A legislação sobre violência doméstica: Compatibilização do Código Penal e Diplomas Complementares às Actuais Manifestações do Fenómeno

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1 A legislação sobre violência doméstica: Compatibilização do Código Penal e Diplomas Complementares às Actuais Manifestações do Fenómeno Parlamentos Unidos no Combate à Violência Doméstica Contra as Mulheres Conferência regional: bragança 1

2 A violência contra as mulheres ofende-nos na nossa dignidade humana É global, sistemática e está enraizada nas diferenças de poder e de desigualdade estrutural entre mulheres e homens. Está para além de especificidades históricas, sociais, religiosas. É universal e permanente. Afecta as mulheres de forma desproporcional, só porque são mulheres: desde o sofrimento físico e mental, até outras formas de coação ou inibição da liberdade, como a privação económica ou isolamento Conferência regional: bragança 2

3 Thomas L. Friedman fala-nos de um mundo plano, onde tudo passa a ser visível, e que torna evidentes monstruosidades A anomalia demográfica de 100 milhões de mulheres em falta faltam, porque morreram: umas antes de terem nascido, outras vítimas de infanticídio, de negligência ou maus-tratos as crianças do sexo feminino não concluem a escolaridade básica (quase dois terços das crianças que não frequentam a escola, são meninas): são maltratadas, exploradas, vítimas de preconceitos e sofrem de forma particular as consequências da pobreza, muitas das vezes encaminhadas para o trabalho infantil e a exploração sexual Conferência regional: bragança 3

4 Art.º 1º CRP: Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana O direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal, constitui um direito inalienável e inerente à dignidade da pessoa humana Que clarifica as obrigações do Estado na prevenção, erradicação e punição da violência, Que impõe o empoderamento das mulheres no sentido de se tornarem autónomas, independentes, Que exige a intervenção articulada, multisectorial (da educação, saúde, da justiça ) Conferência regional: bragança 4

5 É um problema velho que carece de respostas novas, que tenham em conta a forma como as sociedades vão evoluindo. De facto, e apesar de uma significativa elevação do nível educativo que deveria pressupor maior civilidade nas relações interpessoais, as manifestações de violência aumentam e apresentam novas formas, apesar de uma elevada participação das mulheres no mundo do trabalho que deveria pressupor uma maior autonomia e independência, os seus testemunhos tardam a ser reconhecidos como credíveis, e muitas mulheres permanecem prisioneiras isoladas no seu mundo de violência, apesar de uma progressiva e significativa melhoria das condições gerais de vida, vulnerabilidades, assimetrias, exclusões persistentes, são responsáveis por uma violência que não cede, antes se acentua, apesar de uma significativa e compreensiva evolução na feitura de leis que definem o crime, que prevêem a protecção da vítima, que punem o agressor, a interpretação do crime, a análise da vítima continuam condicionados a preconceitos e estereotipias. Conferência regional: bragança 5

6 Com as alterações ao Código Penal, introduzidas pela Lei n.º 7/2000, de 27 de Maio, o crime de maus tratos passou a assumir a natureza de crime público, o que significa que o procedimento criminal não está dependente de queixa por parte da vítima, bastando uma denúncia ou o conhecimento do crime, para que o Ministério Público promova o processo Actualmente, o crime base é o crime de maus tratos e infracção de regras de segurança previsto no artigo 152.º do Código Penal Português; Na Proposta de Lei tipificação em preceitos distintos: os maus tratos, a violência doméstica e a infracção a regras de segurança Conferência regional: bragança 6

7 Código Penal em vigor Proposta de lei 98/X Artigo 152.º do Código Penal Maus tratos e infracção de regras de segurança 1 - Quem, tendo ao seu cuidado, à sua guarda, sob a responsabilidade da sua direcção ou educação, ou a trabalhar ao seu serviço, pessoa menor ou particularmente indefesa, em razão de idade, deficiência, doença ou gravidez, e: a) Lhe infligir maus-tratos físicos ou psíquicos ou a tratar cruelmente; b) A empregar em actividades perigosas, desumanas ou proibidas; ou c) A sobrecarregar com trabalhos excessivos; é punido com pena de prisão de 1 a 5 anos, se o facto não for punível pelo artigo 144.º 2 - A mesma pena é aplicável a quem infligir ao cônjuge, ou a quem com ele conviver em condições análogas às dos cônjuges, maus tratos físicos ou psíquicos. 3 - A mesma pena é também aplicável a quem infligir a progenitor de descendente comum em 1.º grau maus tratos físicos ou psíquicos Artigo 152.º Violência doméstica 1 -Quem, de modo intenso ou reiterado, infligir maus tratos físicos ou psíquicos, incluindo castigos corporais, privações da liberdade e ofensas sexuais: a) Ao cônjuge ou ex-cônjuge; b) A pessoa de outro ou do mesmo sexo com quem o agente mantenha ou tenha mantido uma relação análoga à dos cônjuges, ainda que sem coabitação; c) A progenitor de descendente comum em 1.º grau; ou d) A pessoa particularmente indefesa, em razão de idade, deficiência, doença, gravidez ou dependência económica, que com ele coabite; é punido com pena de prisão de 1 a 5 anos, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal. 2 - No caso previsto no número anterior, se o agente praticar o facto contra menor, na presença de menor, no domicílio comum ou no domicílio da vítima é punido com pena de prisão de 2 a 5 anos. 3 - Se dos factos previstos no n.º 1 resultar: a) Ofensa à integridade física grave, o agente é punido com pena de prisão de 2 a 8 anos; b) A morte, o agente é punido com pena de prisão de 3 a 10 anos. 4 - Nos casos previstos nos números anteriores, podem ser aplicadas ao arguido as penas acessórias de proibição de contacto com a vítima e de proibição de uso e porte de armas, pelo período de 6 meses a 5 anos, e de obrigação de frequência de programas específicos de prevenção da violência doméstica. 5 - A pena acessória de proibição de contacto com a vítima pode incluir o afastamento da residência ou do local de trabalho desta e o seu cumprimento pode ser fiscalizado por meios técnicos de controlo à distância. 6 - Quem for condenado por crime previsto neste artigo pode, atenta a concreta gravidade do facto e a sua conexão com a função exercida pelo agente, ser inibido do exercício do poder paternal, da tutela ou da curatela por um período de 1 a 10 anos. Conferência regional: bragança 7

8 a questão do intenso e reiterado Recurso à ideia de reiteração e intensidade (para esclarecer que não é imprescindível uma continuação criminosa Dr. Rui Pereira - o crime pode ser cometido numa só ocasião) A eliminação de intenso? A supressão de reiterado? A alternativa de uma ou várias vezes? Conferência regional: bragança 8

9 algumas inovações No campo das penas acessórias (inibição do uso e porte de arma, obrigatoriedade de frequência de programas específicos de prevenção de violência doméstica, inibição de poder parental, tutela ou curatela Introdução de punição à ofensa de integridade física que afecte de maneira grave as capacidae de fruição sexual da vítima (excisão) A PL sobre Política Criminal que prevê expressamente como crime de prevenção e investigação prioritárias a violência doméstica e os maus tratos Conferência regional: bragança 9

10 Algum enquadramento jurídico, para além da CRP e do CP Lei 107/99 cria a rede pública de casa de apoio a mulheres vítimas de violência Decreto-Lei 323/200 regulamenta a lei 107/99 (conceitos, organização, gestão, funcionamento, etc.) Decreto Regulamentar 1/2006 introdução de um conjunto de normas técnicas com o objectivo de conferir maior uniformidade e qualidade ao funcionamento das casas de abrigo 3 Planos Nacionais Contra a Violência Doméstica, sempre aprovados por Resoluções de Conselho de Ministros (o III foi aprovado pela RCM 51/2007 de 28 de Março) Conferência regional: bragança 10

11 O apoio económico às vitimas de violência doméstica e a Lei 129/99 (regulamentação da Lei 61/91) Regulamentação do adiantamento devido às mulheres vítimas de violência (aplicado a todas as vítimas, mas só de violência conjugal) Não se trata de uma indemnização à vítima mas a antecipação do pagamento da indemnização que a vítima virá a receber no(s) processo(s) que instaurar contra. Obriga a vítima a propor um processo contra o agressor, levando-o até ao fim Um adiantamento é uma quantia que tem de ser devolvida Conferência regional: bragança 11

12 O regime de adiantamento permite a duplicação de meios de apoio O regime adiantamento depende do MJ, o RSI e os apoios pontuais da SS dependem do MTSS, as misericordias são independentes e muitas das casa abrigo são geridas por organizações não governamentais: não existe qualque entidade que coordene e/ou controle a actividade destas várias instituições Conferência regional: bragança 12

13 Os requisitos Art.º2º: as pessoas que cumulativamente sejam vítimas e incorram em situação de grave carência económica em consequência do crime Art.º5º: o pedido da concessão do adiantamento no prazo máximo de 6 meses Art.º7º: não poderá exceder o equivalente mensal ao SMN, durante o período de 3 meses prorrogável por igual período Art.º9º: no caso da vítima obter reparação constitui-se na obrigação de restituir as importâncias recebidas Conferência regional: bragança 13

14 algumas questões Porque não pensar o adiantamento como um microcrédito em vez de mensalidades? As vítimas que têm que abandonar a sua casa raramente conseguem estabilizar a situação económica em 12 meses O período médio de 6 meses entre o pedido de adiantamento e a respectiva atribuição Conferência regional: bragança 14

15 As leis não dispensam uma mudança de mentalidades Em 2005 e 2006 aumentou o número de ilícitos participados, o número de detenções de suspeitos de práticas de crimes de violência doméstica O aumento poderá significar uma maior eficiência das polícias, um maior esclarecimento das vítimas Conferência regional: bragança 15

16 As leis não dispensam uma mudança de mentalidades como é inaceitável a persistente violência contra as mulheres nas suas múltiplas formas, como é fundamental reforçar o empenho político e a intervenção conjunta de todos os decisores para identificar formas e recursos que previnam e combatam de forma sustentada a violência contra as mulheres como é indispensável o envolvimento de toda a comunidade não só na identificação das situações e do acolhimento decorrente, mas no empenhamento activo na sua eliminação que a finalidade é garantir a igualdade, a liberdade e a dignidade das mulheres Conferência regional: bragança 16

17 mulheres saudáveis, educadas e emancipadas terão filhos e filhas saudáveis, educados e confiantes (in situação mundial da Infância de 2007 da UNICEF) Esther Mujawayo, ruandesa e tutsi, sobrevivente da tragédia do Ruanda afirmou passei da condenação de viver à escolha de viver. Não foram os meus assassinos que me deixaram viva, sou eu que hoje, escolho viver Combater a violência contra as mulheres é lutar por este direito. Conferência regional: bragança 17

18 a poetisa Maya Angelou, defensora dos direitos humanos escreveu Nós, Criados nesta terra, por esta terra Um mundo em que cada homem e cada mulher Podem viver livremente sem piedade oferecida E sem medo paralisante Quando lá chegarmos Temos de admitir que somos o possível Somos o prodigioso, o verdadeiro milagre deste mundo Quando e apenas quando Lá chegarmos. Então cheguemos! Conferência regional: bragança 18

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