MSA Análise de Sistemas de Medição
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- João Guilherme de Almeida Brunelli
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1 MSA Análise de Sistemas de Medição 3 a. edição do manual do AIAG, aplicado à indústria automobilística Suporte Assessoria Empresarial HST Qualidade Ltda. MSA
2 Por que muitas empresas implementam o MSA? Para conhecer as variações de seus processos. ( ) SIM ( X) NÃO Para evitar a possibilidade de enviar produtos nãoconformes aos seus clientes. ( ) SIM ( X) NÃO Para reduzir o desperdício com meios de medição sofisticados, mas de pouco resultado. ( ) SIM ( X) NÃO Porque é requisito obrigatório para certificação de Sistema da Qualidade para o ramo automobilístico (QS-9, ISO/TS 6949) ( X) SIM ( ) NÃO MSA 2
3 A lógica por trás do requisito Tornando honrosa a tarefa do MSA-man da empresa MSA 3
4 Definição de Sistema de Medição Conjunto de instrumentos,dispositivos, padrões, operações, métodos, software, pessoal, ambiente e premissas usado para quantificar uma unidade de medida ou estabelecer avaliação para a característica sendo medida É o processo completo usado para se obter medições Peça Ambiente Pessoa Procedimento Instrumento Padrão MSA 4
5 O Processo de Medição é parte do processo de tomada de decisão Entrada Processo de fabricação a ser gerenciado Processo de Medição Medição Análise Valor Saída Decisão sobre o produto ou processo (aceitar/ rejeitar) Critério para eficácia do processo de medição: Decisões corretas a partir das medições com qualidade, ou seja, com baixa variação e boa estabilidade. MSA 5
6 Componentes do Sistema = Causas de Variação procedimento peça a ser medida pessoa MEDIÇÃO padrão instrumento ambiente MSA 6
7 O que se busca! Indesejável: Muita variação do sistema de medição: pode mascarar a variação do processo de produção da peça Desejável: Pouca variação do sistema de medição possibilitando uma análise correta do produto e processo de produção, levando à decisões corretas (mas pode significar também que o sistema de medição não é sensível às alterações da característica sendo medida) MSA 7
8 O grande objetivo do MSA Conhecer a variação do Sistema de Medição! assegurar que são utilizadas as propriedades estatísticas mais importantes para o uso final da medida, definindo-se a aceitabilidade do sistema de medição. analisar estatisticamente o sistema significa conhecer a qualidade das medições que ele gera. medições com qualidade garantem produtos conformes enviados aos Clientes = Satisfação! MSA 8
9 Os estudos do manual Os estudos mais comuns MSA 9
10 3 questões a serem respondidas O sistema tem discriminação e sensibilidades adequadas? O sistema é estável ao longo do tempo? Suas propriedades estatísticas são consistentes e aceitáveis para o controle do produto e/ou o controle do processo MSA
11 Para responder às 3 questões realizamos os estudos Os mais usados na indústria automotiva são: Tendência ( bias ou desvio) Repetibilidade Reprodutibilidade Estabilidade Linearidade Considerar também antes Discriminação (sensibilidade a variações) Variação própria da peça MSA
12 Discriminação NDC = Número de Distintas Categorias categoria Uso para Controle do Processo / Produto - Somente se a variação do processo é pequena comparada coma as especificações - A fonte de variação causa uma mudança significativa no processo Uso para Análise do Processo /Produto - Inaceitável para estimar parâmetros e índices (p.ex.: Cpk) - Só indica se o processo produz peças conformes ou nãoconformes (como um passa/não-passa) 2-4 categorias - Pode ser usado com técnicas de controle semi-variáveis, baseadas na distribuição - Pode produzir cartas de controle insensíveis - Geralmente inaceitável para estimar parâmetros e índices - Apens produz estimativas grosseiras > 5 categorias - Pode ser usado com cartas de variáveis - Recomendado MSA 2
13 Discriminação Conclusão Após a realização de vários estudos de discriminação conclui-se que a resolução aparente deveria ser, no mínimo, / da variação do processo (6σ) e não / da tolerância do processo. MSA 3
14 Variação própria das peças A peça pode apresentar excentricidade, falta de paralelismo, conicidade, diferença de fechamento de moldes, etc Estas características podem levar a variações na medição que não são devidas ao equipamento ou operador Para determinar esta variação devem ser utilizadas técnicas estatísticas mais sofisticadas como DOE ou ANOVA. MSA 4
15 Variação própria das peças Conclusões Pode ser evitada, marcando-se o local para se fazer as medições Entretanto, se não for considerável, deve-se evitar excluir esta variação. O motivo é que o sistema de medição leva também em consideração a peça a ser medida, e não apenas equipamento e operador Algumas vezes, a função da peça depende do controle desta variação Os estudos de R&R, normalmente, a ignoram MSA 5
16 Estabilidade É a variação total das medições obtidas : mesmo padrão ou peças mesma característica ao longo de um período de tempo Permite-nos predizer o desempenho do sistema de medição no futuro instante instante 2 valores estabilidade MSA 6
17 Estabilidade Importância Sem este estudo, os resultados de R&R são apenas descrições dos dados obtidos naquele momento: Não têm significado para o desempenho futuro. Avaliar estes dados sem conhecer a estabilidade do sistema pode causar mais danos do que bem. A variação do sistema pode, então, aumentar na tentativa de corrigi-lo (supercontrole) MSA 7
18 Estabilidade Principal decisão: duração do estudo Considerar quais são as condições que o equipamento estará sujeito durante o tempo do estudo. A instabilidade pode ser causada, por exemplo: aquecimento (início da operação) variações de temperatura ambiente desgaste (se aparece rápido ou não) corrosão, etc... É praticamente impossível que todas as causas estejam presentes durante o estudo. Deve-se priorizar os fatores influentes que devem aparecer durante o período. As amostragens devem ser feitas quando estes fatores estiverem acontecendo (p.ex.: início de turno, troca de operadores, inverno/verão, noite/dia, etc...) MSA 8
19 Estabilidade É determinada através do uso de uma carta de controle (CEP): separar causas especiais e comuns devem ser verificados pontos fora de controle Não há necessidade de calcular um índice (como Cpk ou Ppk) As melhorias podem ser vistas na própria carta (eliminação de causas especiais, estreitamento dos limites, etc.) MSA 9
20 Estabilidade Critérios de aceitação Carta demonstrando processo estável O desvio padrão da amostragem para estabilidade deveria ser, no máximo, % do desvio padrão do processo. O desvio padrão das medições pode ser usado como uma aproximação da repetibilidade do sistema de medição Se o processo de medição é estável, os dados podem ser usados para calcular a tendência MSA 2
21 Estabilidade Comentário do AIAG Não se deve aplicar as mesmas regras de análise de cartas de controle de um processo nas cartas de estabilidade. Se o seu sistema de medição é perfeito, você teria uma linha reta sobre a média na carta de médias e uma linha reta sobre o zero na carta de amplitudes. O espírito é investigar pontos fora de controle e as tendências que parecem não usuais ou não estáveis, lembrando-se que você sempre está medindo a mesma peça. MSA 2
22 Tendência Diferença entre a média observada de medições e um valor de referência Valor de referência: Valor consensado como padrão. Pode ser determinado por uma média de medições feitas (n ) com equipamento de maior nível (p.ex.: 3D/MMC) Se houver valores de referência cobrindo início, meio e fim da variação do processo, analise os dados usando um estudo de linearidade tendência valor de referência medições valores valor MSA médio observado 22
23 Tendência Critério de aceitação A tendência é aceitável para o nível α (95% de confiança) se o zero cair dentro do intervalo de confiança: Desvio d 2 σ b d' t ν, α 2 2 zero Desvio+ d 2 σ b d' t ν, α 2 2 MSA 23
24 Tendência Análise dos resultados Se a tendência não é estatisticamente zero, devem ser analisadas possíveis causas: erro no valor de referência adotado equipamento de medição desgastado (poderia ser detectado no estudo de estabilidade) medição da característica errada equipamento não calibrado uso errado pelo operador Se o sistema não pode ser ajustado para tendência zero, a leitura pode ser ajustada, descontando a tendência. Como neste caso o risco de erro pelo avaliador é grande, isto só deveria ser usado com a concordância do cliente. MSA 24
25 Linearidade É a diferença das tendências ao longo da faixa de operação do equipamento Pode-se raciocinar como uma mudança da tendência com respeito ao tamanho valor de referência tendência menor valor de referência tendência maior parte inicial da faixa parte final da faixa valor médio observado valor médio observado MSA 25
26 Linearidade Escolha peças cobrindo a faixa de operação do equipamento (g 5), em função da variação do processo Determine seus valores de referência (com um equipamento mais preciso, ex.: 3D/MMC) Operadores medem todas as peças várias vezes (m ) Determine as tendências das peças para cada medição e a média das tendências para cada peça Construa o gráfico com os pontos (tendências e médias x valores de referência) Calcule e inclua no gráfico os intervalos de confiança em relação à reta ajustada MSA 26
27 Linearidade Critério de aceitação Trace a linha tendência= e analise o gráfico para indicações de causas especiais. Para a linearidade do sistema de medição ser aceitável, a linha tendência= deve ficar inteiramente dentro dos intervalos de confiança da linha ajustada. Além disto, R 2 (fator de ajuste), deve ser aceitável (por exemplo, acima de,95). Exemplo: Rejeitado (a linha zero deveria estar entre os dois intervalos de confiança) MSA 27
28 Linearidade Se a linearidade não é aceitável, possíveis causas : equipamento não calibrado apropriadamente no início ou fim da faixa operacional erro nos valores de referência (início ou fim) equipamento desgastado projeto próprio do equipamento é não linear (ex.: manômetro de cóclea) Se o sistema não pode ser ajustado para tendência zero, a leitura pode ser ajustada, descontando a tendência. Como neste caso o risco de erro pelo avaliador é grande, isto só deveria ser usado com a concordância do cliente. MSA 28
29 R&R (Repetibilidade e Reprodutibilidade) Repetibilidade Variação das medições obtidas com mesmo equipamento de medição várias vezes por um mesmo avaliador na mesma característica na mesma peça Verifica se a variabilidade do sistema de medição é consistente Fontes de erro : ) próprio equipamento, 2) variação da posição da peça no equipamento As duas fontes são representadas pelas amplitudes das medições Por isso pode ser demonstrada pela carta das amplitudes (R) várias medições valores repetibilidade MSA 29
30 R&R (Repetibilidade e Reprodutibilidade) Reprodutibilidade Variação da média das medições obtidas com mesmo equipamento de medição várias vezes por diferentes avaliadores na mesma característica na mesma peça Verifica se a variabilidade entre operadores é consistente Fonte de erro : desvio adicionado pelo avaliador medições operador C medições operador A medições operador B valores Se um desvio (além daquele do equipamento) existe, a média das leituras entre operadores vai diferir Demonstrada pela carta das médias ( ) reprodu tibilidade MSA 3
31 R&R (Repetibilidade e Reprodutibilidade) Três técnicas mais utilizadas: Amplitudes (só provê aproximação, não decompõe as fontes de variação) Médias e Amplitudes (mais utilizado) ANOVA (requer maior amostragem e cuidados com o estudo e posterior análise) Todas são sujeitas ao pré-requisito de estabilidade estatística (estudo de estabilidade) O estudo de R&R não substitui Tendência, Linearidade e Estabilidade, já que ele não analisa o processo pro um longo período de tempo MSA 3
32 R&R (Repetibilidade e Reprodutibilidade) método das médias e amplitudes ) Análise gráfica Elaborar cartas de controle ( / R, com limites) Analisar se o sistema de medição está sob controle (carta R- amplitudes). Só considerar pontos fora dos limites (não são dados ordenados, não se pode analisar tendências). Todos os pontos dentro dos limites da carta das amplitudes significa que os avaliadores são consistentes. Se não, detectar e eliminar causas especiais. A área dentro dos limites de controle representa a sensibilidade da medição. Avaliar se o sistema de medição detecta as variações peça-a-peça. Mais de 5% das médias devem estar fora dos limites (carta ). Se não, o sistema não é adequado para controle de processo. MSA 32
33 R&R (Repetibilidade e Reprodutibilidade) método das médias e amplitudes 2) Análise numérica Existem várias planilhas disponíveis para fazer os cálculos Repetir ou descartar qualquer leitura com amplitude maior que o Limite Superior de Controle (LSC R ). Trata-se de uma causa especial. Identifique-a e elimine-a. Estima-se a variação e o percentual da variação do processo: Sistema de medição (variação total, TV): repetibilidade (EV ou VE) reprodutibilidade (AV ou VO) variação peça-a-peça (PV ou VP) R&R é dado por R&R = (EV 2 + AV 2 ) /2 %R&R = (R&R/TV) MSA 33
34 R&R (Repetibilidade e Reprodutibilidade) 2) Análise numérica Critério de aceitação (mais utilizado): %R&R < % = sistema aceitável % < %R&R < 3% = aceitável (depende de custo, importância, etc.) %R&R > 3% = não aceitável, necessita correções Se EV (repe) >> AV (repro), possíveis causas: equipamento necessita manutenção dispositivo necessita ser redesenhado para ganhar rigidez fixação dos instrumentos precisa ser melhorada muita variação da própria peça Se AV (repro) >> EV (repe), possíveis causas: avaliador precisa ser melhor treinado (realização da medição e leitura) leitura do equipamento não é clara pode ser necessário um dispositivo para o avaliador utilizar o equipamento MSA 34
35 R&R (Repetibilidade e Reprodutibilidade) Comentários do AIAG Os cálculos usados nas planilhas de R&R irão gerar PV (variação do processo) e TV (variação total). O uso destas estimativas só fazem sentido quando o processo estudado é estável e as peças selecionadas representam a faixa total de valores que se espera do processo. Se tais condições não existirem você deve comparar o valor de R&R com a tolerância ou com uma situação desejada (ex.: Ppk objetivado). Se processo é altamente capaz e a carta de amplitudes mostra baixa discriminação e o %RR é alto, o sistema de medição pode servir para controlar o processo, mas não para calcular índices de capabilidade. MSA 35
36 R&R (Repetibilidade e Reprodutibilidade) Exemplo / R F-2.2 ANÁLISE DO SISTEMA DE MEDIÇÃO ESTUDO DE R & R - MÉTODO DA MÉDIA E AMPLITUDE 3 Nome Sistema de Medição: Paquimetro 6 -,mm Código: Nome e nº Peça: C-24 -Tubo Especificação: 327,25 327,75 Tol:,5 Característica: Altura Cliente: Albano Cozzuol Grupo O PERADO R Peça Médias Medição 327,7 327,73 327,7 327,68 327,65 327,7 327,7 327,67 327,8 327,5 327,683 Jõao Oliv. Valto J. Roberto Medição 2 327,68 327,72 327,7 327,68 327,67 327,7 327,69 327,66 327,8 327,47 327,679 A Medição 3 327,68 327,73 327,69 327,69 327,66 327,7 327,73 327,67 327,8 327,5 327,687 Média A 327, , ,7 327, ,66 327, , , , ,49 Xa = 327,683 Amplitude A,2,,2,,2,,4,,,3 Ra =,8 Medição 327,68 327,76 327,73 327,66 327,66 327,79 327,7 327,67 327,8 327,47 327,69 Medição 2 327,72 327,75 327,73 327,68 327,69 327,8 327,73 327,68 327,8 327,5 327,7 B Medição 3 327,7 327,75 327,74 327,69 327,67 327,8 327,73 327,68 327,82 327,5 327,7 Média B 327,7 327, , , , , , , , ,4933 Xb = 327,74 Amplitude B,4,,,3,3,,2,,,4 Rb =,2 Medição 327,68 327,76 327,73 327,66 327,66 327,7 327,7 327,67 327,8 327,5 327,686 Medição 2 327,72 327,75 327,73 327,68 327,69 327,7 327,69 327,66 327,8 327,47 327,69 C Medição 3 327,7 327,75 327,74 327,69 327,67 327,7 327,73 327,67 327,8 327,5 327,697 Média C 327,7 327, , , , , , , , ,49 Xc = 327,69 Amplitude C,4,,,3,3,,4,,,3 Rc =,22 Média da peça 327, , , , , , , ,67 327, ,49 X = 327,693 Rp =,3556 MSA 36
37 R&R (Repetibilidade e Reprodutibilidade) Exemplo / R Repetições 3 XDIFF= Análise Numérica ). Repetibilidade (VE) D4 Repetições K Operadores K2 Operadores K3 2,58 3,598 3,523,346 max(x) - min(x) XDIFF=,2 R = R = (Ra+Rb+Rc)/3,23 2). % VE UCLR= UCLR= VARIAÇÃO VARIAÇÃO TOTAL R * D4,525 TOLERÂNCIA VE = R * K VE =,2 %VE = [VE/VT} %VE =,94 4,42 3). Reprodutibilidade (VO) 2 2 VO = ( X DIFF * K 2) ( VE /( nr)) 4). % VO VO =,8 %VO = [VO/VT} %VO =,7 2,92 5). Repetibilidade e Reprodutibilidade (R&R) 6). % R&R 2 2 R&R = VE +VO R&R=,6 %R&R = [R&R/VT} %R&R = 6,4 9,36 7). Variação da Peça (VP) 8). % VP VP = R P * K 3 VP=,9927 %VP= [VP/VT} %VP= 98,7 9,3 9). Variação Total (VT) ). Número de categorias distintas (ndc) 2 2 VT= R & R + VP VT=,6 ndc =,4[VP/R&R] ndc = 8,68 MSA 37
38 Estudos para Sistemas de Medição por Atributo Definição O valor medido é um de um número finito de categorias. O mais comum destes é o dispositivo passa/nãopassa (dois resultados possíveis). Outros dispositivos (ex.: padrões visuais) que resultam em mais categorias não são cobertos pelo manual. Os estudos de atributos que existiam no manual anterior não permitiam indecisão na avaliação das peças. MSA 38
39 Método de Análise de Riscos Métodos de Análise de Riscos Há sempre um risco quando tomamos decisões baseadas no sistema de medição. O maior risco está nos limites das especificações. I II Objetivo III II I LSE LIE Zona de risco de classificação errada MSA 39
40 Método de Análise de Riscos Dois métodos podem ser usados: Análise de teste de hipótese Teoria de detecção de sinais Não quantificam a variabilidade Usar com bom conhecimento estatístico das fontes de variação que podem afetar o produto e o sistema de medição, e do efeito de uma decisão incorreta para o cliente As fontes de variação podem ser minimizadas com resultados de fatores humanos e estudos ergonômicos. MSA 4
41 Análise de teste de hipótese (exemplo) 5 peças (incluindo valores nas zonas de risco), 3 operadores, 3 tentativas comparar com valor de referência Peça A- A-2 A-3 B- B-2 B-3 C- C-2 C-3 Ref. Valor Cód, , , , ,5736-6,54495 x 7, x , MSA 4
42 Análise de teste de hipótese (exemplo) Depois avalie o nível de coincidência (A*B, A*C, B*C) utilizando kappa (soma das proporções observadas / soma das proporções esperadas) Se kappa >,75 = indica uma coincidência aceitável entre os avaliadores, mas não indica se o sistema é eficaz para separar o bom do ruim. Compare cada avaliador com o valor de referência (A*Ref, B*Ref, C*Ref). Mais uma vez kappa deve ser >,75. Avalie a Eficácia = número de decisões corretas / oportunidades totais para a decisão Depois devem ser testada a hipótese se a Eficácia de cada avaliador é a mesma (H ). MSA 42
43 Detecção de sinais (exemplo) Determina uma aproximação da largura da região II (zona de risco) e, a partir desta, o %RR (GRR) do sistema de medição. d i = distância entre a última peça aceita por todos avaliadores e a primeira peça rejeitada por todos, para cada especificação (mesma tabela anterior), d = média (d i ) d LSE =,47832, =,2435 d LIE =,56652,54274 =,23448 d =,23795 ou %RR = 29% MSA 43
44 Sistemas de Medição Complexos ou Não- Repetitivos Dependem de maior conhecimento estatístico MSA 44
45 Sistemas complexos / não repetitivos Cenários A peça não é modificado pelo sistema de medição Sistemas de medição não repetitivos Cenário Não destrutivos Exemplos Dinamômetros de veículos Teste de vazamento com dados variáveis A vida de prateleira da característica é conhecida e vai além da duração do estudo ( a característica medida não varia durante o tempo de uso esperado) Dispositivos / bancadas de teste Outros não repetitivos Cenário Destrutivos Espectrômetro de massa com amostras de um lote único Exemplos Bancada de teste de motor / transmissão / dinamômetros Teste de vazamento por atributo Salt-spray / Umidade Teste de solda destrutivo Teste de camada destrutivo Teste na linha onde a automação não permite a repetição MSA 45
46 Sistemas complexos / não repetitivos Estudos Avaliação da Estabilidade Cenário S S2 S3 S4 S5 A peça não é modificado pelo sistema de medição A vida de prateleira da característica é conhecida e vai além da duração do estudo ( a característica medida não varia durante o tempo de uso esperado) Sistemas de medição destrutivos Sistemas de medição não repetitivos Dispositivos / bancadas de teste MSA 46
47 Sistemas complexos / não repetitivos Estudos de Estabilidade S: Peça única, Medição única por ciclo (usar carta X & mr: médias e amplitudes móveis) Estabilidade Tendência S2: n 3 peças, Medição única por ciclo por peça (usar carta z, R: z = x - μ, e μ = valor de referência) Estabilidade Tendência Linearidade S3: Amostra grande de um processo estável (usar carta Xbar & R ou X & mr) Estabilidade S4: Amostras divididas (porções), Amostra única por ciclo (usar carta R) Estabilidade S5: Bancada de testes - mesmas características, vários instrumentos Atributivos : Estabilidade (mesma carta para todos ou separadas) Variáveis : Estabilidade (carta Xbar & S e usar ANOVA) MSA 47
48 Sistemas complexos / não repetitivos Estudos Avaliação da Variabilidade Cenário V V2 V3 V4 V5 V6 V7 V8 V9 A peça não é modificado pelo sistema de medição Mesmo acima com p 2 instrumentos Sistemas de medição destrutivos Sistemas de medição não repetitivos Sistemas de medição com características dinâmicas (ex. bancadas de testes) Mesmo acima com p 3 instrumentos MSA 48
49 Sistemas complexos / não repetitivos Estudos de Variabilidade V: Estudos de R&R padrões (vistos anteriormente) R&R V2: Leituras múltiplas com p 2 instrumentos (usar estimativas de Grubb ou Thompson) Variabilidade do processo Repetibilidade Cálculo do intervalo de confiança V3: Amostras divididas (porções), m = 2 (usar técnicas de regressão) Repetibilidade Linearidade V4: Amostras divididas (porções), Geral (usar técnicas de R&R e ANOVA) R&R V5: Mesmo de V com peças estabilizadas R&R MSA 49
50 Sistemas complexos / não repetitivos Estudos de Variabilidade V6: Análise de séries de tempo (usar modelo de degradação para cada peça amostrada) Repetibilidade Consistência da degradação (se n 2 ) V7: Análise linear (usar regressão linear) Repetibilidade Consistência da degradação (se n 2 ) V8: Tempo versus Degradação da característica (usar V6 e V7 modificados para determinar de a degradação é dependente do tempo ou da atividade) Repetibilidade Consistência da degradação V9: V2 com leituras múltiplas simultâneas e p 3 instrumentos Variabilidade do processo Repetibilidade Cálculo do intervalo de confiança MSA 5
51 Quando realizar os estudos E principalmente, quando não realizar... MSA 5
52 O que diz a ISO/TS Análise do Sistema de Medição Estudos estatísticos devem ser conduzidos para analisar a variação presente nos resultados de cada tipo de sistema de equipamento de medição e ensaio. Tradução para prática: O que nos importa é a variação presente nos resultados e quanto ela interfere no resultado final. Tradução para prática: NÃO É POR FAMÍLIA DE EQUIPAMENTOS! Por favor, é por tipo de Sistema de Medição. O equipamento é só um dos componentes do sistema! MSA 52
53 O que diz a ISO/TS Análise do Sistema de Medição (cont.) Este requisito deve-se aplicar aos sistemas e medição referenciados no plano de controle. Tradução para prática: A características do produto e processo que constam do Plano de Controle lá estão porque são importantes para reduzir o risco ao cliente (foram todas avaliadas no FMEA). A variação delas pode afetar a satisfação do cliente. Parte de sua variação vem da variação do sistema de medição. Temos que avaliar a variação do sistema de medição sempre que ela tem impacto na variação da característica. MSA 53
54 O que diz a ISO/TS Análise do Sistema de Medição Os métodos analíticos e critérios de aceitação utilizados devem estar conformes àqueles dos manuais de referência dos clientes sobre análise de sistema de medição. Outros métodos analíticos e critérios de aceitação podem ser utilizados se aprovados pelo cliente. Tradução para prática: O manual recomendado por todas montadoras (que requerem o MSA) é o do AIAG, atualmente em sua terceira edição (março/22). Caso você esteja em um ramo de material a granel, geralmente os próprios métodos de ensaio já definem a propriedade estatística do ensaio (normalmente a repetibilidade). Utilize este método no lugar do manual de MSA (vide anexo F do manual de PPAP). Qualquer outra variação, só com derroga (waiver) do cliente. MSA 54
55 Comentários do AIAG O manual de MSA é um guia e não uma norma. Deve ser feito o que é apropriado e faz sentido para o sistema de medição em particular. O requisito do cliente deve ser atendido. Pode ser necessário realizar cada um dos estudos para demonstrar ao cliente (ou ao auditor) a capacidade de realizar tais estudos quando eles fazem sentido. MSA 55
56 Quando realizar os estudos Quando não há desculpa para não fazer... Há suspeita que a estabilidade do sistema de medição é afetada por causas especiais. Não se conhece nem pode se estimar a estabilidade do sistema de medição. A variação da característica medida (Cpk/Ppk) é conhecida e é alta. A variação da característica não é conhecida nem pode ser estimada. Seu processo gera um alto percentual de produtos não conformes e o sistema de medição é atributivo. A característica é muito importante para o cliente (especial). Você é obrigado pelo cliente ou por sua certificadora, independente da argumentação... MSA 56
57 Quando não realizar os estudos Quando não há necessidade ou viabilidade para fazer... Característica atributiva (não há método coberto pelo manual ou aprovado pelo cliente) Custo elevado para realizar o estudo (inviável requer acordo com o cliente). Impossibilidade de obter-se amostras suficientes ou confiáveis para o estudo. Variação possível do sistema de medição irrelevante quando comparada com a tolerância ou com a capabilidade do processo (alto Cpk/Ppk). Linearidade: equipamento utilizado somente em um ponto ou em pequena faixa de uso (recomenda-se realizar Tendência). Estabilidade: característica se modifica durante o tempo do estudo. Estabilidade: sem influência do ambiente ou ambiente controlado (incluem-se pessoas com parte do ambiente). Tendência: Sistema já estudado através de Linearidade. Tendência/Linearidade: Avaliada preliminarmente através da calibração que indicou não necessidade de realizar o estudo (equipamento linear por projeto). Reprodutibilidade: Sem influência direta do operador/inspetor. Repetibilidade: Avaliada preliminarmente através da calibração que indicou não necessidade de realizar o estudo. MSA 57
58 Carlos Heitor Godoy Sabará Engenheiro Mecânico Consultor para Certificação de Sistemas da Qualidade Auditor Qualificado ISO 9, QS-9 e ISO/TS 6949 Suporte Assessoria Empresarial Suporte Assessoria Empresarial HST Qualidade Ltda. Rua Sebastião Fabiano Dias, 3 / 93A Belvedere , Belo Horizonte, MG Fone: +(3) sabara@portalsuporte.com.br, hstq@uol.com.br. MSA 58
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