revistahugv Revista do Hospital Universitário Getúlio Vargas The Journal of Getulio Vargas University Hospital

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "revistahugv Revista do Hospital Universitário Getúlio Vargas The Journal of Getulio Vargas University Hospital"

Transcrição

1 revistahugv Revista do Hospital Universitário Getúlio Vargas The Journal of Getulio Vargas University Hospital v.5. n. 1-2 jan./dez MIOLO DO HUGV 2006.pmd 1

2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS Rua Apurinã nº 04 Praça 14 de Janeiro, Cep: Manaus - AM Fones: (092) revistahugv@ufam.edu.br UFAM FUNDADORES Ricardo Torres Santana Jorge Alberto Mendonça LISTA DO CONSELHO EDITORIAL DA REVISTA HUGV EDITOR-CHEFE Fernando Luiz Westphal Maria Augusta Bessa Rebelo Rosane Dias da Rosa Kathya Augusta Thomé Lopes Maria Lizete Guimarães Dabela LISTA DO CONSELHO CONSULTIVO DA REVISTA HUGV Aluísio Miranda Leão Ângela Delfina B. Garrido Antonio Carlos Duarte Cardoso Célia Regina Simoneti Barbalho Cláudio Chaves Clemencio Cezar Campos Cortez Dagmar Keisslich David Lopes Neto Domingos Sávio Nunes de Lima Edson Sarkis Gonçalves Ermerson Silva Eucides Batista da Silva Eurico Manoel Azevedo Fernando César Façanha Fonseca Fernando Luiz Westphal Gerson Suguyama Nakajima Ione Rodrigues Brum Ivan da Costa Tramujás Jacob Cohen João Bosco L. Botelho Julio Mario de Melo e Lima Kathya Augusta Thomé de Souza Lourivaldo Rodrigues de Souza Luís Carlos de Lima Luiz Carlos de Lima Ferreira Luiz Fernando Passos Maria Augusta Bessa Rebelo Maria do Socorro L. Cardoso Maria Fulgência Costa L. Bandeira Maria Lizete Guimarães Dabela Mariano Brasil Terrazas Neila Falcone Bonfim Nelson Abrahim Fraiji Nikeila Chacon de O. Conde Osvaldo Antônio Palhares Ricardo Torres Santana Rosana Cristina Pereira Parente Rosane Dias da Rosa Wilson Bulbol MIOLO DO HUGV 2006.pmd 2

3 revistahugv Revista do Hospital Universitário Getúlio Vargas The Journal of Getulio Vargas University Hospital v.5. n. 1-2 jan./dez MIOLO DO HUGV 2006.pmd 3

4 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS Copyright 2006 Universidade Federal do Amazonas/HUGV REITOR DA UFAM Dr. Hidembergue Ordozgoith da Frota DIRETOR DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS Dr. Raymison Monteiro de Souza PRODUÇÃO GRÁFICA-EDITORIAL: EDUA DIRETOR DA EDUA Dr. Renan Freitas Pinto DIRETORA DA REVISTA Profª Dayse Enne Botelho REVISÃO (LÍNGUA PORTUGUESA) Sergio Luiz Pereira CAPA TIRAGEM 300 EXEMPLARES FICHA CATALOGRÁFICA Ycaro Verçosa dos Santos CRB R454 Revista do Hospital Universitário Getúlio Vargas. Revista do Hospital Getúlio Vargas. V. 5, n. 1-2 (2006) / Manaus: Editora da Universidade Federal do Amazonas, p. Semestral Título da revista em português inglês ISSN Medicina-Periódico I. Hospital Universitário Getúlio Vargas II. Universidade Federal do Amazonas. CDU 61(051) MIOLO DO HUGV 2006.pmd 4

5 SUMÁRIO Editorial... Kathya Augusta Thomé Lopes 7 ARTIGOS ORIGINAIS 1. Caracterização das reações transfunsionais ocorridas no Hospital Universitário Getúlio Vargas, Amazonas, Brasil, no período de 2001 a Avaliação clínico-cirúrgica dos pacientes submetidos a ressecção pulmonar por bronquiectasias O deprimido diante do entrevistador clínico iniciante Estudo sobre a atitude do profissional de saúde com relação à perspectiva de vida ativa de pacientes com sequelas de traumatismo raqui-medular Treinamento muscular inspiratório em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica... RELATO DE CASO 6. Tratamento de fraturas faciais ocasionadas por projetéis de arma de fogo (P. A. F.): Relato de Caso Clínico Deficiência de 11β-Hidroxilase Relato de Caso e Revisão de Literatura Pneumonia Necrosante: Relato de Caso Tratamento da discromia gengival: Comparação de duas técnicas Hamartoma Hipotalâmico causando puberdade precoce central: Relato de Caso A importância do planejamento na reabilitação estética do sorriso pela cirurgia plástica periodontal: Relato de Caso Relato de Caso: Insuficiência Respiratória pós-pleurodese Resumo MIOLO DO HUGV 2006.pmd 5

6 6 MIOLO DO HUGV 2006.pmd 6

7 EDITORIAL Kathya Augusta Thomé Lopes* A Revista do HUGV é um periódico da Ufam que possibilita a publicação de artigos e resultados de investigações, busca estimular a divulgação do conhecimento elaborado nas mais diversas áreas da saúde dentro e fora do âmbito do Hospital Universitário Getúlio Vargas. Tem como pressuposto disponibilizar artigos e trabalhos de pesquisa que venham contribuir para melhorar as ações dos profissionais e das instituições. A pesquisa de certa maneira tem como perspectiva promover o desenvolvimento e minimizar os problemas da saúde. Assim, por intermédio de uma produção científica rigorosa e com qualidade, é possível encontrar respostas e soluções para as questões prioritárias de saúde da população, bem como do sistema e da política de saúde. Talvez a grande dificuldade ainda esteja relacionada à capacidade de incorporar os resultados desta produção nas ações de saúde. Torna-se imprescindível encontrar estratégias para disseminar este conhecimento visando possibilitar a sua utilização em benefício do bem-estar das populações em todas as suas dimensões. A investigação científica em saúde teve uma ampliação nos últimos anos, indo desde o aumento de projetos de pesquisa até as diversas oportunidades para auxílios e fomentos nesta área, o que de certa forma tem motivado o avanço dessas investigações. Um outro fator importante é a atenção que tem se dado aos aspectos éticos em pesquisa visando a garantia de um compromisso entre o pesquisador e os sujeitos da pesquisa, na mesma proporção as pesquisas realizadas com rigor científico expressam qualidade no seu desenvolvimento e ainda não são positivamente compreendidas pelos especialistas e nem pela sociedade. Tendo em vista as transformações apresentadas nas diversas especialidades da saúde, nada mais justo que usar o conhecimento adquirido em prol do benefício da sociedade, e isto passa pela divulgação intensiva dos achados científicos, daí o papel importante da divulgação pelas revistas científicas. Arriscaríamos afirmar que os conhecimentos disponíveis podem não ser adequados e suficientes para a solução dos diversos problemas identificados na área da saúde, contudo é importante que haja uma atuação incessante dos pesquisadores para a busca de novas informações e geração de conhecimentos para redução de doenças e principalmente a formulação de políticas de prevenção. A começar pela convicção de que as ações adequadas e favoráveis a uma boa qualidade de saúde serão na maioria das vezes advindas de descobertas de pesquisas bem elaboradas, e que, por sua vez, são desenvolvidas com base na inquietação de seus pesquisadores, promovendo achados importantes para a área, tais como: o que favorecer para que as pessoas permaneçam saudáveis; os fatores gerais que influenciam; as características locais; prioridades; os determinantes sociais, políticos e ambientais de saúde, dentre outros. É importante que essas ações sejam estimuladas dentro do âmbito do HUGV, notadamente por se tratar de um hospital de ensino. * Professora Doutora da Faculdade de Educação Física da Ufam Coordenadora do Programa de Atividades Motoras para Deficientes / PROAMDE Chefe da Divisão de Pesquisa Clínica e Social do HUGV 7 MIOLO DO HUGV 2006.pmd 7

8 Além de estimular e disseminar a importância da realização de pesquisas e a veiculação dos diversos conhecimentos elaborados na área de saúde, o Hospital Universitário Getúlio Vargas, por intermédio do Conselho Editorial e Consultivo da Revista do HUGV, propõe-se a avaliar os trabalhos apresentados à publicação priorizando o rigor científico, observando, ainda, a importância dos achados para o benefício da sociedade bem como a sua aplicação prática. A realização de projetos de pesquisa propicia a constante produção de conteúdo científico, assim como possibilita a captação de recursos para os Serviços e, em última instância, para a Instituição. Portanto, a Divisão de Apoio à Pesquisa Científica disponibiliza orientação aos profissionais deste Hospital interessados em realizar projetos de pesquisa. 8 MIOLO DO HUGV 2006.pmd 8

9 MIHARU MAGUINORIA MATSUURA MATOS, RIVALDO CASTRO VILAR, YVELISE FERREIRA, RENEIDE DE PINHEIRO, MARIA ELIZETE DE ALMEIDA CARA ARACTERIZA CTERIZAÇÃ ÇÃO DAS REAÇÕES TRANSFUNSIONAIS AIS OCORRID ORRIDAS NO HOSPIAL UNI- VERSITÁRIO GETÚLIO VAR ARGAS AS,, AMAZONAS AS,, BRASIL, NO PERÍODO DE 2001 A 2003 CHARATERIZATION OF TRANSFUNSIONAL REACTIONS OCCURED IN THE UNIVERSITY HOSPITAL GETÚLIO VARGAS, AMAZONAS, BRAZIL, IN THE PERIOD OF 2001 THE 2003 Miharu Maguinoria Matsuura Matos 1, Rivaldo Castro Vilar 2, Yvelise Ferreira 3, Reneide de Pinheiro Almeida 4, Maria Elizete de Almeida Araújo 5 RESUMO: Diante do complexo quadro que envolve a prática transfusional, aliada ao fato de que o Estado do Amazonas possui dados incipientes referente às reações transfusionais, o presente estudo propôs descrever as reações ocorridas no Hospital Universitário Getúlio Vargas, da cidade de Manaus, Brasil. Acredita-se que as informações, apresentadas neste estudo, contribuem para o conhecimento real das reações transfusionais ocorridas e possibilita o aprimoramento do trabalho desenvolvido pela Hemovigilância do HUGV, permitindo uma maior segurança transfusional. Casuística: Avaliação de todos os relatórios de reação transfusional e livros de registro de transfusão sangüínea do banco de dados da Agência Transfusional do hospital, no período de 2001 a Resultados: Das transfusões analisadas, 21 desencadearam reações transfusionais, caracterizando uma freqüência de 0,10%. A incidência de reação alérgica foi de 0,04% e reação febril não hemolítica foi de 0,03%. Esses dados diferem dos disponíveis na literatura quanto à incidência, mas é similar quanto aos tipos de reação mais freqüentes. Conclusões: Observou-se uma baixa taxa de reação transfusional refletindo que existem dificuldades na monitorização e notificação das reações ocorridas neste hospital. Considera-se que essa taxa foi influenciada por diversas causas, principalmente em conseqüência das subnotificações, pois representa uma inconsistência da definição de caso por falta de conhecimento técnico-científico dos envolvidos na terapia transfusional. Palavras-chave: Reações transfunsionai, transfunsão sanguínea, hemovigilância, Incidentes transfunsionais, notificação de reações adversas. ABSTRACT: Facing the complex situations that involves the transfusional practice, followed by the fact that the state of Amazon doesn t have enough information about transfusional reactions, the present study proposed to describe the reactions occured in the University Hospital Getulio Vargas in Manaus, Brazil. It is believed credit that the information in this study contribute to the real knowledge of transfusional reactions occured and offer the improvement of the work developed by the Hemovigilance of HUGV, allowing a higher transfusional security. Material and methods: Review of all the reports of transfusional reaction and the blood transfusions registers of the data base of the Transfusional Agency of the hospital in period of years from 2001 to Results: Of 21,289 transfusions analyzed, 21 had transfusional reactions, characterizing a frequency of 0,10%. The alergical incidence of reactions was 0,04% and no hemolytic fever reaction was 0,03%. These data differ from the available literature in incidence terms but it was similar to the types of reaction found in this study. Conclusions: A low tax of transfusional reaction was observed in this study reflecting the existence of difficulties in the monitorization and notification of the reactions occurred in this hospital. It is considered that this tax was influenced by several causes, mainly due to subnotifications, that represent an inconsistency of the case definition due to technician-scientific knowledge of the people involved in the transfusional therapy. Key-words: Transfusional reactions. Blood transfusion. Hemovigilance. Transfusional incidents. Notification of adverse reactions. 1 Farmacêutica-Bioquímica, HUGV, Ufam 2 Farmacêutico-Bioquímico, Ufam 3 Médica, Hemoam 4 Farmacêutica-Bioquímica, HUGV, Hemoam 5 Gerente de Risco Sanitário Hospitalar, HUGV, Ufam 9 MIOLO DO HUGV 2006.pmd 9

10 CARACTERIZAÇÃO DAS REAÇÕES TRANSFUSIONAIS OCORRIDAS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS, AMAZONAS, BRASIL, NO PERÍODO DE 2001 A 2003 INTRODUÇÃO OBJETIVO A transfusão de sangue consiste na administração do sangue de um indivíduo doador para um indivíduo receptor. Esse procedimento põe os antígenos do doador, sejam antígenos das membranas celulares ou antígenos plasmáticos, em contato com o sistema imunológico (anticorpos) do receptor, levando a reações do sistema imunológico do receptor da transfusão, que podem resultar em efeitos indesejáveis à transfusão. Esses resultados indesejáveis são chamados de reações transfusionais ou incidentes transfusionais. 1 O propósito fundamental de uma agência transfusional é assegurar uma terapia de transfusão efetiva e livre de quaisquer efeitos indesejáveis. Entretanto, vidas ainda têm sido perdidas como conseqüência de reações transfusionais. No Brasil, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2 não se conhece a freqüência real desses incidentes transfusionais, sejam eles inerentes à terapêutica, decorrentes de má indicação e do uso dos produtos sangüíneos, ou de falhas no processo durante o ciclo do sangue. Daí a necessidade de se investigar, identificar e notificar de forma sistemática as reações transfusionais a fim de que possam ser introduzidas medidas corretivas e preventivas. Diante deste complexo quadro que envolve a prática transfusional, aliada ao fato de que o Estado do Amazonas possui dados incipientes referente às reações transfusionais, o presente estudo propôs caracterizar as reações ocorridas no Hospital Universitário Getúlio Vargas HUGV, da cidade de Manaus, Brasil, no período de 2001 a 2003 por meio da avaliação dos relatórios de reação transfusional e livros de registro do banco de dados da Agência Transfusional do hospital. Sabe-se que o conhecimento das ocorrências das reações transfusionais é de grande valor no campo da orientação clínica e laboratorial, prevenindo o aparecimento ou recorrência de reações transfusionais imediatas ou tardias e levando a uma maior segurança e eficácia transfusional. Descrever as principais reações transfusionais ocorridas no Hospital Universitário Getúlio Vargas HUGV, da cidade de Manaus, Brasil, no período de 2001 a 2003, por meio de levantamento de dados. CASUÍSTICA O levantamento dos dados foi realizado pelas informações obtidas do banco de dados da Agência Transfusional do HUGV e da avaliação de todos os relatórios de reação transfusional e dos livros de registro de transfusão sangüínea, com ênfase nos resultados dos testes imunohematológicos da investigação transfusional e ao parecer conclusivo fornecido pelo Hemocentro do Amazonas Hemoam. O levantamento da reação transfusional foi baseado no número de sua ocorrência em relação ao número de unidades transfundidas no mesmo período. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Amazonas. Para a caracterização das reações transfusionais foi avaliado o tipo de reação transfusional ocorrida de acordo com a sua natureza e o momento da instalação. Considera-se reação transfusional do tipo imediato (aguda) aquela ocorrida durante a transfusão ou em até 24 horas e reação do tipo tardio aquele que ocorre após 24 horas da transfusão realizada. As reações transfusionais do tipo imediata (aguda) estão envolvidas com: reação hemolítica aguda, reação febril não hemolítica, reações alérgicas, sobrecarga volêmica, contaminação bacteriana, edema pulmonar não cardiogênico, reação hipotensiva e hemólise não imune. E as do tipo tardia estão envolvidas com: reação hemolítica tardia, doença enxerto-vs-hospedeiro, púrpura pós-transfusional, aparecimento de anticorpos irregulares/ isoimunização, hemossiderose e doenças transmissíveis por vírus, bactérias e parasitas. Esta classificação segue os critérios do Ministério da Saúde/Anvisa MIOLO DO HUGV 2006.pmd 10

11 MIHARU MAGUINORIA MATSUURA MATOS, RIVALDO CASTRO VILAR, YVELISE FERREIRA, RENEIDE DE PINHEIRO, MARIA ELIZETE DE ALMEIDA RESULTADOS Foram analisados os resultados de transfusões de sangue, no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2003, sendo (42,35%) de concentrado de hemácias (CH), (37,53%) de concentrado de plaquetas (CP), (15,12%) de plasma fresco congelado (PFC), 644 (3,02%) de crioprecipitado e 418 (1,96%) de plasma preservado (PP). A Tabela 1 apresenta a distribuição dos hemocomponentes transfundidos no HUGV de acordo com o ano estudado. Tabela 1 Distribuição dos hemocomponentes e derivados transfundidos no HUGV de acordo com o ano estudado Hemocomponentes e derivados CH PFC PP CP Criopreciptado Total Ano Total Transfundido CH = Concentrado de hemácias; PFC = Plasma Fresco Congelado; PP = Plasma Preservado; CP = Concentrado de Plaquetas Neste estudo, das transfusões realizadas, 21 desencadearam reação transfusional, caracterizando uma freqüência de 0,10%, sendo 11 (52%) do sexo feminino e 10 (48%) do sexo masculino. A média de reação transfusional notificada foi de uma reação transfusional a cada dois meses. A análise estatística da ocorrência de reação transfusional de acordo com o ano não apresentou diferença estatisticamente significante (p>0.05). A Tabela 2 demonstra a freqüência de reação transfusional com base no número de unidades transfundidas por ano. Das vinte e uma (0,10% das transfusões) reações transfusionais ocorridas, dezenove (90,4% das reações 0,09% das transfusões) estavam envolvidas com a transfusão de CH, uma (4,8% das reações 0,005% das transfusões) com PFC e uma (4,8% das reações 0,005% das transfusões) com CP. A Tabela 3 demonstra a distribuição dos hemocomponentes transfundidos em relação ao número de reação transfusional ocorrido. Tabela 3 Distribuição dos hemocomponentes e derivados transfundidos no HUGV em relação ao número de reação transfunsional ocorrido. Hemocomponentes e derivados CH PFC PP CP Criopreciptado Total Total transfundido Reação transfusional CH = Concentrado de hemácias; PFC = Plasma Fresco Congelado; PP = Plasma Preservado; CP = Concentrado de Plaquetas O CH foi responsável por dezenove reações transfusionais (90,4% das reações 0,09% das transfusões), ocorridas no HUGV, sendo que dezessete (89,5% das reações 0,08% das transfusões) foram do tipo imediato (aguda) e duas (10,5% das reações 0,01% das transfusões) do tipo tardio, como mostra a Figura 1. REAÇÕES POR CONCENTRADO DE HEMÁCIAS 10,5% Reação aguda Reação tardia Tabela 2 Freqüência de reação transfusional ocorridas no HUGV em relação ao número de transfusões realizadas por ano Ano Total N.º de Transfusões realizadas (100%) Sem reação Transfunsional (99,9%) Com reação Transfunsional (0,1%) 89,5% Figura 1 Tipos de reação transfunsional ocorridos pelo uso de concentrado de hemácias Observou-se que das dezessete reações transfusionais do tipo imediata (89,5% das rea- 11 MIOLO DO HUGV 2006.pmd 11

12 CARACTERIZAÇÃO DAS REAÇÕES TRANSFUSIONAIS OCORRIDAS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS, AMAZONAS, BRASIL, NO PERÍODO DE 2001 A 2003 ções 0,08% das transfusões), já que se desenvolveram durante ou em até 24 horas da transfusão realizada, o mesmo ocorrendo com aquelas decorrentes do CP e do PFC quanto ao tempo de instalação da reação, oito (47,0% das reações 0,04% das transfusões) eram reação alérgica, sete (41,2% das reações 0,03% das transfusões) eram reação febril não hemolítica e duas (11,8% das reações 0,01% das transfusões) de outras causas, conforme representadas na Figura 2. Das duas reações transfusionais do tipo tardio (0,01% das transfusões), encontradas neste estudo, mostraram que ambas (100%) foram reação hemolítica tardia, caracterizando uma freqüência de reação transfusional a cada transfusões de sangue. 41,2% 11,8% REAÇÕES TRANSFUSIONAIS DO TIPO AGUDA 47,0% Reação alérgica Reação febril não hemolítica Reações por outras causas Figura 2 Classificação das reações tranfunsionais do tipo imediata ocorridas no HUGV DISCUSSÃO A freqüência de 0,10% de reação transfusional encontrada neste estudo foi abaixo da nossa expectativa, embora essa taxa demonstre uma certa homogeneidade do número de reação transfusional com o de unidades transfundidas no decorrer dos anos. A Fiocruz 3 estima que 1 a 3% das transfusões de sangue dão origem a uma reação transfusional. Este percentual sobe para 10% em pacientes politransfundidos. Uma freqüência de reação transfusional semelhante à encontrada neste estudo foi apresentada por Silva et al 4 de 0,17% em pacientes internados na Santa Casa de Belo Ho- rizonte, como também por Ditzel et al, 5 que mostraram uma taxa de 0,28% de reação transfusional ocorridas no Hemocentro de Curitiba. Ainda na cidade de Curitiba, Rocha 6 detectou que 1,53% dos pacientes do Hospital Erasto Gaertner gerou reação adversa à transfusão. Os autores das literaturas consultadas foram unânimes em afirmar que a subnotificação foi a principal causa da baixa taxa de reação transfusional encontrada nesses estudos. Segundo cálculos de Lopes; Amorim Filho, 3 uma em cada cinco transfusões induz a algum tipo de complicação; entretanto, nem sempre é fácil identificar uma reação transfusional, pois, muitas vezes, são tão leves que passam despercebidas, contribuindo para uma incidência subestimada. Neste estudo, considera-se que essa baixa representatividade foi influenciada por diversas causas, principalmente em função das subnotificações das reações transfusionais. A subnotificação é um problema grave e muito sério que leva a uma falsa impressão de harmonia no trabalho quando na verdade representa uma inconsistência da definição de caso por falta de conhecimento técnico-científico dos envolvidos na terapia transfusional. Portanto, se sugere a elaboração de estratégias para a capacitação da equipe médica nas identificações, investigações e notificações de reações transfusionais a fim de que possam ser introduzidas medidas corretivas e preventivas. A freqüência de reação transfusional por unidade de hemocomponente transfundido, neste estudo, foi muito abaixo do esperado, ocorrendo uma reação a cada 474 transfusões de concentrado de hemácias, de transfusões de plasma fresco congelado e de transfusões de concentrado de plaquetas. Essa diferença, mais uma vez, comprova a existência de subnotificações das reações transfusionais ocorridas no HUGV. Os dados encontrados neste estudo quanto ao tipo de reação transfusional ocorrida são similares ao da literatura; 2,6,7 entretanto, diferem quanto à incidência, que foi abaixo do descrito pelos autores consultados, sugerindo uma subnotificação dos casos no serviço. Addas-Car- 12 MIOLO DO HUGV 2006.pmd 12

13 MIHARU MAGUINORIA MATSUURA MATOS, RIVALDO CASTRO VILAR, YVELISE FERREIRA, RENEIDE DE PINHEIRO, MARIA ELIZETE DE ALMEIDA valho 8 confirma que a reação febril não hemolítica e a alérgica são as reações adversas associadas à transfusão mais freqüentes (em torno de 95% dos casos) e que a ocorrência destas reações transfusionais parece ser constante, pois não sofre grandes influências nem mesmo com a implantação de novas tecnologias. Das duas reações transfusionais do tipo tardias encontradas neste estudo foram reação hemolítica tardia. Por intermédio da análise estatística desses dados observou-se que houve uma taxa aumentada de reação do tipo tardia neste estudo, pois, segundo informações na literatura, relatam a ocorrência de uma reação em cerca de transfusões em pacientes politransfundidos, ou que já tiveram gestações com imunização a antígenos eritrocitários. Um fato interessante observado durante o desenvolvimento deste estudo foi o uso rotineiro de corticóides e anti-histamínico nos pacientes do HUGV antes das transfusões como medida profilática das reações transfusionais. Foram encontradas referências sobre o uso desses medicamentos nos pacientes com história prévia de alergia às transfusões, mas não como procedimento de rotina a todos os pacientes a serem transfundidos. Acredita-se que tal procedimento poderia mascarar as reações transfusionais e, conseqüentemente, também contribuir para a baixa freqüência dessas reações. CONCLUSÕES 1. Neste estudo, observou-se uma baixa taxa de reação transfusional refletindo que existem dificuldades na monitorização e notificação das reações ocorridas neste hospital; 2. As subnotificações podem ser responsáveis pela baixa representatividade encontrada neste trabalho, pois representa uma inconsistência da definição de caso por falta de conhecimento técnico-científico dos envolvidos na terapia transfusional; 3. Há uma necessidade de se elaborar estratégias para a capacitação da equipe clínica nas identificações, investigações e notificações de reações transfusionais a fim de que possam ser introduzidas medidas corretivas e preventivas. REFERÊNCIAS 1. SOUZA, M. H. L., REGO, M. M. S. «Reações às Transfusões». In: Princípios de Hematologia e Hemoterapia. Disponível em: sangue15.htm. 2. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária: Manual Técnico de Hemovigilância. 2.ª ed. Brasília: Ministério da Saúde, LOPES, M. E. D., AMORIM FILHO, L. «Reações Transfusionais». In: Textos de Apoio em Hemoterapia. V. 2. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2000, p SILVA, D. R., CARVALHO, R. V. F., DIAS, R. P. «Incidência de reações transfusionais em pacientes atendidos pela agência transfusional da Hemominas na Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte: importância da notificação dos casos». In: Congresso Nacional do Colégio Brasileiro de Hematologia, 17, Foz do Iguaçu, Anais... Foz do Iguaçu: Série de Monografias da Escola Brasileira de Hematologia, 1999, v. 6. Sup. 1, p DITZEL, D. R. C., BALDANZI, G. R., MEROLLI, R., ALMEIDA, P. T. R. «Incidência e tipo de reações transfusionais descritas em um Hospital Universitário». In: Congresso Brasileiro de Hematologia e Hemoterapia, 25, 2002, Salvador, Anais... Salvador: Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, 2002, p ROCHA, J. M. «Reação transfusional e a importância de um sistema de notificação». In: Congresso Brasileiro de Hematologia e Hemoterapia, 25, 2002, Salvador, Anais... Salvador: Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, 2002, p GOULART, G. L., COZAC, A. P., GONÇAL- VES, L. L., FERREIRA, O., ÂNGULO, I. L., 13 MIOLO DO HUGV 2006.pmd 13

14 CARACTERIZAÇÃO DAS REAÇÕES TRANSFUSIONAIS OCORRIDAS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GETÚLIO VARGAS, AMAZONAS, BRASIL, NO PERÍODO DE 2001 A 2003 MIGUEL, C. E. «Reações transfusionais imediatas no ambulatório de transfusão do Hemocentro de Ribeirão Preto». In: Congresso Nacional do Colégio Brasileiro de Hematologia, 17, 1999, Foz do Iguaçu, Anais... Foz do Iguaçu: Série de Monografias da Escola Brasileira de Hematologia, 1999, v. 6, Sup. 1, p ADDAS-CARVALHO, M. «Hemovigilância: avaliação do registro das reações transfusionais no período de 5 anos nos Hospitais Universitários da Unicamp». In: Congresso Brasileiro de Hematologia e Hemoterapia, 25, 2002, Salvador, Anais... Salvador: Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, 2002, p MIOLO DO HUGV 2006.pmd 14

15 FERNANDO LUIZ WESTPHAL, LUIZ CARLOS LIMA, JOSÉ CORREA DE LIMA NETTO, CINTIA TEIXEIRA SOARES, BRENA LUIZE FERREIRA AVALIA ALIAÇÃ ÇÃO CLÍNICO-CIRÚR O-CIRÚRGIC GICA DOS PACIENTES SUBMETIDOS A RESSECÇÃO PULMONAR POR BRONQUIECT ONQUIECTASIAS CLINICAL-SURGICAL EVALUATION OF PATIENTS WERE SUBMITTED TO THE LUNG RESSECTION BY BRONCHIECTASIS FERNANDO LUIZ WESTPHAL 1, LUIZ CARLOS LIMA 2, JOSÉ CORREA DE LIMA NETTO 3, CINTIA TEIXEIRA SOARES 4, BRENA LUIZE FERREIRA 5 RESUMO: A alta prevalência de doenças infecciosas e o caráter endêmico da tuberculose, em nossa região, determinam um alto índice de complicações pulmonares, dentre elas as bronquiectasias. Estes pacientes são acometidos de infecções recorrentes, além do transtorno social conseqüente à grande produção de secreção que leva a um comprometimento do estado nutricional. Objetivos: Analisar os aspectos epidemiológicos, clínicos e cirúrgicos dos pacientes submetidos à ressecção pulmonar para o tratamento de bronquiectasias. Método: Estudo retrospectivo dos pacientes operados no Hospital Universitário Getúlio Vargas e Hospital Sociedade Beneficente Portuguesa de Manaus entre janeiro de 1993 a dezembro de Os dados foram tratados estatisticamente para a comparação entre algumas variáveis. Resultados: 70 pacientes foram avaliados, com a idade média de 43,6 anos e predominância do sexo feminino (66,6%). As etiologias mais comuns foram as seqüelas de processo tuberculoso prévio e as infecções pulmonares. A hemoptise foi o sinal mais freqüente e as bronquiectasias localizadas as mais encontradas. O tipo de ressecção mais utilizado foi a lobectomia. Não houve diferença significativa quanto às complicações pósoperatórias entre as bronquiectasias localizadas e as multissegmentares. O tempo médio de cirurgia foi de 287 minutos e da retirada dos drenos 4,4 dias. A permanência hospitalar foi em média 16,6 dias. A mortalidade foi de 1,85%. Conclusão: Houve um alto índice de complicações, provavelmente relacionadas ao processo inflamatório intenso encontrado na cavidade pleural destes pacientes, aliado ao comprometimento nutricional, o que acarretou um tempo de internação elevado. Palavras-chave: Bronquiectasia, Etiologia, Tratamento, Complicações. ABSTRACT: The high prevalence of infectious diseases and the endemic character of the tuberculosis, in our area, determine a high index of pulmonary complications, among them the bronchiectasis. These patients have recurrent infections, besides the social upset in consequence of the great secretion production that leads to a nutritional state compromise. Objectives: To analyze the epidemiological, clinical and surgical aspects of the patients submitted to the lung resection to the bronchiectasis treatment. Methods: A retrospective study of the patients operated at the University Hospital Getulio Vargas and Portuguese Beneficent Society of Manaus from January of 1993 to December of The data were studied statically to comparison between some variables. Results: 70 patients were evaluated and the average age was of 43,6 years and it was a female predominance (66,6%). The most common etiologies were the sequels of previous tuberculosis disease and the pulmonary infections. The hemoptysis was the most frequent sign and the localized bronchiectasis the most found. The most used resection type was the lobectomy. There was not significant difference in the postoperative complications between the localized bronchiectasis and the multisegmental. The average surgery time was 287 minutes and the chest tube was removed in 4,4 days. The usual duration of hospital staying was 16,6 days. The mortality was of 1,85%. Conclusion: There was a high index of complications, probably related to the intense inflammatory reaction in the pleural cavity of these patients with the nutritional compromise, what determined a high time of hospital staying. Key-words: Bronchiectasis, Etiology, Treatment, Complications. 1 Doutor Cirurgião torácico Ufam/HUGV/UEA 2 Doutor Cirurgião torácico Ufam/HUGV/UEA 3 Especialista Cirurgião torácico HUGV 4 Acadêmica de Medicina bolsista Fapeam/UEA 5 Acadêmica de Medicina UEA 15 MIOLO DO HUGV 2006.pmd 15

16 AVALIAÇÃO CLÍNICO-CIRÚRGICA DOS PACIENTES SUBMETIDOS À RESSECÇÃO PULMONAR POR BRONQUIECTASIAS INTRODUÇÃO A bronquiectasia é uma doença caracterizada pela dilatação e distorção irreversível dos brônquios em decorrência da destruição dos componentes elástico e muscular de sua parede. 1 Sua patogenia está relacionada à agressão infecciosa e deficiência na depuração das secreções brônquicas, associada à resposta imune deficiente do hospedeiro que promove a perpetuação do processo inflamatório local com posterior destruição da parede brônquica. 2 Nos países com um alto índice de doenças infecciosas a possibilidade da ocorrência de bronquiectasias é maior, pois, além da agressão pulmonar ocasionada pelo processo infeccioso, há o fator de defesa do hospedeiro, usualmente alterados por problemas de desnutrição. Assim, no Primeiro Mundo, as bronquiectasias são geralmente decorrentes de doenças congênitas ou hereditárias e nos países em desenvolvimento causadas por processos infecciosos. 3 Várias infecções pulmonares têm sido associadas ao desenvolvimento da bronquiectasia. Alguns indivíduos com provável infecção viral, ou por micoplasma, desenvolvem infecções respiratórias repetidas e bronquiectasias. Além da lesão tecidual direta, as seqüelas das infecções tuberculosas podem incluir linfadenopatia caseosa em torno dos brônquios ou vias aéreas lesionadas, que predispõe a colonização bacteriana e, conseqüentemente, a bronquiectasia. 4 Nos achados clínicos, com freqüência, os pacientes relatam acessos constantes de «bronquite» que exigem séries repetidas de antibioticoterapia. Na maioria dos pacientes os sinais e sintomas consistem em tosse diária produtiva de escarro mucopurulento, hemoptise intermitente, pleurisia e dispnéia. 5 As principais indicações e objetivos da cirurgia na bronquiectasia consistem na remoção do pulmão destruído parcialmente, eliminando os episódios infecciosos, eliminando a produção substancial de escarro purulento e eliminação das vias aéreas bronquiectásicas que causam hemorragias e abrigam microrganismos resistentes. 6 O tratamento cirúrgico se baseia em algumas premissas: doença com distribuição segmentar ou lobar e unilateral; sintomas persistentes ou recorrentes, quando o tratamento clínico é interrompido e hemoptise importante. Algumas séries de casos estudados, nos últimos 30 anos, mostram uma morbidade de 3-33% e uma letalidade de 0,4-8,3%. 7 O objetivo imediato da extirpação cirúrgica é a remoção dos segmentos ou lobos mais comprometidos, com preservação das áreas não supurativas ou sem sangramento. Ressecções dos lobos médio e inferior são realizadas com maior freqüência. As complicações são empiema, hemorragia, escape de ar prolongado e expansão insuficiente do pulmão remanescente em função da atelectasia persistente ou supuração. 8 A nossa região é uma área endêmica em tuberculose, com muitos pacientes com seqüelas pulmonares passíveis de tratamento cirúrgico, e em doenças infecciosas, o que determina um grande número de pacientes candidatos à cirurgia para o tratamento de bronquiectasias. Portanto, o objetivo deste trabalho é a avaliação clínica e cirúrgica dos pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico de bronquiectasias no Serviço de Cirurgia Torácica. CASUÍSTICA E MÉTODO Trata-se de um de estudo retrospectivo por meio da revisão de prontuário dos pacientes operados no Hospital Sociedade Beneficente Portuguesa (SBP) e Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), no período de janeiro de 1993 a dezembro de 2003, de ambos os sexos, com o diagnóstico de bronquiectasia. O critério de exclusão utilizado foi ausência de informação nos prontuários que impossibilitava o preenchimento do protocolo utilizado no estudo. O trabalho foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Amazonas. 16 MIOLO DO HUGV 2006.pmd 16

17 FERNANDO LUIZ WESTPHAL, LUIZ CARLOS LIMA, JOSÉ CORREA DE LIMA NETTO, CINTIA TEIXEIRA SOARES, BRENA LUIZE FERREIRA A revisão dos prontuários permitiu o preenchimento de um protocolo com os seguintes itens: perfil epidemiológico; diagnóstico préoperatório, etiologia; tipo de bronquiectasia, tipo de ressecção cirúrgica, tempo de permanência na UTI, tempo para a retirada de dreno torácico, complicações, tempo de internação e óbito. Os dados foram analisados por meio de análise estatística descritiva para as variáveis. Para avaliar a associação entre as variáveis foi utilizado o teste do qui-quadrado com nível de 5% de significância. CONDUTA DO SERVIÇO DE CIRURGIA TORÁCICA A cirurgia mais comumente realizada é a lobectomia com ligadura em seqüência da artéria, veia e brônquio. Sempre utilizamos a ligadura dupla dos vasos, com a segunda ligadura transfixante com seda 3-0. O brônquio é suturado com fio absorvível 4-0, com sutura em figura de 8. Para as lobectomias inferiores utilizamos um dreno pleural e para as superiores utilizamos dois drenos pleurais. Normalmente o pós-operatório é realizado na Unidade de Terapia Intensiva no primeiro dia de pós-operatório e após o paciente é enviado para a enfermaria de Cirurgia Torácica. RESULTADOS As indicações para o tratamento de bronquiectasias são a infecção pulmonar de repetição e a hemoptise. Uma vez que o paciente é atendido no Ambulatório, é solicitado uma interconsulta com o Serviço de Pneumologia para a maximização do tratamento clínico nos casos de infecção pulmonar. Em caso de processos infecciosos ativos dos seios nasais ou na cavidade oral com acometimento dos dentes ou gengiva, o paciente é encaminhado para tratamento antes da cirurgia. A prova de função pulmonar segue as orientações baseadas nos achados espirométricos e naqueles casos de função pulmonar limítrofe, indicamos a realização da cintilografia pulmonar qualitativa e quantitativa para determinar o grau de função pulmonar remanescente no pósoperatório. Com esta conduta conseguimos avaliar adequadamente cerca de 90% dos pacientes candidatos a cirurgia. A anestesia sempre é realizada com entubação seletiva, com tubo de dupla luz. Quando há dificuldade para tal, realizamos a entubação seletiva com tubo simples orientado por broncoscopia. Em dois casos desta série operamos o paciente em posição de Overholt decúbito ventral para evitar a aspiração de secreção contralateral. É utilizado a antibioticoterapia profilática na indução anestésica. Foram analisados os prontuários de 70 pacientes submetidos à ressecção pulmonar por bronquiectasia. Houve predominância do sexo feminino (66,6%) e a idade média foi de 43,6 anos. O fator etiológico mais freqüentemente encontrado neste trabalho foi a seqüela de tuberculose (34,2%), seguido de processos infecciosos (Tabela 1). Observa-se um grande número de casos em que não foram identificados a etiologia, alguns devem ser decorrentes da impossibilidade de definir a etiologia com as informações do paciente. Tabela 1 Etiologia e tipo de bronquiectasias nos pacientes submetidos à ressecção pulmonar Etiologia Turbeculose Infecção Respiratória Discinesia Ciliar Sinusite Corpo estranho Não identificada Total Localizada n % ,4 10,6 4, ,7 100 multissegmentar n % 40,4 10,6 4, ,7 100 Quanto ao tipo de bronquiectasia, localizada ou multissegmentar, observa-se uma predominância do tipo localizada (67,1%) quando comparado com a multissegmentar. Os sinais e 17 MIOLO DO HUGV 2006.pmd 17

18 AVALIAÇÃO CLÍNICO-CIRÚRGICA DOS PACIENTES SUBMETIDOS À RESSECÇÃO PULMONAR POR BRONQUIECTASIAS sintomas mais freqüentes nesta amostra foram a hemoptise (54,3%), a tosse (38,5%) e a infecção de repetição (11,4%) (Tabela 2). Tabela 2 Sinais e sintomas em pacientes submetidos à ressecção pulmonar por bronquiectasia com e sem turbeculose Sinais e Sintomas Hemoptise Tosse produtiva Infecção respiratória Refluxo gastroesofágico Emagrecimento ETIOLOGIA Turbeculose Não turbeculose 17 (24,3%) 9 (12,9%) 3 (4,3%) 0 (0%) 1 (1,4% 21 (30,0%) 18 (25,7%) 5 (7,1%) 1 (1,3%) 0 (0%) Quanto ao tratamento cirúrgico, os tipos de ressecções realizadas foram assim distribuídos: lobectomia 72,6%, bilobectomia em 9,6%, lobectomia média mais lingulectomia em 6,8%, pneumectomia em 5,5%, segmentectomia em 2,7%, lobectomia superior esquerda mais lobectomia média em 1,4% e lobectomia média mais lobectomia inferior em 1,4% dos pacientes (Tabela 3). Observa-se um número maior de ressecções em relação ao número de casos, pois três pacientes realizaram mais de uma cirurgia para ressecção pulmonar para o tratamento de bronquiectasias. torácica, febre e hipertensão arterial sistêmica também em 1 paciente (Tabela 4). Tabela 4 Complicações ocorridas nos pacientes operados TIPOS Fuga aérea Pneumonia Sangramento Coágulo intrapleural Hematoma de parede HAS Empiema Dor torácica Febre Total Nº de complicações % 12,3 5,4 4,2 2,7 2,7 2,7 1,4 1,4 1,4 34,2 As complicações pós-operatórias foram mais evidentes nos pacientes sem passado de tuberculose quando comparado aos pacientes com passado de tuberculose, porém este dado não foi estatisticamente significante (p=0,96) (Tabela 5). Tabela 5 Complicações pós-operatórias com relação à etiologia Complicações Sem Com Total ETIOLOGIA TB Não TB 15 (34,1%) 29 (65,9%) 9 (34,6%) 17 (65,4%) 24 (34,3%) 46 (65,7%) Total 44 (100%) 26 (100%) 70 (100%) Tabela 3 Tipos de ressecção pulmonar utilizada TIPOS DE RESSECÇÃO Tipos Nº de ressecção % Não houve diferença significativa quanto às complicações pós-operatórias entre as bronquiectasias localizadas e as segmentares (p= 0,81) (Tabela 6). Lobectomia Bilobectomia Lobectomia média mais lingulectomia Pneumectomia Segmentectomia Lobectomia sup. Esq. mais Lobectomia média Lobectomia média mais Lobectomia inferior Total ,6 9,6 6,8 5,5 2,7 1,4 1,4 100 Tabela 6 Complicações pós-operatórias com relação à localização Localização Complicação Total Localizada 30 (63,8%) 17 (36,2%) 47 (100%) Multissegmentar 14 (60,9%) 9 (34,1%) 23 (100%) Total 44 (62,9%) 26 (37,1%) 70 (100%) Observamos complicações em 34,2% dos pacientes, sendo as mais comuns o escape aéreo em 9 pacientes, pneumonia em 4, sangramento em 3, coágulo intrapleural em 2, hematoma de parede em 2 pacientes, empiema em 1, dor Foram encontradas doenças associadas em 18% dos pacientes, dentre elas: sinusite, asma, hipertensão e miastenia gravis. O tempo médio da cirurgia foi de 287 minutos (4,7h), o tempo para a retirada do dreno torácico foi de 4,4 dias e 18 MIOLO DO HUGV 2006.pmd 18

19 FERNANDO LUIZ WESTPHAL, LUIZ CARLOS LIMA, JOSÉ CORREA DE LIMA NETTO, CINTIA TEIXEIRA SOARES, BRENA LUIZE FERREIRA o tempo de internação no pós- operatório dos pacientes operados foi de 16,6 dias. A mortalidade foi de 1,85%. DISCUSSÃO As bronquiectasias adquiridas podem acometer o paciente em qualquer idade, desde que ele seja submetido a condições desencadeantes durante alguma fase de sua vida, tais como: processos infecciosos, aspiração de corpo estranho e outros. Por outro lado, quando a etiologia é congênita, a ocorrência dos sintomas ocorre em uma faixa etária mais jovem, como, por exemplo, nos casos de fibrose cística. 9 A faixa etária média encontrada em nosso trabalho foi de 42,6 anos, semelhante ao em outras séries. 10 No passado, as infecções de infância, sarampo e coqueluche, eram as principais causas de bronquiectasias em adultos jovens, porém houve um declínio acentuado nesta incidência com a implantação de programas de vacinação efetivos. 3 Entretanto, em nosso meio, a tuberculose é considerada uma doença endêmica e determina uma alta incidência de complicações pulmonares como as bronquiectasias. Em nosso estudo, a tuberculose foi a principal causa de bronquiectasias, diferentemente do apresentado por outros autores 10,11 que demonstraram o antecedente de infecção pulmonar na infância como o fato etiológico mais comum. A etiologia desconhecida das bronquiectasias, neste estudo, foi de 48,2%, um índice elevado, porém esta dificuldade foi relatada por Gomes e cols. (2000), que não identificaram a etiologia em 16,4%, um valor inferior ao nosso, talvez pelo caráter prospectivo do seu estudo. O sinal mais freqüente na nossa casuística foi a hemoptise, diferente de outras séries (10) nas quais os sintomas de tosse e infecção pulmonar de repetição são os mais freqüentes. A maior ocorrência de hemoptise em nossa casuística devese ao fato de operarmos pacientes em que os sintomas são mais alarmantes, como a hemoptise, visto a alta demanda do serviço com o baixo grau de resolutividade, conseqüente às condições do Hospital Universitário, que não comporta um volume maior de cirurgias de grande porte, impossibilitando a realização de procedimentos cirúrgicos como nos casos de infecções recorrentes. O advento de antibióticos potentes e o tratamento precoce das infecções pulmonares diminuíram a incidência de bronquiectasias, porém há o espaço para o tratamento cirúrgico como nas bronquiectasias localizadas, nas obstruções brônquicas e na resistência ao bacilo da tuberculose. 3 Na prática médica os resultados são significativamente melhores nos pacientes tratados cirurgicamente. Annest e cols. (1982) relataram um índice de cura de 46% de pacientes submetidos à ressecção pulmonar, no seguimento de 40 pacientes, enquanto somente 2% dos pacientes tratados clinicamente ficaram assintomáticos. Estes resultados, aliados à redução da mortalidade cirúrgica para cifras próximas de 1%, contribuíram definitivamente para a retomada do espaço da cirurgia no tratamento da bronquiectasia. 12 Outro estudo comparativo 10 entre doentes operados e pacientes tratados clinicamente demonstrou a superioridade da cirurgia. No pósoperatório imediato verificou-se transitoriamente, em todos os casos, 88 pacientes que foram submetidos à ressecção pulmonar, apreciável redução de secreções broncopulmonares. Houve complicações maiores em 12 (13,6%), cinco pacientes apresentaram pneumonia, três pneumotórax, dois empiemas e dois coágulos intrapleurais. Não foi registrado nenhum óbito entre os pacientes cirúrgicos. O seguimento destes mostrou que ficaram praticamente livres de secreções e infecções broncopulmonares. A maioria dos pacientes cirúrgicos (84,0%) não necessitou ser reinternada, e somente um deles foi readmitido mais de duas vezes no pósoperatório. Os pacientes tratados clinicamente foram internados repetidas vezes (dois deles mais de 10 vezes), ou freqüentemente tiveram de ser atendidos ambulatorialmente. 19 MIOLO DO HUGV 2006.pmd 19

20 AVALIAÇÃO CLÍNICO-CIRÚRGICA DOS PACIENTES SUBMETIDOS À RESSECÇÃO PULMONAR POR BRONQUIECTASIAS O sucesso do tratamento cirúrgico está diretamente relacionado à adoção rigorosa dos critérios de operabilidade. Nos casos em que a ressecção completa de todos os segmentos dilatados é possível, os resultados cirúrgicos são excelentes. Nos pacientes com doença multissegmentar é de fundamental importância que se determine claramente no préoperatório a extensão da ressecção a ser feita, porque é difícil fazer tal avaliação durante a cirurgia (6). O objetivo da cirurgia é remover todos os segmentos comprometidos ao mesmo tempo em que se preserva o máximo de função pulmonar. 13 O tipo de ressecção pulmonar vai depender da localização e comprometimento pulmonares pela bronquiectasia. A ressecção mais comum é a dos segmentos basilares juntamente com o lobo médio do pulmão direito ou a língula do pulmão esquerdo. Os resultados da cirurgia na doença localizada serão sempre melhores do que na doença difusa ou multissegmentar. 8 Esse fato reflete o resultado obtido em nosso estudo quanto à prevalência de bronquiectasias localizadas nos pacientes submetidos à ressecção pulmonar. As complicações pós-operatórias incluem fuga de ar prolongada, fístula broncopleural, empiema e pneumonia por contaminação intraoperatória do pulmão normal. 14 Em conclusão, a análise desta amostra revelou, em nossa realidade, que a bronquiectasia acomete principalmente mulheres e indivíduos em uma faixa etária relativamente jovem. A principal etiologia da bronquiectasia foi a tuberculose e os achados clínicos mais encontrados foram a hemoptise e a tosse. Houve um grande número de complicações, mas isto é um achado esperado, visto que os pacientes operados tinham seqüelas de tuberculose ou comprometimento nutricional acentuado. A cirurgia é um método de tratamento definitivo na bronquiectasias localizadas e com baixa mortalidade quando devidamente indicada. REFERÊNCIAS 1. SILVA, L. C. «Bronquiectasias». In: SILVA, S C. PORTO, N. S. CAMARGO, J. P. Compêndio de Pneumologia. 4.ª ed. São Paulo: Fundo Editorial BYK, 1988, p BETHLEM, N. et al. «Supurações broncopulmonares». In: BETHLEM, N. Pneumologia. 4.ª ed. São Paulo: Atheneu, 1995, p BARKER, A. F. «Medical Progress: Bronchiectasis». N. Eng J. Med, 2002, 346(18): LIMA, L. S., BOGOSSIAN, M. «Avaliação da resposta clínica ao uso de antibióticos por via oral e via inalatória em pacientes portadores de bronquiectasias». Assoc. Méd. Bras., 1999, 45(3): ROMALDINI, H. «Supurações Pulmonares». In: PRADO, F. C., RAMOS, J. A., VALLE, J. R. Atualização Terapêutica. 21.ª ed. São Paulo. Ed. Artes Médicas, 2003, p SCHNEITER, D., MEYER, N., LARDINOIS, D. et. al. «Surgery for non-localized bronchiectasis». Brit. J. Surg, 2005, 92: GUIMARÃES, A. G. «Bronquiectasias: uma abordagem baseada em evidências». In: AIDÊ, et. al. Pneumologia: aspectos práticos e atuais. Rio de Janeiro: Revinter, 2001, p MAZIÈRES, J., MURRIS, M., DIDIER, A. et. al. «Limited operations for severe multisegmental bilateral bronchiectasis». Ann Thorac Surg, 2003; 75: WHEELER, D. «Bronchiectasis: a brief review». J. Resp. C. S. Med. Fall, 2004, 2: MOREIRA, J. S., PORTO, N. S., CAMARGO, J. J. P. et al. «Bronquiectasias: aspectos diagnósticos e terapêuticos: estudo de 170 pacientes». J. Pneumol, 2003, 29(5): GOMES, N. A., MEDEIROS, M. L., GIFONI, J. M. M. «Bronquiectasia localizada e multissegmentar: perfil clínico-epidemiológico e 20 MIOLO DO HUGV 2006.pmd 20

O PAPEL DO ENFERMEIRO NO COMITÊ TRANSFUSIONAL

O PAPEL DO ENFERMEIRO NO COMITÊ TRANSFUSIONAL O PAPEL DO ENFERMEIRO NO COMITÊ TRANSFUSIONAL HEMOCENTRO DE BELO HORIZONTE 2015 TRANFUSÃO SANGUÍNEA BREVE RELATO Atualmente a transfusão de sangue é parte importante da assistência à saúde. A terapia transfusional

Leia mais

Palavras- chave: Vigilância epidemiológica, Dengue, Enfermagem

Palavras- chave: Vigilância epidemiológica, Dengue, Enfermagem ANÁLISE DAS NOTIFICAÇÕES DE DENGUE APÓS ATUAÇÃO DO SERVIÇO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA HOSPITALAR INTRODUÇÃO: A Dengue é uma doença infecciosa febril aguda de amplo espectro clínico e de grande importância

Leia mais

CONHECIMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE SUBMETIDO À TERAPIA TRANSFUSIONAL... 260

CONHECIMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE SUBMETIDO À TERAPIA TRANSFUSIONAL... 260 CONHECIMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE SUBMETIDO À TERAPIA TRANSFUSIONAL... 260 CONHECIMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE SUBMETIDO À TERAPIA TRANSFUSIONAL. PRISCILA VICENTIN

Leia mais

Segurança do Paciente e Vigipos

Segurança do Paciente e Vigipos 14º Encontro Nacional da Rede Sentinela Fórum Internacional de Gestão de Risco e Segurança do Paciente 8 a 10 de outubro de 2013 Segurança do Paciente e Vigipos Geni Neumann N. de Lima Camara Unidade de

Leia mais

ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM A REFERÊNCIA DO AUTOR.

ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM A REFERÊNCIA DO AUTOR. ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM A REFERÊNCIA DO AUTOR. XV Jornada Interiorana de Hematologia e Hemoterapia II Encontro Interiorano de Enfermagem em Hemoterapia e Hemovigilância TESTES PRÉ

Leia mais

Resposta: Dilatação dos brônquios na tomografia (bronquiectasia) e nível hidro-aéreo na radiografia do tórax (abscesso).

Resposta: Dilatação dos brônquios na tomografia (bronquiectasia) e nível hidro-aéreo na radiografia do tórax (abscesso). 1 a Questão: (20 pontos) Um paciente de 35 anos, com história de sarampo na infância, complicada por pneumonia, informa que há mais de cinco anos apresenta tosse com expectoração matinal abundante e que

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

O que é Hemofilia? O que são os fatores de coagulação? A hemofilia tem cura?

O que é Hemofilia? O que são os fatores de coagulação? A hemofilia tem cura? Volume1 O que é? O que é Hemofilia? Hemofilia é uma alteração hereditária da coagulação do sangue que causa hemorragias e é provocada por uma deficiência na quantidade ou qualidade dos fatores VIII (oito)

Leia mais

1. Da Comunicação de Segurança publicada pela Food and Drug Administration FDA.

1. Da Comunicação de Segurança publicada pela Food and Drug Administration FDA. UTVIG/NUVIG/ANVISA Em 31 de janeiro de 2011. Assunto: Nota de esclarecimento sobre notícia veiculada na mídia que trata de comunicado de segurança da FDA Food and Drug Administration sobre possível associação

Leia mais

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Texto elaborado pelos Drs Pérsio Roxo Júnior e Tatiana Lawrence 1. O que é imunodeficiência? 2. Estas alterações do sistema imunológico são hereditárias?

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

TÍTULO: EQUIPE E-MAIL: INSTITUIÇÃO: ÁREA TEMÁTICA 1 INTRODUÇÃO ,

TÍTULO: EQUIPE E-MAIL: INSTITUIÇÃO: ÁREA TEMÁTICA 1 INTRODUÇÃO , TÍTULO: RELATÓRIO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO SEP(SERVIÇO DE ESCUTA PSICOLÓGICA) EQUIPE: Ana Patrícia de Almeida Silva; Ana Paula Torres Pinheiro; Marcos Aurélio Lordão Rocha E-MAIL: appatty13@yahoo.com.br

Leia mais

Pesquisa inédita avalia conhecimento da população sobre a tuberculose

Pesquisa inédita avalia conhecimento da população sobre a tuberculose Pesquisa inédita avalia conhecimento da população sobre a tuberculose Uma pesquisa quantitativa de opinião pública realizada pelo Núcleo de Pesquisas da Universidade Federal Fluminense (DataUFF) demonstra

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico Secretaria Municipal de Saúde de Janaúba - MG Edição Julho/ 2015 Volume 04 Sistema Único de Saúde TUBERCULOSE VIGILÂNCIA Notifica-se, apenas o caso confirmado de tuberculose (critério clinico-epidemiológico

Leia mais

Saúde da mulher em idade fértil e de crianças com até 5 anos de idade dados da PNDS 2006

Saúde da mulher em idade fértil e de crianças com até 5 anos de idade dados da PNDS 2006 Saúde da mulher em idade fértil e de crianças com até 5 anos de idade dados da PNDS 2006 José Cechin Superintendente Executivo Francine Leite Carina Burri Martins Esse texto compara as morbidades referidas

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 1 Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Nome fantasia: Projeto de volta prá casa Instituições: Núcleo de Epidemiologia do Serviço de Saúde Comunitária da Gerência de saúde Comunitária

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Uso Racional de Medicamentos. Erros de medicação. Conscientização.

PALAVRAS-CHAVE: Uso Racional de Medicamentos. Erros de medicação. Conscientização. 12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TRABALHO

Leia mais

Você conhece a Medicina de Família e Comunidade?

Você conhece a Medicina de Família e Comunidade? Texto divulgado na forma de um caderno, editorado, para a comunidade, profissionais de saúde e mídia SBMFC - 2006 Você conhece a Medicina de Família e Comunidade? Não? Então, convidamos você a conhecer

Leia mais

DOENÇA DIARREICA AGUDA. Edição nº 9, fevereiro / 2014 Ano III. DOENÇA DIARRÉICA AGUDA CID 10: A00 a A09

DOENÇA DIARREICA AGUDA. Edição nº 9, fevereiro / 2014 Ano III. DOENÇA DIARRÉICA AGUDA CID 10: A00 a A09 NOME DO AGRAVO CID-10: DOENÇA DIARRÉICA AGUDA CID 10: A00 a A09 A doença diarreica aguda (DDA) é uma síndrome clínica de diversas etiologias (bactérias, vírus e parasitos) que se caracteriza por alterações

Leia mais

Informe Técnico - SARAMPO nº2 /2010 Atualização da Situação Epidemiológica

Informe Técnico - SARAMPO nº2 /2010 Atualização da Situação Epidemiológica 1 SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA PROF. ALEXANDRE VRANJAC Av. Dr. Arnaldo, 351-6º andar SP/SP CEP: 01246-000 Fone: (11)3082-0957 Fax:

Leia mais

GARANTIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE

GARANTIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE GARANTIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE Fonte: http://www.testexpert.com.br/?q=node/669 1 GARANTIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE Segundo a NBR ISO 9000:2005, qualidade é o grau no qual um conjunto de características

Leia mais

Imagem da Semana: Radiografia de Tórax

Imagem da Semana: Radiografia de Tórax Imagem da Semana: Radiografia de Tórax Figura 1: Radiografia de tórax realizada em decúbito dorsal Enunciado MHS, sexo feminino, 63 anos, foi atendida no Centro de Saúde de seu novo bairro. Apresentava

Leia mais

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS Leia o código e assista a história de seu Fabrício Agenor. Este é o seu Fabrício Agenor. Ele sempre gostou de comidas pesadas e com muito tempero

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE Mariane Alves Gomes da Silva Eliana Zandonade 1. INTRODUÇÃO Um aspecto fundamental de um levantamento

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NAS EMPRESAS

A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NAS EMPRESAS A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NAS EMPRESAS ALCIDES DE SOUZA JUNIOR, JÉSSICA AMARAL DOS SANTOS, LUIS EDUARDO SILVA OLIVEIRA, PRISCILA SPERIGONE DA SILVA, TAÍS SANTOS DOS ANJOS ACADÊMICOS DO PRIMEIRO ANO DE

Leia mais

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Cruzeiro SP 2008 FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Projeto de trabalho de formatura como requisito

Leia mais

Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito do Traço Falcêmico

Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito do Traço Falcêmico MANUAL DO PACIENTE - TENHO TRAÇO FALCÊMICO.... E AGORA? EDIÇÃO REVISADA 02/2004 Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito do Traço Falcêmico Sabemos

Leia mais

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE Este relatório é uma versão resumida do relatório técnico

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º 605, DE 2015 (Do Sr. Lobbe Neto)

PROJETO DE LEI N.º 605, DE 2015 (Do Sr. Lobbe Neto) *C0051703A* C0051703A CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI N.º 605, DE 2015 (Do Sr. Lobbe Neto) Define diretrizes para a política de atenção integral aos portadores da doença de Parkinson no âmbito do Sistema

Leia mais

CORRELAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL E ANEMIA EM PACIENTES NORMOGLICEMICOS E HIPERGLICEMICOS EM UM LABORATÓRIO DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, CE

CORRELAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL E ANEMIA EM PACIENTES NORMOGLICEMICOS E HIPERGLICEMICOS EM UM LABORATÓRIO DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, CE CORRELAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL E ANEMIA EM PACIENTES NORMOGLICEMICOS E HIPERGLICEMICOS EM UM LABORATÓRIO DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, CE Janaína Esmeraldo Rocha, Faculdade Leão Sampaio, janainaesmeraldo@gmail.com

Leia mais

TÍTULO: "SE TOCA MULHER" CONHECIMENTO DAS UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA

TÍTULO: SE TOCA MULHER CONHECIMENTO DAS UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA TÍTULO: "SE TOCA MULHER" CONHECIMENTO DAS UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: ENFERMAGEM INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO

Leia mais

CIRURGIA DE OTOPLASTIA (PLÁSTICA DE ORELHAS) Termo de ciência e consentimento livre e esclarecido

CIRURGIA DE OTOPLASTIA (PLÁSTICA DE ORELHAS) Termo de ciência e consentimento livre e esclarecido CIRURGIA DE OTOPLASTIA (PLÁSTICA DE ORELHAS) Termo de ciência e consentimento livre e esclarecido Eu, RG n solicito e autorizo o Dr. Fausto A. de Paula Jr, CRM-SP 103073, medico otorrinolaringologista,

Leia mais

CRIAÇÃO DA DISCIPLINA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

CRIAÇÃO DA DISCIPLINA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL CRIAÇÃO DA DISCIPLINA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Elias S. Assayag eassayag@internext.com.br Universidade do Amazonas, Departamento de Hidráulica e Saneamento da Faculdade

Leia mais

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ALUNO COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA NO ENSINO REGULAR

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ALUNO COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA NO ENSINO REGULAR EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ALUNO COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA NO ENSINO REGULAR Autoras: Natália Aparecida DAL ZOT, Rafaela Alice HORN, Neusa MARTINI Identificação autores: Acadêmica do Curso de Matemática-Licenciatura

Leia mais

PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE. ELABORAÇÃO DE UMA PERGUNTA CLÍNICA André Sasse sasse@cevon.com.br PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE ELABORAÇÃO DA PERGUNTA

PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE. ELABORAÇÃO DE UMA PERGUNTA CLÍNICA André Sasse sasse@cevon.com.br PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE ELABORAÇÃO DA PERGUNTA PASSOS PARA A PRÁTICA DE MBE Curso Avançado MBE ELABORAÇÃO DE UMA PERGUNTA CLÍNICA André Sasse sasse@cevon.com.br 1. Formação da pergunta 2. Busca de melhor evidência resposta 3. Avaliação crítica das

Leia mais

2. Quais os objetivos do Programa Nacional de Segurança do Paciente?

2. Quais os objetivos do Programa Nacional de Segurança do Paciente? O tema Segurança do Paciente vem sendo desenvolvido sistematicamente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) desde sua criação, cooperando com a missão da Vigilância Sanitária de proteger

Leia mais

BOAS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM NA INSTALAÇÃO DA TRANSFUSÃO

BOAS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM NA INSTALAÇÃO DA TRANSFUSÃO BOAS PRÁTICAS DE ENFERMAGEM NA INSTALAÇÃO DA TRANSFUSÃO Jaciane Vargas de Freitas Silva Enfermeira RT Serviço de Enfermagem do Ambulatório do HBH Fundação Hemominas BOA PRÁTICA TRANSFUSIONAL Aplicação

Leia mais

5.1 Nome da iniciativa ou Projeto. Academia Popular da Pessoa idosa. 5.2 Caracterização da Situação Anterior

5.1 Nome da iniciativa ou Projeto. Academia Popular da Pessoa idosa. 5.2 Caracterização da Situação Anterior 5.1 Nome da iniciativa ou Projeto Academia Popular da Pessoa idosa 5.2 Caracterização da Situação Anterior O envelhecimento é uma realidade da maioria das sociedades. No Brasil, estima-se que exista, atualmente,

Leia mais

II. Atividades de Extensão

II. Atividades de Extensão REGULAMENTO DO PROGRAMA DE EXTENSÃO I. Objetivos A extensão tem por objetivo geral tornar acessível, à sociedade, o conhecimento de domínio da Faculdade Gama e Souza, seja por sua própria produção, seja

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: Mortalidade Infantil. Epidemiologia dos Serviços de Saúde. Causas de Morte.

PALAVRAS-CHAVE: Mortalidade Infantil. Epidemiologia dos Serviços de Saúde. Causas de Morte. ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA Jessica Neves Pereira (latiifa@hotmail.com)

Leia mais

Hepatites Virais 27/07/2011

Hepatites Virais 27/07/2011 SOCIEDADE DIVINA PROVIDÊNCIA Hospital Nossa Senhora da Conceição Educação Semana Continuada de Luta Contra em CCIH as Hepatites Virais 27/07/2011 Enfº Rodrigo Cascaes Theodoro Enfº CCIH Rodrigo Cascaes

Leia mais

As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função

As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função As disfunções respiratórias são situações que necessitam de intervenções rápidas e eficazes, pois a manutenção da função respiratória é prioritária em qualquer situação de intercorrência clínica. O paciente

Leia mais

L 256/32 Jornal Oficial da União Europeia 1.10.2005

L 256/32 Jornal Oficial da União Europeia 1.10.2005 L 256/32 Jornal Oficial da União Europeia 1.10.2005 DIRECTIVA 2005/61/CE DA COMISSÃO de 30 de Setembro de 2005 que aplica a Directiva 2002/98/CE do Parlamento Europeu e do Conselho no que se refere aos

Leia mais

DO TERMO DE CONSENTIMENTO

DO TERMO DE CONSENTIMENTO : DO TERMO DE CONSENTIMENTO AO CHECK LIST E fªl i Li Enfª Luciana Lima Hospital Procardíaco Aliança Mundial para Segurança do paciente Cirurgias seguras salvam vidas Check list baseado nas recomendações

Leia mais

Gerenciamento de Problemas

Gerenciamento de Problemas Gerenciamento de Problemas O processo de Gerenciamento de Problemas se concentra em encontrar os erros conhecidos da infra-estrutura de TI. Tudo que é realizado neste processo está voltado a: Encontrar

Leia mais

ÍNDICE INSTITUIÇÃO TÍPICA DO TERCEIRO SETOR DE BELO HORIZONTE...1. 1. A Instituição Típica do Terceiro Setor por Principal Área de Atividade...

ÍNDICE INSTITUIÇÃO TÍPICA DO TERCEIRO SETOR DE BELO HORIZONTE...1. 1. A Instituição Típica do Terceiro Setor por Principal Área de Atividade... ÍNDICE INSTITUIÇÃO TÍPICA DO TERCEIRO SETOR DE BELO HORIZONTE...1 1. A Instituição Típica do Terceiro Setor por Principal Área de Atividade...5 A Instituição Típica da Área de Cultura...5 A Instituição

Leia mais

UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ

UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ Autores: Jaqueline Lima PALOMBO (Bolsista PIBIC-EM/CNPq); Nadia Rocha VERIGUINE (Orientadora); Ângelo Augusto FROZZA (Co-orientador). Introdução

Leia mais

INDICAÇÕES BIOEASY. Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária

INDICAÇÕES BIOEASY. Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária INDICAÇÕES BIOEASY Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária 1- ANIGEN RAPID CPV AG TEST BIOEASY PARVOVIROSE Vendas de Filhotes:

Leia mais

NOVEMBRO DOURADO VIVA ESTA IDEIA! VENHA PARTICIPAR!

NOVEMBRO DOURADO VIVA ESTA IDEIA! VENHA PARTICIPAR! NOVEMBRO DOURADO VIVA ESTA IDEIA! VENHA PARTICIPAR! Serviço de OncoHematologia do HIJG DIA NACIONAL DE COMBATE AO CÂNCER NA CRIANÇA E NO ADOLESCENTE O Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantojuvenil (lei

Leia mais

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho

Pesquisa Semesp. A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho Pesquisa Semesp A Força do Ensino Superior no Mercado de Trabalho 2008 Ensino superior é um forte alavancador da carreira profissional A terceira Pesquisa Semesp sobre a formação acadêmica dos profissionais

Leia mais

INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS A ATENÇÃO PRIMÁRIA EM DOIS SERVIÇOS DE SAÚDE PÚBLICA DE MARINGÁ-PR

INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS A ATENÇÃO PRIMÁRIA EM DOIS SERVIÇOS DE SAÚDE PÚBLICA DE MARINGÁ-PR INTERNAÇÕES POR CONDIÇÕES SENSÍVEIS A ATENÇÃO PRIMÁRIA EM DOIS SERVIÇOS DE SAÚDE PÚBLICA DE MARINGÁ-PR Vitor Key Assada 1 ; Kristoffer Andreas Wendel Ribas 2 ; Willian Augusto de Melo 3 RESUMO: Condições

Leia mais

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA ÀSONDA VESICAL: UMA ABORDAGEM PRÁTICA

PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA ÀSONDA VESICAL: UMA ABORDAGEM PRÁTICA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ASSOCIADA ÀSONDA VESICAL: UMA ABORDAGEM PRÁTICA IRAS As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) consistem em eventos adversos ainda persistentes nos

Leia mais

Qual é a função dos pulmões?

Qual é a função dos pulmões? Câncer de Pulmão Qual é a função dos pulmões? Os pulmões são constituídos por cinco lobos, três no pulmão direito e dois no esquerdo. Quando a pessoa inala o ar, os pulmões absorvem o oxigênio, que é levado

Leia mais

GLOSSÁRIO ESTATÍSTICO. Este glossário apresenta os termos mais significativos das tabelas do Relatório Estatístico Mensal.

GLOSSÁRIO ESTATÍSTICO. Este glossário apresenta os termos mais significativos das tabelas do Relatório Estatístico Mensal. ANEXO I GLOSSÁRIO ESTATÍSTICO Este glossário apresenta os termos mais significativos das tabelas do Relatório Estatístico Mensal. 1 - MOVIMENTO DE PACIENTES 1.1 - Internação Hospitalar (Portaria MS n 312/02)

Leia mais

CHEK LIST CIRURGIA SEGURA SALVA VIDAS/ LATERALIDADE

CHEK LIST CIRURGIA SEGURA SALVA VIDAS/ LATERALIDADE 1 de 6 335547222 5 RESULTADO ESPERADO: 335547222 Ajudar a garantir que as equipes cirúrgicas sigam de forma consistente algumas medidas de segurança críticas. Espera-se que dessa forma os riscos mais comuns

Leia mais

CÓPIA NÃO CONTROLADA. DOCUMENTO CONTROLADO APENAS EM FORMATO ELETRÔNICO. PSQ PROCEDIMENTO DO SISTEMA DA QUALIDADE

CÓPIA NÃO CONTROLADA. DOCUMENTO CONTROLADO APENAS EM FORMATO ELETRÔNICO. PSQ PROCEDIMENTO DO SISTEMA DA QUALIDADE PSQ PROCEDIMENTO DO SISTEMA DA QUALIDADE PSQ 290.0339 - PROCEDIMENTO DO SISTEMA DA QUALIDADE APROVAÇÃO CARLOS ROBERTO KNIPPSCHILD Gerente da Qualidade e Assuntos Regulatórios Data: / / ELABORAÇÃO REVISÃO

Leia mais

Experiências dos Hospitais da Rede Sentinela: Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein

Experiências dos Hospitais da Rede Sentinela: Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein 1 Experiências dos Hospitais da Rede Sentinela: Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein Fernanda P. Fernandes dos Anjos Consultora de Gerenciamento e Vigilância do Risco Diretoria de

Leia mais

Dimensão Segurança do Doente. Check-list Procedimentos de Segurança

Dimensão Segurança do Doente. Check-list Procedimentos de Segurança 1. 1.1 1.2 Cultura de Segurança Existe um elemento(s) definido(s) com responsabilidade atribuída para a segurança do doente Promove o trabalho em equipa multidisciplinar na implementação de processos relativos

Leia mais

BANCO DE SANGUE PAULISTA PROCEDIMENTO OPERACIONAL RECEBIMENTO DE SOLICITAÇÕES PARA A TRANSFUSÃO DE HEMOCOMPONENTES

BANCO DE SANGUE PAULISTA PROCEDIMENTO OPERACIONAL RECEBIMENTO DE SOLICITAÇÕES PARA A TRANSFUSÃO DE HEMOCOMPONENTES Pagina 1 de 17 1. OBJETIVO Atender com eficácia as solicitações realizadas pelo corpo clínico dos hospitais. 2. APLICAÇÃO Receptores (pacientes). 3. RESPONSABILIDADES Médicos Supervisora Técnica Coordenador

Leia mais

TEMA: Seretide, para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).

TEMA: Seretide, para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). NOTA TÉCNICA 92/2013 Solicitante Dr. Wellington Reis Braz João Monlevade Processo nº 0362.13.4367-6 Data: 13/06/2013 Medicamento X Material Procedimento Cobertura TEMA: Seretide, para Doença Pulmonar Obstrutiva

Leia mais

IMPACTOS DO SISTEMA SIMPLES SOBRE A MORTALIDADE DE MICROS E PEQUENAS EMPRESAS: um estudo sobre os empreendimentos no município de Castanhal, PA

IMPACTOS DO SISTEMA SIMPLES SOBRE A MORTALIDADE DE MICROS E PEQUENAS EMPRESAS: um estudo sobre os empreendimentos no município de Castanhal, PA IMPACTOS DO SISTEMA SIMPLES SOBRE A MORTALIDADE DE MICROS E PEQUENAS EMPRESAS: um estudo sobre os empreendimentos no município de Castanhal, PA Rui Cidarta Araújo de Carvalho, Edson Aparecida de Araújo

Leia mais

5 passos para a implementação do Manejo da Infecção pelo HIV na Atenção Básica

5 passos para a implementação do Manejo da Infecção pelo HIV na Atenção Básica 5 passos para a implementação do Manejo da Infecção pelo HIV na Atenção Básica Guia para gestores MINISTÉRIO DA SAÚDE Introdução As diretrizes aqui apresentadas apontam para uma reorganização do modelo

Leia mais

Avanços na transparência

Avanços na transparência Avanços na transparência A Capes está avançando não apenas na questão dos indicadores, como vimos nas semanas anteriores, mas também na transparência do sistema. Este assunto será explicado aqui, com ênfase

Leia mais

PEDAGOGIA HOSPITALAR: as politícas públicas que norteiam à implementação das classes hospitalares.

PEDAGOGIA HOSPITALAR: as politícas públicas que norteiam à implementação das classes hospitalares. PEDAGOGIA HOSPITALAR: as politícas públicas que norteiam à implementação das classes hospitalares. Marianna Salgado Cavalcante de Vasconcelos mary_mscv16@hotmail.com Jadiel Djone Alves da Silva jadieldjone@hotmail.com

Leia mais

INFORMAÇÃO PARA A PREVENÇÃO

INFORMAÇÃO PARA A PREVENÇÃO FALANDO SOBRE NEXO EPIDEMIOLOGICO Um dos objetivos do CPNEWS é tratar de assuntos da área de Segurança e Medicina do Trabalho de forma simples de tal forma que seja possível a qualquer pessoa compreender

Leia mais

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Vice-Reitoria Curso de Abordagem da Violência na Atenção Domiciliar Unidade 2-Violência e criança

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Vice-Reitoria Curso de Abordagem da Violência na Atenção Domiciliar Unidade 2-Violência e criança Universidade do Estado do Rio de Janeiro Vice-Reitoria Curso de Abordagem da Violência na Atenção Domiciliar Unidade 2-Violência e criança Nesta unidade, analisaremos os aspectos específicos referentes

Leia mais

III MOSTRA NACIONAL DE PRODUÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA

III MOSTRA NACIONAL DE PRODUÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA III MOSTRA NACIONAL DE PRODUÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA, O TRABALHO DE CAPTAÇÃO DE CANDIDATOS E A POSSIBILIDADE DE ENVOLVIMENTO DAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA Déborah Carvalho Gerência

Leia mais

Gerenciamento de projetos. cynaracarvalho@yahoo.com.br

Gerenciamento de projetos. cynaracarvalho@yahoo.com.br Gerenciamento de projetos cynaracarvalho@yahoo.com.br Projeto 3URMHWR é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma seqüência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina

Leia mais

DOCENTES DO CURSO DE JORNALISMO: CONHECIMENTO SOBRE SAÚDE VOCAL

DOCENTES DO CURSO DE JORNALISMO: CONHECIMENTO SOBRE SAÚDE VOCAL DOCENTES DO CURSO DE JORNALISMO: CONHECIMENTO SOBRE SAÚDE VOCAL Rayné Moreira Melo Santos (CESMAC) raynefono@yahoo.com.br Rozana Machado Bandeira de Melo (CESMAC) rmbmelo@ig.com.br Zelita Caldeira Ferreira

Leia mais

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS

RELATÓRIO PARA A. SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE informações sobre recomendações de incorporação de medicamentos e outras tecnologias no SUS RELATÓRIO PARA A SOCIEDADE Este relatório é uma versão resumida do relatório técnico

Leia mais

DOENÇAS CARDÍACAS NA INSUFICIÊNCIA RENAL

DOENÇAS CARDÍACAS NA INSUFICIÊNCIA RENAL DOENÇAS CARDÍACAS NA INSUFICIÊNCIA RENAL As doenças do coração são muito freqüentes em pacientes com insuficiência renal. Assim, um cuidado especial deve ser tomado, principalmente, na prevenção e no controle

Leia mais

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL

MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL MARKETING DE RELACIONAMENTO UMA FERRAMENTA PARA AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR: ESTUDO SOBRE PORTAL INSTITUCIONAL Prof. Dr. José Alberto Carvalho dos Santos Claro Mestrado em Gestão de Negócios Universidade

Leia mais

ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS CREDENCIAMENTO DE DOCENTE ESP-MG Nº 015/2011

ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS CREDENCIAMENTO DE DOCENTE ESP-MG Nº 015/2011 ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS CREDENCIAMENTO DE DOCENTE ESP-MG Nº 015/2011 PROJETO: Curso Técnico em Hemoterapia DOCENTE DE CONCENTRAÇÃO Atribuições: ministrar aulas teóricas Habilitação

Leia mais

PR 2 PROCEDIMENTO. Auditoria Interna. Revisão - 2 Página: 1 de 9

PR 2 PROCEDIMENTO. Auditoria Interna. Revisão - 2 Página: 1 de 9 Página: 1 de 9 1. OBJETIVO Estabelecer sistemática de funcionamento e aplicação das Auditorias Internas da Qualidade, fornecendo diretrizes para instruir, planejar, executar e documentar as mesmas. Este

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem www.bettercotton.org Orientação Text to go here O documento Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem da BCI proporciona uma estrutura para medir as mudanças

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

AIDPI PARA O ENSINO MÉDICO

AIDPI PARA O ENSINO MÉDICO Atenção Integrada às Doencas Prevalentes na Infância - AIDPI AIDPI PARA O ENSINO MÉDICO Colaboradores: Antonio José Ledo Alves da Cunha Eduardo Jorge da Fonseca Lima Maria Anice S. Fontenele e Silva Maria

Leia mais

CIRURGIA DO NARIZ (RINOPLASTIA)

CIRURGIA DO NARIZ (RINOPLASTIA) CIRURGIA DO NARIZ (RINOPLASTIA) Anualmente milhares de pessoas se submetem a rinoplastia. Algumas destas pessoas estão insatisfeitas com a aparência de seus narizes há muito tempo; outras não estão contentes

Leia mais

(?) (?) as doações de reposição.

(?) (?) as doações de reposição. PROJETO CAPTAÇÃO DE DOADORES NA REDE HOSPITALAR Captação de Doadores Hemoce - Fortaleza Coordenação: Nágela Lima Assistentes Sociais: Adalise Maia Alexandra Paula Moraes Elizabete Cristina Ramalho Marina

Leia mais

Limpeza hospitalar *

Limpeza hospitalar * CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO São Paulo, março de 2009. Limpeza hospitalar * Limpeza hospitalar é o processo de remoção de sujidades de superfícies do ambiente, materiais e equipamentos,

Leia mais

Informe Epidemiológico CHIKUNGUNYA N O 03 Atualizado em 24-11-2014, às 11h.

Informe Epidemiológico CHIKUNGUNYA N O 03 Atualizado em 24-11-2014, às 11h. Informe Epidemiológico CHIKUNGUNYA N O 03 Atualizado em 24-11-2014, às 11h. Vigilância Epidemiológica de Febre Chikungunya No Brasil, a febre chikungunya é uma doença de notificação compulsória e imediata,

Leia mais

MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA HOME CARE

MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA HOME CARE MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA HOME CARE Elaborado por: Ana Paula de Menezes Assistente Social da CASSIND APRESENTAÇÃO A internação domiciliar ou home care é compreendida como a instalação de uma estrutura

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

EFEITOS ADVERSOS A MEDICAMENTOS

EFEITOS ADVERSOS A MEDICAMENTOS EFEITOS ADVERSOS A MEDICAMENTOS INTRODUÇÃO As informações contidas neste folheto têm a finalidade de orientar as pessoas que passaram ou que podem passar pela experiência não-desejada dos efeitos adversos

Leia mais

OS EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES PÓS- CIRURGIA CARDÍACA

OS EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES PÓS- CIRURGIA CARDÍACA OS EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES PÓS- CIRURGIA CARDÍACA Vanessa Mota Lins Eder Rodrigues Machado RESUMO: Introdução: Trata-se de um estudo que sintetizou o conhecimento produzido acerca

Leia mais

Acta Ortopédica Brasileira ISSN 1413-7852 versão impressa

Acta Ortopédica Brasileira ISSN 1413-7852 versão impressa Acta Ortopédica Brasileira ISSN 1413-7852 versão impressa ARTIGO ORIGINAL Ocorrência de entorse e lesões do joelho em jogadores de futebol da cidade de Manaus, Amazonas Eduardo Telles de Menezes Stewien

Leia mais

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos NOÇÕES DE OHSAS 18001:2007 CONCEITOS ELEMENTARES SISTEMA DE GESTÃO DE SSO OHSAS 18001:2007? FERRAMENTA ELEMENTAR CICLO DE PDCA (OHSAS 18001:2007) 4.6 ANÁLISE CRÍTICA 4.3 PLANEJAMENTO A P C D 4.5 VERIFICAÇÃO

Leia mais

CONCURSO PÚBLICO ANALISTA DE SISTEMA ÊNFASE GOVERNANÇA DE TI ANALISTA DE GESTÃO RESPOSTAS ESPERADAS PRELIMINARES

CONCURSO PÚBLICO ANALISTA DE SISTEMA ÊNFASE GOVERNANÇA DE TI ANALISTA DE GESTÃO RESPOSTAS ESPERADAS PRELIMINARES CELG DISTRIBUIÇÃO S.A EDITAL N. 1/2014 CONCURSO PÚBLICO ANALISTA DE GESTÃO ANALISTA DE SISTEMA ÊNFASE GOVERNANÇA DE TI RESPOSTAS ESPERADAS PRELIMINARES O Centro de Seleção da Universidade Federal de Goiás

Leia mais

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da

A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da 2 A pneumonia é uma doença inflamatória do pulmão que afecta os alvéolos pulmonares (sacos de ar) que são preenchidos por líquido resultante da inflamação, o que dificulta a realização das trocas gasosas.

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE FLUXO ESPECIAL PARA DECLARAÇÕES DE ÓBITO COM INFORMAÇÃO DE ÓBITOS MATERNOS DECLARADOS, BEM COMO DE ÓBITOS DE MULHER EM IDADE FÉRTIL EM MUNICIPIOS NÃO CODIFICADORES COM ÓBITOS DE OCORRÊNCIA E RESIDÊNCIA

Leia mais

A importância da comunicação em projetos de

A importância da comunicação em projetos de A importância da comunicação em projetos de Tecnologia da Informação (TI) Autor: Ivan Luizio R. G. Magalhães Um perigo previsto está metade evitado. Thomas Fuller Introdução Há muitos anos atrás, um bom

Leia mais

RESOLUÇÃO CREMEC nº 44/2012 01/10/2012

RESOLUÇÃO CREMEC nº 44/2012 01/10/2012 RESOLUÇÃO CREMEC nº 44/2012 01/10/2012 Define e regulamenta as atividades da sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) O Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará, no uso das atribuições que lhe

Leia mais

APARELHO DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL: ESTUDO DOS FATORES DE ATRASO E DE ADIAMENTO DA ADAPTAÇÃO... 272

APARELHO DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL: ESTUDO DOS FATORES DE ATRASO E DE ADIAMENTO DA ADAPTAÇÃO... 272 APARELHO DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL: ESTUDO DOS FATORES DE ATRASO E DE ADIAMENTO DA ADAPTAÇÃO.... 272 APARELHO DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL: ESTUDO DOS FATORES DE ATRASO E DE ADIAMENTO DA ADAPTAÇÃO.

Leia mais

Transplante de rim. Perguntas frequentes. Avitum

Transplante de rim. Perguntas frequentes. Avitum Transplante de rim Perguntas frequentes Avitum Por que irei precisar de um transplante de rim? Quando o rim de uma pessoa falha há três tratamentos disponíveis: Hemodiálise Diálise Peritoneal Transplante

Leia mais

CONCEITOS E MÉTODOS PARA GESTÃO DE SAÚDE POPULACIONAL

CONCEITOS E MÉTODOS PARA GESTÃO DE SAÚDE POPULACIONAL CONCEITOS E MÉTODOS PARA GESTÃO DE SAÚDE POPULACIONAL ÍNDICE 1. Introdução... 2. Definição do programa de gestão de saúde populacional... 3. Princípios do programa... 4. Recursos do programa... 5. Estrutura

Leia mais