PANORAMA DA PRODUÇÃO DO BIOCOMBUSTÍVEL NO ESTADO DO PARÁ: BIODIESEL X ETANOL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PANORAMA DA PRODUÇÃO DO BIOCOMBUSTÍVEL NO ESTADO DO PARÁ: BIODIESEL X ETANOL"

Transcrição

1 XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de PANORAMA DA PRODUÇÃO DO BIOCOMBUSTÍVEL NO ESTADO DO PARÁ: BIODIESEL X ETANOL vitor william batista martins (UNAMA) vitor_engenharia@hotmail.com Neylson Mourao de Barros (UNAMA) neylsonb@hotmail.com Léony Luis Lopes Negrão (UNAMA) leonynegrao@bol.com.br Felipe Fonseca Tavares de Freitas (UNAMA) fftfreitas@gmail.com O petróleo está cada vez mais escasso, com o preço elevado e contribuindo para aumentar a concentração de gases do efeito estufa. O trabalho analisou os dados sobre o biocombustível no estado do Pará, destacando o biodiesel e o etanol. O meesmo foi feito através de pesquisas que envolvem dados tabelados demonstrando a evolução de cada um no cenário paraense. O presente artigo tem o objetivo de mostrar o panorama da produção do Biocombustível no estado do Pará, determinando as espécies botânicas utilizadas na produção, mapeando as áreas de cultura plantada, produzida, colhida e valor da produção no estado, determinando a quantidade produzida, plantada, colhida e valor da produção nos municípios onde esta cultura é relevante no estado. Como resultado apresentou-se a relevância da produção do Biocombustível no estado, mostrando de forma sucinta seus valores para tal região. Palavras-chaves: Biocombustível, Etanol, Biodiesel, Dendê, Cana de açúcar

2 1. Introdução Atualmente é grande a preocupação com a escassez do petróleo, com os danos que o mesmo causa ao meio ambiente e com a elevação do seu preço, essa realidade nos obriga a pensar em alternativas renováveis para diminuir a dependência do petróleo visto que essa escassez tende a aumentar. Os biocombustíveis surgem como uma alternativa para substituir o petróleo, pois são fontes de energia 100% renovável que agridem menos ao meio ambiente, alem disso o setor primário é beneficiado com geração de empregos, e proporciona o crescimento econômico dos municípios envolvidos. O Pólo Nacional de Biocombustíveis - PNB (2008) considera o biocombustível como: Fontes de energias renováveis, derivados de produtos agrícolas como a cana-de-açúcar, plantas oleaginosas, biomassa florestal e outras fontes de matéria orgânica. Em alguns casos, os biocombustíveis podem ser usados tanto isoladamente, como adicionados aos combustíveis convencionais. Como exemplos, podemos citar o biodiesel, o etanol, o metanol, o metano e o carvão vegetal. É dito por Medina (2008), que biocombustíveis são materiais biológicos que, quando em combustão, possuem a capacidade de gerar energia para realizar trabalhos. O biocombustível é originado de material próprio da natureza, 100% renovável que submetidos a transformações podem ser usados em seu total, ou parcialmente como combustível capaz de gerar energia, sendo que as vantagens sobre os combustíveis fósseis são inúmeras. É pensando no futuro que o biocombustível surge como uma alternativa renovável de combustível que polui menos o meio ambiente e substitui parcialmente o petróleo com a finalidade de alongar sua vida útil. De acordo com Costa (2006), pelo menos parte das mudanças climáticas verificadas nas últimas décadas, entre elas o aumento da temperatura média do planeta, tem sido atribuída ao aumento da concentração desses gases na atmosfera. Grande porção dessas emissões decorre da queima de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural) para a geração de energia elétrica. O presente artigo tem como objetivo mostrar o panorama da produção do biocombustível no estado do Pará, especificamente determinar as espécies botânicas utilizadas na produção de biocombustível no Pará, no caso a cultura de dendê e cana de açúcar, além de mapear as áreas de cultura plantada, produzida e colhida, assim como o valor da produção no estado, identificando e caracterizando os cenários de produção de biocombustível experimentados pelos municípios onde as culturas estudadas são relevantes econômica e ambientalmente ao estado. O restante deste artigo está organizado da seguinte forma: a Seção 2 mostrará de maneira clara seu referencial teórico; a Seção 3 apresentará a metodologia utilizada, demonstrando o seu embasamento; a Seção 4, por sua vez, traz os resultados obtidos por meio da análise dos panoramas investigados em relação à produção de biodiesel e etanol no estado do Pará; a Seção 5 encerra o artigo, apontando certas considerações finais sobre a pesquisa. 2. Referencial teórico Segundo Leal; Leite (2007, p.15): As razões para o interesse pelos biocombustíveis são muitas e variam deu um país para outro e também ao longo do tempo, sendo as principais as seguintes: Diminuir a dependência externa de petróleo, por razões de segurança de suprimento ou impacto na balança de pagamentos; minimizar os efeitos das emissões veiculares na 2

3 poluição local, principalmente nas grandes cidades; e controlar a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera. No final do século XX, surgiram os motores a diesel, operados por óleo mineral, cujo mais eficiente foi criado por Rudolf Diesel. Logo após, o governo francês realizou testes com óleo vegetal para aumentar a sua auto-suficiência. Inicialmente, os testes foram com amendoim, pois era a cultura mais abundante, em seguida foram feitos testes com óleo de mamona e animal, que ajudaram a mover locomotivas da época. (ECO ÓLEO, 2008) Nos 30 anos seguintes os óleos vegetais foram esquecidos, decorrente dos baixos custos do diesel mineral. Somente na Segunda Guerra Mundial o óleo vegetal ganhou força, sendo utilizado como combustível de emergência, e posteriormente serviu como estudo para países como EUA, Alemanha, e Índia, sendo que os mesmo possuem experiência quanto ao uso de óleos vegetais. No Brasil o biodiesel começou a ganhar importância por volta de 1970 com a criação do Pró-Óleo (Plano de Produção de Óleos Vegetais para Fins Energéticos), que conseqüentemente perdeu força por conta da criação do Proálcool e de seus altos custos de produção (ECO ÓLEO, 2008). Segundo o PETROBIO (2008) ao analisar aptidões das regiões brasileiras, conclui que: O biodiesel pode ser um importante produto para exportação e para a independência energética nacional, associada à geração de emprego e renda nas regiões mais carentes do Brasil. O Brasil importa, anualmente, cerca de 40 milhões de barris de óleo diesel, o que representa uma despesa na nossa balança de pagamentos de pelo menos 1,2 bilhões de dólares. Além da perspectiva de auto-suficiência em diesel, o Brasil é apontado por especialistas do mundo todo como o país com potencial para se tornar o principal exportador de biodiesel. Cálculos da agência americana de energia renovável apontam que os Estados Unidos têm um mercado potencial para os combustíveis limpos de US$ 6 bilhões. Na Europa, a consultoria Frost & Sullivan prevê vendas de US$ 2,4 bilhões até Na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, a aposta é que o Brasil possa se tornar fornecedor de 60% do biodiesel global. etanol (2008) define o álcool etílico como: Um álcool derivado de cereais e vegetais. No Brasil, utiliza-se a cana-de-açúcar para a produção do etanol, enquanto nos Estados Unidos e México é utilizado o milho. Além dessas aplicações, o etanol ainda é utilizado na fabricação de bebidas alcoólicas fermentadas (cerveja, aguardente, vinho), produtos de limpeza doméstica e também de combustíveis para automóveis. Apresenta-se na forma de um líquido incolor e sua fórmula química é C2H5OH. Uma série de dinâmicas internacionais está tornando o etanol um negócio muito atrativo, a limitação das reservas de petróleo e a instabilidade política de países grandes produtores elevaram os preços do barril para novos patamares históricos. O crescimento da renda per capita em vários países do mundo (p.ex. China, Índia) aumenta a demanda por combustíveis e pressiona ainda mais as restritas reservas de petróleo. (AMARAL, 2006). A posição do álcool como biocombustível que reduz poluição e diminui o efeito estufa, por ser fonte de energia renovável, já está influenciando a demanda através de imposições de mistura de álcool à gasolina em outros países do mundo (p.ex. 5% no Japão). O desenvolvimento de automóveis flex torna o álcool um combustível economicamente viável para substituir a gasolina de maneira gradativa e oportuna (pesquisas mostram que o ponto de equilíbrio econômico para o motorista é quando o preço do álcool está 30% abaixo do da gasolina). (AMARAL, 2006) 3

4 O aumento dos preços nos últimos anos, tornando o petróleo a referência, este patamar pode vir até a ultrapassar o petróleo caso a demanda cresça mais rapidamente do que a oferta. Perspectiva de demanda explosiva tendo em vista que hoje o etanol é menos de 1% do combustível consumido mundialmente. (AMARAL, 2006). 3. Metodologia Várias referências foram consultadas para a elaboração deste artigo, a fim de apresentar um panorama satisfatório sobre tal questão. Destacaram-se referências que envolvem a questão ambiental existente, a definição de biocombustíveis, biodiesel e etanol. A elaboração deste panorama envolveu tanto a coleta de dados teóricos quanto de observação sistemática, nos meios de comunicação possíveis, livros, revistas, jornais, sites entre outros. Este trabalho foi baseado primeiramente em livros que demonstram como fazer um panorama, confrontando idéias e conceitos de autores variados, para elaborar um conceito próprio, e desenvolver um panorama específico para região do Pará. O trabalho analisou os dados sobre o biocombustível no estado do Pará, destacando o biodiesel e o etanol. O mesmo foi feito através de pesquisas que envolvem dados tabelados demonstrando a evolução de cada um no cenário paraense. De acordo com a natureza do artigo, o mesmo foi considerado básico, pois tenta gerar conhecimentos de aplicação prática, e envolve verdades e interesses universais. A pesquisa do ponto de vista da forma da abordagem do problema foi considerada quantitativa, pois considera que pode ser quantificável, o que significa traduzir opiniões e informações para classificá-las e analisá-las, pois requer o uso de recursos e técnicas estatísticas. Do ponto de vista dos seus objetivos o artigo foi considerado pesquisa descritiva, pois visa descrever as características de um fenômeno e envolve o uso de técnicas e coletas de dados com observação sistêmica. Do ponto de vista dos procedimentos técnicos o artigo foi classificado como pesquisa bibliográfica, pois foi elaborado a partir de material já publicado por fontes confiáveis. 4. Resultados A partir do método de pesquisa previamente explanado e dos dados/informações coletados, pôde-se identificar e caracterizar os panoramas da produção de biodiesel e etanol no estado do Pará, cujos resultados os resultados encontram-se discutidos a seguir. Para o desenvolvimento das análises pretendidas, quatro questões fundamentais foram abordadas, quais seriam: a quantidade produzida, o valor da produção, a área plantada e a área colhida, tanto para o biodiesel quanto para o etanol. 4.1 Biodiesel no Pará A produção nacional de dendê no ano de 1996 foi de toneladas e no ano de 2006 foi de toneladas a evolução da produção em 10 anos têm o percentual de 63%, sendo que a tendência de crescimento ocorreu entre os anos de 2003 e A produção de dendê da região norte do Brasil foi de toneladas no ano de 1996, e no ano de 2006 foi de toneladas apresentando uma taxa de evolução de 68%, e a tendência de crescimento aconteceu a partir do ano de 2003, a região norte em 10 anos cresceu 5% a mais que a produção Brasileira. O estado do Pará produziu toneladas de dendê no ano de 1996 e em 2006 a produção foi de toneladas, apresentando a evolução em 10 anos de 82%, foram 19% a mais que o Brasil e 14% a mais que a região Norte. O estado do Pará apresenta 4

5 em 2006, em torno de 100% da produção da região norte e 82% da produção do Brasil. Verificado na Figura 1. Figura 1 Quantidade Produzida de Dendê O Valor da Produção nacional de dendê no ano de 1996 foi de R$ ,00 e no ano de 2006 foi de R$ ,00 a evolução do valor da produção em 10 anos têm o percentual de 40%, sendo que a tendência de crescimento ocorreu em 2003 e O Valor da produção de dendê da região norte do Brasil foi de R$ ,00 no ano de 1996, e no ano de 2006 foi de R$ ,00 apresentando uma taxa de evolução de 22%, e a tendência de crescimento aconteceu a partir do ano de 2002, a região norte em 10 anos cresceu 18% a menos que o valor da produção nacional. O estado do Pará teve o valor da produção de R$ ,00 de dendê no ano de 1996 e em 2006 a produção foi de R$ ,00 apresentando a evolução em 10 anos de 46%, foram 6% a mais que o Brasil e 24% a mais que a região Norte. O estado do Pará apresenta em 2006, em torno de 100% da produção da região norte e 77% do valor da produção do Brasil. Conforme mostra Figura 2. Figura 2 Valor da produção de Dendê 5

6 A Figura 3 apresenta dados da área plantada nacional de dendê que no ano de 1996 foi de hectares e no ano de 2006 foi de hectares, a evolução de área plantada em 10 anos têm o percentual de 33%, sendo que a tendência de crescimento ocorreu a partir do ano de A área plantada de dendê da região norte do Brasil foi de hectares no ano de 1996, e no ano de 2006 foi de hectares apresentando um taxa de evolução de 21%, a tendência de crescimento aconteceu a partir do ano de 2000, a região norte em 10 anos plantou 12% a menos que a plantação Brasileira de dendê. O estado do Pará teve hectares de dendê no ano de 1996 e em 2006 a plantação foi de hectares, apresentando a evolução em 10 anos de 34%, foi praticamente à mesma evolução do Brasil em área plantada e 13% a mais que a região Norte. O estado do Pará apresenta em 2006, em torno de 100% da área plantada da região norte e 53% da área plantada do Brasil. Figura 3 Área plantada de Dendê A área colhida nacional de dendê no ano de 1996 foi de hectares e no ano de 2006 foi de a evolução da área colhida em 10 anos têm o percentual de 32%, sendo que a tendência de crescimento ocorreu no ano de A área colhida de dendê da região norte do Brasil foi de hectares no ano de 1996, e no ano de 2006 foi de hectares apresentando um taxa de evolução de 21%, e a tendência de crescimento aconteceu a partir do ano de 2002, a região norte em 10 anos cresceu 11% a menos que a área colhida Brasileira. O estado do Pará colheu hectares de dendê no ano de 1996 e em 2006 a colheita foi de hectares, apresentando a evolução em 10 anos de 33%, foi 1% a mais que o Brasil e 12% a mais que a região Norte. O estado do Pará apresenta em 2006, em torno de 100% da área colhida da região norte e 54% do Brasil. Indicadores confirmados na Figura 4. 6

7 Figura 4 Área colhida de Dendê O município que mais produziu dendê no ano de 2006 foi Tailândia com toneladas representando uma evolução em 6 anos de 132%. Tailândia representa 45% da produção total do Pará, em seguida os que mais produziram dendê foram os municípios de Acará com toneladas e Moju com toneladas, juntos representam 31% da produção do estado do Pará, o que pode ser averiguado na tabela 1. Tailândia PA Acará PA Moju PA Santa Bárbara do Pará PA Igarapé-Açu PA Tomé-Açu PA Santo Antônio do Tauá PA Castanhal PA Bonito PA Santa Isabel do Pará PA Fonte: IBGE, 2008 Tabela 1 - Quantidade Produzida de Dendê nos Municípios do Estado do Pará (toneladas) Já a tabela 2 apresenta os municípios com seus respectivos valores da produção de dendê, sendo que o município que teve o maior valor de produção de dendê no ano de 2006 foi Acará com mil reais representando uma evolução em 6 anos de 463%. Acará representa 28% do valor da produção total do Pará, em seguida os que tiveram maior valor da produção de dendê foram os municípios de Tailândia com mil reais e Moju com mil reais, juntos representam 40 % da produção do estado do Pará. Acará PA Tailândia PA Moju PA Igarapé-Açu PA Tomé-Açu PA Santo Antônio do Tauá PA Castanhal PA Bonito PA

8 Santa Bárbara do Pará PA Santa Isabel do Pará PA Fonte: IBGE, 2008 Tabela 2 - Valor da Produção de Dendê nos Municípios do Estado do Pará (mil reais) Conforme a tabela 3 o município que mais plantou dendê no ano de 2006 foi Tailândia com hectares representando uma evolução em seis anos de 45%. Tailândia representa 39% da área plantada total do Pará, em seguida os que mais plantaram dendê foram os municípios de Moju com hectares e Acará com hectares, juntos representam 28% da área plantada do estado do Pará. Tailândia PA Moju PA Acará PA Santa Bárbara do Pará PA Santo Antônio do Tauá PA Igarapé-Açu PA Tomé-Açu PA Bonito PA Castanhal PA Santa Isabel do Pará PA Fonte: IBGE, 2008me Tabela 3 - Área Plantada de Dendê nos Municípios do Estado do Pará (hectare) O município que mais colheu dendê no ano de 2006 foi Tailândia com hectares representando uma evolução em seis anos de 45%. Tailândia representa 39% da área colhida total do Pará, em seguida os que mais colheram dendê foram os municípios de Moju com hectares e Acará com hectares, juntos representam 28% da área colhida do estado do Pará, de acordo com a tabela 4. Tailândia PA Moju PA Acará PA Santa Bárbara do Pará PA Santo Antônio do Tauá PA Igarapé-Açu PA Tomé-Açu PA Bonito PA Castanhal PA Santa Isabel do Pará PA Fonte: IBGE, Etanol no Pará Tabela 4 - Área Colhida de Dendê nos Municípios do Estado do Pará (hectare) A produção nacional de Cana de Açúcar no ano de 1996 foi de toneladas e no ano de 2006 foi de toneladas a evolução da produção em 10 anos têm o percentual de 44%, sendo que a tendência de crescimento ocorreu entre os anos de 2000 e A produção de cana de açúcar da região norte do Brasil foi de toneladas no ano de 1996, e no ano de 2006 foi de toneladas apresentando um taxa de evolução de 172%, e a tendência de crescimento aconteceu a partir do ano de 2002, a região norte em 10 8

9 anos cresceu 128% a mais que a produção Brasileira. O estado do Pará produziu toneladas de Cana de Açúcar no ano de 1996 e em 2006 a produção foi de toneladas, apresentando a evolução em 10 anos de 80%, foram 36% a mais que o Brasil e 92% a menos que a região Norte. O estado do Pará apresenta em 2006, em torno de 48% da produção da região norte e 0,13% da produção do Brasil. Verificado na Figura 5. Figura 5 Quantidade produzida de Cana de Açúcar O Valor da Produção nacional de cana de açúcar no ano de 1996 foi de R$ ,00 e no ano de 2006 foi de R$ ,00 a evolução do valor da produção em 10 anos têm o percentual de 233%, sendo que a tendência de crescimento ocorreu a partir de O Valor da produção de cana de açúcar da região norte do Brasil foi de R$ ,00 no ano de 1996, e no ano de 2006 foi de R$ apresentando um taxa de evolução de 344%, e a tendência de crescimento aconteceu a partir do ano de 1997, a região norte em 10 anos cresceu 111% a mais que o valor da produção nacional. O estado do Pará teve o valor da produção de R$ ,00 de cana de açúcar no ano de 1996 e em 2006 a produção foi de R$ ,00 apresentando a evolução em 10 anos de 7%, foram 226% a menos que o Brasil e 337% a menos que a região Norte. O estado do Pará apresenta em 2006, em torno de 18% da produção da região norte e 0.15% do valor da produção do Brasil. Conforme Figura 6. 9

10 Figura 6 Valor da produção de Cana de Açúcar A Figura 7 apresenta dados da área plantada nacional de cana de açúcar, no ano de 1996 foi de hectares e no ano de 2006 foi de hectares, a evolução de área plantada em 10 anos têm o percentual de 28%, sendo que a tendência de crescimento ocorreu a partir do ano de A área plantada de cana de açúcar da região norte do Brasil foi de hectares no ano de 1996, e no ano de 2006 foi de hectares apresentando um taxa de evolução de 141%, a tendência de crescimento aconteceu a partir do ano de 2000, a região norte em 10 anos plantou 113% a mais que a plantação Brasileira de dendê. O estado do Pará teve hectares de cana de açúcar no ano de 1996 e em 2006 a plantação foi de hectares, apresentando a evolução em 10 anos de 77%, foram 49% a mais que a evolução do Brasil em área plantada e 64% a menos que a região Norte. O estado do Pará apresenta em 2006, em torno de 47% da área plantada da região norte e 0,18% da área plantada do Brasil. 10

11 Figura 7 Área plantada de Cana de Açúcar A área colhida nacional de cana de açúcar no ano de 1996 foi de hectares e no ano de 2006 foi de a evolução da área colhida em 10 anos têm o percentual de 29%, sendo que a tendência de crescimento ocorreu no ano de A área colhida de cana de açúcar da região norte do Brasil foi de hectares no ano de 1996, e no ano de 2006 foi de hectares apresentando um taxa de evolução de 121%, e a tendência de crescimento aconteceu a partir do ano de 1996, a região norte em 10 anos cresceu 92% a mais que a área colhida Brasileira. O estado do Pará colheu hectares de cana de açúcar no ano de 1996 e em 2006 a colheita foi de hectares, apresentando a evolução em 10 anos de 47%, foi 18% a mais que o Brasil e 74% a menos que a região Norte. O estado do Pará apresenta em 2006, em torno de 42% da área colhida da região norte e 0.14% do Brasil. Conforme Figura 8. Figura 8 Área colhida de Cana de Açúcar O município do estado do Pará que mais produziu cana de açúcar no ano de 2006 foi Ulianópolis com toneladas representando uma evolução em seis anos de 116%. Ulianópolis representa 93% da produção total do Pará, em seguida os que mais produziram cana de açúcar foram os municípios de Santa Maria das Barreiras com toneladas e Novo Progresso com toneladas, juntos representam 1,3% da produção do estado do Pará, o que pode ser averiguado na tabela 5. Ulianópolis PA Santa Maria das Barreiras PA Novo Progresso PA Vitória do Xingu PA Trairão PA Abaetetuba PA Santana do Araguaia PA Cumaru do Norte PA Redenção PA Alenquer PA Fonte: IBGE,

12 Tabela 5 - Quantidade Produzida de Cana de Açúcar nos Municípios do Estado do Pará (toneladas) Já a tabela 6 mostra o município que teve o maior valor de produção de cana de açúcar no ano de 2006 foi Ulianópolis com mil reais representando uma evolução em seis anos de 25%. Ulianópolis representa 88% do valor da produção total do Pará, em seguida os que tiveram maior valor da produção de cana de açúcar foram os municípios de Santa Maria das Barreiras com 308 mil reais e Santana do Araguaia com 231 mil reais, juntos representam 2 % da produção do estado do Pará. Ulianópolis PA Santa Maria das Barreiras - PA Santana do Araguaia PA Cumaru do Norte PA Novo Progresso PA Abaetetuba PA Trairão PA Redenção PA Vitória do Xingu PA Alenquer PA Fonte: IBGE, 2008 Tabela 6 - Valor da Produção de Cana de Açúcar nos Municípios do Estado do Pará (mil reais) De acordo com a tabela 7 o município que mais plantou cana de açúcar no ano de 2006 foi Ulianópolis com hectares representando uma evolução em seis anos de 114%. Ulianópolis representa 67% da área plantada total do Pará, em seguida os que mais plantaram cana de açúcar foram os municípios de Medicilândia com hectares e Santa Maria das Barreiras com 110 hectares, juntos representam 23% da área plantada do estado do Pará. Ulianópolis PA Medicilândia PA Santa Maria das Barreiras - PA Abaetetuba PA Novo Progresso PA Trairão PA Redenção PA Santana do Araguaia PA Cumaru do Norte PA Vitória do Xingu PA Fonte: IBGE, 2008 Tabela 7 - Área Plantada de Cana de Açúcar nos Municípios do Estado do Pará (hectare) O município que mais colheu cana de açúcar no ano de 2006 foi Ulianópolis com hectares representando uma evolução em seis anos de 114%. Ulianópolis representa 86% da área colhida total do Pará, em seguida os que mais colheram cana de açúcar foram os municípios de Santa Maria das Barreiras com 110 hectares e Abaetetuba com 100 hectares juntos representam 2,3% da área colhida do estado do Pará, conforme mostra a tabela 8. Ulianópolis PA Santa Maria das Barreiras - PA Abaetetuba PA Novo Progresso PA

13 Trairão PA Redenção PA Santana do Araguaia PA Cumaru do Norte PA Vitória do Xingu PA Alenquer PA Fonte: IBGE, 2008 Tabela 8 - Área Colhida de Cana de Açúcar nos Municípios do Estado do Pará (hectare) 5. Considerações finais O estado do Pará possui tendências ao crescimento da produção de dendê, principalmente a partir do ano de É inquestionável as vantagens desta cultura quanto a sua produtividade em relação às outras oleaginosas. Por isso quando se discute sobre biocombustível no estado do Pará, faz-se necessário dar ênfase ao dendê. A produção de biodiesel através do dendê, encontra algumas barreiras por conta do alto valor dos maquinários e processo de produção, mas a tendência é a melhoria com o incentivo do governo perante as exigências ambientais. O etanol no estado do Pará está longe de se tornar um destaque em relação ao Brasil, pois sua produção gira em torno de 1% da brasileira. Já em relação à região Norte do país o estado representa em torno de 50%. A cultura que representa o etanol no Pará é a cana-de-açúcar, que mesmo longe de alcançar a produção brasileira apresentou tendência de crescimento a partir do ano de A questão ambiental que envolve o cultivo de cana-de-açúcar pode diminuir sua produção nos próximos anos, pois para muitos, esta prejudica o meio ambiente e abusa das leis trabalhistas. Referências AMARAL, WEBER ANTÔNIO NEVES DO (Coord.). Produção de etanol: uma opção competitiva de áreas alteradas no leste do Pará. São Paulo: Pólo Nacional de Biocombustíveis, COSTA, FILIPE CORRÊA DA. Centro Nacional de Gestão de Bionegócios-CENABIO: uma estrutura de fomento para biocombustíveis f. Dissertação (Mestrado em Engenharia e Gestão do Conhecimento) Mestrado em Engenharia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, IBGE, Sidra. Disponível em: < > Acesso em 08/10/2009. LEITE, ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA; LEAL, MANOEL RÉGIS L. V. O Biocombustível no Brasil. Novos Estudos, n. 78, p , jul MEDINA, BRANCA M. O Biocombustíveis. Disponível em: < Acesso em: 15 ago PÓLO NACIONAL DE BIOCOMBUSTIVEIS-ESALQ/USP. Biocombustiveis Disponível em: < Acesso em: 01 ago SEBRAE. Cartilha biodiesel. Disponível em: < Acesso em: 10/02/2010. ECO ÓLEO. Manual do biodiesel. Diponível em: < Acesso em: 21/01/2010. PETROBIO. Vantagens do biodiesel. Disponível em < Acesso em 15. JAN ETANOL. Disponível em: Acesso em: 25/01/

Biocombustíveis. Também chamados de agrocombustíveis

Biocombustíveis. Também chamados de agrocombustíveis Biocombustíveis Também chamados de agrocombustíveis Biomassa É o combustível obtido a partir da biomassa: material orgânico vegetal ou animal Uso tradicional: lenha, excrementos Etanol: álcool combustível.

Leia mais

POTENCIAL DA BIOENERGIA FLORESTAL

POTENCIAL DA BIOENERGIA FLORESTAL POTENCIAL DA BIOENERGIA FLORESTAL - VIII Congresso Internacional de Compensado e Madeira Tropical - Marcus Vinicius da Silva Alves, Ph.D. Chefe do Laboratório de Produtos Florestais do Serviço Florestal

Leia mais

Giuliana Aparecida Santini, Leonardo de Barros Pinto. Universidade Estadual Paulista/ Campus Experimental de Tupã, São Paulo.

Giuliana Aparecida Santini, Leonardo de Barros Pinto. Universidade Estadual Paulista/ Campus Experimental de Tupã, São Paulo. Entraves à consolidação do Brasil na produção de energias limpas e renováveis Giuliana Aparecida Santini, Leonardo de Barros Pinto Universidade Estadual Paulista/ Campus Experimental de Tupã, São Paulo

Leia mais

CURSO ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSA

CURSO ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSA CURSO ENERGIAS RENOVÁVEIS BIOMASSA JULIETA BARBOSA MONTEIRO, Dra julieta@lepten.ufsc.br 2011-1 DISPONIBILIDADE DE RECURSOS ANEEL Potencial Instalado (MW) PROCESSOS DE CONVERSÃO DA BIOMASSA PNE 2030

Leia mais

ETENE. Energias Renováveis

ETENE. Energias Renováveis Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste ETENE Fonte: http://www.noticiasagronegocios.com.br/portal/outros/1390-america-latina-reforca-lideranca-mundial-em-energias-renovaveis- 1. Conceito

Leia mais

OS BIOCOMBUSTÍVEIS E A

OS BIOCOMBUSTÍVEIS E A OS BIOCOMBUSTÍVEIS E A INDÚSTRIA DO PETRÓLEO Ricardo de Gusmão Dornelles Diretor do Departamento de Combustíveis Renováveis Jun/2009 MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL E NACIONAL - 2008 54,9 45,1 Brasil (2008)

Leia mais

COMBUSTÍVEIS BIOCOMBUSTÍVEIS: EVOLUÇÃO ENERGÉTICA, COMPOSIÇÃO E IMPACTOS AMBIENTAIS.

COMBUSTÍVEIS BIOCOMBUSTÍVEIS: EVOLUÇÃO ENERGÉTICA, COMPOSIÇÃO E IMPACTOS AMBIENTAIS. COMBUSTÍVEIS BIOCOMBUSTÍVEIS: EVOLUÇÃO ENERGÉTICA, COMPOSIÇÃO E IMPACTOS AMBIENTAIS. Ana L. B. Silva 1 (analuciasilva36@hotmail.com); Aquila B. do Rosario² (aquilabueno@gmail.com); Hevelyn L. Avila³ (hevelyn-avila@hotmail.com);carine

Leia mais

Fusões e Aquisições no Setor Sucroalcooleiro e a Promoção da Bioeletricidade

Fusões e Aquisições no Setor Sucroalcooleiro e a Promoção da Bioeletricidade Fusões e Aquisições no Setor Sucroalcooleiro e a Promoção da Bioeletricidade Nivalde J. de Castro 1 Guilherme de A. Dantas 2 A indústria sucroalcooleira brasileira passa por um intenso processo de fusões

Leia mais

2. (Ifsc 2014) A reação abaixo representa este processo: CO 3H H COH H O ΔH 12 kcal/mol

2. (Ifsc 2014) A reação abaixo representa este processo: CO 3H H COH H O ΔH 12 kcal/mol 1. (Uel 2014) A gasolina é uma mistura de vários compostos. Sua qualidade é medida em octanas, que definem sua capacidade de ser comprimida com o ar, sem detonar, apenas em contato com uma faísca elétrica

Leia mais

Política Energética Brasileira Panorama da Biomassa

Política Energética Brasileira Panorama da Biomassa Política Energética Brasileira Panorama da Biomassa MME Secretaria de Planejamento Energético Brasília Março de 2010 Roteiro 1. Cenário da Expansão 2. Características 3. Políticas Energéticas 4. Leilões

Leia mais

Departamento de Engenharia Elétrica Disciplina: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica. Biomassa

Departamento de Engenharia Elétrica Disciplina: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica. Biomassa Universidade Federal do Ceará Departamento de Engenharia Elétrica Disciplina: Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica Universidade Federal do Ceará Biomassa Professora: Ruth Pastôra Saraiva

Leia mais

Comentários sobre o. Plano Decenal de Expansão. de Energia (PDE 2008-2017)

Comentários sobre o. Plano Decenal de Expansão. de Energia (PDE 2008-2017) Comentários sobre o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2008-2017) PAULO CÉSAR RIBEIRO LIMA JANEIRO/2009 Paulo César Ribeiro Lima 2 Comentários sobre o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2008-2017)

Leia mais

A CRISE DOS ALIMENTOS EM 2007 E SUAS IMPLICAÇÕES PARA O MERCADO INTERNACIONAL WALDÊNIA JANINE FERREIRA SILVA

A CRISE DOS ALIMENTOS EM 2007 E SUAS IMPLICAÇÕES PARA O MERCADO INTERNACIONAL WALDÊNIA JANINE FERREIRA SILVA 1 A CRISE DOS ALIMENTOS EM 2007 E SUAS IMPLICAÇÕES PARA O MERCADO INTERNACIONAL WALDÊNIA JANINE FERREIRA SILVA INTRODUÇÃO As recentes altas dos preços dos alimentos remetem a vários questionamentos de

Leia mais

As Principais Fontes De Energia Presentes No Mundo

As Principais Fontes De Energia Presentes No Mundo As Principais Fontes De Energia Presentes No Mundo INTRODUÇÃO: Desde a pré-história o homem vem se utilizando de diversas fortes e formas de energia, para suprir suas necessidades energéticas, por isso,

Leia mais

Agricultura de Baixo Carbono e Bioenergia. Heitor Cantarella FAPESP: Programa BIOEN & Instituto Agronômico de Campinas(IAC)

Agricultura de Baixo Carbono e Bioenergia. Heitor Cantarella FAPESP: Programa BIOEN & Instituto Agronômico de Campinas(IAC) Agricultura de Baixo Carbono e Bioenergia Heitor Cantarella FAPESP: Programa BIOEN & Instituto Agronômico de Campinas(IAC) Bioenergia: energia renovável recicla o CO 2 E + CO 2 + H 2 O CO 2 + H 2 O Fotossíntese

Leia mais

BIODIESEL ENERGIA MÓVEL GARANTIDA 100% ECOLOGICA PARA COPA E PARA O MUNDO

BIODIESEL ENERGIA MÓVEL GARANTIDA 100% ECOLOGICA PARA COPA E PARA O MUNDO BIODIESEL ENERGIA MÓVEL GARANTIDA 100% ECOLOGICA PARA COPA E PARA O MUNDO O que é BIODIESEL BIODIESEL é um combustível produzido a partir de óleos vegetais ou gordura animal, que pode ser utilizado em

Leia mais

BIODIESEL. O NOVO COMBUSTÍVEL DO BRASIL.

BIODIESEL. O NOVO COMBUSTÍVEL DO BRASIL. Folder final 12/4/04 2:45 AM Page 1 BIODIESEL. O NOVO COMBUSTÍVEL DO BRASIL. PROGRAMA NACIONAL DE PRODUÇÃO E USO DO BIODIESEL Folder final 12/4/04 2:45 AM Page 2 BIODIESEL. A ENERGIA PARA O DESENVOLVIMENTO

Leia mais

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL - MI AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA - ADA

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL - MI AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA - ADA MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL - MI AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA - ADA BIOCOMBUSTÍVEIS: ATRAÇÃO DE INVESIMENTOS PARA O ESTADO DO PARÁ CONTEXTO: A Agência de Desenvolvimento da Amazônia, deseja

Leia mais

WORKSHOP PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA ENERGIA NUCLEAR NA MATRIZ ELÉTRICA DO BRASIL

WORKSHOP PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA ENERGIA NUCLEAR NA MATRIZ ELÉTRICA DO BRASIL WORKSHOP PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA ENERGIA NUCLEAR NA MATRIZ ELÉTRICA DO BRASIL GESEL / SINERGIA / EDF A OPÇÃO NUCLEAR PARA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL Altino Ventura Filho Secretário de Planejamento

Leia mais

Potencial dos Biocombustíveis

Potencial dos Biocombustíveis Potencial dos Biocombustíveis Mozart Schmitt de Queiroz Gerente Executivo de Desenvolvimento Energético Diretoria de Gás e Energia Petrobras S.A. Belo Horizonte, 17 de outubro de 2007 Evolução da Capacidade

Leia mais

Parte A - Questões Múltipla Escolha

Parte A - Questões Múltipla Escolha Matriz Energética Professor: Marcio Luiz Magri Kimpara Parte A - Questões Múltipla Escolha LISTA DE EXERCÍCIOS 1 1) Uso de fontes renováveis de energia no mundo. Fonte: Rio de Janeiro: IBGE, 21 O uso de

Leia mais

Incentivar o Etanol e o Biodiesel. (Promessa 13 da planilha 1) Entendimento:

Incentivar o Etanol e o Biodiesel. (Promessa 13 da planilha 1) Entendimento: Incentivar o Etanol e o Biodiesel (Promessa 13 da planilha 1) Entendimento: O governo adota medidas econômicas de forma a ampliar relativamente o emprego dos dois combustíveis. O termo ampliar relativamente

Leia mais

Indústria brasileira de pellets. Texto publicado na Revista da Madeira Edição n 133 de Dezembro/2012. As Indústrias de Pellets no Brasil 01/10/2012

Indústria brasileira de pellets. Texto publicado na Revista da Madeira Edição n 133 de Dezembro/2012. As Indústrias de Pellets no Brasil 01/10/2012 Prof. MSc. Dorival Pinheiro Garcia Diretor de Pesquisa da ABIPEL Engenheiro Industrial Madeireiro Especialista em pellets de madeira pelletsdemadeira@gmail.com 01/10/2012 Texto publicado na Revista da

Leia mais

COLÉGIO SALESIANO SÃO JOSÉ Geografia 9º Ano Prof.º Daniel Fonseca. Produção energética no Brasil: Etanol, Petróleo e Hidreletricidade

COLÉGIO SALESIANO SÃO JOSÉ Geografia 9º Ano Prof.º Daniel Fonseca. Produção energética no Brasil: Etanol, Petróleo e Hidreletricidade COLÉGIO SALESIANO SÃO JOSÉ Geografia 9º Ano Prof.º Daniel Fonseca Produção energética no Brasil: Etanol, Petróleo e Hidreletricidade Etanol A produção de álcool combustível como fonte de energia deve-se

Leia mais

Álcool combustível histórico e situação atual no Brasil

Álcool combustível histórico e situação atual no Brasil Álcool combustível histórico e situação atual no Brasil Doutorando: Julio Cesar Neves dos Santos Orientadora: Profa. Ph.D Eunice Maia de Andrade O que é Álcool combustível? Histórico UNIVERSIDADE FEDERAL

Leia mais

O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa.

O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa. O que é o Aquecimento Global? O Aquecimento Global se caracteriza pela modificação, intensificação do efeito estufa. O efeito estufa é um fenômeno natural e consiste na retenção de calor irradiado pela

Leia mais

Ano I Boletim II Outubro/2015. Primeira quinzena. são específicos aos segmentos industriais de Sertãozinho e região.

Ano I Boletim II Outubro/2015. Primeira quinzena. são específicos aos segmentos industriais de Sertãozinho e região. O presente boletim analisa algumas variáveis chaves na atual conjuntura da economia sertanezina, apontando algumas tendências possíveis. Como destacado no boletim anterior, a indústria é o carro chefe

Leia mais

ESCOLA DE COMANDO E ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO (ECEME) 4º Congresso de Ciências Militares

ESCOLA DE COMANDO E ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO (ECEME) 4º Congresso de Ciências Militares ESCOLA DE COMANDO E ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO (ECEME) 4º Congresso de Ciências Militares Ciências Militares no Século XXI Situação Atual e Desafios Futuros Geopolítica dos Recursos Naturais Fontes Alternativas

Leia mais

14º CONGRESSO BRASILEIRO DO AGRONEGÓCIO FÓRUM ALIMENTOS. Vamos tornar o Brasil o primeiro produtor de Alimentos do Mundo?

14º CONGRESSO BRASILEIRO DO AGRONEGÓCIO FÓRUM ALIMENTOS. Vamos tornar o Brasil o primeiro produtor de Alimentos do Mundo? 14º CONGRESSO BRASILEIRO DO AGRONEGÓCIO FÓRUM ALIMENTOS Vamos tornar o Brasil o primeiro produtor de Alimentos do Mundo? ALAN BOJANIC Ph.D. REPRESENTANTE DA FAO NO BRASIL ALIMENTAR O MUNDO EM 2050 As novas

Leia mais

Cana de açúcar para indústria: o quanto vai precisar crescer

Cana de açúcar para indústria: o quanto vai precisar crescer Cana de açúcar para indústria: o quanto vai precisar crescer A demanda crescente nos mercados interno e externo por combustíveis renováveis, especialmente o álcool, atrai novos investimentos para a formação

Leia mais

Fortaleza, junho de 2015

Fortaleza, junho de 2015 Fortaleza, junho de 2015 All About Energy 2015 Política de Energia e Mudança Climática Luiz Pinguelli Rosa Diretor da COPPE UFRJ * Secretário do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas Membro da Academia

Leia mais

CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO

CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO CAPÍTULO 3 PROTOCOLO DE KIOTO Medidas estão sendo tomadas... Serão suficientes? Estaremos, nós, seres pensantes, usando nossa casa, com consciência? O Protocolo de Kioto é um acordo internacional, proposto

Leia mais

Aspectos Tecnológicos das Fontes de Energia Renováveis (Biomassa)

Aspectos Tecnológicos das Fontes de Energia Renováveis (Biomassa) Aspectos Tecnológicos das Fontes de Energia Renováveis (Biomassa) Aymoré de Castro Alvim Filho Eng. Eletricista, Dr. Especialista em Regulação, SRG/ANEEL 10/02/2009 Cartagena de Indias, Colombia Caracterização

Leia mais

Elaborado pelos alunos do 8º A da Escola Secundária Infante D. Henrique:

Elaborado pelos alunos do 8º A da Escola Secundária Infante D. Henrique: Elaborado pelos alunos do 8º A da Escola Secundária Infante D. Henrique: - Joana Moreira Lima nº16 - José Fernando nº17 - Sandra oliveira nº23 O carvão, o petróleo e o gás natural são combustíveis fósseis.

Leia mais

Fonte: MAPA e RFA/USA. Elaboração: INTL FCStone

Fonte: MAPA e RFA/USA. Elaboração: INTL FCStone Commodity Insight Agosto de 2013 Analistas Thadeu Silva Diretor de Inteligência de Mercado Thadeu.silva@intlfcstone.com Pedro Verges Analista de Mercado Pedro.verges@intlfcstone.com Natália Orlovicin Analista

Leia mais

O Cenário Econômico Brasileiro e as Oportunidades de Investimentos

O Cenário Econômico Brasileiro e as Oportunidades de Investimentos O Cenário Econômico Brasileiro e as Oportunidades de Investimentos Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos Apex-Brasil Alessandro Teixeira Presidente Novo Ciclo do Crescimento Econômico

Leia mais

Milho: preços elevados mesmo com super-safra norte-americana

Milho: preços elevados mesmo com super-safra norte-americana Milho: preços elevados mesmo com super-safra norte-americana Super-safra norte-americana Em seu boletim de oferta e demanda mundial de setembro o Usda reestimou para cima suas projeções para a safra 2007/08.

Leia mais

Oportunidades no Mercado de Biocombustíveis

Oportunidades no Mercado de Biocombustíveis 4 e 5 de junho de 2007 World Trade Center São Paulo, Brasil SÃO PAULO ETHANOL SUMMIT Novas Fronteiras do Etanol: Desafios da Energia no Século 21 Oportunidades no Mercado de Biocombustíveis Arnaldo Walter

Leia mais

Cooperação entre Brasil e EUA para a produção de etanol

Cooperação entre Brasil e EUA para a produção de etanol Cooperação entre Brasil e EUA para a produção de etanol Resenha Desenvolvimento / Economia e Comércio Raphael Rezende Esteves 22 de março de 2007 1 Cooperação entre Brasil e EUA para a produção de etanol

Leia mais

Os combustíveis fósseis e as energias alternativas

Os combustíveis fósseis e as energias alternativas Os combustíveis fósseis e as energias alternativas O que são combustíveis fósseis: Os combustíveis fósseis são compostos por hidrocarbonetos e são usados por exemplo como combustível. São alguns exemplos

Leia mais

Energia, tecnologia e política climática: perspectivas mundiais para 2030 MENSAGENS-CHAVE

Energia, tecnologia e política climática: perspectivas mundiais para 2030 MENSAGENS-CHAVE Energia, tecnologia e política climática: perspectivas mundiais para 2030 MENSAGENS-CHAVE Cenário de referência O estudo WETO apresenta um cenário de referência que descreve a futura situação energética

Leia mais

Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais

Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais ANÁLISE MENSAL DO MERCADO DE BIODIESEL: EDIÇÃO Nº 1 - MARÇO DE 213 A, documento elaborado pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais ABIOVE, possui o intuito de levar ao mercado informações

Leia mais

Medida Provisória 532/2011

Medida Provisória 532/2011 Ciclo de palestras e debates Agricultura em Debate Medida Provisória 532/2011 Manoel Polycarpo de Castro Neto Assessor da Diretoria da ANP Chefe da URF/DF Maio,2011 Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural

Leia mais

PETRÓLEO. Prof. Marcos Colégio Sta. Clara

PETRÓLEO. Prof. Marcos Colégio Sta. Clara PETRÓLEO Prof. Marcos Colégio Sta. Clara CONCEITO E ORIGEM Petróleo: do latim petrus (pedra) + oleum (óleo) = óleo de pedra É uma substância de origem orgânica, oleosa, inflamável, geralmente menos densa

Leia mais

Disciplina: Fontes Alternativas de Energia

Disciplina: Fontes Alternativas de Energia Disciplina: Fontes Alternativas de Parte 1 Fontes Renováveis de 1 Cronograma 1. Fontes renováveis 2. Fontes limpas 3. Fontes alternativas de energia 4. Exemplos de fontes renováveis 1. hidrelétrica 2.

Leia mais

Energia, Riqueza e População

Energia, Riqueza e População Energia, Riqueza e População Legenda - Colunas à Esquerda: Crescimento relativo da oferta total de energia - Colunas Centrais: Crescimento relativo do Produto Interno Bruto (PIB) - Colunas à Direita: :

Leia mais

BIOCOMBUSTÍVEIS: UMA DISCUSSÃO A RESPEITO DAS VANTAGENS E DESVANTAGENS RESUMO

BIOCOMBUSTÍVEIS: UMA DISCUSSÃO A RESPEITO DAS VANTAGENS E DESVANTAGENS RESUMO BIOCOMBUSTÍVEIS: UMA DISCUSSÃO A RESPEITO DAS VANTAGENS E DESVANTAGENS Juliana da Cruz Ferreira 1 ; Leila Cristina Konradt-Moraes 2 UEMS Caixa Postal 351, 79804-970 Dourados MS, E-mail: julianacruz_gnr@hotmail.com

Leia mais

BIOCOMBUSTÍVEIS AVIAÇÃO

BIOCOMBUSTÍVEIS AVIAÇÃO BIOCOMBUSTÍVEIS PARA AVIAÇÃO PONTO DE SITUAÇÃO JORGE LUCAS MAIO 2014 1 O processo de produção de biocombustíveis pode dividir-se em 3 grandes áreas: 1. Matérias-primas; 2. Tecnologias de transformação

Leia mais

Biocombustíveis: Estudo de culturas adequadas à sua produção: um panorama da produção agrícola da cana de açúcar e da soja.

Biocombustíveis: Estudo de culturas adequadas à sua produção: um panorama da produção agrícola da cana de açúcar e da soja. Biocombustíveis: Estudo de culturas adequadas à sua produção: um panorama da produção agrícola da cana de açúcar e da soja. Maria Helena M. Rocha Lima Nilo da Silva Teixeira Introdução Quais os fatores

Leia mais

PANORAMA ENERGÉTICO INTERNACIONAL

PANORAMA ENERGÉTICO INTERNACIONAL SENADO FEDERAL COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL AGENDA RUMOS DA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA 2011-2012 PANORAMA ENERGÉTICO INTERNACIONAL Prof. Dr. Rex Nazaré Alves 19 de setembro de 2011

Leia mais

BIOCOMBUSTÍVEIS E SUAS IMPLICAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS

BIOCOMBUSTÍVEIS E SUAS IMPLICAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS BIOCOMBUSTÍVEIS E SUAS IMPLICAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS Marilia de Jesus Oliveira 1 ; Letícia de Jesus Castro Morais dos Santos 2 ; Jeferson Santos Barros 3 ; José Carlson Gusmão Silva 4 1 Instituto Federal

Leia mais

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010 OTIMIZAÇÃO DA EFETIVIDADE DE HEDGE NA COMPRA DE MILHO POR MEIO DE CONTRATOS FUTUROS PARA PRODUÇÃO DE BOVINOS DE CORTE RESUMO GUSTAVO DE SOUZA CAMPOS BADARÓ 1, RENATO ELIAS FONTES 2 ; TARCISIO GONÇALVES

Leia mais

PROJEÇÕES DO AGRONEGÓCIO Brasil 2009/10 a 2019/20

PROJEÇÕES DO AGRONEGÓCIO Brasil 2009/10 a 2019/20 PROJEÇÕES DO AGRONEGÓCIO Brasil 2009/10 a 2019/20 AGE - ASSESSORIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA Chefe da AGE: Derli Dossa. E-mail: derli.dossa@agricultura.gov.br Equipe Técnica: José Garcia Gasques. E-mail: jose.gasques@agricultura.gov.br

Leia mais

Energia Competitiva para o Nordeste: Energia Limpa e Renovável

Energia Competitiva para o Nordeste: Energia Limpa e Renovável MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA Energia Competitiva para o Nordeste: Energia Limpa e Renovável Gilberto Hollauer Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético Abril de 2015 1 Sumário Política Energética

Leia mais

A visão de longo prazo contempla: Produção Exportações líquidas Estoques. Área plantada Produtividade Consumo doméstico (total e per capita)

A visão de longo prazo contempla: Produção Exportações líquidas Estoques. Área plantada Produtividade Consumo doméstico (total e per capita) Fornecer aos agentes envolvidos no agronegócio, notadamente as indústrias de insumos agropecuários e de alimentos, além dos produtores, Governo e academia, informações estratégicas sobre a dinâmica futura

Leia mais

ENERGIA Fontes e formas de energia Impactos ambientais. Prof. Dra. Carmen Luisa Barbosa Guedes

ENERGIA Fontes e formas de energia Impactos ambientais. Prof. Dra. Carmen Luisa Barbosa Guedes ENERGIA Fontes e formas de energia Impactos ambientais Prof. Dra. Carmen Luisa Barbosa Guedes Disciplina: - 2014 A energia esta envolvida em todas as ações que ocorrem no UNIVERSO FONTES DE ENERGIA FONTES

Leia mais

A ENERGIA SOLAR NA UNIVERSIDADE DE ÉVORA

A ENERGIA SOLAR NA UNIVERSIDADE DE ÉVORA O PANORAMA MUNDIAL DA ENERGIA WORLD ENERGY OUTLOOK 2011 IEA SOLAR ENERGY PERSPECTIVES 2011 IEA O PROGRAMA DA UNIVERSIDADE DE ÉVORA PARA AS ENERGIAS RENOVÁVEIS INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ENSINO MESTRADO

Leia mais

M ERCADO DE C A R. de captação de investimentos para os países em desenvolvimento.

M ERCADO DE C A R. de captação de investimentos para os países em desenvolvimento. MERCADO DE CARBONO M ERCADO DE C A R O mercado de carbono representa uma alternativa para os países que têm a obrigação de reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa e uma oportunidade

Leia mais

Impactos Socioeconômicos da Indústria de Biodiesel no Brasil. Joaquim J.M. Guilhoto Marcelo P. Cunha

Impactos Socioeconômicos da Indústria de Biodiesel no Brasil. Joaquim J.M. Guilhoto Marcelo P. Cunha Impactos Socioeconômicos da Indústria de Biodiesel no Brasil Joaquim J.M. Guilhoto Marcelo P. Cunha Agosto - 2013 2011 Biodiesel INTRODUÇÃO E OBJETIVOS 2011 Biodiesel ODM-Importado 2011 ODM-Nacional Biodiesel

Leia mais

Repensando a matriz brasileira de combustíveis

Repensando a matriz brasileira de combustíveis 1 Repensando a matriz brasileira de combustíveis Marcos Sawaya Jank Conselheiro do CDES A matriz energética brasileira se destaca pela grande incidência de fontes renováveis... Ao longo desta década, a

Leia mais

Geopolítica do Petróleo:

Geopolítica do Petróleo: Seminário Energia e Geopolítica: Os impactos da segurança energética nas relações internacionais Geopolítica do Petróleo: uma Década de Transformações Helder Queiroz Pinto Junior Diretor ANP CEBRI Rio

Leia mais

IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA. A VISÃO DO GOVERNO PARA A COP 21

IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA. A VISÃO DO GOVERNO PARA A COP 21 IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA. A VISÃO DO GOVERNO PARA A COP 21 Adriano Santhiago de Oliveira Diretor Departamento de Mudanças Climáticas Secretaria de Mudanças Climáticas e

Leia mais

PROJETO ESTRATÉGICO DO GÁS NATURAL POTENCIAL ECONÔMICO DO GÁS NATURAL NO BRASIL COM BASE NA EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL

PROJETO ESTRATÉGICO DO GÁS NATURAL POTENCIAL ECONÔMICO DO GÁS NATURAL NO BRASIL COM BASE NA EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL PROJETO ESTRATÉGICO DO GÁS NATURAL POTENCIAL ECONÔMICO DO GÁS NATURAL NO BRASIL COM BASE NA EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL Outubro de 2012 Objetivos O estudo da FIPE analisou os impactos sobre a economia brasileira

Leia mais

Maria Paula Martins Diretora Geral

Maria Paula Martins Diretora Geral Maria Paula Martins Diretora Geral Evolução da Matriz Energética Brasileira 1970 2010 2030 38% 48% 14% 18% 7% 29% 35% Petróleo Carvão Hidráulica Cana Gás Urânio Lenha Outras renováveis 6% 12% 46% 2000

Leia mais

Tecnologia Alternativa Combustíveis renováveis

Tecnologia Alternativa Combustíveis renováveis 1 2 Tecnologia Alternativa Combustíveis renováveis Portaria nº 3-A/2007 de 2 de Janeiro Promoção da utilização de biocombustíveis nos transportes foi objecto do Decreto - Lei nº 62/2006 Decreto - Lei nº

Leia mais

Capacidade dos Portos Brasileiros Soja e Milho

Capacidade dos Portos Brasileiros Soja e Milho CAPACIDADE DOS PORTOS BRASILEIROS Capacidade dos Portos Brasileiros Soja e Milho 1 Novembro 2012 Esse estudo pretende chegar a um volume máximo de soja, milho e derivados, que pode ser exportado, por meio

Leia mais

Ordenamento Territorial para Expansão da Cana-de-açúcar no Brasil Zoneamento Agroecológico da Cana-de-açúcar

Ordenamento Territorial para Expansão da Cana-de-açúcar no Brasil Zoneamento Agroecológico da Cana-de-açúcar Ordenamento Territorial para Expansão da Cana-de-açúcar no Brasil Zoneamento Agroecológico da Cana-de-açúcar Simpósio Internacional e Mostra de Tecnologia da Agroindústria sucroalcooleira SIMTEC 01 de

Leia mais

Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais

Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais m³ ANÁLISE MENSAL DO MERCADO DE BIODIESEL: EDIÇÃO Nº 6 - JULHO DE 2013 A, documento elaborado pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais ABIOVE, possui o intuito de levar ao mercado informações

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE DE 2011 (Do Sr. Júlio Delgado) O Congresso Nacional decreta:

PROJETO DE LEI Nº, DE DE 2011 (Do Sr. Júlio Delgado) O Congresso Nacional decreta: PROJETO DE LEI Nº, DE DE 2011 (Do Sr. Júlio Delgado) Dispõe sobre a criação do Programa Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Compostos Orgânicos de Origem Vegetal para Redução das Emissões de Gases

Leia mais

RELOP III Reunião Anual Rio de Janeiro, 04 de novembro de 2010

RELOP III Reunião Anual Rio de Janeiro, 04 de novembro de 2010 Os Biocombustíveis no Brasil RELOP III Reunião Anual Rio de Janeiro, 04 de novembro de 2010 SUMÁRIO 1. Alguns dados d sobre o Brasil e a ANP 2. Os biocombustíveis no Brasil 3. O etanol 4. O biodiesel PANORAMA

Leia mais

5 Conclusão e Considerações Finais

5 Conclusão e Considerações Finais 5 Conclusão e Considerações Finais Neste capítulo são apresentadas a conclusão e as considerações finais do estudo, bem como, um breve resumo do que foi apresentado e discutido nos capítulos anteriores,

Leia mais

Inventário Corporativo de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Ano referência: Emissões de 2010

Inventário Corporativo de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Ano referência: Emissões de 2010 Inventário Corporativo de Emissões Diretas e Indiretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) Ano referência: Emissões de 2010 Resumo Este documento apresenta o Inventário corporativo de Emissões Diretas e Indiretas

Leia mais

Valorização dos resíduos de biomassa. Produção de energia renovável (elétrica e térmica).

Valorização dos resíduos de biomassa. Produção de energia renovável (elétrica e térmica). Valorização dos resíduos de biomassa. Produção de energia renovável (elétrica e térmica). 1 Biomassa é uma substância orgânica, produzida pelo processo de acumulação de energia solar. O seu maior potencial

Leia mais

Produção e consumo de óleos vegetais no Brasil Sidemar Presotto Nunes

Produção e consumo de óleos vegetais no Brasil Sidemar Presotto Nunes Produção e consumo de óleos vegetais no Brasil Sidemar Presotto Nunes Apresentação O consumo de óleos vegetais tem aumentado no mundo todo, substituindo parte do consumo de gorduras animais. Embora tenham

Leia mais

Anexo 4 - Projeção de Demanda de Energia e da Geração Elétrica em Unidades de Serviço Público (Resultados)

Anexo 4 - Projeção de Demanda de Energia e da Geração Elétrica em Unidades de Serviço Público (Resultados) Anexo 4: Demanda de Eletricidade 1 Anexo 4 - de Demanda de Energia e da Geração Elétrica em Unidades de Serviço Público (Resultados) O Conceito de Energia Equivalente As fontes energéticas classificadas

Leia mais

O efeito do biodiesel na economia do Brasil: Muito além da energia!

O efeito do biodiesel na economia do Brasil: Muito além da energia! O efeito do biodiesel na economia do Brasil: Muito além da energia! Sumário Economia brasileira e Biodiesel Diesel, Biodiesel e importação Evolução da cadeia de valor Empregos na Indústria PIB de cidades

Leia mais

Novas Tecnologias para Ônibus 12/12/2012

Novas Tecnologias para Ônibus 12/12/2012 Novas Tecnologias para Ônibus 12/12/2012 FETRANSPOR Sindicatos filiados: 10 Empresas de ônibus: 208 Frota: 20.300 Passageiros/mês: 240 milhões Viagens/mês: 4,5 milhões Empregos diretos: 100.000 Idade média:

Leia mais

Mudanças Climáticas. Mudanças Climáticas. Uma Questão Empresarial Estratégica

Mudanças Climáticas. Mudanças Climáticas. Uma Questão Empresarial Estratégica 1 Mudanças Climáticas Uma Questão Empresarial Estratégica 2 O aquecimento global é o maior problema que a humanidade enfrenta atualmente. As empresas devem incorporar esta questão à visão estratégica dos

Leia mais

Mudança tecnológica na indústria automotiva

Mudança tecnológica na indústria automotiva ESTUDOS E PESQUISAS Nº 380 Mudança tecnológica na indústria automotiva Dyogo Oliveira * Fórum Especial 2010 Manifesto por um Brasil Desenvolvido (Fórum Nacional) Como Tornar o Brasil um País Desenvolvido,

Leia mais

SEMINÁRIO. ÁLCOOL: Potencial Gerador de Divisas e Emprego. 25 A 26 de agosto de 2003. Rio de Janeiro - RJ Brasil

SEMINÁRIO. ÁLCOOL: Potencial Gerador de Divisas e Emprego. 25 A 26 de agosto de 2003. Rio de Janeiro - RJ Brasil SEMINÁRIO ÁLCOOL: Potencial Gerador de Divisas e Emprego 25 A 26 de agosto de 2003 Rio de Janeiro - RJ Brasil Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES FRONTEIRA AGRÍCOLA Possibilidade

Leia mais

Motor Diesel Vantagens na utilização do Biodiesel Vantagens do Eco Óleo Dúvidas mais freqüentes Óleos Vegetais Biodiesel Características do Biodiesel

Motor Diesel Vantagens na utilização do Biodiesel Vantagens do Eco Óleo Dúvidas mais freqüentes Óleos Vegetais Biodiesel Características do Biodiesel Motor Diesel p02 Vantagens na utilização do Biodiesel p04 Vantagens do Eco Óleo p05 Dúvidas mais freqüentes p08 Óleos Vegetais Biodiesel p11 Características do Biodiesel p13 Meio Ambiente: Responsabilidade

Leia mais

Novo Marco Regulatório do Etanol Combustível no Brasil. Rita Capra Vieira Superintendência de Biocombustíveis e Qualidade de Produtos - ANP

Novo Marco Regulatório do Etanol Combustível no Brasil. Rita Capra Vieira Superintendência de Biocombustíveis e Qualidade de Produtos - ANP Novo Marco Regulatório do Etanol Combustível no Brasil Rita Capra Vieira Superintendência de Biocombustíveis e Qualidade de Produtos - ANP Novembro de 2011 Evolução dos Biocombustíveis no Brasil 1973 Primeira

Leia mais

Avaliação de Ciclo de Vida. Buscando as alternativas mais sustentáveis para o mercado de tintas

Avaliação de Ciclo de Vida. Buscando as alternativas mais sustentáveis para o mercado de tintas Avaliação de Ciclo de Vida Buscando as alternativas mais sustentáveis para o mercado de tintas Todo produto tem uma história Cada produto que chega às nossas mãos passa por diversos processos diferentes

Leia mais

Coletiva de imprensa ESTIMATIVA DA SAFRA 2014/2015

Coletiva de imprensa ESTIMATIVA DA SAFRA 2014/2015 Coletiva de imprensa ESTIMATIVA DA SAFRA 2014/2015 São Paulo, 23 de abril de 2014 ROTEIRO I. Safra 2013/2014 na região Centro-Sul: dados finais Condições climáticas e agronômicas Moagem e produção Mercados

Leia mais

RISCOS E OPORTUNIDADES PARA A INDÚSTRIA DE BENS DE CONSUMO. Junho de 2012

RISCOS E OPORTUNIDADES PARA A INDÚSTRIA DE BENS DE CONSUMO. Junho de 2012 RISCOS E OPORTUNIDADES PARA A INDÚSTRIA DE BENS DE CONSUMO Junho de 2012 Riscos e oportunidades para a indústria de bens de consumo A evolução dos últimos anos, do: Saldo da balança comercial da indústria

Leia mais

UTILIZAÇÃO DO SISTEMA HÍBRIDO HIDRÁULICO NOS VEÍCULOS COMERCIAIS RESUMO

UTILIZAÇÃO DO SISTEMA HÍBRIDO HIDRÁULICO NOS VEÍCULOS COMERCIAIS RESUMO UTILIZAÇÃO DO SISTEMA HÍBRIDO HIDRÁULICO NOS VEÍCULOS COMERCIAIS Luis Eduardo Machado¹ Renata Sampaio Gomes ² Vanessa F. Balieiro ³ RESUMO Todos sabemos que não é possível haver regressão nas tecnologias

Leia mais

A Indústria de Alimentação

A Indústria de Alimentação A Indústria de Alimentação 61 A indústria brasileira de alimentação está inserida na cadeia do agronegócio e representa parte significativa do PIB. O texto aponta as características do setor, seu desempenho

Leia mais

CAPÍTULO 28 A QUESTÃO ENERGÉTICA. Professor: Gelson Alves Pereira 2ª Série Ensino Médio

CAPÍTULO 28 A QUESTÃO ENERGÉTICA. Professor: Gelson Alves Pereira 2ª Série Ensino Médio CAPÍTULO 28 A QUESTÃO ENERGÉTICA Professor: Gelson Alves Pereira 2ª Série Ensino Médio 1- Introdução Nos últimos 250 anos, houve um grande consumo de energia e combustíveis. Acredita-se que, até 2030,

Leia mais

JULIETA ALCIATI DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES COM O MERCADO

JULIETA ALCIATI DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES COM O MERCADO JULIETA ALCIATI DEPARTAMENTO DE RELAÇÕES COM O MERCADO Agenda Introdução Definição dos limites de um inventário de emissões de Gases de Efeito Estufa Limites Operacionais Identificando e Calculando emissões

Leia mais

CAPÍTULO 28 A QUESTÃO ENERGÉTICA

CAPÍTULO 28 A QUESTÃO ENERGÉTICA Disciplina - Geografia 2 a Série Ensino Médio CAPÍTULO 28 A QUESTÃO ENERGÉTICA Professor: Gelson Alves Pereira 1- INTRODUÇÃO Nos últimos 250 anos, houve um grande consumo de energia e combustíveis. Acredita-se

Leia mais

Biocombustíveis da Amazônia. Primeira Iniciativa Comercial na Produção de Biodiesel no Estado do Amazonas

Biocombustíveis da Amazônia. Primeira Iniciativa Comercial na Produção de Biodiesel no Estado do Amazonas Biocombustíveis da Amazônia Primeira Iniciativa Comercial na Produção de Biodiesel no Estado do Amazonas Biocombustíveis da Amazônia Ltda Capacidade inicial de 15 milhões de litros/ano Expansão em 2011

Leia mais

Desempenho da Agroindústria em 2004. histórica iniciada em 1992. Como tem sido freqüente nos últimos anos (exceto em 2003), os

Desempenho da Agroindústria em 2004. histórica iniciada em 1992. Como tem sido freqüente nos últimos anos (exceto em 2003), os Desempenho da Agroindústria em 2004 Em 2004, a agroindústria obteve crescimento de 5,3%, marca mais elevada da série histórica iniciada em 1992. Como tem sido freqüente nos últimos anos (exceto em 2003),

Leia mais

A produção mundial e nacional de leite - a raça girolando - sua formação e melhoramento

A produção mundial e nacional de leite - a raça girolando - sua formação e melhoramento A produção mundial e nacional de leite - a raça girolando - sua formação e melhoramento Duarte Vilela chgeral@cnpgl.embrapa.br Audiência Pública - 18/05/2010 Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento

Leia mais

Copersucar completa 50 anos de liderança em açúcar e etanol com planos para aumentar ainda mais sua atuação global

Copersucar completa 50 anos de liderança em açúcar e etanol com planos para aumentar ainda mais sua atuação global Copersucar completa 50 anos de liderança em açúcar e etanol com planos para aumentar ainda mais sua atuação global Exportações de açúcar da empresa devem aumentar 86% na safra 2009/2010 A Copersucar completa

Leia mais

Participação dos Setores Socioeconômicos nas Emissões Totais do Setor Energia

Participação dos Setores Socioeconômicos nas Emissões Totais do Setor Energia INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA DO ESTADO DE MINAS GERAIS ANO BASE 2005 O Governo do Estado, por meio da Fundação Estadual de Meio Ambiente FEAM, entidade da Secretaria Estadual de Meio

Leia mais

Quanto maior o desenvolvimento econômico de um país

Quanto maior o desenvolvimento econômico de um país Capítulo 8 Quanto maior o desenvolvimento econômico de um país Maior é o consumo de energia: -Economia dinâmica; - Elevado padrão de consumo da população Aumento da capacidade produtiva Aumento do consumo

Leia mais

Logística e Sustentabilidade. Valter Luís de Souza Diretor Presidente Tora Transportes Industriais Ltda

Logística e Sustentabilidade. Valter Luís de Souza Diretor Presidente Tora Transportes Industriais Ltda Logística e Sustentabilidade Valter Luís de Souza Diretor Presidente Tora Transportes Industriais Ltda Roteiro: Introdução; Situação atual; Iniciativas do Governo; As iniciativas da Tora voltadas a sustentabilidade;

Leia mais

Fração. Página 2 de 6

Fração. Página 2 de 6 1. (Fgv 2014) De acordo com dados da Agência Internacional de Energia (AIE), aproximadamente 87% de todo o combustível consumido no mundo são de origem fóssil. Essas substâncias são encontradas em diversas

Leia mais

A primeira análise do ciclo de vida da embalagem de leite UHT em toda a Europa

A primeira análise do ciclo de vida da embalagem de leite UHT em toda a Europa Título 10 / 11 A primeira análise do ciclo de vida da embalagem de leite UHT em toda a Europa A análise do IFEU compara os impactos ambientais das embalagens cartonadas, as garrafas PEAD e PET: as embalagens

Leia mais

A VISÃO O ATUALIZADA DA QUESTÃO O ETANOL. Maurílio Biagi Filho

A VISÃO O ATUALIZADA DA QUESTÃO O ETANOL. Maurílio Biagi Filho A VISÃO O ATUALIZADA DA QUESTÃO O ETANOL Maurílio Biagi Filho Roteiro Evolução e perspectivas da indústria sucroalcooleira no Brasil. Brasil: potencial para aumento da produção e produtividade. Expansão

Leia mais