O PENSAMENTO DE KARL MARX E JOHN MAYNARD KEYNES SOBRE A DINÂMICA DO CAPITALISMO RESUMO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O PENSAMENTO DE KARL MARX E JOHN MAYNARD KEYNES SOBRE A DINÂMICA DO CAPITALISMO RESUMO"

Transcrição

1 1 O PENSAMENTO DE KARL MARX E JOHN MAYNARD KEYNES SOBRE A DINÂMICA DO CAPITALISMO Vinícius Silva Gondim 1 Sérgio Ricardo Ribeiro Lima 2 RESUMO As várias facetas em que constitui a concepção do capitalismo no transcurso da história indicam que o desenvolvimento do mesmo se classifica em uma série de estágios caracterizados por níveis diversos de maturação e cada qual reconhecível por traços diferentes. Nesse sentido, o presente trabalho busca compreender a dinâmica do sistema capitalista através do pensamento de Karl Marx e John Maynard Keynes, grandes pensadores da História do pensamento econômico que destinaram espaço em suas obras (principalmente em O Capital e na Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda) para investigar o funcionamento da economia capitalista. Nesse modo, a metodologia utilizada baseia-se em uma análise histórico-comparativa e crítica. A base teórica é a acumulação capitalista, o princípio da demanda efetiva e a teoria do investimento. É notório que esses pensadores viveram em momentos peculiares da história, Marx em um período conhecido como a Revolução Industrial, e Keynes no contexto da grande depressão de O primeiro desenvolveu um arcabouço teórico capaz de analisar o processo da transformação da maisvalia, fruto da exploração do trabalho humano em capital, esse processo é a chave da acumulação capitalista. Já o segundo, aprofunda o princípio da demanda efetiva para explicar o descompasso entre as forças de oferta e demanda, isto é, o problema crucial da crise de Outra contribuição de Keynes é a teoria do investimento, a qual considera dois fatores decisivos para incentivar o investimento: a eficiência marginal do capital e a taxa de juros. O pensamento de ambos formaliza-se como um corpo teórico a partir da compreensão sobre a dinâmica do modo de produção capitalista. Palavras-chave: capital; acumulação; emprego; demanda; dinâmica do capitalismo. INTRODUÇÃO 1 Discente do curso de Economia da UESC; bolsista do Laboratório de Formação Histórica da Área de Formação Histórica do Curso de Economia. 2 Professor Adjunto do curso de Economia da UESC; coordenador do Laboratório de Formação Histórica da Área de Formação Histórica do curso de Economia.

2 2 Poucos pensadores na História do Pensamento Econômico foram, de forma tão profunda e detalhada, capazes de analisar o funcionamento do capitalismo, desvendando as contradições e impasses inerentes ao seu próprio desenvolvimento, como Karl Marx, e detectando os principais vetores que garantem o apropriado funcionamento, como John Maynard Keynes. O primeiro analisou o capitalismo em pleno processo de industrialização, quando o capital adentrou e passou a controlar o processo de produção, inclusive e, principalmente, o trabalho. Os mecanismos de sujeição da força de trabalho, como por exemplo, a apropriação privada dos meios de produção, foram analisados minuciosamente por Marx, verificando que esses mecanismos foram os propulsores da acumulação capitalista. Keynes analisou os desequilíbrios entre as forças de oferta e demanda e suas implicações na estagnação da economia, vivenciada na década de Nesse período de incertezas, uma grande parcela do capital que estava sendo empregado na esfera produtiva vai deslocar-se para o mercado financeiro ou, simplesmente não encontrar campo de aplicação e valorização -, provocando uma redução drástica no investimento produtivo que, para Keynes, levaria a uma redução substancial no nível emprego e na renda da economia. Nesse sentido, o objetivo desse estudo é, brevemente, tentar compreender a dinâmica do capitalismo através do pensamento de Marx e de Keynes, em momentos distintos da história. 2 METODOLOGIA O método utilizado para proceder sobre este tema é o histórico, cujos procedimentos são analítico e comparativo. O referencial teórico foi extraído, em grande parte, de O Capital da Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. A abordagem com o método histórico-analítico-comparativo remete a uma noção de processo, que, nesse caso, vai abordar dois contextos peculiares do capitalismo, os desdobramentos da Revolução Industrial, no século XIX, e a grande depressão dos anos de 1930, ocasionada pela Crise de Nessa trajetória, o capitalismo vai passar por transformações significativas. Essas transformações foram decorrentes do domínio do capital no processo de produção (D M D ), ditando a dinâmica do capitalismo, cujo teor passou a

3 3 ser a busca incessante da valorização do capital, na qual o valor-de-troca se sobrepõe ao valorde-uso. Já no primeiro quartel do século XX, como o desenvolvimento pleno do capitalismo, tem-se o aprofundamento do desequilíbrio entre oferta e demanda, colocando em questionamento a premissa central da escola clássica: a idéia de que a demanda nunca seria entrave para a produção. Mas, este período também será marcado pela influência do capital financeiro que, em parte, assumirá caráter especulativo. O método histórico tem a propriedade de investigar acontecimentos processos e fatos do passado para verificar historicamente - sua influência na contemporaneidade, ao longo do tempo (processo), influenciada pelo contexto cultural particular de cada época. Nesse sentido, o método histórico tem a capacidade de averiguar as influências do contexto na formação do pensamento econômico (idéias, teorias...), concebendo as posturas a partir das quais os pensadores vão interpretar a dinâmica do capitalismo. 3 A ACUMULAÇÃO E DINÂMICA DO CAPITALISMO EM MARX Profundo conhecedor do processo histórico que engendrou a formação do modo de produção capitalista, Marx voltou sua atenção para as origens, desenvolvimento (contradições) e lógica de seu funcionamento, ao analisar a necessidade do ser humano em produzir e reproduzir seus meios de existência em diversos estágios da humanidade, tornando a distinção essencial entre o homem e os animais (A Ideologia Alemã). Conforme o método adotado por Marx o materialismo histórico e dialético - a produção da vida social e política são condicionadas pela vida material. Nesse sentido, a premissa consiste nos indivíduos reais, suas ações e suas condições materiais de existência, tanto as que já foram dadas, como aquelas geradas de sua própria necessidade (MARX, 2007). O processo de dominação da natureza pelo homem pode ser verificado pelo aumento da produtividade do trabalho, isto é, a relação da oferta de bens e a quantidade da força de trabalho consumida na produção dos mesmos, a qual se ampliou historicamente. Inerente ao aumento da produção, devido ao desenvolvimento das forças produtivas, fez-se com que a riqueza obtida pela produção fosse cada vez mais concentrada. Essa concentração é uma das marcas mais latentes das contradições do capitalismo, que Marx analisou através dos estágios

4 4 produtivos (comunidade primitiva, escravismo, feudalismo e capitalismo) ao questionar a maneira de estudar a história de modo evolutivo (A Ideologia Alemã). Nossa análise parte do processo no qual o dinheiro se transforma em capital, isto é, o circuito em que o dinheiro é o ponto de partida e o objetivo final do movimento. Este se transformará em capital no momento em que o capitalista torna-se proprietário dos meios de produção e vai comprar a força de trabalho (NETTO; BRAZ, 2009). O capital comercial, o qual remete ao ato de compra e venda de mercadorias para realização da mais-valia, isto é, será responsável pela acumulação primitiva, diferindo do capital industrial, pois o segundo tem a capacidade de arregimentar e movimentar as forças produtivas, que são o conjunto dos meios de produção e a força de trabalho, e que em cada momento histórico, expressa o domínio da natureza pelo homem (OTTO, 1985). O capital industrial tem sua essência no interior da produção, uma vez que mantém sob controle o capital variável e o capital constante no processo produtivo. Nesse cenário, o capital comandou o processo de produção, através do controle dos meios de produção. Portanto, o domínio sobre os meios de produção permite aos capitalistas o controle sobre o trabalho e, assim, a sujeição da classe trabalhadora no processo de produção, A natureza não produz, de um lado, possuidores de dinheiro ou de mercadorias e, do outro, meros possuidores das próprias forças de trabalho. Esta relação não tem sua origem na natureza, nem é mesmo uma relação social que fosse comum a todos os períodos históricos. Ela é, evidentemente, o resultado de um desenvolvimento histórico anterior, o produto de muitas revoluções econômicas, do desaparecimento de toda uma serie de antigas formações da produção social (MARX, 2011, p.199). Nesse sentido, o capital, ao adentrar o processo produtivo, vai ditar a dinâmica do modo de produção capitalista, uma vez que o trabalhador colocou-se, por força de sua necessidade de sobrevivência, à disposição do capitalista. O modo de produção capitalista contém uma peculiaridade que o torna único em relação aos outros modos de produção, já que se torna compreendido quando se leva em conta

5 5 a acumulação de capital (NETTO; BRAZ, 2009). Essa peculiaridade pode ser entendida no momento em que o capitalista, ao apropriar-se da mais-valia, e ao converter esta na forma mercadoria e na forma dinheiro, converte em capital, ou seja, emprega-a para promover a contínua valorização do capital, isto é, adquire novas máquinas, equipamentos, força de trabalho, etc. Nas palavras de Marx (2011): Para acumular, é necessário transformar parte do produto excedente em capital. Mas, sem fazer milagres, só se pode transformar em capital coisas que são aplicáveis no processo de trabalho, isto é, meios de produção e coisas das quais o trabalhador precisa para manter-se, isto é, meios de subsistência. Em consequência, parte do trabalho anual excedente tem de ser transformado para produzir meios adicionais de produção e de subsistência acima da quantidade necessária para substituir o capital adiantado. Em suma, a mais-valia, só pode ser transformada em capital porque o produto excedente, do qual ela é valor, já contem os elementos materiais de um novo capital. (p ). Toda mercadoria realizada traz consigo o trabalho não pago que ficou em posse dos capitalistas e que, ao convertê-la em meios de produção e/ou força de trabalho, permite a acumulação. A conversão de uma parcela da mais-valia em capital é de extrema relevância para a compreensão da dinâmica capitalista, portanto, a acumulação é extremamente necessária ao capitalista, pois o mesmo tende a concorrer com outros capitais, tornando a acumulação ao lado do crédito - um processo de sobrevivência e de resistência dos capitalistas. Sobre este assunto, Mészáros assim como Marx reconhece: sem a existência de uma tal relação (politicamente fixa entre a propriedade e o trabalho) como no caso das sociedades igualitárias naturais não pode haver acumulação, e a sociedade está destinada a permanecer estagnada. (itálico do autor) (MÉSZÁROS, 2006, p. 129) O processo de acumulação, levado a um grau intenso, conduziu à concentração e centralização de capitais, mudando toda a dinâmica do modo de produção, isto é, a ideia de concorrência que acentuava a disputa entre os capitalistas passa agora a centralizar o capital, acarretando no aumento do grau de decisões do grupo detentor do capital. Tem-se assim a formação de trustes e cartéis e a tendência ao domínio absoluto do capital. 4 PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA

6 6 Na obra Princípios de Economia Política, Thomas Malthus analisou o dispêndio da renda das três grandes classes. A classe dos trabalhadores gastava toda sua remuneração para satisfazer as necessidades básicas, os capitalistas usufruíam de uma pequena parcela dos lucros para realizar suas necessidades, enquanto a maior parcela era destinada à acumulação. Já os proprietários de terras, que tinham garantias de uma renda constante, destinavam toda em bens de consumo ou serviços pessoais. Cada uma das três classes procurava gastar toda a sua renda, entretanto, os capitalistas utilizavam-na a maior parcela dos lucros na expansão dos seus negócios, isto é, ampliando a parcela de capital fixo (máquinas e equipamentos) para promover o aumento da produtividade do trabalho (HUNT, 2005). A incorporação de máquinas na produção afetava a classe trabalhadora, já que parcela significativa de trabalhadores foi excluída da produção. A alocação dos trabalhadores em outras atividades econômicas não aconteceu de maneira instantânea como previa Ricardo(¹), esse sim, lentamente, deixando-os desempregados por um determinado período. Nesse contexto, a redução da renda global recuava a demanda efetiva, tornando-a insuficiente para absorver a produção de bens. Acreditava-se que a causa da superprodução geral de mercadorias era a insuficiência periódica da demanda efetiva. As crises nas economias mercantis eram caracterizadas pela escassez de bens, alavancando os preços de mercado (HUBERMAN, 2010). Na grande crise capitalista vivenciada no século XX, a Crise de 1929, a escassez de mercadorias foi superada pelo desenvolvimento das forças produtivas que se encontravam em um estágio avançado. Esse mesmo fator que resolveu o problema da escassez proporcionou a superprodução de mercadorias. Essa crise teve como características a redução drástica no nível geral de preços e o crescente desemprego. Keynes (2009) advertia as medidas tomadas pelos capitalistas em restringir a produção e reduzir os salários. A primeira delas tinha como intuito aumentar os preços, já a segunda reduzir o custo de produção; sendo assim, se pensava se os capitalistas conseguiriam retomar os lucros. Porém, caso a produção sofresse uma retração, alavancando os preços, e os salários fossem reduzidos, o poder aquisitivo da comunidade sofreria uma

7 7 contração, isto é, a demanda efetiva será incapaz de realizar a oferta de bens, impossibilitando o restabelecimento do equilíbrio. Nesse sentido, Keynes (2010) coloca em novos termos o princípio da demanda efetiva, que tem como ponto essencial o aumento da renda agregada, (...) quando o emprego aumenta, o rendimento agregado também aumenta. A psicologia da comunidade é tal que, quando aumenta o rendimento real agregado o consumo agregado também aumenta, mas não tanto como o rendimento. (p. 53) Assim, a demanda efetiva se manifesta pelo gasto do rendimento. Quando o emprego aumenta, cresce o rendimento. Esse é o principio essencial. Assim, quando o rendimento real de uma determinada comunidade aumenta, aumentará o consumo que é o responsável pela realização da oferta global de bens e serviços. Para que o emprego aumente é necessário que haja elasticidade dos investimentos. 4.1 O INCENTIVO PARA INVESTIR Em síntese, o investimento representa a ampliação do capital em meios de produção (máquinas e equipamentos), com o intuito de aumentar a capacidade produtiva, acarretando o aumento do emprego. A teoria do investimento visa compreender as flutuações da renda. Para explicar as oscilações do investimento, Keynes partiu do que ele chamava de incentivos para investir. O volume de investimento corrente, por seu turno, dependerá daquilo a que chamaremos de incentivos para investir; e o incentivo para investir [...] depende da relação entre a curva de eficiência marginal do capital e o complexo de taxas de juros sobre várias maturidades e riscos. (KEYNES, p. 54) Keynes considerou dois fatores decisivos para incentivar o investimento: a eficiência marginal do capital e a taxa de juros. A eficiência marginal do capital representa o potencial de um bem de capital ser a mais elevada taxa de rendimento sobre o custo previsto para produzir uma unidade a mais de um tipo particular de bem (DILLARD, 1993). Grosso modo, é o mesmo que a taxa de retorno prevista na produção.

8 8 Para Keynes (2010), o investimento produtivo vai sofrer abalos significativos com o desenvolvimento dos mercados financeiros organizados, agravando a instabilidade do sistema. As reavaliações quotidianas efectuadas na bolsa de valores, embora tenham por principal objectivo facilitar a transferência de investimentos já realizados entre os indivíduos, exercem, inevitavelmente, uma influência decisiva sobre o montante de investimento corrente. Com efeito, não faz sentido criar uma empresa nova a um custo maior quando se pode adquirir uma empresa semelhante já existente por um preço menor, ao passo que há uma indução para se aplicarem recursos num novo projecto que possa parecer exigir uma soma exorbitante, desde que esse empreendimento possa ser liquidado na bolsa de valores com um lucro imediato. (KEYNES, 2010, p ). Em outras palavras, a opção pela liquidez nos mercados financeiros, especificamente na bolsa de valores, torna mais atrativo ao detentor de capital aplicar seus recursos de maneira especulativa, obtendo resultado instantâneo sobre a aplicação. Nesse sentido, a eficiência marginal do capital torna-se instável no curto prazo e tendendo a declinar no longo prazo. Já a taxa de juros, outro fator que determina o volume de investimento, está associada ao inverso da relação existente entre uma quantidade de dinheiro e o que se pode obter destinando o controle deste em troca de uma dívida (KEYNES, 2010). Belluzzo (1999) analisa a taxa de juros como uma taxa de conversão da riqueza, em suas várias formas, na riqueza líquida, e na taxa fixada nos contratos de dívidas. Em outras palavras, é necessário que alguém poupe, isto é, abra mão da plena liquidez da moeda para que haja possibilidades do investidor contrair uma dívida. Nesse sentido, o endividamento torna-se condição fundamental para a realização do investimento e a taxa de juros vai balizar o que os agentes estão dispostos a poupar e contrair dívidas para investir. Em momentos de crise as pessoas vão preferir conservar suas riquezas em forma de dinheiro (preferência pela liquidez) ao invés de investir, pois o cenário econômico é incerto. O investimento, que está atrelado à eficiência marginal do capital e à taxa de juros, em uma economia vai ser fundamental para determinar a sua dinâmica, pois possibilita a geração do emprego, acarretando a ampliação da renda geral. Keynes (2010) vai sinalizar que o Estado teria um papel relevante para garantir o bom funcionamento do sistema, pois este em momentos de incertezas (provocados pela opção especulativa da moeda, promove um deslocamento do capital que seria empregado na produção para o mercado financeiro) pode,

9 9 através de políticas (fiscal e monetária), estimular o investimento, tornando-se fundamental para ampliar a capacidade produtiva e aumentar a renda de uma economia. CONSIDERAÇÕES FINAIS Primeiramente, destaca-se o contexto histórico como forma de influência na abordagem das principais teorias de Marx e de Keynes. Enquanto Marx vivenciou a época de expansão do capitalismo, Keynes presenciou a mais profunda crise de sua existência. Uma segunda ressalva é a visão de mundo de cada pensador ou suas ideologias que influenciam suas ideias. Marx era notadamente um crítico do capitalismo e da classe capitalista, que reproduzia e perpetuava sua opulência às custas da classe trabalhadora. Keynes, um intelectual do meio burguês inglês, teve suas ideias influenciadas pela sua posição de classe e a favor de saídas para a crise do sistema. Marx foi revolucionário; Keynes, reformista. A contribuição de Karl Marx sobre a dinâmica do capitalismo vai está inerente nos mecanismos essenciais de funcionamento do modo de produção capitalista. Um desses mecanismos consiste na apropriação da mais-valia Com um ritmo frenético de produção o capitalismo se depara com uma situação contraditória: a acumulação capitalista promove um aumento substancial no nível da oferta de mercadorias e, em contrapartida, essa quantidade de bens não poderá ser realizada pela retração da demanda efetiva, causada pela redução no nível de emprego. Esse descompasso entre as forças de oferta e de demanda torna o cenário incerto. A medida adequada para Keynes era estimular os investimentos para garantir o bom funcionamento do sistema. Os incentivos seriam providos através do Estado. Assim, a intervenção estatal foi de grande relevância como única alternativa para tirar o capitalismo da crise, ao contrário do que diagnosticam os clássicos. Em síntese, o aparelho estatal vai garantir o necessário funcionamento do sistema capitalista para que o capital possa valorizarse continuamente. Sua função primordial, aos olhos de Keynes, é a contenção dos desequilíbrios do sistema capitalista. Não é o próprio mercado, como pensavam os clássicos. Mas enquanto Keynes pensou o Estado como instituição para o bem-estar de todos, Marx já sinalizava como criatura da burguesia, criado para proteger e perpetuar os interesses da classe dominante (infra-estrutura e superestrutura).

10 10 Visto através de uma perspectiva histórica, a dinâmica do capitalismo sofre alterações significativas. O contexto presenciado por Marx era voltado pelo domínio do capital na esfera produtiva, esse processo reflete a necessidade do capital controlar a produção de mercadorias com o intuito de valorizar-se. Já no período vivenciado por Keynes o capitalista procurar valorizar o seu capital de maneira mais rápida, através da esfera financeira. A forma em que os capitalistas buscam acelerar o processo de valorização do capital escapa cada vez mais da esfera produtiva, pois esta possui riscos mais acentuados para serem assumidos, uma vez que o investimento produtivo é desprovido de liquidez no curto prazo. Portanto, as incertezas do contexto vão determinar a opção de manter ou não - a riqueza em sua plena liquidez, isto é, na forma de dinheiro. As análises de Marx e Keynes sobre a dinâmica do capitalismo divergem essencialmente no ponto em que, para o primeiro, a acumulação capitalista vai promover cada vez mais a exclusão da classe trabalhadora na posse da riqueza (A Lei Geral da Acumulação Capitalista). Já o segundo, acredita que o investimento deve ser estimulado para garantir a riqueza social, isto é, gerar empregos e ampliar a renda, garantindo as condições de um adequado funcionamento do sistema que deve beneficiar a todos. A convergência de ambos vai ser retratada no fato de que a lógica do sistema segue um único caminho, embora usem termos diferentes: para Marx a acumulação de capital, o que para Keynes é o investimento. O que para Marx é o comportamento da taxa de lucro que estimula o investimento, em Keynes é a eficiência marginal do capital e a taxa de juros. Mas, na essência, pouca coisa muda, a não ser suas posições ideológicas. Enquanto Marx empreendeu sua análise em um processo histórico e dialético (as contradições do capitalismo), Keynes fez suas análises respondendo às questões circunstanciais daquele momento. Enquanto Marx sinaliza o futuro sombrio do sistema; para Keynes, no futuro todos nós estaremos mortos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BELLUZZO, L. G. M. ; ALMEIDA, J. S. G. Enriquecimento e produção: Keynes e a dupla natureza do capitalismo. In: Gilberto Tadeu Lima; João Sicsú; Luiz Fernando de Paula. (Org.). Macroeconomia moderna: Macroeconomia moderna.rio de Janeiro: Campus, 1999.

11 11 DILLARD, D. Teoria econômica de John Maynard Keynes: teoria de uma economia monetária. 7. ed. São Paulo: Pioneira, HUBERMAN, L. História da riqueza do homem. 22. ed. Rio de Janeiro: LTC, HUNT, E. K. História do Pensamento Econômico: uma perspectiva crítica. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, KEYNES, J. M. A Grande Crise e Outros Textos. Lisboa: Relógio D Água, Teoria geral do Emprego, do Juro e da Moeda. Lisboa: Relógio D Água, MALTHUS, T. R. Princípios de Economia Política. São Paulo: Nova Cultural, MARX, K. A ideologia alemã. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, O Capital: crítica da economia política.livro: 1 v ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, O Capital: crítica da economia política.livro: 1 v ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, MÉSZÁROS, I. A teoria da alienação em Marx. São Paulo: Boitempo editorial, NETTO, J. P. Economia política: uma introdução crítica. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2009 OTTO, A. A. Materialismo histórico e crise contemporânea. 2. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1985.

Katia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos)

Katia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton Silveira de Pinho Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Universidade Estadual de Montes Claros / UNIMONTES abril / 2003 Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton

Leia mais

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia Módulo 1 Questões Básicas da Economia 1.1. Conceito de Economia Todos nós temos uma série de necessidades. Precisamos comer, precisamos nos vestir, precisamos estudar, precisamos nos locomover, etc. Estas

Leia mais

Parte V Financiamento do Desenvolvimento

Parte V Financiamento do Desenvolvimento Parte V Financiamento do Desenvolvimento CAPÍTULO 9. O PAPEL DOS BANCOS PÚBLICOS CAPÍTULO 10. REFORMAS FINANCEIRAS PARA APOIAR O DESENVOLVIMENTO. Questão central: Quais as dificuldades do financiamento

Leia mais

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA Autores: Fábio Bruno da Silva Marcos Paulo de Sá Mello Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária INTRODUÇÃO

Leia mais

A introdução da moeda nas transações comerciais foi uma inovação que revolucionou as relações econômicas.

A introdução da moeda nas transações comerciais foi uma inovação que revolucionou as relações econômicas. Módulo 14 O Mercado Monetário 14.1. A Moeda A introdução da moeda nas transações comerciais foi uma inovação que revolucionou as relações econômicas. Moeda é um ativo com o qual as pessoas compram e vendem

Leia mais

Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção

Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção 2.1. Custo de Oportunidade Conforme vínhamos analisando, os recursos produtivos são escassos e as necessidades humanas ilimitadas,

Leia mais

TRABALHO DE ECONOMIA:

TRABALHO DE ECONOMIA: UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS - UEMG FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ITUIUTABA - FEIT INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA DE ITUIUTABA - ISEPI DIVINO EURÍPEDES GUIMARÃES DE OLIVEIRA TRABALHO DE ECONOMIA:

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

O Processo Cumulativo de Wicksell:

O Processo Cumulativo de Wicksell: O Processo Cumulativo de Wicksell: Preços e Taxas de Juros Referências: CARVALHO, F. J. C. et. alli. Economia Monetária e Financeira: Teoria e Política. Rio de Janeiro, Campus, 2007, cap.3. WICKSELL, Lições

Leia mais

CONTEXTO HISTORICO E GEOPOLITICO ATUAL. Ciências Humanas e suas tecnologias R O C H A

CONTEXTO HISTORICO E GEOPOLITICO ATUAL. Ciências Humanas e suas tecnologias R O C H A CONTEXTO HISTORICO E GEOPOLITICO ATUAL Ciências Humanas e suas tecnologias R O C H A O capitalismo teve origem na Europa, nos séculos XV e XVI, e se expandiu para outros lugares do mundo ( Ásia, África,

Leia mais

Módulo 6 A Evolução da Ciência Econômica. 6.1. Os Socialistas

Módulo 6 A Evolução da Ciência Econômica. 6.1. Os Socialistas Módulo 6 A Evolução da Ciência Econômica 6.1. Os Socialistas O pensamento socialista surge em meio à revolução industrial, com suas grandes fábricas. Os trabalhadores possuíam condições precárias de trabalho

Leia mais

A Teoria da Endogeneidade da Moeda:Horizontalistas X Estruturalistas

A Teoria da Endogeneidade da Moeda:Horizontalistas X Estruturalistas A Teoria da Endogeneidade da Moeda:Horizontalistas X Estruturalistas Professor Fabiano Abranches Silva Dalto Departamento de Economia da UFPR Disciplina Economia Monetária e Financeira Bibliografia Sugerida:

Leia mais

A crítica à razão especulativa

A crítica à razão especulativa O PENSAMENTO DE MARX A crítica à razão especulativa Crítica a todas as formas de idealismo Filósofo, economista, homem de ação, foi o criador do socialismo científico e o inspirador da ideologia comunista,

Leia mais

Crescimento em longo prazo

Crescimento em longo prazo Crescimento em longo prazo Modelo de Harrod-Domar Dinâmica da relação entre produto e capital Taxa de poupança e produto http://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ Modelo keynesiano Crescimento = expansão

Leia mais

Colégio Ser! Sorocaba Sociologia Ensino Médio Profª. Marilia Coltri

Colégio Ser! Sorocaba Sociologia Ensino Médio Profª. Marilia Coltri Marx, Durkheim e Weber Colégio Ser! Sorocaba Sociologia Ensino Médio Profª. Marilia Coltri Problemas sociais no século XIX Problemas sociais injustiças do capitalismo; O capitalismo nasceu da decadência

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

Avaliação de Conhecimentos. Macroeconomia

Avaliação de Conhecimentos. Macroeconomia Workshop de Macroeconomia Avaliação de Conhecimentos Específicos sobre Macroeconomia Workshop - Macroeconomia 1. Como as oscilações na bolsa de valores impactam no mercado imobiliário? 2. OquemoveoMercadoImobiliário?

Leia mais

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA INSTITUTOS SUPERIORES DE ENSINO DO CENSA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA PROVIC PROGRAMA VOLUNTÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA IMPACTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO PRODUTO INTERNO BRUTO BRASILEIRO

Leia mais

Aula 2 Contextualização

Aula 2 Contextualização Economia e Mercado Aula 2 Contextualização Prof. Me. Ciro Burgos Importância de se conhecer o funcionamento dos mercados Diferenciação de mercado Comportamento dos consumidores e firmas; formação de preços;

Leia mais

Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO?

Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO? Ficha de informação 1 POR QUE RAZÃO NECESSITA A UE DE UM PLANO DE INVESTIMENTO? Desde a crise económica e financeira mundial, a UE sofre de um baixo nível de investimento. São necessários esforços coletivos

Leia mais

ECONOMIA. Questão nº 1. Padrão de Resposta Esperado:

ECONOMIA. Questão nº 1. Padrão de Resposta Esperado: Questão nº 1 a) Devido ao deslocamento da curva de demanda, o mercado equilibra-se, a curto prazo, com elevação do preço e da quantidade negociada. A elevação do preço permite às empresas que já operam

Leia mais

EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO II

EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO II EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONÔMICO II David Ricardo Profa. Enimar No século XVIIII tem início a fase científica da Economia. As Escolas Fisiocrata e Clássica foram as primeiras Escolas do Pensamento Econômico

Leia mais

Economia. Comércio Internacional Taxa de Câmbio, Mercado de Divisas e Balança de Pagamentos,

Economia. Comércio Internacional Taxa de Câmbio, Mercado de Divisas e Balança de Pagamentos, Economia Comércio Internacional Taxa de Câmbio, Mercado de Divisas e Balança de Pagamentos, Comércio Internacional Objetivos Apresentar o papel da taxa de câmbio na alteração da economia. Iniciar nas noções

Leia mais

ZENUN, Katsue Hamada e; MARKUNAS, Mônica. Tudo que é sólido se desmancha no ar. In:. Cadernos de Sociologia 1: trabalho. Brasília: Cisbrasil-CIB,

ZENUN, Katsue Hamada e; MARKUNAS, Mônica. Tudo que é sólido se desmancha no ar. In:. Cadernos de Sociologia 1: trabalho. Brasília: Cisbrasil-CIB, ZENUN, Katsue Hamada e; MARKUNAS, Mônica. Tudo que é sólido se desmancha no ar. In:. Cadernos de Sociologia 1: trabalho. Brasília: Cisbrasil-CIB, 2009. p. 24-29. CAPITALISMO Sistema econômico e social

Leia mais

LISTA 5A. Conceitos importantes: 1) Determinantes da produção e da produtividade de um país 2) Financiamento do investimento: poupança

LISTA 5A. Conceitos importantes: 1) Determinantes da produção e da produtividade de um país 2) Financiamento do investimento: poupança LISTA 5A Conceitos importantes: 1) Determinantes da produção e da produtividade de um país 2) Financiamento do investimento: poupança 3) Poupança, crescimento econômico e sistema financeiro 4) Mercado

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

FUNDAMENTOS DA ECONOMIA

FUNDAMENTOS DA ECONOMIA Aula 4 FUNDAMENTOS DA ECONOMIA 1.2.3 Noção de custo de oportunidade e de análise marginal A escassez de recursos leva os produtores a efetuar escolhas para produção de bens. Em um mundo de recursos limitados,

Leia mais

O Comportamento da Taxa de Juros. Introdução. Economia Monetária I (Turma A) - UFRGS/FCE 6/10/2005. Prof. Giácomo Balbinotto Neto 1

O Comportamento da Taxa de Juros. Introdução. Economia Monetária I (Turma A) - UFRGS/FCE 6/10/2005. Prof. Giácomo Balbinotto Neto 1 O Comportamento da Taxa de Juros Prof. Giácomo Balbinotto Neto Introdução A taxa de juros é o preço que é pago por um tomador de empréstimos a um emprestador pelo uso dos recursos durante um determinado

Leia mais

Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 15, Mercado de Capitais::REVISÃO

Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 15, Mercado de Capitais::REVISÃO Pindyck & Rubinfeld, Capítulo 15, Mercado de Capitais::REVISÃO 1. Uma empresa utiliza tecidos e mão-de-obra na produção de camisas em uma fábrica que foi adquirida por $10 milhões. Quais de seus insumos

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE ALMEIDA 1, Leonardo Rodrigues de SOUSA 2, Raniere Lima Menezes de PEREIRA

Leia mais

Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento

Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento Pág: 1/18 Curso CPA-10 Certificação ANBID Módulo 4 - Princípios de Investimento Pág: 2/18 Módulo 4 - Princípios de Investimento Neste módulo são apresentados os principais fatores para a análise de investimentos,

Leia mais

Aula 1 Contextualização

Aula 1 Contextualização Economia e Mercado Aula 1 Contextualização Prof. Me. Ciro Burgos Importância do estudo da Ciência Econômica e da organização dos mercados Impacto na sociedade Instrumentalização Tomada de decisão empresarial

Leia mais

Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente

Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente Roberto Meurer * RESUMO - Neste artigo se analisa a utilização dos depósitos compulsórios sobre depósitos à vista

Leia mais

Karl Marx e a crítica da sociedade capitalista

Karl Marx e a crítica da sociedade capitalista Karl Marx e a crítica da sociedade capitalista As bases do pensamento de Marx Filosofia alemã Socialismo utópico francês Economia política clássica inglesa 1 A interpretação dialética Analisa a história

Leia mais

ECONOMIA INTERNACIONAL II Professor: André M. Cunha

ECONOMIA INTERNACIONAL II Professor: André M. Cunha Introdução: economias abertas Problema da liquidez: Como ajustar desequilíbrios de posições entre duas economias? ECONOMIA INTERNACIONAL II Professor: André M. Cunha Como o cada tipo de ajuste ( E, R,

Leia mais

Vamos usar a seguinte definição: Aumento da taxa de cambio = Desvalorização. Taxa de cambio real : é o preço relativo dos bens em dois paises.

Vamos usar a seguinte definição: Aumento da taxa de cambio = Desvalorização. Taxa de cambio real : é o preço relativo dos bens em dois paises. Vamos usar a seguinte definição: Aumento da taxa de cambio = Desvalorização Uma desvalorização ocorre quando o preço das moedas estrangeiras sob um regime de câmbio fixa é aumentado por uma ação oficial.

Leia mais

Gestão Financeira. Trabalho Realizador Por: Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja. Tiago Conceição Nº 11903. Tiago Marques Nº 11904

Gestão Financeira. Trabalho Realizador Por: Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Beja. Tiago Conceição Nº 11903. Tiago Marques Nº 11904 Escola Superior de Tecnologia e de Beja Trabalho Realizador Por: Tiago Conceição Nº 11903 Tiago Marques Nº 11904 Paulo Martins Nº 11918 Ruben Estrela Nº 11905 Leonel Fontes Nº 11908 Miguel Baia Nº 11915

Leia mais

Depressões e crises CAPÍTULO 22. Olivier Blanchard Pearson Education. 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

Depressões e crises CAPÍTULO 22. Olivier Blanchard Pearson Education. 2006 Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Depressões e crises Olivier Blanchard Pearson Education CAPÍTULO 22 Depressões e crises Uma depressão é uma recessão profunda e de longa duração. Uma crise é um longo período de crescimento baixo ou nulo,

Leia mais

2. Condições de Equilíbrio do Modelo No modelo keynesiano simples, a economia estará em equilíbrio se:

2. Condições de Equilíbrio do Modelo No modelo keynesiano simples, a economia estará em equilíbrio se: Macroeconomia Aula 2 1. Modelo Keynesiano Simples 1.1. Clássicos x Keynes Para os economistas clássicos, a economia de mercado era auto-regulável e tendia quase que automaticamente para o pleno emprego.

Leia mais

ANÁLISE DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA FINS DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA NATURA COSMÉTICOS S/A

ANÁLISE DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA FINS DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA NATURA COSMÉTICOS S/A ANÁLISE DE INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS PARA FINS DE TOMADA DE DECISÕES: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA NATURA COSMÉTICOS S/A José Jonas Alves Correia 4, Jucilene da Silva Ferreira¹, Cícera Edna da

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 02 A função da Administração Financeira Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO A função da Administração Financeira... 3 1. A Administração Financeira... 3 2. A função

Leia mais

Produtividade no Brasil: desempenho e determinantes 1

Produtividade no Brasil: desempenho e determinantes 1 Produtividade no Brasil: desempenho e determinantes 1 Fernanda De Negri Luiz Ricardo Cavalcante No período entre o início da década de 2000 e a eclosão da crise financeira internacional, em 2008, o Brasil

Leia mais

CAPÍTULO 2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS, e FLUXO DE CAIXA. CONCEITOS PARA REVISÃO

CAPÍTULO 2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS, e FLUXO DE CAIXA. CONCEITOS PARA REVISÃO Bertolo Administração Financeira & Análise de Investimentos 6 CAPÍTULO 2 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, IMPOSTOS, e FLUXO DE CAIXA. CONCEITOS PARA REVISÃO No capítulo anterior determinamos que a meta mais

Leia mais

UNIDADE 4 A CRISE DO GUERRA MUNDIAL. CAPITALISMO E A SEGUNDA. Uma manhã de destruição e morte.

UNIDADE 4 A CRISE DO GUERRA MUNDIAL. CAPITALISMO E A SEGUNDA. Uma manhã de destruição e morte. UNIDADE 4 A CRISE DO CAPITALISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. Uma manhã de destruição e morte. No início de agosto de 1945, os Estados Unidos tentavam, sem resultado, conseguir a rendição japonesa. A solução

Leia mais

O FGTS TRAZ BENEFÍCIOS PARA O TRABALHADOR?

O FGTS TRAZ BENEFÍCIOS PARA O TRABALHADOR? O FGTS TRAZ BENEFÍCIOS PARA O TRABALHADOR? FERNANDO B. MENEGUIN 1 O FGTS - Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, regido pela Lei nº 8.036, de 11/05/90, foi instituído, em 1966, em substituição à estabilidade

Leia mais

RESUMO. Palavras-chave: Educação matemática, Matemática financeira, Pedagogia Histórico-Crítica

RESUMO. Palavras-chave: Educação matemática, Matemática financeira, Pedagogia Histórico-Crítica POSSIBILIDADES DIDATICO-PEDAGÓGICAS NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA: UMA PROPOSTA ENTRE DOMÍNIOS DE CONHECIMENTOS NA ESCOLA ESTADUAL INDIGENA CENTRAL EDUCAÇÃO BÁSICA KĨSÊDJÊ Rosimeyre Gomes da Silva

Leia mais

Gustavo Noronha Silva Higina Madalena da Silva Izabel Cristina Ferreira Nunes. Fichamento: Karl Marx

Gustavo Noronha Silva Higina Madalena da Silva Izabel Cristina Ferreira Nunes. Fichamento: Karl Marx Gustavo Noronha Silva Higina Madalena da Silva Izabel Cristina Ferreira Nunes Fichamento: Karl Marx Universidade Estadual de Montes Claros / UNIMONTES abril / 2003 Gustavo Noronha Silva Higina Madalena

Leia mais

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil A OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou nesta terça-feira os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos,

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

CURSO. Master in Business Economics 1. vire aqui

CURSO. Master in Business Economics 1. vire aqui CURSO MASTER In Business Economics Master in Business Economics 1 vire aqui DISCIPLINAs O aluno poderá solicitar a dispensa das disciplinas básicas: Matemática Básica, Estatística Aplicada e Contabilidade.

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Microeconomia. Prof.: Antonio Carlos Assumpção

Microeconomia. Prof.: Antonio Carlos Assumpção Microeconomia Preliminares Prof.: Antonio Carlos Assumpção Segundo Ludwig Von Mises (1948): Economia A economia é a ciência da ação humana. Preliminares Slide 2 Economia Como os agentes tomam decisões?

Leia mais

A Descrição do Produto ou Serviço e a Análise do Mercado e dos Competidores Fabiano Marques

A Descrição do Produto ou Serviço e a Análise do Mercado e dos Competidores Fabiano Marques A Descrição do Produto ou Serviço e a Análise do Mercado e dos Competidores Fabiano Marques "O plano de negócios é o cartão de visitas do empreendedor em busca de financiamento". (DORNELAS, 2005) A partir

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

Segurança financeira. Garanta sua renda mensal. Recolocação no mercado de trabalho pode não ser tão fácil Precisa estar preparado para altos e baixo.

Segurança financeira. Garanta sua renda mensal. Recolocação no mercado de trabalho pode não ser tão fácil Precisa estar preparado para altos e baixo. Dicas para o Sucesso Dedicação Atualização de conhecimento mercado que pretende atuar. Segurança Financeira nunca utilize todos os seus recursos. Não arrisque sua segurança. Segurança financeira Garanta

Leia mais

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Melhor método para avaliar investimentos 16 perguntas importantes 16 respostas que todos os executivos devem saber Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

NOTA CEMEC 03/2015 FATORES DA QUEDA DO INVESTIMENTO 2010-2014

NOTA CEMEC 03/2015 FATORES DA QUEDA DO INVESTIMENTO 2010-2014 NOTA CEMEC 03/2015 FATORES DA QUEDA DO INVESTIMENTO 2010-2014 Março 2015 1 NOTA CEMEC 03/2015 SUMÁRIO Os dados de Contas Nacionais atualizados até o terceiro trimestre de 2014 revelam a continuidade da

Leia mais

Como Investir em Ações Eduardo Alves da Costa

Como Investir em Ações Eduardo Alves da Costa Como Investir em Ações Eduardo Alves da Costa Novatec CAPÍTULO 1 Afinal, o que são ações? Este capítulo apresenta alguns conceitos fundamentais para as primeiras de muitas decisões requeridas de um investidor,

Leia mais

Teoria Básica de Oferta e Demanda

Teoria Básica de Oferta e Demanda Teoria Básica de Oferta e Demanda Este texto propõe que você tenha tido um curso introdutório de economia. Mas se você não teve, ou se sua teoria básica de economia está um pouco enferrujada, então este

Leia mais

A Análise IS-LM: Uma visão Geral

A Análise IS-LM: Uma visão Geral Interligação entre o lado real e o lado monetário: análise IS-LM Capítulo V A análise IS-LM procura sintetizar, em um só esquema gráfico, muitas situações da política econômica, por meio de duas curvas:

Leia mais

15 anos de Gasto Social Federal Notas sobre o período de 1995 a 2009. Coordenação de Finanças Sociais Diretoria de Estudos e Políticas Sociais

15 anos de Gasto Social Federal Notas sobre o período de 1995 a 2009. Coordenação de Finanças Sociais Diretoria de Estudos e Políticas Sociais 15 anos de Gasto Social Federal Notas sobre o período de 1995 a 2009 Coordenação de Finanças Sociais Diretoria de Estudos e Políticas Sociais Gasto Social Federal Políticas Públicas, Finanças Públicas,

Leia mais

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3

Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Administração em Enfermagem Teorias da Administração - Aula 3 Teorias da Administração Aula 3 Teoria Científica Taylorismo (Continuação) Taylor observou que, ao realizar a divisão de tarefas, os operários

Leia mais

American Way Of Life

American Way Of Life Crise de 1929 Ao final da Primeira Guerra, a indústria dos EUA era responsável por quase 50% da produção mundial. O país criou um novo estilo de vida: o american way of life. Esse estilo de vida caracterizava-se

Leia mais

Administração Financeira II

Administração Financeira II Administração Financeira II Introdução as Finanças Corporativas Professor: Roberto César INTRODUÇÃO AS FINANÇAS CORPORATIVAS Administrar é um processo de tomada de decisões. A continuidade das organizações

Leia mais

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934.

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Vygotsky, viveu na mesma época que Piaget (ambos nasceram em 1896 entanto Vygotsky

Leia mais

OS FUNDOS DE PREVIDÊNCIA: UM ESTUDO DO MERCADO BRASILEIRO 1. Maicon Lambrecht Kuchak 2, Daniel Knebel Baggio 3.

OS FUNDOS DE PREVIDÊNCIA: UM ESTUDO DO MERCADO BRASILEIRO 1. Maicon Lambrecht Kuchak 2, Daniel Knebel Baggio 3. OS FUNDOS DE PREVIDÊNCIA: UM ESTUDO DO MERCADO BRASILEIRO 1 Maicon Lambrecht Kuchak 2, Daniel Knebel Baggio 3. 1 Resultados do Projeto de Pesquisa de Iniciação Científica - PIBIC/CNPq 2 Bolsista PIBIC/CNPq,

Leia mais

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 07. Subvenção e Assistência Governamentais

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 07. Subvenção e Assistência Governamentais COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 07 Subvenção e Assistência Governamentais Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade IAS 20 (IASB) Índice Item OBJETIVO E ALCANCE

Leia mais

RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO EMPRESARIAL ¹ JACKSON SANTOS ²

RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO EMPRESARIAL ¹ JACKSON SANTOS ² RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO EMPRESARIAL ¹ JACKSON SANTOS ² A Responsabilidade Social tem sido considerada, entre muitos autores, como tema de relevância crescente na formulação de estratégias empresarias

Leia mais

ANEXO VII OBJETIVOS DAS POLÍTICAS MONETÁRIA, CREDITÍCIA E CAMBIAL LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

ANEXO VII OBJETIVOS DAS POLÍTICAS MONETÁRIA, CREDITÍCIA E CAMBIAL LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS ANEXO VII OBJETIVOS DAS POLÍTICAS MONETÁRIA, CREDITÍCIA E CAMBIAL LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - 2007 (Anexo específico de que trata o art. 4º, 4º, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000)

Leia mais

CONTABILIDADE NACIONAL 1

CONTABILIDADE NACIONAL 1 CONTABILIDADE NACIONAL 1 Ópticas de cálculo do valor da produção O produto de um país pode ser obtido por três ópticas equivalentes: Óptica do Produto permite-nos conhecer o valor do produto por sector

Leia mais

Cartilha do ALUNO EMPREENDEDOR POLITÉCNICA

Cartilha do ALUNO EMPREENDEDOR POLITÉCNICA 1 Cartilha do ALUNO EMPREENDEDOR POLITÉCNICA Diretor Acadêmico: Edison de Mello Gestor do Projeto: Prof. Marco Antonio da Costa 2 1. APRESENTAÇÃO Prepare seus alunos para explorarem o desconhecido, para

Leia mais

Acções. Amortização. Autofinanciamento. Bens

Acções. Amortização. Autofinanciamento. Bens Palavra Acções Significado Títulos que representam uma parte ou fracção de uma sociedade anónima e que dão ao seu proprietário o direito à parcela correspondente de votos, lucros líquidos e activos da

Leia mais

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Segurança nos investimentos Gestão dos recursos financeiros Equilíbrio dos planos a escolha ÍNDICE INTRODUÇÃO...3 A POLÍTICA DE INVESTIMENTOS...4 SEGMENTOS DE APLICAÇÃO...7 CONTROLE

Leia mais

ipea A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL 1 INTRODUÇÃO 2 METODOLOGIA 2.1 Natureza das simulações

ipea A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL 1 INTRODUÇÃO 2 METODOLOGIA 2.1 Natureza das simulações A EFETIVIDADE DO SALÁRIO MÍNIMO COMO UM INSTRUMENTO PARA REDUZIR A POBREZA NO BRASIL Ricardo Paes de Barros Mirela de Carvalho Samuel Franco 1 INTRODUÇÃO O objetivo desta nota é apresentar uma avaliação

Leia mais

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR APRESENTAÇÃO DO TI O Trabalho Interdisciplinar é um projeto desenvolvido ao longo dos dois primeiros bimestres do curso. Os alunos tem a oportunidade de visualizar a unidade da estrutura curricular do

Leia mais

Elaboração de Projetos

Elaboração de Projetos Elaboração de Projetos 2 1. ProjetoS John Dewey (1859-1952) FERRARI, Márcio. John Dewey: o pensador que pôs a prática em foco. Nova Escola, São Paulo, jul. 2008. Edição especial grandes pensadores. Disponível

Leia mais

3.1 Da c onta t bil i i l d i ade nacio i nal para r a t e t ori r a i ma m cro r econômi m c i a Det e er e mi m n i a n ç a ã ç o ã o da d

3.1 Da c onta t bil i i l d i ade nacio i nal para r a t e t ori r a i ma m cro r econômi m c i a Det e er e mi m n i a n ç a ã ç o ã o da d Determinação da renda e produtos nacionais: O mercado de Bens e Serviços Capítulo III 3.1 Da contabilidade nacional para a teoria macroeconômica A Contabilidade Nacional: medição do produto efetivamente

Leia mais

HETEROGENEIDADE ESTRUTURAL NO SETOR DE SERVIÇOS BRASILEIRO

HETEROGENEIDADE ESTRUTURAL NO SETOR DE SERVIÇOS BRASILEIRO HETEROGENEIDADE ESTRUTURAL NO SETOR DE SERVIÇOS BRASILEIRO João Maria de Oliveira* 2 Alexandre Gervásio de Sousa* 1 INTRODUÇÃO O setor de serviços no Brasil ganhou importância nos últimos tempos. Sua taxa

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais

3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL

3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL 3.4 DELINEAMENTO ÉTICO JURÍDICO DA NOVA ORGANIZAÇÃO SOCIAL Os fundamentos propostos para a nova organização social, a desconcentração e a cooperação, devem inspirar mecanismos e instrumentos que conduzam

Leia mais

COLEGIADO DO CURSO DE DIREITO Autorizado pela Portaria no 378 de 27/05/15-DOU de 28/05/15 Componente Curricular: ECONOMIA PLANO DE CURSO

COLEGIADO DO CURSO DE DIREITO Autorizado pela Portaria no 378 de 27/05/15-DOU de 28/05/15 Componente Curricular: ECONOMIA PLANO DE CURSO COLEGIADO DO CURSO DE DIREITO Autorizado pela Portaria no 378 de 27/05/15-DOU de 28/05/15 Componente Curricular: ECONOMIA Código: DIR-141 Pré-requisito: ---- Período Letivo: 2015.2 Professor: Edilene de

Leia mais

Produto Vendas Custo da matéria-prima

Produto Vendas Custo da matéria-prima Conceitos básicos de economia A economia pode ser subdividida em dois grandes segmentos: - Macroeconomia: trata da evolução da economia como um todo, analisando a determinação, comportamento e relações

Leia mais

Economia 2º Período. Fundamentos de Macroeconomia (Aula-V) 19/10/2014. Fundamentos de Macroeconomia. Fundamentos de Macroeconomia. Prof.

Economia 2º Período. Fundamentos de Macroeconomia (Aula-V) 19/10/2014. Fundamentos de Macroeconomia. Fundamentos de Macroeconomia. Prof. (Aula-V) 19/10/2014 UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ Economia 2º Período Noções de Contabilidade Nacional e Cálculo do PIB Professor : Johnny Luiz Grando Johnny@unochapeco.edu.br 5. Noções

Leia mais

Empresas de Capital Fechado, ou companhias fechadas, são aquelas que não podem negociar valores mobiliários no mercado.

Empresas de Capital Fechado, ou companhias fechadas, são aquelas que não podem negociar valores mobiliários no mercado. A Ação Os títulos negociáveis em Bolsa (ou no Mercado de Balcão, que é aquele em que as operações de compra e venda são fechadas via telefone ou por meio de um sistema eletrônico de negociação, e onde

Leia mais

Indicadores de Risco Macroeconômico no Brasil

Indicadores de Risco Macroeconômico no Brasil Indicadores de Risco Macroeconômico no Brasil Julho de 2005 Risco Macroeconômico 2 Introdução: Risco Financeiro e Macroeconômico Um dos conceitos fundamentais na área financeira é o de risco, que normalmente

Leia mais

CONHECENDO O AMBIENTE DA ORGANIZAÇÃO Macroambiente e Ambiente competitivo

CONHECENDO O AMBIENTE DA ORGANIZAÇÃO Macroambiente e Ambiente competitivo CONHECENDO O AMBIENTE DA ORGANIZAÇÃO Macroambiente e Ambiente competitivo DISCIPLINA: Introdução à Administração FONTE: BATEMAN, Thomas S., SNELL, Scott A. Administração - Construindo Vantagem Competitiva.

Leia mais

O que é Administração

O que é Administração O que é Administração Bem vindo ao curso de administração de empresas. Pretendemos mostrar a você no período que passaremos juntos, alguns conceitos aplicados à administração. Nossa matéria será puramente

Leia mais

ENTENDENDO COMO FUNCIONA A RENDA FIXA. Renda Fixa Plano B 124,0 % 10,0 % Renda Fixa Plano C 110,0 % 9,1 % Selic 71,0 % 6,5 %

ENTENDENDO COMO FUNCIONA A RENDA FIXA. Renda Fixa Plano B 124,0 % 10,0 % Renda Fixa Plano C 110,0 % 9,1 % Selic 71,0 % 6,5 % ENTENDENDO COMO FUNCIONA A RENDA FIXA A partir de 2005 foi iniciado um processo de alongamento dos prazos das carteiras de renda fixa da PSS, que propiciou bons ganhos por oito anos seguidos até o final

Leia mais

David Ricardo. Já a riqueza era entendida como os bens que as pessoas possuem, bens que eram necessários, úteis e agradáveis.

David Ricardo. Já a riqueza era entendida como os bens que as pessoas possuem, bens que eram necessários, úteis e agradáveis. David Ricardo David Ricardo nasceu em Londres, em 18 ou 19 de abril de 1772. Terceiro filho de um judeu holandês que fez fortuna na bolsa de valores, entrou aos 14 anos para o negócio do pai, para o qual

Leia mais

Aula Sobre a Teoria do Dinheiro de Keynes

Aula Sobre a Teoria do Dinheiro de Keynes Aula Sobre a Teoria do Dinheiro de Keynes Professor Fabiano Abranches Silva Dalto SE506-Economia Monetária e Financeira Bibliografia Utilizada: KEYNES, John Maynard. A Teoria Geral do Emprego, do Juros

Leia mais

Marketing Turístico e Hoteleiro

Marketing Turístico e Hoteleiro 1 CAPÍTULO I Introdução ao Marketing Introdução ao Estudo do Marketing Capítulo I 1) INTRODUÇÃO AO MARKETING Sumário Conceito e Importância do marketing A evolução do conceito de marketing Ética e Responsabilidade

Leia mais

EDUCAÇÃO AMBIENTAL & SAÚDE: ABORDANDO O TEMA RECICLAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR

EDUCAÇÃO AMBIENTAL & SAÚDE: ABORDANDO O TEMA RECICLAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR EDUCAÇÃO AMBIENTAL & SAÚDE: ABORDANDO O TEMA RECICLAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR ARNOR, Asneth Êmilly de Oliveira; DA SILVA, Ana Maria Gomes; DA SILVA, Ana Paula; DA SILVA, Tatiana Graduanda em Pedagogia -UFPB-

Leia mais

Teoria Geral da Administração II

Teoria Geral da Administração II Teoria Geral da Administração II Livro Básico: Idalberto Chiavenato. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7a. Edição, Editora Campus. Material disponível no site: www..justocantins.com.br 1. EMENTA

Leia mais

INVESTIMENTO A LONGO PRAZO 1. Princípios de Fluxo de Caixa para Orçamento de Capital

INVESTIMENTO A LONGO PRAZO 1. Princípios de Fluxo de Caixa para Orçamento de Capital 5 INVESTIMENTO A LONGO PRAZO 1. Princípios de Fluxo de Caixa para Orçamento de Capital 1.1 Processo de decisão de orçamento de capital A decisão de investimento de longo prazo é a decisão financeira mais

Leia mais

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA PERMEIA MUDANÇAS DE ATITUDES NA SOCIEDADE

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA PERMEIA MUDANÇAS DE ATITUDES NA SOCIEDADE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA PERMEIA MUDANÇAS DE ATITUDES NA SOCIEDADE INTRODUÇÃO José Izael Fernandes da Paz UEPB joseizaelpb@hotmail.com Esse trabalho tem um propósito particular pertinente de abrir

Leia mais

O Custo Unitário do Trabalho na Indústria

O Custo Unitário do Trabalho na Indústria O Custo Unitário do Trabalho na Indústria O mercado de trabalho é fonte de indicadores muito importantes à condução da política monetária como, por exemplo, a taxa de desemprego, os níveis de salários

Leia mais

EDUCAÇÃO SUPERIOR, INOVAÇÃO E PARQUES TECNOLÓGICOS

EDUCAÇÃO SUPERIOR, INOVAÇÃO E PARQUES TECNOLÓGICOS EDUCAÇÃO SUPERIOR, INOVAÇÃO E PARQUES TECNOLÓGICOS Jorge Luis Nicolas Audy * A Universidade vem sendo desafiada pela Sociedade em termos de uma maior aproximação e alinhamento com as demandas geradas pelo

Leia mais

Contabilidade financeira e orçamentária I

Contabilidade financeira e orçamentária I Contabilidade financeira e orçamentária I Curso de Ciências Contábeis - 6º Período Professora: Edenise Aparecida dos Anjos INTRODUÇÃO ÀS FINANÇAS CORPORATIVAS Finanças Corporativas: incorporaram em seu

Leia mais