REVISTA UNIVERSO TECNOLÓGICO

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3 REVISTA UNIVERSO TECNOLÓGICO Faculdade Capixaba de Nova Venécia Multivix v. 02 n. 01 Jan/Dez Anual Diretor Executivo Profº. Tadeu Antônio de Oliveira Penina Diretora Acadêmica Profª. Eliene Maria Gava Ferrão Diretora Geral Profª. Sandrélia Cerutti Carminati Coordenadora Acadêmica Profª. Elen Karla Trés Coordenadora Administrativo-Financeira Profª. Silnara Salvador Bom Coordenador de Graduação Profª. José Junior de Oliveira Silva Bibliotecária Profº. Alexandra Barbosa Oliveira Comissão Editorial Profª. Eliene Maria Gava Ferrão Profª. Elen Karla Trés Profº. José Junior de Oliveira Silva Profª. Olívia Nascimento Boldrini Profª. Douglas Vidal COORDENADORES Douglas Bitencourt Vidal Francielle Milanez França Ivan Paulino Karina Andrade Fonseca Ludimila Sales de Oliveira Marcos Solon Kretli Maxwilian Novais Oliveira Olívia Nascimento Boldrini Sabrina Zen Rauta Ferreira Universo Tecnológico / Faculdade Capixaba de Nova Venécia / Nova Venécia: (Jan/Dez. 2015). Anual ISSN X 1. Produção científica Faculdade Capixaba de Nova Venécia. II. Título

4 EDITORIAL A Revista Científica Universo Tecnológico é uma iniciativa da Faculdade Capixaba de Nova Venécia que possibilita a divulgação de artigos e resumos de contribuições relevantes para a comunidade científica das diversas áreas de estudo que abrange a Instituição. Portanto, trata-se de um veículo de publicação acadêmica a n u a l, cujo público-alvo são professores e alunos de graduação e pós-graduação. Diante disso, a Instituição almeja que a Revista Científica Universo Tecnológico contribua para o fomento contínuo da prática da investigação, e promova o crescimento educacional.

5 UNIVERSO TECNOLÓGICO SUMÁRIO A R T I G O S A ARQUITETURA DE MUSEUS COMO ELEMENTO CATALISADOR DE ESPAÇOS EVENTUAIS INTERATIVOS Marcos Solon Kretli da Silva O COMO UMA FERRAMENTA PODEROSA DO WEB MARKETING Carla Salvador Christina do Vale Pena Marcus Vinicius Oliveira Camara Thayse Ferrari ANÁLISE DOS PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS GERADOS PELOS RERÍDUOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE PONTO BELO - ES Talita alves de Carvalho Vitor Pereira Mota MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS NO MUNICÍPIO DE PINHEIROS - ES Ana Carolina Souza Teixeira Raphael Melo Borges Giuliana de Angelo Ferrari A IMPORTÂNCIA DA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL NO SISTEMA PRODUTIVO DA EMPRESA VENEZA COOPERATIVA AGROPECUÁRIA DO NORTE DO ESPÍRITO SANTO Ádamo Ozório Barros Rocha Luiz Gustavo Gobbi Firmino Marcelo Piovezan Calegari Olívia Nascimento Boldrini Yuri Rodrigues de Souza ISSN X

6 5 A ARQUITETURA DE MUSEUS COMO ELEMENTO CATALISADOR DE ESPAÇOS EVENTUAIS INTERATIVOS*. Marcos Solon Kretli da Silva¹ * Este artigo é fruto de um a pesquisa de pós-doutoramento denominada TRANSmuseus, entre através dos espaços expositivos: a arquitetura museológica contemporânea e sua relação a cidade, a arte e as novas mídias, desenvolvida no PPGAV USP entre 2010 e 2013, com o apoio da FAPESP e supervisão da professora livre docente Mônica Baptista Sampaio Tavares. Resumo Ao final do século XX, muitos arquitetos se destacaram no cenário internacional ao desenvolverem alguns projetos de arquiteturas museológicas de grande arrojo e expressividade formal, a partir de experimentações morfogenéticas complexas que só foram possíveis graças ao avanço das tecnologias, ferramentas e recursos digitais usados no planejamento. O que fez com que elas adquirissem uma maior visibilidade pública, tornando-se bem mais atrativas. Nesses casos, as espetaculares formas arquitetônicas foram concebidas como imagens de forte impacto e amplo apelo midiático, apresentando em sua monumentalidade um caráter de marco referencial inserido na paisagem que o envolve, como se a arquitetura fosse, em seu aspecto comunicacional e simbólico, o principal objeto a ser oferecido à população. Entretanto, o objeto arquitetural não é só forma expressiva, porque assim ele seria uma escultura. Entre os experimentos projetuais apresentados recentemente por alguns arquitetos consagrados, os mais interessantes procuram ir além do formal e do espacial para voltar-se à dimensão temporal da arquitetura, explorando todas suas dinâmicas em potencial. Esses projetos muitas vezes são desenvolvidos a partir do estudo das atividades e dos eventos que dão vida aos espaços desses edifícios. Desta maneira, eles não foram pensados apenas a partir de suas características estruturais estáticas, mas, também, enquanto objetos dotados de programas, cujas instruções solicitam a produção de processos eventuais, com dinâmicas operacionais próprias, envolvendo diversos percursos, movimentos e fluxos que acontecem e se propagam de acordo com a vivência e interação dos usuários no e com os espaços. Palavras-chave: Arquitetura de museus, espaços eventuais interativos, evento Abstract At the end of the 20th century, many architects have excelled in the international arena to develop some projects of museum architecture of great boldness and formal expressiveness. However, the architectural object is not only significantly, because then it would be a sculpture. Among the projective experiments recently presented by some famous architects, the most interesting looking to go beyond the formal and spatial to turn the temporal dimension of architecture, exploring all its potential dynamics. These often projects are developed from the study of activities and events that give life to the spaces of these buildings. Keywords: Architecture museums, any interactive spaces, event. 1 Arquiteto e urbanista graduado pela UFES com mestrado e doutorado em Comunicação e Semiótica pela PUC SP e pós-doutorado em Artes Visuais pela ECA USP.

7 Para entendermos os modos de pensar e planejar a arquitetura museológica contemporânea é necessário tentar transcender seu aspecto formal para abordá-la como um elemento que incita a fomentação de eventualidades em espacialidades. Nesse sentido, a relação entre os espaços e os eventos que neles são desenvolvidos precisa acontecer nos dois sentidos, ou seja, o eventual a influenciar o espacial, assim como este o influencia, num diálogo em que ambos se qualificam, mutuamente. Para isso é preciso indagar como devemos explorar os meandros desse processo relacional? Em sua tese de doutorado David Moreno Sperling (Sperling, 2008) aborda as noções de espaço e evento, em seus diálogos leitura de textos de pensadores como Alain Badiou ou Jacques Derrida, além dos escritos do arquiteto e teórico da arquitetura Bernard Tschumi, esse pesquisador aponta algumas vias de investigação e entendimento possível. Com o início da leitura vem à tona uma pergunta. O que é um evento? Originária do latim eventu, a palavra é utilizada em alguns campos disciplinares com algumas variações de significado, algumas vezes contraditórias, predominando em geral o sentido de acontecimento ou ainda o de acontecimento organizado e programado que visa alcançar resultados prédeterminados. Ao contrário dessa definição corrente, Sperling (Sperling, 2008: 41) diz que Bernard Tschumi explora o eventual em seus estudos arquiteturais como algo imprevisível e não programável. O que simplesmente acontece, uma ocorrência incidental que vem à tona em um contexto espaço-temporal que é tranformado por ela. É o que ocorre repentinamente quando certas condições são reunidas e vem o imprevisto (Apud Sperling, 2008: 41). No campo filosófico, Sperling (Sperling, 2008: 32) lembra que Jacques Derrida aborda o evento como algo não apenas indeterminado, mas também irrepetível em sua singularidade, pois vai além de um fato cotidiano ou corriqueiro. Sendo assim, o eventual surge como aquilo que acontece em um agora distinto de qualquer outro agora experienciado pelo mesmo sujeito. (Apud Sperling, 2008: 32). Mais do que um simples acontecimento, o evento é, segundo, uma ação crítica no espaço.um momento de questionamento ou problematização das condições anteriores, que já carrega em si a invenção, o devir outro. Para David Sperling (Sperling, 2008: 31) o estabelecimento de vínculo entre a ação e a reflexão é inerente ao eventual, pois o evento implica uma posição ativa de um sujeito no processo de diferenciação. Característica que o distancia de uma ocorrência que não mobiliza ou afeta alguém, como também de qualquer ação mecânica ou irrefletida (Sperling, 2008: 48). Levando em consideração esse esclarecimento inicial de Sperling sobre a noção de eventualidade, devemos distinguir e relacionar na leitura dos projetos arquitetônicos dos museus e centros culturais desenvolvidos nas últimas décadas duas noções introduzidas por esse autor: as de espaço de eventos e espaço para eventos. Na primeira sobressai o imprevisto e na segunda resulta o programado. Diante dessa distinção, vale perguntar o que é uma eventualidade programada e como se dá a programação dos eventos? Segundo Sperling (Sperling, 2008: 96), ela é comumente desenvolvida a partir dos estágios de planejamento, promoção, instalação, atendimento e revisão, ou seja, o aperfeiçoamento do ciclo. É o reflexo de uma sociedade da programação e do controle, em que eficiência e segurança são modos de adequação ótima dos meios aos fins (Sperling, 2008: 96). A noção de evento programado está relacionada então a uma ação controlada que ocorre no mundo contemporâneo, a partir de uma inversão fundamental destacada por Sperling (Sperling, 2008: 97), ou seja, o evento estrito senso, ocorrência imprevisível, é associado à violência. E o controle das ações, violência por excelência, é associado à segurança. O risco inerente a 6

8 qualquer criação efetiva cede lugar ao risco regulado (Sperling, 2008: 97). 7 Programar o eventual, manter a eficiência dos sistemas e controlar os possíveis riscos em sua ocorrência são, para Sperling (Sperling, 2008: 97), algumas funções de um campo de investigação e ação, posicionado no contexto de uma área de gerenciamento de sistemas informáticos, chamada event-driven architecture, que em português pode ser traduzido como arquitetura dirigida a eventos. Em linhas gerais, são sistemas que permitem a previsão e a classificação de eventos, como também a tomada de decisões a partir de suas características intrínsecas e de correlações suas com o contexto, oferecendo como ferramentas bases de dados, detecção e visualização de padrões dos eventos e identificação de processos inerentes a eles, (...) reagindo de maneira inteligente a quaisquer mudanças nas condições de uma situação (Sperling, 2008: 97). Com as arquiteturas dirigidas a eventos, a esfera cultural com suas espacialidades e temporalidades processuais operam, conforme Sperling, a partir dos programas e das programações para a criação de uma (im)previsibilidade controlada (Sperling, 2008: 97). Dessa maneira, de acordo com Virgínia Lisboa (Lisboa, 2010: 24), um evento programado precisa ser entendido em toda sua complexidade espaço-temporal, muito além dos interesses de quem o promove e de seu público específico,para atender a múltiplas agendas, incorporar objetivos e regulamentações dos governos, exigências das mídias, necessidades dos patrocinadores e expectativas da comunidade (Lisboa, 2010: 24). Até porque os eventos são únicos. Mesmo quando idênticos no formato, programa e local, a apresentação e a participação do público nunca serão iguais, fazendo com que cada evento seja, no máximo, similar. Por mais que se programe uma ocorrência ela sempre apresentará variáveis (Lisboa, 2010: 16). Ao abordar o eventual no campo arquitetural, Bernard Tschumi propõe outra natureza para a disciplina arquitetônica que, segundo Sperling (Sperling, 2008: 11), deve estar situada nas relações espaciais e nas dinâmicas de uso que se engendram nos espaços. O que ele nomeia de eventos (Sperling, 2008: 11). No pensamento de Bernard Tschumi a arquitetura é a relação disjuntiva entre a concepção do espaço e a experiência do espaço. Essa separação entre o concebido e o vivenciado demonstra, segundo Sperling (Sperling, 2008: 20-23), que a vivência das espacialidades arquitetônicas e a experienciação de suas ocorrências eventuais, tendem a fugir ao controle do arquiteto, pois são na maioria das vezes incontroláveis, mesmo quando programadas de antemão. Sendo assim, cabe à estratégia projetual do profissional da arquitetura apenas instaurar algumas condições especiais para os eventos acontecerem efetivamente. Entendida por Tschumi como potência antes que debilidade, a disjunção entre o espaço e o evento é vista, nestes termos, como uma qualidade arquitetural, pois é a partir dela que podemos explorar zonas intersticiais de relação e contaminação entre essas duas instâncias conceituais (Sperling, 2008: 23). A partir do diálogo entre o espacial e o eventual surge a noção de espaço-evento, sendo o espaço um elemento catalisador de eventos (Sperling, 2008: 27). No projeto arquitetônico do MASP Museu de Arte de São Paulo, desenvolvido nos anos 50 pela arquiteta Lina Bo Bardi, a configuração espacial surge de uma estratégia organizacional que busca gerar uma continuidade entre espacialidades distintas, entre o interior e o exterior, em interstícios. Os espaços internos se inter-relacionam de modo a favorecer a atualização de diferentes eventos programados, quase simultâneos. Exposições, mostras, performances, seminários etc. Além disso, a arquitetura também se abre para o surgimento de outros eventos, muitas vezes inesperados, espontâneos. Isso ocorre principalmente no térreo, com a criação do grande vão livre que dialoga com a Avenida Paulista e o Parque Trianon em frente, funcionando ainda como um ponto de observação da paisagem urbana, ao se expandir em direção ao platô com vista para a Avenida Nove de Julho, atrás. Nesse campo expandido

9 8 ocorrem diariamente diversas atividades, não apenas artísticas ou culturais, mas também sociais e políticas, fazendo do lugar um ponto de atração, reunião e difusão urbana, uma área de aproximações, encontros e vivências. Sua espacialidade eventual envolve e absorve uma confluência de fluxos e energias, em movimentos que se cruzam e se misturam à dinâmica urbana cotidiana. Figura 1 - MASP Museu de Arte de São Paulo Fonte: Outros museus e centros culturais tem se apropriado dos espaços públicos envolventes, em seu campo circundante, respondendo à necessidade dessas instituições de criar espacialidades que possibilitem o surgimento de eventualidades, sejam elas programadas ou não. É possível que o planejamento possa também dar conta do inesperado? O projeto arquitetônico do Centro Pompidou em Paris procura seguir essa indicação. Ao tomar partido da praça que se configurou em frente como um espaço-evento, onde são desenvolvidas diversas atividades inter-relacionadas que mobilizam uma série inumerável de indivíduos e grupos vindos de todas as partes da cidade, o lugar se transforma a cada ação ou manifestação da população, com seus movimentos imprevisíveis e muitas vezes improváveis. Figura 2 - Centro Pompidou, Paris Fonte: Marcos Solon Kretli da Silva Figura 3 Centro Pompidou, Paris Fonte: Marcos Solon Kretli da Silva Figura 4 - Centro Pompidou, Paris Fonte: Marcos Solon Kretli da Silva Figura 5 - Centro Pompidou, Paris Fonte: Marcos Solon Kretli da Silva

10 Ao analisarmos alguns exemplos representativos como o do pátio central do Louvre em Paris ou o da Praça São Pedro em Roma, devemos entendê-los como espacialidades eventuais que se tornam ponto de atração e distribuição de fluxos que se cruzam e se dispersam, resignificando constantemente o lugar. Desse modo, esses espaços públicos mutantes tornamse um local privilegiado para encontros, embates e trocas de informações e vivências culturais, em diálogos interpessoais. 9 Figura 6 - Pátio Central do Louvre, Paris Fonte: Marcos Solon Kretli da Silva Figura 7 - Praça São Pedro, Roma Fonte: Marcos Solon Kretli da Silva Nesse contexto, foi erguida recentemente na Plaza de la Encarnacion em Sevilha uma grande marquise de arquitetura orgânica, com estrutura em forma de casa de abelha que filtra os raios solares revelando sombras fugidias: o Metropol Parasol de Jürgen Mayer-Hermann. A construção de formas expressivas transformou essa esplanada pública, reorganizando e requalificando-a para se adaptar a outras funções e objetivos programáticos. Uma reestruturação que proporcionou à população a possibilidade de desfrutar de um novo equipamento cultural urbano, multifuncional com vários platôs em níveis interligados através de estratégias projetuais. Com as escavações destinadas à construção dos alicerces do edifício, os construtores descobriram algumas ruínas arquitetônicas datadas do período do antigo império romano, que logo foram incorporadas ao projeto, podendo ser apreendidas no subsolo. De lá o visitante pode subir de elevador até o nível mais alto, onde passarelas serpenteiam pela cobertura, desvelando uma vista panorâmica da cidade. O resultado é um mix de museu, mirante e espaço para os mais diversos eventos em simultaneidade, cujo dinamismo dialoga com os fluxos dos transeuntes que atravessam e percorrem os ambientes a cada dia, corriqueiramente. Figura 8 - Metropol Parasol. Sevilha Fonte: Marcos Solon Kretli da Silva Figura 9 - Metropol Parasol. Sevilha Fonte: Marcos Solon Kretli da Silva

11 10 Poderíamos dizer que não há arquitetura sem programa, sem ação e sem evento. De acordo com Sperling (Sperling, 2008: 26) ela só se torna efetiva, quando realiza o deslocamento do continente para o conteúdo, dos espaços para aquilo que neles acontece, suas eventualidades. A vivência espacial se instaura assim no uso ou na apropriação dos espaços, através de uma apreensão e percepção que se alcança com a mobilidade corporal. Desse modo, o evento como experiência arquitetural, é o momento em que o corpo pela ação como reflexão transgride a lógica [corrente] do espaço e se diferencia como corpo experienciador (Sperling, 2008: 48). Para Sperling (Sperling, 2008: 50), esse processo pressupõe um modo de estar entre. Não apenas no sentido de delimitação, de estar entre limites, mas enquanto abertura interrelacional. Conexão. Passagem. Nesse sentido, a prática arquitetural não deve se voltar apenas às formas, mas às forças e relações dialógicas entre os espaços, os movimentos e os eventos. Segundo esse pesquisador, Tschumi introduz o movimento como terceiro termo entre o espaço e o evento não como um mero cinetismo ou ação mecânica, mas como o contato dinâmico entre os corpos ou entre eles e o espaço, a partir do qual resultam trocas de informações e experiências, tanto as individuais quanto as coletivas. Uma situação dinâmica sugere assim uma maior probabilidade de ocorrência de eventos representativos que outra meramente estática. Os espaços museológicos são campos eventuais de mobilidade e também de mobilização, seja ela estética, cultural ou política. Desse modo, é importante para Lisboa (Lisboa, 2010: 27) a participação ativa e crítica do público com suas experiências interativas. Os eventos oferecidos pelos museus e centros culturais são programados para mobilizar o público em geral, sem distinção ou restrição, atraindo não só a população que reside no seu local de inserção, mas também visitantes de outras localidades. Sendo assim, segundo Lisboa (Lisboa, 2010: 17-18), o planejamento dessas espacialidades deve prever a necessidade de receber ou apoiar, com eficiência ou funcionalidade, eventos muito distintos, oriundos de todas as partes do mundo, mantendo sempre um mesmo padrão de excelência, sem deixar de preservar suas características próprias, de modo a evidenciar técnicas e costumes do lugar. Sua identidade. Como não pertencem ao rol das atividades corriqueiras, alguns megaeventos artísticos e culturais geram complexos sistemas de circulação organizados em redes físicas e virtuais, cujo dinamismo coexiste com dos fluxos cotidianos dos espaços urbanos. O que pode gerar inúmeros problemas, provocando transtornos incontornáveis para a população, pois as infraestruturas das cidades muitas vezes não comportam tais eventualidades. O resultado são filas, congestionamentos e caoticidades. Alguns eventos artísticos e culturais têm alcançado nas últimas décadas uma abrangência global, em atividades e processos interstitucionais. Com a expansão e diversificação das funções e ações museológicas, nota-se a intensificação de relações eventuais que interconectam localidades, muitas vezes distantes. De acordo com Lisboa (Lisboa, 2010: 24-25), isso acontece de tal maneira que acontecimentos locais são, algumas vezes, modelados por eventos que ocorrem a milhas de distância e vice-versa (Lisboa, 2010: 24-25). No contexto da nossa sociedade globalmente conectada pelos sistemas de transporte e de informação, podemos considerar casos em que há uma simultaneidade eventual. Aqui e lá ao mesmo, em inter-relações e complementaridades, através de interfaces midiáticas. Como lembra Sperling (Sperling, 2008: 95), há situações em que a própria informação de um evento, veiculada nos meios de comunicação, converte-se em sua atuação. Dessa maneira, o eventual se desdobra não apenas no espaço, mas também no tempo. É como se não precisássemos mais da eventualidade em si, mas de sua transmissão e difusão. Graças à ubiquidade proporcionada pelas novas mídias, um algo que simplesmente acontece pela velocidade e abrangência de atuação da informação, tende a se transformar em um acontece para mim global (Sperling,2008: 95). Com o advento da sociedade informacional e o avanço das tecnologias midiáticas, o evento enquanto ação crítica no espaço passou a exigir do sujeito experienciador um processo de

12 11 apreensão espaço-temporal menos passivo e mais participativo, com mais interatividade e menos reatividade. Os experimentos participativos seminais desenvolvidos entre os anos 1950, 1960 e 1970 por artistas como os brasileiros Hélio Oiticica e Lygia Clark tornaram-se um território fértil para o surgimento da interação. Apesar de algumas vezes não terem ainda um bom nível de inserção e participação do público nas propostas, essas experiências artísticas ganharam o mundo, influenciando outros artistas posteriores da arte interativa. De lá para cá, foram desenvolvidos inúmeros projetos, com base na noção de participação e interação, que ajudaram a transformar os modos de apreender os objetos ou processos artísticos apresentados, assim como os próprios espaços de exposição. A complexidade crescente dessas práticas levou à interatividade com dispositivos tecnológicos como conhecemos hoje, classificada por Mônica Tavares a partir de diferentes categorias e níveis. A interatividade tornou-se palavra de ordem no contexto contemporâneo sendo teorizada, praticada e disseminada em eventos diversos, principalmente os da arte midiática com sua revolução nos processos de emissão e recepção da arte. Nos últimos anos, as possibilidades abertas pelo avanço tecnológico da sociedade pósindustrial e o desenvolvimento dos sistemas midiáticos no contexto da cibercultura a1 ou cultura digital, com suas ideias, conceitos, diretrizes e potencialidades representacionais ou informacionais, impulsionaram alguns arquitetos contemporâneos em direção à experimentação e à busca de novas referências teóricas e outros procedimentos projetuais que levaram à criação de algumas propostas arquitetônicas diferenciais, onde os espaços museológicos apresentam características e qualidades, muitas vezes inexploradas. Um caso representativo é o do ZKM, um centro de arte e mídia localizado em Karlsruhe na Alemanha. Ao final do século XX, a diretoria dessa instituição alemã abriu um amplo debate na sociedade que visava refletir sobre o futuro dos espaços expositivos dos museus no século XXI. Uma discussão, com referências e questões particulares, focada na evolução das novas mídias e no surgimento de outras categorias ou linguagens artísticas como a ciberarte e a arte interativa, entre outras introduzidas pelos artistas dessas vertentes ciberculturais, com seus revolucionários modos de apresentação e recepção. Como um desdobramento desse debate embrionário foi apresentada uma convocação pública para escolher o partido da configuração formal e espacial da arquitetura do edifício de sua sede. Figura 10 - Centro de Arte e Mídia de Karlsruhe Fonte: OMA. In a Pierre Lévy definea cibercultura como o conjunto de técnicas materiais e intelectuais, de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço, também chamado de espaço do saber ou rede de conhecimento global, que surge da interconexão mundial dos computadores. Para esse autor, o termo especifica não apenas a infra-estrutura da comunicação digital, mas, também, o universo oceânico de informações que ele abriga, sem falar nos seres humanos que navegam e alimentam esse universo (Lévy, 1999: 17-41).

13 12 Figura 11 - Centro de Arte e Mídia de Karlsruhe Fonte: OMA. In Entre as diversas propostas que participaram da seleção, a que mais repercutiu entre a crítica especializada foi a do arquiteto Rem Koolhaas, apesar de não ter sido aprovada no concurso. A arquitetura proposta por ele foi pensada e planejada como uma máquina ou um computador, a partir da relação entre hardware e software, ou seja, entre o material e o imaterial, o tangível e o intangível. Esse projeto representativo revelou espacialidades que surgiram da interface entre as tecnologias arquitetônicas e midiáticas, podendo se auto-organizar e se reconfigurar com flexibilidade, eventualmente, de acordo com as características dos eventos programados ou mesmo daqueles imprevistos, de modo a corresponder às solicitações da instituição e seus programas ou projetos, com suas possíveis mudanças ou variações programáticas. A primeira característica do planejamento que chama a atenção está relacionada à maneira como a arquitetura do edifício foi implantada no sítio urbano. O local que foi destinado à construção da sede desse centro cultural localizava-se numa zona de transição da urbe. De acordo com Koolhaas (Koolhaas, 1989: ), a implantação foi feita exatamente no ponto limite entre a cidade antiga e a nova, entre o centro histórico e a periferia, bem próximo a uma estação de trens. A via férrea que passa por essa região separava e criava uma barreira, bloqueando o trânsito entre o terreno do edifício e o desse equipamento de transporte público que se localiza na área central de Karlsruhe. Esta configuração infraestrutural impedia o acesso ao local para quem vinha do centro. Objetivando liberar esse trajeto e criar outra possibilidade de se chegar à nova edificação esse arquiteto diz que procurou religar o que a linha ferroviária antes separava, criando uma passarela suspensa que possibilitava a interconexão e integração dos dois espaços arquitetônicos, inter-relacionando universos independentes e atividades distintas situadas em polos opostos. Segundo ele, essa operação visava seduzir e atrair um público extra que cotidianamente transita pela estação, vindo do centro ou de outras partes da cidade, mas que ainda não adquiriram o hábito de frequentar espaços ou equipamentos culturais desta natureza. Diferente de outras propostas apresentadas recentemente, o projeto realizado por Rem Koolhaas (Koolhaas, 1989: ) e sua equipe não prioriza a experimentação formal. Ele procura criar sistemas operantes e procedimentos de caráter funcionalista para intervir no local. Segundo ele, essa intervenção infraestrutural inicial, que se tornou um das principais ações do projeto, acabava com a desconexão existente e poderia, assim, gerar uma melhor

14 13 fluidez nesse eixo de conexão com o núcleo urbano histórico. Uma estratégia projetual importante e necessária que pretendia distribuir e organizar os percursos físicos, de maneira flexível, para serem potencialmente otimizados. Esta operação tornar-se-ia imprescindível para a inter-relação do edifício com seu campo circundante. Com esta interferência ele interconectou o edifício ao sistema viário e articulou seus espaços a outros espaços urbanos de referência, abrindo-os e tornando-os acessíveis às diferentes comunidades da cidade, para que pudessem ser apreendidos por todos e cumprir a contento sua função social e educativa. As atividades e interatividades do ZKM, previstas de antemão no programa, foram distribuídas com liberdade de organização no interior de um grande cubo transparente e neutro com vários andares, constituídos por espaços arquitetônicos abertos, contínuos e fluídos que foram pensados para aumentar a fluidez dos percursos e do trânsito, do interior ao exterior do edifício e vice-versa. A continuidade espacial foi alcançada através de vários experimentos projetuais desenvolvidos com ferramentas analógicas e digitais. Segundo Koolhaas (Koolhaas, 1989: ) ela permitiu a sobreposição e inter-relação de atividades ou funções diferenciadas, aumentando a versatilidade da edificação proposta. Isso só se tornou exequível porque os espaços internos não foram compartimentados. A utilização de alguns recursos estruturais possibilitou a ausência de paredes divisórias e o excesso de elementos estruturais verticais como pilares, liberando os vãos e estabelecendo uma ligação entre um espaço e outro ou entre um andar e outro, que é reforçada ainda mais pelo posicionamento de rampas, escadas e elevadores, organizados de modo a distribuir os fluxos pelos espaços, desdobrando-os, eventualmente, de acordo com as solicitações da instituição. A preocupação com a fluidez dos percursos físicos, durante o processo de criação das espacialidades, veio acompanhada da necessidade de se pensar, de maneira criteriosa, sobre o funcionamento e a dinâmica dos sistemas ou circuitos informacionais e seus recursos tecnológicos como a comunicação à distância e a tele presença, entre outros. Segundo Rem Koolhaas (Koolhaas, 1989: ), a arquitetura contemporânea não pode mais se relacionar somente com o lugar onde ela está inserida, mas precisa se conectar também a uma rede mais ampla, globalizada, que envolve ambientes concretos e virtuais ou ciberespaciais, com seus campos de forças e fluxos em constante interação e transformação. Para responder a essa demanda era preciso equipar o edifício e seus diversos espaços com tecnologias midiáticas de última geração que pudessem servir de apoio às interatividades previstas. Procurando desenvolver uma arquitetura propícia a isso, esse criador optou pela organização espacial em planta livre, uma herança da arquitetura moderna, o que facilitava a instalação de vários meios e aparatos tecnológicos comunicacionais necessários à eficiência funcional da edificação, atendendo às exigências de alguns experimentos e manifestações artísticas do nosso tempo que solicitam em seus processos de criação e apresentação o desenvolvimento de interfaces entre mídias distintas, com misturas de linguagens. Em resposta a essas solicitações, Koolhaas (Koolhaas, 1989: ) acredita que a arquitetura deve incorporar a capacidade de se adaptar e se transformar quando necessário, a partir da interface ou da inter-relação entre os espaços físicos e os ambientes virtuais, convertendo-se, desta maneira, em um mecanismo computacional que pode se auto-organizar e se auto-regulamentar, de modo constante. A busca de conexões e de inter-relações entre os espaços internos, externos ou intersticiais e os ambientes virtuais foi intensificada com o desenvolvimento de um recurso tecnológico empregado por esse criador. Sobre a fachada externa do edifício, ele criou um painel eletrônico de cristal líquido que vai da base ao topo do volume. Uma parede midiática feita de pixels que funciona como um grande monitor de vídeo de sua arquitetura-computador, uma espécie de janela virtual que se abre para o entorno. Através dela, seria possível apresentar ao público que mora ou circula pelas redondezas as imagens de tudo o que acontece, cotidianamente, no interior do edifício, seus eventos, atividades e fluxos, aumentando sua visibilidade e seu poder de atração e comunicação com a comunidade, a partir da sobreposição e entrelaçamento entre a realidade física e a virtualidade, entre a forma e a informação (Koolhaas, 1989: ).

15 14 Figura 12 - Painel Eletrônico na fachada Fonte: OMA. In A experiência nesses espaços arquitetônicos eventuais da arte tecnológica contemporânea possibilita ao público interator o desenvolvimento e a vivência de outros processos perceptivos ou sensíveis, além de novos modos de cognição. Os ambientes polisensoriais fantásticos, de caráter físico e virtual, envolvem a dinâmica dos corpos. assim como os sentidos dos usuários, em sinestesia, com recursos midiáticos de onde proliferam efeitos e sensações dinâmicas a partir da combinação de luzes, imagens e sons caleidoscópicos, potencializadas pelos dispositivos tecnológicos de imersão e interação. Ao mesmo tempo, o excesso de tentativas frustradas em propostas interativas tem levado a uma banalização de práticas, referências e questões teóricas. Segundo Sperling (Sperling,2008: 101), o eventual como algo coletivo, como erupção da criatividade artística para todos por meio da conexão de interfaces de interação tem se convertido em mero entretenimento. Nas palavras dele, o entretenevento. Figura 13 - Pavilhão da Água Salgada, Ilha de Neeltje Jans Fonte: Figura 14 - Pavilhão da Água Salgada, Ilha de Neeltje Jans Fonte:

16 REFERÊNCIAS KOOLHAAS, Rem (1989). ZKM. En El Croquis no. 73, pp LÉVY, Pierre (1999): Cibercultura. Rio de Janeiro, Editora LISBOA, Virgínia Santos (2010): Eventos programados e suas dinâmicas espaciais. São Paulo em foco. Dissertação de Mestrado FAU USP. 4. SPERLING, David Moreno (2008): Espaço e evento. Considerações críticas sobre a arquitetura contemporânea. Tese de Doutorado FAU USP. 5. TAVARES, Mônica (2000): A recepção no contexto das poéticas interativas. São Paulo, Tese de Doutorado, USP. 6. TSCHUMI, Bernard (2005): Event Cities. MIT Press.

17 O COMO UMA FERRAMENTA PODEROSA DO WEB MARKETING 16 Thayse Ferrari² Marcus Vinicius Oliveira Camara³ Christina do Vale Pena 4 Carla Salvador 5 RESUMO Com o advento das constantes transformações que o mundo e as pessoas têm vivido, tornou-se necessário a adaptação das empresas a diversas ferramentas que promovem essas mudanças de comportamento, onde a Internet é a principal delas. Nesse sentido, também houve uma adequação do marketing a esse novo mercado que surgiu, ou seja, foram desenvolvidas novas maneiras de atingir os consumidores, de forma a captar novos clientes e reter os antigos. Com isso, nasceu o web marketing, com o intuito de construir relações cliente x empresa mais próximas, fato esse possibilitado pela utilização de uma de suas principais ferramentas, o marketing. No entanto, nem sempre este instrumento atinge seus objetivos de vantagem competitiva para a empresa, devido à indiscriminada distribuição dos mesmos que ocorre por determinadas organizações. Partindo desse pressuposto, o objetivo deste artigo é analisar até que ponto essa nova ferramenta do marketing contribui efetivamente para o aumento das vendas das empresas que a utilizam. O método utilizado para realização dessa análise é uma pesquisa bibliográfica com utilização de recursos analíticos, baseados em estudos anteriores e na percepção do cliente frente às vantagens e desvantagens do novo método. Palavras-chave: ; spam; web marketing. ABSTRACT With the advent of constant transformations that the world and people have lived, it became necessary to adapt the business to several tools that promote these changes in behavior, where the Internet is the main one. In this sense, there was also an adaptation of marketing to this new market that has emerged, in other words, new ways to reach consumers were developed in order to attract new customers and retain old ones. With this, the web marketing was born, in order to build customer x company closer relationships, a fact made possible by the use of one of its main tools, marketing. However, this instrument does not always reach their goals of competitive advantage for the company, due to the indiscriminate distribution of these occurring by certain organizations. Based on this assumption, the goal of this paper is to analyze to what extent this new marketing tool effectively contributes to increased sales of the companies that use it. The method used to perform this analysis is a literature search with use of analytical resources, based on previous studies and customer perception forward to the advantages and disadvantages of the new method. Key-words: ; spam; web marketing. 2 Mestrando em Engenharia de Transportes na Universidade Federal do Rio de Janeiro 3 Mestrando em Engenharia de Transportes na Universidade Federal do Rio de Janeiro 4 Mestrando em Energia na Universidade Federal do Espírito Santo/ Professora e Coordenadora da Escola Técnica de São Mateus 5 Mestrando em Energia na Universidade Federal do Espírito Santo/ Professora da Escola Técnica de São Mateus e da Faculdade Multivix Nova Venécia

18 1 INTRODUÇÃO 17 Num ambiente globalizado em que vivemos, a evolução constante dos recursos tecnológicos proporcionam alto crescimento da internet como ferramenta de comunicação. O surgimento da internet e a disseminação do seu uso são considerados por Drucker (2000) como tão importante quanto à invenção da máquina a vapor na Revolução Industrial, tornando-se peça chave da Revolução da Informação. Dessa forma, as empresas passaram a contar com uma nova ferramenta para o contato e relacionamento com os clientes, com um custo abaixo do que é praticado pelos métodos tradicionais de marketing, como a mala-direta, o telemarketing e a catalogação. O acesso às diversas tecnologias, como enviar e receber correspondências eletronicamente e visualizar os produtos de determinada empresa propicia um maior conforto ao cliente, podendo acessar a qualquer tempo e em qualquer lugar com acesso à internet, e proporcionam ainda, às empresas uma imensa capacidade de expandir seus negócios, atingindo um aumento em sua carteira de clientes. Além disso, também é possível interagir com eles de maneira personalizada e atingir grupos específicos de pessoas. Nesse sentido, o marketing surgiu como uma importante ferramenta na construção e manutenção dessas relações que promovem uma aproximação com os clientes. Assis (2003) define essa ferramenta como a mais poderosa do marketing direto e, quando utilizada corretamente, pode, além de construir um relacionamento com o cliente, aumentar as vendas da empresa e melhorar a imagem da marca. Por esse e outros motivos, tal ferramenta tornou-se uma escolha extremamente popular entre as empresas. O autor cita ainda que na década atual, já conhecida como a Era do Marketing Interativo e de Permissão, o objetivo passou a ser criar um diálogo com prospects (possíveis clientes) e clientes, no entanto, para que isso ocorra da melhor maneira, é necessário que se obtenha uma permissão prévia. Para dar sustentabilidade a essa nova ferramenta é preciso que haja uma integração completa do mix de marketing, ou dos 4 Ps do marketing, atuando em um novo ambiente, no caso a web, principalmente através dos s. Apesar das vantagens proporcionadas pela utilização dessa ferramenta, tanto para as empresas quanto para os clientes, com o aumento do uso do marketing passaram a circular uma imensa quantidade de s não solicitados, conhecidos popularmente como spams. Tal ocorrência causa um incômodo geral entre os clientes, os quais muitas vezes têm suas caixas de s lotadas com comunicações de marketing que não solicitaram ou não são da sua área de interesse. Moustakas, Ranganathan e Duquenoy (2006) destacam que os spams são reconhecidos como um problema grave e que custam bilhões de dólares para a sociedade americana todos os anos. Tal problema se estende além dos usuários domésticos de Internet, chegando ao ambiente empresarial na forma de várias preciosas horas de trabalho que são desperdiçadas todos os dias na busca por uma maneira de reduzir essa incidência. Gartner (2003) estima que mais da metade das mensagens eletrônicas recebidas pelas empresas de médio porte nos Estados Unidos são constituídos por esses s não solicitados e o esforço empregado para lidar com essas mensagens tendem a diminuir consideravelmente a produtividade dessas empresas. Transpondo os ambientes pessoais e empresariais, os problemas gerados com o recebimento desses s não solicitados acarretam, além dos desperdícios de tempo, esforço e espaço em disco, um maior consumo da banda larga de rede, podendo afetar diretamente os recursos críticos de tecnologia. Como consequência da maior quantidade de spams levar as pessoas a gastarem mais tempo lendo suas mensagens, aumentam-se os custos de utilização de Internet, podendo resultar no aumento das taxas de serviço aos clientes.

19 No entanto, para que as empresas enviem essas correspondências eletrônicas aos seus clientes, ou futuros clientes, deve haver alguma forma de direcionamento, ou seja, elas precisam identificar os perfis das pessoas que deverão receber determinadas informações. Outro questionamento comum de ser feito quando se trata da utilização dos s marketing, seria a respeito da percepção dos clientes frente a essa prática. Afinal, o que é visto por alguns clientes como uma comodidade, pode ser entendido por outros como um incômodo ou uma perda de tempo. Sendo assim, será que essa nova ferramenta do Marketing realmente contribui para o efetivo aumento das vendas das empresas? Diante desses questionamentos, o presente artigo está organizado da seguinte forma: na Seção 2 será realizada uma revisão bibliográfica a respeito do web marketing, com suas vantagens e desvantagens para as empresas, e, sua principal ferramenta, o marketing, bem como os tipos de s não autorizados, os possíveis métodos que as empresas utilizam para o direcionamento desses s e a percepção do cliente frente à essa ferramenta do marketing; na Seção 3 será apresentada a metodologia utilizada para a elaboração deste artigo; e, na Seção 4 serão apresentadas as considerações finais do estudo, as quais indicam a efetividade, ou não, da utilização das ferramentas de web marketing para captação de novos clientes e fidelização dos antigos REFERENCIAL TEÓRICO Com a revolução que a internet tem provocado nas formas de acesso à informação, criou-se uma nova maneira de aplicação do marketing, o Web Marketing. Essa ferramenta pode ser considerada como tudo que a internet efetua em termos de melhorias ou influências no processo do composto de produto, preço, praça e promoção. Para tanto, é tida como necessária a utilização de alguns métodos que apoiem essa ferramenta, sendo o mais comum deles o marketing. Apesar dos imensos benefícios proporcionados pela utilização deste, existem também desvantagens, as quais dizem respeito principalmente ao envio desmedido de s não solicitados. Essa questão tem causado muitos transtornos aos clientes, tanto pessoas físicas quanto jurídicas, pelo desgaste causado, principalmente, pela perda de tempo com propagandas as quais não foram requeridas. Existem diferentes tipos de mensagens não solicitadas que as empresas enviam com diversos propósitos aos clientes. Cada uma delas visa atingir um público específico que, no entanto, nem sempre está interessado na informação que lhe foi transmitida. As empresas possuem um método próprio de direcionamento desses s, o fato é que nem sempre são respeitadas as opções e preferências de cada cliente, motivo que pode ser evidenciado pelo conceito de mídia de massa. Do outro lado dessa questão estão os clientes que recebem essas informações. A visão que eles têm da empresa que os envia determinadas mensagens pode ser extremamente variável. Quando os s são enviados com autorização prévia, ou seja, o cliente de certa forma aguarda por aquilo, o mesmo tende a aumentar sua satisfação com a empresa. No entanto, quando ele não está esperando pelo , ele pode surpreender-se, por uma nova necessidade percebida em função da oferta apresentada, ou então chatear-se por receber em seu endereço eletrônico pessoal informações sobre assuntos que não fazem parte do seu campo de interesse. E é essa percepção que o cliente tem dessa ferramenta que influencia na efetividade dela no que se refere à confirmação das vendas e aumento da lucratividade das organizações.

20 2.1 WEB MARKETING 19 Para Peruzzo (2002), o Web Marketing pode ser conceituado como um novo instrumento de comunicação e distribuição alcançado por meio de recursos digitais, em que organizações e clientes buscam total interatividade em seus relacionamentos, fato esse que proporciona uma troca com satisfação rápida, personalizada e dinâmica. Rita e Oliveira (2006) destacam que o e-marketing ou marketing eletrônico se fundamenta na utilização das tecnologias de informação e comunicação para que ocorra o processo de criação, comunicação e fornecimento de valor aos clientes. Além disso, ele também influencia na gestão da relação cliente x empresa, de modo a favorecer tanto a organização quanto seus stakeholders. Com isso, essa nova ferramenta do marketing promoveu diversas mudanças relacionadas às vantagens competitivas das empresas. De acordo com Peruzzo (2002), com o advento desse instrumento, houve uma redução considerável no ciclo de vida dos produtos, os preços dos produtos sofreram uma intensa queda e foram criados novos mercados para as empresas. Com isso, então, as empresas precisaram alinhar suas vantagens competitivas com as exigências dos mercados, principalmente, promovendo uma ampliação do desenvolvimento de produtos diferenciados (possibilitada pelo aumento dos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento), a um custo acessível, que permita que o preço final do produto seja competitivo, para um mercado cada vez mais aberto e exigente. Para que a utilização do web marketing fosse efetiva surgiram métodos que relacionaram as atividades normais do marketing com aquelas desempenhadas na rede de computadores. O e- mail marketing é o principal deles, sendo o mais utilizado quando uma empresa decide se lançar no meio digital. No entanto, o marketing está relacionado a outros conceitos que devem ser levados em conta nessa atividade, são eles o marketing de permissão e o marketing viral. Para Barata (2011), o marketing de permissão consiste na obtenção de uma autorização prévia do cliente para receber comunicações de marketing em áreas do seu interesse. Caso a informação enviada trate de algum assunto sobre produtos, a mensagem deve ter foco nos benefícios específicos que o produto terá para quem for utilizá-lo. No entanto, a empresa precisa restringir o envio desses s àqueles clientes com autorização prévia. Quando isso não acontece, ou seja, a empresa não restringe o envio dessas mensagens para pessoas as quais não tem permissão para fazê-lo, o cliente recebe a mesma como spam. Já Salzman, Matathia e O Railly (2003) conceituam o marketing viral como a técnica de marketing que explora o interesse dos consumidores para o conhecimento as marca, ou seja, sem autorização prévia do cliente, a empresa envia comunicações a eles com o objetivo único de divulgar sua marca. Essa técnica consiste na divulgação de um produto ou serviço de uma pessoa (cliente) para a outra (o popular boca a boca ) de forma a gerar uma epidemia. O objetivo da empresa sendo alcançado com a utilização dessa ferramenta representa uma importante redução dos gastos com comunicação e divulgação do produto / serviço. Com isso, passa a ser necessário apenas captar a atenção do cliente, que ocorre através da criatividade empregada na campanha. Outros conceitos importantes no que se refere às ferramentas do web marketing estão relacionados às diferentes técnicas utilizadas por ele. Tais técnicas, destacadas por Rublescki (2009) são o marketing one to one, de afiliação e de relacionamento. Segundo a autora, o marketing one to one consiste na oferta de produtos ou serviços similares aos já adquiridos pelo cliente, a partir do perfil do mesmo cadastrado no banco de dados da empresa. Já o marketing de afiliação, também chamado de comissão, trata-se de um sistema de anúncios em que um site disponibiliza um link em outro site e ganha comissão sobre as vendas que ajuda a concretizar. Por fim, o marketing de relacionamento é conceituado como o relacionamento ativo entre empresa e clientes, visando a sua fidelização, através das funções de atendimento e de vendas.

21 20 Quando praticado de maneira adequada o web marketing tende a resultar em imensas vantagens para as empresas. Entre essas vantagens pode-se destacar a visibilidade que a marca passa a ter quando utiliza esse meio de comunicação com os clientes. É sabido por todos que o acesso ao e- mail pessoal é o principal motivo para que as pessoas acessem a internet, ou seja, quem se conecta a internet, muito provavelmente irá checar seus s. Sendo assim, investir nesse meio de comunicação é como atirar exatamente no alvo que se deseja acertar. Além dos benefícios do web marketing apresentados, a utilização do marketing também traz algumas vantagens, que vão desde a segmentação do mercado, a interatividade e a agilidade, até uma boa relação custo x benefício. Uma melhor segmentação do mercado é possibilitada tendo em vista que o perfil das pessoas que se cadastram para receber esse tipo de pode ser muito significativo para as empresas, já que podem ser solicitadas informações adicionais que possibilitem a identificação de novos clientes potenciais. A maior interatividade com o cliente se dá através de uma troca rápida de informações entre a empresa e o cliente, sem necessidade dele ter que ir até uma loja física, podendo resolver suas pendências apenas com cliques no computador. A agilidade se dá por conta da imensa quantidade de s que podem ser enviados em questão de segundos. E, por fim, não há como comparar a relação custo x benefício desse tipo de campanha com outras quaisquer. O custo de enviar s para os clientes é praticamente nulo, enquanto no retorno desse tipo de campanha pode ser criada uma forte relação de credibilidade com o cliente. No entanto, a utilização dessas novas ferramentas não trazem apenas vantagens para as empresas. O problema ocorre quando essas campanhas e recebidos como spam passam a desagradar o consumidor. As campanhas realizadas esporadicamente não refletem tanto na percepção do cliente, pois as mesmas não incomodam tantas vezes ao ponto de denegrir a imagem da empresa. Já quando trata-se dos s marketing enviados sem solicitação, ou seja, os spams, a continuidade de envio muitas vezes faz com que o cliente se sinta incomodado e, muitas vezes, preocupado com esse recebimento constante, principalmente no que tange à grande quantidade de vírus transmitidos através desses s. Quando um cliente passa a desconfiar da credibilidade de determinada empresa porque ela envia diversos s que, na visão dele, podem causar algum dano, esse tipo de campanha não desempenha seu papel, representando um custo que gera perda da imagem da empresa frente aos clientes. Diversos tipos de , que nem sempre são prejudiciais, são encaminhados para um local separado, sendo considerados como lixo eletrônico apenas por não terem autorização. 2.2 TIPOS DE S NÃO AUTORIZADOS (SPAM) De acordo com Turban et al. (2000), o spam é definido como uma prática de distribuição indiscriminada de mensagens sem permissão do receptor e sem levar em conta as áreas de interesse das pessoas as quais essas mensagens são enviadas. Os spams podem ser classificados de diversas formas, como mensagens comerciais; mensagens que apresentam conteúdo direcionado a fraudes e golpes; ou simplesmente, mensagens enviadas em batelada ou larga escala. Moustakas, Ranganathan e Duquenoy (2006) definem mensagens comerciais como aquelas que visam promover algum produto ou serviço. Quanto às mensagens fraudulentas, são conceituadas como aquelas que tem a intenção de invadir a privacidade do destinatário, ou ainda, que contêm códigos de programação maliciosos. Já as mensagens enviadas em larga escala, podem se referir aos mais variados assuntos, tendo como principal exemplo àquelas enviadas como correntes que prometem sorte, riqueza ou mesmo benefícios aos endereçados.

22 21 Sendo assim, com o crescimento do número de s mal intencionados enviados, juntamente com o aumento da prática do web marketing, as empresas que mantêm os serviços de internet ( e provedores de acesso) são forçadas a elevarem vertiginosamente seus investimentos em tecnologia e ferramentas inteligentes de controle (filtro) dessa categoria de mensagens eletrônicas, de forma a proteger a integridade dos serviços e o conforto e bem-estar do seus usuários. A filtragem de mensagens é uma tarefa muito difícil, pois, classificar uma mensagem como sendo um spam envolve diversos fatores. Da mesma forma que existem as mensagens comerciais não solicitadas e s contendo conteúdo nocivo aos usuários, existem as mensagens que são enviadas simultaneamente para um grande número de clientes, onde parte desses permite esse envio ou mantêm algum vinculo com a instituição remetente. Por esse motivo, empresas que utilizam a pratica do web marketing como forma de promoção dos seus produtos e serviços tem tido uma maior preocupação com o conteúdo, mas também, com a determinação do público-alvo das suas mensagens. Dessa forma, espera-se que as empresas que enviam esses s tenham algum método de seleção para determinação dos clientes ou prospects, de forma a filtrar as informações enviadas. 2.3 MÉTODOS QUE AS EMPRESAS UTILIZAM PARA DIRECIONAR OS S MARKETING A segmentação é o um dos métodos mais utilizados para direcionamento de s marketing, sendo considerada como segredo do sucesso para o alcance dos objetivos Essa separação em diferentes segmentos apresenta ao cliente algo realmente relevante e que proporcione o interesse em ler a sua mensagem. Quando bem feita, essa segmentação traz benefícios para a empresa que a está aplicando, pois assim a organização pode atingir diversos grupos de clientes ao enviar diferentes malas diretas, a partir da pesquisa do seu público alvo. O processo de criação de grupos é o primeiro passo o direcionamento do marketing, que também deve levar em consideração informações demográficas, socioeconômicas, comportamentais, faixa etária, sexo, e interesses pessoais para oferecer diferentes tipos de conteúdos aos diferentes perfis de contatos em uma base. Outras formas de direcionamentos que podem ser explorados são os links nas páginas eletrônicas, que permitem a identificação do(s) maior(es) ponto(s) de interesse do usuário na mensagem, como por exemplo, no produto (através de cliques na foto, nome ou descrição do mesmo), na marca, no preço ou qualquer outro item que se deseja mensurar. Resultando em um diagnóstico dos dados obtidos, que servirão para conduzir melhorias a serem feitas nos modelos utilizados no websites.das empresas. A empresa também pode trabalhar com s transacionais, que podem ser definidos como quaisquer s enviado ao usuário após alguma ação realizada pelo mesmo no site, como um de confirmação de cadastro, confirmação de compra, entre outros. Esse método trabalha na filtragem de informações, e a partir da oferta de produtos correlatos ao adquirido na empresa pelos clientes. Através dos métodos apresentados, as empresas tendem a direcionar melhor seus s, favorecendo o atendimento do seu público-alvo. Com isso, há uma maior possibilidade de satisfazer os clientes, de forma que eles visualizem a empresa ou o produto / serviço como confiável e como uma opção em caso de necessidades.

23 2.4 PERCEPÇÃO DO CLIENTE 22 Para Kotler (2003) os consumidores são pessoas e organizações que adquirem produtos para uso direto ou coma finalidade de incorporá-los a outros produtos, de forma a servir ou satisfazer clientes finais, a qual, obviamente, é a razão de ser da estratégia de marketing. Pode-se confirmar a ideia de Kotler (2003) pela afirmação de Schlosser et al (2002), para o qual o marketing é o processo social orientado para a satisfação das necessidades e desejos dos indivíduos e organizações, criando produtos e serviços geradores de utilidade. Neste sentido, o web marketing surge como uma aplicação deste conceito no conceito da internet. Segundo Dionísio et al. (2009), tem sido uma tarefa extremamente difícil para o marketing satisfazer as necessidades dos consumidores atualmente, uma vez que eles estão mais ativos e informados do produto que pretendem comprar. Tais características são fortalecidas devido à oferta, cada vez mais diversificada, e às opções de escolha dos consumidores, que são cada vez maiores. Por tal motivo, torna-se fundamental que as empresas estudem o comportamento do consumidor e, principalmente, suas necessidades relacionadas à web. Kotler (2000) destaca uma relação afirmativa entre o comportamento e o envolvimento do consumidor na intenção e decisão de compra. O autor assegura que a atitude de outros clientes e os fatores situacionais imprevistos tendem a interferir consideravelmente na decisão de compra e na própria compra dos consumidores. Por esse motivo, compreender os consumidores tem-se tornado o foco da atenção no mundo dos negócios, uma vez que a prosperidade das empresas depende da satisfação e da fidelidade dos seus consumidores. O web marketing veio, então, revolucionar esse novo mercado do consumo. Esta nova abordagem do marketing, que consiste na criação de ligações, negócios e opiniões online, visa, igualmente, atingir o consumidor com maior eficácia. É nesse contexto que Rublescki (2010) afirma que as novas ferramentas do marketing têm que acrescentar nos benefícios dos consumidores os 4C s, que são cliente, conveniência, comunicação e custo. Para o autor, essas são apontadas como as principais vantagens que o consumidor retira da internet, ou seja, se o cliente quer alguma coisa imediata, seja a que hora for, ele pode usar a internet e satisfazer a sua necessidade, com um menor custo e esforço, maior conveniência do cliente e, por fim, com uma comunicação mais próxima com o produto. No entanto, o cliente é o maior atingido pelas desvantagens da utilização das ferramentas de web marketing. De acordo com Gonçalves (2008), o spam é um dos principais fatores contribuintes para o descontentamento dos consumidores, já que, devido à alta probabilidade dele ser percebido como uma mensagem massificada, ele é capaz de afetar a credibilidade da empresa que o envia. Além da falta de credibilidade dos s massificados enviados pelas empresas, Evans e Mathur (2005) destacam que a falta de habilidade dos consumidores com outra possível causa de descontentamento com os s marketing. Isso porque, apesar do amplo alcance da internet, ainda existem consumidores que não estão habituados a esse novo ambiente virtual e, por isso, consideram todas as mensagens que recebem através do sem autorização como algo inútil para ele. Gonçalves (2008) destaca ainda que, apesar da tentativa das empresas de personalizar os s marketing enviados, outro problema, na percepção dos clientes é a impessoalidade das mensagens. Muitas pessoas ficam incomodadas com a falta de contato humano durante as transações, ou mesmo em caso de dúvidas, e isso limita a aceitação dessa nova ferramenta por uma parcela maior da comunidade.

24 23 Apesar da existência de diversos fatores que tornam a percepção e aceitação dos clientes um processo árduo, principalmente quando as dificuldades estão relacionadas à segurança dos usuários, uma pesquisa realizada pela empresa americana SeeWhy apresenta resultados surpreendentes para o retorno das ações do web marketing. Utilizando uma amostra de transações concluídas no comercio eletrônico, analisou-se a origem dos usuários ao utilizar os serviços e o percentual de clientes que efetivamente compraram no website. Com isso chegou-se aos valores apresentados na Figura 1. Figura 1 Origem do usuário do Comércio Eletrônico Fonte: Adaptado de SeeWhy (2011) Sendo assim, os resultados dessa pesquisa mostram que o web marketing possui papel fundamental nas atividades comerciais das organizações, sendo responsável por 69% dos acessos que resultaram em compra, especialmente, o marketing, que nesse caso direcionou 28% do total de usuários que efetivaram a transação comercial. Entretanto, a pesquisa foi realizada em websites de diversos segmentos de mercado e os diferentes resultados obtidos, quando analisa-se de forma individual, indicam que as estratégias de atuação devem ser diferenciadas para cada tipo de produto ou serviço oferecidos pelas empresas SeeWhy (2011). O trabalho apresentado por Bueno (2012) também afirma a efetividade da ferramenta marketing, onde, por meio de um estudo em 5 empresas do ramo de autopeças foi possível constatar uma redução dos gastos com marketing em todas as empresas, além disso, verificou-se que o objetivo de aumentar o número de clientes foi alcançado. O autor mostra ainda que, após uma avaliação do retorno obtido através do web marketing, foi possível identificar um aumento de aproximadamente 20% no faturamento de uma das empresas estudadas. Além disso, a ferramenta em questão foi utilizada para feedback dos clientes, que resulta em melhorias nos serviços oferecidos, consequentemente, em vantagens competitivas. 3 METODOLOGIA A metodologia utilizada pautou-se numa pesquisa bibliográfica com a utilização de recursos analíticos. Para tanto, utilizou-se estudos previamente publicados, além de referências bibliográficas voltadas para a pertinência do assunto. A identificação dos fatores que convergem para a concepção das análises realizadas foram baseadas em pesquisas adaptadas da empresa americana SeeWhy do ano de 2011 e o estudo das empresas do ramo de autopeças apresentado por Bueno no ano de 2012.

25 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 24 Diante do que foi apresentado fica evidente que a prática dessa nova metodologia do marketing pode ser muito antagônica, podendo tanto alavancar as vendas gerando resultados expressivos, como manchar a imagem da marca da empresa de forma a fazer com que ela perca seus clientes. A diferença entre esses dois possíveis resultados é a forma e a seriedade com que o web marketing é praticado por essas organizações. A maioria das desvantagens da utilização do marketing está relacionada ao uso incorreto dessa ferramenta, que tem como consequências principais a insatisfação dos usuários e a perda do valor da imagem da marca, provocadas pela propagação de s não autorizados, os populares spams. Além disso, outro problema encontrado pelas organizações que recorrem ao web marketing está relacionado à dificuldade em criar campanhas efetivas que promovam seus produtos ou serviços, o que faz com que, muitas vezes, as informações disponibilizadas não gerem interesse nos clientes, desperdiçando recursos financeiros e a oportunidade de efetivação das vendas. Apesar dessas desvantagens citadas, os estudos apresentados por SeeWhy (2011) e Bueno (2012) comprovaram que as organizações agregaram valor à sua marca, obtiveram diferenciação de mercado e buscaram seu desenvolvimento a partir do emprego das técnicas de web marketing, sendo a principal delas o marketing. As principais vantagens competitivas obtidas por essas organizações estão relacionadas à: diferenciação, tanto dos seus concorrentes, quanto da fatia de mercado em que atuam; redução de custos, favorecida pelo baixo investimento necessário para campanhas dessa natureza; ofertas de novas alternativas aos clientes, fortalecendo o mix de marketing; expansão da carteira de clientes, proporcionada pela captação de novos clientes e geração de prospects; e, o fortalecimento da imagem da marca, possibilitando a reativação de antigos clientes inativos das empresas. Por tudo isso, pode-se afirmar que mesmo com todos os benefícios proporcionados às organizações pelo uso do web marketing, é de extrema importância e relevância que elas preocupem-se com a forma de selecionar os clientes para envio dos s, de forma a direcionar melhor as informações a serem enviados, diminuindo o índice de insatisfação dos receptores.

26 5 REFERÊNCIAS ASSIS, Gustavo. Guia de marketing. São Paulo: Ibrasa, BARATA, Liliana. A nova abordagem do web marketing aliada ao comportamento do consumidor f. Dissertação (Mestrado em Publicidade e Marketing) Instituto Politécnico de Lisboa, Escola Superior de Comunicação Social, Lisboa, BUENO, Fernando Ferreira. O marketing como vantagem competitiva no ramo de autopeças f. Monografia (Bacharelado em Administração) - Departamento de Administração, Universidade de Brasília, zbrasília, DIONÍSIO, Pedro; et al. B - Mercator blended marketing. Lisboa: Dom Quixote, DRUCKER, Paulo. Além da Revolução da Informação. HSM Management. São Paulo, v.18, p , jan./fev EVANS, J. R.; MATHUR, A. The value of online survey. Internet Research, v 15, n 2, p , GARTNER, Thomas. Differentiate Marketing from Spam, Disponível em: <www4.gartner.com/5_about/press_releases/pr29sept2003a.jsp>. Acesso em: 16 ago GONÇALVES, Daniel. I. F. Pesquisa de marketing pela internet: as percepções sob a ótica dos entrevistados. RAM - Revista de Administração Mackenzie, v. 9, n. 7, nov-dez KOTLER, Philip. Administração de marketing: a edição do novo milênio. 10 ed. São Paulo: Prentice Hall, KOTLER, Philip. Marketing de A a Z. Editora Campus: Rio de Janeiro, MOUSTAKAS, Evangelos; RANGANATHAN, C., DUQUENOY, Penny. marketing at the crossroads. A stakeholder analysis of unsolicited commercial (spam). Bingley, v. 16, n.1, p , PERUZZO, Marcelo I. Web Marketing. Curitiba: Gazeta do Povo, 2002 (Coleção Gestão Empresarial,3. Cap. 5, p ). 13. RITA, Paulo; OLIVEIRA, Cristina. O marketing do negócio electrónico. Porto: Sociedade Portuguesa de Inovação, RUBLESCKI, Anelise. Webmarketing e cibercliente: o marketing em tempos de 4P's + 2D's + 4C's. Biblioteca Online das Ciências da Comunicação, Disponível em: < Acesso em: 17 de ago SALZMAN, Marian; MATATHIA, Ira; O RAILLY, Ann. Buzz: a era do marketing viral. Cultrix: SCHLOSSER, Anne-Marie; et al. Dicionário de marketing. Lisboa: Plátano Edições Técnicas, SEEWHY. Is Your Website a Bucket or a Sieve? Disponível em: < Acesso em: 18 ago

27 TURBAN, Efrain., et al. Electronic Commerce: a managerial perspective. Prentice-Hall, New Jersey: Englewood Cliffs, 2008.

28 27 ANÁLISE DOS PRINCIPAIS IMPACTOS AMBIENTAIS GERADOS PELOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE PONTO BELO ES Talita Alves de Carvalho 6 RESUMO Vitor Pereira Mota 7 No Brasil, em média 58,1% do lixo coletado segue para aterros sanitários, porém aproximadamente 75 mil toneladas diárias possuem ainda uma destinação inadequada. O lixão é uma forma de acondicionamento onde o lixo é lançado a céu aberto, sem uma impermeabilização prévia do solo e sem tratamento do lixiviado. Por muitos anos acreditou-se que o solo possuísse uma capacidade ilimitada para absorção de substâncias nocivas ao ambiente, porém essa capacidade é limitada e diversos resíduos podem causar alterações na qualidade do solo. Conhecer a velocidade de infiltração básica (VIB) da água no solo é fundamental para definir técnicas de conservação do solo e também descobrir o tempo necessário para que a água ou substância líquida infiltrada alcance as águas subterrâneas. Este estudo teve como objetivo analisar os principais impactos ambientais causados pelos resíduos sólidos urbanos no município de Ponto Belo-ES. Palavras chave: Lixão; Água subterrânea; Contaminação. ABSTRACT In Brazil, on average 58.1% of the collected waste goes to landfills, but approximately 75,000 tonnes per day still have an inadequate allocation. The dump is a form of packaging where garbage is thrown in the open, without a prior soil sealing and untreated leachate. For many years it was believed that the soil possess an unlimited capacity to absorb harmful substances to the environment, but this capability is limited and many residues can cause changes in soil quality. Know the basic infiltration rate (BIR) soil water is fundamental to define soil conservation techniques and also find the time to the water or liquid substance infiltrated reach groundwater. This study aimed to analyze the main environmental impacts of municipal solid waste in the city of Belo-ES Point. Keywords: dump; Groundwater; Contamination. 6 Graduada em Engenharia Ambiental e Sanitária. 7 M. Sc.em Agroecossistemas UFSC; Graduado em Ciências Agrárias.

29 28 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho trata principalmente da problemática resultante da geração de resíduos sólidos urbanos (RSU), aqueles gerados no âmbito municipal, sendo que o crescente aumento populacional, desenvolvimento tecnológico e ações antrópicas do homem levaram a uma intensificação do consumo de bens e serviços, assim como a consequente geração de lixo. Sabe-se ainda que a destinação correta do RSU é imprescindível para a conservação do meio ambiente, assim como uma melhor qualidade de vida para a população. No Brasil, em média 58,1% do lixo coletado segue para aterros sanitários, porém aproximadamente 75 mil toneladas diárias possuem ainda uma destinação inadequada, onde os resíduos são encaminhados para lixões que não possuem as medidas necessárias para proteção do meio ambiente contra os riscos de degradação ambiental causados pelos resíduos sólidos em decomposição (ABRELPE, 2011). O lixão é uma forma de acondicionamento onde o lixo é lançado a céu aberto, sem uma impermeabilização prévia do solo e sem tratamento do lixiviado, causando a proliferação de vetores que causam doenças, poluição do solo, e das águas subterrâneas, pela infiltração dos líquidos percolados resultante dos processos de decomposição dos RSU (BECK et al., 2010). A qualidade da água subterrânea relaciona-se diretamente com o uso e ocupação do solo, onde as atividades realizadas pelo homem afetam nas características dos recursos hídricos, podendo impactar de forma negativa o meio ambiente (NAKAMURA et al., 2011). Sendo assim a identificação dos principais impactos provenientes dos resíduos sólidos urbanos, tal como, o gerenciamento e tratamento adequado do lixo são de fundamental importância para solucionar problemas ambientais e sanitários. O município de Ponto Belo ES é uma cidade de pequeno porte onde dispõem seus rejeitos no lixão municipal que foi criado em 1997, a gestão do RSU no município limita-se a varrição e coleta diária do lixo. Com base nesses fatores, o presente estudo visa realizar uma análise dos principais impactos ambientais gerados por resíduos sólidos urbanos no município de Ponto Belo ES, diagnosticando os fatores que evidenciam a contaminação do solo e das águas subterrâneas, beneficiando assim o município na caracterização dos riscos ambientais causados pelo lixão, facilitando a administração pública na realização das pesquisas necessárias para o tratamento e recuperação da área degradada.

30 29 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS De acordo com Philippi et al.(2005) os resíduos sólidos compreendem todos os restos domésticos e os resíduos não perigosos, tais como comerciais, institucionais, o lixo da rua e restos de construção civil. Para Monteiro et al.(2001) com o crescimento populacional das cidades, o desafio da limpeza urbana não consiste apenas em remover o lixo das ruas e edificações, mas o principal desafio é dar um destino final adequado aos resíduos coletados. No Brasil, os resíduos sólidos urbanos são caracterizados pela coleta, transporte e destinação final sendo que estes processos são de responsabilidade das prefeituras municipais incluindo o lixo domiciliar, comercial e público. Com o aumento do lixo urbano e a necessidade de uma disposição final, o mesmo se enquadra entre os mais sérios problemas ambientais enfrentados por países ricos, industrializados e pelas sociedades em desenvolvimento (JUNKES, 2002). Magalhães (2008) comenta que lixões são locais afastados do centro das cidades, onde os resíduos coletados são dispostos no solo a céu aberto, os mesmos se constituem como uma maneira inadequada de disposição final do resíduo, podendo levar a contaminação dos solos e dos corpos hídricos (superficiais e subterrâneos) pela lixiviação de chorume, entre outros fatores. 2.2 CONTAMINAÇÃO DO SOLO Borges (2011) salienta que o solo é de fundamental importância para a biosfera, além de agir como depósito de diversos contaminantes, age também como tampão natural, que controla o transporte dos elementos químicos. Domingues (2009) cita que por muito tempo acreditou-se que a disposição de resíduos diretamente no solo era uma boa alternativa, considerando que o mesmo possuísse uma capacidade ilimitada para absorção de substâncias nocivas ao ambiente, porém essa capacidade é limitada e diversos resíduos podem causar alterações na qualidade do solo e assim a contaminação do mesmo. Para Campos (2010) o solo é um importante compartimento de acúmulo de substâncias, assim é primordial conhecer seus componentes originários e relacionar os aspectos naturais do solo com seus atributos, como a matéria orgânica, ph, assim como, as concentrações de metais e nutrientes no solo. 2.3 CONTAMINAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS As águas subterrâneas podem aflorar na superfície por meio de fontes ou nascentes, sendo que as águas das nascentes em seu estado natural são consideradas de boa qualidade ambiental e sanitária, pois o processo de infiltração no subsolo promove sua purificação e tem se tornado fonte de consumo alternativo tanto em áreas rurais quanto em urbanas (FARIA, 2006). A contaminação das águas subterrâneas não é de imediato visível, pois as águas superficiais possuem uma facilidade e rapidez para purificação, porém a poluição da água subterrânea é um problema que só pode ser resolvido em longo prazo, e possui também um elevado custo (BAIRD, 2002).

31 30 Nakamura et al.( 2011) enfatizam que as águas subterrâneas estão sofrendo alto grau de poluição por lixiviação de resíduos sólidos dispostos inadequadamente no solo, assim Martins e Kawakubo (2012) comentam que o consumo de água fora dos padrões de potabilidade definidos pela Portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde, constitui-se fatores de riscos a saúde humana, sendo que o uso das potencialidades do solo representa uma possível ameaça à qualidade química, física e microbiológica da água. A contaminação das águas subterrâneas se dá pelo processo de entrada da água no solo, por meio da infiltração, que é o processo realizado pela água através da superfície do solo e seus compartimentos no subsolo, conhecer a velocidade de infiltração básica da água no solo (VIB) é fundamental para definir técnicas de conservação do solo e definir o tempo necessário para que a água ou substância líquida infiltrada alcance as águas subterrâneas (FAGUNDES et al., 2012). 3 METODOLOGIA O presente estudo foi realizado no lixão do município de Ponto Belo - ES, a partir de uma orientação de pesquisa quantiqualitativa, baseado em trabalho de campo e análises documentais. 3.1 LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO De acordo com o IBGE (2010) a extensão territorial do município é de 361 Km 2 e o município possui uma população de habitantes. O lixão do município foi criado no ano de 1997, possui uma área total de 256,25 m 2 e é o local para onde é enviado diariamente uma média per capta de 5 toneladas por dia de resíduos de origem doméstica e comercial, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da cidade de Ponto Belo ES. Para analisar os principais riscos de contaminação ambiental causados pelos resíduos sólidos urbanos no município de Ponto Belo, analisou-se a composição química do solo da área do lixão comparativamente com a do solo de seu entorno, buscou-se determinar a velocidade de infiltração básica de água no solo (VIB), a fim de calcular o gradiente hidráulico do solo e o tempo necessário para uma possível contaminação da água subterrânea por líquidos percolados, analisou-se a água da nascente mais próxima quanto as suas características microbiológicas e físico-químicas em vista de relacionar os fatores de contaminação do lixão com a qualidade da água. Figura 1: Lixão de Ponto Belo-ES Fonte: Dados coletados pela pesquisadora

32 COLETA DE DADOS Análise química do solo ( lixão / entorno ) De acordo com Embrapa (2006), o solo estudado foi classificado como Argissolo Vermelho- Amarelo distrófico, para verificar a composição química do solo, realizou-se a análise do solo comparando dois tipos de áreas com solos naturalmente iguais, porém com usos diferentes, sendo que uma área é usada para deposição de resíduos e a outra como pastagem. A coleta do solo e as análises foram realizadas no mês de Abril de 2013, de acordo com estação meteorológica do Incaper esse mês precipitou uma média de 100,8 mm. Para a coleta e preparo de amostras utilizaram-se recipientes (sacos de plásticos) devidamente identificados, dividiu-se a área do lixão e a do entorno uniformemente para a retirada de amostras, cada área escolhida foi percorrida separadamente em zig-zag, retirando-se com uma sonda, amostras de 15 a 20 pontos diferentes, obtendo amostras de aproximadamente 500g para área do lixão e a área do entorno, assim após a coleta as amostras foram encaminhadas para o laboratório responsável Velocidade de infiltração básica (VIB) O estudo de permeabilidade é fundamental para definir a condutividade hidráulica (K) do solo em estudo. Sendo que de acordo com Maranhão et al.(2007) a condutividade hidráulica (K) é um fator que determina a capacidade do aquífero em conduzir água sob a influência de um gradiente de uma superfície potenciométrica, sendo que quanto maior a condutividade hidráulica, mais rapidamente o aquífero conduzirá a água até a nascente. Para calcular a permeabilidade do solo e a taxa de infiltração da água subterrânea, utilizou-se o método de infiltrômetros de anéis concêntricos que consiste em dois anéis dispostos no solo concentricamente, sendo que o menor possui um diâmetro de 25 cm e o maior com 50 cm, e altura de ambos 30 cm (BERNARDO et al., 2002). Assim após a instalação dos anéis no solo, com uma régua posicionada no anel interno acompanhou-se a infiltração vertical da água, em intervalos de tempo, sendo que as leituras foram feitas nos intervalos de 0, 1, 3, 5, 10, 15, 30 minutos a contar do instante zero até a estabilização, o teste teve uma duração de 150 minutos, a determinação da VIB se deu a partir de quando começou a se repetir os valores. Equação de velocidade de infiltração foi determinada pela expressão: Determinação do gradiente hidráulico Através de um levantamento topográfico da área do lixão e a cota topográfica do poço freático situado na mesma altitude, foi possível determinar o mapa potenciométrico, por meio da interpolação dos valores de carga hidráulica em linhas equipotenciais. O levantamento topográfico foi realizado através do processo de nivelamento geométrico com irradiações a partir de um ponto com cota conhecida. Traçando-se as linhas de fluxo de água subterrânea na área do poço, observa-se que o escoamento da água subterrânea está no sentido da nascente estudada.

33 32 A velocidade de migração das águas subterrâneas foi calculada em função do padrão defluxo e dos parâmetros hidrogeológicos do aquífero, de acordo com a Lei de Darcy, através das expressões: i ( h1 h2) q K i L Onde: i=gradiente hidráulico (m/m) h1=altura 1 (m) h2=altura 2 (m) L=distância (m) K= Condutividade hidráulica (m/d) q=velocidade de Darcy (m/d) Análise microbiológica da água Para monitoramento da qualidade da água, foi analisada uma nascente mais próxima do lixão. Buscou-se analisar os parâmetros de potabilidade da água seguindo as normativas da portaria do Ministério da Saúde 2.914/2011. A amostra foi coletada em janeiro/2013, mês considerado chuvoso com uma precipitação média mensal de 132,2 mm (INCAPER). A amostra de água para análise microbiológica foi coletada em frasco de polietileno previamente esterilizado e identificado, após a coleta, as amostras foram enviadas para o laboratório responsável onde foram realizadas as análises microbiológicas (coliformes totais, Coliformes E.coli) Análise físico química da água Foram feitas as análises físico químicas da água da nascente, sendo que coletou-se duas amostras da água, porém em períodos diferenciados. A primeira amostra foi coletada em janeiro/2013, período considerado chuvoso, em frasco de polietileno previamente esterilizado e identificado, a segunda amostra foi coletada no mês de abril/2013 seguindo o mesmo procedimento anterior, após a coleta as amostras foram enviadas para os Laboratórios responsáveis pelas análises, onde foram feitas as análises de ph com a primeira amostra e de metais (alumínio, ferro, e manganês) na segunda amostra analisada, o método utilizado para a realização da análise foi o Standart Methods for the Examination of Water and Wastewater, 21 th (2005). Figura 2: Nascente Fonte: Dados coletados pela pesquisadora

34 33 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1 COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO SOLO Os principais resultados analisados comparativamente entre a área do solo lixão e a do seu entorno estão apresentados na Tabela 1, assim como os valores de referência para interpretação da análise. Observa-se que os teores totais dos parâmetros químicos encontrados no solo do entorno do lixão apresentam-se dentro dos limites estabelecidos. Evidenciou-se também que o solo da área do lixão apresentou teores totais de fósforo, potássio, enxofre, cálcio, zinco e boro acima do valor máximo permitido, segundo Moraes (2007) quando os metais ultrapassam os valores limites estabelecidos o solo se torna incapaz de reter os metais e as a suas propriedades físicas e químicas são alteradas. O solo do lixão apresentou um alta alcalinidade, com um ph de 8,1. Ferreira e Morita (2012) comentam que solos que sofreram ações antrópicas tendem a alcalinidade. O solo do lixão apresentou uma alta concentração de saturação de Ca e K na CTC, que relaciona a capacidade de troca catiônica nos sítios de adsorção do solo, conforme Domingues (2009) a CTC é um fator que contribui na disponibilidade de metais pesados no solo, ainda Lopes (2004) cita que regiões que apresentam altos níveis de matéria orgânica os valores da CTC podem ser bastante elevados. Tabela 1. Principais parâmetros analisados Parâmetro analisado Unid. Local Níveis de referência Área Entorno Baixo Médio Alto lixão lixão Fosforo Mehlich mg/dm < >20 Potássio (K) mg/dm < >60 Enxofre (S) mg/dm <5 5,0-10 >10 Cálcio (Ca) Cmol 5,2 1,6 <1,6 1,6-4 >4,0 Magnésio (Mg) Cmol 0,8 0, ,9 7,0-40 >40 Ph em H2O - 8,1 6, Matéria Orgânica Dag/Kg 2,2 2,1 <1,6 1,6-3,0 >3,0 Ferro (Fe) mg/dm >200 Zinco (Zn) mg/dm 3 41,1 2, ,9 7,0-40 >40 Cobre (Cu) mg/dm 3 1,8 0,2 0,6-1,5 1,6-20 >20 Manganês (Mn) mg/dm >130 Boro (B) mg/dm 3 0,7 0,55 <0.21 0,21-0,6 > 0,6 Sódio (Na) mg/dm Sat. Ca na CTC (T) % 67,6 39, >65 Sat. Mg na CTC (T) % 10,4 12, >15 Sat. K na CTC (T) % 11,7 6, >5 Saturação de Bases % 58,4 89, Fonte: Dados coletados pela pesquisadora, Instituto agronômico e Fundação IAC.

35 VELOCIDADE DE INFILTRAÇÃO BÁSICA (VIB) A determinação da velocidade de infiltração básica do solo (VIB) foi obtida conforme os dados da tabela 2. De acordo com Bernardo et al. (2002) a velocidade de infiltração nos solos diminui com o passar do tempo, observando-se também que o solo em estudo pode ser classificado de acordo com sua velocidade de infiltração básica e textura, em solo de VIB alta com uma textura franco arenosa. Com o resultado da VIB na área do lixão, sugere-se que as águas subterrâneas podem está sofrendo um risco de contaminação por meio de líquidos percolados que infiltram no solo numa velocidade considerada alta. Tabela 2. Determinação da velocidade de infiltração Tempo (min) Régua (cm) Infiltração Tempo Horário DT Leitura Diferença Vi(mm/h) 0 13:44 6,9 1 13:45 2 7, :47 2 8,4 0, :49 2 8,7 0, : , : ,7 0, : ,4 0, : ,3 0, : ,2 0, : ,9 1, : ,2 1, : ,5 1,3 26 Fonte: Dados coletados pela pesquisadora Inicialmente observou-se uma velocidade de infiltração de 300 mm/h e este valor foi diminuindo lentamente no decorrer do tempo, sendo que após duas horas e trinta minutos, alcançou um valor constante de 26 mm/h como pode ser observado no gráfico 1.

36 35 Gráfico 1.Velocidade de infiltração básica da água no solo ( mm/h) Infiltração (mm) Tempo (minutos) Fonte: Dados coletados pela pesquisadora De acordo com Feitosa e Filho (2000) além do chorume, a infiltração da água de chuva em depósitos de resíduos sólidos produz vários tipos de gases por decomposição bioquímica de matéria orgânica, aumentando assim, o impacto ambiental às águas subterrânea. 4.3 DETERMINAÇÃO DO GRADIENTE HIDRÁULICO A caracterização hidrogeológica da área é importante para a definição do sentido do fluxo das águas subterrâneas e identificação das áreas de recarga, a distância entre o lixão e a nascente é de 473 metros, a altitude da nascente é de 230 metros, sendo que o lixão está a uma altitude de 265,68 metros, podendo representar risco de contaminação do corpo hídrico devido à distância da nascente e a declividade de 7,54 %. Tendo como referência a cota do nível do lençol freático do poço freático mais próximo do lixão e o nível da nascente, forma-se assim uma linha piezométrica de aproximadamente 5,32%. Com as análises potenciométricas, constatou-se que o sentido preferencial do fluxo é de 45 sudeste, seguindo para a nascente em estudo. O gradiente hidráulico médio é da ordem de 0,0532 m/m. Empregando-se a condutividade hidráulica (K=0,624 m/d) obtida a partir da VIB, estima-se assim a velocidade para a migração das águas subterrâneas na área estudada. Maranhão et al.(2007) cita que esta informação é de fundamental importância, pois tem o papel de avaliar o risco contaminante da área em estudo, sendo que a velocidade de migração das águas subterrâneas é um fator determinante para intensificar a contaminação. Lopes (2005) fala que a lei de Darcy é o princípio básico do fluxo da água subterrânea em meios porosos, assim, de acordo com os resultados encontrados, o contaminante é considerado uma massa de alguma substância dissolvida, que se move no meio fluido, com água no meio poroso do solo, sendo ele saturado ou não.

37 36 Utilizando a velocidade de Darcy obteve-se uma velocidade do fluxo da água do lençol de 0,0332 m/dia, sendo deslocado horizontalmente no sentido da nascente, nesse sentido Maranhão et al.(2007) salienta que o comportamento da pluma de contaminantes é influenciado não só pelas condições hidrológicas e características do lençol freático, mas também pelas propriedades físicas e químicas dos componentes percolados na área do lixão, assim estima-se que levaria aproximadamente 39 anos para que a pluma de contaminantes percoladas na área do lixão atingisse horizontalmente a nascente, no entanto, pode-se afirmar a partir da VIB que em apenas 15 dias os líquidos percolados alcançam o lençol freático da área do lixão verticalmente. 4.4 ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA Os resultados microbiológicos da água da nascente, assim como os valores máximos permitidos (V.M.P) de acordo com a portaria 2.914/2011 do Ministério da Saúde, estão apresentados tabela 3, onde se observa que a qualidade microbiológica da água subterrânea está comprometida, porém a água analisada não apresentou fonte de contaminação por Escherichia coli. Tabela 3. Resultado da análise microbiológica PARÂMETRO RESULTADO V.M.P Portaria 2.914/2011 Coliformes totais Positivo Ausência em 100 ml Escherichia coli Ausência em 100 ml Ausência em 100 ml Fonte: Dados coletados pela pesquisadora e Portaria 2.914/2011 O clima no período de coleta da amostra para análise foi chuvoso, e com altas temperaturas (janeiro / 2013), segundo Ayach et al. (2009) o verão apresenta características climáticas que podem favorecer a contaminação e o desenvolvimento de bactérias nas águas. Beck et al. (2010) comentam que a decomposição dos resíduos tente a gerar o lixiviado contaminando o solo e a água subterrânea. 4.5 ANÁLISE FÍSICO QUÍMICA DA ÁGUA O ph da nascente apresentou um valor de 4.5, de acordo com a Portaria do Ministério do Estado da Saúde /2011 recomenda-se para água potável um ph entre 6.0 a 9.5. Sendo assim, a água da nascente apresentou um ph ácido. Silva et al. (2007) falam que a acidez pode esta associada a poluição por resíduos, assim as medidas de ph fornecem inúmeras informações quanto a qualidade da água. Os resultados para as análises dos metais alumínio, ferro, e manganês, são apresentados na tabela 4, juntamente com os valores máximos permitidos (V.M.P) pela portaria 2.914/2011 do Ministério da Saúde. Tabela 4. Resultados dos metais pesados analisados PARÂMETRO UNIDADE RESULTADO VMP - PORT 2.914/2011 Alumínio total Mg/L 0, 100 0,2 Ferro total Mg/L 0, 199 0,3 Manganês total Mg/L <0, 033 0,1 Fonte: Portaria 2.914/2011 e dados coletados pela pesquisadora

38 37 Não foram encontrados teores de alumínio, ferro e manganês, acima dos valores máximos permitidos pela legislação. O índice pluviométrico do período estudado foi considerado seco Abril/2013, ou seja, estiagem, podendo explicar o baixo teor de contaminação por metais provenientes da lixiviação de resíduos. A presença de metais no aquífero subterrâneo, embora dentro dos V.M.P supõe um alerta quanto à futura contaminação oriunda da decomposição do lixo, tendo em vista que a análise foi realizada em período de estiagem, e que o ponto de coleta está há 473 m de distância do lixão (MONTEIRO et al., 2002). Segundo Nakamura (2011) a toxicidade por metais depende da dosagem, do tempo de exposição do metal, a forma física e química do elemento e o tipo de absorção no local de influência direta. 5 CONCLUSÃO Com base nos estudos realizados, constata-se que o solo do lixão apresentou altos teores de metais e nutrientes acima dos limites estabelecidos, apresentando também um solo alcalino com ph de 8.1, a elevação do ph e a intensificação de matéria orgânica no solo, aumenta as concentrações de CTC, sendo que o mesmo contribui na disponibilidade de metais no solo, entende-se que as ações antrópicas do homem intensificam a possibilidade de contaminação do solo por resíduos sólidos. A VIB no solo estudado apresentou um valor de 26 mm/h, assim podemos afirmar que os líquidos percolados na área do lixão alcançam em curto tempo o lençol freático verticalmente causando contaminação nas águas subterrâneas. Com o cálculo do gradiente hidráulico realizado e a velocidade de migração da água subterrânea, verificou-se que em média 0,0332 m/dia de líquidos percolados deslocam horizontalmente no sentido da nascente estudada, sendo que em aproximadamente 39 anos de uso e ocupação do solo do lixão haverá uma contaminação horizontal elevada, porém verticalmente já se evidencia essa contaminação. As análises físico-químicas e microbiológicas realizadas indicam que a água da nascente está fora dos padrões de potabilidade do Ministério da Saúde 2.914/2011, porém não apresentou altos índices de metais e nem houve presença de coliformes fecais. Entende-se que o meio ambiente, trata-se de um ciclo natural onde os conjuntos de fatores bióticos e abióticos interagem entre si, sendo assim constata-se que a contaminação do solo por resíduos pode afetar de maneira significativa o uso das águas subterrâneas, desta forma o estudo da área e a conservação do solo são fundamentais para a proteção tanto da água subterrânea quanto das águas superficiais, assim como a manutenção da saúde humana e preservação ambiental.

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42 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS NO MUNICÍPIO DE PINHEIROS-ES 41 Ana Carolina Souza Teixeira 82 Raphael Melo Borges 93 Giuliana de Angelo Ferrari 104 RESUMO A atual busca por reduções de custo nas construções muitas vezes força a escolha de materiais de qualidade inferior e/ou a contratação de profissionais pouco qualificados tanto para a fase de projeto quanto para a fase de execução da obra, culmina no aparecimento de manifestações patológicas. Patologias na construção civil podem ser compreendidas como os danos ocorridos em edificações que se manifestam de vários modos como: fissuras, trincas, rachaduras, infiltrações, umidade, descolamento, oxidação de esquadrias, bolor, vesículas, lixiviação, entre outros. Edificações de todos os tipos e regiões estão sujeitas a apresentar esses tipos de manifestações, como é caso das edificações residenciais do município de Pinheiros-ES. Tendo em vista o exposto acima, o objetivo desse trabalho é identificar patologias nas edificações residenciais da cidade de Pinheiros/ES, verificando se as mesmas estão associadas à inexistência das atividades de manutenção. Dentre os procedimentos metodológicos adotados encontra-se a revisão de literatura (qualitativa e quantitativa) e para o levantamento de campo o foi utilizado o método walkthrough. Os dados obtidos foram organizados em planilhas eletrônicas e posteriormente analisados. As análises mostraram, entre outras coisas, que apenas 4% das edificações analisadas possuem plano de manutenção e a maior parte das reclamações dos moradores diz respeito à qualidade dos serviços de manutenção prestados. Sendo que a manutenção preventiva um dos meios mais eficientes estender a vida útil das edificações e reduzir o número de manifestações patológicas que as edificações possam apresentar. Palavras-chave: Patologias em edificações. Manutenção de edificações. Residências. ABSTRACT The current search for cost savings in buildings often forces the choice of quality materials lower and / or hiring low skilled professionals for both the design phase and for the execution of the work phase, culminating in the appearance of pathological manifestations. Pathologies in construction can be understood as the damage occurred in buildings that are manifested in various ways such as fissures, cracks, cracks, leaks, humidity, detachment, frames oxidation, mold, blistering, leaching, among others. Buildings of all types and regions are subject to present these types of events, as is the case of residential buildings the Pinheiros-ES municipality. In view of the above, the objective of this work is to identify pathologies in residential buildings in the town of Pinheiros-ES, checking whether they are associated with lack of maintenance activities. Among the methodological procedures used is the literature review (qualitative and quantitative) and the field survey was used the walkthrough method. Data were organized in spreadsheets and later analyzed. The analysis showed, among other things, that only 4% of the analyzed buildings have maintenance plan and most of the complaints of the residents concerns the quality of maintenance services provided. Since preventive maintenance one of the most effective ways to extend the useful life of buildings and reduce the number of pathological manifestations that buildings may present. keywords: Pathologies in buildings. Maintenance of buildings. Residences. 8 Graduanda em Engenharia Civil Faculdade Capixaba de Nova Venécia. 9 Mestre em Engenharia Civil - Universidade Federal de Viçosa. Graduado em Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal de Viçosa. 10 Mestre em Engenharia Civil - Universidade Federal de Viçosa. Graduado em Engenharia Civil Universidade Federal de Viçosa.

43 1 INTRODUÇÃO 42 Desde que o homem começou a construir as edificações já apresentavam manifestações patologias, porem suas origens não eram conhecidas. Com a evolução das técnicas construtivas essas manifestações não desapareceram, mas passaram a ser identificadas e corrigidas. Com o recente aquecimento do mercado e o avanço acelerado da construção civil os problemas com relação às patologias começaram a surgir com maior frequência e mais precocemente. A busca por reduções de custo na construção muitas vezes coloca em segundo plano o uso de materiais de qualidade e a contratação de profissionais qualificados tanto para a fase de projeto como para a fase de execução da obra. Esse quadro traz sérios reflexos no número de manifestações patologias apresentado nas edificações. Conforme Helene et al (2004) a patologia pode ser entendida como a ciência que se encarrega de entender e estudar os problemas da construção civil: suas origens, suas causas, suas manifestações e o mecanismo principal de deterioração. As patologias podem ocorrer devido a falhas de projeto, de execução e de utilização, uso de materiais de qualidade inferior e falta de manutenção. Atualmente, com o desenvolvimento do conceito de desempenho dentro do contexto da construção civil, o mercado voltou seus olhos para a qualidade das construções. Por consequência, as manifestações patológicas na fase de uso começam a ser compreendidas e passam a ser estudadas em busca de soluções. O estudo das manifestações patológicas deve compreender o diagnóstico, tratamento e manutenção planejada. O tratamento na Engenharia é o conjunto de operações com finalidade de redução e/ou eliminação total das patologias existentes. O entendimento básico do que é patologia em edificações é necessário para todos os agentes envolvidos no mercado da construção civil e até mesmo para os que irão usufruir desta obra. Segundo Verçoza (1991), quando se tem conhecimento dos problemas que uma construção pode vir a exibir e suas origens, a possibilidade de errar é menor. A vida útil de uma construção depende da cautela e cuidados na fase de projeto, execução e na sua manutenção. Apesar de se tratar de um assunto de grande importância para extensão da vida útil das edificações e conforto dos usuários, estudos relacionados com manifestações patológicas em edificações ainda são incipientes. São encontrados na literatura poucos trabalhos como o desenvolvido por Dardengo (2010) que trata da identificação de patologias e proposição de diretrizes de manutenção preventiva em edifícios residenciais multifamiliares da cidade de Viçosa MG. Outro trabalho pioneiro foi desenvolvido por Lapa (2008) que tem com assunto específico o estudo e reparo de patologias em estruturas de concreto. Trabalhos como os citados são inciativas louváveis que contribuem em muito para o desenvolvimento dessa linha de pesquisa e também contribuem de forma prática para a redução e reparo de patologias nas construções. Levando em consideração a problemática exposta estudos acerca das manifestações patológicas em edificações são de suma importância para garantir o bom desempenho dessas edificações na fase de uso e para desenvolvimento de planos de manutenção periódica. No entanto, como citado estudos a esse respeito ainda são escassos principalmente quando focados edificações localizadas em cidades de pequeno porte com o município de Pinheiros/ES. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo identificar as patologias mais comuns nas edificações residenciais da cidade de Pinheiros/ES, verificando se as mesmas estão associadas à inexistência das atividades de manutenção ou a outro fator.

44 2 PATOLOGIAS EM EDIFICAÇÕES 43 Quando se pretende que um produto atinja o nível de qualidade desejado, deve-se garantir que o mesmo tenha conformidade com os requisitos de satisfação do cliente a um preço aceitável. O surgimento de problemas patológicos em dada estrutura indica, em última instância e de maneira geral, a existência de uma ou mais falhas durante uma das etapas da construção, além de apontar para falhas também no sistema de controle de qualidade próprio a uma ou mais atividades. Patologias em edificações podem ser compreendidas como falhas nas construções que podem ocorrer tanto nos detalhes mais simples como nos mais complexos. Segundo Ripper e Souza (2009), a patologia na construção civil pode ser entendida como o baixo ou fim do desempenho da estrutura em si, no que diz respeito à estabilidade, estética, servicibilidade, e principalmente, durabilidade da mesma em relação às condições a que está submetida. As causas das patologias podem ser as mais diversas, desde o envelhecimento natural da estrutura até os acidentais, não se esquecendo da possibilidade de alguns profissionais irresponsáveis que utilizam de materiais fora da especificação ou de má qualidade. O conceito de qualidade em edificações pode ser compreendido como o atendimento a critérios que satisfazem as necessidades dos clientes. Feigenbaun (1986) afirma que qualidade é a união das características de marketing, engenharia, fabricação e manutenção de um produto ou serviço, através das quais o produto ou serviço atenderá as expectativas do cliente. Segundo Melhado (2006), com a recente demanda da qualidade na construção civil ficou explicito que o método de projeto transfigura-se um fator importante na cadeia produtiva. De mais a mais uma ferramenta de decisão acerca de aptidão do produto final, o projeto interfere diretamente nos resultados econômicos e na eficiência do processo. Decisões tomadas nas fases iniciais tem enorme influência na diminuição das despesas e das falhas na edificação. O edifício deve ter a durabilidade e o desempenho necessários de forma que o mesmo seja adequado ao público que irá utiliza-lo, visto que a visão do usuário é de primordial importância para se diagnosticar as patologias e identificar suas causas (CARVALHO, 1998). Patologias podem ocorrer devido a falhas de projeto, de execução, de utilização, de manutenção e uso de materiais de baixa qualidade. Sendo que os maiores problemas de patologia são decorrentes do Projeto e da Execução conforme mostra o Erro! A origem da referência não foi encontrada.. Gráfico 1 - Origens das patologias

45 Fonte: Adaptado de MESEGUER, As principais causas das patologias estão apresentadas na Erro! A origem da referência não foi encontrada.. Figura 2 - Causas das patologias Sendo que as patologias congênitas ocorrem devido à concepção inadequada e erros de projeto. Como consequências têm-se fissuras, desagregação, ruptura e colapso. As patologia executivas ocorrem devido à ausência de mão de obra qualificada ou materiais e métodos construtivos inadequados. Como consequências têm-se concentração de tensões, rupturas, porosidade, desgaste do concreto e corrosão. As patologias acidentais ocorrem devido à ação da natureza como ventos fortes, terremotos, recalques e incêndios. As patologia adquirida por sua vez ocorrem devido fenômenos térmicos e utilização inadequada. Tendo como consequência a desagregação do concreto, redução da seção do aço, rupturas e colapso. 3 METODOLOGIA Os procedimentos metodológicos adotados na primeira parte do trabalho tiveram como base a pesquisa bibliográfica (qualitativa e quantitativa) sobre patologias nas edificações. Em um segundo momento foi feita uma pesquisa de campo. O levantamento de campo foi feito através do método walkthrough. O walkthrough é um método de análise que combina com a observação é uma entrevista. O percurso falado envolvendo todos os ambientes, registrado por fotografias, gravações, filmagens, facilita a observação do entrevistador de forma com que se familiarizem com a edificação, com seu estado de conservação e com seus usos. O Walkthrough é bastante útil para identificar as principais qualidades e defeitos de um determinado ambiente construído e de seu uso. Sua realização permite identificar, descrever e hierarquizar quais aspectos deste ambiente ou de seu uso merecem estudos mais aprofundados e quais técnicas e instrumentos devem ser utilizados. Além disso, esse método também permite identificar as falhas, os problemas e os aspectos positivos do ambiente analisado. (RHEINGANTZ et al., 2009). Durante o walkthrough, são feitos questionamentos que geram anotações e esclarecimentos no que se refere à residência, as suas características, sobre sua operação. Além disso, o registro fotográfico ajuda identificar a localização do problema facilitando a posterior análise. No início da aplicação do walkthrough em cada edificação foi feita uma explanação sobre o que

46 45 são patologias em edificações e sobre os principais tipos de patologias. Um questionário foi utilizado para orientar as perguntas. O mesmo é composto de 29 (vinte e nove) questões que indagam sobre idade da edificação, perfil predominante dos residentes, avaliação de patologias existentes, manutenção do edifício, dentre outras. As edificações selecionadas para participar da amostra foram casas residenciais unifamiliar, ao todo foram analisadas 30 (trinta) edificações. Foram selecionadas edificações de 10 (dez) bairros da cidade de Pinheiros, sendo eles: Centro, Vila Verde, Nova Canaã, Canário, Nova Galiléia, Jundiá, Morada dos Pinhos, Santo Antônio, Niterói, Vila Nova. Também houve a preocupação de se selecionar unidades habitacionais com vários padrões de acabamento sendo 10 (dez) de padrão baixo, 16 (dezesseis) de padrão médio e 4 (quatro) de padrão alto. Nesse artigo definisse como padrão baixo: casas populares, com um banheiro, sem revestimento cerâmico, paredes inacabadas e/ou sem pintura, como padrão médio: casas com até dois banheiros revestido com cerâmica, paredes pintadas, como padrão alto: casas com mais de dois banheiros. A fase de levantamento de campo teve uma duração de 15 (quinze) dias. Os walkthrough foram aplicados em dias úteis durante o horário comercial 15:00 h às 17:00 h. O método foi aplicado apenas a um morador por residência. Durante a aplicação do walkthrough os pesquisadores e o usuário da edificação circulavam por cada ambiente. Posteriormente os dados obtidos foram organizados em tabelas eletrônicas as quais facilitaram o cruzamento das informações a fim de encontrar padrões que ajudem a entender como ocorrem os problemas patológicos e a manutenção. As edificações foram separadas de acordo com o padrão construtivo visando à organização das análises e conclusões.

47 46 4 ANÁLISE E RESULTADOS Através da análise dos dados coletados no levantamento foi possível identificar alguns parâmetros recorrentes. Confrontando os dados obtidos na pergunta De que forma o condomínio realiza os serviços de manutenção? Conforme expõe o Gráfico 2: Gráfico 2 - Manutenção das edificações Constatou-se que o padrão construtivo das edificações estudadas contraria a hipótese inicial, de que os usuários das edificações com padrão construtivo baixo realizavam os serviços de manutenção através de mão de obra própria, 30% dos moradores desse padrão contratam serviços de terceiros para todos os serviços, e outros 30% contratam serviços de terceiros apenas para alguns serviços. Também foi possível identificar que os moradores de edificações com padrão construtivo alto são mais exigentes quanto ao desempenho das edificações em que moram. Em consequência disso os mesmos apresentaram 30% a mais de reclamações que moradores de edificações com padrão construtivo baixo e fazem mais solicitações de serviços, que são facilitadas em função do maior poder aquisitivo.

48 47 Gráfico 3 - Problemas enfrentados pelos moradores de edificação de padrão baixo Em contrapartida conforme apresentado no Gráfico 3 o principal problema enfrentado pelos moradores de edificações de padrão baixo para executar serviços de reparo em suas casas é a falta de recursos financeiros. No entanto, em todas as unidades habitacionais de padrão baixo analisadas não apresentavam patologias aparentes na sua fachada principal o que demostram certa preocupação dos moradores com a aparência estética de suas casas. Quanto aos planos periódicos de manutenção foi constatado que 80% dos entrevistados só realizam a substituição de um componente quanto o mesmo apresenta um defeito que inviabiliza a sua utilização. Apenas 4% das pessoas possui plano de manutenção e a maior parte das reclamações dos moradores diz respeito à qualidade dos serviços de manutenção prestados. Além disso, foi constatado que as edificações mais velhas têm maior número de patologias se comparadas as edificações mais novas. Isso é reflexo da falta de manutenção periódica. Gráfico 4 - Patologias em edificações alugadas

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