A DUPLA AFETAÇÃO EM TERRAS INDÍGENAS: PERFEITA COMPATIBILIDADE ENTRE TERRA INDÍGENA E MEIO AMBIENTE 1

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1 A DUPLA AFETAÇÃO EM TERRAS INDÍGENAS: PERFEITA COMPATIBILIDADE ENTRE TERRA INDÍGENA E MEIO AMBIENTE 1 Luiz Henrique Eloy Amado 2 Resumo: O título desse trabalho foi extraído do voto do ministro Carlos Ayres Britto na Petição Roraima, também conhecido como o caso da Raposa Serra do Sol. Em seu voto o ministro relator foi paradigmático ao tecer considerações não apenas de cunho jurídico, mas pelo contrário, fez uma análise interdisciplinar e foi além do enfoque jurídico, pois a matéria ali discutida demandava todo esse empenho de ângulos diferentes. Assim, queremos neste ensaio abordar um dos capítulos da sentença do voto do ministro relator, que inicia dizendo que a demarcação de qualquer terra indígena se faz no bojo de um processo administrativo, e ainda cita o min. Celso de Mello, que no RE , já havia assentado que a disputa pela posse permanente e pela riqueza das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios constitui núcleo fundamental da questão indígena no Brasil, bem como reconheceu que a demarcação administrativa é ato estatal que se reveste de presunção juris tantum de legitimidade e de veracidade. Ato seguinte, falou-se da relação de pertinência entre terra indígena e meio ambiente, onde se assentou a perfeita compatibilidade entre meio ambiente e terras indígenas, ainda que estas envolvam áreas de conservação e preservação ambiental. E conclui que a terra indígena sofre uma dupla afetação. E, é exatamente neste ponto que queremos debruçar nossa análise, abordando os institutos no que diz respeito a terras indígenas e os institutos jurídicos que dizem respeito ao meio ambiente e sua proteção. Palavras-chave: Terra indígena. Meio Ambiente. Preservação. Sustentabilidade. 1 Artigo apresentado no IV Seminário Povos indígenas e sustentabilidade: saberes tradicionais e formação acadêmica Indígena da Etnia Terena. Bacharel em direito pela UCDB. Integrante do Programa Rede de Saberes: Permanência de indígenas no ensino superior.

2 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Tomamos por base a Constituição Federal de 1988, que trouxe um conjunto de direitos sociais e coletivos visando garantir direitos fundamentais dos cidadãos e inovou quando cuidou dos direitos dos índio em um capítulo específico e também reconheceu às presentes e futuras gerações de brasileiros o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado. Ademais, passou a exigir que, para ser protegida, toda propriedade deve cumprir sua função social e ambiental. Aliás, como bem observa Araújo, um dos maiores avanços do texto constitucional foi reconhecer o meio ambiente ecologicamente equilibrado como um direito fundamental do cidadão, considerando-o como bem a ser preservado não só para as presentes gerações como para as futuras 3. Neste sentido necessário se faz traçar um paralelo entre o direito ambiental e o direito indigenista visto que ambos possuem institutos de proteção muito próximos e, que aparentemente se confunde, justamente porque são frutos de uma mesma gama de reconhecimento de direitos. Assim queremos neste trabalho aprofundar a análise sobre um capítulo da sentença 4 do voto do ministro relator no caso da Raposa Serra do Sol, que foi conclusivo no sentido de que terra indígena sofre uma dupla afetação, pois visa à proteção dos usos, costumes e tradições dos povos indígenas e ao mesmo tempo protege o meio ambiente. Vamos também abordar uma condicionante que fora imposta ao final do julgamento, que trata justamente da exploração de recursos naturais em terras indígenas e mais 3 ARAÚJO, Ana Valéria. Direito Socioambiental. In: Almanaque Brasil Socioambiental. São Paulo: ISA, Segundo o lesto Cândido Rangel Dinarmaco, em sua obra Capítulos de Sentença, cada capítulo do decisório, quer todos de mérito, quer heterogêneos, é uma unidade elementar autônoma, no sentido de que cada um deles expressa uma deliberação específica; cada uma dessas deliberações é distinta das contidas nos demais capítulos e resulta da verificação de pressupostos próprios, que não que não se confundem com os pressupostos das outras. Nesse plano, a autonomia dos diversos capítulos de sentença revela apenas uma distinção funcional entre eles, sem que necessariamente todos sejam portadores de aptidão a constituir objeto de julgamentos separados, em processos distintos e mediante mais de uma sentença: a autonomia absoluta só se dá entre os capítulos de mérito, não porém em relação ao que contém julgamento da pretensão ao julgamento deste. In: LEITE, Ravênia Márcia de Oliveira. Dos capítulos da sentença. Revista Jus Vigilantibus, Sábado, 13 de junho de Disponível em Acesso em 16/02/2011.

3 especificamente no diz respeito à garimpagem. De início convêm esclarecer o que seria a figura da afetação? Neste ensejo, trazemos as ponderações de José dos Santos Carvalho 5, que conceitua afetação como sendo fato administrativo pelo qual se atribui ao bem público uma destinação pública especial de interesse direto ou indireto da administração pública. Ora, a Constituição Federal atribuiu aos índios o usufruto exclusivo sobre as suas terras tradicionalmente ocupadas, sendo a União à proprietária destas, ficando claro que terra indígena tem uma destinação pública específica, pois o constituinte, além do usufruto exclusivo, delineou-a como sendo inalienável e indisponível. Segundo os cientistas, a maior parte das florestas que tem hoje, estão e foram conservadas pelos povos indígenas; isso significa que terra indígena também tem mais uma destinação específica de finalidade pública, qual seja, de proteção ao meio ambiente. E, é por isso que desde já defendemos a sua dupla afetação que no decorrer desde ensaio vamos abordar os instituto de proteção de maneira mais detalhada. 2. PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL DAS TERRAS INDIGENAS O Art. 231 da Constituição Federal assim preceitua: São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam. Este é o artigo que inaugura o capítulo Dos Índios inserido dentro da Ordem Social na Constituição. Prosseguindo, terras indígenas é parte essencial do território brasileiro, bem como um bem público federal que se traduz numa realidade sócio-cultural, e não de natureza político-territorial. Assim, quis o constituinte originário proteger estes espaços de multivivências das comunidades indígenas, pois o 1º do Art. 231, traça os elementos constitutivos da terra tradicionalmente ocupada. Podemos fazer a seguinte pergunta: Terras tradicionalmente ocupadas não são somente as terras onde os índios sempre moraram? E a resposta é não, pois quando falamos de ocupação tradicional, estamos falando também de 5 CARVALHO, José dos Santos. Curso de direito administrativo. São Paulo. Ed. Saraiva, 2010.

4 terras utilizadas para caçadas, pescas e exploração de outros recursos naturais; das terras que estão nas histórias de mitos dos povos indígenas e das terras onde não tem nenhuma comunidade mas que são importantes para o futuro dos povos indígenas 6. Outrossim, a Constituição assegurou o direito originário dos povos indígenas sobre suas terras, ou seja, é um direito congênito anterior a qualquer outro. E, determinou que o Estado promova o reconhecimento e demarcação dessas áreas. E mais uma vez voltamos foco inicial, segundo a antropóloga Fany Ricardo 7, as terras indígenas podem ser consideradas áreas protegidas nos dois sentidos da palavra porque protegem a biodiversidade de suas terras e também são protegidas pela legislação brasileira, que não permite a entrada de não índios, a não ser com autorização da FUNAI ou das próprias lideranças. Se observarmos as imagens de satélites, as terras indígenas são verdadeiras ilhas verdes, com o entorno desmatado. 3. PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE Segundo a Constituição Federal, meio ambiente é o conjunto de bens naturais e de bens culturais e sociais. Portanto, quando falamos de meio ambiente, estamos falando da terra, das plantas, dos animais, das construções, da água, do ar e também da história de um determinado povo que vive em uma determinada região. E, seguindo os ditames legais, meio ambiente não é apenas a natureza, seu conceito abrange também as modificações que as ações humanas fizeram na natureza. É esta a previsão da Lei n /81 que em seu Art. 3º, vaticina que meio ambiente é o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. Desta forma, encontramos mais um ponto em comum do direito ambiental com o direito dos povos indígenas, pois quem defende o meio ambiente, não defende apenas a natureza e seus elementos, mas também os modos tradicionais que vivem as pessoas, principalmente os povos indígenas. Vale dizer que essa tradicionalidade está intimamente ligada ao modo com que as pessoas utilizam os recursos naturais, e os povos indígenas ao 6 PEREIRA, Luis Fernando. Legislação ambiental e indigenista. Iepé: Rio de Janeiro, RICARDO, Fany. Terras indígenas. In: Almanaque Brasil Socioambiental. São Paulo: ISA, 2007.p. 262.

5 longo da história sempre utilizaram tais recursos de forma sustentável. Outro ponto fundamental é que meio ambiente é de responsabilidade de todos, é um bem de uso comum do povo 8, sendo assim de interesse público cabendo a todos a sua defesa. Assim, convém salientar que existem duas formas de proteger os recursos naturais, as populações, a natureza e demais áreas 9. Essas formas de proteger áreas podem ser: preservação ou conservação. Áreas de preservação: preservar uma área é a mesma coisa que limitar essa área e proibir complemente o uso direto dos recursos naturais nela existente. Preservação é não permitir a retirada de recursos naturais de uma área. Áreas de conservação: quando falamos em conservar uma área, podemos usar os recursos naturais delas, mas com limites, de forma sustentável. Conservação é usar direito os recursos naturais de uma área, ou seja, de modo que eles não acabem. Os recursos naturais podem ser usados, mas há limites para sua exploração e também há fiscalização do governo. Fonte: PEREIRA, Luis Fernando. Legislação ambiental e indigenista. Iepé: Rio de Janeiro, PP. 22. Nestes termos, área de preservação é sinônimo de não usar, tais como os parques florestais, onde até mesmo as visitas são limitadas, visto que não é permitida a retirada de seus recursos naturais. E área de conservação diz respeito a um uso de maneira sustentável. Importante destacar que terra indígena se enquadra em área de preservação mesmo tendo a presença indígena; comprovando dessa forma a perfeita compatibilidade entre preservação ambiental e o modo sustentável que os povos indígenas utilizam seus recursos naturais. Segundo Pereira, desenvolvimento sustentável é uma forma de conseguirmos sobreviver bem, explorando os recursos naturais para diminuir a pobreza e ter qualidade de vida, mas sem destruir ou poluir o meio ambiente, para que ele possa ser usado pelas 8 O Código Civil divide os bens em públicos e particulares. Os bens públicos são divididos: de uso comum do povo (rios, matas, mares, estradas, ruas e praças); de uso especial (edifícios ou terrenos destinados a serviços públicos); e dominicais (patrimônio de pessoas jurídicas de direito público). 9 Art. 2º da Convenção da Diversidade Biológica: área protegida significa uma área definida geograficamente que é destinada, ou regulamentada, e administrada para alcançar objetivos específicos de conservação.

6 próximas gerações. Desenvolvimento sustentável está contemplado em várias legislações brasileiras tanto de âmbito federal quanto estadual. Em nível federal temos a Lei n /81, que institui a Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA). 4. ÁREAS PROTEGIDAS Áreas protegidas são áreas importantes para a manutenção da qualidade de vida das pessoas e para a proteção dos animais e dos vegetais 10. Essas áreas que devem ser protegidas são as terras indígenas e as unidades de conservação. Além dessas, o Código Florestal institui outras áreas que também devem ser protegidas, são as chamadas áreas de preservação permanente APP. São área protegida nos termos do Código Florestal, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico da fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas. Preceitua o Código Florestal, em seu artigo 3º: Consideram-se, ainda, de preservação permanente, quando assim declaradas por ato do Poder Público, as florestas e demais formas de vegetação natural destinadas: a) a atenuar a erosão das terras; b) a fixar as dunas; c) a formas faixas protetoras ao longo de rodovias e ferrovias; d) a auxiliar a defesa do território nacional a critério das autoridades militares; e) a proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou histórico; f) a asilar exemplares da fauna ou flora ameaçados de extinção. [...] Assim são exemplos de APP a encosta de morro, nascentes de rios e suas margens e também a mata ciliar TERRA INDÍGENA A Constituição de 1988, não só trouxe um capítulo específico denominado 10 Idem ibidem.

7 Dos Índios, rompendo com a visão integracionista, como também, reconheceu o direito à diferença das comunidades indígena, reconheceu a capacidade processual dos índios, suas comunidades e suas organizações, bem como atribui ao Ministério Público o dever de garantir os direitos indígenas e por fim, em seu Art. 231, caput, reconheceu os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam. Como bem atesta Deborah Duprat 11, os territórios indígenas, no tratamento que lhes foi dado pelo novo texto constitucional, são concebidos como espaços indispensáveis ao exercício de direitos identitários desses grupos étnicos. As noções de etnia/cultura/território são, em larga medida, indissociáveis. O texto constitucional é categórico ao reconhecer os direitos originários dos índios sobre as terras que tradicionalmente ocupam, e se revela preocupado ao definir terra tradicionalmente ocupada. No parágrafo 1º do Art. 231 da CF, fica claro que terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são: a) as habitadas em caráter permanente; b) as utilizadas para suas atividades produtivas; c) as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e, d) as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. O Código Florestal, artigo 3º, diz que área de preservação permanente é aquela a manter o ambiente necessário à vida das populações indígenas ; as florestas que integram a Patrimônio Indígena ficam sujeitas ao regime de preservação permanente (alínea g) pelo só efeito desta lei UNIDADE DE CONSERVAÇÃO A lei n /00 institui o Sistema Nacional de Unidade de Conservação SNUC, que veio regulamentar o Art. 225 e seus incisos da Constituição Federal. Esta lei em seu Art. 2º traz o conceito de unidade de conservação como sendo espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias 11 Subprocuradora-geral da República e coordenadora da 6º Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal

8 adequadas de proteção. Segundo esta lei unidade de conservação pode ser de uso sustentável ou de proteção integral, que passaremos a tratar Unidade de conservação de uso sustentável Adotando o conceito de Pereira, unidade de uso sustentável são lugares para conservar a natureza, sendo permitida a exploração dos recursos naturais de forma controlada e sustentável. Podendo ser de vários tipos, senão vejamos: a) Reserva extrativista (RESEX): é um espaço para populações extrativista tirarem o seu sustento através de extrativismo e também através de agricultura de subsistência e criação de animais de pequeno porte. A exploração dos recursos renováveis deve ser feita de forma controlada para que eles possam voltar a crescer e frutificar. A RESEX é de posse pública, não podem existir propriedades particulares 12. b) Reserva de desenvolvimento sustentável (RDS): é uma área onde vivem há muito tempo populações que sabem como praticar a exploração sustentável dos recursos da floresta. O objetivo da RDS é proteger a natureza, o modo de vida das populações que vivem ali e as técnicas de manejo do ambiente que essas pessoas usam. A RDS é de posse pública 13. A reserva de desenvolvimento sustentável "é uma área natural que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica" (Lei 9.985/2000, artigo 20, caput). c) Floresta nacional (Flona): É uma área de posse pública, para exploração sustentável e pesquisa científica. Na flona podem viver populações tradicionais 14. É aberta para visitas e pesquisas, com autorização dos órgãos 12 Idem, pp Idem. 14 Populações tradicionais é como têm sido chamados aqueles povos ou grupos que vivendo em áreas periféricas à nossa sociedade, em situação de relativo isolamento face ao mundo ocidental, capitalista,

9 públicos 15. d) Floresta estadual (Flota): é unidade de uso sustentável que visa a conservação da natureza e dos recursos naturais, só que é estabelecido pelos Estados e não pelo governo federal. e) Área de proteção ambiental (APA): pode ser formada por terras públicas ou por terras particulares. A visitação e a pesquisa neste tipo de unidade de conservação são determinadas pelo órgão gestor ou pelo proprietário, quando é terra particular 16. f) Área de relevante interessante ecológico: caracteriza-se como "área em geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional"; e tem como objetivo "manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da natureza" (Lei 9.985/2000, artigo 16, caput). g) Reserva de fauna: O Art. 19, caput, da Lei 9.985/2000: "A Reserva de Fauna é uma área natural com populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos." h) Reserva Particular de patrimônio natural (RPPN): é uma área privada com objetivo de conservar a biodiversidade Unidade de conservação de proteção integral Unidade de proteção integral são áreas criadas pelo governo para preservar a natureza, que não podem ser exploradas diretamente pelas pessoas. Isso significa que não é construíram formas de se relacionar entre si e com os seres e coisas da natureza muito diferentes das formas vigentes na nossa sociedade. ESTERCI, Neide. Populações tradicionais. In: In: Almanaque Brasil Socioambiental. São Paulo: ISA, pp Idem, pp Idem, pp. 49.

10 permitida a coleta e nem o consumo e o uso dos recursos naturais nelas existentes 17. Importante ressaltar que pode ser autorizada visitação e pesquisa nessas áreas, o que não se permite é a retirada de recursos naturais. É o que a lei chama de uso indireto, no artigo 2º da Lei 9.985/SNUC, diz para fins previstos nesta lei, entende-se por: (...) IX uso indireto: aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais. São exemplo de unidades de proteção integral os parques nacionais, estaduais e municipais; estação ecológica, reserva biológica, monumento natural e refúgio de vida silvestre DIFERENCIAÇÃO: TERRA INDÍGENA E UNIDADE DE CONSERVAÇÃO Vale deixar consignado que terra indígena e unidade de conservação são áreas protegidas, mas que trazem algumas diferenciações. Para tanto, vamos nos valer do seguinte quadro didático de Luis Fernando Pereira. Terra Indígena Conceituação São territórios tradicionalmente ocupados ou podem ser áreas (reservas) criadas para onde são levados os povos indígenas. Objetivo São criadas para proteger o modo de vida das populações Recursos ambientais indígenas. Podem ser explorados para uso interno das populações indígenas. Unidade de conservação de uso sustentável Flona; Flota; RESEX; RDS; APA. São criadas para proteger o modo de vida das populações tradicionais e os recursos naturais. Podem ser exploradas de forma sustentável para uso interno das populações tradicionais e para uso externo com Plano de manejo. Unidade de conservação de proteção integral Parque nacional; Parque estadual; Estação ecológica e reserva biológica. São criadas para proteger os recursos ambientais. Não podem ser explorados; só é permitido o uso indireto (visitação e pesquisas, etc). Fonte: PEREIRA, Luis Fernando. Legislação ambiental e indigenista. Iepé: Rio de Janeiro, PP idem ibidem.

11 Oportuno é trazer aqui as condicionantes de n. 8 e 9 que foram impostas ao final do julgamento do caso da Raposa Serra do Sol (PET ), que tem por conteúdo as unidades de conservação que incidem em terras indígenas. Vejamos: 8. O usufruto dos índios na área afetada por unidades de conservação fica sob a responsabilidade imediata do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade; 9. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade responderá pela administração da área de unidade de conservação, também afetada pela terra indígena, com a participação das comunidades indígenas da área, que deverão ser ouvidas, levando em conta os usos, as tradições e costumes dos indígenas, podendo, para tanto, contar com a consultoria da FUNAI; Já consignamos que terra indígena sofre uma dupla afetação, sendo uma de ordem ambiental e outra de ordem constitucional. Assim reconhecendo-se esta dupla afetação significa dizer que tal terra está sobre a administração de dois entes federais que têm suas competências definidas por lei. Pois bem, o que não pode acontecer é a sobreposição de competências e responsabilidades sobre o mesmo objeto, visto que em primeiro lugar deve-se respeitar a forma de organização da comunidade, bem como seus usos e costumes. Como bem apontou o parecer da Assessoria Jurídica do CIMI, gestionar o respeito a determinados aspectos ambientais e ecológicos em uma terra indígena consiste desafio administrativo, justamente em virtude do devido caso tratar-se de terra indígena, já que a própria Constituição Federal deu-se um tratamento diferenciado. Ademais, o art. 57 da Lei n /2000, que trata sobre as unidades de conservação, tem-se mostrado ineficiente com relação a este dois aspectos constitucionais. Por fim, o que podemos esperar é que essas matérias; ambiental e indigenista sejam administradas por ente competente, mas de forma conjunta, sempre pautados nos princípios constitucionais que regem o direito das comunidades indígenas.

12 5. EXPLORAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS Na terra indígena o índio pode explorar todos os recursos naturais necessário para sua sobrevivência. No entanto, existem leis que proíbem o comércio de alguns recursos. Pereira cita como exemplo, a Lei n /98 que proíbe a venda de produtos com penas e peles de animais sem autorização do IBAMA; os povos indígenas podem usar para viver, mas não podem vender sem fazer plano de manejo 18. Vale lembrar que o jeito de explorar recursos naturais é diferente na terra indígena e na unidade de conservação DA GARIMPAGEM EM TERRAS INDÍGENAS Primeiramente temos que ter claro a distinção entre mineração de grande vulto ou mineração industrial e garimpagem que é uma mineração de pequeno porte. A mineração de grande porte é feita por indústria, já a garimpagem é feita de maneira individual ou por pequenos grupos, com poucos instrumentos, extraindo minérios que estão na superfície do solo, como ouro e diamante 19. A Constituição Federal em seu Art. 231, 3º estabelece que o aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivadas com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos recursos da lavra, na forma da lei. Desta forma, fica evidente a proibição da mineração e do garimpo em terras indígenas por não índios. A dúvida surge em relação ao indígena poder ou não extrair minério de sua própria terra. O Estatuto do Índio Lei n /73 em seu Art. 44 vaticina que as riquezas do solo, nas áreas indígenas, somente pelos silvícolas podem ser exploradas, cabendo-lhes com exclusividade o exercício da garimpagem, faiscação e cata das áreas referidas. No entanto, desde de 2004, por causa dos grandes conflitos e violência entre índios e não índios que invadem as terras indígenas com o propósito de explorar esses minérios, o governo federal editou um decreto para criar um grupo operacional para coibir 18 Idem ibidem, pp Idem, pp. 71.

13 a exploração mineral em terras indígenas. A partir deste decreto, não há possibilidade de qualquer tipo de exploração de minérios em terras indígenas, ficando proibida a mineração industrial e a garimpagem por índios e não índios. O Supremo Tribunal Federal ainda no julgamento da Pet RR, se manifestou sobre o assunto através da condicionante de nº. 4 que assim dispõe: O usufruto dos índios não abrange a garimpagem nem a faiscação, devendo se for o caso, ser obtida a permissão da lavra garimpeira. O que defendemos é que este dispositivo não está de acordo com a quadra constitucional. Primeiro porque por força do 7º do art. 231 da CF, que estabelece não se aplicar às terras indígenas o favorecimento pelo Estado à organização da atividade garimpeira em cooperativas, conforme previsto nos 3º e 4º do art. 174 da CF. Em segundo lugar, sendo a terra tradicionalmente de ocupação indígena, o usufruto exclusivo pertence ao índio, não sendo possível a constituição estabelecê-los como usufrutuários exclusivos e tal entendimento vir restringindo esse direito real. Outra observação importante a ser feita é quanto a Lei n /89 que trata do regime de permissão de lavra garimpeira, que não se aplica aos índios. Assim podemos adotar o entendimento de que a permissão de lavra garimpeira em terras indígenas seria possível, desde que exclusivamente em beneficio dos índios que tradicionalmente ocupam, após um licenciamento ambiental e também uma avaliação antropológica, mas tudo isso ainda necessitaria de regulamentação normativa especifico, tal como um Decreto do Presidente. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Constituição brasileira é uma das únicas no mundo a ter um capítulo dedicado especialmente à proteção do meio ambiente e outro à proteção dos direitos indígenas. Isso significa dizer que a partir de 1988 estabeleceu-se um direito moderno, também chamado direito socioambiental. Segundo Araújo não se trata da soma linear dos direitos sociais e ambientais previstos no ordenamento jurídico do país, mas de um outro conjunto resultante da leitura integrada desses direitos, pautada pela tolerância entre os povos e pela busca do desenvolvimento comum sustentável.

14 Assim como ressaltamos desde o início direito ambiental e direito indigenista estão intimamente ligados, visto que os povos indígenas sempre estiveram comprometidos na luta para proteger o meio ambiente e seus recursos naturais, sendo certo que não existe nenhum óbice entre terra indígena e meio ambiente. Pelo contrário, terra indígena sofre dupla afetação porque protege tanto o modo tradicional que as populações indígenas vivem e também o meio ambiente e seus recursos naturais. 7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA AMADO, Luiz Henrique Eloy. O Supremo Tribunal Federal como construtor da Constituição Federal: Análise das condicionantes impostas para demarcação de terras indígenas. 87f Monografia. Curso de Direito. Universidade Católica Dom Bosco. ARAÚJO, Ana Valéria. Direito Socioambiental. In: Almanaque Brasil Socioambiental. São Paulo: ISA, CARVALHO, José dos Santos. Curso de direito administrativo. São Paulo. Ed. Saraiva, CUNHA, Andréia. Território e Povos Indígenas. Dissertação de Mestrado. Centro de Ciências Jurídicas e Sociais. PUC/PR. Curitiba-PR, DUPRAT, Deborah. Terras Indígenas e o Judiciário. Disponível em: Ultimo acesso em 30/04/2010. ESTERCI, Neide. Populações tradicionais. In: In: Almanaque Brasil Socioambiental. São Paulo: ISA, pp GUIMARÃES, Paulo Machado. Fundamentação da demarcação das terras indígenas em áreas contínuas. Artigo apresentado no seminário Terras Indígenas em áreas contínuas, em 23 de junho de 2008, Brasília-DF. LEITE, Ravênia Márcia de Oliveira. Dos capítulos da sentença. Revista Jus Vigilantibus, Sábado, 13 de junho de Disponível em Acesso em 16/02/2011. MAIA NETO, Geraldo de Azevedo. Unidades de conservação de uso sustentável. Jus Navigandi, Teresina, ano 14, n. 2342, 29 nov Disponível em: < Acesso em: 31 jul PEREIRA, Luis Fernando. Legislação ambiental e indigenista. Iepé: Rio de Janeiro, 2010.

15 RICARDO, Fany. Terras indígenas. In: Almanaque Brasil Socioambiental. São Paulo: ISA, 2007.p. 262.

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