ENERGIA IONIZANTE / IRRADIACAO: TECNOLOGIA ALTERNATIVA COMO FERRAMENTA DE SEGURANCA NA CADEIA PRODUTIVA DE NUTRICAO ANIMAL
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- Amélia Canto Caires
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1 ENERGIA IONIZANTE / IRRADIACAO: TECNOLOGIA ALTERNATIVA COMO FERRAMENTA DE SEGURANCA NA CADEIA PRODUTIVA DE NUTRICAO ANIMAL
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3 ENERGIA IONIZANTE => RADIAÇÃO PRESENTE EM TODO MOMENTO Raios Cósmicos Raios Gamma Raios X Raios solares ultravioleta Luz natural Infravermelho Microondas Ondas de rádio AC Power Alta frequência (comprimento de onda) Baixa frequência (comprimento de onda)
4 PRODUTOS
5 Produzir reações buscando modificações na resistência mecânica, química, coloração kgy Grau máximo de redução de carga microbiana Reduzir em níveis aceitáveis Desinfestar Descontaminar Esterilizar Alteração
6 ALTERNATIVAS PARA APLICACAO DA TECNOLOGIA: GAMMA Co60 EBEAM
7 Definicao da Opcao Tecnologica Gama Co60 Processo adequado para: Produtos de todos os tipos de densidade Operacoes de baixa Dose 0,5 KGy=> 60,0 KGy Todo tipo de embalagem: pallets, bigbags, caixas e sacarias Todos os tipos de microorganismos, em todos os estágios de vida Vantagens do Processo Penetra em todos em embalagens e produtos de todos os formatos inclusive formas complexas Compativel com produtos termosensiveis Unica variavel de processos e o tempo Adequado para produtos in natura, refrigerados e congelados
8 Definicao da Opcao Tecnologica Ebeam Processo adequado para: Produtos de baixa densidade Operacoes com todos os tipos de Dose 0,5 Kgy=> KGy Alta precisao de Dose Altos volumes de processo a baixa Dose Produtos a base PP Caixas e sacarias Todos os tipos de microorganismos Vantagens do Processo Penetra em embalagens e produtos de todos os formatos, inclusive formas complexas Ideal para operacoes rapidas Operacoes de pequenos, medios e grandes volumes de producao Compatível com produtos termossensíveis Adequado para produtos in natura, refrigerados, congelados
9 PROCESSO 1ª ETAPA: Desenvolvimento de Produto Conhecimento do produto Identificação do problema e seus pontos críticos Identificação da solução considerando o diagnóstico Qualificação de material Testes prévios (Microbiologia prévia, processo, microbiologia pós-tratamento) Análise de resultados Validação de processo Auditorias
10 PROCESSO 2ª ETAPA: Rotina de Produção Rígidos controles de qualidade: Todo processo controlado por sistema informatizado Controle de dose aplicada 100% de rastreabilidade Sistema de gestão de qualidade qualificado
11 Recebimento Armazenagem - Alta dose Armazenagem baixa dose Area de preparação Etiqueta (Amarela) Entrada de produtos Bunker Etiqueta vermelha Saída de processo Carregamento/e xpedição
12 ét ic o s Im pl s sm te va an Er ed ic in ai s V et er in á ão rio A lim en ta ç SE G M EN TO S N u A triç ni ão m al Co sm H um an a Fa Pr rm od ac uto êu s tic os A c La essó bo ri ra os t ó pa rio ra s H Mé os d p i ico ta la re s Em ba la ge n s
13 PRODUTOS MÉDICO-HOSPITALARES Algodão Fios de Sutura Algodão ortopédico Espéculos Bolsas Embalagens Campos Cirúrgicos Implantes Catéteres / Coletores Luvas Cirúrgicas / Procedimento Compressas de Gaze Compressas cirúrgicas Sondas Tubos Equipos Seringas Frascos Scalps Outros
14 PRODUTOS FARMACÊUTICOS Embalagens Matérias-primas Produtos finais (antibióticos, anti-inflamatórios, pomadas oftalmológicas, etc. Produtos sem preservantes Soro fisiológico Outros
15 PRODUTOS E ACESSÓRIOS PARA LABORATÓRIOS Coletor universal Placa de Petri Tubo para coleta Tubo para sorologia Alça calibrada Swab Outros
16 VETERINÁRIO Frascos Tampas Selos Seringas Medicamentos Produtos finais Outros
17 ALIMENTAÇÃO HUMANA Carnes Carnes processadas Derivados de soja Embutidos Enzimas Ervas Especiarias Farinha Frutas Frutas secas e cristalizadas Frutos do Mar Grãos e cereais Legumes e verduras Nozes Pães e bolos Pescados Produtos desidratados Outros
18 NUTRIÇÃO ANIMAL Alimentos para animais de postura, corte ou estimação Base protéica de origem animal e vegetal Cereais Grãos Pet Food Pet Chews Outros
19 CASE NUTRICAO ANIMAL DESCONTAMINACAO DE FARINHAS DE ORIGEM ANIMAL
20 Objetivo Descontaminação de farinhas de origem animal (farinha de carne e ossos e farinha de vísceras), utilizadas como fonte de proteína na produção de alimento animal através de Energia Ionizante por raios gama (60-Co).
21 Descrição do Produto A farinha de carne e ossos é constituída do resíduo seco e moída dos tecidos animais (mamíferos) e ossos em proporções variáveis. A farinha de vísceras é obtida pelo processamento de vísceras de aves, sendo permitida a inclusão de cabeças e pés. Sua cor característica varia do amarelo claro ao alaranjado
22 Visão Ciclo Produtivo das Farinhas Ênfase Salmonella Salmonella Eliminada durante cozimento Recontaminação durante processo (contaminação cruzada) ~40% do fornecimento apresenta contaminação Contaminação da área fabril
23 Justificativa Matéria prima contaminação por Salmonella A Salmonella é eliminada durante o processo de cozimento das farinhas, mas sofre recontaminação ( causada por contaminação cruzada) durante o processo de fabricação De acordo com relatos de fabricante de ração, cerca de 40% dos lotes recebidos apresentam contaminação por esse microorganismo, obrigando as fábricas a rejeitarem os lotes comprometidos ou destinarem à rações extrusadas ou peletizadas. Nesse ultimo caso existe o risco de transferir a contaminação para a área fabril.
24 Compatibilidade 1 Etapa: Avaliação de compatibilidade e eliminação de salmonella Farinha de carne e ossos Doses de irradiação escalonadas: 0 a 15 kgy Tabela 1: Parâmetros de Farinha de Carne e Ossos ( Acidez, Rancidez e Peróxido) Análises Indíce de Peróxido ( meq/kg) Dose 0 kgy 3 kgy 7 kgy 12 kgy 15 kgy Índice máximo aceitável Não detectad - 10,640 14,490 14,100 20,000 o Reação de Kreiss (-) Negativo - Negativo Negativo Negativo Negativo Índice de Acidez (mgnaoh/g) 1,430-1,500 1,030 1,860 2,300 Salmonella Presença Ausência Ausência
25 Compatibilidade 1 Etapa: Avaliação de compatibilidade e eliminação de salmonella Farinha de vísceras Tabela 2: Parâmetros de Farinha de Vísceras ( Acidez, Rancidez e Peróxido) Análises Dose Indíce de Peróxido ( meq/kg) Reação de Kreiss (-) Índice de Acidez (mgnaoh/g) 0 kgy 3 kgy 7 kgy 12 kgy 15 kgy índice máximo aceitável Não detectado - Não - detectado 13,500 24,310 20,000 Negativo - Negativo Negativo Negativo Negativo 1,390-1,230 1,310 1,270 2,300 Salmonella Ausente Ausente Ausência
26 Compatibilidade Comparando se os resultados obtidos com aqueles indicados como Índice máximo aceitável, observouse que para Farinha de Carne e Ossos todos os parâmetros encontram-se dentro dos padrões de qualidade. Para farinha de Vísceras observou-se que o nível de rancidez ficou abaixo do índice máximo aceitável ate a dose de 12kGy, sendo reprovado para a dose de 15 kgy. Demais parâmetros atenderam aos padrões de qualidade. A salmonella é a principal contaminação da farinha de carne e ossos e foi eliminada com a dose de 3 kgy A Farinha de Vísceras não apresentou contaminação
27 Oxidação 1 Etapa: Avaliação do antioxidante Farinha de Carne e Ossos Tabela 3: Estabilidade Oxidativa, BHT, BHA Dose 0 kgy 12 kgy Análises Estabilidade Oxidativa (dias) B.H.A (mg/kg) <1,00* <1,00* B.H.T (mg/kg) 3,30 3,50 *B.H.A abaixo do limite de detecção de 1,00 mg/kg
28 Oxidação Para farinha de carne e ossos não houve alteração significativa para estabilidade oxidativa e os teores dos antioxidantes encontrados apresentaram-se baixos para amostra controle e amostra irradiada. Isso indica que provavelmente o produto já estivesse com o tempo de prateleira comprometido. Já em relação a farinha de vísceras houve uma redução de cerca de 70% da concentração inicial do antioxidante, reduzindo assim sua estabilidade ao tempo Com relação aos resultados sobre a concentração de BHA e BHT, os mesmo não puderam ser detectados através da análises, não sendo possível afirmar se o aditivo foi consumido ou degradado.
29 Oxidação 2 Etapa: Análise do aditivo puro Tabela 5: Análise de Tocoferol, B.H.A e B.H.T Dose 0 kgy 5 kgy 10 kgy Análises Tocoferol Vitamina E ( g/100g) Não detectado 96,020 99,990 B.H.A (mg/kg) Não detectado 96,000 99,830 B.H.T (mg/kg) Não - detectado 93,710 99,990 Ethoxiquim (g/100g) 83,330 94,440 84,610
30 Oxidação Os resultados demonstram que a irradiação não provoca degradação dos antioxidantes investigados. Todos foram analisados na forma como são adicionados às farinhas: no estado sólido para BHA e BHT e líquido para Etoxiquim e Tocoferol. Quanto ao Tocoferol os resultados não foram conclusivos uma vez que o padrão analítico utilizado não correspondia à formula molecular da substância analisada.
31 Oxidação Etapa: Avaliação da adição de aditivo Aditivo BANOX PO do fornecedor Alltech Tabela 6: Análise de B.H.A e B.H.T em farinha de vísceras com adição de antioxidante Análises B.H.A (mg/kg) B.H.T (mg/kg) Dose 0 kgy 10 kgy 0 kgy 10 kgy Amostras Testemunha* Tratamento 1* ,50 16 Tratamento 2* * Amostra Testemunha: Adição de antioxidante conforme fornecedor * Amostra Tratamento 1: Adicionado 600g/ton de antioxidante * Amostra Tratamento 2: Adicionado 1200 g/ton de antioxidante
32 Oxidação Observa-se que o tratamento com irradiação promove o consumo do antioxidante quando comparado com as respectivas amostras controle. Verifica-se que o objetivo da aditivação foi atendido uma vez que a amostra aditivada com 600g/ton apresenta índices equivalentes a amostra controle não irradiada não aditivada.
33 Conclusão Processo de Irradiação Eficaz para eliminação de Salmonella Dose Mìnima: 3 kgy Não afeta parâmetros de qualidade do produto Dose Máxima 10 kgy Necessário uma aditivação suplementar de 600g/Ton da mistura BHA/BHT Reduz risco de Salmonella nas planta de fabricação de alimento animal
34 Conclusão Conclui-se que o processo de irradiação pode ser utilizado para descontaminação de farinha de carne e ossos e farinha de vísceras visando a eliminação de salmonella sem prejuízo dos parâmetros de qualidade do produto. É necessário uma aditivação suplementar de 600g/Ton da mistura BHA/BHT. Em termos de custos essa aditivação representaria um aumento da ordem de 0,5% no produto final. Entretanto o uso da tecnologia contribui positivamente para a eliminação do risco de Salmonella nas planta de fabricação de alimento animal. As doses mínimas e máximas investigadas e propostas para esse processo foram
35 ANVISA Agência Nacional da Vigilância Sanitária FDA U.S Food and Drug Administration WHO World Health Organization / OMS Org. Mundial da Saúde AMA American Medical Association U.S Departament of Health & Human Services FAO Food and Agriculture Organization of the United Nations USDA U.S Departament of Agriculture U.S Center for Food Safety & Applied Nutrition IAEA International Atomic Energy Agency CODEX ALIMENTARIUS CGFI International Consultive Group on Food Irradiation AFIA American Feed Industry Association AVMA American Veterinary Medial Association AHI Animal Health Institute ÓRGÃOS QUE ENDOSSAM
36 Compromisso com a saúde e o bem-estar Respeito aos mais rigorosos padrões internacionais Garantia de segurança e qualidade Experiência e integridade por mais de três décadas Transparência e respeito com parceiros e colaboradores
37 CBE SA
38 Tecnologia de confiança. Segurança para o seu negócio.
39
CURSO II - PRÉ-CONGRESSO
RUA DO ROSÁRIO, 135 4º ANDAR / CENTRO RIO DE JANEIRO / RJ CEP.: 20041-005 (21) 2224-2237 (31) 2224-3237 www.abebrasil.org.br 11º Congresso Mundial de Esterilização e 7 Edição do Simpósio Internacional
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