. Aliás, essa denominação já vinha sendo utilizada pelo MDS no Plano Plurianual e na Lei de Diretrizes Orçamentária-LDO. 17

18 A partir das informações anteriormente apresentadas obtém-se o seguinte quadro: Legislação Objetivos Gestão Público Seleção das Famílias Forma de pagamento Condicionalidades Quadro Sintético dos Programas e da Integração Bolsa Família PETI Integração PBF/PETI Portaria SEAS/MPAS 458, de 04 Portaria 666, de 30 de dezembro de outubro de de Erradicar o trabalho - Racionalização e infantil nas atividades aprimoramento da gestão perigosas, insalubres, - Ampliação da cobertura do penosas ou degradantes nas atendimento zonas urbana e rural - Universalização do PBF - possibilitar o acesso, permanência e sucesso na escola ; - implantar atividades complementares à escola; - conceder bolsa mensal; - apoiar e orientar as famílias; - qualificação profissional e de geração de trabalho e renda às famílias. Lei , de 09 de janeiro de Acesso a serviços públicos de saúde, educação e assistência social; - Combater a fome e promover a segurança alimentar e nutricional ; - Estimular a emancipação sustentada das famílias; - Combater a pobreza; - Intersetorialidade, complementaridade das ações sociais do Poder Público. Conselho Gestor; Gestão descentralizada/entes federados;coordenações paritárias municipais e estaduais Famílias em situação de pobreza e extrema pobreza Feita por meio do Cadastro Único Diretamente às famílias por cartão magnético/caixa. - Exame pré-natal - Acompanhamento nutricional Em âmbito federal é coordenado pela SNAS/DPSE. Nos estados e municípios, é coordenado pela Secretaria Estadual de Assistência Social ou órgão equivalente. - Crianças e adolescentes entre 07 e 15 anos em situação de trabalho infantil. - Realização de um diagnóstico local; - Cadastramento das famílias com acompanhamento da Comissão Municipal. - Prefeitura via FMAS (maioria) - Cartão magnético/caixa - Retirar filhos menores de 16 anos de atividades laborais; - Freqüência mensal mínima de 75% na escola e na jornada ampliada. - Cada ente federado e o MDS têm um papel a desempenhar com relação à integração - PBF - Famílias em situação de pobreza e extrema pobreza com incidência de trabalho infantil cujos filhos tenham entre 0 e 15 anos. - PETI - Crianças e adolescentes até os 15 anos em situação de trabalho infantil, cujas famílias tenham renda per capita superior a R$100,00 - Feita por meio do CadÚnico - Diretamente às famílias por cartão magnético/caixa. - Par o PBF: Acompanhamento de saúde; - Freqüência mensal mínima de 85% na escola e nas atividades sócioeducativas e de convivência. Para o PETI: Freqüência mensal mínima de 85% na escola e nas atividades sócio-educativas 18

19 - Acompanhamento de saúde - Freqüência escolar de 85% Controle Social Conselho em âmbito municipal e estadual paritários entre governo e sociedade. V CONSIDERAÇÕES GERAIS - Por meio dos Conselhos de Assistência Social, de Direitos, dos Conselhos Tutelares e das Comissões de Erradicação do Trabalho Infantil. e de convivência.; - Retirar filhos menores de 16 anos de atividades laborais; - PETI - Comissões municipais e estaduais de erradicação do trabalho infantil - PBF - Conselhos paritários em âmbito estadual e municipal. Os Programas Bolsa Família e PETI, por conterem um componente de transferência de renda, remetem à necessidade da discussão das políticas de renda mínima e seu impacto na redução da pobreza. O Senador Eduardo Suplicy (2002) reconhecidamente grande defensor de um programa de renda mínima, argumenta que receber o benefício em dinheiro, em que a família decide no que gastar, gera mais oportunidades de estimulação de comércio local, e principalmente, denota a compreensão de que para erradicar a fome é necessário mais do que comida. São necessários recursos para comprar um agasalho, ou consertar uma porta da casa, comprar remédios etc. O pagamento em dinheiro propicia muito maior eficiência, grau de liberdade, menor possibilidade de desvios e economia de tempo para as pessoas. Daí não haver dúvida de que confere às pessoas muito maior grau de cidadania (SUPLICY2002:143). Alguns dos defensores da renda mínima argumentam que o conceito de trabalho está mudando e que é um direito das pessoas terem uma renda. Eduardo Suplicy (2002) cita em seu livro um comentário, sobre programa de renda mínima, da economista Maria da Conceição Tavares, a qual enfatiza que é importante que seja compatibilizado com recursos existentes, e tratado como um instrumento que complementará os demais, para a erradicação da pobreza. Certamente constitui um dos elementos importantes de política econômica, ao lado da universalização do direito à educação e da assistência à saúde pública, da realização da reforma agrária, da capilarização do crédito, do estímulo às formas cooperativas de produção, da maior interação entre empresários e trabalhadores em todas as unidades produtivas (SUPLICY,2002:157). Nesse sentido, os referidos programas geram a expectativa de constituírem-se também como estratégia de combate à pobreza. Por outro lado, existem questionamentos sobre esse tipo de programa, muitas vezes classificando-o apenas como uma política compensatória, que não tem impacto na mudança do perfil sócio-econômico das famílias. O PBF atende a cerca de oito milhões de famílias, 19

20 mas na análise de alguns especialistas, dentre eles Ricardo Paes de Barros (2006), para que ele reduza efetivamente a pobreza é necessário que haja uma rede de programas sociais que possam melhorar a vida das pessoas. A grande vantagem desse programa é que ele chega diretamente às pessoas, e o governo poderia aproveitar essa relação direta para oferecer oportunidades de acordo com as necessidades das famílias, fazendo uma linha direta com a política social. Como isoladamente ele não muda estruturalmente a vida das pessoas mais pobres, ele deve estar articulado a um aumento de ofertas de educação, saúde, emprego, etc (SCHEINKMAN, 2005). O PBF é apresentado pelo governo federal como seu principal programa na área social, em que realiza uma transferência de renda entre R$15,00 e R$95,00, e exige das famílias como contrapartida a freqüência escolar, a participação em programas de saúde, a não ocorrência de trabalho infantil, e agora a freqüência das crianças e dos adolescentes nas atividades sócio-educativas e de convivência. Na avaliação do Tribunal de Contas de União TCU, realizada em 2004, a unificação dos programas de transferência de renda no PBF contribuiu para uma estratégia de transferência de renda com foco na família, e não mais nos seus indivíduos separadamente. Considera que transferência de renda com condicionalidades gera um aumento nas matrículas escolares; melhor consumo na família e cuidados com a saúde. Contudo, indicou ao Governo Federal, dentre outras coisas, a regulamentação do controle das condicionalidades e do controle social. 6 O PETI também é um programa de transferência de renda, tendo em vista que repassa à família uma bolsa/renda mensal para que a criança e/ou o adolescente, retirados do trabalho, freqüentem a escola e as atividades sócio-educativas e de convivência. Neste caso, há uma intencionalidade bastante específica que é a retirada do trabalho e a substituição da remuneração recebida pela criança. Tendo-se por base as críticas ao PBF, de que apenas a renda e as condicionalidades não são suficientes para a modificação da situação de pobreza da família, o mesmo pode ser atribuído ao PETI, que embora prevendo as atividades no contra turno da escola, a obrigatoriedade de freqüência escolar e as atividades sócio-educativas e de geração de renda às famílias, apresentava uma série de problemas que comprometiam um melhor desempenho do programa. Estes problemas foram apontados pela Análise Situacional do PETI 7, publicada em 2004 pelo Unicef. O estudo identificou principalmente que há pouca articulação entre as atividades sócio- 6 7 Responderam aos questionários 23 governos estaduais e Distrito Federal e municípios (62%). 20

21 educativas e de convivência e a rede educacional, e que apesar de ser consenso que essa ação é estratégica no combate ao trabalho infantil, ela apresenta ainda muitas dificuldades de funcionamento, dentre elas a inexistência de uma proposta pedagógica que contemple as diferenças regionais e a capacitação dos monitores, e a inadequação dos espaços em que são realizadas. Chama muito a atenção a dificuldade identificada no atendimento a crianças e adolescentes inseridos em determinados tipos de atividades consideradas como piores formas, como as atividades ilícitas ligadas ao tráfico de drogas e narcoplantio e à exploração sexual comercial. E apesar de haver maior número de crianças e adolescentes da área urbana e do sexo masculino no programa, é na zona rural que existem mais espaços para as atividades sócio-educativas. No campo do controle social, a Análise Situacional (UNICEF,2004) identificou que as Comissões de Erradicação do Trabalho Infantil não têm um trabalho continuado, e que os Conselhos de Direitos, de Assistência Social e Tutelares não têm tido uma participação mais qualificada nessas comissões, assim como os representantes de trabalhadores e empregadores. Com relação ao apoio familiar apontou a inexistência de uma metodologia de trabalho com as famílias, mesmo sendo proposta do programa a centralidade na família. Em resumo, o estudo identificou problemas que requerem solução por meio de uma política que promova a articulação e a coordenação de ações de diferentes áreas, e que garanta recursos financeiros, materiais e humanos. Uma política de erradicação do trabalho infantil implica na estruturação de um conjunto complexo de ações que vão desde estratégias de comunicação social para mudar a cultura de tolerância para com o trabalho infantil, até o apoio familiar para a garantia de uma renda mínima. Ela deve ser pensada na perspectiva da proteção integral, da qual deriva a obrigação do Estado em assegurar de forma articulada: uma política de educação de qualidade, que promova a inclusão, a permanência e o sucesso escolar, respeitando a diversidade geográfica, cultural, de gênero, de raça e de etnia. uma política de saúde, que garanta prioridade no atendimento, acompanhamento e reabilitação das crianças vítimas das doenças provocadas pelo trabalho precoce; uma política de cultura, esporte e lazer, que se preocupe com o resgate do ser criança, com a estimulação e o desenvolvimento das habilidades físicas de crianças e adolescentes; 21

22 uma política de trabalho, geração de emprego e renda, que promova a inclusão dos pais no mundo do trabalho, de forma digna, com a formação adequada, com os direitos trabalhistas garantidos e com uma estratégia de fiscalização direcionada à identificação da ocorrência de trabalho infantil. uma política de comunicação, que busque romper com as questões culturais que ajudam a sustentar a tolerância para com o trabalho infantil; que informe a sociedade sobre os males do trabalho infantil, e ajude a criar uma cultura de direitos. e uma política de assistência social, que promova a inclusão das crianças e suas famílias nos serviços e programas sociais, e nas demais políticas públicas. O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil está inserido nas ações da Assistência Social, do MDS, assim convém identificar a posição dessa ação, que é destinada a atender crianças e adolescentes inseridos no trabalho precoce, no âmbito da implementação da Política Nacional de Assistência Social (BRASIL,2004), por meio do Sistema Único da Assistência Social (SUAS). Com a Constituição Federal de 1988, a Assistência Social passou a ter uma nova concepção e um novo status ao integrar o campo da Seguridade Social, juntamente com a Saúde e a Previdência Social. Ao ser regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS n.º8.742/93) como uma política social pública, passou definitivamente para o campo dos direitos, da universalização dos acessos e da responsabilidade estatal (BRASIL, 2004:25), e passa a ter também o caráter de Proteção Social, voltada para a garantia de direitos e de melhores condições de vida. Seus objetivos são: prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e, ou, especial para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem; contribuir com a inclusão e a eqüidade dos usuários e grupos específicos, ampliando o acesso aos bens e serviços sócio-assistenciais básicos e especiais, em áreas urbana e rural ; assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham centralidade na família, e que garantam a convivência familiar e comunitária (BRASIL, 2004:27). Portanto, ela é realizada de maneira integrada às políticas setoriais, a fim de universalizar direitos e garantir os mínimos sociais. Dentre as diretrizes da Política Nacional de Assistência Social (BRASIL,2004) destaca-se a centralidade na família, para conceber e implementar serviços, programas e benefícios. Deste modo, o PBF e o PETI estão bem sintonizados com essa Política, uma vez que ambos também se referem à família como núcleo central de suas ações. 22

23 A Política de Assistência Social está organizada em serviços de Proteção Social Básica e Proteção Social Especial (esta se divide em proteção social especial de média complexidade e de alta complexidade) e é executada por meio do Sistema Único da Assistência Social (SUAS), responsável por organizar e regular as ações sócio-assistenciais em todo o Brasil. A proteção social básica objetiva viabilizar a inclusão de pessoas em situação de risco social nas demais políticas públicas, na comunidade e no mundo do trabalho. Atua preventivamente visando a inclusão social, e é voltada a segmentos da população que vivem em condição de vulnerabilidade social, decorrentes da pobreza e/ou da fragilização dos vínculos afetivos e de pertencimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências). A proteção social especial é voltada às famílias e indivíduos que se encontrem em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas sócio-educativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras. São serviços que requerem acompanhamento individual e maior flexibilidade nas soluções protetivas (BRASIL, 2004: 31). Deste modo, o tema do trabalho infantil está colocado na Política Nacional de Assistência Social no âmbito da Proteção Social Especial. Para coordenar e articular a proteção social especial de média complexidade, a Política Nacional de Assistência Social prevê a implantação do Centro de Referência Especializado de Assistência Social CREAS, como integrante do Sistema Único de Assistência Social, que se constitui como pólo de referência, sendo responsável pela oferta de orientação e apoio especializados e continuados de assistência social a indivíduos e famílias com seus direitos violados, mas sem rompimento de vínculos (...) (BRASIL,2006: 4). É responsável ainda, pela integração dos serviços e potencialização das ações para os seus usuários, oferecendo um conjunto de profissionais e processos de trabalhos a fim de ofertar apoio e acompanhamento individualizado especializado. A orientação é de que neste momento de implantação do SUAS, inicialmente o CREAS atenda às crianças e adolescentes em situação de risco e violação de direitos e os adolescentes em cumprimento de medida sócio-educativa de Liberdade Assistida ou Prestação de Serviço à Comunidade, com enfoque à potencialização da capacidade de 23

24 proteção da família. Contudo, o CREAS de abrangência local, implantado em municípios habilitados em gestão inicial e básica deverá oferecer serviços para o enfrentamento ao abuso e exploração sexual, e se tiver capacidade poderá ampliar os serviços para atender as demais situações de risco e violação de direitos de crianças e adolescentes. O CREAS implantado em municípios de gestão plena 8 também atenderá demandas de enfrentamento ao abuso e à violência sexual, mas deverá ampliar para ações de enfrentamento das situações de violação de direitos, conforme os serviços listados no Guia, e que serão cofinanciados pelo Governo Federal, sendo eles: Serviço de Enfrentamento à violência, abuso e exploração sexual contra crianças, adolescentes; Serviço de Orientação e Apoio Especializado a Indivíduos e Famílias com seus Direitos Violados; e Serviço de Orientação e Acompanhamento a Adolescentes em Cumprimento de Medida Sócio-Educativa de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços à Comunidade (2006:10). Dentre as ações previstas o tema do trabalho infantil está citado no Monitoramento da presença do trabalho infantil e das diversas formas de negligência, abuso e exploração, mediante abordagem de agentes institucionais em vias públicas e locais identificados pela existência de situações de risco (BRASIL, 2006: 7). Quanto ao público referenciado no Guia, destaca-se dentre as situações para atendimento as famílias inseridas no PETI e que apresentam dificuldades no cumprimento das condicionalidades. Contudo, não faz referência às famílias que tinham situação de trabalho infantil e estão sendo atendidas pelo PBF e que apresentam dificuldade de cumprir a condicionalidade. Neste caso, a responsabilidade por atender famílias do PBF que não estão cumprindo as condicionalidades de saúde e educação é do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) 9, mas não se refere à condicionalidade de participação nas atividades sócio-educativas e de convivência apontada pela Portaria 666/05. O tema trabalho infantil está incluído também no serviço voltado ao enfrentamento da violência, abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes, nas Ações de prevenção e busca ativa, que é realizada por meio de educadores sociais em vias públicas e locais identificados com situações de violação de direitos e também será contemplado pelas ações dos CREAS por meio do Serviço de Orientação e Apoio Especializado a Crianças, Adolescentes e Famílias. 8 Município em Gestão Plena é o que tem capacidade de gestão total das ações de assistência social. 9 Conforme o Guia de Orientação Técnica Suas Nº 1 - Proteção Social Básica De Assistência Social. 24

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